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Jornal Laboratório do Curso de Comunicação Social - Jornalismo - Ano 4 - Nº 8 Aluno CEUT é premiado no Intercom Especial Meio-Ambiente Coletivos adaptados são mais agradáveis para cadeirantes Bronzeamento artificial é a opção para muitos teresinenses A arte dos Bandolins de Oeiras Os cadeirantes usuários de transportes públicos estão pre- ferindo os novos ônibus coleti- vos adaptados ao transporte efi- ciente oferecido pela Prefeitura de Teresina. Segundo eles, os coletivos são mais confortáveis e oferecem maior segurança por serem mais novos em compara- ção às kombis e vans que fazem o transporte especial. Um de- creto federal de 2004 prevê que toda a frota de coletivos da ci- dade deve ser adaptada para todas as pessoas com deficiên- cia de locomoção. Pág. 8 Segundo os dermatologistas, o bronzeamento artificial pode pro- teger a pele das agressões sola- res. Muitos até aconselham pes- soas de pele clara a usufruirem esse recurso, até então estético, antes de exposição intensa, como viagens a praias, por exemplo. O bronzeamento tam- bém ajuda a fixar o cálcio nos ossos e estimula o sistema imu- nológico. Prática já bastante di- fundida em Teresina, o bronzea- mento artificial é bastante pro- curado tanto por mulheres quan- to por homens interessados em obter uma cor saudável sem per- der muito tempo. Pág. 11 Formado por cinco senhoras instrumentistas, o grupo Ban- dolins de Oeiras encanta em todas as cidades por onde pas- sa. Com idades oscilando em torno dos 80 anos, as “meni- nas”, como são carinhosamen- te chamadas, não têm uma agenda muito lotada, mas sem- pre procuram atender aos inú- meros pedidos que surgem de todos os cantos do país e até de fora, já tendo se apresenta- do na Argentina e Paraguai. Apesar disso, o grupo ainda é pouco conhecido no Piauí e muita gente acha que elas são de outra região. Pág. 10 Nas páginas 4 e 5 desta edição, encontra-se uma cobertura especial sobre o meio-ambiente. Maté- rias sobre patrimônio ambiental e o que tem sido feito para preservá-lo; liberação de recursos para pesquisas por parte do Governo Federal; progra- mas de consultoria para empresas, entre outras, foram elaboradas pelos alunos do Centro de Ensi- no Unificado de Teresina - CEUT para conscienti- zar a sociedade sobre nossas riquezas ambientais. O senador Cristovam Buarque aprensentou este ano um projeto de lei em que alunos universitários que usufruem os programas federais como o PRO-UNI deverão ser utilizados como professores na alfabetização de jovens e adultos por um período de 6 meses. O projeto, porém, dividiu a opinião dos educadores. Pág. 3 O XI Intercom Nordeste que acon- teceu em maio deste ano teve como tema a Comunicação, Educação e Cultura na Era Digital. Alunos do CEUT participaram do evento e Iuri Parente foi classificado para etapa fi- nal com a foto “Mãos de Deus” (ao lado). As alunas Camila Calado e Lai- ane Prado também foram destaque no evento. Pág. 9 Universitários bolsistas vão dar aulas

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Jornal Laboratório do Curso de Comunicação Social - Jornalismo - Ano 4 - Nº 8

Aluno CEUT é premiado no Intercom

Especial Meio-Ambiente Coletivos adaptados são maisagradáveis para cadeirantes

Bronzeamento artificial é aopção para muitos teresinenses

A arte dosBandolinsde OeirasOs cadeirantes usuários de

transportes públicos estão pre-ferindo os novos ônibus coleti-vos adaptados ao transporte efi-ciente oferecido pela Prefeiturade Teresina. Segundo eles, oscoletivos são mais confortáveise oferecem maior segurança por

serem mais novos em compara-ção às kombis e vans que fazemo transporte especial. Um de-creto federal de 2004 prevê quetoda a frota de coletivos da ci-dade deve ser adaptada paratodas as pessoas com deficiên-cia de locomoção. Pág. 8

Segundo os dermatologistas, obronzeamento artificial pode pro-teger a pele das agressões sola-res. Muitos até aconselham pes-soas de pele clara a usufruiremesse recurso, até então estético,antes de exposição intensa,como viagens a praias, porexemplo. O bronzeamento tam-

bém ajuda a fixar o cálcio nosossos e estimula o sistema imu-nológico. Prática já bastante di-fundida em Teresina, o bronzea-mento artificial é bastante pro-curado tanto por mulheres quan-to por homens interessados emobter uma cor saudável sem per-der muito tempo. Pág. 11

Formado por cinco senhorasinstrumentistas, o grupo Ban-dolins de Oeiras encanta emtodas as cidades por onde pas-sa. Com idades oscilando emtorno dos 80 anos, as “meni-nas”, como são carinhosamen-te chamadas, não têm umaagenda muito lotada, mas sem-pre procuram atender aos inú-meros pedidos que surgem detodos os cantos do país e atéde fora, já tendo se apresenta-do na Argentina e Paraguai.Apesar disso, o grupo ainda épouco conhecido no Piauí emuita gente acha que elas sãode outra região. Pág. 10

Nas páginas 4 e 5 desta edição, encontra-se umacobertura especial sobre o meio-ambiente. Maté-rias sobre patrimônio ambiental e o que tem sidofeito para preservá-lo; liberação de recursos parapesquisas por parte do Governo Federal; progra-mas de consultoria para empresas, entre outras,foram elaboradas pelos alunos do Centro de Ensi-no Unificado de Teresina - CEUT para conscienti-zar a sociedade sobre nossas riquezas ambientais.

O senador Cristovam Buarqueaprensentou este ano um projeto delei em que alunos universitários queusufruem os programas federais comoo PRO-UNI deverão ser utilizadoscomo professores na alfabetização dejovens e adultos por um período de 6meses. O projeto, porém, dividiu aopinião dos educadores. Pág. 3

O XI Intercom Nordeste que acon-teceu em maio deste ano teve comotema a Comunicação, Educação eCultura na Era Digital. Alunos doCEUT participaram do evento e IuriParente foi classificado para etapa fi-nal com a foto “Mãos de Deus” (aolado). As alunas Camila Calado e Lai-ane Prado também foram destaque noevento. Pág. 9

Universitáriosbolsistas vão

dar aulas

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Página 2 - Teresina (PI), junho/2009 OPINIÃO

Jornal Laboratório do Curso deComunicação Social,

Habilitação em Jornalismo doCEUT - Centro de Ensino Unificado

de Teresina.

Diretor Geral:Honório José Nunes Bona

Diretor de Planejamento e Finanças:Ranieri Mauro Vilarinho Brito

Diretora Administrativa:Zizita Dolôres Bona de Carvalho

Diretora Acadêmica:Maria de Fátima Portela Araújo

Diretora de Pós-Graduação, Pesquisae Extensão:

Ceciane Portela Sousa

Assessora Acadêmica:Lina Rosa de Jesus Bona

Coordenadora do Curso deComunicação Social:

Maria Helena Almeida de Oliveira

Professores ResponsáveisEdição, Texto e Reportagem:

Sammara Jericó - DRT 1228 Planejamento e Produção Gráfica:

Mercedes Rio Lima - DRT 187/90Fotojornalismo:

Luciano Klaus - DRT 1171Revisão:

José Airton F. de Sousa - MEC 514-CE

Equipe de Redação/Paginação:Aída OliveiraAline Pereira

Allan ChristophAna EvangelistaAndréia Rocha

Karol CavalcanteBárbara RodriguesCibelly MoreiraCleyton LustosaDiana CavalcanteEmanuel Ramos

Francilene MonteiroVeridiana Carvalho

Daniel SilvaGilcilene Araújo

Helison LimaJoelini Carvalho

Lara MeloMagnus Régis

Maria HohmannMariana KareneMírian GomesRafael AugustoRenan Soares

Samila MilhomemTamyres Rebeca

Teresa FariasThalita Barros

Wanessa GommesWellington Benário

CEUT - Av. dos Expedicionários, 790São João - Teresina/PI - CEP 64046700Fone: 4009.4300 - Fax: (86)32324888

E-mail: [email protected]

ANDRÉIA ROCHA *

Ao ligarmos as TV’s, ao abrirmos as páginas de revis-tas e jornais, observando os profissionais de Tv e artistasem geral, notamos um detalhe que resume os valores quevivemos hoje: a grande maioria está dentro dos padrõesde beleza difundidos na atualidade. A superficialidade doser nunca esteve tão forte. A perfeição física é intensa-mente lembrada em todos os lugares - dos programas detelevisão às embalagens de pasta de dente - enquanto aessência é lançada ao segundo plano. Muitos são os quese sacrificam – até à morte – para alcançar tais padrões.

É tão raro o mundo do “show business” dar atenção aquem não é fisicamente belo (destaca-se: belo segundoos padrões de beleza impostos pela sociedade) que, quan-do acontece, vira notícia no mundo todo. É o que aconte-ceu com Susan Boyle, uma mulher de 47 anos, que mos-trou ao mundo quão frágeis são os nossos conceitos so-bre o belo.

Participante de um programa britânico que busca talen-tos no campo da música, Susan surpreendeu a todos comsua magnífica voz. Antes que tivesse essa chance, ouviuzombarias e claras dúvidas sobre sua capacidade de can-tar o que propunha. É que a simpática senhora é gordi-nha, tem os cabelos grisalhos, o rosto redondo, sobran-celhas grossas e mora em um vilarejo. Nada dentro doque se espera de alguém bem-sucedido, que tenha talen-to. Uma jurada do programa afirmou que todos os pre-sentes foram cínicos e que aquele fato era um alerta sobreos julgamentos precipitados que formamos sobre os ou-tros.

Outro caso semelhante havia acontecido em 2007, quan-do o vendedor de celulares Paul Potts, baixo e gordinho,afirmou cantar ópera e, mesmo diante da descrença de-monstrada pelo júri e pela platéia, deixou a todos maravi-lhados e, ao final, ganhou o prêmio máximo do programa,sendo hoje reconhecido pela beleza de sua voz.

Assim somos no dia-a-dia, julgamos pela aparência, nãodamos chance alguma às pessoas, precisamos de roupas,cor da pele, cabelos, maquiagem, unhas, calçados (tudoimpecável e de acordo com o estereótipo determinado)para avaliarmos os outros, nos apresentarmos e esquece-mos o principal. Quantas Susans e quantos Pauls são re-jeitados pelos conceitos pré-formados? Quantos talentosestão escondidos pela cortina da “primeira impressão é aque fica”? Muitos serão relegados ao anonimato enquan-to muita beleza provisória está sob os holofotes. Quem éo bonito? Quem é o feio? É o olho de quem observa, é amente de quem pré-conceitua.

Tal qual o fruto da videira, nós, humanos, gozamos ajuventude, porém amadurecemos, e nesse processo muitacoisa muda. A casca da uva é lisa, brilhante, polida. Mas auva passa e, embora sua aparência se torne enrugada, elacontinua sendo apreciada, porque o que fica é a sua es-sência, o seu sabor. Assim acontece conosco, nossa pelevai enrugar e, mesmo com os avanços da ciência, outrossinais surgirão, e o que ficará é o que construímos dentrode nós mesmos, o que deixamos de bom para a nossavida e para os outros, porque a beleza está muito além doque os nossos olhos podem alcançar.

Afinal, quem é mesmo o feio?MÍRIAN GOMES*

Mírian Gomes é aluna do 7o período de Jornalismo do CEUT.

Ele não é mais o mesmo. Submetido cada dia à suacondenação e extinção, ele parece não ter mais força paralutar.

No último dia 5 de junho, foi seu aniversário, mas nãoteve muito que comemorar. Como presente, ganhou al-guns minutos de atenção, mesmo assim, em seu semblan-te se percebe toda a agonia de quem está quase morren-do.

A atenção de hoje tem de ser todo sempre. Pena queamanhã será um novo dia e todos aqueles que hoje selembraram dele, logo estarão dando a sua sentença outravez, como sempre fazem. É triste, pois, sem dúvidas, éuma as coisas mais importantes que temos.

Ele está ao nosso redor com sua calmaria. Só quer umpouco de atenção. Mas parece que é pedir muito a nós.Não ligamos para sua conservação, logo ele, que é res-ponsável diretamente por nossa existência.

Em MEIO a tudo isso, vivemos em um AMBIENTE defaz de conta. Talvez, quando o perdermos, se não formosjunto com ele, começaremos a contemplá-lo. Aí será muitotarde.

Em nosso meio,ambiente destruído

DANIEL SILVA* Às vezes parece que só conseguimos ver o valor dascoisas quando temos a sensação de perda. Às vezes pa-rece que só vemos valor realmente nas coisas quando ve-mos que a temos. Mas tudo isso é só porque a vida tam-bém tem suas duas faces!

Mas vamos ao que interessa... Já pensou se pudésse-mos realmente voltar no tempo? Não teríamos a chancede crescer, de acreditar em nós mesmos mais uma vez,não teríamos a chance de ser fortes, não teríamos outrasnovas oportunidades. Poderiam até ser menores, mas serealmente quiséssemos voltar no tempo, faríamos nossopróprio tempo, e do tempo, não uma volta, mas um cami-nho para seguir, seguir, seguir... Ir cada vez mais longe,alçar voos em nossos corações e ver que as oportunida-des não precisam ser as mesmas, se nós também não so-mos mais os mesmos. Não precisamos fechar os olhos etentar com toda força no pensamento voltar, quando tudopoderia se repetir, ser mais fácil, ser exato. Mas abrir osolhos e com toda força do coração, dos pés, das mãos,da mente, ser um novo homem e que daqui para frente, otempo, o novo tempo, não se perca mais uma vez de nos-sas mãos, para que só agora vejamos que o valor de tudonão está numa oportunidade de voltar, mas na oportuni-dade que Deus nos dá de caminhar... Sempre em frente!* Andréia Rocha é aluna do 4o período de Jornalismo do CEUT.

Se o tempo voltasse...

* Daniel Silva é aluno do 7o período de Jornalismo do CEUT.

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Teresina (PI), junho/2009 - Página 3POLÍTICA

Bolsistas serão obrigados a dar aulasGILCILENE ARAÚJO e MÍRIAM GOMES

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF)apresentou no mês de maio de 2009, umprojeto de lei que defende a inclusão dosuniversitários que foram contempladoscom programas federais (como por exem-plo o PRO-UNI), na grade de professorese voluntários do sistema de alfabetizaçãode jovens e adultos durante 6 meses.

A proposta do senador estabelece tam-bém que o Governo Federal deve financiaras iniciativas, já que as instituições de-vem ter programas próprios de alfabetiza-ção de adultos com o objetivo de envol-ver esses universitários.

O projeto, porém, dividiu a opinião doseducadores. A professora do ensino pú-blico estadual, Auricélia Ferreira Dias, tra-balha no interior do Estado do Piauí e con-sidera boa a intenção do projeto, mas dizque na prática não é tão simples quantoparece.

“Este país precisa é investir bastantena capacitação dos professores, pois émuito comum encontrarmos pelo Brasilafora profissionais da educação que errammuito o português (problema que vem des-de a alfabetização dessa pessoa), ou sãoobrigados a dar aulas de matérias (comofísica e química) que não são sua especia-lidade, por falta de professores habilita-dos. Por isso considero que é preciso in-vestir no professor mesmo”, opina a pro-fessora.

Josefina Ferreira Gomes, pedagoga eprofessora da rede estadual de ensino, quejá comandou as pastas de Educação a Dis-

tância (destinadas a jovens e adultos), e oPró-Gestão (para capacitar diretores e co-ordenadores) na 12ª Regional de Educa-ção, não é a favor do projeto.

Ela explica que, mais do que conheci-mento teórico, ensinar requer também me-todologias específicas. “Estes universitá-rios teriam que passar por uma capacita-ção para realizar este trabalho, ou seja,teriam que estudar para isso também, oque poderia atrapalhar seu curso”, afirmaJosefina. “Um professor precisa não sódominar o conteúdo como tambémexterná-lo, saber repassar seus conheci-

mentos, se expressar. Muitas pessoas sãobastante inteligentes, mas não sabem pas-sar o que sabem para outras pessoas. Éuma questão de domínio da comunicação”.

Quem também é contra o projeto é o es-tudante do curso de Ciências Contábeis,Carlos Augusto. “Acho isso errado, umestudante como eu que faço Contábeis,como posso alfabetizar um adulto? Acre-dito que alfabetizar seja mais que ensinara ler e escrever e, se ainda for só isso, exis-te uma forma de se fazer esse trabalho queos professores aprendem durante anos deestudo”, justifica o estudante.

Projeto de Lei pode obrigar universitários bolsista a darem aulas

Doação a filme de Aguiar causa polêmicaGILCILENE ARAÚJO

O governo do estado do Piauí irá patro-cinar, no segundo semestre de 2009, o fil-me do cantor e atual vice-prefeito de SãoBernardo do Campo, Frank Aguiar. O can-tor e político piauiense vai contar sua his-tória através de um filme chamado - “Osonho de um sonhador”.

De acordo com a produtora do filme, se-rão gastos, no total, em torno de R$ 5 mi-lhões de reais na produção do longa me-tragem. A primeira informação era a de queo governo destinaria cerca de R$ 1 milhãopara ajudar nos gastos, o que representa-ria 20% do custo total da produção, entre-

tanto o governador Wellington Dias man-dou reescrever o contrato baixando o pa-trocínio do Governo piauiense para R$ 200mil.

A primeira notícia de que o governodestinaria R$ 1 milhão para a produção dofilme de Frank Aguiar causou grande re-percussão entre os deputados estaduaisda oposição, como Roncalli Paulo (PSDB),que fez um pronunciamento na tribuna daAssembléia Legislativa do Piauí questio-nando a quantia enviada.

No dia 27 de maio, a Assembléia Legis-lativa do Piauí aprovou requerimento dotucano solicitando da PIEMTUR e da

Procuradoria do estado informações so-bre o patrocínio do governo estadual aofilme do cantor piauiense.

O senador Mão Santa, em pronuncia-mento no senado, no dia 26 de maio, tam-bém criticou o patrocínio do governo aofilme do cantor. Para Mão Santa, o gover-nador do Piauí, Wellington Dias, não cum-priu o princípio constitucional da adminis-tração pública da impessoalidade, ao fazera doação para o filme que terá como tema avida do músico. O senador disse que ogovernador deve doar igual quantia paraoutros artistas e intelectuais piauienses.

Formados irão pagar dívidas do FIES com trabalhoGILCILENE ARAÚJO

Professores e médicos formados comrecursos do Programa de FinanciamentoEstudantil poderão pagar com trabalho asparcelas em atraso do financiamento estu-dantil. A decisão foi tomada pelo ministroda Educação, Fernando Haddad, e assina-da pelo presidente Luiz Inácio Lula da Sil-va no dia 28 de maio.

Para abater a dívida, os professores sópodem trabalhar em escolas públicas e os

médicos, no Programa Saúde da Família.Para cada mês trabalhado, seria abatido ovalor correspondente a 1% do total da dí-vida.

O ministro disse ainda, durante entre-vista a um telejornal nacional, que a pro-posta de pagar o financiamento com tra-balho é uma tentativa de “interiorizar” amão-de-obra em locais onde há carêncianas duas áreas. De acordo com o Ministé-rio da Educação, há 473 mil contratos ati-

vos do Fies, dos quais cerca de 10% estãoinadimplentes.

O ministro afirmou ainda que vai pedirao CMN que reveja os juros cobrados noscontratos antigos do programa. Segundoo ministro, os contratos antigos não fo-ram beneficiados pela redução de juros.Sobre os contratos antigos, os juros inci-dentes eram de até 9% ao ano. Nos atuais,variam de 3,5% a 6,5%.

Vereador podeperder mandatoMAGNUS REGIS

O drama dos que sofrem com as enchen-tes em Teresina ganhou atenção da Polí-cia Civil do Piauí, um inquérito policial,além de um pedido de cassação de man-dato de vereador por conta da supostavenda de cestas básicas que seriam desti-nadas aos alagados da capital. O caso foidenunciado pelo vereador Major PauloRoberto (PRTB) no dia 20 de maio.

O parlamentar afirmou ter comprado dezcestas básicas pela quantia de dez reaiscada. As cestas foram vendidas por umfacilitador que teve acesse ao galpão dogrupamento especial da Polícia MilitarRONE (Ronda Ostensiva de Natureza Es-pecial) na zona norte de Teresina. Pau-lo Roberto denunciou o caso ao prefeitoSílvio Mendes, que rapidamente solicitouinvestigação sobre caso para o Secretariode Segurança Pública, Robert Rios. Ime-diatamente, a secretaria determinou que ogalpão do RONE fosse lacrado.

Para Robert Rios, o caso está cercadode incoerências: “Ele [vereador] procu-rou o prefeito Sílvio Mendes. Naquelemomento estava havendo um roubo.Estranhamente fez um contato com o pre-feito quando deveria acionar um delega-do. O major acionou o prefeito e depoisfoi encaminhado para o delegado” disse.

Na Câmara de Teresina, o vereador Pau-lo Roberto não fala mais no assunto atéque a investigação seja concluída: “Tudoo que eu tinha para dizer à imprensa eu jádisse. Tudo o que eu tinha a dizer à Polí-cia Civil eu já disse, agora só vou espe-rar”, afirmou o vereador.

Ainda no legislativo municipal, o vere-ador Décio Solano (PT) cogitou a possi-bilidade de abertura de um processo decassação do vereador Paulo Roberto porquebra de decoro parlamentar (condutaindevida). Segundo ele, fazer denuncia éinerente à atividade parlamentar, o que nãopode é fugir dos limites: “É papel do vere-ador denunciar, mas, se ficar comprovadoque houve a compra da cestas básicas ouque a denuncia foi forjada, a casa pode seposicionar”.

Décio Solano acrescentou que é preci-so cautela nesse caso e que vai aguardara investigação policial.

Robert Rios, em relação ao inquéritopolicial sobre a denúncia de cestas bási-cas, disse que as investigações estão emcurso e que o inquérito policial tem umprazo de 30 dias para ser concluído. O pro-cesso foi aberto no dia 19 de maio e tematé o dia 18 de junho para ser apresenta-do. Caso haja necessidade, uma conclu-são da polícia sobre o caso pode ser pror-rogada por mais 30 dias.

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Página 4 - Teresina (PI), junho/2009 MEIO-AMBIENTE

Patrimônio abandonado em TeresinaO Parque Floresta Fóssil de Teresina,

localizado às margens do Rio Poti, estácompletamente abandonado. O local, porconta do matagal, é de difícil acesso, faltafiscalização, estrutura e, principalmente,divulgação. Assim, o que poderia ser umdos pontos turísticos da capital é apenasum lugar que não desperta interesse dequase ninguém.

Ambientalistas, a população em geral eaté mesmo servidores municipais reforçamas denúncias de descaso por parte dasautoridades municipais.

FUNAGUAS

Segundo o Presidente da FundaçãoÁguas do Piauí (Funaguas), Judson Bar-ros, o problema é sério, pois se trata de umbem cultural incomparável e que está de-solado. Ele diz que o povo não é estimula-do a se interessar por questões ambien-tais e culturais, que tem um ‘paizão’ go-verno que só divulga o que lhe interessa.

“A prefeitura não tem interesse em falarsobre esse tema, também não ensina so-bre sua importância e a população, aliena-da, não cobra. Agora é um direito que aprefeitura tira da população, ser informa-da a respeito do seu patrimônio”, denun-cia.

De acordo com Judson Barros, o localpoderia ser estruturado e usado por esco-las para ensinarem na prática osensinamentos teóricos, pela populaçãopara lazer, no entanto nada disso é feito epraticamente ninguém o conhece.

Para o ambientalista, as cobranças vãocontinuar e a defesa do ambiente será in-tensa, ainda que tenha pouco espaço.“Sempre fui questionador destes assun-

tos e por isso incomodo. A própriaFunaguas tem dificuldade em conversarcom esses gestores, de modo que é muitodifícil o diálogo para alertar sobre estesproblemas. Há um bloqueio muito gran-de”, explica o presidente da Funaguas.

SDU/LESTE

O próprio Gerente de Serviços Urbanosda Superintendência de Desenvolvimen-to Urbano SDU/Leste, Robispierre Leite,responsável pela manutenção do local,joga a responsabilidade da estruturaçãodo parque para a Secretaria Municipal doMeio Ambiente (SEMAM) e aponta algunsfatores que contribuem para esse aban-dono.

“Primeiro falta uma estrutura no local,mais proteção para que as pessoas se sin-tam seguras; segundo, é preciso ter umabase da Secretaria do Meio Ambiente dan-

do orientação, além de vigilância; e, é cla-ro, mais divulgação do local”, afirma osuperintendente. “Nossa parte de limpe-za vem sendo feita, mas falta à prefeiturafazer a sua, tomar providências e zelar poreste patrimônio cultural”, afirma o supe-rintendente.

Para ele, primeiro vem a parte de estru-tura, só depois a SEMAM pode divulgara Floresta Fóssil, porque ninguém vai que-rer visitar um local que praticamente nãoexiste.

De acordo com Robispierre, o local éperigoso e é usado por marginais para oconsumo de drogas, bebidas alcoólicas,prática de sexo, esconderijo de roubos,para a prática de assaltos e até para estu-pros. “Poucas pessoas que passam pelaAvenida Raul Lopes sabem que as mar-gens do rio têm algo tão grandioso para acultura de uma cidade”, disse o superin-tendente da SDU/Leste.

O Parque Floresta Fóssil não tem nenhuma fiscalização, dificultando visitas ao local

A estudante do segundo bloco deBiologia da Universidade Federal doPiauí (UFPI), Francisca Mairana, tam-bém já presenciou o abandono do par-que e denuncia o descaso no parque.Para ela, o abandono prejudica a reali-zação de pesquisas que precisa fazerno local. “Lá é horrível, há muito lixo,é deserto, falta estrutura, um guia efiscalização. No fim do ano passadofui fazer uma pesquisa lá e encontreimuita dificuldade, principalmente a fal-ta de segurança, tive medo o tempotodo em que estive lá”, reclama a estu-dante.

De acordo com a universitária, aci-ma de tudo, falta conscientização daspessoas e dos governantes e mais,uma boa divulgação para que a popu-lação conheça o local, entenda suaimportância cultural e passe a preser-var. Ela conta que com o parque isola-do, qualquer pessoa pode entrar e le-var um registro fóssil, pois não temfiscalização.

Como futura profissional da Biolo-gia, Francisca Mairana diz que a po-pulação está perdendo informaçõespreciosas referentes aos aspectospaleontológicos e culturais, principal-mente os estudantes, que são obriga-dos a viajar para outros estados paraestudarem esses fósseis, quando po-deriam estudar aqui mesmo.

“A população perde porque deixade conhecer um pouco mais da histó-ria deste patrimônio artístico e cultu-ral, e os alunos, porque têm que sedeslocar para fora da cidade para fazereste trabalho. É lamentável com todoesse bem junto aos nossos pés”, afir-ma a estudante.

Estudantesdenunciam

Patrimônio será estudadoA Floresta Fóssil de Teresina foi tomba-

da patrimônio Cultural Brasileiro no segun-do semestre de 2008 pelo Instituto do Pa-trimônio Histórico e Artístico Nacional(Iphan). Na oportunidade, o Centro His-tórico e Paisagístico de Parnaíba e a PonteMetálica também foram tombados.

Claudiana Cruz, Chefe da Divisão Téc-nica do Iphan em Teresina, conta como éo processo para um bem se tornar um pa-trimônio cultural.

“Primeiro a cidade apresenta o bem, de-pois os técnicos do instituto fazem umaavaliação para saber sua relevância. Emseguida ocorre uma análise no âmbito na-cional feita por geólogos, cientistas, pale-ontológicos e vários outros profissionais.O último passo é a formação de um conse-lho de profissionais na área, que se reú-nem e, então, definem o patrimônio cultu-ral”, explica.

Para Claudiana, é lamentável a floresta

se encontrar assim, pois é algo único naAmérica latina.

“Infelizmente nossos recursos são limi-tados para investimentos no local. Alémdisso, o Iphan reconhece como patrimô-nio cultural, mas a responsabilidade pelaestruturação continua sendo do municí-pio, e no caso, do rio, que é federal, a res-ponsabilidade é da união”, esclareceClaudiana.

Para este ano, o Iphan pretende imple-mentar algumas medidas para a preserva-ção do parque. Claudiana Cruz conta quea primeira medida será contratar uma con-sultoria para fazer um estudo e avaliar quepontos vão receber as melhorias.

“O local, como patrimônio ainda é novo,só este ano é que vamos poder estudá-loe conhece-lo melhor. Depois disso, pode-mos agir com mais eficiência para a suapreservação”, acrescenta.

Particularidades

ANA CAROLINA,CLEYTON LUSTOSA,DANIEL SILVA E EMAUEL RAMOS

Na entrada do Parque, na Avenida Cajuína,não existe nenhuma orientação

Dados cadastrados no Instituto do Pa-trimônio Histórico e Artístico Nacional(Iphan) em Teresina apontam que a Flo-resta Fóssil, sítio natural do períodopaleontológico, existe às margens do RioPoti, há aproximadamente 200 milhões deanos. No local foram identificadas cercade 46 árvores petrificadas em sua maioria,na forma vertical, o que, segundo especi-alistas, significa que elas ainda estão emsua forma de vida original.

A equipe de reportagem do Matraca pro-curou o Secretário do Meio Ambiente deTeresina, Clóvis de Alencar, para esclare-cimentos sobre as denúncias de abando-no do Parque Floresta Fóssil, feitas porambientalistas e estudantes.

O secretário não falou, mas indicou oassessor de comunicação da Semam, JoséNeto, para tratar do assunto. O assessordisse que a população sabe sim onde ficao parque e acrescentou que na verdade, aresponsabilidade pela administração dolocal é da Superintendência de Desenvol-vimento Urbano SDU/Leste.

“O parque é de total responsabilidadeda SDU/Leste, então, cabe somente a elao dever de manter a estrutura e comunicarà comunidade a função educativa que aFloresta deve cumprir”, afirma José Neto.

O assessor falou que a Semam está fa-zendo um levantamento sobre os parquesda cidade, mas em momento algum trouxeà tona o problema da Floresta Fóssil.

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Teresina (PI), junho/2009 - Página 5MEIO-AMBIENTE

INFET vai implantar núcleode Inovação Tecnológica

Será implantado nos próximos meses noInstituto Federal Tecnológico do Piauí(INFET-PI), o Núcleo de Inovação Tecno-lógica (NIT). Trata-se de um incentivo doGoverno Federal com o objetivo de pres-tar consultoria a micro e pequenas empre-sas quanto à pesquisa e ao desenvolvi-mento tecnológico, bem como ajudar notrabalho de patente dos produtos por elascriados.

Segundo a diretora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação Tecnológica doINFET, professora Valdira Caldas, a prin-cipal função desse núcleo será acompa-nhar o desenvolvimento dos trabalhos re-alizados pelas empresas do Estado, alémde prestar serviços de consultoria e orien-tação. “Hoje, a maior dificuldade das em-presas piauienses é patentear o que é pro-duzido por elas, isto não é feito e pratica-mente não existe ninguém que preste esteserviço. Com a chegada do NIT, essa rea-lidade tende a mudar”, afirma a diretora.

A professora Valdira Caldas explicouque a equipe que vai trabalhar no Núcleode Inovação Tecnológica é formada, basi-camente, por dois professores da IES, quejá estão em processo de capacitação.

”O curso que os professores estão fa-zendo, na verdade, é uma especialização.Após o término, eles vão estar aptos a

auxiliar também as descobertas feitas pelaUESPI, UFPI, FAPEPI e órgãos públicosque desenvolvem trabalhos na área degestão, ciência ou tecnológica”, esclare-ce.

A coordenadora Valdira Caldas disseque trabalhos que estão sendo realizadospelas empresas do Piauí são, basicamen-te, bolsas de incentivo científico dadas aalunos das IES, através do Programa deBolsas de Iniciação Científica no Estadodo Piauí (PIBIC) e o programa voltado aosprofessores, o Programa de Apoio à Pes-quisa Científica e Tecnológica (ProAgru-par).

DANIEL SILVA E EMANUEL RAMOS

Desmatamento provoca enchentesDANIEL SILVA

O desequilíbrio ambiental e a destrui-ção da natureza são apontados pelo am-bientalista piauiense Judson Barrosao Matraca como as principais causas daforte enchente que castiga a cidade deTeresina desde o final do mês de abril.

Judson Barros salientou que as chuvasque estão caindo em Teresina são anor-mais e refletem o desequilíbrio ambientalexistente hoje. Ele denuncia o desmata-mento na bacia hidrográfica dos rios Par-naíba e Poty e afirma que a mata ciliar (nabeira do rio) que deveria proteger às mar-gens dos rios está desmatada e quase ine-xistente.

O ambientalista explica que, por causadisso, a intensidade da chuva, que erapara acontecer durante o período de seismeses, concentrou-se em apenas três se-manas, referindo-se à enchente dos últi-mos quinze dias em Teresina. “A soluçãoimediata para o problema seria o reflores-tamento das áreas desmatadas, possibili-tando um melhor equilíbrio ecológico.Caso isso não aconteça, as enchentesserão comuns nesse período, deixando umcenário de destruição incalculável”, reve-la.

Judson afirma ainda que existe uma leifederal que obriga o poder público a res-

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Semana domeio ambiente

5 de junho é comemorado o dia Mundialdo Meio Ambiente e da Ecologia e, paraeste ano, a semana trouxe o tema “Asmudanças climáticas”, com o objetivo dediscutir o futuro do planeta. O Secretáriodo Meio Ambiente do Estado do Piauí,Dalton Macambira, encerrou a semana deestudo do meio ambiente, oficialmente, nosábado (06), em Teresina, mas em todo oPiauí, atividades foram realizadas poroutras entidades e instituições, como aOrdem dos Advogados do Brasil, secçãoPiauí (OAB-PI) e o Conselho Regional deEngenharia e Arquitetura do Piauí (CREA-PI), dentre outros parceiros.

“Também abraçaram a causa o SEST/SENAT, Faculdade FAP, o Sindicato dosEngenheiros do Piauí, o CREA, Agespisae Funcerrado, SEDUC, ALEPI e FórumBrasileiro de Mudanças Climáticas”, frisao secretário.

Trata-se de projetos sustentáveis parao Estado que prevê a utilização demateriais reciclados por parte daadministração pública, entre outrosprojetos”, explica Macambira.

ANA EVANGELISTA

Piauí terá mais de R$ 6 mipara pesquisa científica

DANIEL SILVA

Consultorias vão ajudar empresas

peitar o limite de 50 metros de mata às mar-gens dos rios, mas isso não é cumprido.Por exemplo, às margens do rio Poty, numaárea de aproximadamente 40 km, não existemata ciliar.

Para resolver o problema, o ambientalis-ta afirma que tudo passa pela decisão po-lítica. O cidadão comum pode fazer a suaparte na preservação do meio ambiente,

mas quem tem o papel de executar as açõesé o poder executivo.

“O governo não procura resolver o pro-blema dos alagados porque isso não trazbenefício político imediato. Infelizmente,para muitos políticos do Piauí é importan-te que todos os anos existam alagados paraque eles continuem se beneficiando com amiséria humana” denuncia.

Margens do Rio Poty estão desprotegida não só em Teresina, mas em todo o seu curso no Piauí

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Os pesquisadores do Piauí vão ter re-cursos de mais de 6 milhões de reais paradesenvolverem projetos de incentivo àpesquisa científica no Estado, em 2009.Este valor é quase duas vezes mais doque o usado pela Fundação de Amparoà Pesquisa do Piauí (FAPEPI) no anopassado, quando a fundação teve recur-sos de R$ 3.300 (Três milhões e trezen-tos mil reais).

Entre os principais projetos que serãodesenvolvidos este ano destacam-se: oPrograma de Desenvolvimento da Cadeiade Produção do Babaçu; o Programa deDesenvolvimento Regional (DCR) e oPrograma de Bolsa de Iniciação Científi-ca Júnior.

Segundo a assessora de comunicaçãoda FAPEPI, Márcia Cristina, a área dapesquisa científica precisa ser mais va-lorizada porque traz um crescimento im-portante para o próprio estado. “Odesenvolvimento das ciências é fatorprimordial para crescermos. Para se teruma idéia, não existe nenhum país bemdesenvolvido que não invista em pes-quisas. Tudo começa por aqui. Infeliz-mente nossa cultura ainda é pouca nes-sa área, mas cada ano firmamos novas

parcerias e obtemos mais conhecimen-tos e contatos com outros profissio-nais”, destaca a assessora.

O Programa de Desenvolvimento Ci-entífico Regional é do Governo Federal,traz pesquisadores de outros Estadospara desenvolverem os projetos e aindarepassa os conhecimentos para os pes-quisadores do Piauí. O projeto con-cede bolsas de R$ 3.600,00, cuja duraçãovaria de 24 a 36 meses.

O Programa de Desenvolvimento Ci-entífico Regional destina bolsas a estu-dantes do 2° e 3° ano da rede estadualde educação e tem duração de um ano,podendo ser renovado.

O Programa de Desenvolvimento daCadeia Produtiva do Babaçu objetivamostrar para os agricultores os melho-res locais onde eles poderão cultivar oproduto.

Para 2009 também houve a ampliaçãodo incentivo às pesquisas científicas pormeio dos programas: PRONEX; Pesqui-sa para o SUS-PPSUS; Fluxo Contínuo eo Programa de Expansão a Pós-Gradua-ção. Para este ano, uma das inovaçõesda FAPEPI será a criação de programasque objetivam estimular empresas e odesenvolvimento de produtos e servi-ços.

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Página 6 - Teresina (PI), junho/2009 ESPECIAL

Cai a Lei daImprensa

Depois de vigorar no Brasil mais dequatro décadas, a lei 2.520/67, a Lei deImprensa também caiu. O Supremo Tri-bunal Federal (STF) revogou a lei e apartir de então, os crimes de calúnia,difamação e injúria, cometidos por pro-fissionais do Jornalismo serão julga-dos pelos Códigos Penal e Civil Brasi-leiro.

Entre os fatores alegados pelos mi-nistros do STF para votarem pela re-vogação da lei, esteve o fato de quefoi criada ainda no período da ditadurae na verdade dificultava o exercício odireito à livre expressão.

Para o Presidente do Sindicato dosJornalistas do Piauí, Luís Carlos Oli-veira, é lamentável a revogação da Leide Imprensa. Ele acredita que as rela-ções entre a sociedade e a imprensaficaram vazias.

Segundo o jornalista, o sindicatodefendia que apenas alguns artigosconsiderados autoritários e inconsti-tucionais fossem suprimidos da lei, eque fossem mantidos os demais.

“Queríamos que fossem tirados dalei apenas seus dispositivos que a tor-naram um autêntico ‘entulho autoritá-rio’, como o que permitia apreensão dejornais e prisão para jornalistas”, ar-gumenta Luís Carlos.

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Jornalistas e estudantes vão às ruasContrários à decisão do Supremo Tribu-

nal Federal, que cassou a obrigatoriedadedo diploma para o exercício da profissão,profissionais jornalistas e estudantes dejornalismo protestaram em Teresina no úl-timo dia 22 de junho. Todos estavam comnariz de palhaço e vestidos de preto parademonstrar revolta e luto. Alunos da fa-culdade Ceut também participaram do mo-vimento.

Um ato público seguido de passeata daAvenida Frei Serafim até a Assembléia Le-gislativa do Piauí, foi a forma de protestoutilizada para expressar repúdio ao desfe-cho do processo que teve como relator opresidente do STF, ministro Gilmar Men-des. Palavras de ordem como “Ô GilmarMendes presta atenção: Jornalista tem for-mação!” e “O Diploma é obrigação” eramditas reiteradas vezes pelos participantesque recebiam apoio dos que acompanha-ram a passeata.

“Esse é um momento histórico para anossa categoria. Estudantes e Jornalistasjuntos contra essa decisão absurda do STFque representa um retrocesso a socieda-de. É desejo de toda a sociedade e da cate-goria a obrigatoriedade do diploma”, de-clarou Luis Carlos Oliveira, presidente doSindicato dos Jornalistas do Piauí.

Quem também compareceu foi o deputa-do estadual Fábio Novo (PT). Ele compa-rou o fim do diploma a um crime. "Essadecisão é um estupro à democracia do país.Para ensinar português, o profissional temque ser qualificado na área e isso vale paratodas as profissões. No jornalismo não é

MAGNUS REGIS

CEUT presente em defesa do jornalismo bem feitodiferente”, disse ele.

Estudantes de Jornalismo do Ceut, bemcomo a coordenadora do curso de Comu-nicação Social da faculdade, Maria Helenade Oliveira, também participaram da mani-festação e discursaram contra a decisão.Um dos participantes foi o aluno do 8º pe-ríodo Emanuel Ramos. Ele comandou boaparte da passeata e também avaliou o even-to. “Acredito que foi positivo. Deu paramostrar a importância da reivindicação. Osque estiveram na passeata puderam perce-ber e passar para a sociedade a nossa in-

dignação. A passeata também foi impor-tante porque os estudantes se uniram parabuscar um objetivo comum: o diploma”,afirmou ele.

Após a passeata, estudantes e jornalis-tas foram recebidos no plenário da Assem-bléia Legislativa, onde o deputado FábioNovo, na tribuna, discorreu contra a deci-são do STF. Deputados estaduais comoCícero Magalhães (PT), Flora Izabel (PT),Lílian Martins (PSB), Tererê (PSDB) e Joãode Deus (PT) também manifestaram apoioà causa dos jornalistas.

Caiu o Diploma, e daí?É fato. Caiu a obrigatoriedade de diplo-

ma para o exercício da profissão de jorna-lista. E daí? O que isso vai mudar na rotinadas pessoas? O que isso vai alterar no fu-turo dos jovens que têm na alma a voca-ção para investigar os acontecimentos etransformá-los em notícia, para que a soci-edade seja informada do que lhe é de inte-resse?

Sinceramente, acho que estamos sofren-do de véspera com essa história. Uma vés-pera de décadas, que chegou ao fim pelovoto de oito pessoas, que tem o poder dejulgar e julgaram com argumentos de liber-dade, que não é preciso formação específi-ca para trabalhar com a informação que vaichegar ao público, que, no entendimentodeles, não pode ser vista como capaz deafetar a vida.

A decisão do STF pegou de cheio o co-ração de jornalistas e estudantes de jorna-lismo, mas, pensando bem, não há por que.Há tempos se vem sabendo que isso esta-va para acontecer. Questão de tempo eoportunidade e, pronto, chegou a hora.Parece que o anúncio fez a impressão níti-da, de uma tendência que se delineava, cla-ramente, virar uma dolorosa realidade. Te-nho convicção de que não há motivo paratanto clamor, porque, na verdade, tudo vaiseguir seu curso como sempre, ou seja:quem for bem preparado, quem tiver maisdomínio sobre o conhecimento amplo esobre as técnicas próprias da prática do

jornalismo terá seu campo de trabalho as-segurado.

Já se observa isso dia-a-dia nas reda-ções das empresas de jornalismo sérias eresponsáveis, em todo o país, e não pode-mos admitir que em nosso Estado seja di-ferente, porque não somos cidadãos de se-gunda categoria e temos o direito de exigirinformação de qualidade, feita com ética erespeito à nossa inteligência. Se algo dife-rente disso nos for oferecido, sejamos fir-mes e digamos um sonoro não. Porque, aocontrário do que alguns podem querer nosconvencer, jornalismo ruim faz muito mal àvida humana.

Além disso, há que se lembrar que não ésó nos veículos de comunicação, que, hoje,o jornalista encontra espaço para trabalhar,mas sim nas mais diversas organizaçõespúblicas e privadas e que, com zelo pelosseus negócios e respeito aos seus clien-tes, não têm dúvidas na hora de apostar nacontratação de um jornalista, preferem osque já vêm prontos, com boa formação,mesmo que sejam jovens e passem por trei-namentos específicos para se adequar àpolítica de cada instituição. O mesmo serepete com assessorados que buscam osuporte profissional do jornalista capaci-tado.

É certo que hoje, com tantos meios decomunicação e tantas formas de dissemi-nação da informação, seja justo se pensarque mais pessoas têm o direito de se ex-pressar livremente. No entanto, isso nada

tem a ver com a imperiosa necessidade dese exigir, a quem se acha no direito de re-portar-nos os mais variados temas, umaqualificação para que faça isso de modobem feito, sem nos obrigar a correr o riscode um colapso a cada vez que somos bom-bardeados por observações rasas, expos-tas em rascunhos mal redigidos da realida-de que nos cerca.

Concordo que não é o diploma que faz obom jornalista, mas não aceito que um bomjornalista se faz sem qualificação adequa-da. Isso é fato também. E é por isso querepito, não há sentido em ficarmos alarma-dos pela decisão dos homens de toga. Eles,bem sabem, o quanto é importante estudaras disciplinas de uma profissão, passarpelos bancos da faculdade para enrique-cer o sentido da percepção sobre o que érelevante para a sociedade, participar dosdebates sobre a ética do exercício profissi-onal, conhecer a legislação que rege o seucampo de atuação, entender seus direitoscomo profissional, ouvir a voz da experi-ência de seus mestres com tantas contri-buições a dar na construção da identidadede cada um que busca a escola para estu-dar e se formar.

É tempo, pois, de pensar em como tornaressa escola melhor. É momento dos mes-tres levantarem a cabeça e tomarem para sio dever de preparar cidadãos conscientese capazes de pensar e não apenas de exe-cutar o operacional de sua profissão. É maisdo nunca, hora de estudantes de Comuni-

cação Social acordarem para a vida e en-tenderem que só com estudo de qualidadese faz uma profissão ter êxito.

O ex-presidente Fernando Collor, tam-bém, achou que diploma de Comunicaçãonão combinava com os avanços damodernidade e conseguiu derrubar a obri-gatoriedade do certificado de curso supe-rior para Publicidade e Propaganda. Poisbem, quase duas décadas depois, as facul-dades recebem, a cada semestre, mais emais pessoas querendo qualificação supe-rior na área. Por anos seguidos, o vestibu-lar da FUVEST, São Paulo, traz os cursosde Publicidade e de Jornalismo se alternan-do como os mais procurados pelos con-correntes. Aqui, em Teresina, em nossa fa-culdade, recebemos, cada vez mais, profis-sionais com décadas de prática no campoda publicidade que desejam agregar aosseus currículos os conhecimentos trans-mitidos nas aulas de graduação. O que issoé, senão, a prova viva de que mais do queobrigatoriedade, o diploma em Comunica-ção Social é uma necessidade para quemdeseja ser pleno em um campo profissio-nal que não permite a improvisação comomodo de atuar.

Não soframos, pois, com a decisão oSTF. Passada a ressaca da desilusão, vol-temos ao esforço da indignação para pro-duzir atitudes que nos orgulhem de ser bra-sileiros, jornalistas, publicitários, com umdiploma que nos digne da carreira que es-colhemos com muito amor.

MARIA HELENA DE OLIVEIRA

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Teresina (PI), junho/2009 - Página 7

PEC propõe reverter decisão do STFUma Proposta de Emenda à Constitui-

ção (PEC) foi apresentada no início de ju-lho à Mesa Diretora do Senado, pelo Se-nador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)e propõe que o uso do diploma de jorna-lismo volte a ser obrigatório no Brasil. Aproposta, que será avaliada pela Comis-são de Constituição e Justiça (CCJ) daCasa dentro dos próximos meses, teve 50votos, dos 81 senadores.

Esta PEC tenta reverter a decisão doMinistro do Supremo Tribunal Federal(STF), Gilmar Mendes, que no dia 17 dejunho, revogou a obrigatoriedade do usodo diploma de jornalista no país. Antes, aLei de Imprensa também tinha sidorevogada pelo minstro do supremo.

Para a jornalista e editora-chefe doCidadeverde.com, Yala Sena, o que houvefoi uma “punição” e “retaliação” aos jor-nalistas e acrescenta que a categoria e opoder nunca vão trilhar os mesmos cami-nhos. “Foi uma vitória para a imprensa(aqui me refiro aos grandes empresários) euma derrota para os jornalistas. Uma des-

moralização à categoria. Mas, nunca o ju-diciário e o legislativo vão estar do ladodos jornalistas.”, afirma a jornalista. Deacordo com Yala, que também é correspon-dente da Folha de São Paulo e do site Ter-ra no Piauí, a falta de mobilização da clas-se jornalística afetou o movimento. Ela res-salta que muitos jornalistas não tinhamnoção da gravidade do processo e a apa-tia do sindicato contribuiu para isso.“Quando o diploma caiu muitos quiseram‘chorar pelo leite derramado’ fazendo ma-nifestações. Os protestos eram para fazerantes e não depois. A queda do diploma émais uma demonstração de que o jornalis-ta não tem poder e quem tem é a mídia”,aponta Yala Sena.Para o futuro, a jornalis-ta piauiense dá uma dica aos futuros pro-fissionais, para que sejam diferenciados.“Não mudar a postura. Quem é bom nomercado, seja jornalista ou gari, ele conse-gue sucesso. O trabalho, a inteligência e oconhecimento são as armas contra o mauprofissional”, assegura a repórter. Comrelação às contratações de profissionaisde outras áreas pelos veículos de comu-

DANIEL SILVA

Proposta de senador vai exigir que diploma de Jornalismo volte a ser obrigatório

ESPECIAL

“Não estou defendendo o diploma,mas a educação superior no país”

A jornalista e professora Sammara Jeri-có também falou sobre a queda da obriga-toriedade do diploma de jornalista para oexercício da profissão “Acreditava que oSTF iria enxergar que nessa sociedade dainformação, o cuidado com a notícia exigeconhecimentos especializados, mas infe-lizmente isso não ocorreu”, lamentou a pro-fessora Jericó. Como professora de futurosprofissionais do Jornalismo, ela acredita quea queda do diploma é, na verdade, um de-sestímulo à educação superior.

“Por que fazem isso com os jornalistas?

premo, a jornalista deixa claro que a quali-ficação numa faculdade é importante. Eespera que os interessados no curso deComunicação Social busquem a qualifica-ção, o estudo porque isso é o mais impor-tante.

“Não estamos defendendo o diploma,estamos defendendo a educação superior.Se tivesse que começar o curso agora fariaisso buscando a melhor faculdade, porqueacredito que educação é importante paraminha vida profissional e para minha vida”,completa Sammara Jericó.

A quem interessa ter profissionais sem ca-pacitação? Sem conhecimento de técnicasque ajudam na apuração de um fato? Aquem interessa ter jornalistas sem capaci-tação. Para quem acredita que ter experiên-cia de vida basta, eu digo que não! Somen-te ela não basta para fazer de alguém umbom profissional, seja ele jornalista, médi-co ou professora. Experiência ajuda, masprecisamos somar a ela educação e isso agente encontra com qualidade nas insti-tuições superiores”, questiona.

Mas, independente da decisão do Su-

“Independente de Lei e diploma, sejam bonsjornalistas; leiam muito, sejam bem informados,

escrevam bem. Em resumo: tenham preocupação emfazer bem o ofício de jornalista e o lugar de vocêsestará garantido no mercado de trabalho. Digo:

Esqueçam essas questões e cuidem em estarpreparados para o mercado, independente de quemesteja disputando com vocês um lugar na redação.

(Fenelon Rocha, Jornalista)

nicação, ela disse que observa com natura-lidade e que na verdade, os empresários sóoficializaram algo que já existia desde sem-pre. No entanto, ela é taxativa. “Aqui noCidadeverde.com a postura continua a mes-ma, só contratar quem tiver diploma e quemfor profissional”, assegura. Yala Sena fina-lizou falando sobre a justificativa dada peloMinistro do STF, Gilmar Mendes, para der-rubar o diploma, alegando falta de liberda-de de expressão. “Falácias. Todos sabemque qualquer pessoa pode fazer um textosobre um assunto relevante e enviar paraos meios de comunicação que medianteanálise, será publicado, essa justificativanão é verdadeira. O melhor foi comparar acategoria à função de cozinheiro. Pena queos cozinheiros não deram respostas, poismuitos deles vivem melhores do que nós.Mas não tenho vergonha de dizer que soucozinheira de fogão. Com ou sem diplomasou jornalista 24 horas por dia. Isso, eles,jamais vão tirar de mim, nunca vão tirar meuorgulho”, completa a jornalista e editorapiauiense Yala Sena, com orgulho de serjornalista com diploma.

“O diploma é uma conquista da própriacategoria”, com essas palavras é que o pre-sidente do Sindicato dos Jornalistas doPiauí, Luis Carlos Oliveira, criticou a açãodo Supremo Tribunal Federal que anulou aobrigatoriedade do diploma para o exercí-cio da profissão de jornalista.

A ação do STF visa desestabilizar pro-fissional e financeiramente os profissio-nais jornalistas que, ao longo dos anos,conseguiram, a duras penas e lutas, fixarvalores para o piso salarial e carga horáriade trabalho. Além disso, trata-se de um re-trocesso e estímulo à “deseducação” dopaís.

No momento em que todo o Brasil fazuma forte campanha pela qualificação dostrabalhadores e trabalhadoras, o STF emi-te uma mensagem que vai na contramãodessa política. Não precisa estudar paraser jornalista, é preciso ter o dom!

Pois é, os togados alegaram que paraser jornalista era preciso ter o dom. Dom épedra preciosa que precisa ser lapidada e,no caso do jornalismo, é lapidada adicio-nando conhecimentos teóricos e técnicosadquiridos com quatro ou mais anos den-tro de uma faculdade ou universidade.

Mas, o que se pode esperar de um mi-nistro que fica trancafiado em um plenáriocom ar-condicionado, que não sai às ruaspara saber a real aspiração da sociedade?O que se pode esperar de um ministro queage com morosidade para causas sociaise, em menos de uma hora, manda soltar umbanqueiro influente acusado de corrupção?O que se pode esperar de um ministro cujatrajetória iniciou no governo Collor?

É o próprio ministro Gilmar Mendes dá oexemplo de um jornalista sem formação al-guma. Ele é um desinformado. Prova dissofoi a esdrúxula comparação do jornalistacom cozinheiros. Ele não deve nem saberque, nos restaurantes de alto padrão ondeele almoça, merenda ou janta, tem Cheff decozinha com cursos superiores. Sim! Essaé uma realidade: cozinheiros que estuda-ram antropologia, alimentos, composições,química e muitos mais.... Definitivamente,Gilmar Mendes não sabe disso. Não saidos palcos, da mídia, não vai à rua.....

A desregulamentação da profissão dojornalismo foi apenas o primeiro passo paraa desestrutura da qualificação profissio-nal do país. Gilmar Mendes afirmou queoutros profissionais sofrerão com sua ira.Isso demonstra a incompetência e falta devontade em conhecer a fundo a importân-cia de um profissional qualificado para oBrasil.

No Piauí, estudantes e profissionais pro-testaram nas ruas com nariz de palhaço. Opicadeiro foi o STF, porém naquele pica-deiro, não houve graça.

MAGNUS REGIS E LIGIA SENA

Na contramãoda historia

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Página 8 - Teresina (PI), junho/2009 CIDADES

Supermercados em Teresina dão des-contos para clientes que não usam saco-las plásticas

O Brasil produz anualmente 210 tonela-das de plástico por ano, o que representacerca de 10% do lixo do país. Cada pessoa

utiliza 880 sacolas por ano. No Piauí, su-permercados têm feito campanhas paradiminuir o uso das sacolas. “Cartazes têmsido espalhados pela loja, geralmente emcada caixa, mas poucos clientes se preo-cupam” relata Luana Santos, funcionáriade um supermercado da capital.

Na tentativa de conscientizar e ajudar,uma rede de supermercados vende saco-las biodegradáveis a R$ 2,00. A cada cincomercadorias que o cliente adquire sem le-var os produtos em sacos plásticos, ele

Consciência ambiental gera descontosMARIA HOHMANN

Lei EstadualNa Assembléia Legislativa do Piauí tramita um projeto de lei que obriga todos os

estabelecimentos comerciais do Estado a utilizarem embalagens plásticas biodegra-dáveis. O deputado Fábio Novo defende que esse tipo de sacola é menos agressivoao meio ambiente.

Se aprovado, os estabelecimentos comerciais terão prazo de um ano, a contar dadata de publicação da lei, para substituir as sacolas comuns pelas biodegradáveis.

Cursos de ReciclagemNo Teatro João Paulo II, desde janeiro desde ano, cursos de reciclagem foram

oferecidos para a população. O professor Manoel Severino tem ensinado váriastécnicas utilizando material reciclado. Papelão, garrafas pet, tampas, cabaças, latasde cerveja, esses e muitos outros produtos encontrados no lixo, com o talento dosfuturos artistas, são transformados em peças decorativas. Os produtos feitos pelosartistas estão sendo vendidos a uma média de R$ 10,00.

recebe R$ 0,03, correspondendo ao valorda sacola. “Colocamos caixas de papelãonos caixas, estamos tentando, mas o re-torno ainda não é satisfatório”, comentaLuana.

Em outra rede de supermercados da ca-pital, as sacolas biodegradáveis custam R$2,99. “Desde fevereiro estamos tentandofazer um uso consciente, mas, como nãosai do bolso do cliente, não estamos ten-do retorno”, relata Fred Silva sobre o usodas sacolas retornáveis.

Sacolas retornáveis custam pouco

“A Kombi é muito velha e não há segu-rança nenhuma, é bem debilitada”, afirmaPaula Luzia Lima dos Santos, 19 anos, ca-deirante, que, agora, prefere usar o trans-porte coletivo adaptado em vez do trans-porte eficiente porque se sente mais segu-ra, e ainda inclusa na sociedade. PaulaLuzia Lima dos Santos utiliza o transporteadaptado todos os dias para ir à faculda-de, ela é aluna do curso de direito de umafaculdade particular de Teresina.

O transporte coletivo adaptado é umônibus que circula por toda a cidade deTeresina diferenciando-se por transportarpessoas com deficiência locomotiva ounão. Já o transporte eficiente é um progra-ma mantido pela Prefeitura Municipal deTeresina, que oferece aos cadeirantesKombis e vans, que pegam o cadeiranteem casa para levar aos locais de estudo etrabalho.

Para o novo presidente da Adef (Asso-ciação de Deficientes Físicos de Teresi-na), eleito no dia 20 de abril, AlexandreSilva de Almeida, a cidade não está adap-tada para os cadeirantes.

O decreto federal de número 5296/2004prevê que a frota total de transportes co-letivos seja adaptada a pessoas com defi-ciência locomotora até 2014. A Strans (Su-perintendência Municipal de Transportese Trânsito), vem, então, desde março des-te ano fiscalizando as empresas de ônibuscoletivos para saber se estão ou não cum-prindo a lei federal.

Até o momento, já são 17 ônibus adap-tados colocados na cidade para atenderaos cadeirantes. De acordo com Sebasti-ão Ferraz, diretor de transportes da Strans,a meta é modificar pelo menos 48 veículosaté o final de 2009.

Cadeirantes têmônibus adaptadoALINE PEREIRA

Crise atinge catadores de lixo de TeresinaA crise mundial, que começou no ano

passado nos EUA, continua prejudican-do os mais variados setores econômicosmundiais e o Brasil não ficou fora dessaonda. Além dos “sintomas” do prejuízoeconômico serem sentidos com mais forçanas grandes empresas e indústrias brasi-leiras, aqui no Piauí profissionais autôno-mos, como os catadores de lixo do Movi-mento EMAÚS Trapeiros de Teresina, tam-bém já sentem os prejuízos da crise mun-dial.

Segundo o presidente do movimento,Antônio Francisco, desde setembro do

TERESA FARIAS ano passado, cerca de 20 toneladas depapelão se acumula no local. “Nós nãoestamos conseguindo vender quase nadase tratando desse material. Os materiaisque estão sendo vendidos são apenasplástico, papel branco e garrafas pet”, de-clarou desanimado o presidente.

Para piorar a situação dos catadores, umincêndio, que aconteceu no ano passado,destruiu a cobertura do galpão. “Hoje gran-de parte do nosso material é perdido comas chuvas e as empresas não querem com-prar papelão molhado, então, somos obri-gados a vender para os atravessadores,

que pagam um preço bem abaixo, apenasR$ 0,10”, afirmou senhor Antônio.

Aproximadamente, 18 famílias fazem par-te da associação e dependem do dinheiroque dela sai para o seu sustento. “Todo odinheiro que arrecadamos aqui nós priori-zamos os nossos gastos, com transporte,energia, água, o restante nós dividimosigualmente e ainda promovemos a vendade alguns produtos que encontramos embom estado, geralmente realizamos bazarpara vender televisão, cadeiras e outrosmateriais, onde a própria comunidade é acompradora”, afirmou o diretor.

No último sábado, 30 de maio, o Parqueda Cidade, em Teresina, foi palco de umgrande mutirão em prol da Cidadania, oprojeto Ação Global, beneficiando a po-pulação com uma série de serviços de saú-de, educação, cidadania, orientação pro-fissional, lazer e esporte.

Este ano o Ação Global do Piauí, queteve como tema “Um Brasil de Cidadania”contou com 98 instituições parceiras doSESI e da TV Clube, contabilizando mais280 mil atendimentos para pessoas em va-riados serviços gratuitos. A estimativa doSESI é que cerca de 30 mil pessoas passa-ram pelo local. Ao todo foram 48 casais,que tiveram a oportunidade de realizar osonho de oficializar o casamento através

da cerimônia coletiva.Durante todo o dia, o Parque da Cidade

esteve repleto de atividades artísticas eculturais, que foram aproveitadas tantopelos adultos como pelas crianças. O me-cânico Francisco Marreiros, 52 anos, dis-se ter dado uma volta em todo o parquecom a família e aproveitou todos os servi-ços que pôde. “É bom porque as criançastiveram um dia diferente, brincaram, ouvi-ram histórias enquanto eu verificava apressão e a minha esposa cortava o cabe-lo. Devia ter vários dias como esse” res-saltou.

A pequena Maria Clara, 6 anos, encon-trava-se atenta às explicações de uma vo-luntária, que é aluna de pedagogia de umainstituição de ensino superior, que ensi-nava como tratar o lixo e como ajudar a

preservar o Planeta. “A tia disse que agente tem que falar com o papai e com amamãe para eles não jogarem o lixo na ruaporque a chuva vem e alaga tudo” disseentusiasmada com o aprendizado.

Os setores de emissão de documentose os serviços de saúde foram bastante pro-curados. De acordo com o assistente regi-onal da Caixa Econômica, Sérgio Balduí-no, foram emitidas 720 primeiras vias deCPFs gratuitamente. “Essa ação solidáriaé transformadora. A exemplo das dezenasde jovens que saíram daqui com um docu-mento importantíssimo como é o CPF, semele a pessoa não pode fazer compras nocomércio, participar de concursos públi-cos, abrir contas ou receber benefíciossociais como o Bolsa Família” explicou oassistente.

Dia de Ação Social movimenta entidades teresinensesTAMYRES REBECA

Crianças no foco da atenção social

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Teresina (PI), junho/2009 - Página 9CEUT

ALLAN CHRISTOPH

“Fazemos uma média de 25 a 30atendimentos mensalmente”, afirmaFernando de Castro Ferreira, admi-nistrador do Núcleo. A Defensoriaatua na assistência de vários pro-cessos como: Divórcio, Pensão Ali-mentícia, Investigação de Paterni-dade, Cobrança Indevida, Clonagemde Cartão, Acidente de Trânsito, Vi-olência Contra a Mulher, entre ou-tros processos.

”A maioria dos nossos proces-sos são da área de família, como di-vórcio, pensão, guarda e direito devisita” completa Kellen Regina, es-tagiária da Defensoria e aluna do 7ºperíodo de direito.

O Núcleo de Prática Jurídica, quefica na faculdade CEUT, é formadopela Defensoria Pública e pelo Jui-zado Especial, conta com dois De-fensores Públicos (Verônica Aciolye Juliano de Oliveira), alunos (dezestagiários do curso de Direito –CEUT) e equipe do Juizado Especi-al..

A Defensoria é responsável pelaorientação jurídica e defesa dos ci-dadãos, garantindo o acesso à jus-tiça e efetivação dos seus direitos eé voltada para os cidadãos que nãopodem pagar a um advogado e asdespesas de um processo ou cartó-rio.

O juizado é responsável pela re-solução de pequenas causas comrapidez, buscando um acordo entreas partes. O atendimento do Juizadoé extensivo a todas as pessoas físi-cas capazes, as maiores de 18 anose as microempresas (com compro-vação na junta comercial). O valordos processos são limitados, nãopodendo ultrapassar 40 vezes o va-lor do salário mínimo e o julgamentoe execução das infrações penais nãopodem ultrapassar a dois anos dereclusão.

Periodicamente dez alunos são se-lecionados através de testes para in-tegrar o Núcleo.

“A maioria dos alunos que são se-lecionados para o estágio acabamdesistindo, porque o estágio não éremunerado, e, segundo a lei do es-tagiário, todo estágio deve ser re-munerado” conta Milena, estagiá-ria do 7° período.

O Núcleo de Prática Jurídica doCEUT funciona de segunda a quin-ta das 7h às 13:30h.

CEUT é pentacampeão no futsal masculino

Defensoriapública atende

30 casos por mês

Alunos do CEUT se destacam no Intercom“A participação dos alunos do CEUT

foi boa, mas os alunos de ComunicaçãoSocial precisam investir mais em pesqui-sas científicas”, comenta a professoraMaria Helena, coordenadora do Curso deComunicação Social e Propaganda da fa-culdade.

Os alunos Camila Calado, Laiane Pradoe Iuri Parente se destacaram na apresenta-ção de trabalhos. “Nunca imaginei quefosse ganhar. Eu inscrevi o trabalho sópara participar, mas os jurados gostaram eeu ganhei”, explica Iuri Parente, aluno do60 período de jornalismo, que foi classifi-cado para a etapa nacional, que será reali-zada em Curitiba no mês de setembro.

“Não tenho muita expectativa, não. Casoeu vá, irei só para apresentar, o que já ébom, pois será outro certificado que colo-carei no meu currículo. Se acontecer de opessoal gostar da fotografia, será ótimo.Se não gostarem, também estará bem,” fi-naliza Iuri, que está em busca de ajuda parair a Curitiba apresentar seu trabalho

O XI INTERCOM Nordeste 2009, que

AÍDA OLIVEIRA

Com uma vitória de 9 x 2, a seleção defutsal masculino do CEUT conquistou,pela quinta vez, as Olimpíadas Universi-

Exposição marca dia do trabalhadorOs alunos de Fotojornalismo do 4º e 7º

período do Curso de Comunicação Socialdo CEUT homenagearam os trabalhado-res em geral através de uma exposição fo-tográfica nos corredores da faculdade.

Orientados pelo professor LucianoKlaus, os alunos retrataram o dia-a-dia demuitos profissionais (pedreiros, barbeiros,lavadores de carro, artesãos, pescadores,carpinteiros, agricultores, garis, entre ou-

tros). Andréia Rocha, aluna de jornalismo,escreveu vários poemas inspirados notema de cada foto, evidenciando a impor-tância de cada profissão na sociedade.

“A exposição buscou o tema do traba-lho que resiste aos avanços tecnológicos.O trabalho que exige as mãos para suafeitura. Os alunos de fotojornalismo con-seguiram retratar de forma surpreendentetodo esse universo”, explica Klaus, orgu-lhoso após receber vários elogios a res-

peito dos seus alunos.As fotos dos pescadores foram as mais

comentadas devido ao uso de “photo-shop” para melhorar os efeitos de luz dasfotos. “A gente enfrentou várias dificul-dades para tirar as fotos porque estava naépoca da cheia do Rio Poty e tinha pou-cos pescadores, sem falar que precisamosir ao local das fotos três vezes” comentaBárbara, aluna do 7º período que fez asfotos dos pescadores.

ALLAN CHRISTOPH

aconteceu em Teresina no período de 14 a16 de maio de 2009, na UFPI – Universida-de Federal do Piauí, abordou o tema: Co-municação, Educação e Cultura na Era Di-gital. A faculdade CEUT contou com a par-ticipação dos alunos de Comunicação So-

cial e também patrocinou o evento atra-vés do painel Comunicação Pública e Po-lítica na Era Digital, com a professora Dra.Jacqueline Lima Dourado, o professor Dr.José Marques de Melo e a professora Dra.Heloiza Matos.

ALLAN CHRISTOPH

Foto “A mão de Deus” de Iuri Parente ganha Intercom Nordeste

Time masculino de futsal do CEUT

tárias. O jogo foi contra a seleção da Uni-versidade Federal do Piauí, no dia 03 dejunho. O ginásio da faculdade CEUT ficoulotado de torcedores das duas instituições,

mas, no final dapartida, somentea torcida doCEUT pôde co-memorar pela vi-tória e pelo Pen-tacampeonato.

O time doCEUT saiu nafrente, marcan-do o primeiro golcom apenas 52segundos. O golfoi feito pelo jo-gador AntonioJosé, considera-do o destaqueda partida. O pri-meiro tempo ter-minou 2 x 1. No

segundo tempo, o CEUT impôs seu ritmode jogo e a partida se tornou fácil pelapostura do time, que fechou o jogo com oresultado de 9 x 2. “Os atletas do CEUTestão de parabéns pelo desempenho den-tro da competição, e, acima de tudo, a di-reção também merece ser parabenizada,pelo apoio dado aos atletas durante todoo campeonato”, declarou o coordenadorde esporte do CEUT, Francisco Brás.

O time do CEUT fez uma excelente cam-panha durante toda a competição. Foramseis vitórias, um empate e nenhuma derro-ta. Quarenta e quatro gols foram marca-dos e quinze sofridos pelo time. O traba-lho em equipe, combinado com o talentodos atletas da faculdade, permitiu que sechegasse ao resultado final, que deu aotime o quinto título da competição.

Agora, a seleção de futsal do CEUT vairepresentar o Estado do Piauí nas Olimpí-adas Universitárias na etapa nacional, queacontece na cidade de Fortaleza-CE, noperíodo de 14 a 22 de agosto deste ano.

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Página 10 - Teresina (PI), junho/2009 CULTURA

RAFAEL AUGUSTO 1o Piauí FashionWeek é sucesso

em TeresinaHELISON LIMA

Pequeno local com grandes artes

A arte dos Bandolins de OeirasIgreja lotada para a Missa do Divino

Espírito Santo em Oeiras. As pessoas pro-curam se acomodar da melhor forma pos-sível para acompanhar a celebração. Nocoreto, o doce som dos bandolins emoci-ona a todos os presentes. Os responsá-veis pelo encanto da apresentação são asexperientes “meninas” dos Bandolins deOeiras.

Experientes meninas? Sim!!!O Bandolins de Oeiras é um grupo mu-

sical formado por cinco senhoras instru-mentistas, cuja idade oscila em torno dos80 anos, que tocam bandolim. São cari-nhosamente chamadas de “meninas”, e aexperiência é da idade. “Meninas nada.Somos velhas que tocamos o nosso ins-trumento”, diz Zezé Ferreira, uma das ar-tistas. Lilásia Freitas, Petinha Amorim,Rosário Lemos e Nieta Maranhão são asoutras integrantes do grupo que teve ori-gem na cidade de Oeiras, a primeira capi-tal do Piauí. A maestrina é Dona CelinaMartins, que nunca estudou música e dizque aprendeu a reger com os irmãos. “É

um dom de Deus que eu tenho!”Devido ao avanço dos anos, as “meni-

nas” não possuem uma agenda longa, massempre que podem procuram atender atodos os convites, especialmente em suacidade. Missas solenes, festas cívicas edatas especiais em Oeiras sempre contamcom a musicalidade do grupo. Além disso,a idade fez duas das instrumentistas para-rem de tocar. Mesmo assim elas sempreestão perto do grupo junto com Dona Ce-lina, que também já não atua como antes,e conta hoje com o auxílio de um regentede coral. “Mas ele não faz do meu jeito.Fica bom, mas se tiver uma coisa errada,eu reclamo mesmo”, diz a maestrina comcerta ironia.

Considerado uma das melhores atraçõesartísticas do Estado, o grupo já se apre-sentou em vários lugares do Brasil e emoutros países, como Argentina e Paraguai.Recebeu a Medalha da Ordem do MéritoCultural, a maior comenda concedida aosque fazem cultura no Brasil, entregue peloPresidente Lula. Também gravou um CD,de igual nome, em 2000, através da

FUNDAC. O CD foi pouco divulgado enão há exemplares disponíveis para a ven-da.

Apesar disso, o Bandolins de Oeiras ain-da é pouco conhecido no Piauí, tendo umadivulgação maior fora do Estado. Muitosdos piauienses já ouviram a sua música,mas não conseguem identificar o grupo,ou até mesmo associam como sendo deoutra região.

Recentemente o Bandolins de Oeiras foiconvidado para participar do Domingãodo Faustão. “Ainda não sabemos se va-mos. Tem muita coisa que a gente precisaorganizar, e lá é longe. Também temos quenos preparar bem para fazer uma boa apre-sentação, porque o Faustão gosta muitode fazer brincadeira. Se der certo, nós va-mos para tocar sério, sem gracinhas”, dis-se Dona Zezé Ferreira enquanto seguravaseu “tesouro”.

Enquanto isso, se você quiser apreciara doce arte das “meninas” dos bandolins,basta ir a Oeiras. Estão previstas apresen-tações no feriado de Corpus Christi e tam-bém nos festejos da cidade, no mês deagosto.

SAMILA MILHOMEM

O primeiro Piauí Fashion Weekaconteceu nos dias 28, 29 e 30 demaio e contou com a participação devários empresários piauienses. Aofinal do evento, todos já confirma-ram presença para a realização dasegunda edição do Piauí FashionWeek no próximo ano. Além de rou-pas, o acontecimento trouxe bolsas,calçados e jóias.

Para a estudante de moda, PatríciaAlencar, o evento foi de grande va-lia para o engrandecimento de suaformação, pois trouxe para ela um“olhar mais profissional quando setrata de moda”, afirma.

Algumas celebridades passarampela passarela da moda, como o atorCássio Reis, a atriz Joana Balaguer ea ex-bbb Natália.

Para a empresária Gorete Chaves,uma das realizadoras do evento, “éimportante a participação de famo-sos por que dá um olhar mais apreci-ado por parte do público que presti-gia desfiles de moda”.

O Piauí Fashion Week contou comespaços de algumas lojas patrocina-doras, onde o público visitante po-dia ver os produtos e até mesmocomprar, o que para o empresárioRicardo Matos as expectativas fo-ram superadas.

Ao final dos desfiles, o espaçomaior do evento se transformava em“pista de dança”, que ficou por con-ta do DJ Picapau.

“A segunda edição já tem data”,diz a organizadora-geral, Eveline Du-arte. A última semana do mês de maiode 2010, novamente a capital piaui-ense vai sediar a 2ª edição do PiauíFashion Week.

Para Eveline o evento, em sua 1ªedição, já se consolida como partedo calendário dos eventos piauien-ses, pois “o simples fato do mesmoatrair pessoas de vários estados bra-sileiros, é sinal de que estamos indono rumo certo”.

Cicero Manoel: “o espaço sou eu, meus amigos e as pessoas que aqui visitam”

Zona norte de Teresina, mercado doMafuá, rua Lucídio Freitas, numero 1633.Esse é o local com menos de 10 metrosquadrados, mas que tem mais de 12 artesenquadradas em suas paredes.

O espaço cultural Cícero Manoel, queleva o nome do idealizador, “conta” umahistória: a história de Josefa da Cunha eSilva, “D. Zefinha”, mãe de Cícero Manoel,que em 1970 fundou o Armarinho São Fran-cisco, localizado no mercado do Mafuá.Com a morte da mãe, Cícero, que já haviatido contato com as artes no seu curso deLetras, buscou nos vários quadros e pe-ças artísticas, que já existiam no Armari-nho, a idéia de montar um espaço cultural.Segundo ele, esse primeiro momento foide desconfiança. “Uma idéia que pareciamuito absurda, como é que se pode fazerum espaço cultural dentro de um merca-do, em que se vende todo tipo de coisas?Essa mudança foi muito drástica para mimporque as pessoas eram acostumadas como armarinho. Sofri muito, mas depois aspessoas foram aceitando essa mudança”afirma Cícero Manoel.

Para não fugir das origens, “nós con-servamos o armarinho, procuramos man-ter as mesmas características dos boxesdo mercado do Mafuá. Tudo isso foi feitopara relembrar as memórias da minha mãe,a criadora”, acrescenta Cícero.

Espaço Cícero Manoel: “uma volta aopassado”

No local podem ser encontrados materi-ais de toda manifestações culturais: livrosantigos, como a primeira edição do livro“O Homem e sua hora”, do poeta piauien-

se Mario Faustino; rádios de madeira, acer-vos de fotografias antigas de Teresina;discos de vinil; revistas antigas entre elasa edição do Pasquim, revista da época daditadura, que criticava o governo vigen-te; além de vários outros objetos antigos.

Segundo Cícero Manoel, as peças queele procura colocar no local são de valorhistórico e não de grande valor econômi-co “Por questão de cuidados, procuramoscolocar no espaço peças que não tenhamtanto valor econômico, mas sim histórico,sentimental”, afirma o proprietário, queainda diz que as peças antigas fazem mui-tos visitantes relembrar pais e parentesque possuíam objetos iguais. “O interes-sante é que sempre quem olha essas pe-ças, elas voltam ao passado e falam dospais, avós e parentes, que já tiveram um

objeto daquele. É muito bom essa volta aopassado, e a gente se sente satisfeito,”conclui.

Os objetos encontrados no local alémde serem comprados também são doadospor instituições como a Itaú Cultural e aFundação Gilberto Salvador. Um local paraexposições também se destaca no ambi-ente. É uma parede onde se colocam asexposições de artes. Essa funciona de for-ma temática, e todo mês é escolhido umtema, artista, evento ou acontecimentopara ser homenageado. Segundo Manoel,a parede de exposições está aberta a qual-quer artista. “Qualquer artista pode exporna parede, estamos abertos, mas antes deexpor, temos toda uma análise a respeitodo trabalho do artista que quer mostrarsua obra,” explica Cícero Manoel.

Muita elegância no 1º PFW

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Teresina (PI), junho/2009 - Página 11SAÚDE

RENAN SOARES

KAROL CAVALCANTE

Há 12 anos sendo praticado em Teresi-na, o RPG (Reeducação Postural Global) éuma terapia que trabalha as cadeias mus-culares e a postura corporal. O método temsido procurado para combater dores nascostas, corrigir a postura e até para perderuns quilinhos. O Instituto Nacional deSeguro Social (INSS) informou que no Bra-sil os problemas relacionados à coluna

estão em terceiro lugar em número de quei-xas, o que tem levado muitas pessoas a seafastarem de suas atividades normais.

A terapêutica trata as alterações mús-culo esqueléticas como a hérnia de disco,artrose e alterações de coluna de modogeral. Segundo A fisioterapeuta RPGISTA,Zélia Matos, os pacientes costumam che-gar ao seu consultório apenas quando oproblema nas costas está bastante agra-vado. “A população deve-se conscientizar

de que os problemasna coluna podem acar-retar uma série de ou-tros problemas, e quan-to antes for procuradoauxílio médico melhorserá para o paciente”afirmou a fisioterapeu-ta.

Ana Luiza Soares,acadêmica de direito,sentia muitas dores naregião lombar da colu-na vertebral e encon-trou no RPG uma novaeducação aos hábitosdo dia-a-dia. “ Minhafisioterapeuta logoconstatou que meu

A depressão é uma doença que afeta acada dia mais pessoas da sociedade, tra-zendo diversos transtornos para a vida deseus portadores. De acordo com a Socie-dade Brasileira de Psicanálise, estudos re-centes mostram que 10% a 25% das pes-soas que procuram os clínicos gerais têmapresentado sintomas dessa enfermidade.

Ivana Santos, especialista em psicolo-gia clínica, afirma que a depressão, alémde trazer um tristeza muito forte, apresen-ta sintomas, que muitas vezes, não sãoassociados à doença, como, por exemplo:dores pelo corpo, insônia, brusca eleva-ção ou diminuição do apetite, fadiga oucansaço. Para Ivana Santos, o principalsintoma é a perda do prazer. “Coisas, queantes eram prazerosas, aos poucos vãoperdendo a graça. Existem ainda muitoscasos de suicídio ligados diretamente àdepressão, pois geralmente as pessoasportadoras dessa doença acham que nãoconseguirão curar-se, porém é necessáriosaber que existe cura para a depressão.Essa, como outra doença qualquer, exigetratamento”.

Antonia Teixeira, 40 anos, afirma ter des-coberto que estava com a depressão quan-do os familiares perceberam uma mudançabrusca no seu humor e no comportamen-to. “Passei por situações muito difíceis,no começo eu não dava quase mais aten-ção aos meus filhos, chorava o dia todosem encontrar um motivo, e isso chamoua atenção de todos os que me rodeavam.No começo do tratamento, pensei que nãoiria funcionar, mas as terapias me ajuda-ram muito, hoje tenho uma vida normal,como antes da depressão, mas ainda pro-curo o doutor de vez em quando para sa-ber se está tudo bem”, afirma.

De acordo com Ivana Santos, a depres-são pode ser caracterizada por dois tipos,a típica e a atípica. A depressão típica semanifesta por sintomas ligados ao humor.Pode surgir angústia ou ansiedade, triste-za, falta de ânimo, entre outros. Já a atípi-ca corresponde ao fato de o paciente nãoencontrar motivos para a depressão e acre-dita que não pode ter contraído a enfermi-dade.

Ivana Santos diz ainda que alguns ta-bus vêm sendo quebrados a respeito dotratamento, “o psiquiatra era tido como omédico de doido, essa visão vem sendomudada e hoje o psiquiatra é consideradoo profissional especializado no tratamen-to de portadores de doenças emocionaiscomo a depressão. O tratamento é tidocomo eficiente e fundamental, e a ajuda dafamília é necessária para que a pessoavolte a acreditar em si mesma”, conclui.

Depressão: umamorte em vida

Melhor postura alivia dores na colunaproblema era oriundo da falta de postura,e logo nas primeiras sessões eu pude no-tar que as dores haviam diminuído” expli-ca Ana Luiza, que seguiu o tratamento atéo fim das 20 sessões recomendadas porsua fisioterapeuta.

Segundo a Dr. Zélia Matos, é muito im-portante o paciente seguir o tratamentoaté o fim, pois muitos dos pacientes fazemo tratamento apenas até as dores sumireme, com isso, não corrigem o problema quepode voltar a aparecer em outras ocasi-ões. “ Seguindo corretamente todas assessões recomendadas pelo fisioterapeu-ta RPGISTA, o paciente fica livre do pro-blema e também reeduca sua postura evi-tando que a patologia possa reaparecer”,esclarece Zélia Matos.

Se seguido corretamente, o método ga-rante 100% de chances de cura, segundoa Dr. Zélia. “Além das sessões realizadasno consultório do fisioterapeuta, é muitoimportante que o paciente realize os pe-quenos exercícios em casa que o médicoreceita e que se policie para que mantenhauma boa postura durante o dia”, concluifisioterapeuta ao afirmar que a terapia nãotem contraindicações, qualquer pessoapode praticar o RPG desde que com acom-panhamento específico.Fisioterapeuta exemplica coluna deformada

Bronzeamento artificialcresce em Teresina

RENNATA HELYNEO bronzeamento artificial evita o resse-camento da pele, quando esta é expostaao sol. Por este motivo, muitas pessoas,antes de irem à praia, utilizam essa técnica,pois o método garante à pele um aspectobonito e uma cor que não descasca.

Gisele de Oliveira, esteticista, aconse-lha que as pessoas de pele clara façam al-gumas sessões de bronzeamento antes dese expor a fortes radiações solares, esseprocedimento protege a pele das agres-sões do sol. “Além de tudo, o bronzea-mento também fixa cálcio nos ossos e au-menta a eficiência do sistema imunológi-co”, diz a esteticista.

Segundo Marildete Fortes, adepta doprocedimento, o bronzeamento artificial éum processo prático e rápido, em especialpara pessoas que não têm muito tempo de

ir à praia, ou se bronzear naturalmente aosol. “Eu utilizo esta técnica de bronzea-mento artificial há mais de oito anos”, afir-ma Marildete Fortes.

A esteticista Giselle de Oliveira orientaque o processo de bronzeamento artificialseja realizado em dias alternados, poden-do ter a duração de quatro a oito sessõesde quinze minutos. “Durante o procedi-mento é, preciso ficar secando a pele docliente e hidratá-la somente ao término dasessão”, explica a esteticista.

De acordo com Giselle de Oliveira, ascamas UVA transmitem raios quinze vezesmais fortes do que o sol de meio-dia, po-dendo provocar o câncer e o envelheci-mento da pele, muitos especialistasdesaconselham o uso do bronzeamentoartificial. “O processo depende muito damelanina de cada pessoa, se houver rea-ções, como manchas ou queimaduras, assessões serão suspensas e o cliente éencaminhado imediatamente a um derma-tologista”, afirma Giselle.

No Piauí, os especialistas desconhecemcasos de câncer de pele provocado pelascabines UVA. “Mesmo após anos utilizan-do o bronzeando artificial, nunca sentinenhuma reação estranha, nem mesmo oaparecimento de manchas. Pelo contrário,minha pele ficou mais bonita e bem trata-da’’, afirma Marildete.

ARACY FORTES

Cabine UVA

Piauí sofre comdoenças após

enchentesAs enchentes no Piauí trouxeram con-

seqüências desastrosas para a população.Além de ficarem desabrigadas e sofreremcom a falta de água e comida, agora asdoenças são o dilema. Até agora foramconfirmados, no Piauí, casos de pessoascom diarréia, gripe, hepatite, dengue, emeningite.

“A população sofreu bastante com amudança de clima, que provocou gripe,acompanhada de dores musculares, febrealta, diarréia e vômitos”, afirma o clínicogeral, Lindomar Dutra. O médico alerta aspessoas a evitar andar descalças pelaságuas de inundação, procurar manter umaboa alimentação e a maior higiene possí-vel.

A dona de casa, Maria Edite, após tersua casa inundada até o teto, declarou queteve contato direto com a água contami-nada e algum tempo depois teve febre altae diarréia. A dona de casa foi diagnostica-da com infecção intestinal, conseqüênciado contato com as águas da inundação.

A prefeitura de Teresina tem investidobastante no setor de saúde, com a realiza-ção de ações preventivas, e o governadorWellington Dias confirmou a compra demedicamentos no valor de R$ 8 milhões,disponíveis nas unidades de saúde muni-cipais, e a Secretaria de Estado da Saúdedo Piauí enviou dois caminhões com me-dicamentos para os municípios atingidospelas enchentes.

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Página 12 - Teresina (PI), junho/2009 ESPORTES

Badminton, a jogada que deu certoTHALITA BARROS

O segundo esporte mais praticado nomundo, segundo a Confederação Brasilei-ra de Badminton, foi implantado em Tere-sina no ano de 2005 com a iniciativa doatual presidente da Federação Piauiensede Badminton, Francisco Ferraz. Com oobjetivo de incentivar a prática de espor-tes nas crianças, Francisco acabou des-pertando também em jovens e adultos essapaixão pelo esporte. “O badminton é umesporte apto para qualquer idade e temosvários alunos que possuem alguma defi-ciência, mas que conseguem praticar o es-porte sem nenhum problema” afirmou opresidente da Federação.

O Badminton se assemelha ao tênis,mas, ao invés de uma bola, usa-se umapeteca, cuja sua velocidade pode atingir350km/h sendo considerado o esporte comraquete mais rápida do mundo. Outra dife-rença é que homens podem jogar contramulheres.

Logo que surgiu, o esporte foi implan-tado em algumas escolas particulares, masnem todas tiveram interesse de incentivaro projeto. “Chegou como novidade e de-vido à escassez de atividade extracurricu-lar, mas não houve incentivo e, hoje, sóduas escolas disponibilizam o esporte”,comenta Francisco. A surpresa aconteceucom a implementação do jogo na rede pú-blica, onde o esporte cresceu de maneira

assustadora e hoje possui cerca de 20unidades que aplicam o esporte, com maisde mil alunos e a seleção piauiense de bad-minton é formada por jovens alunos deescolas públicas.

Devido a todo esse empenho, o Piauíocupa a terceira posição no ranking brasi-leiro de badminton, ficando atrás de SãoPaulo e Rio de Janeiro. O presidente daFederação diz que Teresina é a cidade commaior número de núcleos e atletas do país,perdendo apenas para o nível de conquis-tas dos outros estados.

A prática do badminton não é realizadasomente na capital. Várias cidades do in-terior do Piauí como Picos, Piripiri, Parna-

íba, Madeiro, possuem núcleos de treina-mento. Isso tudo faz com que o estadoseja referência no Nordeste.

A Federação Piauiense participa tambémda Copinha Teresina e campeonatos regi-onais, nacionais, Pan-americano Junior.Por ser ainda um esporte amador, não háarrecadação com fins lucrativos nos resul-tados dos campeonatos, mas a participa-ção reforça a qualidade dos piauienses.“Já conseguimos uma medalha de pratano Pan-americano Júnior, além de vencervários campeonatos pelo Brasil, isso mos-tra o quanto somos bons e que podemosser uma potência no esporte” afirmouFrancisco Ferraz.

No Piauí, o esporte é um sucesso entre os mais novos

Olimpíadas Universitárias - umincentivo ao esporte piauienseTHALITA BARROS

Seleção da Faculdade CEUT é pentacampeão no futsal

Foi realizada no último dia 15 de maio asolenidade de abertura das OlimpíadasUniversitárias 2009 – Etapa Estadual. AFederação Acadêmica de Esportes Piaui-ense (FAEP) é a entidade responsável pelaorganização do evento, que é uma prepa-ração para a etapa nacional a ser realizadaem Fortaleza no mês de agosto.

Participarão das Olimpíadas 22 institui-

ções de ensino superior, sendo 12 insti-tuições de Teresina e as demais das cida-des de Parnaíba, Picos, Floriano e Piripiri.A competição envolve tanto modalidadespor equipe (basquete, futsal, vôlei e han-debol) como modalidades individuais (na-tação, xadrez, atletismo e judô).

Nas modalidades por equipe, o futsalmasculino da Faculdade CEUT se destacapor buscar o pentacampeonato.

O esporte, por ser algo que necessitade respeito, concentração, espírito de equi-pe e disciplina, é algo que está associadodiretamente à educação. A FaculdadeCEUT apóia essa iniciativa através do Pro-jeto Aluno Atleta, que tem como objetivo,além de formar seleções e participar decampeonatos estaduais e nacionais, ofe-recer ao atleta um bom rendimento profis-sional na modalidade em que está inseri-do.

Segundo o professor Braz, coorderna-dor de esportes do CEUT, o incentivo vaimais além “O atleta tem um desconto de50% na mensalidade, em viagens feitaspara outras cidades e estados para parti-cipação de campeonatos, alguns gastoscomo a própria alimentação do atleta sãopagos pela faculdade”.

As Olimpíadas proveem a inclusão dosjovens no esporte e tem trazido cada vezmais incentivo e participação de institui-ções do Piauí. A Etapa Nacional das Olim-píadas acontece em agosto e deve contarcom a participação dos 26 estados do Bra-sil e do Distrito Federal e mais de 3 milestudantes que competirão nas oito mo-dalidades do programa .

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O basquete em cadeiras de rodas éo esporte praticado por cadeirantesmais antigo no Brasil. E, mesmo assim,ele só existe há apenas oito anos noPiauí. Um dos primeiros praticantes éo desportista Maurílio Sousa, que co-nheceu o esporte na cidade de SãoLuis- MA, quando frequentou o Hos-pital de Reabilitação Sara Kubitsche-ck.

“Antes do acidente, eu já praticavao basquete e, mesmo depois, continueiporque percebi que ia me ajudar a su-perar o trauma” lembra Maurílio. Noinício, as dificuldades encontradas pe-los cadeirantes, segundo ele, são odomínio da cadeira e da bola, porque émuito difícil para pessoa sem movi-mento das pernas manusear a cadeirae a bola ao mesmo tempo.

No Piauí, existe, atualmente, apenasum time de basquete com 16 atletas,do qual Maurílio é o principal jogador,destaque que o levou à seleção brasi-leira em 2007. Já este ano, o time ficouem primeiro lugar no campeonato dis-putado entre seis equipes na cidadede Imperatriz-MA.

A principal dificuldade encontradaé a falta de incentivo para atrair maisadeptos do esporte. Maurílio utiliza apropaganda ‘boca-a-boca’. “Não te-mos campanhas vinculadas em meiosde comunicação, apenas conversamose tentamos incentivá-los a praticar oesporte, não precisa ser o basquetepode ser outro”, afirma.

O time não possui uma sede própriapara realização dos treinos, eles sãorealizados no Sesc-Ilhotas sem qual-quer estrutura. E até meados do anopassado, as cadeiras utilizadas nosjogos não eram próprias para a práti-ca, mas em julho houve a doação de16 cadeiras de rodas pela prefeitura ecom isso o bom desempenho aumen-tou.

Hoje, o principal objetivo daASCANTE (Associação de Cadeiran-tes de Teresina) é o de ramificar o es-porte no interior do estado. “Eu acre-dito que o esporte seja capaz de mu-dar a vida de qualquer pessoa e, senão for pra formar campeão no espor-te, forma na vida”, finaliza Maurílio.

Basquetesobre rodas

no PiauíWANESSA GOMMES