Jornal Na Jogada mês de Setembro

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www.najogada.com.br Página 1 Cabo Frio – Setembro de 2010 – Ano III – Edição nº 17 – Distribuição Dirigida – www.najogada.com.br O futuro passa por aqui AINDA NESTA EDIÇÃO: Foto das obras do CT da Cabofriense, em São Jacinto Municipal de Futsal: a semifinal está chegando Estadual: clubes de Cabo Frio esperam o 3º turno Basquete quer chegar à decisão do Carioca Luto no esporte: morreu Alfredo Barreto Tardelli: um cabofriense que brilha na Alemanha Foto de Léo Borges Obras de construção do Centro de Treinamento da Cabofriense estão andando a todo vapor. Intenção da diretoria é que a equipe faça a pré-temporada para o Estadual já no CT. Página 5

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Jornal Na Jogada mês de Setembro

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www.najogada.com.br Página 1Cabo Frio – Setembro de 2010 – Ano III – Edição nº 17 – Distribuição Dirigida – www.najogada.com.br

O futuropassa por aqui

A I N D A N E S TA E D I Ç Ã O :

Foto das obras do CT da Cabofriense, em São Jacinto

Municipal de Futsal: a semifinal está chegandoEstadual: clubes de Cabo Frio esperam o 3º turno

Basquete quer chegar à decisão do CariocaLuto no esporte: morreu Alfredo Barreto

Tardelli: um cabofriense que brilha na Alemanha

Foto de Léo Borges

Obras de construção do Centro de Treinamento da Cabofriense estão andando a todo vapor. Intenção da diretoria é que a equipe faça a pré-temporada para o Estadual já no CT.

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Livre - Produção & Comunicações Ltda.CNPJ: 10.471.884.0001-16

Jornal Na JogadaFundador e editor: Léo BorgesJornalista responsável: Roberta Costa - MTB: 30034-RJDiagramação: Eliana LopesRedação: Anderson LopesPublicidade: Henrique de OliveiraColaboradores: Luana Macêdo, Marconi Castro e William Von-HeldImpressão: Arete Editorial Jornal Lance - 3 mil exemplaresObs.: Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

exPediente

A política, a politicagem e o esporteEscrevi dia desses no jornal Com-

pleto um artigo falando sobre como Cabo Frio e as cidades vizinhas podem se aproveitar da enxurrada de eventos esportivos no Rio de Janeiro a partir do ano que vem – quando acontecem os Jogos Mundiais Militares – até 2016, com a realização dos Jogos Olímpicos. No texto, que está disponível no meu blog (http://djmangueira.wordpress.com), abordo uma questão muito im-portante, pelo menos pra mim: a falta de prestígio do esporte quando são discutidos os rumos do futuro de nos-sa cidade e de nossa região.

Vou repetir o que escrevi lá (o tí-tulo do artigo é “Copa e Olimpíadas: esta festa também será nossa?”). Não adianta se pensar em aproveitar das benesses que podem vir com a realiza-ção destes eventos esportivos se não houver a busca por um caminho que eu reputo muito mais importante: a da modificação da mentalidade da cidade em relação ao esporte.

Não vejo, por exemplo, uma dis-cussão sobre a criação de uma políti-ca esportiva séria para o país entrar na pauta de nenhum dos postulantes à Presidência ou ao Governo do Esta-do, por exemplo. No âmbito local, Ca-bo Frio tem uma lei de incentivo fiscal que é tímida e pouco explorada. A ci-dade não tem uma Fundação Municipal na área, nem aproveita os profissionais formados para criar um projeto de de-tecção de talentos (que são muitos, em diversas modalidades) e as iniciati-vas de massificação da prática esporti-va são poucas e quase sempre restritas à Prefeitura, com pouca ou nenhuma participação da iniciativa privada.

Até mesmo quando a sociedade ci-vil se reúne para discutir alternativas para Cabo Frio, o esporte é deixado de lado. Discute-se segurança pública,

geração de emprego e renda, educação, saúde, turismo… mas não se discute esporte. Enquanto o assunto – que é também uma indústria, não poluente, das que mais renda movimentam no mundo – não entrar na pauta, não te-remos como participar efetivamente, no mínimo, por desconhecimento, das mudanças e dos benefícios que a Copa e os Jogos Olímpicos.

Neste aspecto, saúdo o prefeito de Búzios, Mirinho Braga, e sua equipe da secretaria de esportes, que é capi-taneada pelo meu amigo João Carlos de Moraes, o Joãozinho, que copiaram uma ideia já muito difundida em diver-sas cidades Brasil afora e enviaram pa-ra apreciação da Câmara Municipal um projeto de lei para implantação de um Bolsa Atleta, para auxiliar competido-res de destaque na cidade.

* * * * *

Domingo, 3 de outubro, é dia de eleições. Dispensável aqui falar sobre a importância de se escolher bem nos-sos representantes, de não compactu-ar com candidatos que fazem politi-cagem, e não política, e de se lembrar que, a partir de 1º de janeiro, é hora de cobrar dos eleitos medidas mais efeti-vas para incentivar a prática esportiva em nosso estado e em nossa região.

* * * * *

Por falar em política – e em ho-mens públicos sérios e honrados – Ca-bo Frio perdeu dois craques nesta área no mês de setembro: Alfredo Barreto e Otime dos Santos. Pessoas íntegras, corretas e que fazem muita falta nestes tempos cada vez mais sombrios. Daqui ficam os meus sentimentos às famílias queridas, co, as quais, desde muito ce-do, tive e tenho uma convivência de amizade, admiração, carinho e muito respeito.

No dia 24 de março de 1998 entrou em vigor a Lei 9.615/98, mais conhecida como “Lei Pelé”. A citada norma começou a vigorar com o intuito de substituir e aperfeiçoar a então conhecida “Lei Zico”. Trata-se de uma legislação que institui normas gerais sobre o desporto brasileiro, abrangendo práticas formais e não formais inspiradas na Constituição, especificamente em seu artigo 217.

Tal lei traz diversos questionamentos a respeito de sua constitucionalidade e sobre a mudança da lei do passe, que, no entendimento dos dirigentes de clubes, contribuiu, consideravelmente, com o enfraquecimento das entidades, além de facilitar o êxodo de jogadores para o exterior, cada vez mais jovens.

Quanto ao fim da lei do passe, a legislação em tela trouxe a determinação de que em dois anos, os jogadores deixam de ser propriedade dos clubes, que só poderão registrar o contrato do jogador a partir dos 16 anos. Caso um jogador desponte antes dessa idade, o clube não poderá fazer, legalmente, nada. Na prá-tica, alguns clubes fazem, embora não admitam, um “contrato de gaveta”, o que foi proibido pela Lei Pelé. Sem ter nenhuma garantia, os clubes o fazem apenas confiando na ignorância do contratado, ocasionando assim, vários contratos ilegais com jogadores de idade inferior a mínima permitida.

Sobre o tempo de duração de um contrato, esse pode ter no mínimo dois anos e, no máximo, cinco anos. Ao final do contrato, o clube pode fazer uma proposta de renovação, apresentá-la e depois registrá-la na federação de futebol de seu Estado. Caso nenhum clube apresente uma proposta melhor, o jogador terá que assinar esse contrato. No entanto, se outra equipe propuser qualquer aumento, o atleta terá direito de deixar o clube de origem.

Findado o prazo máximo de cinco anos de contrato, o clube não tem como impedir a transferência do jogador, que estará livre para aceitar qualquer outra proposta.

Imaginemos o investimento que o clube fez em um determinado atleta, ainda na categoria de base, custeando tratamento médico, odontológico, fisiológico, além dos estudos, sustentando-o desde o início de carreira. Caso haja alguma nego-ciação, o clube de origem terá que comprovar todos os investimentos exigidos pela Lei Pelé, para assim ter direito a um ressarcimento de 5% do valor de cada nova negociação.

Apesar dos inúmeros questionamentos, não existe, praticamente, qualquer perspectiva de mudança nessa legislação. Atualmente muitos clubes deixam de investir em suas categorias de base, por receio de não obter nenhum retorno financeiro posteriormente. Sem dúvidas a Lei Pelé enfraqueceu as entidades e facilitou o êxodo, cada vez mais precoce, de jovens talentos. Tem sido comum vermos jogadores brasileiros despontando no exterior, obtendo a naturalização em outros países para poder atuar em outras seleções, sem sequer terem sido aproveitados e vistos em clubes do nosso país.

Esperamos que o clima de Copa do Mundo e das Olimpíadas inspire as auto-ridades competentes a reverem as “brechas” que prejudicam o nosso esporte, e assim comecemos a investir não somente em estádios, transportes, segurança, etc, mas também no nosso futebol, fazendo com que fiquemos na história não só pela estrutura apresentada nesses eventos, mas também por todo o talento apresentado.

Considerações sobre a Lei Pelé

(*) William Von-Held é advogado e comentarista esportivo

www.najogada.com.br Página 3FUtSAL

Tropeços de Arraial do Cabo e Tamoyo dão esperanças a Coral e Progresso na luta pela vaga nas semifinais

A ADDP, de Rodriguinho, venceu todos os adversários até o momento. Já o Arraial, que vinha bem, perdeu duas partidas

Léo Borges

Esquenta a disputa

Restando somente duas rodadas para o final da fase de classificação, a briga para a definição das vagas para as semifinais do Campeonato Municipal Adulto, que parecia definida, deu uma esquentada nas últimas semanas. Quando o quadro apontava para as classificações sem sustos de ADDP, Rosa de Saron, Arraial do Cabo e Tamoyo para a fase decisiva do torneio, vitórias de Progresso e Coral recoloca-ram emoção na disputa.

A ADDP é a única que está garantida nas semifinais. Com 100% de aproveitamento, o time tem 18 pontos ganhos e ganhou novo ânimo na compe-tição depois da vitória contra o Arraial do Cabo, de virada, por 3 a 2.

A partida foi cercada de polêmica, já que a equipe ca-bista se recusou a trocar a data do jogo, que acabou sendo disputado minutos depois de a ADDP atuar pelo Campeonato Estadual – derrota diante da USS/Vassouras, por 3 a 2.

A atitude da direção da equipe do Arraial do Cabo irritou não só os dirigentes da ADDP, como também de outros clubes. Coincidência ou não, o Coral, que estava fazen-do uma campanha abaixo da crítica no campeonato, entrou mais motivado contra o Arraial e conquistou uma importante vitória, 3 a 2. Depois, o time venceu o Bola Sexta por 4 a 1 e, com 9 pontos, ainda sonha com uma das vagas – embora não dependa somente de suas forças para se classificar.

Quem também parecia fora do páreo, mas voltou para a briga foi o Progresso. O time, que vinha fazendo atuações apenas regulares no torneio, venceu o Tamoyo no fechamento da 6ª rodada, por 4 a 3, e depende apenas de si para classificar: com 7 pontos ganhos e três jogos por fazer, se classifica sem depender de ninguém vencendo as três partidas.

Além da ADDP, o Rosa de Saron também está em uma situação confortável no que se refere à classificação. O time jogou cinco vezes até o fechamento desta edição, e só perdeu para a líder ADDP. Com 12 pontos ganhos, está na vice-liderança do campeonato e, apesar dos três confrontos diretos que restam (contra Ar-raial do Cabo, Coral e Tamoyo), precisa de apenas uma vitória para ratificar sua condição de semifinalista.

O Zelador, com 6 pontos, tem chances remotíssimas de classificação: precisa ganhar os dois jogos que faltam e torcer por uma incrível sucessão de empates e derrotas de Tamoyo, Progresso e Arraial do Cabo.

a e Grêmio Samburá, que pela primeira vez disputam o campeonato adulto, não tem mais chance de classificação para a próxima fase.

Classificação (em 28/09): 1º) ADDP, 18 pontos; 2º) Rosa de Saron, 12; 3º) Arraial do Cabo, 9 (saldo +8); 4º) Tamoyo, 9 (saldo +3); 5º) Coral, 9 (saldo -5); 6º) Progresso, 7; 7º) Ze-lador, 6; 8º) Bola Sexta, 4; 9º) Grêmio Samburá, 3 pontos.

Com 14 gols marcados em seis partidas, Rodriguinho, da ADDP é o artilheiro do cam-peonato.

Com uma cerimônia descontraída reunindo dirigentes, treinadores, atletas e torcedores, a Liga Cabofriense de Futsal celebrou, na quarta-feira (29), o aniversário de 24 anos de fundação. A entidade promove, desde 1987, competições de âmbito municipal e regional, em diversas categorias, tendo cerca de 10 mil atletas filiados neste período. Na cerimônia, o presidente Richard Samerson agradeceu o empenho dos clubes em fazer com que a Liga de Futsal funcione de maneira correta até os dias de hoje, sendo parte importante do esporte de Cabo Frio.

Léo Borges

www.najogada.com.brPágina 4 FUtSAL/eStAdUAL

Cabo Frio se afirma como pólo do futsal no interior

Uma vaga para três

ADDP e Cabo Frio Futsal lutam contra o Vasco por uma vaga nas semifinais do Estadual Adulto

As equipes de Cabo Frio terminaram o segundo turno do Campeonato Estadual Adul-to, promovido pela Federação do Rio, com motivos de sobra para se preocupar. Com exce-ção do clássico entre ADDP e Cabo Frio Futsal, vencido pela ADDP por 7 a 1, nas outras 12 partidas disputadas, foram apenas duas vitórias, ambas contra o Teresópolis (4 a 1 para o Cabo Frio, fora de casa; 8 a 3 para a ADDP no Aracy Machado)

A ADDP, com 6 pontos, terminou o segundo turno na sexta colocação. Se as boas atuações diante de PEC, Macaé, Vassouras e Vasco da Gama animam a comissão técnica e criam uma possibilidade de melhora na reta final do cam-peonato, o tropeço diante do Americano/Cinderella Fashion, em Campos (1 a 2) custou caro às pretensões da equipe co-mandada por Everaldo Rangel

Marquinho e Cabeça são os capitães de ADDP e Cabo Frio. As duas equipes precisam subir de produção no 3º turno

Marconi Castro

Equipes levam nome da cidade em diversas competições e categorias

Que Cabo Frio é uma cidade que ama o futsal, isso não é novidade para ninguém. Porém, este segundo semes-tre reforça a imagem de polo da modalidade no interior do estado. Com a chegada da Super Liga Futsal Rio, Cabo Frio tem hoje, oito equipes participando de competições de âmbito estadual – um re-corde dentro do Rio.

Na Federação, o Cabo Frio Futsal disputa o Estadual em quatro categorias: adulto, sub-17, sub-15 e feminino. A ADDP participa do Estadual Adulto. Já na Super Liga, o Cabo Frio Futsal está jogando o sub-20, enquanto o Rosa de Saron participa com suas equipes adulto e sub-20.

São cerca de 160 atletas da cidade atuando em com-petições estaduais. Além da visibilidade dos três clubes participantes, o lado bom deste acúmulo de competi-ções é que toda semana, além dos jogos do Campeonato Municipal, há, pelo menos, uma partida de competição

estadual para ser assistida no ginásio Aracy Machado.

Na Super Liga Futsal Rio, o Rosa de Saron vai trilhando sua primeira experiência em competição deste nível com sua equipe adulta. As seme-lhanças com o início da cami-nhada da ADDP na Federação, há quatro anos, são inevitáveis: com pouca rodagem fora de Cabo Frio, a equipe até joga bem em alguns momentos. Porém, tendo enfrentado dois dos favoritos ao título até o momento (Botafogo/Casa de España e Suprema/Sport, de Juiz de Fora), os resultados não foram satisfatórios.

No sub-20, o clássico en-tre Rosa de Saron e Cabo Frio Futsal, disputado no último dia 23, foi muito bem jogado. Com empenho e muita dedi-cação das duas equipes, os jo-gadores fizeram de tudo para conquistar a primeira vitória na competição. Melhor para o Cabo Frio, que venceu por 2 a 1, com gols de Jonathan e Dodô. Sanny descontou para o Rosa de Saron.

Rosa de Saron e Cabo Frio Futsal se enfrentaram no sub20 pela Super Liga

dentro do campeonato.A vitória em Campos teria

dado à ADDP o mesmo quinto lugar do primeiro turno, dando um ponto a mais na classifica-ção geral que aponta para as semifinais.

A queda do Cabo Frio Fut-sal foi ainda mais acentuada. Depois de um primeiro turno onde terminou na quarta co-locação, a campanha ruim no segundo turno – com apenas 3 pontos – colocou o time na pe-núltima colocação. Em quadra, o time teve bons momentos, principalmente diante de Ma-caé e USS/Vassouras, mas a falta de pontaria na hora de finalizar custou pontos preciosos para os comandados de Rodrigo Barreto.

O segundo turno foi ven-cido pela USS/Vassouras, que somou 19 dos 21 pontos pos-síveis. Ainda com chances de passar para as semifinais da Liga Nacional, o Poker/PEC tem dois jogos por fazer, contra Macaé e Vasco. Se confirmar as vitórias, fica em segundo no turno e mantém a liderança no geral.

O Vasco, sexto no 1º turno,

reforçou sua equipe e deve fechar o 2º turno na terceira colocação. Isso significa dizer que o time de São Januário está na quarta colocação geral, com 9 pontos, contra 7 da ADDP e 7 do Cabo Frio.

Com isso, para chegar à semifinal, ADDP e Cabo Frio precisam terminar o 3º turno três posições à frente do Vasco, se quiserem chegar à semifinal. Missão difícil para os times de Cabo Frio – ainda mais que tanto ADDP, quanto Cabo Frio Futsal devem enfrentar o Vasco em São Januário.

A tabela do 3º turno só deve ser divulgada no dia 7 de outubro.

Classificação do 2º tur-no (em 29/09):

1º) USS/Vassouras (cam-peão do 2º turno), 19 pontos; 2º) Vasco da Gama, 13 pontos (*); 3º) Poker/PEC, 12 pontos (**); 4º) Macaé Sports, 12 pontos (*); 5º) Americano/Cinderella Fashion, 12 pontos; 6º) ADDP, 6 pontos; 7º) Cabo Frio Futsal, 3 pontos; 8º) Tere-sópolis/PMT, 0 ponto.

(*) um jogo a menos(**) dois jogos a menos

Léo Borges

www.najogada.com.br Página 5CABOFRienSeSecretaria de esporte e Lazer de Cabo Frio

Duas vezes por dia, Valdemir Mendes, pre-sidente da Cabofrien-se, vai a São Jacinto, bairro de Cabo Frio, coordenar a obra da construção do Centro de Treinamentos do

clube e a reforma da Pousada Meu Refúgio, arrendada por quatro anos pelo clube. Tanta dedicação e tanta empolgação se devem ao novo momento que o tricolor praiano vive, após passar um ano de incertezas, quando foi rebaixado a Série B do Carioca.

Animado com o retorno financeiro do atacante André, o que possibilitou o clube a começar a cons-trução do CT, Valdemir vê na estrutura a chance da Cabofriense crescer no cenário nacional. Investir ainda mais na base é uma prioridade, para que novos Andrés possam aparecer. Por isso, o presidente está negociando a contratação de Waldemar Lemos, ex-técnico do clu-be, para que possa coordenar a base. Além de Lemos, Valdemir pretende contratar mais um profissional para a base, mais vem tratando o nome a sete chaves.

- Na nossa região temos muitos talentos. Cabo Frio, Búzios, Arraial e as demais cidades sempre tiveram jogadores profissionais e com um trabalho profissio-nal na base, temos certeza que vamos descobrir mais talentos e fazer o clube ainda mais forte. Queremos ser um clube revelador e que os nossos jovens tenham oportunidades – comentou.

A não participação do clube na Copa Rio no final das contas acabou agradando o presidente, já que pôde se dedicar integralmente as obras. Dois campos estão sendo construídos, para que o time já faça a pré-temporada no Centro de Treinamentos. No primeiro campo toda a parte de drenagem está pronta e em 10 dias começará o plantio da grama. O segundo estará pronto dentro de um mês.

Enquanto vê os campos começarem a sair do papel e o muro do CT ser levantado, Valdemir vai ajeitando as

instalações da Pousada, que tem piscina, hidromassagem, refeitório, campo de areia, campo reduzido, churras-queira, dormitório para 32 pessoas e ainda terá centro médico e local para a comissão técnica.

- Esse novo momento que estamos vivendo fará a diferença no nosso futuro. Muitas portas vão se abrir por conta dessa estrutura que estamos construindo. Já estamos conversando com muitos parceiros, que po-dem investir no clube. O torcedor terá boas surpresas em breve – disse, animado.

Negociações em andamento para o futebol – Engana-se quem pensa que o futebol do clube foi esquecido. O gerente de futebol do clube, Sidnei Ma-rinho, tem trabalhado bastante para que o clube possa se reforçar para o Estadual. Vem mapeando nomes e negociando com jogadores para reforçarem o tricolor no Carioca.

– Queremos voltar à elite do Carioca da melhor maneira, como todos conheceram a Cabofriense, in-comodando e se classificando para as semifinais. Vamos montar um time forte, o torcedor pode esperar coisas boas – garantiu Valdemir.

Para isso, o clube renovou o contrato de dezoito jogadores, que devem retornar de férias na primeira semana de outubro, visando o trabalho para o Cario-ca. Para o comando técnico, há grandes chances de Émerson Ávila acertar com o clube. Valdemir espera fechar com um treinador do Cruzeiro, para fortalecer ainda mais a parceria. O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, deverá vir em breve a Cabo Frio para visitar as obras do Centro de Treinamento.

Enquanto ainda não vem a Cabo Frio, o presidente celeste recebeu por duas vezes a visita de Valdemir Mendes, que já vem negociando o fortalecimento da parceria, com a chegada de atletas do elenco principal do clube mineiro.

Com a construção do Centro de Treinamentos e a estrutura da Pousada, uma nova Cabofriense reaparece no cenário estadual e em breve nacional. É apenas uma questão de tempo. Empenho pra isso não vai faltar.

CT em construção para o Estadual

Clube também se mexe para fazer equipe competitiva na Série A

O que vem por aí…

A Pousada Meu Refúgio foi arrendada por quatro anos pela Cabofriense

Luís Careca, administrador do

CT da Cabofriense

www.najogada.com.brPágina 6 COLUniStAS

Olá amigos, estou feliz de novamente estar escrevendo a minha coluna aqui no melhor jornal esportivo do interior do país. A minha coluna no mês passado foi um grande sucesso, com muitos leitores mandando emails me parabenizando e muita gente elogiando o trabalho. Agradeço a todos vocês pelo carinho e gostaria de lembrar mais duas pessoas que me aju-daram bastante e tenho orgulho de dizer que ganhei dois novos amigos. Alessandro Teixeira, o homem que está mudando a comunicação da Câmara dos Vereadores em Cabo Frio, um grande companheiro e que tem me ajudado muito neste meu crescimento profissional e também como ser humano. Não poderia de maneira nenhuma me esquecer de Flávio Tiziu, um homem super respeitado como empresário e também como desportista e amante do esporte da nossa cidade. Tiziu é um grande amigo e assim como Alessandro, vem me ajudando. Talvez ele não saiba a importância que ele tem no Grupo Na Jogada, e com certeza fez parte desse sucesso.

Falta apenas dois meses para o Jornal Na Jogada completar dois anos circulando em Cabo Frio, levando informações e ga-nhando cada dia mais adeptos. Em breve teremos novidades e estamos trabalhando forte para que vocês leitores ganhem ainda mais informações de qualidade, como tem sido nestes dois anos.

Quem faz aniversário no próximo mês (Outubro) é o Programa Na Jogada, na Jovem TV, canal 8 da Costa do Sol. Há um ano estamos passando informações as segundas e quintas (14h30 ao vivo, com reprises no mesmo dia a meia noite) sobre o esporte de Cabo Frio. Cabofriense, Futsal, Futebol Amador, Basquete, Vôlei e outras modalidades sempre têm um espaço gran-de no nosso programa, pois mais do que nunca o nosso intuito é divulgar o esporte na nossa cidade. Ainda sobra tempo para debatermos sobre os clubes cariocas nos Campeonatos Brasileiros. Um programa que a cada dia melhora a sua qualidade, com comentaristas de altíssimo nível. Não deixe de participar, sempre pelo telefone 2629-2571.

O site www.najogada.com.br continua levando informações do nosso esporte para os quatro cantos do mundo. Temos leitores em quase todos os continentes, pois temos cabofrienses trabalhando em tudo quanto é lugar e isso nos orgulha. O site tem visita

de mais de 20 países, principalmente nos Estados Unidos e países da Europa. Não temos apoio algum para mantermos o site em ativa, mais só de olhar no servidor e ver que de Abril a Setembro tivemos 65 mil visitas, mostra que somos o único meio na internet que os desportistas e torcedores de Cabo Frio buscam informações sobre o esporte. Não podemos parar, mesmo que não tenhamos uma redação profissional, que receba para trabalhar.

O torcedor da Cabofriense pode espe-rar coisas boas para o Estadual. Já fui três vezes ao Centro de Treinamento do clube, em São Jacinto, e está ficando muito boa a reforma da Pousada e também as obras para os gramados. O dinheiro da venda do atacante André vem sendo bem aplicada. Com essa construção, a Cabofriense será olhada de outra maneira e vai crescer muito durante os anos. Vamos ver um novo clube após esta construção.

A diretoria não está apenas trabalhando na construção do CT e já está correndo atrás de reforços para o Carioca de 2010. Pela empolgação do Presidente Valdemir, bons jogadores serão contratados e atle-tas do elenco principal do Cruzeiro serão emprestados. Aliado a isso, uma grande empresa pode patrocinar a camisa do time no Estadual. O Tricolor vai aprontar no Carioca de 2011, podem anotar.

Sobre o Futsal Municipal, acredito que três semifinalistas estão definidos: ADDP, Rosa de Saron e Arraial do Cabo. Tamoyo, Coral e Progresso lutam pela última vaga. Coral e Progresso vêm conquistando bons resultados nas últimas rodadas e prometem lutar até o final pela vaga. O Tamoyo, do meu amigo Totonho está deixando a desejar, mais acredito que vai se classificar. Segundo ele, o Tamoyo já está classificado.

Se os quatro clubes passarem, a rivali-dade vai ser o ponto forte das semifinais e todos contra um adversário, a ADDP. Ao longo dos anos, rivalizou com o Tamoyo e também tem o Rosa de Saron como grande rival. Mas, neste campeonato, a rivalidade com o Arraial do Cabo tem sido maior que com os outros times. O bicho vai pegar se essas equipes se encontrarem de novo pela frente. Uma coisa é certa, todos que-rem tirar a hegemonia da ADDP. Se cuida, Armando e Cia.

Nos Campeonato Estadual Adulto,

acredito na classificação do Cabo Frio as semifinais, mesmo após ter feito um horrível segundo turno, onde terminou na penúltima colocação, com apenas três pontos. Tem que fazer um terceiro turno muito melhor e vencer os jogos que dá para vencer, como Americano, Teresópolis, Vasco, ADDP e Vassouras, porque contra o Macaé e Petrópolis fora complica um pouco. Vamos reagir molecada, a era de derrotas tem que ficar para trás.

Já a ADDP vai fazendo bonito. Vem vencendo os jogos e vendendo caro as derrotas. Vai pegando cada vez mais ba-gagem e acaba dando uma aula ao Cabo Frio, pois treina duas vezes por semana, quando treina, e faz melhor campanha até agora no âmbito geral. Parabéns a Rebel, Armando, Everaldo, Mangueira e Cia pelo árduo trabalho, mais que em breve dará muitas alegrias.

O Rosa de Saron entrou na Super Liga Futsal Rio e vem apanhando. Perdeu a pri-meira por 9 a 0 e a segunda por 5 a 0, para equipes fortes. O começo em competições estaduais é assim mesmo, vide a ADDP, que no começo só apanhou e agora vem fazendo grande campanha. O trabalho vai continuar, pois em breve o Rosa também terá mais rodagem e quem ganha com isso é o futsal da nossa cidade. Uma coisa é certa, cada vez mais que o Rosa pegar mais experiência em nível estadual, mais a hegemonia dos alviverdes estará ameaçada no âmbito municipal.

Nas categorias de base, o Cabo Frio luta pela classificação no sub20, 17 e 15. Acre-dito que consiga se classificar nas três. Tem bons times e apoio da Secretaria de Espor-tes. Já o Rosa pode se classificar no sub20, mais precisa começar a vencer logo.

Não tenho acompanhado o futebol amador, estou com muitos compromissos, mais fico feliz de saber que está voltando a ter importância e glamour. Isso era o que faltava no esporte da nossa cidade. Espero que continue assim e que a torcida compareça ainda mais no Correão para acompanhar os jogos.

Na praia, o estilo “beach soccer” vem agradando a torcedores e a muitos joga-dores, pois o futebol violento, que rotulou o futebol de 11, foi embora e agora às rodadas tem altas médias de gols. Bom para quase todo mundo, pois sempre há

os insatisfeitos.

O basquete da nossa cidade tem tudo para se classificar para as semifinais do Estadual. Mas, não será tão fácil assim. Pelo que vi e pesquisei, o Tijuca e o Macaé têm bons times. Cabo Frio terá que jogar muito para repetir 2008, quando foi a final contra o Flamengo. Aliás, o rubro-negro não deverá ser incomodado novamente neste ano. A verdade é que o Estadual já tem um campeão, que é o clube da gávea. Os outros entram para ver quem irá à final e quem será o “campeão até encarar o Fla”. Vamos esperar para que nossos atletas possam honrar a nossa camisa.

O mês de setembro não foi um dos me-lhores. Nos deixaram pessoas que eu tinha grande amizade, como a Gisele, esposa do Dr. Paulo César, que fez a faculdade de His-tória junto comigo. Também nos deixou um grande companheiro, o desportista Alfredo Barreto, que era Secretário de Governo, mais que nem todo mundo sabe o grande craque que foi jogando futsal. Depois nos deixaram o ex-prefeito Timinho, e por últi-mo a irmã do meu cunhado, Grazielle. Que Deus possa confortar o coração de todos os parentes e amigos destas maravilhosas pessoas que nos deixaram.

Quero mandar um grande abraço para os meus amigos vereadores Zé Ricardo, Alfredo Gonçalves, Silas Bento e Luis Ge-raldo. Zé tem sido um grande amigo do esporte, luta pelo esporte, se dedica para que os projetos sejam aprovados e foi cri-ticado injustamente por algumas pessoas que querem atrapalhar o bom trabalho na Câmara dos Vereadores. Alfredo ficou dois anos como presidente da Câmara e tem todos os momentos se mostrou ao lado do esporte. Trouxe o vôlei de praia, showbol, enfim, outro grande amante do esporte. Luis Geraldo sempre se mostrou ao lado do esporte nas votações, foi um desportista e sabe a importância do esporte na saúde e no social. Silas é um grande homem de Deus e vem mostrando isso, defendendo os evangélicos, e como sou um deles, fico feliz de ver sua atuação. Mais ninguém se elege Presidente de Câmara de Vereadores apenas defendendo uma classe e sim com muito trabalho em todos os setores. Pa-rabéns Silas e os demais vereadores pelo trabalho desenvolvido. Devemos dar honra a quem merece. Grande abraço a todos e até a próxima edição do Jornal Na Jogada.

(*) Léo Borges começou sua carreira em 2006, com o site Na Jogada. Passou pelas rádios Costa do Sol e Sucesso, pelos jornais Lagos Jornal e Folha dos Lagos e nas TV’s Lagos (Canal 7), Cabo Frio TV (Canal 10) e atualmente na Jovem TV (Canal 8). Escreveu matérias para sites como O Lance!, Jornal dos Sports, O Dia, Jornal do Brasil online, dentro outros sites e jornais esportivos.

www.najogada.com.br Página 7BASQUete/eSPeCiAL

Léo Borges

Cabo Frio planeja outra boa campanha no EstadualPlanejamento é se classificar e ir novamente a decisão da competição

Nos últimos dois anos o basquete de Cabo Frio se notabilizou por ser com-petitivo, chegando às finais em campeonatos de nível estadual (Jogos Abertos do Interior, Carioca e Estadual) e também a nível nacional, caso dos Jogos Abertos Brasileiros. No Carioca deste ano, foi vice-campeão, perdendo a final para o Fluminense. No Estadual, neste segundo se-mestre, espera chegar à final novamente, contra o todo poderoso Flamengo.

O Estadual deste ano con-ta com seis equipes: Flamengo, Cabo Frio, Tijuca, Macaé, Iguaçu e Riachuelo. Mais uma vez o Flamengo entra como o grande favorito ao título e dificilmente perderá. Então, a competição entre as outras equipes será para definir o finalista junto com o rubro-negro carioca.

O Cabo Frio não estreou bem na competição. Jogando diante de sua torcida, perdeu para o Tijuca, que neste ano investiu bastante e é forte candidato a vaga na final. O placar de 58 a 42 mostrou a superioridade em quadra do adversário. Para Marquinho, técnico do Cabo Frio, a der-rota já era esperada, pois tem apenas dez dias que o quali-ficado elenco do Cabo Frio foi montado. Para ele, com os treinos e jogos, a tendência é melhorar e os resultados aparecerem.

O experiente goleiro Silvio Luiz é uma das caras novas na Cabofriense

- O time tem uma se-mana e meia de trabalho, ainda estão mal fisicamente e ainda temos atletas lesio-nados. Além disso, estamos com dificuldades em algumas coisas, mais que acredito que em breve estarão sendo solucionadas. Sabíamos que seria difícil estrear com uma vitória, mas, não esperava que fosse por um placar mais alto – disse o treinador.

Segundo Marquinho, a derrota não tira Cabo Frio do objetivo, que é a classifi-cação para a próxima fase. O treinador acredita que com mais treino e ritmo de jogo, a equipe vai voltar a jogar bem

e conquistar as vitórias.- O nosso objetivo é che-

gar à final. Sabemos que nos-so caminho será mais difícil do que foi em 2008, pois estamos treinando há pouco tempo, a estrutura está sen-do montada, nosso jogador americano ainda não chegou. Primeiro temos que pensar em chegar entre os quatros, principalmente em segundo ou terceiro, para que possa-mos sonhar com a final. O torcedor pode esperar um ti-me bem melhor, nos aspectos técnicos e físicos – comentou o treinador, que acredita que o Estadual será laboratório para a Copa Brasil.

- Vamos preparar a equipe neste semestre visando a Co-pa Brasil, que será realizada no ano que vem, no primeiro semestre. Cabo Frio está lu-tando para participar da com-petição, que dá vaga na NBB (Novo Basquete Brasileiro) e a Copa Brasil é o caminho. Vamos penar e sofrer agora, para chegarmos forte neste campeonato, com elenco mais qualificado e estrutura forte – finalizou o treinador.

Na próxima rodada, o Cabo Frio enfrenta o Macaé Sports, segunda-feira (04/10). Em seguida, no dia 6/10, re-cebe o Flamengo no Ginásio Aracy Machado.

O objetivo dos comandados de Marquinhos Pereira (ao centro) é chegar à mais uma decisão de Estadual

Esporte de luto por Alfredo Barreto

O professor Alfredo Bar-reto, de 56 anos, sofreu um infarto agudo do miocárdio e morreu às 17h da sexta-feira (17) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cabo Frio. De acordo com informações, ele passou mal durante a carreata do candidato ao senado Lind-bergh Farias (PT).

Atual secretário de Go-verno, Alfredo Barreto foi vereador entre 1993 e 1996 pelo PT; atuou em 1998 como Coordenador de Educação do Estado da Baixada Litorânea I; em 2005 foi subsecretário de Meio Ambiente de Cabo Frio; em 2007, secretário de Agricultura.

Alfredo Barreto foi um dos maiores jogadores de futebol de salão do Rio de Janeiro nos anos 70. Dono de um estilo clássico, o ala/pivô marcou época jogando em clubes como o Municipal e o Fluminense, além de pas-sagens pela seleção carioca e pela seleção brasileira.

Nos anos 80, atuou pelo Tamoyo e foi um dos artí-fices da fundação da Liga Cabofriense de Futsal, em 1986.

www.najogada.com.brPágina 8 eSPeCiAL/tARdeLLi

Um cabofriense ‘europeu’

Mais um cabofriense vai ganhando destaque no mun-do do futebol e desta vez vai brilhando na Europa. Trata-se do ala/meia-direita João Paulo Tardelli, que passou pelas divi-sões de base da Cabofriense e Volta Redonda e teve muito destaque em 2009, quando vestiu a camisa do América e ajudou o time no retorno a Série A do Carioca.

O jogador viajou para a Alemanha em Julho, quando se apresentou ao Sportfreunde Feldrennach, da quarta divisão alemã. Na pré-temporada do clube, foi o destaque, jogan-do como meia-atacante. O sucesso continuou nas sete primeiras rodadas da com-petição, atuou por seis vezes, marcou quatro gols e vem sendo o destaque do seu time na competição.

Na primeira partida do clube no campeonato, Tardelli não pôde jogar, já que sua do-cumentação ainda não havia si-do liberada pelo seu ex-clube, o São Cristóvão. Coincidente-mente, o Sportfreunde perdeu. Nos três jogos seguintes, com a presença do cabofriense em campo, três vitórias, por 6 a 1, 3 a 2 e 4 a 1, com quatro gols marcados. Nos últimos três jogos, uma vitória, um empate e uma derrota.

- Graças a Deus pude estrear bem e marquei um gol na minha estreia. No meu segundo jogo consegui me soltar ainda mais e marquei mais uma vez. Fui me sen-tindo a vontade em campo e consegui ajudar meu time

Com cidadania Italiana, João Paulo Tardelli está atuando na Alemanha

com gols e assistências. Estou me sentindo muito bem no futebol alemão – declarou o jogador, que nos últimos dois jogos ajudou seu time com assistências para gols.

Adaptado ao país, a cida-de e ao time, Tardelli espera brilhar e rapidamente estar em um clube melhor, em uma divisão de mais destaque.

- Na pré-temporada eu fui muito bem. Nestas primeiras rodadas eu me destaquei e um site e jornal daqui já fizeram matéria comigo. Almejo estar

em breve em um clube da segunda ou primeira divisão da Alemanha. Estou adaptado ao país, o que facilita e muito o meu trabalho. Estou muito focado, me dedicando aos treinos e espero que no final da temporada possa ser re-compensado com o interesse de um grande time – acredita Tardelli.

História de perseveran-ça – João Paulo Tardelli come-çou sua carreira no Royal, de Barra Mansa, ao lado de um jogador de seleção brasileira,

o volante Ramires. Dali foi para o infantil do Flamengo onde foi treinado por Adílio. Após um tempo na base rubro-negra, foi para os juniores do Volta Redonda, onde foi treinado por Cláudio Adão e jogou ao lado do zagueiro Dedé, atual-mente no Vasco e o atacante Robinho, ex-Vasco. Meses de-pois, com a efetivação de Adão como técnico dos profissio-nais, o jogador foi chamado para integrar o time de cima e chegou a jogar em diversas oportunidades.

Como acabou não reno-vando com o Volta Redonda e sua família tinha voltado a morar em Cabo Frio, Tardelli decidiu aceitar a proposta da Cabofriense, que tinha um grande time nos juniores, aon-de chegou a ser vice-campeão da Taça Guanabara e como destaque o atacante André, ex-Santos e que vem regular-mente sendo convocado para a Seleção Brasileira.

A grande campanha no Estadual de juniores fez com que muitos jogadores inte-grassem o elenco profissional

da Cabofriense. Mas na época, uma briga entre a diretoria do clube e a Prefeitura da cidade, fez com que todos os jogado-res fossem dispensados.

Foi aí que surgiu a oportu-nidade de jogar pelo América, onde se destacou no retorno do clube a Série A do Campe-onato Carioca, no ano passado. Apesar do destaque, o Mequi-nha contratou o lateral-direito Claudemir, ex-Vasco e amigo de Romário, dirigente do clu-be, para jogar a Série A. Com isso, Tardelli aceitou a propos-ta do São Cristóvão e foi um dos destaques do time na 1ª fase da Série B deste ano.

Com o passaporte europeu em mãos, já que tem cidadania Italiana, chamou a atenção de clubes do velho continente, mais preferiu ir para a Alema-nha, onde vem se destacando.

A quarta divisão vai se tor-nando pequena para o futebol de Tardelli. Em breve, veremos mais um cabofriense brilhando em um grande clube e jogando nos melhores campeonatos europeus. Talento pra isso ele tem de sobra.

Tardelli (à esquerda) é destaque no Sportfreunde Feldrennach, da Alemanha

O jogador cabofriense teve ótima passagem pelo América em 2009