Jornal Mundo Animal - Agosto 2013

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Serviço Saúde Barulho Segurança Pet Marketing Curso de Formação de Auxiliares Veterinários: o quê pensar sobre isso? Página 03 CCZ de Piracicaba confirma dez casos de raiva em morcegos neste último semestre. Página 04 Heróis de quatro patas. Página 11 Jornal Mundo Animal oficializa parceria com Rede Opinião TV e passará a veicular um programa de entrevistas na emissora ainda neste mês O projeto consiste em ampliar as reportagens elaboradas pelo periódico por meio de uma agradável conversa ao vivo, que deverá ser exibida toda sexta-feira, a parr do dia 23, dentro do programa Opinião Agora, pertencente à Rede Opinião TV, de Piracicaba (SP). Páginas 08 e 09 Quem tem medo de fogos de artifício? Página 13 Divulgação Arte/JMA

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Nesta edição, você vai ver que o Jornal Mundo Animal agora ganhou um espaço na Rede Opinião TV, de Piracicaba (SP). O projeto consiste em ampliar as discussões propostas pelas reportagens do periódico.

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Page 1: Jornal Mundo Animal - Agosto 2013

Serviço

Saúde

Barulho

Segurança

Pet Marketing

Curso de Formação de Auxiliares Veterinários: o quê pensar sobre isso? Página 03

CCZ de Piracicaba confirma dez casos de raiva em morcegos neste último semestre. Página 04

Heróis de quatro patas. Página 11

Jornal Mundo Animal oficializa parceria com Rede Opinião TV e passará a veicular um programa de entrevistas na emissora ainda neste mêsO projeto consiste em ampliar as reportagens elaboradas pelo periódico por meio de uma agradável conversa ao vivo, que deverá ser exibida toda sexta-feira, a partir do dia 23, dentro do programa Opinião Agora, pertencente à Rede Opinião TV, de Piracicaba (SP). Páginas 08 e 09

Quem tem medo de fogos de artifício? Página 13

Divulgação

Arte/JMA

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Jornal Mundo Animal / 02 Opinião

Amor além da vidaHá muitos anos atrás, quando eu traba-

lhava como voluntário em um hospital, eu vim a conhecer uma menininha chamada Liz, que sofria de uma terrível e rara doença.

A única chance de recuperação para ela parecia ser através de uma transfusão de sangue do irmão mais velho, de apenas cin-co anos, que milagrosamente havia sobre-vivido à mesma doença e parecia ter, então, desenvolvido anticorpos necessários para combatê-la.

O médico explicou toda a situação para o menino e perguntou, então, se ele aceita-va doar o sangue dele para a irmã. Eu o vi hesitar um pouco, mas depois de uma pro-funda respiração, ele disse:

- Tá certo, eu topo, se é para salvá-la!À medida que a transfusão foi progre-

dindo, ele estava deitado na cama ao lado da irmã e sorria, assim como nós também, ao ver as bochechas dela voltarem a ter cor. De repente, o sorriso dele desapareceu e o garotinho empalideceu. Olhou para o médi-co e perguntou, com a voz trêmula:

- Eu vou começar a morrer logo?Por ser tão pequeno e novo, o menino

tinha interpretado mal as palavras do mé-dico e pensou que teria que dar todo o san-gue dele para salvar a irmã.

Divulgação

Luz, câmera e ação

Foker, Nick, Dragon, Meg, Shark, Hulk, Aruk, Zeus, Haico, Hex, Killa, Zara e outros dois cães que ainda não fo-ram batizados. É dessa forma que os bichinhos pertencentes ao canil da Po-lícia Militar de Piracicaba (SP) atendem prontamente, quando chamados por seus respectivos condutores. E estão longe de se enquadrarem no paradigma de bichos de estimação. São verdadei-ros heróis, que passam por um adestra-mento intenso a partir dos 45 dias de vida, quando deixam a amamentação materna. Contribuem, principalmente, para a localização exata de entorpe-centes camuflados em outros produ-tos, fato que passaria despercebido aos olhos do policial mais destemido. Isso porque enquanto o ser humano possui de 5 a 8 milhões de células olfativas, os cães têm 220 milhões, área que ocupa 10% do cérebro deles.

Os detalhes dessa agradável visita ao canil da instituição e outras informações sobre a área pet na região de Piracica-ba (SP) serão abordados nesta edição do Jornal Mundo Animal, que deverá comemorar os cinco anos de existên-cia com uma surpresa aos leitores. O periódico firmou uma parceria com a Rede Opinião TV, de Piracicaba (SP), e passará a veicular um programa de en-trevistas ao vivo toda sexta-feira, entre 11h30min e 12h, na emissora em ques-tão. O projeto consiste em ampliar as discussões propostas pelas reportagens do Jornal e manter os defensores ou os admiradores da causa ainda mais infor-mados. Portanto, reúnam a família na sala diante da televisão, preparem a pi-poca e curtam a novidade! E desejamos, como sempre, uma boa leitura a todos!

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Jornal Mundo Animal / 03

Pet Marketing

Sérgio Lobato - soluções em Pet Marketingwww.sergiolobato.blogspot.com

Curso de Formação de Auxiliares Veterinários: o quê pensar sobre isso?

É necessário haver qualificação de mão-de-obra no segmento veterinário. Entretanto, esta deve ser normatizada e baseada em um código de ética que seja respeitado por

parte desses novos profissionais.

DivulgaçãoPorque eu me permito ao questiona-

mento. Porque eu respeito meus colegas envolvidos nesses projetos. Porque eu me permito a pensar. Mas, principalmen-te, porque eu quero entender.

Vejo todos os dias o surgimento de um novo Curso de Formação de Auxilia-res Veterinários e me pergunto:

Cada um tem uma carga horária, logo, como entender qual é o ideal?

A grande maioria não divulga emen-tas do curso, logo, como entender até onde vai o conteúdo programático de cada curso, ou seja, até onde serão pas-sadas informações que sejam de uso ex-clusivo do ato médico veterinário?

Já que eu tenho uma leve desconfian-ça de que não há um código de ética des-sa atividade, como falar de ética nesses cursos?

Qual a qualificação dos colegas que ministram esses cursos por todo o Brasil? Teriam eles alguma cadeira de docência?

Qual seria o papel de nossas entida-des de classe nesse cenário?

Como seria o memorial descritivo de tarefas unificado desses alunos ao saírem para o mercado de trabalho? Haveria um padrão ou cada clínica ou hospital vai de-cidir quais funções esse funcionário terá?

Como punir o profissional que, nas suas horas vagas, for vacinar e castrar nas suas comunidades?

Como evitar que os profissionais que já atuam na área não sirvam de péssimo exemplo, junto, claro, com a negligência de seus contratantes ao replicar com-portamentos errôneos, como ajudar na anestesia?

Essas empresas emitem certificados com que valor, se não são reconhecidos pelo MEC? Emitem nota fiscal? Estão ca-dastradas para recolher impostos como agentes educacionais?

Explicando. Sou a favor da qualifica-ção de mão-de-obra no segmento vete-rinário, mas, sinceramente, sou a favor da moralização e da normatização do mesmo, pois o tempo todo sofremos pressões de todos os lados no exercício de nossa profissão e ver surgir uma força nova de pressão dentro de nossa própria categoria me causa certo incômodo, que pode ser resolvido com conversa, com explicações e com uma força tarefa da classe para definir os processos de cria-ção de uma mão-de-obra tão importante em um estabelecimento de saúde como os nossos. E, como sempre, estou aberto a aprender!

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Jornal Mundo Animal / 04 Saúde

CCZ de Piracicaba confirma dez casos de raiva em morcegos neste último semestre

Em relação ao mesmo período do ano passado, foram confirmados 21 morcegos com o vírus da raiva, o que representa uma redução de mais de 40% nos casos em Piracicaba (SP)

Cinthia MilanezO Centro de Controle de Zoonoses

(CCZ), de Piracicaba (SP), registrou dez casos de raiva em morcegos neste pri-meiro semestre. A doença, porém, não afetou cães, gatos e, muito menos, se-res humanos. Em relação ao mesmo período do ano anterior, foram con-tabilizados 21 casos em morcegos, o que representa uma redução de mais de 40% na incidência do vírus no mu-nicípio. De acordo com a médica vete-rinária sanitarista e coordenadora do Centro, Eliane de Carvalho Silva, não há explicação técnica para essa redução. “A vigilância é a mesma, o recolhimen-to e o envio também, não temos expli-cação técnica para a diminuição da po-sitividade em relação ao ano anterior”, explica.

Diante da incidência dos casos, a instituição promove anualmente uma campanha de vacinação antirrábica, que é dividida em duas etapas. A pri-meira delas, que ocorreu entre os me-ses de abril e junho, vacinou 11.815 animais da zona rural de Piracicaba (SP), sendo 9.965 cães e 1.850 gatos.

Segundo Eliane, a segunda etapa, que deverá vacinar animais residentes na área urbana, está prevista para come-çar no próximo mês. A estimativa nes-sas duas etapas é de imunizar até 40

mil animais, entre cães e gatos, deven-do atingir 55% da população dos bichi-nhos que vivem no município.

De acordo com a coordenadora do Centro, as equipes deverão vacinar

cães e gatos nas vias públicas, com da-tas, horários e locais pré-estabelecidos e divulgados por meio de cartazes. “Es-tamos ainda em planejamento e nos falta a confirmação de alguns detalhes para a definição do cronograma, se fa-remos somente aos sábados ou aos sá-bados e dias úteis”, acrescenta. Mesmo sem a definição exata do cronograma dessa segunda etapa da campanha, Eliane adianta que a instituição dispo-nibilizará 147 locais de vacinação na zona urbana de Piracicaba (SP).

A imunização contra o vírus da raiva protege cães e gatos e evita que estes contaminem, até mesmo, o ser huma-no por meio de mordedura, arranha-dura ou lambedura. Eliane informa que o reforço da dose da vacina deve ser feito todo ano, porque só desta forma os bichinhos conseguirão produzir anti-corpos necessários para combaterem a doença. “Em Piracicaba (SP), com essa circulação de vírus através de morce-gos contaminados, cães e gatos vacina-dos ficam expostos à doença, caso não recebam o reforço da vacina anualmen-te”, conclui.

Cães e gatos podem ser contaminados por morcegos com o vírus da raiva e, com isso, transmitirem ao ser humano. A vacinação anual desses animais, portanto, é imprescindível.

Divulgação

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Veterinário da FazendaPaulo Moreira - médico veterináriowww.facebook.com/CenterVetRc| Center Vet Veterinária : (19) 3533 - 2209

Jornal Mundo Animal / 05

Cara de mau, mas temperamento dócilDivulgação

Os búfalos são utilizados na produção de leite e de carne. Além disso, algumas raças são ideais como força motriz. A foto traz um rebanho de búfalos jafarabadi

(búfalo-do-rio), de origem indiana.

Os búfalos são animais domésticos da família dos bovídeos. São de origem asiáti-ca e são utilizados na produção de carne e de leite para consumo humano. Os buba-linos têm temperamento dócil e se adap-tam facilmente às condições ambientais úmidas. Como sua pele é preta, com pou-

cos pelos, também pretos, esses animais sofrem muito quando expostos à luz solar, necessitando de açude ou de lago para que fiquem mergulhados na água nas horas mais quentes do dia. São necessárias tam-bém áreas de sombra para a melhoria de seu conforto térmico.

Apesar de serem animais rústicos e de fácil adaptação, não podemos esquecer os cuidados necessários para a saúde e a qualidade de vida deles. Além de vacinas, de vermifugação e de alimentação ade-quada durante toda a vida, são necessários cuidados especiais com os bezerros até o período de desmama, que ocorre, em mé-dia, aos nove meses de vida. É importante ressaltar que os animais devem ser acom-panhados quanto à ocorrência e à preven-ção de verminoses de forma rígida até os dois anos de vida, fase em que se tornam naturalmente mais resistentes aos danos causados por vermes.

Quanto aos parasitas externos, sabe-se que os búfalos no Brasil são muito acometi-dos por piolhos, porém não se tem muitos estudos sobre o assunto. Os piolhos con-centram-se na vassoura da cauda, na base dos chifres e atrás das orelhas. Infestações maciças e constantes podem provocar ca-quexia, irritação, anemia e coceira.

A propriedade rural dedicada à pro-dução de bubalinos deve ter acompanha-mento veterinário para que doenças, como febre aftosa, salmonelose, carbúnculo sintomático, mastite e brucelose não aco-metam o rebanho. A febre aftosa merece atenção especial, pois os bubalinos parti-

cipam da transmissão da doença aos bovi-nos sem manifestarem sintomas, devendo, portanto, serem vacinados de forma crite-riosa.

No Brasil, são reconhecidas pela Asso-ciação Brasileira de Criadores de Búfalos, quatro raças: mediterrâneo, murrah, jafa-rabadi (búfalo-do-rio) e carabao (búfalo--do-pântano). A primeira delas é de ori-gem italiana, os animais possuem aptidão tanto para produção de carne quanto de leite, têm porte médio e são medianamen-te compactos. Já a segunda, tem origem indiana, os animais são de conformação média e compacta, têm cabeças leves e chifres curtos, espiralados, enrodilhando--se em anéis na altura do crânio. A terceira, também origem indiana, é a raça menos compacta e de maior porte, apresenta chi-fres longos e de espessura fina, com uma curvatura longa e harmônica. A última raça, por fim, é a única adaptada às regiões pan-tanosas e está concentrada na ilha de Ma-rajó, no Pará. Tem sua origem no norte das Filipinas, apresenta pelagem mais clara, cabeça triangular, chifres grandes e pontia-gudos, voltados para cima, porte médio e capacidade para produção de carne e leite, além de os animais serem bastante utiliza-dos como força motriz.

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Jornal Mundo Animal / 06 Passatempo Animal

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Jornal Mundo Animal / 07

Acqua Mundo

O maior aquário da América do Sul - Avenida Miguel Stéfno, nº 2001, Enseada Guarujá (SP) | (13) 3398 - 3000 | (13) 3379 - 2708

Animais marinhos em perigo!

Continuando com a nossa série de ani-mais marinhos em perigo, vamos conhe-cer um pouco sobre os peixes bois ma-rinhos, que na verdade não são peixes e sim, mamíferos marinhos!

Mamífero marinho é um mamífero que depende de alguma forma do am-biente marinho, seja por comida ou habi-tat. Urso polar, por exemplo, é um mamí-fero marinho, porque depende dos peixes

e de outros animais marinhos para sua sobrevivência.

No Brasil, existem duas espécies de peixes bois: uma espécie marinha (Tri-chechus manatus) e outra de água doce (Trichechus inunguis), conhecido como o peixe boi amazônico. Ele só existe na ba-cia do rio Amazonas, no Brasil no Peru e no rio Orinoco, na Venezuela. Neste arti-go, vamos falar mais especificamente do

peixe boi marinho.São animais gordinhos, roliços, respi-

ram ar atmosférico e mamam leite quan-do nenéns. Seus membros anteriores são transformados em nadadeiras e os poste-riores, em uma nadadeira caudal.

As narinas possuem um sistema de válvula que fecha hermeticamente quan-do o animal mergulha na água. São ani-mais herbívoros, ou seja, se alimentam de algas, aguapés e capins aquáticos, dentre outras vegetações aquáticas. Eles podem consumir até 10% de seu peso em plantas por dia. Durante os primeiros dois anos de vida, os filhotes vivem com suas mães e se alimentam de leite. Esses bichinhos podem chegar a quatro metros de compri-mento e pesar cerca de uma tonelada.

Todas as espécies encontram-se ame-açadas de extinção e estão protegidas por leis ambientais em diversas partes do mundo. No Brasil, o peixe boi é protegido por lei desde 1967, A caça e a comerciali-zação de produtos derivados desse animal é crime que pode levar o infrator a até dois anos de prisão. São animais de hábi-tos solitários, raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento.

Além disso, são muito mansos e, por este motivo, são facilmente caçados. É

o mamífero aquático mais ameaçado no Brasil. Embora os peixes boi possuam pou-cos predadores naturais, como os tuba-rões, os crocodilos, as orcas e os jacarés, todas as três espécies de peixe boi - afri-cano, amazônico e marinho - estão lista-das pela World Conservation Union como vulneráveis à extinção. A principal ameaça corrente para os peixes boi são as colisões com barcos ou com hélices. Às vezes, o peixe boi pode sobreviver a estas colisões e, por conta delas, por exemplo, mais de cinquenta cicatrizes profundas perma-nentes têm sido observadas em algumas espécies ao largo da costa da Flórida. No entanto, as feridas são muitas vezes fatais.

Wiley, com dois anos de idade, foi atro-pelado por um barco que deixou à mostra a sua coluna. Depois de um longo tempo de recuperação, o animal faz parte do con-tingente do Seaquarium, em Miami.

Para que esses acidentes não ocorram, é necessário respeitar as regras maríti-mas. Não jogar sujeira na água, para evitar que eles fiquem presos em sacos de lixo e outros objetos, como o anzol, e respeitar os limites de velocidade para os barcos mais próximos da costa ou as águas mais rasas. Esperamos que tenham gostado. Um abraço e até a próxima!

Na foto, pode-se observar o que ocorreu com peixe boi Wiley, que foi atropelado por um barco e o acidente deixou à mostra a sua coluna.

Arquivo/Acqua Mundo

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Jornal Mundo Animal / 08 Serviço

Jornal Mundo Animal oficializa parceria com Rede Opinião TV e passará a veicular um programa de entrevistas na emissora ainda neste mês

O projeto consiste em ampliar as reportagens elaboradas pelo periódico por meio de uma agradável conversa ao vivo, que deverá ser exibida toda sexta-feira, a partir do dia 23, dentro do

programa Opinião Agora, pertencente à Rede Opinião TV, de Piracicaba (SP)Cinthia Milanez

Cesar Aparecido Pedrozo tinha um so-nho. Após trabalhar mais de 20 anos na área de publicidade, ele decidiu criar um produto direcionado aos bichinhos de es-timação. Foi a partir dessa ideia inusitada de um empresário entusiasta que surgiu o Jornal Mundo Animal, um periódico men-sal que veicula informações de qualidade para aqueles que respeitam e admiram os melhores amigos do homem. O Jornal já completa cinco anos de existência e, para comemorar em grande estilo, Pedrozo fir-mou uma parceria com a Rede Opinião TV, de Piracicaba (SP), que deverá ampliar as discussões propostas pelas reportagens do periódico por meio de entrevistas ao vivo, a serem exibidas dentro do progra-ma Opinião Agora, toda sexta-feira, entre 11h30min e 12h, a partir do dia 23 deste mês.

De acordo com o diretor-geral da Opi-nião TV, de Piracicaba (SP), Samuel Ferreira dos Santos, que é formado em Gestão de Recursos Humanos, já atuou na área sindi-

Arte/JMA

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Jornal Mundo Animal / 09Serviço

Jornal Mundo Animal oficializa parceria com Rede Opinião TV e passará a veicular um programa de entrevistas na emissora ainda neste mês

cal e também como consultor administrati-vo de empresas, a parceria chegou em boa hora, uma vez que ambos os veículos bus-cam espaço no mercado e convergem para o mesmo objetivo, que consiste em levar informações de qualidade aos cidadãos, sob preceitos éticos seguidos à risca. “En-tão, nós acreditamos muito nessa parce-ria e é só o começo. E nós sentimos muita tranquilidade nessa junção, haja vista por todos os profissionais que estão envolvidos nela”, acrescenta.

Já para o diretor de programação e de operações da emissora, Elvécio Rui Laza-ri, essa participação da equipe do Jornal no programa Opinião Agora faz parte de um projeto inicial, que pode ser ampliado e modificado com o decorrer do tempo, dependendo do retorno dos leitores e dos espectadores. Lazari apresenta uma traje-tória de excelência na televisão. Ele atuou como produtor de jornalismo e de espor-te em emissoras renomadas do interior de São Paulo, como a Rede Globo, o SBT, a Rede Bandeirantes e a TV Manchete. Dian-te dessa ampla experiência profissional, o diretor conclui: “eu acredito que esse pro-jeto inicial terá vida curta. Em breve, o Jor-nal Mundo Animal terá um espaço maior na emissora”.

XV, crá, crá, crá! - Todo piracicabano

tem o hino popular do XV de Novembro na ponta da língua. Entretanto, não tem aces-so a reportagens mais amplas sobre o time nas grandes emissoras de televisão, que só repercutem assuntos dignos de manchete e, muitas vezes, permeados por desgraças. Com o objetivo de mudar esse cenário, a Opinião TV chegou ao município há quatro anos e trouxe discussões de assuntos polê-micos, mas também, de fatos corriqueiros que marcam o dia-dia dos cidadãos co-

muns. É o que constata o diretor de progra-mação e de operações da emissora, Elvécio Rui Lazari. “O piracicabano quer ver o XV de Piracicaba, não quer saber se um time lá de São Paulo foi bem ou não. A Opinião TV busca transmitir uma programação regio-nal, colocando em evidência os costumes daqueles que vivem no município”, com-plementa.

Já para o diretor-geral da emissora, Sa-muel Ferreira dos Santos, a Opinião TV tam-

bém busca assumir responsabilidades so-ciais, financeiras e políticas. “Esse é o nosso papel hoje, acompanhar o crescimento da cidade, transmitir de forma imparcial tudo o que acontece aqui e mostrar a verdadeira imagem de Piracicaba (SP)”, afirma. Ainda de acordo com ele, essa parceria com o Jor-nal, que é segmentado, mas que também busca assumir os mesmos compromissos, levará informações de qualidade sobre o piracicabano e para o próprio piracicabano.

Cinthia Milanez

Da esquerda para a direita: o diretor de programação e de operações da Opinião TV, de Piracicaba (SP), Elvécio Rui Lazari, o diretor-geral da emissora, Samuel Ferreira dos Santos, e o diretor do Jornal Mundo Animal, Cesar Aparecido Pedrozo.

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Jornal Mundo Animal / 10

Patas Brasil

Juliana Scheffauer - médica veterináriawww.facebook.com/CenterVetRc | Center Vet Veterinária : (19) 3533 - 2209

Hey, estou com dor!Divulgação

Cães e gatos também sentem dor. Entretanto, a detecção do sintoma é feita por meio da análise do comportamento desses bichinhos.

Nesta edição, escolhi abordar o assun-to dor, problema presente na vida de nos-sos animais nas mais diversas situações. Conheça um pouco mais sobre o assunto e saiba como reconhecê-la, auxiliando no bem-estar de seu bichinho de estimação.

Os animais sentem dor como os hu-manos?

Embora tenhamos a impossibilidade de comunicação verbal, já que os ani-mais não conseguem nos dizer “isto dói”

ou “estou com dor”, os animais também sofrem. Devido ao mecanismo da dor ser semelhante em humanos e em animais, é razoável assumir que o que é doloroso para nós também é doloroso para eles.

Quais são os sinais de dor em cães?A avaliação da dor é muito subjetiva e

depende de cada animal. De modo geral, os cães podem apresentar uma grande variedade de sintomas, que são: pupilas dilatadas, aumento do ofego, alterações

cardíacas e respiratórias, gemer/latir/ui-var; tristeza e isolamento, diminuição da interação com os donos, comportamento inquieto e indiferente ao meio; podem lamber e morder o local afetado, relutar em deitar ou mudar de posição; falta de apetite, tremores, postura corporal e ex-pressão alteradas; mudanças em hábitos de higiene.

Quais são os sinais de dor em gatos?Felinos com dor podem permanecer

escondidos, em silêncio, assumindo uma postura corporal tensa e encurvada, redu-zem a atividade física, diminuem o apetite e a interação com os donos. Gemidos e vocalização/miados são incomuns, exceto nos casos de dor severa. Gatos com dor podem interromper hábitos de higiene (limpeza do corpo, lambedura).

Os gatos escondem que estão doen-tes ou com dor?

Nos gatos, é difícil reconhecer a dor, tendo como base seu comportamento. Devido a sua origem e natureza, os felinos podem demorar a demonstrar sinais de fraqueza ou doença para que não se tor-nem presas fáceis.

O que pode ocorrer quando uma dor não é tratada de forma adequada?

Os animais com dor podem ter algu-mas complicações, devido aos processos dolorosos: perdem peso, realizam auto-mutilação com feridas graves, têm maior tempo de cicatrização de feridas e recu-peração mais prolongada, maior chance de infecções e outros. Além disso, a dor coloca a qualidade de vida e o bem-estar dos bichinhos em risco.

além de medicamentos, há algo mais a ser feito no controle da dor?

Como nos tratamentos humanos, os animais podem ser submetidos a trata-mentos com fisioterapia e acupuntura, por exemplo. Mudanças no manejo e no ambiente, com orientação médica, podem ajudar na melhoria da qualidade de vida.

O que fazer ao notar que o cão ou o gato está com dor?

Ao notar que os animais de estimação estão com dor ou qualquer sintoma de que não estão bem, deve-se encaminhá--los para avaliação clínica com um médi-co veterinário de confiança. Através de um exame clínico detalhado e de exames complementares, será possível estabele-cer um diagnóstico e, consequentemente, o melhor tratamento e a melhor conduta clínica.

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Jornal Mundo Animal / 11Segurança

Heróis de quatro patasOs 14 cães, que vivem no canil da Polícia Militar de Piracicaba (SP), passam por treinamento físico diário e,

muitas vezes, arriscam a própria vida para preservarem a segurança da populaçãoCinthia Milanez

Nem o tempo frio e chuvoso impediu que a simpática cadela Meg viesse, salti-tante, ao encontro do cabo Mário Geraldo Martins da Silva, que é responsável por ela. Os cães da Polícia Militar de Piraci-caba (SP) trabalham seis horas por dia, auxiliando os integrantes da instituição no policiamento ostensivo, na detecção de entorpecentes, na busca de meliantes ou de pessoas desaparecidas em áreas de mata, na revista em presídios, na demons-tração do trabalho à população, entre ou-tros itens. Atualmente, o canil conta com 14 animais, sendo que dois são pastores alemães e ainda não foram batizados, ou-tros dois são os rotweillers, Foker e Nick, e o restante é composto pelos pastores belgas de Mallinois, Dragon, Meg, Shark, Hulk, Aruk, Zeus, Haico, Hex, Killa e Zara.

Segundo o cabo Mário Geraldo Mar-tins da Silva, os bichinhos são adquiridos por meio de doação, compra ou repro-dução própria. Entretanto, no primeiro caso, os cães têm de ter pedrigree. Todos os animais que chegam ao canil passam

por uma avaliação criteriosa, com o obje-tivo de certificar que eles são aptos para desenvolverem esse tipo de atividade. O cabo acrescenta que os cães devem ter temperamento seguro, ou seja, que evi-tem atacar de forma involuntária. A recep-tividade diante de brincadeiras também é um requisito imprescindível, porque eles são adestrados por meio do reforço positi-vo, método que descarta o uso de petiscos

ou de qualquer outra forma de alimento.Quando os cães não apresentam perfil

adequado ou, até mesmo, quando a idade pesa, eles são encaminhados para os res-pectivos policiais que os adestraram, para outros oficiais que trabalham no canil, para qualquer policial que resida na região ou para os cidadãos comuns. Em todos os casos, é feito um acompanhamento por parte da instituição, de forma a garantir

o bem-estar dos mesmos nos novos la-res. Além disso, de acordo com o soldado Adam Battonyai, os bichinhos considera-dos aptos representam um meio não letal de emprego da força policial, enquanto ferramenta de trabalho. Eles são treinados apenas para imobilizarem o alvo, não para agredi-lo, porque atacam os membros su-periores e inferiores com uma única mor-dida e utilizam os dentes do fundo.

Já para o cabo Euclides Gorzoni Neto, o combate ao tráfico de drogas, por exem-plo, seria mais difícil sem o auxílio dos bichinhos. Isso porque eles conseguem identificar entorpecentes camuflados em outros produtos apenas pelo faro. O cabo Mário, que havia acabado de voltar de um curso sobre o tema, afirma que enquan-to o ser humano possui de 5 a 8 milhões de células olfativas, os cães têm 220 mi-lhões, área que ocupa 10% do cérebro de-les. Portanto, esses verdadeiros heróis de quatro patas também têm superpoderes e são uma ferramenta essencial da Polícia para garantir a segurança e o bem-estar da população.

Da esquerda para a direita: o soldado Adam Battonyai junto ao seu cão, Shark, o cabo Mário Geraldo Martins da Silva ao lado da cadela Meg e o cabo Euclides Gorzoni Neto, acompanhado pelo Hex.

Cinthia Milanez

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Jornal Mundo Animal / 12

Vida Selvagem

Nathalia Trevelin Sant’Anna- médica veterinária especialista em animais silvestres e exó[email protected]

Animais diferentes, cuidados diferentes

A procura por animais silvestres e exó-ticos, como iguanas, serpentes, pássaros variados (canários, calopsitas, papagaios), gerbil, furão e chinchila cresce a cada dia. Estes e outros animais podem ser ótimas companhias. E como todo animal, eles tam-bém adoecem e precisam de orientações e cuidados veterinários. Daí você se pergun-ta, e agora? Quem procurar?

Veterinários que cuidam de cães, gatos, gado e cavalos, todo mundo conhece. Po-rém, alguns profissionais se especializam para cuidar de animais bem diferentes. Eu me especializei para atender todos estes pets não-convencionais, que inclui várias espécies de répteis, aves e mamíferos (exó-ticos e silvestres), que assim como cães e gatos, precisam de cuidados especiais. Confira logo abaixo algumas dicas sobre esses animais.

O que são animais selvagens, silvestres e exóticos?

Esta é a primeira confusão. Animais sel-vagens são todos aqueles animais que não foram domesticados, que mantêm suas ca-racterísticas e instintos naturais e que apre-

sentam pouco ou nenhum contato com seres humanos. Animais silvestres são ani-mais da fauna nativa de um país - no caso do Brasil: papagaio, ema, anta, teiú, jiboia, jabuti, sagui, onça-pintada, dentre outros. Animais exóticos são animais que original-mente não pertencem a nossa fauna, são oriundos de outros países, como a cacatua, a calopsita, a cobra-do-milho, a píton, o monstro-de-gila, o hamster, o ferret, o leão, o tigre, o urso, entre outros.

Como faço para adquirir um animal sil-vestre? Posso criá-lo?

A aquisição de um animal silvestre como bicho de estimação exige cuidados e deve haver respeito a critérios legais. Exis-tem criadouros comerciais ou comerciantes com registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová-veis (IBAMA), ou seja, estes criadouros são autorizados a manterem e a venderem es-ses animais. É a maneira correta para ad-quirir um animal silvestre com segurança e dentro da lei. É crime manter animais sil-vestres em cativeiro, se a origem dos bichos não estiver devidamente documentada me-

diante nota fiscal emitida pelo comerciante ou pelo criadouro que tem autorização do IBAMA para reproduzi-los em cativeiro. Na nota fiscal, deve constar o nome científico e popular do animal, o tipo e o número de identificação individual. Quem não cumpre a lei está sujeito a pena de detenção de seis meses a um ano e multa. A Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) determina ainda que a pena seja aumentada na metade se o crime é praticado contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, entre outras hipóteses. Já alguns animais exóticos considerados domésticos, como calopsita, hamster, ferret não precisam de autoriza-ção do IBAMA.

Quais são os animais mais atendidos pelo médico veterinário especialista em animais silvestres e exóticos?

Dentre os répteis, os mais atendidos são as tartarugas-de-aquário, os jabutis, as iguanas e as jiboias. Entre as aves, estão os canários, os coleirinhos, os agapornis, os periquitos-australianos, as calopsitas, os papagaios e as araras. Entre os mamíferos, temos os roedores (chinchila, hamster, ger-bil e porquinho-da-índia), os lagomorfos (coelhos e lebres), os primatas (saguis), en-tre outros.

Por que esses animais precisam ir ao veterinário?

Para os respectivos proprietários rece-berem orientações sobre o manejo correto do animal, realizar atendimento clínico pre-ventivo e o acompanhamento, por meio de exames laboratoriais, para controle de pa-rasitas, check up completo (coleta de san-gue para avaliar função hepática e renal, hemograma, etc), toalete, entre outros. É importante salientar que estes animais são muito sensíveis, por isso requerem cuida-dos especiais.

Quais as doenças mais comuns nos ani-mais silvestres?

As principais doenças estão relaciona-das às falhas de manejo (recintos inadequa-

dos, problemas com iluminação e umida-de), problemas nutricionais e metabólicos, como dietas inadequadas ou pobres em vitaminas e minerais, problemas respira-tórios, parasitismos, odontopatias, proble-mas dermatológicos e neoplasias.

Animais silvestres e exóticos também podem passar por cirurgias e serem anes-tesiados?

Há certa frequência hoje em dia. Com capacitação técnica de alguns profissionais, as cirurgias em pets não-convencionais são realizadas com grande sucesso, as mais comuns são procedimentos ortopédicos (reparação de fraturas de casco, membros, asas e bico), correções de problemas den-tários, castrações, retiradas de tumores e muitos outros procedimentos.

há riscos de uma pessoa contrair doen-ças de animais silvestres e exóticos criados em cativeiro?

O risco existe, mas o mesmo ocorre com outros animais de estimação, como cães e gatos. O importante é que cuidados básicos de higiene sejam adotados para todos os animais, independente de serem domésti-cos, silvestres ou exóticos.

Qual o conselho para quem quer um animal de estimação não-convencional?

Meu conselho é sempre pesquisar an-tes de adquirir um animal, seja ele qual for. Procurar saber sobre a biologia e o comportamento do animal, qual suporte será necessário para a criação adequada da espécie em questão, deve-se planejar gastos com alimentação, iluminação, re-cintos e cuidados veterinários. Outra coisa importante é saber de onde comprar esse animal, verificar as condições higiênico-sa-nitárias do local, se há responsável técnico e quais as condições de saúde / atestados que esses animais apresentam. Outra dica importante é procurar orientações com um profissional especializado, ele poderá sanar todas as dúvidas e ajudar com o novo com-panheiro.

Arquivo

A iguana, por exemplo, se enquadra na classificação de animais silvestres, uma vez que está presente na fauna brasileira.

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Jornal Mundo Animal / 13Barulho

Quem tem medo de fogos de artifício?Cães e gatos têm uma audição mais aguçada em comparação com a do ser humano. O uso exagerado de fogos

de artifício durante os jogos da Copa do Mundo, por exemplo, pode desencadear sérios problemas, como quedas, enforcamentos e, até mesmo, fugas

Divulgação

A médica veterinária do Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária de São Paulo (SP), Elaine Pessuto, afirma que a melhor proteção aos

animais durante as comemorações da Copa do Mundo corresponde ao carinho e à atenção por parte dos seus respectivos proprietários.

Cinthia MilanezEm tempos de Copa do Mundo, o

patriotismo do brasileiro sempre vem à tona. Entretanto, aqueles que possuem cães e gatos devem ser cautelosos em relação ao uso de fogos de artifício du-rante os jogos, uma vez que os bichinhos se sentem ameaçados pelo barulho e, muitas vezes, se machucam ou fogem de casa. É o que afirma a médica veterinária do Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária de São Paulo (SP), Elaine Pessuto. De acordo com ela, os donos desses animais devem pro-porcionar a eles locais seguros, onde se sintam protegidos. “Colocá-los dentro de casa pode ser uma opção, desde que eles fiquem em relativo silêncio. A penumbra também pode acalmá-los, principalmen-te, no caso dos gatos. Alguns gostam de ficar embaixo de móveis. Evitem locais al-tos, correntes e portas de vidro, pois, no desespero, eles podem saltar, se enforcar ou, até mesmo, se cortar”, acrescenta.

A especialista também aconselha o uso de esferas de algodão ou de proteto-

res auriculares de silicone para minimizar o barulho, no caso dos cães. A prescrição de calmantes, desde que os bichinhos

tenham passado por uma avaliação vete-rinária prévia, pode ser uma alternativa. Em situações mais graves, Elaine informa

que os proprietários devem buscar aju-da de um comportamentalista, que fará a dessensibilização, ou seja, ensinará os animais a evitarem a catastrófica compa-ração de barulho com perigo. Além disso, a precaução mais importante está na ati-tude dos proprietários, que devem passar segurança por meio de palavras carinho-sas e de afagos, durante o momento de pânico.

Por outro lado, quando os donos não estiverem em casa, o recomendável é abrigar os bichinhos em locais que eles possam se esconder, evitando ambientes com acesso à rua, com portões que te-nham lanças, com portas de vidro e com correntes. Já quando os proprietários re-solverem assistir aos jogos em casa e re-ceber amigos, Elaine adverte que cães e gatos devem ser introduzidos na festa. Se, mesmo assim, eles apresentarem crises de pânico, o ideal é abrigá-los em locais que se sintam seguros. Caso essas reco-mendações forem seguidas à risca, a sele-ção brasileira também terá torcedores de quatro patas.

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Jornal Mundo Animal / 14

Retrato Natural

Luciano Monferrari - observador de [email protected] | www.retratonatural.com.br

Ah, os pássaros do meu jardim!Fotos: Luciano Monferrari

O pássaro cambacica (Coereba flaveola) se alimenta de uma laranja no jardim. A dica é sempre fornecer frutas frescas às aves para atraí-las.

A observação de aves começa em casa, com as aves mais comuns de se ver. Com o tempo, começamos a perceber que outras espécies começam a aparecer e aumen-tam cada vez mais. Muitas vezes, elas já estão ali e nós é que não percebemos sua presença.

Esse exercício é interessante de ser feito. Se observarmos atentamente as va-riadas espécies, procurando identificá-las com o auxílio de um guia de campo, ou mesmo, pela Internet, o interesse aumenta cada vez mais e a busca por novas espécies começa a fazer parte do nosso dia-a-dia.

Para atrair mais aves para o nosso jar-dim, podemos criar algumas estratégias e aí não vale somente os jardins e quintais, pode ser uma sacada de um apartamento, ou mesmo, uma simples janela. Isso já é o suficiente para atrair alguma espécie.

As aves buscam, o dia inteiro, alimen-tos e água e, se facilitarmos sua vida, vão se tornar uma companhia constante, enfei-tando e alegrando nossos jardins.

É importante que tenhamos persistên-cia, pois não vão aparecer de um dia para

o outro. Precisam descobrir que tem o ali-mento e sentir confiança para se tornarem visitas frequentes.

É importante também que não seja a única fonte de alimento, ou seja, é funda-mental que coloquemos à disposição os alimentos todos os dias, por um determi-nado período, porém é importante que quando o alimento colocado se acabe, as aves busquem alternativas na natureza.

Grãos - Pode ser a quirela de milho, a quirela de arroz, o alpiste, o painço, a se-mente de girassol ou misturas para aves. Com isso, podemos atrair aves, como o canário-da-terra-verdadeiro, a rolinha--roxa, o pardal, o tico-tico, o bigodinho, o coleirinho, entre outros.

Podemos colocar os grãos separados, observando a preferência de cada espécie por cada tipo de grão.

Frutas - Montar um comedouro com frutas pode ser bem simples. Uma casinha de madeira, vendida em lojas de jardina-gem, ou mesmo, um tronco seco, onde as frutas possam ser colocadas. Isso atrai aves, como as saíras, os sanhaçus e os sa-

biás.Podemos dar preferência para as frutas

da época, começando com as mais simples e básicas, como a banana e o mamão, ini-ciando com metade de uma banana e um pequeno pedaço de mamão. Se não come-rem no dia, retire e coloque frutas novas no dia seguinte.

Com o tempo, as aves vão descobrir a nova fonte de alimento, voltando para se alimentar mais e a demanda vai sendo cada vez maior, pode apostar.

Água - Pode ser uma simples bacia feita de barro com, no máximo, cinco centíme-tros de altura, colocada em uma sacada, apoiada em uma árvore, em um muro ou no chão do jardim.

Algumas espécies adoram tomar ba-nho e essas tigelas com água, podem ser um grande atrativo, necessitando de pou-co espaço.

Bebedouro para beija-flores - Os be-bedouros para beija-flores são instalados com o objetivo de atrair essas aves, mas não substitui as necessidades nutricionais, pois se alimentam também de pequenos

artrópodes, de onde obtém proteínas.A concentração de açúcar indicada é de

20% (uma parte de açúcar para quatro par-tes de água), por ser parecida com a con-centração do néctar. Não se deve colocar nada além de água e açúcar (preferencial-mente cristal).

Outro item importante é a limpeza des-ses bebedouros, que devem ser lavados diariamente e imersos em solução de água com um pouco de água sanitária (hipoclo-rito de sódio) e depois devem ser muito bem enxaguados.

Se não forem limpos, vão acumulando fungos, deixando o bebedouro com man-chas escuras. Estes fungos podem causar doenças nas aves e, algumas vezes, podem levá-las à morte.

Plantio de árvores e flores - Para quem se dispõe de espaço, o ideal é plantar di-versos tipos de flores, que forneçam néc-tar, e de árvores, que sirvam como abrigos e atraem insetos, que também servem de alimentos para aves. Além disso, as árvores frutíferas, naturalmente, atraem bastante as aves.

A saíra-preciosa (Tangara preciosa) se alimenta de um pedaço de mamão em um comedouro fixado no muro de um jardim.

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