Jornal Nós Queremos Voz

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Em outubro de 2011 aconteceu um ato em Curitiba reunindo grupos de jovens que integram entidades e movimentos sociais para se manifestarem contra a violência. O ato foi curto, mas a partir daí surgiu o movimento “Nós Queremos Voz”. Este coletivo de jovens passou a pensar em formas de se mostrar contra a falta de investimentos em políticas efetivas de combate a violência que envolve os jovens da cidade. Com a adesão de várias organizações e movimentos sociais, o movimento 'Nós Queremos Voz' passou a se articular para a apontar a necessidade de melhorias das políticas de segurança pública para a juventude, afinal são os jovens os principais atingidos pela violência. Uma grande Curitiba se faz sem violência. Com os Já temos algumas ideias para o ano de 2012. Faremos audiências públicas com autoridades responsáveis pela segurança do Paraná, trabalhos em instituições de ensino municipal e estadual, como mostra de vídeos e promoção de debates, sempre visando a reflexão sobre a prevenção da violência. Precisamos da sua opinião: ela é muito importante. Venha construir a campanha com a gente, pois acreditamos que a prevenção da violência se faz com o apoio da comunidade. Visite nosso blog: www.nosqueremosvoz.org Entre em contato com a gente: IDDEHA - [email protected] / 41 3363-3103 Casa da Juventude - [email protected] / 41 3095-6346 ACNAP - [email protected] / 41 3349-2162 A campanha está apenas começando... Venha fazer parte! altos índices de violência que envolvem os jovens, o movimento “Nós Queremos Voz” decidiu promover um ato público para mostrar que é necessário criar uma verdadeira política de segurança pública – o que não significa apenas colocar mais policiais nas ruas, mas principalmente criar espaços de lazer, oficinas educativas e profissionalizantes, projetos de prevenção à violência, entre outras ações. O bairro escolhido para este ato de lançamento da Campanha “Nós Queremos Voz” foi o Sítio Cercado. No Sítio Cercado, em 2011, foram assassinadas cerca de 5 pessoas por mês. De janeiro a outubro foram 45 pessoas assassinadas. Acompanhe as ações da campanha “Nós Queremos Voz” pelo blog: www.nosqueremosvoz.org.br. São 56 homicídios por 100 mil habitantes. Em 2010 foram 1850 pessoas assassinadas. 814 eram jovens. Curitiba é a 6ª capital mais violenta do Brasil

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Jornal da Central Jovem de Comunicação do IDDEHA

Transcript of Jornal Nós Queremos Voz

Em outubro de 2011 aconteceu um ato em Curitiba

reunindo grupos de jovens que integram

entidades e movimentos sociais para se

manifestarem contra a violência. O ato foi curto,

mas a partir daí surgiu o movimento “Nós

Queremos Voz”.

Este coletivo de jovens passou a pensar em formas

de se mostrar contra a falta de investimentos em

políticas efetivas de combate a violência que

envolve os jovens da cidade.

Com a adesão de várias organizações e

movimentos sociais, o movimento 'Nós Queremos

Voz' passou a se articular para a apontar a

necessidade de melhorias das políticas de

segurança pública para a juventude, afinal são os

jovens os principais atingidos pela violência.

Uma grande Curitiba se faz sem violência. Com os

Já temos algumas ideias para o ano de 2012. Faremos audiências públicas com autoridades responsáveis pela segurança do Paraná, trabalhos em instituições de ensino municipal e estadual, como mostra de vídeos e promoção de debates, sempre visando a reflexão sobre a prevenção da violência.

Precisamos da sua opinião: ela é muito importante. Venha construir a campanha com a gente, pois acreditamos que a prevenção da violência se faz com o apoio da comunidade.

Visite nosso blog: www.nosqueremosvoz.org

Entre em contato com a gente: IDDEHA - [email protected] / 41 3363-3103Casa da Juventude - [email protected] / 41 3095-6346ACNAP - [email protected] / 41 3349-2162

A campanha está apenas começando... Venha fazer parte!

altos índices de violência que envolvem os jovens,

o movimento “Nós Queremos Voz” decidiu

promover um ato público para mostrar que é

necessário criar uma verdadeira política de

segurança pública – o que não significa apenas

colocar mais pol ic iais nas ruas, mas

principalmente criar espaços de lazer, oficinas

educativas e profissionalizantes, projetos de

prevenção à violência, entre outras ações.

O bairro escolhido para este ato de lançamento da

Campanha “Nós Queremos Voz” foi o Sítio

Cercado. No Sítio Cercado, em 2011, foram

assassinadas cerca de 5 pessoas por mês. De

janeiro a outubro foram 45 pessoas assassinadas.

Acompanhe as ações da campanha “Nós Queremos

Voz” pelo blog: www.nosqueremosvoz.org.br.

São 56 homicídios por 100 mil habitantes. Em 2010 foram 1850 pessoas assassinadas. 814 eram jovens.

Curitiba é a 6ª capital

mais violenta do Brasil

Quando chegam a Curitiba, as pessoas vindas de cidades

pequenas encantam-se com os shoppings, as praças, os

teatros, até mesmo com os prédios dos poderes

legislativo, executivo e judicial do Centro Cívico. Ao

verem essa estrutura muitos pensam que a capital

merece o título de modelo a se seguir. Porém, a

realidade é outra.

Poucos reconhecem a situação de abandono que se

encontram as regiões periféricas de Curitiba. Devido ao

crescimento mal planejado da cidade e a falta de

investimento público, bairros como Cidade Industrial,

Cajuru e Sítio Cercado possuem uma infraestrutura

precária, com poucos hospitais e falhas no atendimento

nas Unidades de Saúde, Também apresentam condições

Infraestrutura X Violência

precárias de ensino, apesar de haver várias escolas.

Apresentam ruas não pavimentadas e mal iluminadas,

entre outros fatores que colaboram para que os três

bairros citados acima sejam os mais violentos da capital.

Pare pra pensar: onde estão os shoppings, os teatros, os

museus, etc? Onde estão as ruas asfaltadas e os colégios

mais bem vistos? Nota-se que na ausência de tais espaços

os índices de violência são crescentes. Só o CIC, em 2010,

totalizou 152 homicídios, dez vezes mais que o Centro.

Resumindo, onde há melhor infraestrutura, há menos

violência e vice-e-versa. Agora, cabe a nós, cidadãos,

cobrar e efetivar ações do poder público para que a

periferia também tenha sua devida atenção.

Anderson Tavares da Rocha, 17 anos.

Se continuar assim, até 2019 mais 18 mil jovens serão assassinados

Nos próximos dez anos haverá aumento anual de 25% no número de assassinatos de jovens entre 15 e 24 anos, em Curitiba e região metropolitana. Em dez anos, aproximadamente 6,7 mil jovens nesta faixa etária foram assassinados e a projeção para 2019 é que em torno de 17,8 mil jovens nessa faixa de idade serão vítimas de homicídios, em Curitiba e região

A projeção é do Instituto de Defesa de Direitos Humanos (IDDEHA) baseada na pesquisa Mapa da Violência 2011, feita pelo Instituto Sangari, a pedido do Ministério da Justiça.

Para a diretora do Núcleo de Pesquisa do IDDEHA e doutora em Sociologia, Marcilene Garcia de Souza, o aumento do homicídio entre jovens tem relação direta com a forma e construção das políticas públicas. Marcilene afirma que é preciso fazer mais investimentos em educação, segurança, saúde e emprego.

Vamos nós então promover ações de

prevenção em 2012

Força Sindical, Sindicato dos Metalúrgicos, APP-

Sindicato, CUT, Sindicato dos Bancários, Senge

já são parceiros do IDDEHA na campanha “Uma

Grande Curitiba se Faz sem Violência”.

Estes sindicatos financiarão a criação de

Comitês da Juventude, em que jovens

receberão bolsas-auxílio para protagonizarem

ações de prevenção à v io lênc ia e

conscientização social, levando cidadania para

comunidades de Curitiba.

Serão produzidos materiais de comunicação e

informação sobre o tema. Os jovens manterão o

b l o g N o s q u e r e m o v o z . o r g p a r a

acompanhamento das ações e multipilicação

dos debates. Também é prevista a realização de

debates nas escolas

Mais de R$ 3 milhões deveriam ser destinados a projetos de prevenção, mas não foram

Corre na justiça uma ação civil pública que denuncia: a

Secretaria de Segurança Pública do Paraná não utilizou

recurso destinado a projetos de prevenção e poderá

devolve-lo à União.

O convênio para a realização do PRONASCI (Programa

Nacional de Segurança Pública com Cidadania) no Paraná

está assinado desde dezembro de 2008, mas não foi

executado. O recurso que o governo federal repassa aos

estados para a execução deste programa está disponível

desde a época da assinatura do convênio. Até hoje não foi

executada nenhuma ação deste convênio, por falta de

vontade política da SESP.

Com a não realização deste projeto ,deixam de ser

realizadas a A formação de 470 jovens para a Cidadania e

Direitos Humanos por meio de oficinas de arte-educação ,

além da capacitação em Cidadania e Direitos Humanos de

700 representantes de segmentos diversos da sociedade:

policiais, lideranças comunitárias, diretores de escolas,

profissionais de ONGs, entre outros.

fonte: crimescuritiba.com.br fonte: IPPUC/2005