jornal n. 98 junhO 2012 41 BATISMOS DE VOO nO lAnçAMEnTO ... · rações de voo e, de uma maneira...

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jornalTAP 98 junho 2012_1 41 BATISMOS DE VOO NO LANÇAMENTO DO FLIP&FLAP N. 98 JUNHO 2012 JORNAL AUDITORIA IOSA À TAP: EXCELENTE!

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41 BATISMOS DE VOO nO lAnçAMEnTO DO flIP&flAP

n. 98 junhO 2012

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AuDITOrIA IOSA à TAP: ExcElEnTE!

O registo IOSA é obrigatório para todos os membros da IATA desde 2008, sendo uma garantia da excelência operacional das

companhias aéreas. No entanto, a TAP procedeu a este registo quatro anos antes.Nas últimas três auditorias IOSA para renovação do registo (2008, 2010 e 2012) conseguimos obter um excelente resultado, sem quaisquer não con-formidades. Isto deve-se às várias dezenas de colegas envolvidos diretamente na preparação e acompanhamento das auditorias, mas também a todos quantos trabalham diariamente, no ar e em terra, para que a TAP se mantenha no topo da excelência operacional.Esta excelência é, há muitos anos, um emblema da companhia, reconhecido pela indústria e pelo mercado. Só assim tem sido possível à TAP cres-cer de forma sustentada ao longo dos tempos, au-mentando de ano para ano o número de rotas e de passageiros, o que demonstra a confiança que é depositada na nossa companhia.A qualidade da manutenção e engenharia, das ope-rações de voo e, de uma maneira geral, de todas as áreas da empresa permitem-nos oferecer máxima segurança com um excelente serviço ao cliente. Mais uma vez a TAP se viu confrontada com uma ameaça de greve numa altura crítica. Não che-gou a ser concretizada, é verdade, mas, mais uma vez, ficaram marcas na relação da compa-nhia com o seu mercado.A TAP pôde garantir o serviço aos seus clientes, na época alta da aviação, e evitar prejuízos mais volumosos. Infelizmente, perdeu neste processo 9,7 milhões de euros e viu mais de 46 mil reser-vas canceladas. Não contando com o desgaste da imagem, que afetou negativamente a marca TAP, mas também a classe profissional envolvida. A excelência operacional da TAP é reconhecida, mas servirá de pouco se perdermos a confian-ça dos clientes na nossa capacidade de lhes as-segurar as suas viagens nos horários normais. Além do mais, a concorrência agradece.No sistema democrático em que vivemos é nor-mal que haja diferenças de posição e de pontos de vista e que eles se manifestem. Mas é impe-rioso resolver as diferenças no seio da empresa.

antónio Monteiro

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ExcElÊncIA OPErAcIOnAl Temos, mas não basta

DESTInoS3 Voos inaugurais para Berlim e TurimEVEnToS4 dia Mundial da criança e lançamento

Flip&FlapQUalIDaDE6 “Nota” excelente na auditoria IOSASaFETY8 Política de SegurançaManUTEnÇÃo E EnGEnHarIa12 Os desafios do A350 para a TAP M&E14 Engenharia electrónica na aviação15 Reparação do hangar 516 Notícias breves17 SMS – Estações igo SafetyaPonTaMEnToS18 TAP reforça liderança em Espanha e

Portugal reprivatização da TAP tem assessorias Transporte aéreo exporta mais19 reservas nos equipamentos móveis revista On Air carbono Zero BrevesToP TaP20 Açores e MadeirarECUrSoS HUManoS21 gestão do desempenhoSTar allIanCE24 15º aniversárioInTErnaCIonal25 Aviação europeia no centro da tempestadeSElEÇÃo26 Seleção viaja na TAPMUSEU Do ar28 DC-3 da TAP em destaqueEFEMÉrIDES31 Aconteceu em Junho

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TrIPUlaÇÃo Do Voo InaUGUral (CoManDanTE PEDro anTUnES, CoPIloTo BrUno TorCaTo, CHEFE DE CaBIna joÃo narCISo, CoMISSÁrIoS DE BorDo CaMIlo aMaral E BErnarDo oSÓrIo E aSSISTEnTE DE BorDo CrISTIna orTUno) CoM STaFF TaP EnVolVIDo na oPEraÇÃo

destinos_

BErlIM5junhO

Voos inaugurais para Berlim e Turim

aÇÃo ProMoCIonal Da TaP EM TUrIM

TrIPulAçÃO DO VOO InAuGurAl: PEDrO PIrES (cO-MAnDAnTE), BrunO frOIS (cOPIlOTO), frAncIScO ABrEu (chEfE DE cABInA), AlESSAnDrO nOccIO-lO E rIcArDO (cOMISSÁrIOS DE BOrDO), lEOnOr E MArIA cAnÁrIO (ASISTEnTES DE BOrDO)

TurIM3

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A ssinalando o dia Mundial da criança, a TAP proporcionou em 1 de junho o batismo de voo a 41 alu-

nos da Escola Básica da Torrinha (Porto), da Escola Secundária da Madalena – Pico (Açores) e de várias escolas da Madeira.Após visita à companhia, as crianças

41 batismos de voo noDia Mundial da criança

seguiram para o Zoo de Lisboa, que se associou à iniciativa. No aeroporto de Lis-boa, antes do regresso aos seus locais de origem, o presidente executivo, Fernando Pinto, entregou-lhes os diplomas de batis-mo de voo. ¢

crianças dos Açores, Madeira e Porto viajaram com a TAP em 1 de junho. neste dia, a companhia apresentou uma nova marca para comunicar com os mais novos.

_eventos

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eventos_

A TAP aproveitou esta data especial para lançar a marca Flip & Flap, que dá visibilidade à estratégia de comunicação com os mais novos. Esta marca passa a estar presente em todas as ações e conteúdos dedicados a este segmento, assim como no merchandising a bordo (almofadas, bolsas de conforto, caixas de refeição, revista de bordo para crianças, etc.).A Flip & Flap insere-se na linha de comunicação da TAP: “Só há uma maneira de viajar – TAP Portugal de Braços Abertos”.

flIP & flAP

6_junho 2012 jornalTaP 98

O registo IOSA (IATA Ope-rational Safety Audit) garante a excelência

operacional de uma companhia aérea. A Associação Internacio-nal do Transporte Aéreo (IATA) tornou obrigatório este regis-to para os seus membros em dezembro de 2008. Mas a TAP antecipou-se, obtendo esta “certificação” em 2004. Foi uma das primeiras 20 companhias a nível mundial a consegui-lo.Esta foi, aliás, uma exigência para a adesão à Star Alliance, que viria a concretizar-se em março de 2005. “Foi um esforço enorme, a lutar contra o tempo, concluído com sucesso e que levou a companhia a conse-

guir o registo em apenas nove meses, quando a média da in-dústria é superior a um ano”, destaca o comandante Seabra Santos, gestor da Qualidade da TAP.

no ToPo Da InDÚSTrIa Da aVIaÇÃoA TAP já renovou por quatro ve-zes o registo IOSA, o que acon-tece de dois em dois anos. Em 2008 e 2010, a companhia “pas-sou no exame” com um dos mais elevados resultados da indústria. O mesmo se verifi-cou na mais recente auditoria, realizada na última semana de maio, estando assim em con-dições de renovar o registo no

A auditoria para renovação do registo IOSA da TAP, realizada no final de maio, terminou com um dos melhores resultados da indústria da aviação, pondo em evidência a excelência operacional da companhia, a qual é há muitos anos reconhecida.

“nota” excelente na auditoria IOSA

SEaBra SanToS: “a TaP É rEConHECIDa PEla InDÚSTrIa E PElo MErCaDo Por ESTar no ToPo Da SEGUranÇa oPEraCIonal. ESTaS aUDITorIaS PÕEM ISSo EM EVIDÊnCIa”

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qualidade_

prazo estabelecido pela IATA, até 22 de outubro.Numa primeira fase, os audi-tores fizeram a análise docu-mental, apurando se todos os requisitos estavam contempla-dos nos vários manuais opera-cionais da empresa e entrevis-taram os responsáveis da TAP. A seguir, partiram para o ter-reno – aeroporto de Lisboa –, para uma sessão de simulador de voo e observação opera-cional de um voo da empresa para confirmarem que todas as normas constantes dos ma-nuais operacionais estavam a ser corretamente aplicadas na operação diária.Largas dezenas de pessoas es-tiveram envolvidas na prepara-ção desta auditoria, incluindo a Administração, diretores e técnicos.

EMPEnHo E rIGor

Seabra Santos realça “o empe-nhado e rigoroso trabalho de-senvolvido ao longo dos últimos seis meses”, considerando que “o sucesso da auditoria depen-deu de toda esta vasta equipa, que veste a camisola da TAP e tem razões para se orgulhar do bom resultado alcançado.”Os próprios auditores sublinha-ram a excelente preparação da empresa para este processo, considerando-a mesmo uma das melhores que têm visto na indústria.“A TAP é reconhecida pela in-dústria e pelo mercado por estar no topo da segurança operacional. Estas auditorias põem isso em evidência” – concluiu o gestor da Qualidade da empresa.

O QuE É A AuDITOrIA IOSA?

A auditoria IOSA consiste num sistema de avaliação, internacionalmente reconhecido e aceite, aos sistemas operacionais de gestão e controlo de uma companhia aérea, que compreende cerca de 950 requisitos obriga-tórios.São avaliadas as oito áreas que contribuem para a se-gurança operacional: Organização e Sistemas de Gestão (ORG), Operações de Voo (FLT), Controlo Operacional – Despacho de Voo (DSP), Engenharia de Aeronaves e Manutenção (MNT), Operações de Cabina (CAB), As-sistência em Terra (GRH), Operações de Carga (CGO) e Security (SEC).O registo IOSA é obrigatório para todos os membros da IATA, que são atualmente 240, representando 84% do tráfego aéreo mundial. Contudo, mais de 300 compa-nhias têm este registo, devido à importância que este assume no mercado como garantia de excelência opera-cional.

Os auditores sublinharam a excelente preparação da empresa para a renovação do registo, considerando-a mesmo uma das melhores que têm visto

A TAP foi uma das primeiras 20 companhias a nível mundial a conseguir o registo IOSA

8_junho 2012 jornalTaP 98

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Segurança (Safety) é o valor nuclear da TAP Portugal apoiado por todos os níveis de gestão e por todos os trabalhadores, começando pelo Administrador-Executivo, que deverá disponibilizar uma atribuição equilibrada dos recursos necessários para o cumprimento do Sistema de Gestão da Segurança - Safety Management System (SMS).

O SMS é desenvolvido, implementado e continuamente melhorado, englobando as estratégias, processos e procedimentos necessários para garantir o mais elevado nível de segurança, com o objetivo de cumprir e ir além das normas nacionais e internacionais aplicáveis.

A cultura de Segurança, um suporte essencial do SMS, é constantemente encorajada através da promoção de uma cultura justa de reporte de Ocorrências.

POlÍTIcA DE SEGurAnçA (SAfETY POlIcY)

1. Atribuir e definir responsabilidades de Segurança (Safety) a todo o quadro de pessoal, gestores e trabalhadores da mesma forma;

2. cumprir os regulamentos, normas e procedimentos aplicáveis bem como as melhores práticas de Segurança (Sa-fety), e, sempre que possível, ir mais além;

3. Assegurar a existência dos recursos hu-manos necessários, qualificados e trei-nados, para implementar as estratégias e processos de Segurança (Safety);

4. Promover a sensibilização de todos para a questões de Segurança (Safety), através da divulgação de informação relevante;

5. Encorajar todos e cada trabalhador a reportar perigos e ocorrências suscetí-veis de comprometer o desempenho de Segurança (Safety) da TAP Portugal;

6. não tomar medidas punitivas ou de re-presália, nem revelar a identidade de qualquer trabalhador que reporte vo-luntariamente qualquer risco que afe-

te a segurança (Safety), a menos que exigido por lei. contudo, casos em que se prove negligência grosseira, condu-ta irresponsável, desvios intencionais e comportamentos operacionais inacei-táveis, não serão tolerados;

7. Identificar perigos e analisar e gerir o risco de forma sistemática a fim de o eli-minar ou adotando ações de mitigação que mantenham o risco tão baixo quanto razoavelmente possível e/ou atingível;

8. Garantir que os produtos e serviços for-necidos por entidades externas no su-porte às nossas operações, são entre-gues cumprindo com os nossos padrões de desempenho de Segurança (Safety);

9. Estabelecer e avaliar o nosso desempe-nho de segurança (Safety) em compara-ção com os indicadores de desempenho de segurança (Safety) e objetivos defi-nidos;

10. Melhorar de forma contínua o nos-so desempenho de segurança (Safety) através de processos de gestão, asse-gurando que as ações de segurança im-plementadas são relevantes e efetivas.

A POlÍTIcA DE SEGurAnçA BASEIA-SE nO nOSSO cOMPrOMISSO DE:

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safety_

T radicionalmente, quando se fala-va de Safety (Segurança Opera-cional) na aviação, ela estava cir-

cunscrita às Operações de Voo. Por isso, na TAP, foi o gabinete de Segurança de Voo (gSV), integrado na direção de Ope-rações de Voo (dOV), que durante muitos anos assegurou esta função.Mas hoje é entendida como um processo contínuo de gestão de risco e só consegue ser eficaz se aplicada de forma transversal

a toda a companhia, abrangendo todas as áreas operacionais e procurando o envol-vimento de todos os trabalhadores (mes-mo os das áreas não operacionais), cuja atividade de algum modo, possa ter im-pacto na Safety.A 10 de Abril, foi ativada uma nova estru-tura – Safety Manager – que tem por mis-são a implementação e manutenção do Safety Management System (SMS) – que absorveu o gabinete de Segurança de Voo

O recém-implementado Safety Management System (SMS) pretende capacitar a companhia com mecanismos de identificação de perigos operacionais e de mitigação. Para dar resposta aos requisitos do SMS, a Política de Segurança (Safety) da TAP foi ajustada, promovendo uma cultura justa de reporte de perigos e/ou ocorrências.

Política de Segurança encorajareporte de ocorrências

10_junho 2012 jornalTaP 98

e passou a estar na dependência direta do presidente-executivo.com a criação do SMS, o número de áreas da empresa acompanhadas, em termos de Safety, aumentou de duas – Operações de Voo (Flight) e Operações de cabina (cabin) – para sete, sendo assim acrescentadas: despacho de Voo (dispatch), Engenharia de Manutenção e Aeronaves (Maintenance), Assistência em Terra (ground Handling), Operações de carga (cargo) e Security.

rEPorTE E ConSCIÊnCIa CrÍTICa“Um dos principais objetivos é disseminar a cultura e os processos de Safety, que existem há muito tempo nas Operações de Voo, junto de todas as áreas da empre-sa”, afirma o comandante João Romão, que assumiu a função de Safety Manager, passando a coordenar o SMS. Segundo João romão, “a formação e a

comunicação são elementos chave no es-tabelecimento de um SMS robusto, bem como a adesão de todos a uma cultura ati-va de reporte e a necessidade de promover uma consciência crítica que leve cada a um a desenvolver a capacidade de reconhecer os erros que possam eventualmente ocor-rer na execução de uma tarefa”.

PolÍTICa DE SEGUranÇaEm simultâneo, a TAP ajustou a sua Po-lítica de Segurança (Safety Policy). “Entre outros aspetos, foram clarificados e apro-fundados alguns conceitos, como o de cultura justa de reporte de ocorrências” – explica João romão.O ponto 5 da Política de Segurança refere o compromisso de “encorajar todos os traba-lhadores a reportar perigos e ocorrências suscetíveis de comprometer o desempe-nho de Segurança (Safety)”.

joÃo roMÃo aSSUMIU aS FUnÇÕES DE SaFETY ManaGEr

_safety

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O comandante Carlos Nunes, 68 anos, deixou de exercer as funções de asses-sor de Flight Safety da Administração. A sua última atividade foi uma ação de formação, em 25 de maio (na foto).A sua carreira como piloto começou na Força Aérea em 1964. Em 1 de abril de 1968 entra na TAP, como copiloto de B727. Já como comandante, realiza o último voo em 2004 (Lisboa-Maputo, em A340), por ter atingido o limite de idade.Integrou o Gabinete de Segurança de

Voo em 1978, o qual chefiou desde fi-nais da década de 1990. Em 2004, foi convidado para a coordenação do Ga-binete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA). Mas o convite da Administração da TAP para se tornar o seu assessor de Flight Safety foi irresistível e assim se manteve na única companhia em que trabalhou até hoje. “Apenas com o in-terregno de um mês, em que fui piloto do antigo presidente do Zaire, Mobu-tu”, revela, com um sorriso.“Considero-me uma pessoa com sor-te. Profissionalmente, nunca enfrentei nenhuma situação crítica, o que pode acontecer a qualquer um. Basta estar no sítio errado, à hora errada…”Na hora da despedida, sublinha: “Eu sempre disse que devo muito à TAP. Tive uma vida preenchida, cheia de bons momentos”.

CARLOS NUNES CESSA FUNÇÕES DE ASSESSOR DE FLIGHT SAFETY

Para esse efeito, o ponto 6 do documen-to, garante que a companhia não tomará “medidas punitivas ou de represália”, nem “revelará a identidade de qualquer traba-lhador que reporte voluntariamente qual-quer risco que afete a Segurança (Safety), a menos que exigido por lei”.No entanto, as responsabilidades também ficam bem expressas: “Casos em que se prove negligência grosseira, conduta ir-responsável, desvios intencionais e com-portamentos operacionais inaceitáveis, não serão tolerados”.

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A Safety é hoje entendida como um processo

contínuo de gestão de risco e só consegue

ser eficaz se aplicada de forma transversal

a toda a companhia, abrangendo todas as áreas operacionais e procurando o envolvimento de todos os

trabalhadores

12_junho 2012 jornalTaP 98

O Airbus A350, que poderá começar a operar em 2014, vai colocar im-portantes desafios à TAP Manu-

tenção e Engenharia (M&E), pois introduz novas funções e altera a operação de vários sistemas relativamente à frota A330. Exigirá a adaptação a novas técnicas de reparação, uso de novas ferramentas e a transforma-ção organizacional em algumas áreas.gonçalo carpinteiro, do gabinete de Avió-nicos da Manutenção de Aviões, esteve du-rante um ano no Airline Office do A350, em Toulouse, para ajudar o fabricante a cons-truir um avião que corresponda exatamen-te às expectativas das companhias aéreas. Destaca dois desafios principais: aumento substancial dos compósitos e o novo con-ceito de e-Operations.

novas tecnologias e aumento da utilização de materiais compósitos no fabrico do A350, entre outros aspetos, vão exigir à M&E uma rigorosa preparação para a entrada em operação desta aeronave na TAP.

aVIÃo TEM 53% DE CoMPÓSIToSA utilização de compósitos não é uma no-vidade no setor aeronáutico, porque estes materiais reúnem duas propriedades de grande relevância: baixo peso e alta resis-tência. Mas o A350 vai mais longe do que qualquer outro modelo de avião comercial. Basta di-zer que 53% da sua estrutura é fabricada com materiais compósitos, o que compara com os cerca de 15% em modelos como o A320, A330 ou A340. Esta nova realidade é um dos aspetos a ter em conta pela M&E. Por exemplo, qualquer avaliação de danos na fusela-gem e nas asas do A350 terá de ser efe-tuada com recurso a testes não destru-tivos.

Os desafios do A350para a TAP M&E

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manutenção e engenharia_

noVaS TECnoloGIaSO segundo desafio aponta-do por gonçalo carpinteiro tem a ver com a introdu-ção de novas tecnologias a bordo. A M&E tem de se organizar internamente para lidar com o conceito de e-Operations, usando todas as capacidades de comuni-cação ar-terra disponíveis no A350 para otimizar as operações de manutenção. Por exemplo, será possível transferir remotamente o software para os sistemas do avião, para posterior car-regamento. Note-se que o A350 possui cerca de 1.300 part numbers de software.cada função do conceito e-Operations tem de ter o correspondente módulo em terra, na es-trutura de tecnologias de informação da M&E.

a350 aIrlInE oFFICEA TAP está, desde março de 2011, a acom-panhar o desenvolvimento do A350 em Toulouse, integrando o Airline Office (AIO) criado pela Airbus. O objetivo do fabrican-te é recolher continuamente o feedback dos futuros operadores e manter as suas

equipas sempre foca-das no cliente final. Além disso, conseguirá reduzir custos, ao iden-tificar precocemente

pontos que poderão vir a afetar a operação das companhias aéreas, prevenindo even-tuais modificações após a entrega das ae-ronaves. Ver caixa para mais informação.gonçalo carpinteiro foi o primeiro repre-sentante da TAP a integrar o AIO. Em mar-ço deste ano cedeu o lugar ao colega Tiago Cordeiro. Em março de 2013, um terceiro elemento da companhia rumará a Toulouse.TAP, United, Finnair, US Airways e Qatar Airways integram o AIO. ¢

A montagem final do primeiro A350 vai iniciar-se no verão deste ano e realizará o voo de teste no primeiro trimestre de 2013. A primeira entrega deverá ser feita à Qatar, em 2014.

PrIncIPAIS ATIVIDADES DO AIrlInE OffIcE

• Validação de funções operacionais (Despacho, por exemplo)• Fornecer perspetiva operacional na avaliação de modificações relativamente ao

design original• Validação de produtos de suporte (GSE, AMM, TSM, etc.)• Colaboração na definição de testes operacionais (exemplo: Operational Test

Campaign)• Análise dos resultados dos testes operacionais, para avaliar possíveis impactos

na operação• Colaboração na preparação para o Entry Into Service

EQUIPa Do a350 aIrlInE oFFICE no PrIMEIro ano DE aTIVIDaDE, CoM GonÇalo CarPInTEIro ao CEnTro

14_junho 2012 jornalTaP 98

_manutenção e engenharia

n a intervenção de abertura da as-sembleia geral do AEEc, Mário Araújo começou por abordar a al-

teração do paradigma que se está a verificar no negócio da manutenção aeronáutica, no qual os fabricantes de aviões, de motores e de componentes vêm dominando, cada vez mais, a cadeia de valor no setor capital-in-tensivo de manutenção e engenharia, mais conhecido por MrO (Maintenance repair and Overhaul).Outro tópico da intervenção de Mário Araújo incidiu na modernização em curso dos siste-mas de controlo do tráfego aéreo nas regiões europeia, americana e asiática, que condu-zem a uma harmonização de procedimentos e equipamentos, mas também a custos in-

Engenharia eletrónica na aviação discutida no Alasca

Mário Araújo, diretor da Engenharia da TAP M&E, proferiu o discurso de abertura da 63ª assembleia geral do comité de Engenharia Eletrónica das companhias Aéreas (AEEc), a que preside, perante 612 represen-tantes de 208 organizações de 20 países.

comportáveis relacionados com a alteração dos equipamentos de bordo.

MaIS CUSToS Para aS CoMPanHIaSA título de exemplo, referiu que, até 2015, se vai tornar obrigatório em todos os aviões em operação nos céus da Europa – no âm-bito do projeto datalink (Eurocontrol) – um equipamento que permite a transmissão de pacotes de dados eletrónicos de nave-gação e vigilância ar/terra e terra/ar, mini-mizando, ou mesmo eliminando, as comu-nicações de voz. Só para a TAP, isto representa um inves-timento na ordem dos 12 milhões de eu-ros, que está a decorrer na frota de médio curso.

MÁrIo araÚjo DISCUrSa na SESSÃo DE aBErTUra

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manutenção e engenharia_

o MUnDo Da ElETrÓnICaA eletrónica domina, de forma crescente, a indústria da aviação. Muitos outros temas neste domínio foram discutidos na assem-bleia. destaque para as reuniões presidi-das por Mário Araújo em que foram trata-das diversas temáticas, desde os modelos de segurança cibernética e certificados digitais, para carregamento de software de aviões como o A350XWB (que em breve equiparão a frota de longo curso da TAP), à adoção de soluções para o interface dos Electronic Flight Bags (EFB).Foi também analisado o tema dos protoco-los de comunicação do equipamento de vi-gilância Automatic dependant Surveillance (AdS-B Out), que permitirão uma subs-tancial redução da atual separação entre aviões, desde o alinhamento em voo até à aterragem.

A 63ª edição anual da assembleia ge-ral da AEEc decorreu no centro de con-venções de Anchorage, Alasca, de 30 de abril a 2 de maio. Foi organizada sob os auspícios da ArINc Industry Activi-ties e patrocinada pela Japan Airlines. ¢

O QuE É O AEEc?

O AEEC lidera o desenvolvimento dos standards técnicos para as ar-quiteturas complexas usadas pelos fabricantes de aviões na maioria dos sistemas eletrónicos de bordo (avi-ónicos). Estes standards são utili-zados desde 1949 na aviação civil, militar e espacial, estando, atual-mente, instalados em mais de 15 mil aviões.

reparação do piso do hangar 5

A TAP M&E procedeu à reparação do piso do hangar 5 no passado

mês de abril, permitindo uma maior qualidade do trabalho, diminuição do risco de FOd (Fo-reign Object damage), aumento da produtividade e melhoria das condições de trabalho. Efetuada no âmbito do projeto de 5S em curso na M&E, esta operação veio também facilitar o correto posicionamento do avião no interior do hangar e a colocação de todas as marcações de posicionamento dos principais equipamentos de hangar de forma mais eficiente e duradoura. A reparação consistiu em remover a ca-mada superficial por abrasão (por forma a

eliminar toda a contaminação dos lubrifi-cantes, fluidos hidráulicos, etc. e permitir maior aderência do revestimento), nivela-mento do pavimento e aplicação de resina epoxídica, resistente aos produtos habitu-almente utilizados em ambiente de han-gar. ¢

16_abril-maio 2012 jornalTaP 97

_manutenção e engenharia

A TAP M&E e a Atitech assinaram um acordo de cooperação através do qual passam a apresentar-se

no mercado com um conjunto de serviços complementares, atuando como contratan-tes independentes na promoção dos respe-tivos serviços, numa aliança de marketing partilhado.Atitech é uma organização especializa-da em manutenção de avião (célula), com capacidade total em MD80, B737 e famí-lia A320. Com esta parceria, oferecerá aos seus clientes uma gama mais abrangente

de serviços, designadamente a manutenção de motores CFM56-3, CFM56-5 e CFM56-7 e respetivos componentes, que serão inter-vencionados na M&E em Lisboa. ¢

Acordo com Atitech

VÍTor PInTo E MarCo FanTonI aSSInaM o aCorDo

EuropeanSafety

Management Symposium

j orge Leite, diretor da Quali-dade da TAP M&E, participou como orador no 3º European

Safety Management Symposium, realiza-do em Londres, em 15 e 16 de maio, numa iniciativa da empresa Barnes Simmons, especialista mundial em Safety e Fatores Humanos. Jorge Leite apresentou o tema “Building a Positive Safety culture”, ex-

plicando o processo de implementação do Safety Management System (SMS) da M&E, com especial destaque para a cam-panha de training e promotion, fatores es-senciais no desenvolvimento da cultura da Segurança. ¢

ap&m europe

A TAP M&E esteve presente com um stand no cer-tame ap&m europe, que decorreu em Londres, de 1 a 3 de maio. O evento é dirigido ao setor after-

-market da aviação comercial. A empresa esteve represen-tada por Luís chegado (Marketing e Vendas). ¢

jornalTAP 98 junho 2012_17jornalTAP 97 abril-maio 2012_17

EstaçõesiGo Safetyda M&E

O Safety Office M&E (SO) está a criar canais variados de comunicação com os trabalhadores, de modo a

facilitar o processo de reporte voluntário e feedback no âmbito do SMS. complemen-tando os canais por e-mail ([email protected]) e via intranet M&E (http://ime.tap.pt) já existentes, foram agora criadas as estações igo Safety (reporting and com-munication Stations). colocadas no campus M&E, as estações dis-ponibilizam, para quem pretende apresen-tar um reporte em papel, formulários pré--impressos que são de seguida depositados, após preenchimento, em caixas fechadas e de acesso exclusivo ao SO. cada estação dispõe ainda de um painel onde são afixadas as notícias do SMS e onde é dado o feedback aos trabalhadores sobre assuntos de inte-

manutenção e engenharia_

resse geral para a Segurança da M&E.Sempre que é recebido um reporte com identificação, o trabalhador recebe feedback inicial do SO no prazo de 24 horas, bem como informação relevante ao longo do processo de análise e investigação da ocorrência. O trabalhador é informado também sobre as ações de mitigação pro-postas pelo SO e incentivado a sugerir ou-tras que considere relevantes para a me-lhoria da Segurança. Após o termo de cada evento, as conclusões e ações de melhoria são divulgadas por toda a organização através de um Maintenance Safety Bulletin (MSB), que é enviado por e--mail a todos os trabalhadores da M&E e afixado também nas Estações igo Safety.O seu relatório é importante, pela nossa Se-gurança! ¢

já estão colocadas nas

instalações da TAP M&E as estações

de reporte e comunicação

do SMS.

18_junho 2012 jornalTaP 98

_apontamentos

A A companhia reforçou a liderança no transporte aéreo entre Portugal e Es-panha nos primeiros quatro meses

deste ano, atingindo uma quota de mercado de 30,1% (+2,2 pontos percentuais).A TAP ocupa a primeira posição em seis aeropor-tos espanhóis, incluindo os dois maiores: Madrid--Barajas (23% dos passageiros) e Barcelona-El Prat (44,9%). Os restantes são A Coruña (93,9%), Bilbau (88,8%), Málaga (94,1%) e Sevilha (99,5%).No que respeita aos maiores aeroportos portugue-ses (Lisboa, Porto, Faro e Funchal), a companhia alcançou uma quota de 45,6% no primeiro trimes-tre (43,8% no período homólogo de 2011). Em Lis-boa, 61% do total de passageiros foram da respon-sabilidade da TAP, o maior valor desde 2009. ¢

Transporte aéreo exporta mais

O crescimento dos setores de tu-rismo (+7,2%) e do transporte aéreo de passageiros (+14,1%)

representaram 51,8% das exportações portuguesas de serviços, sustentando o aumento de 1,1% destas exportações no primeiro trimestre. Sem o contributo des-tes dois setores, ter-se-ia registado uma quebra de 6,5%.O transporte aéreo foi responsável por um saldo positivo da balança comercial na or-dem dos 533 milhões de euros, mais 20,7% do que no primeiro trimestre de 2011. ¢

reprivatização da TAP tem assessorias

A Parpública selecionou os assessores para a repri-vatização da TAP SgPS. A

assessoria financeira será prestada pela Barclays capital, Banco Espíri-to Santo de Investimento, citi Bank e crédit Suisse. No âmbito dos aspetos jurídicos ligados a este processo, a Parpública terá a assessoria da so-ciedade de advogados Vieira de Al-meida & Associados. ¢

TAP reforça liderança em Espanha e Portugal

jornalTAP 98 junho 2012_19

reservas nos equipamentos móveis

A TAP acrescentou a funcionalidade de reservas de passagens aos ser-viços disponibilizados para equi-

pamentos móveis. Esta possibili-dade abrange smartphones e tablets, em seis idiomas (português, inglês, alemão, espanhol, francês e ita-liano). Os clientes podem finalizar de forma simples uma reserva, desde a pesquisa e seleção dos voos até ao pagamento com cartão de crédito ou multibanco. ¢

TAP VALE MAISA TAP subiu cinco posições no ranking das marcas portuguesas mais valio-sas, ocupando agora o quinto lugar, segundo estudo realizado pela con-sultora Brand Finance. A companhia aumentou o seu valor em 10%, para 513 milhões de euros. “As marcas que integram o TOP10 apresentaram ratings em linha com os referenciais internacionais”, disse um responsável da consultora.

GREEN WAY PARA MADRIDA TAP alargou, em maio, o acesso ao Green Way dos aeroportos de Lisboa e Porto a todos os passageiros que embarcam para Madrid, que assim podem evitar as filas normais para o Raio-X. O acesso é válido para todas as tarifas.

TAP NA DIREÇÃO DA CTPO administrador Luiz Mór, em repre-sentação da TAP, integra a nova Dire-ção da Confederação de Turismo de Portugal (CTP). A tomada de posse teve lugar em 23 de maio.

CODE-SHARE COM S7A TAP e a S7 Airlines assinaram um acordo de code-share para voos ope-rados entre Portugal e a Federação Russa, com início em 4 de junho. A companhia portuguesa passou a dis-ponibilizar sete novos destinos na Rússia, em voos operados pela S7: São Petersburgo, Kazan, Yekaterinburgo, Samara, Ufa, Novosibirsk e Sochi.

BR

EV

ES

revistaOn AIr carbonoZero

A A revista ON AIr da TAP tornou-se a primeira publicação de vendas a bordo do mundo a compensar

as emissões de gases com efeito de estufa resultantes da sua produção e impressão. cada exemplar da revista emite, em média, cerca de 250 gramas de dióxido de carbono equivalente. A ON AIr vai utilizar créditos de carbono provenientes de um projeto flo-restal na Tapada Militar de Mafra e de um projeto agroflorestal em Moçambique. Em agosto de 2010, também a revista UP pas-sou a ser uma publicação carbono Zero. ¢

apontamentos_

20_junho 2012 jornalTaP 98

ana MarTInS (TaP TErCEIra), anTonIETa roSa (TaP HorTa), PaUla CanaDa (DIr. VEnDaS PorTUGal), ana PaUla CarValHo (rESP. TraDE PorTUGal), oDETE TElES E GErarDo TElES (aGÊnCIa DE VIaGEnS TElES), alDa SoUSa (rEPrESEnTanTE TaP aÇorES) E joSÉ FraGa (TaP HorTa)

TOP TAP AçOrES E MADEIrA

FIlIPa Mano (rESP. DEP. GrUPoS TaP), IlDa ESCÓrCIo (TaP FnC), ana PaUla CarValHo (rESP. TraDE PorTUGal), DIna CraVo (rEPrESEnTanTE TaP MaDEIra), noEMI anjo, anDrEIa roDrIGUES, IDElSo jESUS, HElEna CaSTro E EMÍlIo roDrIGUES (InTErToUrS), PaUla CanaDa (DIr. VEnDaS PorTUGal), ana PaUla, rITa GonÇalVES, IVonE nÓBrEGa, CrISTIna FErnanDES, GUSTaVo roDrIGUES, VanDa, MarIBEl araÚjo E ISaBEl QUInTal (InTErToUrS)

MADEIrATOPTAP

FranCISCo BarBoSa (aBrEU CarGo), joSÉ anjoS (DIr. TaP CarGo) E alDa SoUSa (rEPrESEnTanTE TaP aÇorES)

AçOrESTOPTAP

MÁrCIo alVES (TaP CarGa –MaDEIra), DIna CraVo (rEPrESEnTanTE TaP MaDEIra), ISaBEl SErrÃo (aBrEU CarGa), FranCISCo BarBoSa (aBrEU CarGa naCIonal), rUI alVES (CarGa MaDEIra) E PaUlo FErrEIra (aBrEU CarGa)

_top tap

jornalTAP 98 junho 2012_21

P ara que serve um processo de gestão do desempenho?

Avaliar desempenhos é cor-rente numa organização: de-sempenho operacional, de vendas, financeiro, de quali-dade de serviço ao cliente, en-tre muitos outros. Mas qual o principal desempenho a ava-liar e acompanhar? Aquele que está na génese de todos os outros: o desempenho das

pessoas, pois estas são a base da engrenagem sistémica or-ganizacional.deste modo, a gestão do de-sempenho das pessoas não é apenas um processo mera-mente burocrático e transa-cional. É sim um processo com forte impacto ao agregar valor à organização, a quem nela trabalha e, em última análise, ao cliente externo, proporcio-nando benefícios para todos.A área de recursos Humanos

recursos humanos_

A gestão do desempenho não é por si só um fim, mas um meio para, com clareza e objetividade, impulsionar as pessoas, aumentar o seu impacto e garantir o seu alinhamento com os objetivos estratégicos do negócio. As organizações melhor sucedidas são aquelas com os trabalhadores mais qualificados, flexíveis e comprometidos.

Gestão do desempenho

oS aValIaDorES ParTICIParaM EM aÇÕES DE SEnSIBIlIZaÇÃo

A avaliação do desempenho, participativa e crítica, é peça fundamental no envolvimento das pessoas para a melhoria contínua, dando aos trabalhadores retorno do seu desempenho e muitas vezes um rumo.

22_junho 2012 jornalTaP 98

_recursos humanos

do grupo TAP, como parceira de negócio, aposta cada vez mais na transversalidade e efeitos desta ferramenta. Por-que estimula à melhoria dos resultados, fomenta a excelên-cia, reconhece o mérito. Por-que é essencial para garantir a atualização, competitividade, eficiência, sucesso e continui-dade da organização.A busca e manutenção de di-ferenciais competitivos con-sistentes e que agregam valor passa por ter trabalhadores com talento, bem preparados e permanentemente compro-metidos, pelo que é necessário avaliar constantemente e com eficácia o desempenho das pessoas na organização. Anualmente, o processo de gestão do desempenho permi-te olhar individualmente para o contributo de cada traba-lhador: como realiza as suas

atividades, os seus resultados e o seu potencial de desenvol-vimento. descobrir e dar enfo-que aos pontos fortes de cada um cria a oportunidade de os potenciar, propiciando o apro-veitamento máximo do seu po-tencial e a otimização da per-formance. Naturalmente, este instru-mento permite também dete-tar necessidades de desenvol-vimento, um plano individual de melhoria, para que os pon-tos fortes continuem a ser exercidos com excelência e sem qualquer constrangimen-to ou inibição. A avaliação do desempenho, participativa e crítica, é igual-mente peça fundamental no envolvimento das pessoas para a melhoria contínua, dan-do aos trabalhadores retorno do seu desempenho e muitas vezes um rumo. Por sua vez, comemorar sucessos alcan-çados contribui para a reali-zação pessoal, pois mostra a relevância individual e coleti-va. como contrapartida, temos alto desempenho, aceitação de maiores responsabilidades e comprometimento com a em-presa, o que inevitavelmente representa melhoria do de-sempenho futuro.

Alterações recentes no processo de gestão do desempenho

Em 2011/2012 deu-se início à avaliação de desempenho com suporte em plataforma infor-

aS aÇÕES DE SEnSIBIlIZaÇÃo VISaraM DIrECIonar oS aValIaDorES E aTUalIZar aS lInHaS orIEnTaDoraS Do SISTEMa DE GESTÃo Do DESEMPEnHo

no seguimento do posicionamento

externo da organização e resposta à

competitividade do mercado,

o processo do corrente ano lançou

transversalmente uma competência

em torno do conceito Atitude

de braços abertos.

jornalTAP 98 junho 2012_23

mática e lançou-se o processo de avaliação não só de compe-tências, mas também do cum-primento de objetivos previa-mente definidos e acordados com os trabalhadores. Esta dupla dimensão do mo-delo de gestão do desempenho assegura a coerência e alinha-mento entre os objetivos da empresa, que derivam da sua estratégia, e os objetivos de-finidos para as equipas e tra-balhadores individualmente, segundo a cadeia de valor da empresa e dos contributos em cascata que cada direção, área ou indivíduo representam no cumprimento da agenda es-tratégica.Adicionalmente, no seguimen-to do posicionamento externo da organização e resposta à competitividade do mercado, o processo do corrente ano lançou transversalmente uma competência em torno do con-ceito Atitude de braços aber-tos. Esta competência, ao ser avaliada, pretende valorizar e diferenciar positivamente a or-ganização, reforçando “a ma-neira de ser TAP”.

Ações de sensibilização a avaliadores

À semelhança de anos ante-riores, as unidades de negócio TAP Serviços e Transporte Aé-reo deram início ao processo em simultâneo. Nos meses de março e abril foram conduzi-das ações de sensibilização

presenciais a avaliadores, pre-parando-os para uma eficaz gestão do desempenho, com base no apoio e acompanha-mento contínuo. com estas ações, pretendeu--se direcionar os avaliadores e atualizar as linhas orienta-doras do sistema de gestão do desempenho, nomeadamente clarificando conceitos estru-turais, metodologia, e dando orientações de uniformização de critérios de interpretação e de aplicação do mesmo.Reconhecendo as especifi-cidades de cada negócio, foi disponibilizado todo o auxí-lio necessário na aplicação e gestão integrada do sistema de performance. No entanto, o sucesso e credibilidade do pro-cesso assenta essencialmente nos gestores de pessoas. ¢

recursos humanos_

A gestão do desempenho das pessoas não é apenas um processo meramente burocrático e transacional. É sim um processo com forte impacto ao agregar valor à organização, a quem nela trabalha e, em última análise, ao cliente externo, proporcionando benefícios para todos.

24_junho 2012 jornalTaP 98

A s companhias fundadoras da Star Alliance – Air canada, Lufthansa, Scandinavian Airlines, Thai e United – apercebe-ram-se rapidamente de que, com a crescente globalização,

a necessidade de uma maior oferta de viagens internacionais para uma ampla gama de destinos se tornaria cada vez mais importante. como nenhuma companhia aérea seria capaz de conseguir tal feito individualmente, estas cinco transportadoras estabeleceram a rede Star Alliance, com a meta de torná-la na “aliança de companhias aéreas líder mundial para o viajante internacional”. Nestes 15 anos, a aliança cresceu de cinco companhias aéreas que, conjuntamente, ofereciam um total de 6.000 voos diários para 578 aeroportos em 106 países, para uma rede que abrange hoje 25 com-panhias aéreas, que transportam mais de 600 milhões de passagei-ros, em 20.500 voos diários, para 1.293 aeroportos em 190 países. Parafraseando o cEO de uma das companhias membro: “Se a Star Alliance não voar para lá, você provavelmente não quer ir”. ¢

Star Alliance comemora15º aniversário

há 15 anos ocorreu um evento que mudaria para sempre o panorama da aviação comercial. cinco inovadores cEO, que partilhavam a mesma visão de negócio, tomaram a arrojada decisão de criar a primeira aliança aeronáutica multilateral.

aS CoMPanHIaS Da STar allIanCE PrESEnTES no MErCaDo PorTUGUÊS ProMoVEraM EM lISBoa, EM 17 DE MaIo, a FESTa “UnDEr THE STarS”, Para aSSInalar o 15º anIVErSÁrIo Da alIanÇa. na FoTo: nUno SoUSa (TaP), joÃo SIlVa (TaP), PaUlo FErrEIra (TaP), joÃo FIalHo (Sn BrUSSElS), joSÉ VaSSalo (TUrkISH aIrlInES), anTÓnIo rIBEIro (TaM), ana TErESa lÚCIo (TaP), ISaBEl PalMa (TaP), ISaBEl PErEIra (UnITED), CHrISTIan klICk (STar allIanCE), MÁrIo MaIa (UnITED), ana MEnDES (UnITED), CarloS BrIGHTon (lUFTHanSa), joSÉ CarloS FErrEIra (UnITED) E SÉrGIo PaTIn (UnITED).

_star alliance

“Aderir à Star Alliance foi um

importante passo para a TAP e provou ser a escolha certa”FErnanDo PInTo,

PrESIDEnTE EXECUTIVo Da TaP

“Em 1997, a Star Alliance lançou

um conceito completamente novo

na aviação”Mark SCHWaB,

CEo Da STar allIanCE

jornalTAP 98 junho 2012_25

nOVO chAIrMAn DA IATA

Alan Joyce, CEO da Qantas Airways, assumiu a presidência do Conselho de Governadores da IATA. O mandato tem a duração de um ano, até junho de 2013. Sucede a Peter Hartman, presi-dente e CEO da KLM.

A anterior previsão, de março, da As-sociação Internacional do Trans-porte Aéreo (IATA) para 2012 já

colocava a aviação europeia no vermelho, antecipando prejuízos de quase 475 mi-lhões de euros. A última estimativa, divul-gada em 11 de junho, é ainda mais desas-trosa ao estimar perdas de 870 milhões de euros, devido ao aprofundamento da crise na Zona Euro.Todas as outras regiões deverão fechar 2012 com lucros, destacando-se a Ásia-Pacífico (1,6 mil milhões de euros) e a América do Norte (1,1 mil milhões). A nível global, as previsões da IATA apontam para lucros de 2,4 mil milhões de euros, em resultado da queda do preço do petróleo e do crescimento do tráfego de passageiros em 4,6%. A margem líquida da indústria fica-se apenas pelos 0,5%.Ainda assim, os lucros continuam a cair depois do pico de 2010 (11,9 mil milhões de euros) e da descida registada em 2011 (6,2 mil milhões).Apesar da redução do preço do petróleo, embora mitigada pela desvalorização do

Aviação europeia no centro da tempestade

A indústria deverá apresentar lucros de 2,4 mil milhões de euros

em 2012. A Europa é a única região com prejuízos, que ascenderão a

870 milhões de euros.

euro, no caso das companhias europeias, a fatura do combustível deverá representar, em 2012, 33% dos custos operacionais das companhias.Segundo a IATA, as receitas operacionais atingirão 499 mil milhões de euros e os cus-tos operacionais 492,7 mil milhões. Assim, o resultado operacional (EBIT) ficará positi-vo em 6,3 mil milhões. ¢

internacional_

26_junho 2012 jornalTaP 98

A TAP transportou os jogadores da nossa seleção de futebol para o campeonato Europeu em 4 de junho, entre lisboa e Poznan, na Polónia. Depois de um percurso bem sucedido na fase de grupos e nos quartos de final, em que venceu a república checa, a equipa ficou a um passo da final. Mais uma vez, a Espanha levou a melhor, batendo Portugal nas grandes penalidades.

_seleção

Seleção portuguesa viaja na TAPpara o Europeu

jornalTAP 98 junho 2012_27

a TaP pediu aos fãs, na sua página oficial no facebook, que enviassem mensagens de apoio à Seleção. Em apenas uma hora, o apelo da companhia foi visto por 43 mil dos 219 mil fãs e centenas de mensagens começaram a ser enviadas. Durante o voo de regresso a lisboa, no a320 “Mouzinho da Silveira”, que aterrou em lisboa no dia 28 de junho, às 18h20, a tripulação foi lendo aos jogadores algumas mensagens que os serviços da

TaP faziam chegar ao avião.a Seleção fez questão de enviar, ainda do avião, um agradecimento. Paulo Bento transmitiu ao comandante do voo (Carlos Barros) a seguinte mensagem dirigida aos portugueses: “Queremos agradecer o apoio de todos os portugueses. Demonstrar a nossa satisfação por vos fazer passar por alguns momentos de felicidade. Estamos orgulhosos por vos ter recuperado a confiança na Seleção.”

fãs usam facebook da

TAP para saudar

a equipa portuguesa

MEnSaGEM EnVIaDa PEla

SElEÇÃo, aSSInaDa PEloS

joGaDorES

28_junho 2012 jornalTaP 98

u m DC-3 (Dakota) restaurado pela TAP ocupa o centro do hangar principal do Museu do Ar, que

reabriu em 29 de junho, após trabalhos de reabilitação do espaço situado na Base Aérea 1, granja do Marquês, em Sintra.Este avião nunca esteve ao serviço da TAP. Mas nem o olhar mais atento o distingue do primeiro dakota utilizado pela com-panhia, registado em 28 de maio de 1945 com a matrícula cS-TdA, e que operou até 1958, quando foi vendido à angola-na dETA. Até a matrícula é a do primeiro DC-3 da TAP. Em 1996, após anos de abandono no ae-roporto de Lisboa, um grupo de traba-lhadores da TAP pinta o aparelho com o seu terceiro logótipo, restaura o in-terior da cabina com cadeiras e copas

_museu do ar

O Museu do Ar reabriu em 29 de junho. O primeiro avião operado pela TAP está em lugar de destaque. foi transportado para Sintra na madrugada de 23 de maio.

Dc-3 da TAPem destaque no Museu do Ar

O PRIMEIRO DC-3 DA TAP…

Tornou-se propriedade da Força Aérea dos EUA em 7 de janeiro de 1944. Terá entrado em Portugal em 27 de julho de 1944, aterrando em Lisboa em plena II Guerra Mundial. Equipado com cadeiras de paraque-dista, foi oferecido pelo governo norte-americano ao governo portu-guês que, por sua vez, o entregou ao Secretariado da Aeronáutica Civil (SAC). Registado em 28 de maio de 1945 com a matrícula portuguesa CS-TDA, foi entregue à TAP, onde esteve ao serviço até 1958.

jornalTAP 98 junho 2012_29

O DC-3 DO MUSEU DO AR…

Foi vendido pela Força Aérea dos EUA à Aer Lingus (1946), que, por sua vez, o vendeu à Israeli Aircraft Industry (1960). O Estado portu-guês adquire a esta companhia di-versos aviões Dakota, para a Força Aérea Portuguesa (1963), com ex-ceção do DC-3 que está no Museu do Ar, que se torna propriedade da Direção Geral da Aeronáutica Ci-vil. Foi o primeiro avião a aterrar no Funchal (7/6/1963), com Graça Reis e Marcelino aos comandos, an-tes da inauguração deste aeroporto. Entre 1963 e 1979, realizou voos de teste aos instrumentos instalados nas pistas dos aeroportos nacionais e voos para estudos meteorológicos nos Açores e na Madeira, com vista à construção de aeroportos.

idênticas às existentes nos aviões da década de 1940 e integra-o nas comemo-rações do 50º aniversário da sua primeira linha comercial (Lisboa-Madrid).Em 2005, no 60º aniversário da TAP, o avião é novamente pintado, desta vez com o primeiro logótipo, simulando-se assim o verdadeiro DC-3 que esteve ao serviço da companhia.Na madrugada de 23 de maio, numa com-plexa operação, realizou-se o seu trans-porte do aeroporto de Lisboa para o Mu-seu do Ar, em Sintra.

Para VEr no MUSEU Do arA coleção patente ao público desde 29 de junho representa a história da aviação em Portugal, nas vertentes militar e civil. O visitante encontra ali 40 aeronaves, simu-ladores, motores e outros objetos.Um dos modelos mais significativos em exposição é o biplano XIV Bis, de Santos dumond. Trata-se da segunda réplica existente no mundo, já que a primeira está no Museu do Ar de Paris. Foi feita a par-tir de pesquisa sobre o modelo de avião

museu do ar_

30_junho 2012 jornalTaP 98

criado e pilotado pelo aviador em Paris, em 1906. destaca-se ainda as aeronaves DC-3 Dakota, Junkers Ju 52, D.H. Hornet, Dragon Rapid e Spitfire.Também no hangar principal pode ser visto um painel fotográfico que conta a história dos 100 anos da avia-ção no nosso País.A nova Sala dos Pio-neiros apresenta vários objetos re-lacionados com os aviadores portugue-ses que contribuíram com o seu pioneiris-mo para o progresso da aviação.O Museu do Ar tem ainda uma bibliote-ca com 5.000 títulos, disponível para con-sulta do público. E, para valorizar o ser-

viço educativo, foi inaugurada a Sala Mul-timédia, patrocinada pela câmara Muni-cipal de Sintra.A TAP e a ANA dispõem de espaços de ex-posição neste museu.¢

jornalTAP 98 junho 2012_31

museu do ar_

Aconteceu em junho...

O primeiro Dc4 (Skymaster) da TAP, com matrícula cS-TSA, é batizado em 14 de junho com o nome “Santa cruz”. Após vários voos de ensaio, efetuou o primeiro voo oficial (TP562/5) em 7 de setembro de 1948, para Paris (le Bourget), com a seguinte tripulação: Mano (comandante), Maya (comandante assistente), E. Silva (copiloto), Décio (navegador), Pombo (radiotelegrafista), lourenço e Martinho (mecânicos) e Ana (assistente de bordo).

A InAuGurAçÃO OfIcIAl DO cOMPlExO DA TAP nO AErOPOrTO DA POrTElA, lISBOA (ATuAIS InSTAlAçÕES), AcOnTEcEu EM 21 DE junhO DE 1971. IncluÍA OS EDIfÍcIOS DE EScrITÓrIOS, O hAnGAr 6, nOVO rEfEITÓrIO (cOM cAPAcIDADE PArA 1.500 luGArES SEnTADOS) E A SEDE DO GruPO culTurAl E DESPOrTIVO.

efemérides_

1971InAuGurAçÃO OfIcIAl DO cOMPlExO DA TAP nA POrTElA

1947BATISMO DO PrIMEIrO

Dc4 DA TAP

32_junho 2012 jornalTaP 98

A TAP InAuGurOu AS nOVAS InSTAlAçÕES nO POrTO EM 6 DE junhO DE 1978.

A TAP é, há vários anos, a transportadora oficial da Seleção Portuguesa de futebol. referindo apenas as mais recentes operações, a companhia levou os nossos craques para o Mundial de 2006 na Alemanha (TP9736, de 2 de junho) para o Europeu de 2008 na Áustria e Suíça (TP9709, de 1 de junho) e para o Mundial de 2010 na África do Sul (TP9707, de 5 de junho).

1978nOVAS InSTAlAçÕESnO POrTO

EM 1 DE junhO DE 2008, A TAP PASSOu A EMITIr OS BIlhETES APEnAS nO fOrMATO ElETrÓnIcO, cuMPrInDO InTEGrAlMEnTE A DEcISÃO DA IATA DE ElIMInAr TOTAlMEnTE O PAPEl A PArTIr DESSA DATA. nA fOTO: ÚlTIMO BIlhETE EMITIDO EM PAPEl PElA cOMPAnhIA.

EUro 2008

MUnDIal 2010

2008100% ElEcTrOnIc

TIcKETInG

2006, 2008 e 2010

OS VOOS

DA SElEçÃO

_efemérides