Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

28
A JOALHARIA NA MODA Qual o seu Posicionamento BREAKING NEW GROUND Novo Projeto promete maior cooperação entre Empresas ALIANÇA PARA A SEGURANÇA NO SETOR DE OURIVESARIA Uma mais valia para o Setor .06 .14 .20

description

 

Transcript of Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

Page 1: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

A JOALHARIA NA MODA

Qual o seu Posicionamento

BREAKING NEW GROUND

Novo Projeto promete maior

cooperação entre Empresas

ALIANÇA PARA A SEGURANÇA NO SETOR DE OURIVESARIAUma mais valia

para o Setor

.06

.14

.20

Page 2: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

Criado para a linha de alta joalharia Hermès do designer Pierre Hardy, este colar de ouro rosa é detalhadamente feito com diamantes e pedras preciosas.

Sensuais e arrojadas: são as joias com um efeito de placas ósseas de crocodilo em ouro rosa. A nova coleção Niloticus da Hérmes por Pierre Hardy reflete a excelência da marca e o exotismo de um Egito imaginário.

JOIAS DE CROCODILO POR HERMÈS

Page 3: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

CAROS COLEGAS,

Mais uma edição do nosso jornal, criada especialmente para o relançamento do nosso setor após as férias.

Temos a agenda cheia de bons projetos para impulsionar a nossa Ourivesaria. Focamos a nossa atenção por um lado nas questões da segurança, que a AORP não perde de vista, por isso criámos a iniciativa “Aliança para a Segurança no Setor da Ourivesaria”. Por outro lado investimos nas questões do desenvolvimento económico da nossa indústria, e para tal desen-volveremos o projeto de promoção e cooperação das empresas, aliando o passado e o futuro ao serviço da competitividade. Sabemos que a identidade patrimonial e industrial ocupam um lugar central na evolução económica do setor, e por isso vamos mapear competências, recen-sear técnicas, gestos, peças ímpares, elaborar suportes promocionais, dinamizar uma rede e uma marca que distingue as empresas com um tipo de produção específica, que constituem um património vivo da Ourivesaria portuguesa. As consequências que pretendemos atingir terão impacto na atividade sectorial e no reforço das condições para a internacionalização. A construção e a apresentação deste património, resultará num capital inestimável em termos de identidade para o setor e para o país.

E de identidade também nos debruçámos quando mostrámos marcas portuguesas com grande visibilidade internacional. Convidamos a conhecer novos projetos a nascer na cidade do Porto, que visam atraír visitantes consumidores do que melhor a cidade tem para oferecer, incluindo nesse pacote, a nossa Ourivesaria, que é obrigatoriamente Moda. Ourivesaria posi-cionada no mundo da Moda é uma realidade intransponível. Trazemos um texto que nos ajuda a refletir sobre esta temática.

Nos dias que atravessamos temos de adotar uma visão otimista de quem luta sem medo de ar-riscar. Perspetivar novas idiossincrasias e estratégias que vinguem e conseguir que a Ourive-saria se realce no mundo. Encontrar caminhos que originem vencer na conjuntura atual, alicerçando o nosso crescimento com empenho na prospeção do futuro. Só com dedicação proativa conquistaremos o mercado, num dos momentos mais críticos da história nacional. Com estratégias bem desenhadas, com criatividade e esforço se alcançam metas que à priori seriam consideradas quase impossíveis, com a capacidade de querer é vencer, empenho e rigor tudo se consegue.

Embora o contexto se mantenha adverso, a saída estrutrual desta crise é um processo exigente e complexo que requer ousadia, persistência e continuidade na construção de um Portugal competitivo e inovador, onde as empresas possam funcionar como efetivos catalizadores do crescimento, criando e gerando riqueza.

(Presidente AORP)

AORPAssociação

de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal

[email protected]

Sílvia SilvaGabinete

de Comunicação e Imagem da AORP

[email protected]

AORPAssociação

de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal

Anel: Rare Jewellery

Page 4: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

Brincos Costiswww.costis.com

TENDÊNCIAS

04

Colar Bulgari da coleção Diva, inspirada na celebridade

Carla Bruni.

EXPOSIÇÃO BuLgARI‘The Art of Bulgari: La Dolce Vita & Beyond,

1950-1990’ vai decorrer de 21 de setembro 2013

até 17 Fevereiro 2014 em San Francisco’s De Young

Museum.

ERRATA CAPA

Na última edição (Jornal da AORP abril/maio/junho de 2013) a indicação das peças da capa da edição saiu, com o nome errado Carolina Santa, Minúcias e Miguel Sereno, quando o correto era anel e colar: Sofia Rocha e colar: Carla Matos by Materialab.

CARTIER da coleção Paris Nouvelle Vague

A relação de Cartier com Paris é interminável. Desta vez, vem cheia de expressividade com a

coleção de joias “Paris Nouvelle Vague”. É uma homenagem à sin-gularidade da Vil le Luimiére com

os seus sete diferentes temas: maliciosa, voluptuosa, glamou-

rosa, impertinente, emancipado, brilhante e delicada.

Pulseiras Costiswww.costis.com

MODA INTERNACIONAL DE ALTA JOALHARIA OutOnO/InvernO 2013/14

Page 5: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

05TENDÊNCIAS

Este inverno despeça-se do discreto! As joias ganham proporções exuberantes e

são para ser notadas. Sob a l iderança da Lanvin, a atitude

punk-chique rouba as atenções com alfinetes de peito e cola-res que espalham mensagens

como “Cool” ou “Go”. Na cole-ção Chanel as pulseiras combi-nam-se com cuffs e, no desfile,

Versace, os brincos transfor-mam os brincos em pregos

afiados. Complete o look com múltiplos anéis. Esta estação,

os acessórios são mais e maio-res que nunca.

Page 6: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

“A moda da joalharia esteve desde sempre intrinsecamente ligada à moda de vestuário”

LIpOvetsky, 1989

se do público consumidor. Designers e marcas passaram a ter uma expressão nunca antes verificada através do reconhecimento e visibi-lidade que a entrada neste circuito lhes permitiu.Em Portugal, há exemplos desta interligação criativa, de criadores de peças de ourive-saria a trabalharem com estilistas.

As peças surgem como complemento dos coordena-dos que detém destaque na passerelle da ModaLisboa e Portugal Fashion, arrebatan-do público e impren-sa com a apresentação em desfile de peças inesperadas, surgidas muitas vezes da transfor-mação de objetos banais em peças requintadas e luxu-osas combinando referências antagónicas.

Marcas e nomes estrangeiros também têm vindo a apostar

nesta forma de divulgação e pro-moção que teve início no séc. XIX com o conceituado joalheiro francês Louis Cartier, que veio então a ser seguido por ícones como Paul Poiret ou Coco Chanel, e dentro de portas podemos dar o exemplo da marca Eleuterio Jewels.

Aliar a joalharia ao design de moda, será algo tao óbvio e instintivo como a combinação entre diferentes formas de arte, que apesar de inde-pendentes, não teriam qualquer eco ou expressão quando isoladas em si mesmas.

A construção de imagens surge sim, da íntima relação entre as inúmeras influências artísticas/criativas, que partindo de universos internos ou externos, visuais ou sensoriais, bus-cam uma reinterpretação subjetiva da realidade, e a busca da construção-desconstrução estética dos padrões vigentes.

Inês Soares

06

A joalharia é uma forma de arte decorativa ancestral, considerada ainda um dos setores “tradicionais” da economia portuguesa pelo cariz artesanal e manufa-tureiro que lhe está asso-ciado.

Com um percurso que se confunde com a história e se perde nas brumas do tempo, conta atualmente com uma importante ex-pressão produtiva especial-mente nas regiões do norte e centro do país.

Encontra-se contudo imersa num processo de mudança que visa dar uma resposta mais abrangente aumentando a competi-tividade e afirmando a sua posição nos mercados internacionais.

O reconhecimento das suas especificidades através do estudo das mais recentes tendências de mercado aliado a uma estratégia de divulgação fortemente estru-turada, apresentam-se como fatores essenciais para que o know-how ad-quirido ao longo de gerações conju-gado com o talento dos criativos e o recurso a novas tecnologias sejam o ponto de partida para a sua “reinven-ção” e sustentabilidade, assumindo uma perspetiva de contemporanei-dade e inovação, sem perder contudo a identidade original que lhe está subjacente.

Partindo do corpo como elemento de expressão e da identidade pes-soal como afirmação, a joalharia tem desde sempre caminhado a par e passo com as tendências de ves-tuário, já que ambas sofreram ao longo dos tempos os mesmos proces-sos de adaptação e transformação. Complementando-se, acrescentando--se, interagindo.

Moda e joalharia revestem-se as-sim da mesma semiótica, linguagem silenciosa que fala aos sentidos e ao inconsciente, numa articulada e

intimista forma de comunicar.Para além do sentido pragmático, imediato e utilitário, para além do que usamos, do que parecemos, do que gostaríamos de ser, as tendências surgem como fio condutor de escolhas e correntes de gosto que se transfor-mam em paradigmas estéticos.

A joalharia enquanto “arte do adorno” detém um importante papel enquanto afirmação de riqueza, poder e status pelo valor material que lhe é atribuído, mas também se manifesta no campo subjetivo como evocação de afetos e sentimentos, encerrando em si o poder de eternizar. A joia surge como expoente máximo da materialização da beleza, seduzindo, encantando, alimentando o desejo.O brilho das pedras, a riqueza dos metais, a delicadeza de formas e tex-turas que enfeitam o corpo e valori-zam a imagem, são parte integrante e indissociável do universo global da moda propriamente dita.

Ao aliar-se a este segmento, a joa-lharia afirmou-se enquanto setor ”democratizando-se” e aproximando-

A JOALHARIA NA MODA

Adorn London and Hannan Saleh

Page 7: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

07LEGISLAÇÃO

Page 8: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

08ARTIGO OPINIÃO

Page 9: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

NOTíCIAS SETOR

Formada em design pela Univer-sidade de Aveiro passando pela pós-graduação em design de joias pela Universidade Católica do Porto, Joana Mieiro traça um importante percurso além fronteiras com pas-sagem por algumas das escolas e joa-lheiros mais consagrados do mundo, entre eles a Richemont School of Design - Creative Academy (Milão), Jaeger LeCoultre (Suiça), a Central Saint Martins (Londres), o Atelier Mourão (Rio de Janeiro), a Arts Ma-nagement Shcool (Helsínquia).

De regresso a Portugal, todas estas experiências se materializam numa nova linguagem que deu origem à criação da MIMATA, em 2009, fruto de uma sensibilidade invulgar e de um ideal estético repleto de feminili-dade, delicadeza, força, sensualidade e ternura.

Desenvolvidas exclusivamente em ouro e incrustadas com pedras preciosas, as peças que compõem as colecções MIMATA enquadram-se no segmento médio-alto/alto, idealizan-do uma mulher informada, sofisticada e descontraída, sensível às tendências da moda e do design contemporâneo, reflectindo o estilo de vida da mulher de hoje.

Quatro anos depois da sua fundação, a MIMATA dá início a uma nova etapa inaugurando o seu atelier, a 4 de Julho, na Rua de Cedofeita, 433, no Porto. Concebido à imagem do universo MIMATA, o novo espaço envolve as originais criações numa atmosfera de tons pastel, originais aquários e flores sempre frescas –, um éden imaginário, reflexo do carácter romântico e cosmopolita des-ta que é uma das marca de joalharia mais proeminentes da nova geração de designers portugueses.

MIMATA INAuguRA ATELIER

www.mimata.pt

09

Page 10: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

10

Joana Campos Silva é formada em som e Ima-gem e pós-graduada em Gestão das Indústrias Criativas pela universidade Católica portuguesa. Iniciou o seu percurso como consultora de marcas de design de produto. É apaixonada por comuni-cação e moda, por isso decidiu dedicar-se apenas à criação e desenvolvimento de marcas de moda. Começou pelo grupo sonae, desenvolvendo um projeto para a internacionalização das lojas Zippy e projetos para a área de formação das equipas Modalfa. Mais tarde, começou a colaborar com a ApICCAps com a marca portuguese soul (marca que representa o calçado português na cena internacional).

no último ano colaborou com a universidade Católica porto - spinlogic, desenvolvendo pro-jetos que aumentam as sinergias entre as em-presas e o mercado. O ano passado decidou pôr em prática as suas ideias sobre o setor da moda e apresentou-as junto do CIteve com o proje-to « FashionPlus+ », ganhando uma Menção Hon-rosa na categoria de ‘melhor serviço para a Ino-vação têxtil’ em portugal. Atualmente para além de ser consultora de marcas no setor de calçado, têxtil e joalharia, está a investigar o Setor Moda/Retalho em Portugal, para o desenvolvimento de um espaço reflexivo e promocional que acelere processos de Moda em portugal, seguindo o con-ceito « FashionPlus+ ».

ENTREVISTA

Page 11: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

11ENTREVISTA

OUVIMOS FALAR QUE TEM UM NOVO PROJETO EM MãOS CHAMADO “PORTO FASHION DISTRICTS”. CONTE-NOS! O QUE É?

O FASHION DISTRICTS é o ponto de encontro entre lugares, pessoas e os seus estilos de vida. A conexão entre eles promove a ‘moda’ da cidade e projetam a cidade na moda. O FASHION DISTRICTS dá a conhecer os diferentes bairros das MODAS, os thinkers e makers de MODA, e as suas expressões: brands+industry, art+design, eat+drink, stay e play. Com este projeto poderá conhecer-se o life-style de quem vive a cidade, a partir da identificação e mapeamento de talentos, negócios, projetos, escolas e indústria. Consolidar o ADN das cidades através da colisão da moda com outras áreas de conhecimento é o que pretendemos, de forma a criar valor económico para Portugal junto dos mercados internacionais.

Vê O PORTO COMO UMA CIDADE CATALISADORA DA CRIATIVIDADE? ExISTEM AQUI GRANDES OPORTUNI-DADES DE NEGóCIO?

Existem muitas áreas que alimen-tam a área da moda que não estão suficientemente exploradas no Porto e em Portugal. Ao fazer convergir a moda com as diferentes áreas (gas-tronomia, arquitetura, música,…) conseguimos identificar as áreas com maiores potencialidades.O Porto mesmo ‘sem recursos’ tem-se revelado altamente criativo, por isso neste momento precisamos de catalisar os esforços criativos, para as áreas e bairros certos. Basica-mente é a cidade que irá ditar as suas necessidades e revelar as novas oportunidades de negócio, nós só estamos aqui para ligar os vértices que faltam.

EM QUE MEDIDA ESTE MAPEAMENTO PODERá BE-NEFICIAR A SITUAÇãO ATUAL DA CIDADE?

Se não soubermos o que existe na cidade, como é que a podemos mudar?! Este mapeamento vai nos permitir-nos conhecer melhor quem são os thinkers e os makers da cidade, bem como os negócios, marcas e projetos que estão influen-

ciar a cidade.

E A OURIVESARIA?

A ourivesaria também estará repre-sentada no projeto e provavelmente será uma das áreas que mais irá beneficiar com ele; na medida em que existe um desfasamento entre o que está a ser produzido e o que está a ser vendido. A classificação deste setor também não é consensu-al; muitos não entendem a diferença entre ourivesaria e joalharia, bem como o potencial da introdução de novos materiais ‘menos nobres’ neste setor. O papel da associação e das escolas é fundamental para a mudança deste paradigma. Estare-mos aqui para provocar e tentar trazer novas perspetivas para o setor.

A MODA CONSTRóI-SE COM A OURIVESARIA? A LIGAÇãO É Já UMA OBRIGATORIE-DADE?

A moda é a exibição de um ponto de vista cultural e conceptual, que incorpora um estilo de vida num de-terminado tempo e espaço. Se todos estamos de acordo que a ourivesaria faz parte da nossa cultura, porque motivo ela é tão discriminada no dito ‘setor da moda’? As institui-ções que promovem a moda em Portugal, nunca consideraram este setor, talvez porque o setor não se soube impôr. Existem poucas parce-rias entre a ourivesaria, o calçado e o têxtil, já para não falar de parceri-as entre a ourivesaria e outras áreas como a gastronomia, arquitetura e o design de produto. Queremos que as pessoas olhem para a moda no seu todo, e entendam a grande potencialidade na integração dos diferentes setores.

AS EMPRESAS PORTUGUE-SAS DE OURIVESARIA A PAR DO CALÇADO E DO TêxTIL CONSTITUEM UMA FORTE COMPONENTE DE NEGóCIO DA MODA NO PAÍS. O PORTO É O LOCAL IDEAL PARA CO-MUNICAR ESTA DINâMICA. COMO É QUE Vê ESTA EM RE-ALIDADE POSTA EM PRáTICA.

Vemos o Porto como o reflexo de uma região. O FASHION DIS-TRICTS irá refletir em diferentes perspetivas e formatos, as pessoas

que pensam e fazem a região, bem como os negócios que a valorizam. Na prática vamos mapear, classificar e relacionar os estilos, os lugares e as pessoas que dão expressão à cidade, que por sua vez é o reflexo da região.

QUEM VIVE NO PORTO SENTE UM BORBULHAR DE UMA ARTE URBANA MUITO PRESENTE, QUE SE REFLETE NO MUNDO DA MODA. ACHA QUE OS SETORES EM SEU REDOR, NOMEADAMENTE A OURIVESARIA PODERãO BENEFICIAR DESTA SITU-AÇãO? EM QUE MEDIDA?

O produto nacional para se dife-renciar na cena internacional terá de aprofundar o seu conhecimento sobre as suas origens, e a cidade faz parte desse conhecimento, permitindo que o produto seja o reflexo do contexto onde os talentos se inspiram e produzem. Quanto mais ADN português introduzirmos no nosso produto ‘global’, mais diferenciação teremos nos mer-cados internacionais. Um turista quando vem ao Porto, não procura aquilo que vê em todos os merca-dos, procura algo único. É isso que temos de oferecer - Algo irrepetível que só o nosso ADN poderá dar.

A VALORIzAÇãO DA NOSSA INDúSTRIA PASSA POR CRIAR E PROMOVER PROJETOS COMO ESTE?

A presença da indústria é funda-mental para o sucesso deste projeto, sem ela este projeto não existe. Todos juntos e alinhados é que con-seguiremos fazer a diferença.O PORTO FASHION DISTRICT não se chama Lisboa ou Coimbra ou outra cidade qualquer. Este projeto só poderia ter um nome, porque o Porto tem carac-terísticas próprias e está inserido numa região muito particular, muitíssimo forte na área da in-dústria. Os índices de exportações revelam a importância desta região para o desenvolvimento do País. Se a nossa indústria já começou a ‘influenciar’ o mundo, porque mo-tivo não poderá influenciar mais? Vemos muito potencial, por esse motivo a nossa missão é: ‘Criar valor económico para os mercados a partir do ADN das cidades onde a

base é a moda.’

ESTE PROJETO ABRANGE TAMBÉM OUTRAS áREAS. QUAIS?

A moda é a base em convergência com outras áreas: brands+industry (marcas de moda e indústria), art+design (arte, música, arquitetu-ra…) eat+drink (gastronomia), stay (Hóteis, hostels, design hotel, guest houses…) e play (praia, mar, rio, jardins…)

O PúBLICO ALVO DESTE PORTAL SãO MAIORITARIA-MENTE TURISTAS? QUE PER-FIL DE PESSOAS IMAGINOU A VISITAR ESTA PLATAFORMA?

O turismo tem crescido de uma forma sustentável na cidade do Porto e temos vindo assistir a uma crescente procura daquilo que nos distingue, cultural e economica-mente. Desta forma, é natural que o projeto tente orientar-se também para este novo público. O nosso foco, é suscitar o interesse de quem procura a diferença na cidade. O público-alvo, é um público que se interessa por tendências, mas mais do que tudo, se interessa pela novidade altamente selecionada. Ao apresentarmos o projeto, per-cebemos que o mercado nacional também tem um grande interesse, porque vai conhecer a cidade de um outro ponto de vista. Considera-mos também que os negócios da moda, irão ter uma forte presença no projeto, na medida em que não quererão perder a hipótese de se as-sociar a esta nova forma de mostrar a moda e as tendências da cidade e da região.

QUANDO É QUE NOS PODEMOS PERDER (OU ACHAR) PELO PORTO COMO FASHION DISTRICT? ESTA-MOS ANSIOSOS!

Estamos desde Março de 2012 a trabalhar no conceito FashionPlus+ e é uma verdadeira emoção ver as nossas ideias a ganharem forma e a entusiasmar outras pessoas. Es-peramos em Outubro ter novidades, embora só em 2014 é que faremos a apresentação oficial.

Agradecimento especial à Almanaque Magazines & Coffee

Page 12: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013
Page 13: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

Gabriel Ribeiro é um Designer, licenci-ado em Artes (Joal- haria) pela ESAD – Escola Superior de Artes e Design, com um vasto e qualitativo percurso em exposições, prémios nacionais e internacionais. O seu tra-balho já percorreu países como Portugal; Espanha; França – Biennal du Bijoux Contemporaine; Alemanha - Fórum Inovation da INHORGENTA Europe; Itália - MORE DESIGNER da MACEF, Feira Internacional de Design em Milão; Fin-lândia; Estados Unidos da América; China; Coreia do Sul – onde foi selecciona-do para o Prémio Internacional de Design de Joalharia SANSHIM; e Austrália.

Recentemente foi selecionado para a edição de julho de 2013 do novo livro Showcase 500 Art Necklaces da editora Norte Americana LARK BOOKS.

O seu trabalho reflete a contemporaneidade deste tempo, sendo de salientar a história e autenticidade subjacente nas suas peças e, por vezes, um património de recordações e associações míticas, religiosas ou urbanas. Agradar por agra-dar não entra no conceito de trabalho do autor, pois as suas peças impõem-se ao carregarem o peso de todas as emoções vividas e sentidas pelo mesmo. As peças de Gabriel Ribeiro são uma extensão de si para o outro. E quando esse outro se apaixona por uma peça é porque se revê nela e se envolve com ela.

“Town”As cidades possuem características muito próprias pelas quais as identificamos e difer-enciamos umas das outras. O projecto “Town” é uma reflexão da cidade do Porto. A sua tipologia arquitectónica caracteriza-se com a predominância do ferro e do granito que lhe dão uma identidade de cidade austera. Quando vagueio pela cidade descubro sempre novos motivos inspiradores. As calçadas de pedras graníticas em formas quadrangulares foram o conceito que me levaram a fazer esta extensa série de artefac-tos onde prata e ouro convivem harmoni-osamente, num conjunto de formas simples e minimalistas.

Um Português destacado no livro Showcase 500 Art Necklaces

13NOTíCIAS SETOR

www.facebook.com/gabrielribeiro.joiasdeautor

Page 14: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

14SEGURANÇA

Tendo como assente que a segurança é a problemática mais urgente para o setor, a AORP, na sua função de garante dos interesses do setor, está determinada a dar resposta a um con-texto que prejudica drasticamente a competitividade do setor, submetido a condições sufocantes de insegurança, com contínuas agressões aos ativos e bens em Portugal.

O tema dos furtos e roubos não é um fenómeno novo para o setor, contudo, nestes últimos anos tem sofrido um acréscimo exponencial, nalguns casos com contornos de inusitada violên-cia. Esta situação coaduna-se com a presença extensiva de estabelecimen-tos de comércio de ouro que, devido a falhas importantes na legislação e recorrendo a estratégias ilícitas para legitimar a origem dos bens, podem adquirir os metais preciosos rouba-dos.

A atividade desenvolvida nesta maté-rial revela-se incipiente, concreta-mente no que toca à troca de infor-mações com as autoridades públicas e mobilização dos agentes afetados (industriais, seguradoras,...). O recrudescimento da problemática tem levado a AORP a procurar soluções mais efetivas a partir de uma ótica coletiva.

Durante o Congresso de Vicenza de 2012, organizado pela CIBJO, foi

apresentada uma prática implementa-da nos Estados Unidos que apresenta bons resultados na descida das taxas de criminalidade setorial e que já foi transferida para outros países, tais como a França e o Reino Unido.

A iniciativa denominada “ Jewelers’ Security Alliance“ é desenvolvida pela Jewelers´ Security Alliance (JSA) em estreita colaboração com a Jewelers Mutual, (http://www.jewel-ersmutual.com/), a maior seguradora dos Estados Unidos no ramo do retalho joalheiro.

No lançamento da iniciativa, as estatísticas nos Estados Unidos mostravam taxas alarmantes quanto à incidência de crimes. Nesta última década, ao contrário da Europa, estes crimes caíram para metade, devido, segundo as autoridades do setor, à implementação dessa prática em matéria de prevenção do crime.

A experiência americana baseia-se na partilha generalizada de informação, na sensibilização e na participação ativa de todos os agentes, incluindo as forças de segurança públicas. Em conformidade com os promotores da iniciativa, é fundamental sensi-bilizar todos os intervenientes sobre as especificidades do setor joalheiro criando uma melhor compreensão mútua entre todas as partes.

Os instrumentos disponibilizados são: dois websites, um para participação dos crimes e outro para reportar e procurar a joalharia roubada (base de dados de crimes com informação de crimes e suspeitos) (http://www.jewelerssecurity.org/); um Manual de Segurança em Joalharia; o envio semanal de e-mail de alerta aos mem-bros com informação sobre crimes, suspeitos e prevenção de crimes e um DVD de 24 minutos de treino para as forças policiais intitulado de “Jewelry crime for law enforcement”.

Estes equipamentos são complemen-tados com um trabalho intensivo da Jewelers’ Security Alliance no auxílio aos joalheiros e polícia por telefone e e-mail, e também, a organização de palestras, conferências, formação e atividades de consultoria para a indústria da joalharia e pessoal da polícia.

A AORP vai desenvolver uma ini-ciativa em Portugal no âmbito de um projeto financiado pelo QREN, que pretende analisar as iniciativas imple-mentadas (Estados Unidos e Reino Unido) e potenciar a implementação adaptada à realidade portuguesa.

Concretamente o projeto terá as seguintes vertentes:

. Análise das experiências existentes: Estados Unidos e Reino Unido

. Nesta ação serão realizados in-tercâmbios com os promotores da iniciativa nos Estados Unidos e no Reino Unido para distinguir os pon-tos fortes e as complementaridades com a realidade nacional.

. Adaptação da iniciativa em PortugalPara adaptar a iniciativa à realidade portuguesa serão organizados en-contros e reuniões com os principais atores visados (empresários, comer-ciantes, seguradoras, representantes da segurança pública, ...). O objetivo é analisar a implementação mais ade-quada da prática e motivar a criação de parcerias operativas.

. Lançamento da iniciativa ALIAN-ÇA PARA A SEGURANÇA NA OURIVESARIA PORTUGUESANuma terceira fase serão preparados e lançados os instrumentos que com-põem a iniciativa ALIANÇA PARA A SEGURANÇA NA OURIVESARIA PORTUGUESA.

Os instrumentos previstos são: - Website interativo com 2 bases de dados (informação de crimes e suspeitos); - Um Manual de Segurança - Um DVD de treino para as forças de segurança;- Uma linha telefónica específica e um e-mail.

Page 15: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

15NOTíCIAS

VIDEOVIgILâNCIAOBRIgATóRIA

OurIvesArIAs e LOjAs de OurO usAdO

A nova lei de segurança privada, que entrou em vigor no dia 14 de Junho de 2013, a Lei 34/2013 (a par da Portaria n.º 372/2012 que prevê os requisites técnicos das câmaras), estabeleceu a obrigatoriedade de instalação de dispositivos de vide-ovigilância e sistemas de segurança e protecção, em:• Estabelecimentos onde se proceda à exibição, compra e venda de metais preciosos e obras de arte;• Postos de abastecimento de com-bustível;• Instituições de crédito e sociedades financeiras;• Estabelecimentos de restauração e de bebidas que disponham de salas ou de espaços destinados a dança;• Conjuntos comerciais com área bruta locável igual ou superior a 20.000 m2;• Grandes superfícies de comércio que disponham, a nível nacional, de uma área de venda acumulada igual ou superior a 30.000 m2.• Farmácias;

Com esta legislação o Ministério da Administração Interna quis impôr um sistema de segurança em todos os estabelecimentos em cima descri-tos, com o objetivos de reforçar a segurança e fiscalização. A colocação obrigatória de videovigilância servirá para controlar as entradas e saídas de pessoas e o posterior fornecimento das imagens às autoridades para efei-tos de prova em caso de crime. De acordo com o Relatório Anual de

Segurança Interna de 2012, os roubos a ourivesarias e a casas de compra e venda de ouro subiram 19,7% em relação a 2011. Em 2012, ocorreram 164 roubos a estas casas.

A AORP esteve por trás da publi-cação desta medida, tendo desde sem-pre manifestado necessidade de mais medidas de segurança no setor da Ourivesaria a par da videovigilância, que é importante, mas não suficiente. É necessário, entre outras medidas, que seja aumentado o policiamento nas zonas dos estabelecimentos que este seja um policiamento de prox-imidade, estabelecendo laços com os proprietários.

O documento agora em vigor, esta-belece que, em geral, as entidades “devem adaptar-se às condições impostas” no prazo de um ano e, no caso concreto das ourivesarias, estas são “exigíveis” a partir de 1 de se-tembro de 2014. O não cumprimento do obrigatoriedade de instalação dos dispositivos de videovigilância constitui uma contraordenação grave, que poderá resultar em coimas que vão dos 300 a 1500 Euros no caso de pessoas singulares e de 7500 a 37500 Euros se forem pessoas coletivas. As entidade com competência de fiscalização é a PSP, sem prejuízo das competências das demais forças e serviços da Inspeção Geral da Ad-ministração Interna.

Page 16: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

1616NOTíCIAS

ELEUTERIO é uma das marca spor-tuguesas de Ourivesaria com maior projeção internacional, e continua a afirmar-se ao conquistar novos mer-cados a cada dia que passa. Pautada por princípios de grande qualidade e beleza, a marca é respeitada por todo o universo da Ourivesaria.

Em entrevista à revista “Jewellery Outlook Magazine”, nos dias em que participa num feira na Rússia, Luís Antunes, CEO da ELEUTERIO, fala sobre o que faz com que a marca portuguesa Eleuterio seja especial e como planeia entrar em novos merca-dos internacionais. Em discurso direto, diz-nos que “as joias Eleuterio são distintas e diferentes porque respiram a herança de gerações de mão de obra qualifi-cada na arte de “ouro crochê “. Os nossos artesãos são os guardiões dos segredos de filigrana de ouro, que é a nossa especialidade. A arte da filigrana - transformar ouro bruto em fios finos - é conhecida desde os primórdios da civilização. Artefactos foram encontradas desde os tempos pré-romanos na região do Norte de Portugal em torno da Póvoa de Lanhoso”.

Referindo-se ao processo produtivo e à estratégia empresarial a marca

afirma que novas coleções são lança-das a cada seis meses, e que é dado aos designers com quem trabalham total liberdade artística para expressar nos seus projetos, de uma forma que respeite o património e os princípios da Eleuterio. Ali todas as peças têm uma personalidade distinta, girando em torno da filigrana de ouro. A expansão para novos mercados inter-nacionais, com a atenção de novos clientes fez que com que ousassem para outros temas, além dos tradicio-nais. Os designers são assim convida-dos a experimentar novos caminhos - mais contemporâneos, em sintonia com os diferentes mercados em que estão envolvidos.

A propósito do elevado e volátil preço do ouro nos últimos tempos, entendem que tal não é problema, uma vez que os clientes da marca

apreciam e emocionam-se com as joias e com o que eles represen-tam, e não com o preço em si. As peças são atemporais, e o preço da matéria-prima sendo relevante, não é o fator dominante na mente dos clientes Eleuterio. A diferença está no produto, que não é massificado, há atenção aos detalhes, a produção é de uma gigante habilidade manual e artística, combinada com processos de fabricação mecânica e tecnologia de ponta. Orgulham-se na qualidade do acabamento do ouro, que é excep-cional.

Geograficamente a Eleuterio foca os planos de expansão a curto prazo para mercados, que entendem ser chave, como a China, Estados Unidos e Angola, sendo que a prioridade são os Emirados Árabes Unidos, onde há desde logo um grande apreço para o tipo de joiasem causa. Este ano, o enfoque da marca, foi o mercado do Reino Unido. A empresa causou um grande impacto na feira Interna-tional Jewellery London (IJL) e foi votada no top 10 na feira, elevando desta forma a Ourivesaria Portuguesa aos patamares de excelência que se pretende, e promovendo-o da melhor forma fora de portas.

www.eleuteriojewels.com

A FILIGRANA DE OURO É O CORAÇÃO DA MARCA

ELEuTERIO JEWELS

Page 17: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

e dentro de determinados limites, nas despesas de alimentação, transporte e no valor do prémio do seguro.

Outra medida que as empresas poderão tomar em consideração é o Estímulo 2013 que consiste num apoio financeiro às entidades empregadoras que cele-brem contratos de trabalho a tempo completo ou a tempo parcial por prazo igual ou superior a 6 meses. Destina-se a desempregados inscritos há pelo menos 6 meses consecutivos ou 3 meses consecutivos, desde que não tenham concluído o ensino básico ou que tenham 45 anos ou mais. Com esta medida pode usufruir de um apoio de 50% da retribuição mensal do trabalhador, entre 6 a 18 meses dependendo da duração do contrato.

A AORP tem um gabinete dedicado a estas medidas onde encontra todo o apoio à candidatura e acompanhamento do processo. Fale connosco para saber mais sobre este assunto.

www.impulsojovemportugal.ptwww.iefp.pt

ESTÁgIOS PROFISSIONAISCom o objetivo de combater um dos principais desafios que Portugal enfrenta actualmente, o desemprego nas camadas de população mais jovens, surge o programa Impulso Jovem com um conjunto de medidas de incentivo à criação de emprego.

O apoio à empregabilidade está assente em quatro principais áreas: . Estágios Profissionais;. Apoios à contratação;. Apoios ao empreendedorismo;. Formação profissional.

Enquanto entidade empregadora poderá criar oportunidades de ingresso no mercado de trabalho para jovens portugueses, através de um estágio profis-sional – Estágio Emprego, na sua empresa, comparticipado até 100%.O Estágio Emprego consiste num estágio remunerado, com duração de 12 meses, destinado a Jovens à procura de emprego com idade entre os 18 e os 30 anos sem registos de remunerações na segurança social nos últimos 12 meses e que tenham obtido uma qualificação há menos de 3 anos. Os estagiários têm direito a uma bolsa mensal, a despesas de alimentação e seguro variando a comparticipação entre os 80% e os 100% consoante a tipologia de entidades,

ApOIO Às CAndIdAturAs

17NOTíCIAS

Page 18: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

JOYA BARCELONA AOrp LevA 4 jOvens desIGners pOrtuGueses À jOyA eM BArCeLOnA

A JOYA

A JOYA é o evento mais importante de joalharia contemporânea em Espanha. Para a quinta edição, a or-ganização desenvolveu um trabalho árdua para que para que nos três dias do evento, o melhor da joalha-ria contemporânea esteja presente em Barcelona. JOYA conta com a participação de artistas, escolas e coletivos selecionados por um júri, assim como os eventos OFF-JOYA que serão exposições realizadas em diferentes espaços da cidade. Este certame como objetivo promover o melhor da joalharia contemporânea, segundo os critérios criativos, téc-nicos, de desenho e profissionalismo.

A JOYA E AS OUTRAS FEIRAS

A intenção da JOYA não é somente ser uma feira de joalharia de autor, mas um evento de qualidade de con-teúdo e com atividades que ampliem a visão, tanto do público como dos profissionais que assistem ao evento. Diferencia-se pelo seu entorno criativo, pelo contato direto com os artistas que criam as obras e pela visão de apresentar a joalharia como um objeto de arte pessoal. O objetivo é que o público se sinta identificado com alguma peça de uma maneira ou de outra, de aprender e surpreender. Este ano, além do espaço principal de exposição, JOYA preparou uma rota de galerias com exposições espe-cialmente realizadas para os dias da feira. O que o público deleitará será uma rota gratuita de pura joalharia de autor, uma homenagem ao ofício artesão, artístico e criativo.

No setor educativo JOYA também

joga um papel importante, já que aposta na promoção dos novos talen-tos. Este ano a Escola Arsenal e as Cavas Nadal, realizarão um projeto que contou com a participação de 10 alunos de joalharia selecionados por 5 escolas catalãs para assistir a um workshop, preparando peças inspira-das nos vinhedos Nadal e que serão expostas durante os dias do evento.

A PARTICIPAÇãO PORTUGUESA

Desde o começo, JOYA sempre teve como objetivo reunir o melhor da joalharia de autor a nível nacional e internacional, dando cada vez mais atenção ao que se está a produzir nos países latino-americanos e no sul da Europa. No caso de Portugal, conhece-se a tradição da joalharia portuguesa e a feira queria testemu-nhar a evolução no sentido contem-porâneo, como cada artista português cria, interpreta e complementa essa história da joalharia que já é existente em Portugal. A presença da AORP e dos artistas portugueses JOYA será uma ótima experiência atendo ao ob-jetivo comum de promover e posicio-nar a joalharia contemporânea como um objeto artístico e cultural.

ESTARãO PRESENTES NA JOYA OS SEGUINTES

ARTISTAS:

- Luisa Pedroso - Sofia Gomes - Materialab by Carla Matos - Joana Andresen

www.joyabarcelona.com

DURANTE 3 DIAS, 17, 18 E 19 DE OUTUBRO, A JOALHA-RIA CONTEMPORâNEA MUNDIAL REúNE-SE EM BAR-

CELONA, NA FEIRA JOYA. ESTE ANO, E PELA PRIMEIRA VEz, PORTUGAL ESTARá REPRESENTADO POR 4 AR-

TISTAS QUE PARTICIPARãO NO EVENTO, COM O APOIO DA AORP. ESTA PRESENÇA INSERE-SE NO PROJETO DE PROMOÇãO DA OURIVESARIA PORTUGUESA FORA DE

PORTAS, SOB A MARCA “PORTUGUESE JEWELLERY * SHAPED WITH LOVE”.

18FEIRAS

INTERNACIONAIS

Page 19: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

ESTARãO PRESENTES NA JOYA OS SEGUINTES

ARTISTAS:

Materialab by Carla Matos Joana Andresen

Luisa Pedroso Sofia Gomes

19FEIRAS

INTERNACIONAIS

Materialab by Carla Matos

Joana Andresen Luisa Pedroso

Sofia Gomes

Page 20: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

PASSADO E FUTURO AO SERVIÇO DA COMPETITIVIDADE DA OURIVESARIA NACIONAL

Aliar tradição, saber-fazer e desen-volvimento económico, é a direção apontada para melhorar a competi-tividade do setor numa das mais re-centes iniciativas da AORP denomi-nada “Breaking New Ground – Time for Cooperation”, que foi apresentada para financiamento no âmbito das ações coletivas do QREN, no final de Agosto.

A iniciativa, que se encontra em fase de análise, tem incidência na área da cooperação empresarial com ações que estão direcionadas para o fo-mento das práticas de cooperação e a formação de redes e parcerias funcio-nais. Propõe fornecer um enquadra-mento favorável para a implantação de um modelo setorial mais coope-rativo sem perder de vista a com-petitividade. Na prática, procura-se propiciar o fortalecimento individual a partir da soma dos benefícios de duas ou mais organizações, ambicio-nando-se a saída das empresas da zona de conforto para buscar os bene-fícios dos esforços coletivos. Neste contexto a diversidade possibilita resolver as fragilidades existentes e

constitui uma das principais vertentes para a inovação. A conexão possibi-lita a troca de experiências, o inter-câmbio e a expansão de horizontes, de modo a descobrir novas formas de atuar e, portanto, de inovar.

Uma peça fundamental para a in-tegração deste paradigma é intro-duzida pela promoção de práticas de valorização do património da ourivesaria. Consiste na criação de uma rede operativa “Rede Empresas Património Vivo da Ourivesaria de Portugal”. Sob esta denominação de rede concentra-se um extenso programa de atividades circunscrito numa perspectiva de promoção de uma identidade distintiva e diferen-ciável da oferta setorial. Alia por sua vez uma vertente de preservação e divulgação da excelência setorial.

Os resultados esperados dizem respeito à introdução de maior valor acrescentado à produção nacional.

Nesta abordagem o património torna-se um fator importante na criação de riqueza, um paliativo na recessão das denominadas empresas tradicionais.

Esta nova visão para o setor tem sido amplamente experimentada em países como a França e, ainda, o Japão, caracterizados pela projeção internacional e reputação de marcas e produções, facilmente reconhecíveis e “vendáveis” no mercado global. As soluções implementadas, que vão desde a iniciativa Metiers d’Art, a rede dos Tesouros Nacionais Vivos no Japão, até à implementação a nível nacional da França da rede “Entreprises du Patrimoine Vivant”, tem resultado em ganhos expressivos em matéria de competitividade no mercado global para setores referen-ciados como tradicionais, e nalguns casos como cronicamente em crise...

A intervenção desenvolvida dentro destes pressupostos para ser aplicada no seio da ourivesaria desenvolve-se pela junção e valorização dos aspetos distintivos da ourivesaria portuguesa, entendidos estes como elementos técnicos (industriais e manufaturei-ros) e imateriais (design, marcas…)

Criação de uma rede operativa “rede empresas

património vivo da Ourivesaria de portugal”.

20PROJETO

Page 21: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

que contribuem para conformar a identidade do “Made in Portugal” e que a fazem única.

A identidade patrimonial e industrial ocupa assim um lugar central no desenvolvimento económico do setor, com consequências na atividade seto-rial e no reforço das condições para a internacionalização. O processo lançado constitui por sim só uma vitrina para os artefactos e marcas da indústria nacional e um capital inestimável em termos de identidade para o setor, e para Portugal.

A ações projetadas incluem um mapeamento de competências, com o recenseamento de técnicas, gestos, peças ímpares…., a elaboração de suportes promocionais e a dinami-zação de uma rede e de um label que distingue as empresas com algum tipo de património específico. Como património específico entende-se um conhecimento de exceção, pouco comum, de renome ou ancestral, fundamentado na maestria de técnicas tradicionais ou de alta tecnicidade, sempre em interconexão direta com a idiossincrasia da região ou país. A integração de empresas na rede

aponta para a existência de uma excelência manufatureira e industrial. O envolvimento será premiado com a participação em ações de divulgação coletivas, tais como a promoção em salões especializados, o Maison & Objet na França e o IJT no Japão.

Completa o programa, a integração de uma vertente de descoberta económica e industrial a nível regio-nal com a implementação de ações de descoberta e de turismo económico e industrial. O epicentro deste grupo de ações situa-se nos municípios de Porto e Gondomar, com alta repre-sentatividade setorial. As sinergias criadas entre a indústria, o turismo e o desenvolvimento regional geraram novas oportunidades para outras ini-ciativas mais ambiciosas tais como a criação de um museu da ourivesaria.

Também tem um contributo doreto na promoção do “Made in Portugal” e da identidade portuguesa dentro e fora das fronteiras de Portugal.

RARE JEWELLERY

A Rare Jewellery é uma marca portuguesa que se apresenta no mercado com peças únicas saídas das mãos de artesãos portugueses experientes, especialistas na criação e produção de peças de alta joalharia de qualidade ímpar, que se destacam pela incorporação de técnicas e design tradicionais, identificadores do património português.Inspiram-se nas artes luxuosas an-tigas, e seduzem pela serenidade que escolheram para comunicar a marca.Aliam tradição à modernidade, encaixando na perfeição na inicia-tiva agora lançada pela AORP, de promoção da rede de empresas de Património vivo de Ourivesaria em Portugal.

www.rare-jewellery.com

21PROJETO

Page 22: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

RUNS

Page 23: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

23PERSONALIDADES

Maria Filomena Guerra é cientista. Desenvolve a sua atividade profis-sional no âmbito do Património cultural, em França, introduzindo métodos científicos para o estudo dos metais preciosos.

É diretora do Centre de Recherche et de Restauration des Musées de France (UMR 171), no Palais du Louvre, em Paris e uma das princi-pais especialistas em todo o mundo no estudo de artefactos antigos de ouro. O seu campo de investigação é a aplicação dos métodos físico-químicos ao estudo dos objetos em ouro e prata assim como às rotas comerciais destes metais no passado.

Tem, na atualidade, projetos de investigação sobre ourivesaria no II milénio a.C., um dedicado à análise de ourivesaria egípcia, em parceria com os museus do Reino Unido e

outro a decorrer em parceria com o Museu Nacional de Arqueologia de Lisboa sobre a ourivesaria arcaica da fachada atlântica.

O seu contributo para o setor diz respeito à aplicação da disciplina da física para recolher pistas sobre a proveniência, a idade, ou até a autenticidade das peças. Os métodos utilizados significam a aplicação da física e da química no âmbito do património cultural. A aplicação destas técnicas está a revolucionar a história da Arte.

A cientista aprecia mais a indústria do que a arte colocada nos materiais “não há conceito de beleza, mas talvez de destreza. Cada peça é um caso e tem uma história”, afirmava numa entrevista à revista UP da TAP Portugal, em Julho de 2013.

Valorização Patrimonial Cultural com Abordagem Científica

Um dos locais de preferência para ver peças extraordinárias da ourivesaria nacional, é para cientista a Sala do Tesouro, do

Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa.

www.mnarqueologia-ipmuseus.pt

PESSOAS E OuRIVESARIAuM SETOR EM MOVIMENTO

O seu percurso vital e académico, desenvolve-se entre Portugal e França, embora o seu campo de investigação seja global.

Maria Filomena, é licenciada em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FV-UL), doutorada pela Faculdade de Ciên-cias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL). Com pós-graduação em Ciência e Es-trutura da Matéria pela Universidade de Orleans.

Trabalha em França desde 1993 e já foi laureada pelo prémio WIN (Women in nuclear), da Sociedade Francesa de Energia Nuclear. Foi em 2009 responsável pela organização do Workshop AURUM: análise e au-tentificação de objetos em ouro, e da Escola Caracterização e Datação dos materiais do Património Cultural, incluída nas festividades do ano da França no Brasil.

Page 24: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013
Page 25: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

25PROJETO

PORTuguESEJEWELLERY.PT

COMPLETA A CAMPANHA INTERNACIONAL “PORTuguESE JEWELLERY * SHAPED WITH LOVE”

No contexto da promoção da imagem de marca da ourivesaria portuguesa a presença nas redes so-ciais intensifica-se. A nova imagem e posicionamento tem uma relação especial com as redes sociais, utilizando-as de forma profusa para expandir e globalizar os valores distintivos e o melhor das produções nacionais. A presença digital per-mite transmitir as novas propostas e relatos conformando uma nova identidade da ourivesaria portuguesa na cena mundial. Neste contexto ganham relevância o testemunho e os valores veiculados com a marca “Portuguese Jewellery shaped with love”. Multiplicam-se os vetores de transmissão aplicando-se o âmbito de influência.

A credibilidade está cada vez mais do lado da experiência. Pelo que na campanha “Portuguese Jewellery Shaped with Love” de promoção da imagem e da oferta nacional no internacional, o enfoque é dado na promoção nos mercados mais promissores e com projeçao através da participação em feiras e eventos (Inhorgenta na Alemanha, Bijorhca na França, Iberjoya em Espanha....) e na conformação da vida digital da marca, enquadrada em iniciativas tais como o lançamento de uma plataforma online que completa os canais da campanha.

Esta nova ferramenta digital foca-se nos aspetos diferenciais da oferta nacional: a especialização produ-tiva; as capacidades criativas, nos

domínios do design, da moda; e a qualidade dos serviços prestados na esfera internacional. Constitui um fim em si próprio para promover a identidade da marca e as ações da ourivesaria nacional no internacional e é, ao mesmo tempo, um meio para que as empresas possam integrar as iniciativas da AORP e promover o melhor das suas produções.

Está já disponível online em www.portuguesejewellery.pt.

A campanha “Portuguese Jewel-lery Shaped with Love” encontra-se englobada no projeto Gold Win Together, apoiado pelo Sistema de Apoio a Ações Coletivas (SIAC).

Page 26: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

27

FACEBOOKNOTÍCIAS AORP

Informações sobre joias, ourivesaria, prataria, pedras preciosas, inspirações para o dia-a-dia e cotações atualizadas e o mundo em redor da ourivesaria.

WEBSITEwww.facebook.com/aorp.associacaoourivesaria

LIVROTHE IMPOSSIBLE COLLECTION OF JEWELRYVivianne Becker

Assouline, 532,00€A historiadora Vivienne Becker apresenta algumas das extraordinárias obras de joalharia, produzidas ao longo dos últimos cem anos.

ExPOSIÇãOV&A MUSEUM - PEARLS

21 de setembro de 2013 - 19 de janeiro de 2014

Experimente a beleza e o fascínio de pérolas que através dos séculos e das culturas têm sido associada à riqueza, realeza e glamour. Este Outono, a V & A e a Qatar Museums Authority exploram a história das pérolas do Império Romano, do início até aos dias de hoje.

SITEwww.vam.ac.uk

SUGESTÕES

Page 27: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013

ANUÁRIO

Page 28: Jornal Nº15 Jul/Ago/Set 2013