Jornal NOTAER - Edição de agosto de 2012

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FOTO: 3º/8º GAV CB Silva Lopes/ CECOMSAER Sgt Simo/ CECOMSAER www.fab.mil.br Ano XXXV Nº 08 Agosto, 2012 ISSN 1518-8558 NOVO RUMAER: Quais são as principais mudanças? Nas páginas centrais desta edição, preparamos um “bizuzário” sobre as principais mudanças do novo Regula- mento de Uniformes da Aeronáuca. Conheça melhor as alterações, pois muitas delas começam a vigorar em alguns meses.(Pág.8 e 9) Equipe do III COMAR vence a sexta edição do Torneio da Tropa de Infantaria (TTI) que reuniu 240 mi- litares em Anápolis (GO). Os dados dos resultados das seis modalidades disputadas serão ulizados no apri- moramento dos treinos operacionais. (Pág.10) INFANTARIA HOSPITAL FLUVIAL MISSÃO DE PAZ INTERCÂMBIO ESPECIAL MOTOS BUSCA E SALVAMENTO: Depois de 80 dias de treinamento, FAB forma 35 militares especializados em missões de busca e salvamento. (Pág. 14) Você usa moto para ir trabalhar? Saiba que 40% dos motociclistas que se envolvem em acidentes também. Conheça o trabalho de prevenção desenvolvido na Academia da Força Aérea (AFA) e os depoimentos de militares que mudaram de hábitos depois de sofrerem as consequências de um acidente de trânsito. (Pág.11) Durante 40 dias, o hospital fluvial da FAB foi o único serviço de saúde de Carreiro da Várzea (AM). (Pág.13) O assunto que “bombou nas mí- dias sociais da FAB: o parto realizado por soldados no Hai. (Pág.12) Brasil e Canadá trocam experiên- cias sobre a construção de pistas em locais inóspitos. (Pág.6)

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NOVO RUMAER : Quais são as principais mudanças ?

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www.fab.mil.br Ano XXXV Nº 08 Agosto, 2012 ISSN 1518-8558

NOVO RUMAER: Quais são as principais mudanças?Nas páginas centrais desta edição,

preparamos um “bizuzário” sobre as principais mudanças do novo Regula-mento de Uniformes da Aeronáuti ca. Conheça melhor as alterações, pois muitas delas começam a vigorar em alguns meses.(Pág.8 e 9)

Equipe do III COMAR vence a sexta edição do Torneio da Tropa de Infantaria (TTI) que reuniu 240 mi-litares em Anápolis (GO). Os dados dos resultados das seis modalidades disputadas serão uti lizados no apri-moramento dos treinos operacionais. (Pág.10)

INFANTARIA HOSPITAL FLUVIAL

MISSÃO DE PAZ INTERCÂMBIO

ESPECIAL MOTOS

BUSCA E SALVAMENTO: Depois de 80 dias de treinamento, FAB forma 35 militares especializados em missões de busca e salvamento. (Pág. 14)

Você usa moto para ir trabalhar? Saiba que 40% dos motociclistas que se envolvem em acidentes também. Conheça o trabalho de prevenção desenvolvido na Academia da Força Aérea (AFA) e os depoimentos de militares que mudaram de hábitos depois de sofrerem as consequências de um acidente de trânsito. (Pág.11)

Durante 40 dias, o hospital fl uvial da FAB foi o único serviço de saúde de Carreiro da Várzea (AM). (Pág.13)

O assunto que “bombou nas mí-dias sociais da FAB: o parto realizado por soldados no Haiti . (Pág.12)

Brasil e Canadá trocam experiên-cias sobre a construção de pistas em locais inóspitos. (Pág.6)

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2 Agosto - 2012

O jornal NOTAER é uma publicação men-sal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno

Chefe da Divisão de Comunicação Corpo-rati va: Coronel-Aviador Gustavo Alberto Krüger

Chefe da Divisão de Comunicação Inte-grada: Coronel-Aviador Antonio Pereira da Silva Filho

Chefe da Divisão de Apoio à Comunicação: Tenente-Coronel-Aviador Mário Sérgio Rodrigues da Costa

Chefe da Subdivisão de Produção e Divul-gação: Tenente-Coronel-Aviador JoãoCarlos Araújo Amaral

Chefe da Agência Força Aérea: Major-Aviador Rodrigo José Fontes de Almeida

Chefe da Seção de Divulgação: Capitão-Aviador Diogo Piassi Dalvi

Tiragem: 30.000 exemplares

Jornalista Responsável: Tenente Jussara Peccini (MTB 01975-SC)

Repórteres (JOR): Tenente Cesar Guerrero, Tenente Alessandro Silva, Tenente Alexan-dre Fernandes, Tenente Marcia Silva, Te-nente Emília Cristi na (V COMAR), Tenente Fávia Sidônia, Tenente Flávio Nishimori, Tenente Glória (III COMAR), Tenente Ro-berta (VI COMAR), Tenente Jussara Peccini e Fernanda Sobreira (COMARA).

Colaboradores: CIAER e SISCOMSAE (tex-tos enviados ao CECOMSAER, via Sistema Kataná, por diversas unidades)

Diagramação, Arte e Infográfi cos: Sargento Rafael da Costa Lopes.

Revisão: Ten Cel Amaral, Maj Fontes e Ten Flávia Sidônia.

Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte.

Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: [email protected] dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

ExpedienteCARTA AO LEITOR

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfi ca e Logísti ca S.A

Brig Ar Marcelo Kanitz DamascenoChefe do CECOMSAER

Sempre prontos

O novo “conto do vigário”

Diariamente vemos os militares da Força Aérea treinando Brasil afora. Só nesta edição do Notaer vamos en-contrar várias matérias abordando a preparação dos nossos profi ssionais, como os homens da busca e salva-mento, os pilotos que pousam em pistas de terra na região amazônica ou o aprimoramento no uso do equi-pamento de visão noturna, o NVG, entre outras.

O porquê de tudo isso pode ser resumido numa única frase: quando chega a hora da ação não há espaço mais para a preparação.

É exatamente isso que aconteceu com os soldados da FAB na Missão de Paz no Haiti . Ao se depararem com

um casal buscando socorro durante uma patrulha na madrugada, não houve tempo para a dúvida, apenas agiram. O sargento que há poucos meses fi nalizou o extenso curso de formação na busca e salvamento já cumpriu missão num acidente no litoral de São Paulo.

Seguindo este propósito, nesta edição também preparamos uma ma-téria especial para os motociclistas. Sabemos que o uso da moto propor-ciona economia e agilidade, mas para que estes benefí cios não se tornem uma armadilha, é necessário atenção. Afi nal, a vida humana é única.

Em primeira mão, trazemos as mudanças do Regulamento de Uni-

formes da Aeronáuti ca (RUMAER), ilustrando as principais mudanças que serão adotadas, algumas já a parti r deste ano.

O anúncio que você vê na últi -ma página em homenagem ao Dia do Soldado, celebrado no dia 25 de agosto, foi composto a parti r de fo-tos dos praças-padrão das unidades da FAB. Esta é mais uma maneira de agradecer ao trabalho e a dedicação de todos os profi ssionais que formam a nossa Força.

Boa leitura!

A promessa de receber uma impor-tância em dinheiro que não estamos esperando, normalmente nos conduz aos mais variados ti pos de golpes apli-cados “na praça”. Aliado às promessas de ter em mãos um dinheiro fácil, existe a má-fé por parte de quem oferece o dinheiro. Precisamos estar atentos, pois todo dia alguém acaba por se deixar infl uenciar e o fi nal da história é sem-pre o mesmo: paga-se a alguém para liberar determinado benefí cio e este nunca acontece, a pessoa que recebe desaparece junto com o dinheiro.

Devido ao fato das pessoas, a cada dia que passa, prestarem mais atenção nos negócios aos quais se envolvem, os fraudadores têm desenvolvido técnicas mais apuradas no intuito de conseguir mais confi ança por parte da víti ma. Assim, dentre as variadas modalidades de golpes, podemos encontrar aquela onde os fraudadores, muitas vezes, já possuem informações a respeito da víti ma tais como: endereço, CPF, local de trabalho, etc.

Em virtude da facilidade de se obter informações sobre as pessoas, seja através da Internet ou da compra de informações cadastrais, quadrilhas

especializadas produzem uma mala di-reta por meio de “documentos ofi ciais”.

Militares da Força Aérea Brasileira, em várias capitais, já receberam men-sagem disponibilizando um resgate de benefí cio oriundo da falência de um fundo de pensão e que após “processo judicial” (no qual a víti ma é a benefi -ciária, sem se quer ter conhecimento da existência de tal processo) a víti ma faria jus a um “valor em dinheiro”.

O modus operandi do esquema fraudulento funciona da seguinte ma-neira: a víti ma, alvo do golpe, recebe uma decisão judicial falsa onde são informados o teor do processo e o valor a receber. No entanto, para que o dinheiro seja liberado deve-se (a víti ma) depositar um valor referente a custas processuais, taxas, impostos, honorários, etc. No documento falso consta inclusive números de telefones para possíveis esclarecimentos sobre a questão. A quadrilha age de modo atencioso e transmite segurança na conversação ao telefone, moti vo sufi -ciente para ludibriar uma pessoa de-satenta ao conjunto dos fatos. Quando a víti ma deposita o dinheiro na conta indicada o ciclo se completa, pois a

parti r desse momento, logicamente, o dinheiro referente a decisão judicial não é depositado e os telefonemas não são mais atendidos.

As recomendações para esse caso são:

Desconfi e de qualquer mensagem recebida que contenha informações referentes a prêmios, indenizações, he-ranças ou coisas do gênero, onde seja necessário algum ti po de pagamento anterior ao recebimento do benefí cio;

Acompanhe o andamento de ações judiciais nos sites ofi ciais dos tribunais onde o processo esteja se desenvol-vendo;

Lembre-se que ao ligar para o te-lefone indicado pelo anúncio da ação, não há certeza de que a pessoa que está do outro lado da linha é realmente quem diz ser. Obtenha os telefones de contatos através de lista telefônica ou sites ofi ciais da Internet;

Não acredite em possibilidades de recebimento de dinheiro de origens inesperadas. Na maioria dos casos em que se vislumbra uma situação dessas, existe uma tentati va de golpe fi nanceiro escondido por trás de toda a história.(Centro de Inteligência da Aeronáuti ca)

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Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti SaitoComandante da Aeronáuti ca

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Instrução de sobrevivência na montanha

Atendimento no hospital fl uvial (AM)

Intendência operacional na Mineirinho

Soldados exibem diploma profi ssional

3Agosto - 2012

PALAVRAS DO COMANDANTE

A importância da qualificação profissional

Neste mês celebramos duas da-tas: a Intendência (23) e o Soldado (25). O que há em comum entre estas ati vidades? Tudo. Nossas áreas não são estanques, muito menos isoladas. Todas as nossas ati vidades são dinâmicas, estão entrelaçadas, complementam-se para ati ngir o ob-jeti vo maior que é cumprir a missão.

Essa interdependência demons-tra, além da cooperação, a neces-sidade da permanente qualifi cação dos nossos profissionais. Cumprir uma tarefa com efi ciência e efi cácia requer saber tomar a decisão precisa do que deve ser feito, como executar e a qual custo. Por isso, o desempe-nho de uma área infl uencia direta ou indiretamente o sucesso de outra. Igualmente os trabalhos individuais interferem na coletividade, numa equipe.

Os jogos olímpicos, em curso neste mês, nos ajudam a entender o processo. O resultado de anos de treinamento, desde a descoberta de um atleta potencial até a conquista de uma vaga para demonstrar seu potencial, é exibido em poucos se-gundos. A chance é única. O atleta pode ser consagrado ou eliminado.

Dependendo do observador, a regra de que só os melhores perma-necem, como Charles Darvin teori-zou, pode parecer cruel. Sob outros aspectos, pode ser a inspiração, a moti vação necessária para testar o limite e alcançar o melhor.

Diferente do esporte, a nossa preocupação é com relação ao con-junto, para que todos estejam no mesmo nível.

Com o boom do crescimento econômico brasileiro nos últimos tempos, a necessidade de qualifi ca-ção profi ssional fi cou mais latente. Deixar um trabalhador pronto para o

mercado não é tarefa simples, muito menos barata. Na Força Aérea a re-alidade é a mesma.

Para chegar no nível da Intendên-cia Operacional, por exemplo, demo-ra. Isso não se restringe aos números dos cálculos financeiros. Estamos falando de tempo para prepararem os profi ssionais, da adequação da quantidade de pessoas para exer-cerem a função e da mão-de-obra especializada para o gerenciamento.

Outro caso bem recente nos ajuda a compreender esta situação. Os homens que fi nalizaram o curso de busca e salvamento, uma área extremamente importante e que acompanhamos atuar em situações difí ceis, especialmente acidentes ae-ronáuti cos, fi caram em treinamento durante 82 dias. De volta a suas uni-dades, muitos deles, provavelmente, já cumpriram missão real a parti r dos conhecimentos agregados. A rapidez com que são empregados signifi ca que há demanda.

Da mesma maneira, a medida que formamos nossos próprios profi ssionais, temos a preocupação e a responsabilidade de, também, formar cidadãos. São muitas as ini-ciati vas que procuram incluir cursos técnicos-profi ssionalizantes na for-mação dos soldados. Independente-mente de seguirem ou não a carreira militar, é importante que estes jovens recebam do estado brasileiro, que neste caso é representado pelas For-ças Armadas, uma nova perspecti va. Algo que possa infl uenciar positi va-mente na conduta social, na escolha de uma profi ssão.

São diferentes ações que se completam para atender as neces-sidades da Força. Ao mesmo tempo, repercutem em diversos segmentos da sociedade brasileira.

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4 Agosto - 2012

Envie as informações sobre a sua unidade via Sistema Kataná.

PROMOÇÃO DE OFICIAL-GENERAL

Brigadeiro-do-Ar Rui Chagas MesquitaO Brigadeiro-do-Ar Rui Chagas

Mesquita é natural de Macapá (AP). É praça de 15 de fevereiro de 1980, tendo sido declarado Aspirante em 09 de dezembro de 1983.

Principais cargos: Chefe da Sub-seção de Navegação Aérea do 1º/8º GAV, Chefe da Seção de Suprimento e Manutenção do 1º ETA, Chefe da Sub-divisão de Manutenção da COMARA; Chefe da Seção de Pessoal do GTE 2, Adjunto da Seção de Material, Chefe da Subseção de Planejamento e Na-vegação Aérea, Instrução e Doutrina Aérea, e Informáti ca do GTE; Chefe da Seção de Controle das Operações

Aéreas Militares da BABR; Chefe da Seção de Informáti ca e de Tecnologia da Informação da CPO; Assistente do Secretário, Ofi cial de Inteligência, de Comunicação Social e Adjunto da Divisão de Finanças da SEFA; Chefe da Ajudância-de-Ordens do Presidente da República; Visiti ng Scholer – Center for Hemispheric Defense Studies (CHDS), Washington (EUA); Chefe da Divisão de Assessoria Parlamentar, Chefe da Divisão de Relacionamento com o Legislati vo e Chefe Interino da Asses-soria Parlamentar do Comandante da Aeronáuti ca (ASPAER).

Cursos: Analista de Sistemas (ITA),

Pós-graduação em Gestão Pública na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), Mestrado em Defesa e Segurança Hemisférica (EUA).

Experiência de voo: Possui mais de 4.750 horas de voo.

Condecorações: Medalha Mili-tar - Ouro; Medalha Mérito Santos--Dumont; Ordem do Mérito Barão do Rio Branco – Grau Ofi cial; Ordem do Mérito da Aeronáuti ca – Grau Cava-leiro; Medalha do Pacifi cador – Grau Cavaleiro.

Cargo designado: Chefe da Asses-soria Parlamentar do Comandante da Aeronáuti ca (ASPAER).

ACONTECE NA FAB

TREINAMENTODez militares do Primeiro Grupo

de Arti lharia Anti aérea de Autodefesa (1º GAAAD), localizado em Canoas (RS), concluíram o estágio de opera-dor e instrutor do Simulador 9F859 (KONUS) e Conjunto de Treinamento 9F663. O curso, que habilitou o grupo a conduzir instruções no simulador

e no conjunto de treinamento, foi conduzido pelos sargentos Klein e Chrzanowski, treinados na Rússia e, até então, os únicos instrutores do sistema.

FUMAÇA JÁNo balanço do primeiro semestre,

o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) realizou 54 demonstrações no Brasil e no exterior. No mesmo período do ano passado, foram 45 shows aéreos.

A agenda, iniciada em 10 de março, incluiu apresentações no Chile, Argenti na e Bolívia. No Brasil, capitais e cidades do interior ti veram a oportunidade de assisti r às evolu-ções dos sete Tucanos T-27. Somente em junho, a Fumaça voou em sete estados brasileiros diferentes, entre eles São Paulo, Acre, Bahia e Mato Grosso do Sul.

Por ano, o EDA recebe mais de mil pedidos para apresentação em even-

tos diversos. Fatores como segurança e infraestrutura são avaliados pelo Centro de Comunicação Social da Ae-ronaúti ca (CECOMSAER), responsável pela defi nição da agenda do grupo.

60 NOVOS INVESTIGADORESApós 45 dias de aulas em tempo

integral, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuti cos (CENIPA) formou 60 novos investi ga-dores de segurança de voo. O curso é dividido em módulos - prevenção e investi gação - e proporciona exercícios simulados de ação inicial (coleta de dados) com abordagem da imprensa e a elaboração de relatórios de segurança de voo. Esta é a 70ª turma do curso de segurança de voo. Ela reuniu repre-sentantes da FAB, Exército, Marinha, Polícias Militar, Civil e Federal, Corpo de Bombeiros e empresas aéreas. Também parti ciparam militares estrangeiros de seis países: Angola, Nigéria, Paraguai, Venezuela, Uruguai e Argenti na.

PASSAGEM DE COMANDOO Major-Brigadeiro do Ar Marco

Antonio Carballo Perez é o novo Co-mandante do Séti mo Comando Aéreo Regional (VII COMAR). O ofi cial-gene-ral substi tuiu o Major-Brigadeiro do Ar Nilson Soilet Carminati . A soleni-dade de passagem de comando foi realizada em 19/7.

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5Agosto - 2012

INTENDÊNCIA

Aspirantes conhecem dinâmica logística da COMARA

Um grupo com 36 aspirantes inten-dentes de todo o Brasil visitou a

Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), em Belém. O roteiro faz parte da programação do Estágio Práti co para Aspirantes-a--Ofi cial Intendente (EPAINT), realizado na Diretoria de Intendência (DIRINT).

O estágio, que complementa a formação acadêmica recebida na Academia da Força Aérea (AFA), é rea-

lizado no Rio de Janeiro, área que con-centra16 unidades gestoras executoras da FAB. A visita à COMARA foi incluída na programação por se tratar de uma Organização Militar que, no universo de ati vidades atribuídas à Intendência, é referência na área logísti ca por ser uma insti tuição que trabalha prevendo diferenciadas característi cas sazonais e meteorológicas, grandes distâncias e difi culdade de acesso.

Operação Mineirinho treina Intendência OperacionalLagoa Santa (MG) recebe a quinta edição do exercício que finaliza o estágio operacional dos oficiais intendentes

“Quando deslocamos para uma missão em locais sem

estrutura, o fato de saber que a in-tendência estará lá, prestando todo o apoio necessário, nos deixa mais tranquilos na missão. É muito bom sabermos que toda a estrutura de apoio será montada e que não tere-mos a incerteza de não saber onde dormir, comer e beber água. Com a UCI por perto, posso focar apenas no meu trabalho.” As palavras do sargento Alexandre de Souza, que há 23 anos trabalha na FAB, exem-plifica a importância do trabalho da Intendência Operacional. Atual-mente, o militar serve no Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA), mas já atuou por diversas vezes em ambientes hostis. Ele chegou a ficar 16 dias acampado na Serra de Suru-cucu, Roraima, para fazer a remoção de uma aeronave acidentada.

É para garantir o atendimento em situações como estas que a

Diretoria de Intendência da Aero-náutica (DIRINT) realiza o estágio de Intendência Operacional. Durante três semanas, oficiais e graduados são preparados para planejarem e operarem a logística de montagem da infraestrutura em localidades isoladas, como em situações de con-flito ou calamidades.O treinamento é realizado no Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA--LS), em Minas Gerais.

No início do estágio, o Coman-dante-Geral de Pessoal (COMGEP), Tenente-Brigadeiro do Ar Antônio Gomes Leite Filho, afirmou que “o estágio é uma oportunidade de pro-curarmos aperfeiçoar o que já exis-te, propondo melhorias e criando novas soluções para a intendência”.

Estrutura - Para a realização do estágio foram montadas 47 barracas que abrigam 14 alojamentos, dois auditórios (40 e 80 lugares), salas de estudo e de instrutores, além de

Segundo o comandante do COMGEP, estágio é oportunidade de aperfeiçoamento

Utilização do RODOMAPRE permite alimentar mais de 200 militares durante operação

um refeitório com capacidade para 150 pessoas. O RODOMAPRE da FAB (Módulo sobre-rodas de Alimenta-ção a Pontos Remotos) permite o preparo de alimentos para os mais de 200 militares que ficarão acam-

pados no local por mais de 20 dias. A estrutura possui ainda seis módulos sanitários, academia e computa-dores com acesso à internet. Três geradores permitem a climatização e iluminação das barracas.

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INTERCÂMBIO

Pistas em locais de difícil acesso é tema de visita

O que as geleiras canadenses e a fl oresta amazônica brasileira tem

em comum? Num primeiro momento, nada. Porém, para os ofi ciais engenhei-ros das duas Forças Aéreas, o que une paisagens antagônicas é a experti se em construir aeródromos em localidades inóspitas.

A Força Aérea Brasileira, por meio da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), e a Real Força Aérea do Canadá (RCFA) realizam in-tercâmbio para trocar conhecimentos sobre novas técnicas e tecnologias aplicadas na construção de aeródromos nesses lugares, bem como o aperfeiço-amento das já existentes.

Segundo o Chefe da Divisão de En-genharia da COMARA, Tenente-Coronel Engenheiro Raimundo Ubirajara da Fonseca Salgado Júnior, os canadenses constroem aeródromos vencendo as barreiras impostas pelo gelo, pelas baixas temperaturas, e falta de mão de obra qualifi cada, usando de soluções engenhosas e criati vas. “Esse contato

com técnicas ainda desconhecidas no Brasil trazem enriquecimento para o desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária no Norte e demais lo-calidades onde a COMARA atua”, diz.

Outro foco dos engenheiros bra-sileiros é o know-how canadense na engenharia de campanha. Ela consiste em reparos rápidos com efi ciência em pistas de pouso e decolagem, além da infraestrutura de instalações de apoio como forma de exercício ou em situa-ções de guerra.

O interesse canadense é conhecer a logísti ca uti lizada para levar equipa-mentos e insumos a localidades de difí cil acesso, onde as pistas são cons-truídas. Ao uti lizar os meios aéreos e fl uviais, é preciso transpor corredeiras e trabalhar com planejamento para aproveitar o período de navegabilidade de cada rio.

Na visita à obra de ampliação da pista de Yauaretê (AM), na frontei-ra com a Colômbia, a 1.061 Km de distância em linha reta de Manaus,

Soluções de engenharia para construção em locais inóspitos aproximam os dois países

o Vice-Comandante da RCAF, Major--General Yvan Blondin afi rmou que é importante conhecer as estratégias para construir quando as condições climáti cas permitem. “Às vezes, temos apenas três meses de clima favorável para a construção”, explica o militar.

Conti nuidade – no fi nal de agosto

os oficiais engenheiros canadenses devem visitar os destacamentos da COMARA para conhecer as soluções de engenharia de construção em plena selva amazônica. Até dezembro, os ofi -ciais brasileiros seguem para o Canadá com o objeti vo de conhecer as saídas canadenses para edifi car no gelo.

CLA realiza simulação de acidente em nova torre

TECNOLOGIA

Treinamento no Maranhão faz parte da Operação Salina, que retoma os testes de lançamento do VLS

A simulação de acidente realizada (16/7) no Centro de Lançamento

de Alcântara (CLA), no Maranhão, trei-nou equipes médicas para situações de emergência. O exercício faz parte do cronograma de ati vidades da Ope-ração Salina, iniciada no fi nal de junho, pelo Insti tuto de Aeronáuti ca e Espaço (IAE), vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

A situação ocorreu nas imediações do Setor de Preparação e Lançamento (SPL), na Torre Móvel de Integração (TMI). O mesmo local onde foram realizados testes funcionais com um

mock-up inerte do Veículo Lançador de Satélite (VLS) - uma maquete em tamanho real. Durante a atividade, também foram testados os sistemas de fuga da torre de escape instalada ao lado da nova TMI.

Na Operação Salina foi realizado o transporte, a preparação e a inte-gração mecânica de um mock-up do VLS-1 – estrutura real do veículo com substância inerte em substi tuição do propelente sólido – e ensaios e simu-lações para verifi cação da integração fí sica, elétrica e lógica da Torre e dos meios de solo do CLA associados à preparação para voo do VLS-1. Na simulação foi testado o sistema de fuga da torre de escape na Torre Móvel

Forças Aéreas do Brasil e do Canadá trocam experiências sobre a construção de aeródromos no gelo e na selva

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OPERAÇÕES

Arara consolida preparo para o uso de NVGO treinamento permite maior precisão nos lançamentos de carga e pessoal, incluindo ambiente aquático

A segunda edição da Operação Coruja Verde foi marcada pelo

aprimoramento da uti lização do equi-pamento de visão noturna, o NVG. O treinamento, realizado na Amazônia pelo Esquadrão Arara (1°/9° GAV) e a 3° Companhia de Forças Especiais do Exército Brasileiro, de 2 a 6/7, envolveu 43 militares.

Em mais de dez horas de voo a equipe exercitou técnicas de navega-ção a baixa altura, salto livre operacio-nal, salto enganchado e lançamento de carga e pessoal em zona de lança-mento (ZL) terrestre e aquáti ca. Em caso de confl ito e outras situações, estas técnicas podem ser empregadas

em missões de ressuprimento aéreo e assalto aeroterrestre noturnos para surpreender o inimigo.

Além de consolidar a doutrina de lançamento uti lizando o equipa-mento, houve o primeiro lançamento noturno de carga e pessoal em zona aquática. Novos pilotos também foram formados durante o exercício.

De acordo com o coordenador da operação, Major-Aviador Juraci Muniz de Santana Júnior, com esta operação, “o Arara torna-se cada vez mais proficiente na utilização deste moderno equipamento, que é o avanço tecnológico militar de todo o mundo”. Esquadrão aprimora uso de equipamento de visão noturna na Coruja Verde II

O pouso em pistas de terra exige treinamento específi co

Tracajá realiza exercício em Imperatriz (MA)

A terceira edição da Operação Alfa, realizada na cidade de Imperatriz,

sudoeste do Maranhão, nos meses de junho e julho, simulou uma guerra para treinar a capacidade operacional da unidade em missões de infi ltração e exfiltração aérea, ligação de co-mando, observação, ressuprimento aéreo, apoio e evacuação aeromédi-ca. O treinamento foi realizado pelo Esquadrão Tracajá (1º ETA), de Belém.

No total, o exercício envolveu 118 militares e oito aeronaves (três C-95 Bandeirante, quatro C-98 Caravan e um C-97 Brasília) efetuaram mais de 87 horas de voo. Foram lançados 46 fardos isolados, 26 fardos múlti plos,

cumpridas seis missões de infi ltração e exfi ltração de tropas, 21 missões de ressuprimento aéreo, 17 missões de transporte e nove evacuações aeromédicas.

Foram realizadas missões de navegação a baixa altura com lan-çamento de bordo isolado, ou seja, fardo com paraquedas e em formação táti ca; voo em formação, empregan-do formatura cerrada, entre outras.

Pouso em pista não-preparada - Um treinamento importante para quem opera na região amazônica, onde os parâmetros de tempo, clima e condições da pista variam muito rápido, é o pouso em pista não prepa-rada, ou seja, em aeródromos despro-vidos de pavimentação. Essas missões foram realizadas com a aeronave C-98 Caravan. O 1º Tenente-Aviador Jardel de Souza Santana explica que “o terreno irregular exige um toque mais suave na pista para evitar danos à aeronave. O comprimento da pista obriga um pouso o mais próximo possível da cabeceira”.

Pente: é uti lizado quando há incerteza da localização dos sobreviventes, a área a ser pesquisada é muito extensa ou uma cobertura uniforme é requerida. É mais efi caz sobre a água ou terreno plano. Veja na fi gura acima como é feita a manobra que, pelo desenho que forma, é chamada de pente.

Padrões de busca no marO acidente com uma aeronave bimotor próximo a Ilha de Cataguases, em

Angra dos Reis (RJ) mobilizou o Esquadrão Puma (3º/8º GAV) na primeira quin-zena de julho. Para resgatar o terceiro corpo, que estava dentro da aeronave submersa, o helicóptero realizou dois padrões de busca para ajudar a localizar a aeronave que caiu no mar: quadrado crescente e pente.

Quadrado crescente: empregado quando há informações sobre a loca-lização do objeto da busca dentro de uma área relati vamente limitada. O padrão quadrado crescente é preciso e exige navegação acurada. É apro-priado para a busca de embarcações pequenas, como barcos pesqueiros homem ao mar ou outro objeto de busca quando o caimento é muito pe-queno ou nulo comparado à corrente maríti ma total.

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Apesar de incluir novas peças e itens, o Regulamento de Unifor-

mes para os Militares da Aeronáuti ca (RUMAER), que acaba de ser alterado, está mais enxuto. O número de com-posições entre as peças caiu de 166 para 66. O 7B, por exemplo, ti nha 11 variações. Agora, são três versões apenas: feminina, masculina e gestan-te. As mudanças foram propostas por um grupo de trabalho formado por representantes dos grandes coman-dos, sob a coordenação do Estado--Maior da Aeronáuti ca (EMAER). As alterações levaram em conta critérios como, por exemplo, a funcionalidade, a natureza das tarefas, a economia e as condições climáti cas regionais. O texto fi nal foi publicado no Boleti m do Comando da Aeronáuti ca (BCA) nº 114, de 15 de junho. O novo RUMAER

Novidades nos uniformes da Força AéreaNovas peças incluídas devem ser adotadas até dezembro; as substituídas podem ser trocadas até junho de 2014

pode ser consultado no site www.cendoc.intraer. O que for novidade passa a valer a parti r de dezembro. As peças substi tuídas podem ser usadas por mais dois anos.

O Notaer compilou as principais mudanças para você:

Os 6º, 7º e 13º uniformes receberam novas peças para atender com mais conforto as gestantes. As peças são:• Bata e calça para gestante (cintura com elásti co)• Opção de sapato de salto baixo• Novo modelo de vesti do

Utilizado em campanha, serviço e instrução militar, o uniforme traz identificação, em tira de tecido, com a inscrição “FORÇA AÉREA” acima do bolso esquerdo.

Ao uti lizar jaqueta ou colete, a tarjeta de identi fi cação do militar deve ser fi xada no lado direito.

Inclusão do boné, cujo uso é facultati vo.

Para os homens, uso da camiseta olímpica no lugar da camiseta ti po regata.

O design e o material do abrigo foi substi tuído.

A tarjeta com iden-tificação do militar (nome de guerra) deve incluir também o ti po sanguíneo.

O dísti co de nacionalidade deve ser adotado na manga esquerda da gandola.

8 Agosto - 2012

NOVO RUMAER

Gestantes

Camufl ado(10º Uniforme)

FORÇA AÉREA

OLGA A+

Jaqueta azul /branca Colete

Educação Física(9º Uniforme)

O novo RUMAER regulamenta também:- O uso do guarda-chuva na cor preta.- Os sapatos, masculino e feminino, serão sem verniz.- Capa de celular é permiti da somente na cor preta fi xada no cinto, inclusive para os militares da área de saúde.

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O uso da camiseta branca passa a ser obrigatório.

Inclusão do Disti nti vo de Condi-ção Especial (DCE) no 7º B (bolso direito).

A versão C e D dispensa o uso da camisa azul claro.

A versão D do uniforme inclui a bermuda, elaborada com o mesmo tecido da calça do 7º uniforme.

O macacão de voo deve ser uti -lizado com a camiseta olímpica branca no lugar da camufl ada.

Identi fi cação de nacionalidade, ti po dístico, será de uso permanente para todos.

Abreviaturas para tarjetasHouve padronização das abreviaturas de postos e

graduações para as tarjetas, como nos exemplos abaixo: • 1º Tenente passa a ser abreviado 1º Ten• 2º Tenente passa a ser abreviado 2º Ten• 1º Sargento passa a ser abreviado 1º Sgt• 2º Sargento passa a ser abreviado 2º Sgt

uso da camisa azul claro.

A versão D do uniforme inclui a bermuda, elaborada com o mesmo tecido da calça do 7º uniforme.

Para facilitar o manuseio em viagens e cerimônias, agora, é também permiti do uti lizar o 5º Uniforme com o bibico. Mas atenção: observe a indicação do uniforme, pois o quepe conti nua valendo.

9Agosto - 2012

NOVO RUMAER

7º Uniforme (A e B)

7º Uniforme C e D

8º Uniforme

Aluno da EPCAR Aluno do CFOE

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Inclusão de um friso azul royal no bibico de subofi ciais

Bibico de Subofi cial

5º Uniforme

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10 Agosto - 201210

INFANTARIA

Operacionalidade é foco do Torneio de Infantaria Evento reuniu 240 militares em Anápolis (GO). Dados serão utilizados para aprimorar treinamentos

Cerca de 240 militares parti ciparam da 6ª edição do Torneio da Tropa

de Infantaria (TTI), realizado de 23 a 27/7 na Base Aérea de Anápolis (GO). Das sete delegações, o Terceiro Co-mando Aéreo Regional (III COMAR) foi o campeão.

Para esta edição houve alteração dos critérios das competi ções. De acordo com o coordenador do evento, Coronel de Infantaria Luiz Marcelo Sivero Mayworm, os militares ti veram que se preparar para todas as seis competi ções. “O objeti vo é termos um conjunto, envolvendo conhecimento e capacitação”, explica.

As provas estão diretamente li-gadas as ati vidades desempenhadas pela Infantaria, como forças especiais, Polícia de Aeronáutica, batalhões, entre outros. “Todas as ati vidades en-volvem espírito de corpo e o preparo da tropa”, diz o coronel.

Os militares disputaram as mo-dalidades de Tiro Militar Avançado com Armamento Terrestre, Corrida de Orientação, Emprego Operacional, Pista de Obstáculos, Conhecimento

Acima, militares na prova de orientação. Ao lado, a pista de obstáculos.

Doutrinário e Cabo-de-Guerra.Além de promover o intercâm-

bio de experiências das tropas, o preparo fí sico e o aprimoramento de técnicas e doutrinas operacionais, as competi ções produzirão dados sobre o preparo da tropa, que serão uti liza-

dos pelos comandantes das unidades como parâmetro para saber quais áreas precisam ser aprimoradas. “É uma base de consciência situacional”, complementa o coordenador.

Para o Brigadeiro de Infantaria Amilcar Andrade Bastos a competi ção simula, por meio das modalidades esporti vas, as condições operacionais a que esses militares são submeti dos no dia a dia. “A gente traz isso em cada uma das provas procurando associa--las às virtudes que o combatente precisa ter. Com isso temos condições de verifi car o nível de aprimoramen-to tanto da parte de apti dão fí sica quanto do conhecimento profi ssional desses militares para o desempenho de suas missões”, afi rma.

Para um dos competidores, o Capitão de Infantaria Sávio Mayer Go-mes Pinto, “em algumas modalidades a gente trabalha a parte fí sica, em ou-tras são avaliados os conhecimentos técnicos, operacionais, e também o espírito de equipe. Portanto, a parti ci-pação neste ti po de evento é de suma importância”, ressalta.

BOLBRA II

Brasil e Bolívia combatem tráfego ilícito

A segunda edição do exercício entre as Forças Aéreas do Brasil e da

Bolívia consolida procedimentos de interceptação e maior controle do es-paço aéreo na região de fronteira com o objeti vo de combater o tráfego de aeronaves supostamente envolvidas em ati vidades ilícitas. A BOLBRA II foi realizada, entre 22 e 27/7, a parti r da Base Aérea de Campo Grande (BACG) no lado brasileiro. A base boliviana fi cou em Puerto Suárez, cidade que fi ca na fronteira com o Brasil, próximo à Corumbá.

Durante os cinco dias de exercício conjunto, atuaram lado a lado aero-

naves Cessna C210, Pilatus PC-7 e Kra-rakorum K-8, da Força Aérea Boliviana, e aeronaves A-29 Super Tucano, E-99 e C-98 e C-97, da Força Aérea Brasileira.

O Chefe do Departamento III de Operações do Estado-Maior General da Força Aérea Boliviana (EMGFAB), Ge-neral de Brigada Aérea Weber Gonzalo Quevedo Peña, salienta que “todos os esforços, incluindo este exercício, são para a defesa da sociedade, por meio de mecanismos de dissuasão a tráfegos irregulares. Isso serve para que a socie-dade se sinta cada vez mais segura”.

Militares brasileiros e bolivianos treinam em conjunto para maior controle do espaço aéreo

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11Agosto - 2012

SEGURANÇA NO TRÂNSITO

Se liga: gatos podem ter sete vidas. Pessoas não! Brasil é o 2º país no mundo em acidentes fatais com motos; 40% destes usam o veículo como meio de transporte

“Percorro de moto todos os dias mais de 50 km para chegar ao trabalho na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A BR-070 é uma das mais perigosas. No ano passado, fi quei 30 dias afastado por causa de um acidente. O carro da frente reduziu bruscamente a velocidade para deixar um passageiro e eu não consegui frear a tempo. Machuquei o tornozelo e a perna. Apesar de nunca andar colado no carro à minha frente, aprendi a manter uma distância bem maior e não tenho mais coragem de pegar corredor. Antes de sair de casa, beijo minha fi lha que tem quase dois anos e prometo voltar no fi nal do dia. Como não quero quebrar a pro-messa, tomo muito cuidado no trânsito”. Cabo Rony Pett erson Mati as, 24 anos (CECOMSAER – Brasília)

De um lado da trincheira, o Sargento Eduardo Henrique de Medeiros

se prepara para mais um dia de uma batalha incessante pela segurança no trânsito. Do outro, está um batalhão de mais de 800 motociclistas que chega para o expediente na Academia da Força Aérea, em Pirassununga, no interior de São Paulo. Encarregado da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CIPAT), Medeiros trabalha para despertar nos condutores, a maioria jovens, cuida-dos com a prevenção. “Apostamos na educação e na conscienti zação para reduzir o número de acidentes de trajeto” explica.

Proporcionalmente, mais de 60% dos acidentes de trabalho são regis-trados com motos no percurso até a Academia. O número que já foi maior, vem caindo depois que a CIPAT passou a realizar cursos periódicos sobre segurança, que inclui aulas práti cas

de direção defensiva para recrutas, soldados, graduados, ofi ciais e civis. Até junho, foram duas ocorrências contra o total de 13 acidentes de moto do ano passado.

Um dos soldados que faz parte desta estatí sti ca teve a moto ati ngida por um ônibus poucos dias antes da formatura. Ficou 30 dias em coma. Segundo os médicos, ele está vivo por sorte. Hoje, ele usa o próprio exemplo para alertar os colegas e costuma dizer que a atenção no trânsito deve ser por você e pelos outros. “Talvez por exces-so de confi ança, muitos acreditam que nada disso pode acontecer com você”, afi rma o soldado da AFA.

Não é bem isto que mostra o úl-ti mo estudo divulgado sobre o tema no país. Segundo o Mapa da Violência 2012, realizado pelo Insti tuto Sangari, a taxa de mortalidade por acidente de moto aumentou 846% nos últi mos 15 anos. A de carros, 58,7%. O Brasil é o segundo país do mundo em acidentes fatais com motos, depois do Paraguai. O estudo também revela que a uma velocidade de 50 km por hora, o im-pacto de uma colisão sobre o corpo do condutor será equivalente ao de uma queda livre de 10 metros de altura. E ao contrário do que muita gente pensa, a maioria dos acidentes não acontece com motoboys. Quarenta por cento dos acidentados usam a moto como meio de transporte. De-zesseis por cento, como instrumento de trabalho.

Além do excesso da autoconfi ança tí pica de jovens, o sargento Medeiros tem de combater diariamente nas aulas, a adoção deliberada de práti -cas que alguns desavisados insistem em chamar de “moda” e não infra-ção grave da lei. Uma das piores é a mania de pegar o caminho para casa ou escola sem o retrovisor. Além de multa e apreensão da moto, o uso de espelhos minúsculos no lugar dos dois equipamentos de segurança previstos pode signifi car uma viagem sem vol-

“Depois de ultrapassar um ônibus não ti ve tempo de desviar da caçamba que estava estacionada logo a frente, em local proibido. Fraturei a perna em nove lugares e fiquei internado por dois meses. Passei por quatro cirurgias. Poderia ter sido pior se não esti vesse de capacete. Depois do acidente, presto atenção redobrada ao trânsito. A moto é uma alternati va rápida, econômica, mas não se pode facilitar. Só quem passa por um acidente sabe bem como é difí cil”. Soldado Wellington Santos Nascimento, 21 anos, Companhia de Polícia de Aeronáuti ca do Batalhão de Infantaria de Aeronáuti ca Espe-cial de Belém (BINFAE-BE)

“Já sofri sete acidentes de moto. Depois do último, que foi mais sério, decidi vender a moto. A cada tombo, aprendi alguma coisa e sempre alerto meus amigos para andar com cuidado. O capacete afi velado, não é balela. A boa manutenção da moto também deve ser levada a sério. E o mais importante: não basta cuidar apenas de si, mas dos outros, como carros e caminhões, porque nunca se sabe o que os outros vão fazer no trânsito”. Cabo SAD Igor Machado de Souza, do efetivo do Batalhão de Infantaria de Aeronáuti ca Especial de Canoas (BINFAE-CO)

Veja o check list completo dasegurança sobre duas rodas:

ta. “Sem os retrovisores você anda prati camente às cegas o que aumenta a probabilidade de acidentes fatais”, alerta o instrutor movido a desafi os. “Educar é uma batalha que exige informação, paciência e abnegação”, resume o guerreiro atrás da trincheira na luta pela vida.

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12 Agosto - 2012

FAB NO HAITI

QUALIFICAÇÃO

Curso técnico-profissional complementa formação de soldados do VI COMAR

Em patrulha, soldados fazem parto em Porto Príncipe

Com outros sete militares, os dois soldados da FAB integravam a patrulha no Haiti

Oassunto mais visualizado, com-partilhado e comentado das

mídias sociais da FAB em julho foi o parto realizado pelos soldados da FAB no Haiti . Mais de 20 mil pessoas conheceram a história de Ernesto e Rebeca Delise que vagavam pelas ruas de Porto Príncipe à procura de socorro. Grávida, com fortes contra-ções, a jovem e o marido ti veram de parar em uma das avenidas escuras da capital Porto Príncipe. Deitada na calçada, os dois esperavam. Na história desses pais haiti anos, um encontro foi decisivo para o fi nal feliz. Nove mi-litares da Força Aérea Brasileira que parti cipam da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no país, em missão roti neira de patrulha, viram a cena e socorreram a mãe.

Os primeiros atendimentos acon-teceram ali mesmo. Os militares embarcaram a jovem mãe haiti ana na viatura e parti ram em busca de

socorro, rumo a postos médicos de enti dades que prestam apoio à po-pulação haiti ana. Não deu tempo. O

pequeno Junas Delise nasceu às 5h da quarta-feira (18/07), na viatura da patrulha, com a ajuda dos soldados

brasileiros Demorvã Diego Canton e Kaue Correa dos Santos Frois, que receberam treinamento de primeiros socorros antes do embarque para a missão.

Com o menino nos braços da mãe, a equipe da FAB seguiu para o Centro de Referência de Urgências Obstétricas da ONG Médicos Sem Fronteiras. Os dois passam bem.

“No momento mantivemos a calma para trazer uma nova vida ao mundo. A emoção foi muito grande. Fizemos o que fomos treinados. Foi uma lição que vamos levar por toda a vida”, afi rma o soldado Demorvã. Frois diz que a experiência está sendo única, mas para ele “somente este fato já faz valer a pena toda a missão”.

Tropas brasileiras, do Exército, da Marinha e da FAB, parti cipam da Missão das Nações Unidas para a Es-tabilização do Haiti (MINUSTAH), ao lado de outros países.

Balcão, jogo de damas e tambore-te. Estes são alguns dos produtos

confeccionados com madeira no curso de marcenaria. “Pude observar como é fundamental o papel de um mar-ceneiro e quanta coisa legal a gente pode fazer. Quando levei pra casa os nossos produtos, minha mãe não acreditou que eu mesmo ti nha feito aquilo tudo”, diz o soldado Rodrigo Nogueira dos Santos.

Ele é um dos 114 soldados parti -cipantes do Curso de Qualifi cação do Programa Nacional de Acesso ao Ensi-no Técnico em Emprego (PRONATEC--DF). O projeto é resultado de uma parceria entre o Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR), Odontoclínica de Aeronáuti ca de Brasília (OABR) e

SENAI. Com duração entre 160 e 300 horas-aula, os cursos preparam os soldados em áreas como almoxarife, pedreiro de alvenaria, marcenei-ro, padeiro e auxiliar odontológico, possibilitando a eles uma formação técnica-profi ssional e a possibilidade do contato dos jovens com a práti ca profi ssional que fará a diferença em suas carreiras.

O soldado João Paulo Cardoso de Pinho, colega de Nogueira, concluiu o curso de padeiro, área com a qual se identi fi ca e já trabalha. “Fazer esse curso foi fundamental para aumentar a minha qualifi cação profi ssional numa área que eu já gosto tanto”, comenta. Ele também chama a atenção para como o curso abriu os olhos para a

necessidade de especialização pro-fi ssional e as portas para o futuro no mercado de trabalho.

O idealizador da iniciati va, Coman-dante do Sexto Comando Aéreo Regio-nal (VI COMAR), Major-Brigadeiro do

Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, ressalta a importância do projeto. “Ao possibilitar conhecimento técnico aos nossos militares, eles terão condições de atuar, na FAB ou fora dela, como verdadeiros profi ssionais”, diz.

Com mais de 20 mil visualizações, assunto foi o mais comentado na história das mídias sociais da Força Aérea

Em frente ao grupo alguns dos produtos elaborados pelos soldados durante o curso

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13Agosto - 2012

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Hospital fluvial socorre ribeirinhos da AmazôniaDurante 40 dias, o hospital montado sobre uma balsa foi a única referência em saúde da região inundada

Foram quarenta dias de atendimen-to do Hospital de Campanha Flu-

vial da Força Aérea Brasileira (FAB) em Careiro da Várzea (AM). O município, situado às margens da região conhe-cida como Baixo Rio Solimões, fi ca a aproximadamente 25 Km da cidade de Manaus. De acordo com a Defesa Civil, cerca de 4,5 mil famílias foram ati ngidas diretamente pela enchente, 95% de seu território foi inundado. O local foi um dos mais afetados e che-gou a decretar estado de calamidade pública em razão da maior enchente já registrada no Amazonas.

O barco é o único meio para chegar a este local. Não há estradas e, com o território inundado, heli-cóptero não tinha onde pousar. O hospital fl uvial passou a ser o serviço de saúde referência da região, depois que o hospital do município ficou debaixo d’água e os postos de saúde fecharam. Entre 21/5 e 29/6 era para a balsa atracada no porto fl utuante que a população local recorria nos ca-sos de emergência médica. “Ouvimos relatos de que as pessoas da região saiam 4h da madrugada de barco para serem atendidas no hospital às 8h da manhã”, explica o coordenador do hospital de campanha fl uvial e Chefe do Séti mo Serviço Regional de Saúde (SERSA 7), Tenente-Médico Waldyr Moyses Oliveira Júnior.

Casos mais frequentes - A água

que chegou na linha da cintura e, em alguns lugares até o peito, foi a res-ponsável pelas doenças que se propa-garam rapidamente. De acordo com o médico, os casos mais frequentes atendidos foram diarréias – adultos e crianças -, pequenos acidentes com ferimentos e síndromes febris, decorrentes de viroses. “A população costuma construir pontes improvi-sadas de madeira, conhecidas como maromba, e ao caminhar sobre elas já submersas acabava se ferindo”, explica.

Urgência – Para os casos que de-mandavam atendimento de urgência uma “ambulancha” (embarcação de pequeno porte com motores poten-tes) fi cou de plantão. Eram apenas 20 minutos de Careiro da Várzea até o centro de Manaus. “Em casos de Crises de hipertensão, suspeita de acidente vascular cerebral (derrame), infarto e picadas de cobras removía-mos o paciente para uma unidade com mais condições na capital”, diz o militar.

A estrutura – Para que o socorro à população fosse possível, um outro desafi o foi vencido: a estrutura do hospital. O porto de Careiro da Vár-zea é fl utuante. Por isso, o hospital foi redimensionado para atender em apenas uma balsa. “Foi um es-forço muito grande de toda a equipe para conseguir materializar a ideia”,

São Sebasti ão da Boa Vista, na Ilha de Marajó (PA), fi ca aproximadamen-te 120km de Belém. Para chegar a um hospital mais próximo são 12

horas de barco. É nesse contexto que entra em ação o Esquadrão Falcão (1º/8º GAV). Na sexta-feira, 13/7, o grupo foi acionado para uma missão de misericórdia. A tarefa consisti a em transportar Carlos Geraldo Campos de Melo, membro da Comiti va do Projeto RONDON que sofria de grave crise de apendicite e precisava ser transportado com urgência para a ca-pital. Em menos de 10 minutos após o acionamento, um helicóptero H-1H decolou para transportá-lo ao Hospital da Marinha, onde foi medicado.

CLÍNICA MÉDICA: PEDIATRIA: REMOÇÕES: EMERGÊNCIAS: MEDICAMENTOS:

O hospital fl uvial passou a ser o serviço de saúde referência da região

explica o chefe do SERSA 7. A cada semana uma equipe com 17 militares se revezava para manter o atendi-mento. A estrutura uti lizada recebeu oito módulos e foram oferecidas as seguintes especialidades e procedi-mentos: clínica médica, pediatria, pequenos procedimentos cirúrgicos, vacinação, curati vos e remoções de urgência/emergência.

Balanço de atendimentos

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14 Agosto - 2012

SEGURANÇA DE VOO

HABITAÇÃO

‘Troque a pipa por uma bola’ recolhe duas mil pipasFoco de conscientização são crianças e jovens que utilizam pipas; brinquedo pode causar acidentes

Alternativa de diversão mais se-gura é a proposta da campanha

“Troque sua pipa por uma bola” desenvolvida por iniciati va do Siste-ma de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO) da Infraero com apoio do Primeiro Serviço Regional de Investi gação e Prevenção de Aci-dentes Aeronáuti cos (SERIPA I) e do Destacamento de Controle do Espaço de Belém (DTCEA- BE).

A ação realizada nos bairros do entorno do Aeroporto Internacional de Belém distribuiu 1.500 bolas em troca de pipas durante a 9ª edição do projeto, realizada na primeira quinze-na de julho. Luciano Segura, gerente do SGSO, informa que a operação só acaba quando todas as bolas forem trocadas. “Depois de recolhidas, as pipas são destruídas”, completa.

A ideia da campanha é conscien-ti zar crianças, jovens e pais sobre o

que uma simples pipa pode causar. De acordo com a Chefe da Seção de Investi gação e Prevenção de Acidentes Aeronáuti cos (SIPAA) da Base Aérea de Belém (BABE), Tenente-Aviadora Adriana Barros Magalhães Silva, todos os dias são recolhidas cerca de 30 pi-pas no entorno do Aeroporto. Recen-temente, a linha de uma delas fi cou presa ao rotor principal do helicóptero H-1H do Esquadrão Falcão (1º/8º GAV) que, por sorte, não causou acidente. “As pipas podem enroscar nas hélices ou serem tragadas para o motor, com risco de explosão. Há um caso catalo-gado no Rio de Janeiro onde o cerol feito com cola e cacos de vidro na linha da pipa cortou a corda de um rapel, causando a morte de dois militares em treinamento. Por isso devemos atuar de forma preventi va junto à comuni-dade para mantermos alto o nível de segurança das ati vidades aéreas, já que

Novos apartamentos em Manaus reduzem fila de espera por moradias em 50%

Rio Japurá, com 24 apartamentos, é o nome do novo prédio residen-

cial da Vila Militar Aleixo, em Manaus (AM). De acordo com o Prefeito de Aeronáutica de Manaus, Tenente--Coronel Intendente Genival De Luna, a entrega reduz em torno de 50% a fi la de espera por próprios nacionais residenciais para ofi ciais. Segundo ele, o impacto maior será senti do nos quartéis. “Quando a família está bem alojada e não é moti vo de preocupa-ção , o rendimento do militar é muito maior”, destaca.

A obra foi projetada e coordenada pelo Serviço Regional de Engenharia do VII COMAR (SERENG-7) e iniciou em janeiro de 2010.

“Nossa diretriz é proporcionar bem-estar ao nosso pessoal e cuidar da nossa gente”, afi rma o Tenente--Brigadeiro do Ar Juniti Saito, Coman-dante da Aeronáuti ca, que parti cipou da inauguração da obra em 19/7.

A família do Major-Aviador Ar-tur de Souza Rangel é uma das que irão morar no novo prédio. Para ele, o novo lar irá proporcionar maior conforto para a família. “O prédio fica mais próximo da escola onde minhas filhas estudam e do meu local de trabalho. Assim, vamos gastar menos tempo com os deslo-camentos”, explica.

segurança de voo é responsabilidade de todos”, ressalta Adriana.

Foco da campanha é conscientizar crianças e os pais sobre os perigos da pipa

Ao lado, imagem do prédio Rio Japurá

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15Agosto - 2012

FAB forma especialistas em busca e salvamentoO treinamento dos 35 homens durou 82 dias e incluiu mergulho livre, sobrevivência na selva, mar e montanha

A localização de víti mas de aciden-tes aéreos ainda com vida é a es-

perança de toda tripulação envolvida numa missão de busca e salvamento. Para isso, a equipe envolvida precisa estar preparada para tudo, incluindo encontrar companheiros de longa data sem vida.

Para o grupo de 33 militares da FAB e dois da Marinha que acabaram o curso de busca e salvamento iniciou uma nova etapa na carreira. Agora, eles integram um seleto ti me de pro-fi ssionais preparados para missões onde as condições são imprevisíveis e o sucesso depende, além da técnica, da determinação de cada homem. Por isso, o treinamento para estes militares não é fácil.

Foram mais de 80 dias levando os militares aos limites das condições fí sicas e psicológicas. De acordo com o coordenador do curso, Tenente Eduardo da Costa Baptista, os ce-nários de busca e salvamento de acidentes aeronáuti cos são sempre estressantes. “As condições em que o militar trabalha exigem preparo fí sico e emocional”, complementa.

De volta às unidades aéreas, os militares reforçam as equipes de

resgate da FAB. O Sargento Rafael Ferreira Marques, recém-formado no curso, já enfrentou a primeira missão. Ele integrou a equipe acionada em 26/7 para auxiliar nas buscas de um ultraleve que caiu no litoral de São Paulo. “O acesso estava difí cil. Foi necessário cortar a árvore para efe-tuar o resgate”. Para ele as visitas ao insti tuto médico legal, que integram

o programa de treinamento, foram fundamentais para lidar com a situ-ação real.

Pela primeira vez, o curso ocorreu sob a responsabilidade do Esquadrão Puma (3°/8° GAV), no período de 16/4 a 6/7. Os alunos foram treinados em diversas áreas, como módulo de acesso a aeronaves, combate a in-cêndio, comunicações, operação de

máquinas e motores, mergulho livre, sobrevivência no mar e na selva, tá-ti cas de combate SAR, operações em ambiente de montanha.

Na montanha, eles enfrentam as temperaturas baixas e exercitam técnicas de rapel

ESPECIALIZAÇÃO

Veja algumas das fases de treina-mento do curso de busca e resgate:

Água - Natação uti litária e adapta-ção ao mergulho livre, o mar agitado e a correnteza dos rios exigem pro-fi ciência do “resgateiro”. O domínio das técnicas aquáti cas garante, além do sucesso da missão, a preservação da própria vida.

Montanha – Acidente não es-colhe dia, hora, lugar ou estação do ano. Por isso, os militares, foram para as montanhas exercitarem diversas técnicas de rapel. Com ar rarefeito e frio rigoroso, eles treinam a remoção de feridos, incluindo restos mortais.

Sobrevivência no mar e na selva – Considerando mais de 7 mil quilômetros de costa e densas áreas de fl orestas, é fundamental o militar estar preparado para dominar as técnicas de sobrevivência no mar e na selva. Nesta, o treinamento inclui a capacidade de obter alimentos, água e construir abrigos improvisados.

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