Jornal IMT 9 2013
-
Upload
ana-cristina-ventura -
Category
Documents
-
view
28 -
download
2
description
Transcript of Jornal IMT 9 2013
-
HOLISMO,
TERAPIAS ENERGTICAS
E ESPIRITUALIDADE
MedicinaTradicional
Cefaleiaspg. 6
Micro Ondas Macro Riscospg. 3
Yamas e Niyamaspg. 4
Indian Head Massage pg. 11
REFLEXES SOBRE A ESPCIE HUMANA
V I S M E D I C A T R I X N A T U R A E
Maio-Junho 2013
Nmero 9Distribuio Gratuita
www.imt.pt
Orgo de comunicao do IMT - Instituto de Medicina Tradicional
Um facto incontestvel o Homem ter uma capacidade de raciocnio diferente da das outras espciespg. 8
A noo de Holismo tem sido gradualmente integrada no quotidiano da sociedade...pg. 13
-
Ao aproximar-se o final de mais um ano lectivo, ain-
da que, nesta altura, no meio de frequncias, tra-
balhos, avaliaes, surge j, como uma miragem,
entre as pginas de um manual, e mais uma per-
gunta respondida, a alegre promessa de um merecido descanso
ao sol, a proposta de uma comemorao aguardada.
As comunidades fundam os seus alicerces em rituais, em mo-
mentos de pausa, que precisamos de marcar na nossa mem-
ria. Temos necessidade de congelar trechos de felicidade, para
que mais tarde, apelando a esses instantes, eles nos devolvam
o sentido e a validade do percurso que fomos escolhendo.
A celebrao desde sempre fez parte da vida social de qual-
quer povo. Contudo a Sociedade tem-nos absorvido nas ca-
sualidades da vida quotidiana, fazendo-nos frequentemente
esquecer que celebrar, tanto quanto trabalhar, uma obriga-
o diria. Celebrar cada pequena vitria nas nossas vidas
atribuladas, alm de gratificante, permite-nos manter presente
o valor de cada etapa alcanada ainda que aparentemente
pequena na delineao do nosso sentido de vida.
Os rituais de celebrao mostram-se to mais importantes,
quanto validam a nossa passagem pela Terra, firmando e for-
talecendo-nos os passos que temos ainda de dar no encalce
daquilo a que chamamos a felicidade pessoal.
Neste final de ano lectivo, no IMT temos tambm suficientes
motivos para celebrar. Foi um ano pleno de actividade, de no-
vidades, de crescimento e de expanso. A delegao de Braga
floresceu, fundmos uma Federao Nacional de Escolas, para
salvaguarda dos interesses de todos face regulamentao,
abrimos a delegao de Leiria, participamos em eventos e
reunies c dentro e tambm no estrangeiro, demos grandes
passos em prol da consolidao e da acreditao da formao
que ministramos, lanmos o GAP para apoio e orientao dos
nossos alunos, e muito mais. A vida escolar ganha assim cada
vez mais consistncia e com o findar de mais um ano lectivo,
emerge a satisfao de sabermos que caminhmos juntos em
direco ao progresso, numa fase to importante do vosso per-
curso.
Deixo-vos aqui os meus sinceros votos de brilhantes sucessos
e umas frias tranquilas, gratificantes e recuperadoras.
D I R E T O R
Mrio Rodrigues
E D I T O R A
Michele P
D E S I G N
Daniel Abreu
I M P R E S S O
Tipografia Rpida de Setbal, Lda.
Travessa Jorge DAquino
n. 2 2. - 2900-427 Setbal
265 539 690 | [email protected]
I S S N 2182-8520
R E D A T O R E S
Mrio Rodrigues, Michele P, Ana Paula Car-
neiro, Luis Lavado, Luis Teodoro Marques, San-
dra Sofia Santos, Tiago Gonalves Cabeleira,
Brbara Couto, Fnia Gomes, Vtor Rodrigues,
Ricardo Pereira, Marina Pinheiro, Helena An-
drade, Susana Cruz
B I M E S T R A L
T I R A G E M
2500 Exemplares
C O N T A C T O
P U B L I C I D A D E
938695528
02 C R D I T O SEditorial
Ficha tcica
04 A R T I G OYamas e Niyamas
06 A R T I G OCefaleias
08 C A P AReflexes Sobre
a Espcie Humana
10 D E L E G A E S O IMT Vai Escola
12 A R T I G O SA Energia
Digerir no Ayurveda
14 P L A N T A SAyurvdica
Naturoptica
Chinesa
03 A R T I G OMicro Ondas
Macro Riscos
05 G A PUma porta aberta
a novos projectos
07 A R T I G OCefaleias
09 C A P AReflexes Sobre
a Espcie Humana
11 D E L E G A E S Queima das Fitas Porto
Dia Aberto em Leria
Indian Head Massage Braga
13 A R T I G O SHolismo, Terapias Energticas
e Espiritualidade
Homeopatia e as Rinites
15 P A S S A T E M P O SSopa de Letras
Diferenas
Sumrio Editorial
Mrio Rodrigues - Diretor Geral do IMT
Ficha Tcnica
2Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9
-
Artigo
Micro OndasMacro RiscosMichele P, ADG do IMT e Terapeuta Clnica Panchakarma
Os naturais mecanismos de reparao so suprimidos e as
clulas so foradas a adaptar um estado de emergncia
de energia - elas mudam de uma respirao aerbica para
anaerbica. Em vez de gua e dixido de carbono, as c-
lulas envenenadas produzem perxido de hidrognio e monxido de
carbono
As mesmas deformaes violentas ocorrem nos nossos corpos, quan-
do somos expostos diretamente aos radares ou micro-ondas, tambm
ocorrem nas molculas dos alimentos cozidos em micro-ondas. Esta
radiao provoca a destruio e a deformao das molculas dos ali-
mentos. Usando o micro-ondas tambm se criam novos compostos
chamados compostos radiolticos, os quais so fuses desconhecidas
no encontradas na natureza. Os compostos radioliticos so criados
pela decomposio molecular - decadncia - como um resultado direto
da radiao.
Carcingenos nos alimentos feitos com micro-ondasNo livro do Dr. Lita Lee, Efeitos na Sade das Radiaes de Micro
-ondas - Os Fornos a Micro-ondas, e nas edies de maro e setem-
bro/1991 da revista Earthletter, ela declara que todos os micro-on-
das libertam radiao electromagntica, que nociva para os alimentos
e transforma as substncias nele preparadas em perigosos organismos
txicos e produtos carcinognicos.
Concluses sobre a pesquisa das micro-ondasA seguir esto as mais significantes pesquisas Alems e Russas sobre a
capacidade de aco referente aos efeitos biolgicos das micro-ondas:
A pesquisa inicial conduzida pelos alemes durante a campanha mili-
tar de Barbarossa, para a Humbolt-Universitat em Berlim (1942-43); e
De 1957 at hoje (at o fim da guerra fria) as operaes de pesquisas
Russas foram conduzidas por: Instituto de rdio tecnologia em Kinsk,
regio autnoma da Bielorussia; e no Instituto de rdio tecnologia em
Rajasthan na regio autnoma de Rossiskaja, ambos na Unio das Re-
pblicas Socialistas Soviticas.
Em muitos casos, os alimentos usados para a anlise da pesquisa fo-
ram expostos propagao de micro-ondas num potencial energtico
de 100 kilowatts/cm3/seg., o ponto considerado aceitvel para uma
normal, sanitria ingesto. Os efeitos verificados pelos pesquisadores
Russos e Alemes so apresentados em trs categorias:
Categoria I - Efeitos que causam o Cancro
Categoria II - Destruio Nutritiva dos Alimentos
Categoria III- Efeitos Biolgicos da Exposio
Categoria IEfeitos que causam o cancro
(Os primeiros dois pontos da categoria I so ilegveis nas cpias dos
nossos relatrios. O restante do relatrio integro.)
3 Criao de um efeito ligado com a radioatividade na atmosfera, assim
pode causar um significante aumento no total de saturao das partcu-
las Alfa e Beta dos alimentos.
4 Criao de agentes causadores do cancro nos componentes das pro-
tenas hidrolisadas, no leite e gros de cereais (estas so protenas na-
turais que so divididas em fragmentos artificiais pela adio de gua);
5 Alterao das elementares substncias alimentares provocando de-
sordens no sistema digestivo pelo instvel catabolismo dos alimentos
expostos s micro-ondas (o colapso do processo metablico);
6 Devido as alteraes qumicas dentro das substncias dos alimentos,
disfunes foram observadas dentro do sistema linftico (vasos absor-
ventes) causando a degenerao do potencial de imunizao do corpo
para proteger contra certas formas de neoplasias (crescimento anormal
dos tecidos);
7 A ingesto de alimentos preparados em micro-ondas causou um au-
mento no percentual de clulas cancergenas dentro do soro do sangue
(citomas - clulas tumorais tais como sarcoma);
8 Emisses de micro-ondas causaram alteraes no comportamento
metablico (colapso metablico) dos elementos da glucoside (dextrose
hidrolizada) e galactoside (lcool oxidado) nas frutas congeladas quan-
do foram descongeladas desta maneira.
9 A emisso de micro-ondas causou alteraes do comportamento cata-
blico (colapso do metabolismo) dos alcalides das plantas (elementos
base do nitrognio orgnico) quando verduras, cozidas ou cruas foram
expostas a estas, mesmo que por uma durao extremamente curta.
10 Radicais livres causadores do cancro (molculas incompletas alta-
mente reativas) foram formadas dentro de alguns resduos minerais de
formaes moleculares, e em particular, razes vegetais cruas; e,
11 Estatisticamente num elevado percentual de pessoas, os alimentos
feitos com o uso de micro-ondas causaram o desenvolvimento de can-
cro no estmago e nos intestinos, bem como uma degenerao genera-
lizada dos tecidos celulares perifricos, com um gradual colapso dos
sistemas digestivo e excretor.
Categoria IIDiminuio do valor nutritivo dos alimentos
A exposio s micro-ondas provocou significantes diminuies no va-
lor nutritivo de todos os alimentos pesquisados. A seguir esto as mais
importantes descobertas:
1 Uma diminuio na bio-disponibilidade (capacidade do corpo para
utilizar os nutrientes) das vitaminas do complexo B, vitamina C, vita-
mina E, minerais essenciais e liotrpicos em todos os alimentos;
2 Uma perda de 60 a 90 % do contedo do campo de energia vital em
todos os alimentos testados;
3 Uma reduo no comportamento metablico e na capacidade do pro-
cesso de integrao dos alcalides (elementos bsicos do nitrognio
organico), glucoses, galactoses e nitrilosidos;
4 Uma destruio do valor nutritivo das ncleo-protenas das carnes;
5 Uma acentuada acelerao da desintegrao estrutural em todos os
alimentos.
Categoria IIIEfeitos biolgicos da exposio
A exposio s emisses de micro-ondas tambm teve um efeito nega-
tivo imprevisvel no total bem-estar biolgico humano. Isto foi desco-
berto quando os Russos o experimentaram com equipamentos altamen-
te sofisticados e descobriram que um ser humano no precisa ingerir
as substncias preparadas com micro-ondas: aquela regular exposio
aos campos energticos era suficiente para causar efeitos to adversos
que o uso de qualquer aparelho de micro-ondas, que foi proibido em
1976, por lei, na Unio Sovitica.
Os seguintes efeitos so enumerados:
1 Colapso do campo de energia vital humana naqueles que foram
expostos s radiaes dos fornos a micro-ondas enquanto funcionavam,
com efeitos colaterais ao campo de energia humano aumentados pela
longa durao.
2 Uma degenerao dos paralelos da voltagem celular durante o pro-
cesso de uso do aparelho, especialmente no sangue e reas linfticas;
3 Uma degenerao e a desestabilizao dos potenciais externos de
energia ativada da utilizao dos alimentos dentro dos processos do
metabolismo humano;
4 Uma degenerao e a desestabilizao do potencial da membrana
celular enquanto o processo de transferncia catablica (colapso meta-
blico) no soro do sangue do processo digestivo.
5 Degenerao e colapso dos impulsos eltricos nervosos dentro dos
potenciais de juno do crebro (a poro frontal do crebro onde resi-
de o pensamento e funes essenciais);
6 Degenerao e colapso do circuito eltrico nervoso e perda dos cam-
pos de energia simtrica nos neuroplexuses (centros do nervo) ambos
na frente e fundos do sistema nervoso autnomo;
7 Perda de equilbrio e rotao da fora bioeltrica dentro do sistema
ativado de ascendncia reticular. (o sistema que controla a funo da
conscincia);
8 Uma perda cumulativa a longo prazo de energia vital nos setes hu-
manos, animais e plantas foram verificados num raio de 500 metros do
equipamento operacional;
9 Efeitos residuais de longa durao dos depsitos magnticos foram
localizados por todo o sistema nervoso e sistema linftico.
10 Uma desestabilizao e interrupo na produo das hormonas e na
manuteno do equilbrio hormonal em machos e fmeas;
11 Nveis notavelmente altos de distrbios nas ondas cerebrais alfa,
teta e padres do sinal de onda delta de pessoas expostas aos campos
de emisso de micro-ondas, e;
12 - Por causa destes distrbios das ondas cerebrais, os efeitos psicol-
gicos negativos foram verificados incluindo a perda da memria, perda
da capacidade de concentrao e diminuio do limiar emocional, de-
sacelerao do processo intelectivo, e episdios de interrupo do sono
numa percentagem estatisticamente elevada em indivduos sujeitos
exposio contnua aos efeitos dos campos de emisso dos aparelhos
de micro-ondas, tanto em aparelhos para cozinhar que em estaes de
transmisses.
Concluses das pesquisas legaisDas vinte e oito indicaes enumeradas precedentemente, o uso dos
aparelhos a micro-ondas definitivamente desaconselhvel; e, com a
deciso das autoridades soviticas em 1976, a presente opinio cien-
tfica em muitos pases referente ao uso de tais aparelhos claramente
evidente. Devido ao problema do residual magntico e unio dentro do
sistema biolgico do corpo (categoria III : 9), que pode por fim afetar o
sistema neurolgico, principalmente o crebro e neuroplexuses (centro
do nervo), a longo prazo pode resultar a despolarizao dos circuitos
neuro-eltricos.
Dado que estes efeitos podem causar danos praticamente irrevers-
veis na integridade neuro-eltrica de vrios componentes do sistema
nervoso (I.R. Luria, Novosibirsk 1975a), a ingesto dos alimentos
preparados em micro-ondas claramente contraindicada em todos os
aspectos. O seus efeitos magnticos residuais podem transformar os
componentes do receptor psico-neural do crebro mais suscetvel a
uma influncia psicolgica pelas frequncias de radio artificiais indu-
zidas nas micro-ondas dos campos das estaes de transmisso e de
co-ligamentos das redes de televiso.
A terica possibilidade da influncia psico-telemtrica (a capacidade
de afetar o comportamento humano pelas transmisses de sinais de
rdio e frequncias controladas) foi sugerido pelas investigaes neu-
ro-psicolgicas soviticas em Uralyera e Novosibirsk (Luria e Perov,
1974a, 1975c, 1976a) a qual pode causar a conformao involuntria
do campo de energia psicolgico subliminal de acordo com o aparelho
operativo de micro-ondas.
Baseado nesta pesquisa, podemos concluir este artigo com o seguinte:
1 - Continuar a comer alimentos processados em micro-ondas causa
a longo prazo danos cerebrais permanentes pelo curto-circuito dos
impulsos eltricos no crebro (despolarizao ou desmagnetizao do
tecido cerebral).
2 - O corpo humano no pode metabolizar (decompor) os produtos des-
conhecidos criados nos alimentos feitos com as micro-ondas.
3 - A produo dos hormonas masculinos e femininos diminui e/ou
altera pela contnua ingesto de alimentos cozidos com micro-ondas.
4 - Os efeitos dos alimentos tratados com micro-ondas so residuais (a
longo prazo ou permanente) dentro do corpo humano.
5 - Os minerais, vitaminas e nutrientes de todo alimento feito com
micro-ondas so reduzidos ou alterados de modo que no corpo humano
fica pouco ou nenhum benefcio, ou o corpo humano absorve compo-
nentes alterados que no pode decompor.
6 - Os minerais presentes nas verduras so alterados em cancerosos
radicais livres quando cozidos em micro-ondas.
7 - Alimentos feitos com micro-ondas causam o desenvolvimento de
formas cancerosas no estmago e intestinos (tumores). Isto pode expli-
car o rpido aumento da taxa de cancro do coln, nos E.U.A.
8 - A ingesto prolongada de alimentos tratados com micro-ondas cau-
sa o aumento das clulas cancergenas no sangue humano.
9 - A contnua ingesto de alimentos tratados com micro-ondas causa
uma deficincia do sistema imunitrio atravs das glndulas linfticas
e alteraes do soro sanguneo.
10 - Comer alimentos preparados com uso de micro-ondas, causa a
perda da memria, perda da concentrao, instabilidade emocional e
uma diminuio da inteligncia. O uso de transmisses artificiais de
micro-ondas para um controle psicolgico subliminal. Tambm conhe-
cido como lavagem cerebral, foi tambm provado. Estamos tentando
obter cpias dos documentos das pesquisas Russas de 1970 e os resul-
tados escritos pelos Drs. Luria e Perov especificando as suas experin-
cias clnicas nesta rea.
Para ler o artigo completo www.mercola.com/article/microwave/hazards.htm
Continuao do jornal anterior
3 Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9
-
Yamas e Niyamas Dois dos Oito Ramos do Yoga
Artigo
Helena Andrade, terapeuta Clnica Panchakarma
A prtica do Yoga nem sempre se resume s posturas
fsicas, ou asanas. Existe um caminho a suportar a
prtica, que podemos chamar de posturas na vida
os oito ramos do Yoga: Abstinncias (yamas); ob-
servncias (niyamas); posturas (asanas); controle da respirao
(pranayama); reteno dos sentidos (pratyahara); concentrao
(dharana); contemplao (dhyana) e auto-realizao (samadhi).
Yamas e niyamas, so por vezes mais difceis de aplicar do que
as prprias asanas ou posturas do yoga. Isto, porque, requerem
uma grande disciplina interior. Com os yamas, vamos purifi-
cando o nosso estado humano, e atravs destes apontamentos
morais, vamos trabalhando o nosso mpeto e o nosso ego.
So cinco princpios ticos, ou yamas:Ahimsa ou no-violncia: quer connosco, quer com os outros,
consiste em substituir os pensamentos e comportamentos nega-
tivos ou violentos por outros mais positivos. Mas no-violncia
tambm saber perdoar o nosso Eu quando erramos ou damos
passos contrrios ao nosso caminho.
Satya ou compromisso com a verdade: em pensamentos, pala-
vras e aes, a verdade deve ser uma presena constante na
vida do yogui (praticante de yoga), quantas vezes mais fcil
escolher o caminho da mentira
mas na verdade, quando temos ati-
tudes menos verdadeiras, a princi-
pal pessoa que estamos a enganar
a ns prprios! Por vezes, pre-
fervel o silncio a palavras falsas
ou ocas.
Asteya ou no roubar: na sociedade atual, um desafio apren-
der a viver com o que temos, com o suficiente, quando existe
sempre o apelo ao consumo. -nos incutido um sentimento de
falta, como se fosse possvel comprar felicidade com posses
materiais, mas ao olhar para dentro, tomamos conscincia da
verdadeira riqueza. E com esta conscincia que devemos ter
cuidado para no nos apropriarmos de nada que no nos per-
tena, no s de coisas materiais, mas tambm, por exemplo,
do tempo e da ateno dos outros. A prtica de asteya leva-
nos a aprender a ser mais generosos, a oferecer mais e a tirar
menos.
Brahmacarya ou abstinncia sexual: chegamos a um ponto de-
licado dos yamas. Muitos se dividem em opinies contrrias,
mas na minha opinio, tendo em conta o nosso estilo de vida
ocidental, seria difcil praticar a abstinncia total, at porque,
muitos de ns, quando iniciam o yoga j esto a viver relacio-
namentos estveis.
No yoga clssico, a abstinncia sexual era necessria, acre-
ditando que, tinha como objetivo a conservao desta energia
preciosa. Mas talvez possamos relacionar este ponto com a
conduta, o comportamento em relao a essa energia e no
sua total negao. Contando que esta energia seja usada cor-
retamente, sem inteno de manipular ou magoar o outro, a
sua prtica aproxima-nos do nosso Eu espiritual. A comunho
que sentimos ao unir a nossa energia sexual a outro pode ser o
melhor exemplo da fuso com o todo. A prtica deste yama
desenvolve uma fonte de vitalidade e energia, a centelha que
ateia o lume da sabedoria.
.Aparigraha ou desapego: a acumulao de coisas que no so
essenciais nossa existncia s nos distrai do que realmente
importante. Cria sentimentos de apego e medo da perda. Com
a prtica deste yama, a vida torna-se o mais simples possvel e
a mente trabalhada para no sentir falta de coisas suprfluas.
A libertao e a leveza so o grande objetivo. A vida est em
constante mudana e movimento, ento, para qu transportar
peso desnecessrio?
Niyamas: enquanto nos yamas a ateno ou consequncia pode
tambm ter interferncia com o exterior, com os outros, o tra-
balho dos niyamas mais individual e muito orientado para os
aspetos interiores.
So tambm cinco sub-divises:Shaucha ou pureza: princpio da pureza ou limpeza, quer do
corpo, de pensamentos e do ambiente que nos rodeia. Ao prati-
car este princpio teremos de ter ateno ao que pode prejudi-
car o nosso estado mais puro, por exemplo, atravs da seleo
da comida que ingerimos, dos livros que lemos e das atividades
que escolhemos.
Santocha ou contentamento: a meu ver, a capacidade de acei-
tao perante a vida, a capacidade de nos sentirmos em paz,
plenos, como o mundo que nos rodeia. o equilbrio interior
que nos vai tornando mais serenos no decorrer do caminho.
Tapas ou disciplinas: pode ser visto como vontade ou fora para
atingir um objetivo. a determinao e o fogo que nos alimenta
quando fraquejamos perante um obstculo. Por exemplo, numa
postura (asana) que nos difcil com tapa, mais fcil per-
manecer com conforto.
Svadhyama ou estudo do ser: podendo incluir o corpo, a mente,
o intelecto e o ego, este estudo um mergulho em ns prprios
e busca da verdade absoluta que contemos, do professor e da
divindade que somos, mas que, por vezes, est adormecida.
E por isso devemos tentar aprender
com tudo na vida, estudar a vida,
no s os textos sagrados, mas a
prpria existncia com vista ao au-
toconhecimento.
Ishvarapranidhana ou devoo: o
abrir do corao ao Ser transcen-
dental, ao Universo, a uma fora maior qual nos queremos
fundir. a entrega de todos os pensamentos e aes ao Todo
e inteno do Todo. a inteno de Unio em cada ao,
enchendo-nos com o sentimento de pertena, mesmo que seja
num simples gesto como o de acender uma vela ou um pau de
incenso!
O Yoga uma luz que, uma vez acesa, jamais esmorecer. Quanto melhor for a sua prtica, mais viva ser a sua chama.
B. K. S. Iyengar 4Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9
-
imt.pt/gap
O GAP contactou o BES, para beneficiares de condies espe-
ciais para os teus projectos profissionais. Apresentamos-te o
microcrdito BES, uma porta aberta a um novo projecto de vida
(no inclui estudos). O microcrdito BES oferece-te montantes
at 12500, com possibilidade de pagamento at 48 meses,
e uma taxa indicativa 7,5%. O objectivo deste produto BES
potenciar a incluso social e a criao de auto-emprego em
estreita colaborao com as entidades que, no terreno, promo-
vem o empreendedorismo, a formao especfica e a orientao
profissional, o acesso aos mercados e o apoio social. O BES
pretende beneficiar desempregados, empregados por conta de
outrem que pretendam iniciar um negcio prprio, novos resi-
dentes, artesos e micro-empresrios, que possuam uma forte
vontade de melhorar a sua vida e um saber fazer especfico,
que possuam uma ideia com viabilidade econmica, que sa-
tisfaa necessidades locais no satisfeitas e que no tenham
acesso s formas tradicionais de crdito.
Uma porta aberta a novos projectos
Pub Pub
[email protected] | 938695528.
A Esttica pela Medicina Chinesa
questes como emagrecimento, e liminao de gordura localizada e celulite, tratar rugas,
queda de cabelo, melhorar o tnus muscular,
drenagem linftica.
A campanha inclui tratamento de 10 sesses de Acupuntura e a oferta de uma massagem relaxamento (60 minutos).
de uma tisana exclusiva da Fitoclinic.
365 420
211 531 582 933 553 388
Av. de Berna 11, 7 | 1050 036 Lisboa
Est
a ca
mp
anh
a n
o a
cum
ula
co
m o
utr
as p
rom
o
es o
u c
amp
anh
as e
m v
igo
r. V
lid
a d
e 8
Ju
nh
o a
8 A
go
sto
Quer recuperar fora vital, relaxar o corpo e acalmar a mente?
Venha panchakarma e revitalize o corpo, mente e espirito.
211 550 874 938 550 874 [email protected] www.panchakarma.pt Av. Conde de Valbom 1, 1B | 1050 Lisboahttps://www.facebook.com/PanchakarmaMedicinaAyurvedica
5 Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9
-
Artigo
A Cefaleia ou simplesmente designada de dor de ca-
bea, conta-se entre os problemas de sade mais
comuns. Algumas pessoas sofrem frequentemente
deste mal, enquanto outras nunca sentiram uma
verdadeira cefaleia. Tanto as cefaleias crnicas como as reci-
divantes podem provocar sofrimento e angstia, mas pouco
frequente que representem um problema grave de sade. No
entanto, qualquer alterao no padro ou na natureza da dor
de cabea poder ser o sintoma de um problema grave. Muitas
dores de cabea so provocadas por uma grande tenso mus-
cular ou por enxaquecas e pode tambm acontecer que no
haja uma causa bvia.
Fisiopatologia das Cefaleias Apesar dos avanos em epidemologia, classificao e trata-
mentos farmacolgicos, perguntas elementares em relao ao
mecanismo fisiopatolgico das cefaleias ainda permanecem.
Sabe-se portanto que a cefaleia o termo mdico para designar
uma dor de cabea. um dos sintomas mais comuns na medi-
cina, uma das queixas mais frequentes de consultas clni-
cas. Estima-se que 93% dos homens e 99% das mulheres
tero algum tipo de dor de cabea ao longo da vida; e que
76% do sexo feminino e 57% do masculino tenham pelo menos
um episdio de dor de cabea por ms. (KAVALEC, Flvia).
Quanto sua classificao, as cefaleias podem ser divididas
em duas categorias: se ocorrer isoladamente como manifesta-
o de um complexo sintomtico agudo, como a enxaqueca,
d-se o nome de cefaleias primrias, se for parte assintom-
tica de uma patologia em desenvolvimento, como infeces,
neoplasias cerebrais e sangramentos intracranianos, d-se o
nome de cefaleias secundrias. As cefaleias primrias no
apresentam uma causa especfica, podendo a mesma ser de
natureza multifatorial e de carter hereditrio, ao contrrio das
cefaleias secundrias, que apresentam uma causa patolgica
evidente.
Pensa-se portanto que as cefaleias provm devido vasodi-
latao derivada de uma vasoconstrio comummente encon-
trada na aura (fase antes da cefaleia). Pensa-se tambm que
muitos neurotransmissores, co-transmissores e neuromodula-
dores, alguns com aco vasomotora, tm sido implicados na
fisiopatologia das cefaleias. Isto explica-se pela existncia de
trs fibras nervosas existentes nas paredes das artrias intra-
cranianas, que ao libertarem essas substncias iro provocar a
vasoconstrio comum na aura e consequentemente a vasodi-
latao, provocando a dor.
Outra das teorias prende-se com a presena das fibras simpti-
cas, originadas no gnglio cervical superior, que contm prin-
cipalmente Noradrenalina e Neuropeptdeo, neurotransmisso-
res de actividade vasoconstritora. J as fibras parassimpticas,
originadas no gnglio esfenopalatino, contm acetilcolina, um
vasodilatador, Peptdeo Intestinal Vasoativo, tambm vasodi-
latador e libertam xido ntrico, fator de relaxamento derivado
do endotlio.
J s fibras trigeminais sensitivas, a partir do gnglio de Gas-
ser, contm Substancia P e o Peptdeo relacionado ao gene da
Calcitonina.
Quanto enxaqueca, esta sofre influncia gentica, pois pen-
sa-se que esta se encontra ligada a uma doena cerebrovascu-
lar familiar denominada de "CADASIL" (Cerebral Autosomal
Dominat Arteriopathy with ubcortical lnfarcts and Leucoen-
cephalopathy), sendo identificada recentemente ligada ao
cromossoma 19p12. Curiosamente, pacientes com CADASIL
sofrem mais enxaquecas com aura do que a populao geral.
Esta associao levou a possibilidade do cromossoma 19 ser
tambm o responsvel pela transmisso de uma das formas
genticas da enxaqueca, a "enxaqueca hemiplgica familiar".
Outra causa estudada na enxaqueca prende-se com os ndices
de concentrao anormalmente baixos do neurotransmisor se-
rotonina (hormona de felicidade) no sangue, desencadeando
assim os estados depressivos e irritativos presentes na aura,
desencadeando a vasoconstrio.
A cefaleia em salvas a dor primria mais intensa. Sabe-se
da existncia de vasos com ativao do sistema trigeminovas-
cular que provocam alteraes autonmicas, por exemplo, por
estudos de resposta pupilar e sudorese. Os ritmos dirios e
anuais bem como e as alteraes hormonais (melatonina,
testosterona, cortisol, TRH, entre outros) levantam a sus-
peita de afetao hipotalmica para explicar as cefaleias
em salvas. As cefaleias tensionais devem-se tenso muscular
presente na musculatura cervical, pescoo e ombros.
Manifestaes ClnicasQuanto s suas manifestaes as dores de cabea podem se
manifestar de modo sbita, subaguda ou crnico. As cefaleias
de incio agudo ou sbito geralmente constituem manifestao
de uma patologia intracraniana como hemorragia subaracnide
ou de outras doenas vasculares ou infecciosas (meningites /
encefalites). Todavia, elas tambm podem ocorrer aps puno
lombar (mtodo de diagnstico) ou mesmo durante manobras
fisiolgicas que possam aumentar a presso intra-abdominal
e consequentemente a intracraniana, como exerccios fsicos
intensos e relaes sexuais.
As cefaleias de manifestao subaguda, podem ser resultan-
tes de enfermidades inflamatrias do tecido conjuntivo, como
artrite de clulas gigantes, ou mesmo de processos tumorais
intracranianos (tumores, abcessos cerebrais, metstases ce-
rebrais, hematomas subdurais), alm de hipertenso intra-
craniana benigna, neuralgia do Trigmio e Glossofarngeo e
crise hipertensiva. As cefaleias crnicas, geralmente so de
natureza primria. So resultantes, na maioria das vezes, das
enxaquecas, cefaleias tensionais e cefaleias em salvas. O reco-
nhecimento de fatores precipitantes pode ajudar a estabelecer
o diagnstico da cefaleia. Um exemplo bem tpico o desen-
cadeamento instantneo de crises de cefaleia em salvas aps
ingesto de lcool.
Algumas cefaleias podem ser acompanhadas de sintomas que
antecedem a dor propriamente dita, como alteraes visuais
de curta durao (aura visual), pontos luminosos na viso (es-
cotomas cintilantes) , irritao, astenia, falta de apetite e de-
presso. A dor pode ser de caracterstica pulstil, latejante,
presso, aperto, fincadas, ardncia, lancinante, alm de fra-
ca, moderada, intensa, constante ou em salvas. Tambm pode
ser unilateral, bilateral, holocraniana (toda cabea), frontal,
retroorbitria, occipital ou mesmo seguindo o padro de dis-
tribuio das divises do nervo Trigmio na face. As dores de
cabea tambm se podem manifestar associadas sintomato-
logia autonmica (nuseas, vmitos, hiperemia ocular ou olho
vermelhos, lacrimejamento, obstruo nasal, sensibilidade
luz e ao som) ou mesmo sistmica, como perda de peso recen-
te, febre, mal estar e cansao.
DiagnsticoHabitualmente, o mdico pode determinar a causa de uma ce-
faleia a partir da histria clnica do doente e do seu exame
fsico, mas, por vezes, pode ser necessria um exame comple-
mentar de diagnstico para melhor detectar uma patologia. O
diagnstico baseado na compreenso da fisiopatologia das
dores de cabea, na obteno de uma histria clnica e reali-
zao de um exame fsico e neurolgico cuidadoso e completo,
a fim de formular um diagnstico diferencial. Dependendo do
caso, geralmente naquelas de carter secundrio, pode ser
necessrio exames subsidirios, como estudo radiolgico da
coluna, tomografia e/ou ressonncia magntica de crnio,
eletroencefalograma , exames laboratoriais com anlise do
lquido cefalo-raquidiano e sangue, alm de bipsia de ar-
tria temporal (diagnstico diferencial da Arterite Temporal),
afim de melhor estabelecer o diagnstico. Todavia, o diagnsti-
co das cefaleias e dores faciais eminentemente clnico.
Discusso da Fisiopatologia das Cefaleias numa viso Os-
teoptica
Aps estudarmos a fisiopatologia comummente menciona-
da para as cefaleias, consegue-se perceber que existem aqui
factores incompreendidos, que repercutem muitas vezes na
incompreenso das cefaleias como doena primria. Se por
um lado conseguimos entender que as cefaleias secundrias
provm de algo patologicamente verdade, tambm como Os-
teopatas no podemos negar a estrutura e as suas disfunes
para se explicar a causa das cefaleias, quer sejam primrias ou
secundrias. Segundo uma viso Osteoptica da Anatomofisio-
logia e Biomecnica do crnio as leses em Extenso e Flexo
craniana tm um papel preponderante para explicar as ditas
cefaleias. Se por um lado quando temos um crnio em Dolice-
falo, dito em extenso, temos um bitipo patolgico de asma e
rinites. As cefaleias tendem a ser menos frequentes, mas mais
intensas, pelo fecho das suturas cranianas, dificultando a dre-
nagem dos seios longitudinais superiores e anteriores. Aqui
predomina a excitabilidade pela afetao do gnglio de ribs,
que provoca alteraes ortossimpticas.
Num bitipo em Braquicranio ou Flexo as cefaleias passam a
ser mais comuns, podendo se designar de "crnicas", embora
menos intensas, pois aqui existe uma abertura de todas as su-
turas cranianas, aumentando assim a vascularizao. Aqui a
Cefaleias
... sintomas que antecedem a dor propriamente dita...
Ricardo Pereira, 4 ano de Osteopatia IMT Porto
6Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9
-
afetao da SEB e consequentemente da Hipfise, vai alterar
a concentrao de hormonas nomeadamente a serotonina, pro-
vocando uma vagotonia, associada a muitas auras, bem como
a alterao na concentrao de neurotransmissores, importan-
tes na constrio e dilatao dos vasos cranianos. Outro factor
prende-se com a rotao externa dos ossos temporais que iro
afetar as artrias cartidas internas e a artrias menngeas m-
dias, podendo provocar cefaleias laterais.
Todas as disfunes da SEB no podem ser negligenciadas,
pois se esta est afetada ir alterar todo o normal funcionamen-
to biomecnico do mecanismo de respirao primria, logo as
tenses membranosas associadas h afetao dos ventrculos
pode ser uma das causas de cefaleias.
Outra das disfunes/alteraes cranianas que no se pode
negar no estudo das cefaleias a o fecho do foramen rasgado
posterior ou jugular. Por aqui passam as veias jugulares, que
so responsveis por 95% da vascularizao venosa, logo um
fecho do foramen vai alterar as mesmas. Sem esquecer a pas-
sagem do XI nervo craniano - Acessrio, que ao enviar feixes
motores para os msculos ECOM (Esternocleidomastoideo) e
Trapzios, vo provocar tenso muscular e podem originar a
dita cefaleia de tenso.
Alteraes nas charneiras no podem ser esqueci-
das. Ao nvel superior a charneira
cervico occipital est intimamente
ligada com os msculos suboccipitais,
podendo ser uma das causas de cefa-
leias tensionais e/ou nucais, conhecidas
como Sndrome de Arnold. J ao nvel da
charneira cervico-dorsal, a ligao
com gnglio estrelado pode afetar a
vascularizao das artrias cartidas.
Problemas osteoligamentares,
como por exemplo Sndrome
de Barr-Lieou, podem muitas
vezes suprimir a vascularizao nas ar-
trias vertebrais, sendo outro factor
importante na Osteopatia e mesmo
uma contra-indicao das tcnicas
de thrust.
Protocolo de Tratamento OsteopticoO tratamento osteoptico vai depender sempre
de um bom diagnstico diferencial. O conhecimento da causa
sempre o meio mais fcil para chegar ao diagnstico.
Partindo do pressuposto que a origem das cefaleias so crania-
nas proponho o seguinte protocolo de tratamento:
A correo das leses intrasseas (independentemente da cau-
sa) so sempre primordiais. Perceber o que conduziu aquela
leso meio caminho andado para se ter sucesso no trata-
mento, mas isto, pode implicar que se tenha de comear por
alguma disfuno distncia (ex: P). Sendo assim tcnicas
estruturais, como desbloqueio ao p, correo ilaca, correo
vertebral (+++ cervical e charneiras), associadas a tcnicas
neuromusculares e Stretching para a musculatura hipertnica
so as mais indicadas numa primeira fase.
Dentro desta fase a correo das disfunes cranianas passam
a ser um segundo passo. Aqui as tcnicas para a SEB vai per-
mitir um normalizar da biomecnica craniana e assim diminuir
os sintomas associados s disfunes.
Tcnicas de bombeio para abertura das suturas, ou mesmo tc-
nicas de martelo vo melhor a flexibilidade craniana e promo-
ver a um alongamento intrasutural.
de destacar que as leses intrasseas vo alterar o equilbrio
das membranas de tenso recprocas. Tcnicas de Sutherland,
funcionais e miofasciais tornam-se nesta fase as mais eficazes.
posteriori o objectivo ser aumentar a vascularizao supri-
mida pelas disfunes, seja ela arterial, venosa e liquor. Assim
tcnicas arteriais, como as tcnicas lift (+++frontal e parietal),
so as indicadas para terminar o plano de tratamento.
ConclusoEm jeito de alegaes finais sobre as cefaleias, podemos con-
cluir que numa primeira fase importante diagnostic-las
bem. O diagnstico diferencial pode ser preponderante para a
melhor qualidade de vida dos pacientes.
Se por um lado na dita
medicina convencional desconhece-se as causas das cefaleias
primrias, no inegvel que a filosofia holstica que a Osteo-
patia apresenta possa trazer a resoluo da fisiopatologia das
mesmas. Para isto, muito contriburam o Dr. Sutherland e o Dr.
Upledger para a Osteopatia Sacrocraniana. Assim perceber a
anatomofisiologia e biomecnica craniana, torna-se imperativo
para melhor se explicar a causa das cefaleias.
Quanto ao tratamento, num plano convencional continua-se
no uso incessante dos frmacos como mtodo mais eficaz para
o alvio dos sintomas, num plano Osteoptico o mesmo trata-
mento faz-se sem o uso de frmacos. Um plano mais lgico,
fundamentado com dados cientificamente estudados e com-
provados, so mais eficazes e menos penosos, quer em tempo,
quer em reaes adversas.
Pode-se concluir que as duas medicinas tendem-se a tornar
indissociveis e beneficiam a sade dos pacientes.
7 Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9
-
Quando pensamos nas caractersticas que distinguem o
Homem das outras espcies animais, frequente con-
siderarmos, principalmente, trs: a fala, o erotismo e a
inteligncia racional.
Por vezes, tambm podemos considerar que os laos familiares
que prendem, na espcie humana, os filhos aos pais para toda a
vida constituem uma diferena. Interrogamo-nos, por vezes, que
o desentendimento clssico entre pais e filhos possa ser gerado
pelas sociedades humanas, centradas no conceito tradicional de
famlia, forando este comportamento. No entanto, a grande di-
versidade de relaes sociais e familiares que se encontram nas
vrias espcies animais, faz-nos encarar com mais prudncia esta
aparente dissemelhana comportamental.
A fala , sem dvida, um modo de comunicao nico, partindo do
princpio de que "o tempo em que os animais falavam", recordado
com ternura da nossa infncia, pertence ao campo da imaginao
humana. A propsito, esta antropomorfizao dos animais ser
uma tentativa de revelarmos o nosso desejo de comunicarmos com
eles ou simplesmente uma forma de manifestarmos a nossa tristeza
por no conseguirmos faz-lo?
A capacidade de falar , certamente, ainda pouco eficaz quando a
consideramos do ponto de vista evolutivo, a julgar pelos conflitos
que afligem a humanidade, desde os desentendimentos entre os
indivduos manipulao pouco escrupulosa da informao. Mas
ser que assim to condenvel a frequncia com que o recetor
interpreta mal as palavras do emissor? Ser assim to estranho
que, por vezes, o recetor esteja convicto de que ouviu palavras que
o emissor no disse? Afinal, que sabemos ns do processo evoluti-
vo da comunicao interespecfica? Por exemplo, das trmitas ou
das abelhas que so das espcies com um sistema de comunicao
mais sofisticado? Como seria a sua comunicao quando tinham
apenas 250 000 anos? Por outro lado, dispomos de poucos dados
comparativos sobre as formas de comunicao humana conhe-
cemos muitas lnguas e dialetos, mas que sabemos, realmente, da
comunicao falada entre as populaes a que o Homem ocidental
se habituou a tratar por primitivas? Ser que tambm fracassam
tanto, que vivem com tantos problemas decorrentes das falhas na
comunicao falada? Ou ser que usam outras formas de comu-
nicao?
O Homem , tanto quanto se sabe at hoje, e salvo raras excees
encontradas em sociedades de Primatas superiores, a nica esp-
cie que tem relaes sexuais por prazer, ultrapassando, ou mesmo
contrariando, o seu instinto de reproduo. Mas ser que j domi-
na esta sua capacidade to diferente das outras espcies, de tirar o
mximo partido dos recetores de prazer que existem por todo o seu
corpo, ou ser que tambm por ser ainda muito cedo no seu curso
evolutivo que a nossa vida ertica cria problemas e conflitos to
graves? E at que ponto o facto de o Homem viver, hoje, to afas-
tado da natureza responsvel por este mau entendimento com a
sua vida ertica? Algumas populaes ditas "primitivas" encaram
a sua sexualidade com uma naturalidade capaz de escandalizar as
sociedades ocidentais mais despidas de preconceitos. Mas, enfim,
este campo muito controverso e h muitos fatores em jogo, que
vo da cultura e da educao biologia do desenvolvimento e
religio. Por isso, no nos alarguemos mais com cogitaes sobre
o erotismo humano.
Um facto incontestvel o Homem ter uma capacidade de racio-
cnio diferente da das outras espcies esse raciocnio que lhe
permitiu, em apenas 250 000 anos, chegar onde chegou: ao do-
mnio da cincia e da tecnologia, que lhe permite, atualmente,
lutar contra as adversidades do meio, vencer a seleo natural e a
gentica, desafiar novas formas de vida e resolver problemas an-
tes considerados insolveis. Mas certo que tambm o levou a
perder os seus instintos naturais atravs da proteo tecnolgica
e do contacto direto com uma sociedade que ele prprio criou aba-
fando esses instintos. Como possvel, por exemplo, imaginarmos
uma fmea no humana a trazer a sua cria num transporte cole-
tivo cheio de indivduos com a vulnervel cabea da cria voltada
para a coxia onde indivduos aos encontres se atropelam? Como
possvel imaginarmos uma fmea no humana a levar a sua cria
que mal anda precisamente pelo lado de fora do passeio, sujeita
a ser ceifada por um automobilista mais incauto? estranho este
comportamento, mas, ao mesmo tempo, no ser esta a reao es-
perada aps a perda do seu contacto com a natureza? Afinal, um
animal em cativeiro tambm deixa de ser capaz de sobreviver se
o voltarmos a pr em liberdade, tambm perde grande parte dos
seus instintos.
A sociedade tecnolgica tem sido, por isso, um cativeiro do Ho-
mem, a gaiola dourada onde se permitiu, to cego pelos interes-
ses econmicos, perder a capacidade de viver em harmonia com
o seu habitat. A lembrar as suas reminiscncias de recoletor, o
vaso onde cria a hortel que por na sopa de feijo; a lembrar a
sua necessidade de contacto com a natureza, apenas a planta de
interior, quantas vezes j, tambm ela, artificial; a lembrar o tempo
em que lutava pela sobrevivncia, a caa e a pesca desportivas. E,
por falar em caa, que outra espcie caa s pelo prazer de matar?
Este comportamento, sim, exclusivo da espcie humana.
E quando dizemos, num ato de exaltada indignao, "O Homem
a nica espcie que se destri a si prpria e ao seu habitat! esta-
mos, certamente, a esquecer a viso globalizante que nos permitiu
fazer essa mesma afirmao. Ser este comportamento do Homo
sapiens to diferente do de qualquer outra espcie que, de um
momento para o outro, fique no seu habitat sem mecanismos de
controlo? Quando a homeostasia de um ecossistema quebrada
por qualquer fator extrnseco, como acontece quando fica vago um
dos seus nichos, nenhum de ns ter dvida da devastao que da
se seguir, do triunfo da entropia em mais ou menos tempo, con-
forme a capacidade de sobrevivncia dos elementos remanescen-
tes. Mas o ecossistema acabar sempre por sucumbir. No estar,
ento, o Homem a fazer, exactamente, aquilo que faz qualquer
outra espcie cujos elementos de controlo dentro do ecossistema
tenham desaparecido? Na ausncia de predadores naturais, o Ho-
mem proliferou e colonizou a maioria dos habitats, graas sua
capacidade de adaptao (essa tambm nica) que lhe permite,
em pouco tempo, o que qualquer outra espcie consegue em mi-
lhes de anos. Este xito adaptativo leva-o a explorar o seu habitat
(afinal, todo o planeta) at exausto, sem medir consequncias,
at que todos os elementos explorveis sucumbam exactamen-
te como qualquer outra espcie. Mas, afinal, o Homem o nico
animal racional, o que torna este comportamento assaz bizarro e
profundamente contraditrio. . .
Voltando ao tal "homem primitivo", ainda existente no nosso tem-
po, que vive em equilbrio com o seu habitat dando mostras de ter
evoludo durante 2 milhes de anos numa linha diferente, esse,
sim, est a portar-se de uma forma realmente diferente sabe uti-
lizar melhor os seus instintos, utiliza, por vezes, capacidades ain-
da desconhecidas (ou j esquecidas?) do Homem civilizado, sabe
explorar com inteligncia os recursos naturais que o rodeiam, e,
principalmente, respeita todas as espcies animais e vegetais que
Capa
Reflexes Sobre a Espcie Humana
... ter de pr em prtica a sua intelign-cia racional sem receio...
Ana Paula Carneiro, docente do IMT
8Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9
-
com ele partilham este maravilhoso planeta chamado Gaia. Mas
essas sociedades tambm esto sujeitas ao controlo da seleo
natural e a sua evoluo levar, naturalmente, muitos milhes de
anos. Estar o seu destino implacavelmente decidido ou o domnio
do corpo e da mente que algumas dessas sociedades demonstram
vai permitir-lhes continuar a evoluir numa linha bem diferente da
do "homem civilizado"? E que atitude este toma perante essas
sociedades? Filma, escreve, comenta, geralmente como se esti-
vesse a assistir a um nmero de circo, nem sempre com respeito e
vontade de aprender.
Tanto quanto parece, o Homem civilizado deu um rumo ao seu pro-
cesso evolutivo que apenas o leva a comportar-se como qualquer
outra espcie privada de controlo natural, explorando desenfrea-
damente o seu habitat, competindo com os outros seres da mesma
espcie, na rua, no emprego, na relao social, na relao amo-
rosa, numa palavra, pelo seu territrio! E continua a ser a nica
espcie que goza com o sofrimento da sua prpria espcie e das
outras espcies. Como possvel que ainda se pratiquem e se per-
mitam espetculos como touradas, corridas e lutas de animais para
se ganhar apostas? Como possvel que este Ser que se considera
o nico animal racional do planeta continue a no querer pensar,
a no querer encarar a realidade e as consequncias do seu com-
portamento?
Relativamente alimentao, por exemplo, existem algumas ati-
tudes curiosas. H quem consuma produtos animais tendo plena
conscincia do sofrimento que infligido na sua produo; estas
pessoas conseguem at deliciar-se com um excelente fois gras sa-
bendo, perfeitamente, como esta iguaria conseguida e os hor-
rores por que os animais passam. Se interrogados, limitam-se a
encolher os ombros ou a dizer com indiferena: O que tem de
ser tem de ser! Se algum insistir, argumentam orgulhosos do
seu conhecimento sobre Ecologia: Os animais tambm se co-
mem uns aos outros. E pronto! Argumento radical que encosta
parede qualquer vegetariano que venha chatear com ideias da
treta Depois, h os que optam por viver de olhos fechados ou
por olhar para o outro lado. Quem no ouviu ainda algum dizer,
a propsito da alimentao carnvora, qualquer coisa como: No
posso pensar no que estou a comer, seno j no consigo! E, por
fim, h os que abraam alegremente as ideias da treta e vivem
saudveis e livres daquele peso. Sim, porque at a vaca feliz
(conceito inventado por alguns produtores de carne para justificar
cobrarem por um bife uma percentagem razovel do oramento do
trabalhador comum) acaba por saber que vai morrer e chora como
as outras As sociedades primitivas, que vivem em verdadeiro
equilbrio com a natureza, quando consomem animais, fazem-no
com respeito e Bem, isto j muito frente melhor ficarmos
por aqui nas reflexes.
Acreditemos que a evoluo da espcie se far de modo a que o
Homem abandone a competio para deixar de haver guerras e
que aprenda a dividir riquezas para deixar de haver fome. Acredi-
temos que o Homem saber encontrar as alternativas que o levaro
a explorar os recursos naturais a um ritmo de acordo com a capa-
cidade regenerativa dos ecossistemas. E que evoluir ao ponto de
deixar de utilizar as outras espcies como fonte de divertimento e
de rendimento fcil. Mas, para tal, ter de pr em prtica a sua in-
teligncia racional sem receio de assumir a responsabilidade que
isso acarreta. Ter de se voltar para dentro de si e reencontrar o
divino h tanto tempo esquecido. E ter de abandonar o mbil da
sua condenao o materialismo.
Acreditemos, tambm, que conseguir dominar a comunicao fa-
lada e (por que no?) outros tipos de comunicao que lhe permi-
tiro deitar por terra as amarras que hoje se impe porque, afinal,
o nico animal falante.
Esperemos que, nesta nova era que se abre nossa frente, de cons-
ciencializao e espiritualidade, o Homem encontre maneira de
voltar a respeitar Gaia e de levar a sua evoluo para um caminho
que se resume em duas palavras amor incondicional.
Um facto incontestvel o Homem ter uma capacidade de raciocnio diferente da das outras espcies
9 Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9
-
DelegaesO IMT Vai EscolaMarina Pinheiro Delegao Porto
O ponteiro marca as 8h em
ponto. A mala do carro est
carregada com as marquesas,
os colches e o demais mate-
rial. A orientao no a melhor mas l
chegaremos, bem dizem quem tem boca
vai a Roma. mais um dia, mais uma
escola e a mesma ansiedade de quem no
sabe bem o que vai encontrar.
So agora 8h40m e o sol comea a bater
mais forte nos vidros do carro. Chegamos
ao destino: Escola Secundria Dr. Jaime
Magalhes Lima. No entanto, poderia ser
em Aveiro, Ovar, Paredes, Matosinhos
J foi e ainda h-de ser. Mas hoje aqui
que nos abrem as portas, to prontamente
nos recebem e acolhem como quem abre
as portas de sua casa. Ns, visitantes que
somos, tambm queremos estar altura
das expectativas em ns depositadas.
Hoje decorre nesta escola (mas poderia
ser em Penafiel, Porto, Maia) uma Mostra
de Oferta Formativa. Quando encontra-
mos o nosso espao por entre a panplia
de Faculdades e Centros de Formao
comeamos a colocar os colches e mon-
tar as marquesas. A surgem os primeiros
olhares curiosos, envergonhados, vi-
dos A curiosidade de um aluno mais
astuto acaba por vencer O que esto a
fazer?.
-Viemos tua Escola! Sabes o que
Medicina Tradicional?. Da desenro-
la-se toda a explicao acerca do IMT
perante o olhar atento do aluno astuto e,
agora tambm, dos seus colegas.
-Muito melhor do que me estarem a
ouvir Querem experimentar um pouco
daquilo que estou a falar? Querem uma
massagem?
O IMT tem vindo a visitar vrias Esco-
las Secundrias no mbito de Feiras de
Orientao Vocacional, Mostras Profis-
sionais e Feiras de Sade. Cumpre-nos
o dever de dar a conhecer aos jovens
outros caminhos possveis para o pros-
seguimento dos seus estudos. Algum
desconhecimento relativo terminologia
Medicinas Tradicionais tem estado
sempre aliado a uma grande curiosidade
em conhecerem mais acerca da temtica.
Assim sendo, temos convidado os alunos
que tm visitado o nosso stand a expe-
rimentarem uma breve demonstrao de
uma massagem de alguns dos Cursos, tais
como Osteopatia, Reflexologia, Shiatsu,
Massagem Ayurvdica e Massoterapia
e Tcnicos Auxiliares de Fisioterapia,
bem como a fazerem-nos uma visita nas
nossas instalaes. O feedback da nossa
participao tem sido bastante positivo,
mas nada melhor que lerem na primeira
pessoa alguns dos intervenientes nesta
iniciativa.
A presena do Instituto de Medicina
Tradicional- I.M.T. foi uma novidade na
nossas Feiras Vocacionais. Pela 1 vez
tivemos oportunidade de dar aos alunos e
comunidade escolar em geral informa-
es neste mbito, bem como a possibili-
dade de ver ao vivo as prticas do IMT.
O feedback dos alunos e dos professores
foi muito bom. As minhas alunas ado-
raram as massagens. O balano muito
positivo.
Dra. Paula Sousa (Psicloga do SPO da
Escola Secundria Dr. Jaime Magalhes
Lima)
A primeira edio da Feira da Sade,
levada a efeito na Escola Secundria Jos
Macedo Fragateiro, em Ovar, no passado
dia 21 de Maio de 2013, contou com a
to apreciada colaborao da Delegao
do Porto do IMT - Instituto de Medicina
Tradicional cujas massagens foram dos
servios com mais afluncia por parte de
alunos, professores e pais/encarregados
de educao. Segundo uma professora da
equipa PES, As massagens podolgicas
fizeram-me rejuvenescer 15 anos!. Em
futuras edies da Feira esperamos con-
tar com a presena e simpatia das tcni-
cas do Instituto de Medicina Tradicional!
Bem hajam!
Dra. Isabel Moutinho (Coordenadora do
PES Escola Secundria Jos Macedo
Fragateiro)
Comeamos por agradecer ao Instituto
de Medicina Tradicional por ter estado
presente na Mostra de Formao Profis-
sional da Escola Pro Vaz de Caminha.
Foi com enorme satisfao que os nos-
sos alunos Vos receberam. A curiosidade
destes pelo Vosso trabalho foi grande,
tendo sido um stand muito requisitado e
com muitos olhos e ouvidos curiosos e
interessados. Esperamos contar com a
Vossa visita para o prximo ano, para que
outros tenham a oportunidade de conhe-
cer o Vosso trabalho e oferta formativa.
Dra. Raquel Lacerda (Psicloga da Esco-
la E.B. 2,3 Pro Vaz de Caminha)
O Municpio de Paredes, atravs do seu
Pelouro de Ao Social, com o apoio da
APPIS Associao Paredes pela Inclu-
so Social, realizaram nos dias 2, 3 e 4
de maio a 4 edio da inVista Feira
de Emprego, Formao e Empreendedo-
rismo, iniciativa que este ano decorreu
em simultneo com a ao 9 Ano e ago-
ra?, esta j na sua 6 edio. Entre as
instituies estreantes, na 4 edio da
inVista - Feira de Emprego, Formao e
Empreendedorismo, destacamos o Insti-
tuto de Medicina Tradicional que com a
sua presena enriqueceu o certame, na
medida em que apresentou ao pblico
um conjunto de condies fundamentais
para uma formao de qualidade, com
um programa acadmico inovador, bem
estruturado e orientado para a empre-
gabilidade. Muito obrigado pela V. pre-
sena e contamos convosco na prxima
edio da inVista.
Dra. Susana Cunha (Cmara Municipal
de Paredes)
Estive na Escola Secundria de Jaime
Magalhes Lima no mbito da feira vo-
cacional, em representao do IMT - Ins-
tituto de Medicina Tradicional do Porto
e do Curso de Massagem Ayurvdica.
Numa primeira fase a reaco das pes-
soas ali presentes (alunos e professores)
foi de apreenso, primeiro pela dificul-
dade em soletrar o nome milenar Ayur-
vdica-, depois pela estranheza que de
estarem perante uma massagem que iria
ser realizada no cho, em vez da mar-
quesa, numa massagem em que teriam
que se despir em frente de vrias pes-
soas. No entanto, depois de despidos
dos mitos e complexos, entregaram-se
beleza desta terapia, disfrutando de mo-
mentos de bem-estar. Foram alguns os
episdios que vivi na primeira pessoa,
dos quais realo dois que me ficaro para
sempre na memria: o de uma professo-
ra, que mesmo debaixo de um intenso
barulho se deixou adormecer, e o de uma
jovem que chegou junto de ns com do-
res intensas nas costas, provocadas por
mau posicionamento, e que depois de
cerca de 30 minutos de manipulao das
costas, saa da minha beira com vrias
palavras de agradecimento por sentir-se
como nova.
A ttulo de concluso quero afirmar
que, alm da enorme satisfao que foi
levar um pouco mais longe o bom nome
do IMT, com enorme orgulho que dei
a conhecer a Massagem Ayurvdica, na
certeza que da prxima vez que estes jo-
vens ouvirem este nome certamente tero
algo, de bom, a dizer sobre o mesmo.
louvvel a atitude do IMT - Instituto de
Medicina Tradicional em deslocar-se at
junto de jovens, cheios de expectativas
para o futuro, promovendo e divulgando
reas alternativas que tem muito por
onde crescer no nosso pas. Com efeito,
mais aces destas deveriam ser feitas,
para que todos possam ter a percepo
que, apesar da crise nas reas tradicio-
nais (ensino, sade, indstria) h mui-
tas reas que, por serem alternativas, so
cada vez mais so complementares.
Antnio Mendes Pinto (Aluno do Curso
Massagem Ayurvdica Teraputica)
Foi uma tarde muito agradvel onde
alunos e professores tomaram conhe-
cimento do que a Reflexologia, tendo
recebido tratamentos de reflexologia dos
quais todos saram muito relaxados e
mais felizes. Fiquei feliz pelos resultados
obtidos.
Marta Gonalves (Aluna do Curso de Re-
flexologia)
O IMT tem vindo a desempenhar uma
forte e importante tarefa nas demonstra-
es realizadas nas Escolas e Feiras Vo-
cacionais, permitindo assim dar a conhe-
cer aos futuros alunos o empenho, rigor,
profissionalismo dos docentes, bem como
os vrios cursos existentes ao dispor.
Destaco a importncia da interaco, do
envolvimento que temos com as pessoas
o que nos permite saber as opinies que
tm ao respeito das terapias que realiza-
mos.
Ricardo Gonalves (Aluno do Curso de
Shiatsu)
O IMT est na tua escola! Aproveita esta
oportunidade!
Pub Pub
Quer recuperar fora vital, relaxar o corpo e acalmar a mente?
Venha fitoclinic e revitalize o corpo, mente e espirito.
65
211 531 582 933 553 388
Av. de Berna 11, 7 | 1050 036 Lisboa
6 de JulhoSbado das 9.30 s 17.30com Maria Fernanda Sousa
Limite 10 participantes
Seminrio de
Reiki Tradicional Nvel 1SHODEN, o Despertar
10% desconto em inscries at 2 de Julho
10Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9
-
Indian Head Massage BragaBrbara Couto (Ex aluna do Curso de Shiatsu) IMT Braga
No passado dia 27 de Abril
realizou-se no IMT de Braga,
o workshop de Indian Head
Massage (IHM) lecionado
pela professora Sofia Gomes.
O workshop iniciou por uma parte terica
onde foi abordado o conceito e definio
de IHM, o enquadramento histrico, os
cinco elementos e os doshas, indicaes,
contra-indicaes e benefcios. Nessa
manh foi abordada a parte anatomofi-
siolgica e finalizou-se com a referncia
aos chacras, energias e alguns pontos
marmas.
Da parte da tarde estava uma sala harmo-
niosamente preparada para a parte prti-
ca do workshop. Cada participante teve a
oportunidade de aprender a sequncia da
IHM sempre seguida de muito perto pela
professora Sofia que, a cada passo, ia ob-
servando e rectificando os movimentos.
Os participantes estavam atentos e parti-
cipativos e o workshop fluiu de uma for-
ma muito positiva e organizada.
No final todos se juntaram num lanche
proporcionado pelo IMT onde os sorrisos
eram muitos e a sensao de aprendizado
e mais-valia para as vidas profissionais
de cada um eram falados entre os par-
ticipantes.
Pessoalmente, fiquei bastante impressio-
nada e identifiquei-me muito com a viso
Ayurveda das terapias. Como terapeuta
de Shiatsu, adquiri conhecimentos que
me vo permitir atender a mais necessi-
dades dos meus pacientes, tendo agora
uma alternativa prtica mais direcionada
quando as suas queixas forem dores de
cabea e/ou tenso muscular no pescoo
e ombros.
Senti que a matria foi exposta com mui-
ta clareza e rigor pela professora Sofia,
o que me d segurana para aplicar a
IHM como uma terapia absolutamente
credvel e com um grau de eficcia para
o paciente muito elevado.
Julgo que o IMT deve continuar a apostar
neste tipo de workshop que so sempre
fonte de enriquecimento para quem tra-
balha com terapias complementares e/
ou para simples interessados nestas te-
mticas.
Fica, por fim, mais uma referncia or-
ganizao do IMT de Braga que foi abso-
lutamente exmia, muito particularmente
ao excelente acompanhamento de todo o
workshop feito pela Ilda Ribeiro, como
alis nos tem vindo a habituar.
DiaAberto Leiria
Queima das Fitas Porto
Fnia Gomes, responsvel Delegao de Leiria
Vtor Rodrigues e Ricardo Pereira
No dia 4 de Maio, a Delegao
de Leiria, abriu as portas
para o primeiro Dia Aberto,
do Instituto de Medicina Tra-
dicional, na cidade de Leiria.
Esta iniciativa proporcionou a todos os
participantes a oportunidade de conhe-
cerem de forma dinmica o IMT e a sua
oferta formativa, para que possam esco-
lher o curso mais ajustado ao seu perfil e/
ou preferncias.
Foram efectuadas apresentaes tericas
e prticas sobre os seguintes cursos:
Curso de Reflexologia Prof. Ana
Pascoal
Curso de Shiatsu Prof. Lus Lavado
Curso de Tui-Na Prof. Lus Lavado
Curso de Massoterapia e Tcnicos Au-
xiliares de Fisioterapia Prof. Hugo Pe-
drosa e Prof. Pedro Garcia
Workshop de Massagem Geotermal
Pedras Quentes Prof. Hugo Pedrosa
Curso de Plantas Medicinais Prof.
Joo Beles
A apresentao de cada um dos cursos
foi realizada em salas temticas e teve
em considerao uma exposio terico
-prtica do curso, seguida de um momen-
to de debate e esclarecimento de dvi-
das, o que contribuiu para que cada um
dos participantes tivesse a oportunidade
de colocar as mais diversas questes
e desta forma, ficasse elucidado sobre
a prestao de cuidados de sade que
a Medicina Tradicional oferece, assim
como, a necessidade de uma formao de
qualidade, para serem formados terapeu-
tas de excelncia.
O dia Aberto contou com a presena do
Dr. Nuno Norte, adjunto da direco do
IMT, no qual referiu que a Delegao
oferece vrias mais-valias para a cida-
de de Leiria, nomeadamente no que diz
respeito oferta de servios de forma-
o numa rea em expanso, com boas
perspectivas de empregabilidade, o que
por seu lado vem ajudar na reteno de
populao jovem e qualificada na regio
e contribuir para o crescimento socioe-
conmico local, atravs da oferta de ser-
vios na rea da prestao de cuidados
de sade e bem estar, contribuindo assim
para a melhoria da qualidade de vida
daqueles que procurarem estes servios.
O Dia Aberto superou qualquer expec-
tativa, nas presenas dos participantes,
na participao nas actividades do pro-
grama e nos comentrios partilhados.
Conseguiu deste modo concretizar o seu
objectivo de promover o Instituto e a sua
oferta formativa.
Um muito obrigada a todos!
Assim chega ao fim mais um
ano. No s altura de fazer
um balano do ano lectivo
como tambm do ano acad-
mico que marcou a Praxe no IMT Porto.
Antes de mais, importante realar que
o balano francamente positivo. O ano
apresentava muitos desafios: a imple-
mentao de um Conselho de Veteranos
que supervisionasse a Praxe, constitui-
o de uma Comisso de Praxe capaz de
enfrentar as responsabilidades dos novos
desafios, planeamento e realizao de um
calendrio mais rico que nos anos ante-
riores. com grande satisfao que afir-
mamos que o ano passou sem incidentes
que manchassem a imagem da Praxe ou
do IMT Porto, temos um grupo de novos
doutores prontos a transmitir os valores
de Praxe aos Caloiros. Como alunos com
mais anos de instituto, um prazer aju-
dar formao de novos doutores, imple-
mentao de uma educao praxstica
com valores correctos e a criao de ami-
zades que, cremos ns, iro durar todo o
percurso acadmico.
Como no poderia deixar de ser, o ponto
alto da Praxe no IMT Porto est intima-
mente ligado com as festividades da Aca-
demia do Porto. conhecida a Queima
das Fitas, mas essa apenas uma das
actividades que marcam esta poca festi-
va. Graas constante presena semanal
nas reunies do "Magnum Consillium
Veteranorum", rgo mximo da Praxe
do Porto, foi possvel fazermo-nos notar
como Casa presente e interessada em
pertencer a este conselho. Sabamos de
antemo que no seria um plano concre-
tizvel a curto prazo, no entanto, neces-
srio comear por algum lado. Foi com
alguma surpresa da nossa parte que vi-
mos os nossos pedidos correspondidos e
nos foi possvel participar num conjunto
de actividades que, at h um ano atrs,
seria apenas um sonho.
Como tradio, a Semana iniciou-se
dia 4 de Maio com a Monumental Sere-
nata, este ano realizada na Avenida dos
Aliados do Porto. neste momento que
os Caloiros sentem pela primeira vez o
traje acadmico, em que os Padrinhos
lhes traam a Capa ao som dos vrios
grupos de fados acadmicos e muitas
emoes se fazem sentir. Um momento
importante porque no s marca o final
de um ciclo para os que esto a come-
ar, como o encerrar de outro para aque-
les que vo deixar a vida acadmica em
breve.
De salientar que pela primeira vez mem-
bros do IMT Porto subiram ao palco da
Monumental Serenata, na presena do
Dux Institutus e de uma Veterana, am-
bos finalistas e que nunca antes as fitas
Bordeaux e Amarelo se tinham visto na
imensido de fitas.
Um momento muito especial para a nos-
sa Casa foi a realizao da Cerimnia de
Imposio de Insgnias 2013, no dia 5
de Maio, que contou pela primeira vez
com Cartolados. o primeiro ano que o
IMT Porto tem finalistas do quarto ano
de Osteopatia, e no quisemos deixar
passar esse momento. Todos os alunos
receberam as respectivas insgnias que
assinalam a passagem de ano lectivo e os
quartanistas trocam as Fitas pela Cartola
e Bengala. Um momento bastante emoti-
vo para os alunos com mais matrculas e
que simboliza a tradio que queremos
deixar como legado aos anos seguintes e
que contou a presena de alunos e pro-
fessores, assim como de familiares e ami-
gos convidados. A cerimnia terminou
com um Porto d'honra em jeito de lanche
de convvio.
Outra actividade marcante foi a presen-
a no Cortejo Acadmico da Queima das
Fitas Porto 2013. Graas a uma relao
construda com a Universidade Lusa-
da do Porto, fomos convidados por esta
nobre Casa a participar, incorporados no
seu desfile. Para os Caloiros aqui que
voltam a subir na hierarquia de praxe.
apenas nos ltimos 30 metros, percor-
ridos de joelhos, que deixam de ser Ca-
loiros e passam a ser "Pastranos". Titulo
esse que mantm at ao incio do prxi-
mo ano lectivo. Para Doutores e Vetera-
nos esta foi uma estreia que nos encheu
de orgulho e de satisfao. Embora tenha
sido um dia cansativo (o cortejo inicia-se
s 14h00 e termina perto da meia-noi-
te), encerrou com chave de ouro um ano
"pioneiro" para a Praxe do IMT Porto.
Atravs do nosso Dux Intitutus, e outros
alunos, o IMT Porto fez-se ainda repre-
sentar noutras actividades desta semana:
Missa da Bno das Pastas, Beneficn-
cia, Concerto Promenade, FITA - Festi-
val Internacional de Tunas Acadmicas,
Sarau Cultural, Baile de Gala e Garraia-
da. No queremos despedirmo-nos sem
antes fazer uma dedicatria ao colega
Marlon Correia, aluno da Faculdade de
Desporto, que faleceu ainda antes do in-
cio da semana da Queima das Fitas, vti-
ma de um acto deplorvel. Nesta altura
importante mostrar que a Praxe no s
festa, no s Traje, tambm respeito e
solidariedade. Ao longo de todas as festi-
vidades que marcaram a semana acad-
mica, fez-se sentir esse sentimento, com
vrias homenagens ao jovem. As nossas
palavras de afecto vo para os seus fa-
miliares e amigos nesta hora mais negra.
Comprometidos com a ideia de que este
no verdadeiramente o fim do nosso
envolvimento na Praxe e no IMT Porto,
os votos de maiores felicidades e cum-
primentos dos quartanistas do curso de
Osteopatia e restantes membros do Con-
selho de Veteranos do IMT Porto.
Capa negra de saudadeNo momento da partidaSegredos desta cidadeLevo comigo pr vida.
- Balada de despedida - Veteranorum Victorius Jornalistis Politicus e Dux Institutus Ricardus Gigantonis Primarium,
11 Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9
-
Artigos
A Energia
Digerir no Ayurveda
Tiago Gonalves Cabeleira, Ex-Aluno do IMT Lisboa (Naturopata)
Michele P, ADG do IMT e Terapeuta Clnica Panchakarma
O Chi o princpio primrio do Taosmo. O Taosmo
o Absoluto, consegue ao mesmo tempo ser o ca-
minho, o caminhante e o acto de caminhar. Ou seja,
para atravessar o caminho que a vida necessrio
que o caminho exista, mas para atravessar o caminho ne-
cessrio existir quem o posso caminhar, mas apesar disto tudo
ainda necessrio que esse algum o consiga caminhar; se al-
gum destes elementos falhar, qualquer um dos outros deixa de
fazer sentido, pois no serve de nada um caminho se no poder
ser atravessado, mas tambm no serve um caminhante se no
existir caminho ou se no se conseguir caminhar.
Podemos ento dizer que para podermos avanar na vida (ca-
minho) necessrio que ns (caminhante) possamos e queira-
mos viver com sabedoria e com equilbrio (acto de caminhar).
O Taosmo incute um esprito de totalidade e de que para al-
canar a longevidade necessrio procurar restaurar o equil-
brio das energias atravs da fora energtica e espiritual.
O Taosmo encara toda a vida e toda a existncia como ener-
gia, designando essa mesma energia por Chi. Assim, o Chi a
origem de tudo e para os orientais constitui o objeto primordial
do seu estudo, independentemente das suas mltiplas formas
de apresentao. O Chi no mais que a energia que circula
atravs do nosso organismo e que permite a manuteno da
sade a todos os nveis, fsica, mental, energtica, emocional
proveniente de um trato digestivo disfuncional, faz com que res-
tos alimentares no digeridos ali continuem a sofrer um processo
de decomposio (fermentao e putrefao) bacteriana. Este
processo produz substncias altamente txicas (toxinas endge-
nas) que aliadas a outras toxinas que porventura possam existir
na alimentao (agrotxicos, qumicos e promotores de cresci-
mento, conservantes, edulcorantes, acidulantes, etc. toxinas
exgenas), acabam por ser absorvidas pela corrente sangunea
provocando alteraes metablicas, endcrinas e imunolgicas.
A matriz de constituio formada pela combinao dos humores
no nascimento condiciona a capacidade digestiva e a competn-
cia individual na produo de enzimas para a digesto de cada
alimento, ou seja, existe uma capacidade metablica especfica
associada a cada humor o jataragni (fogo da digesto), res-
ponsvel pela transformao dos alimentos - que caracteriza a
qualidade da digesto para os diferentes tipos de constituio.
nesse sentido que o Ayurveda diz ns somos mais do que aquilo
que comemos: somos acima de tudo aquilo que assimilamos!
Tudo o que entra em contacto com os nossos rgos dos senti-
dos est sujeito a essa assimilao, e atravs da digesto que
alimentos, sentimentos, pensamentos so digeridos e integrados,
ou no.
Atravs de recursos bem definidos, o mdico ou terapeuta ayur-
vdico chega ao diagnstico do humor ou humores que possam
estar a causar desequilbrios. O diagnstico ayurvdico permite
a deteo precoce de patologias possibilitando a prescrio de
um tratamento (Ayurveda Chikitsa). O primeiro passo no trata-
mento a desintoxicao do organismo, pois o acmulo de
toxinas juntamente com o desequilbrio energtico a causa bsi-
ca da manifestao das doenas. O tratamento ayurvdico por
isso constitudo por um regime alimentar adequado constitui-
o individual, fitoterapia, terapias de oleao e massagem que
restituem o equilbrio inicial.
Reconhecer e eliminar toxinas, alm de reduzir a sua entrada no
organismo, o segredo desta terapia, pois as toxinas bloqueiam
o fluxo de energia vital (Prana) e so as fontes das doenas e
do envelhecimento que podem acelerar a morte do corpo fsico.
Neste processo a nutrio, o exerccio fsico progressivo, e a me-
ditao tm um papel fundamental na purificao do corpo, da
mente, e do esprito.
Vata, Pitta e Kapha so os humores que caracterizam
os bitipos da Medicina Ayurvdica. Cada indivduo
nasce com uma combinao particular destas trs
energias produzindo uma matriz nica a prakriti.
A sade individual no Ayurveda surge por isso aliada s carac-
tersticas de nascena. Quando a dose de Vata, Pitta e Kapha
se encontra na proporo original da matriz de nascimento,
manifestamos um estado de bem-estar fsico, mental e social
completo. Contudo as alteraes alimentares, climticas, de re-
lacionamento, medos, angstias e ansiedades vo alterando as
caractersticas dos humores (Vata, Pitta e Kapha), fazendo-os
moverem-se dentro do organismo, provocando desequilbrios
que podem acarretar doenas fsicas, psicolgicas ou sociais.
O conceito de nutrio ahar no Ayurveda abrange todas as
formas como retemos a informao exterior pelos rgos dos sen-
tidos. Com o tempo, o nosso organismo vai assimilando toxinas
provenientes da m qualidade da alimentao, do ar e dos nossos
pensamentos e sentimentos txicos. Se, associado a isso ocorre
um desequilbrio nos humores, os nossos rgos internos passam
a funcionar insatisfatoriamente e essas toxinas comeam a acu-
mular-se, sobretudo ao nvel do trato digestivo. A m digesto,
e espiritual. Quando se d um bloqueio desse fluxo energti-
co, surge a doena. A energia, Chi, dever circular livremente
de forma a proporcionar uma relao harmnica entre todos os
componentes do organismo. Esta energia, causadora de sade
e doena, encontra-se constantemente na forma de Yin ou na
forma de Yang.
O Yin origina o Yang, e o Yang origina o Yin, este ciclo
que mantm a sade. O Yin e o Yang designam os opostos que
existem em tudo, como o masculino e o feminino, o alto e o
baixo, o gordo e o magro, etc. O Yin e o Yang compem tudo no
universo e o equilbrio depende do equilbrio entre eles, sendo
que o Yin e Yang esto em constante permuta. So opostos mas
complementares, na medida em que se transformam um no ou-
tro, como o dia (Yang) se transforma em noite (Yin).
Yin tudo aquilo que tem tendncia imobilidade, quietude,
materializao, interiorizao, a depositar-se, a permane-
cer, etc., Yang tudo aquilo que tende projeo, exteriori-
zao, ao, a mover-se, a voar, etc.
O Homem um agregado de Yang e Yin em profunda interde-
pendncia. O Yang do Homem a energia, enquanto o Yin
o sangue (matria). Portanto o Homem forma um Tao no qual
a matria, o sangue, utilizada para gerar atividades energti-
cas e o Chi, energia, gasto na manuteno dessas atividades
biolgicas.
A sade o estado de equilbrio do Yin e Yang interno que
permite a interao favorvel com o meio. Devemos conside-
rar que este equilbrio necessrio para manter a homeostasia
(equilbrio) do Homem com o meio. O Yin e o Yang so duas
foras complementares, que devem estar sempre em equilbrio
originando sade, ou no caso de desequilbrio originando a
doena. O desequilbrio das energias Yin e Yang produz con-
sequncias para o homem e para a natureza, e a morte significa
o cessar da energia Chi.
O Yin e Yang no so critrios de oposio absoluta, so crit-
rios de oposio relativa. No representam um ser ou uma coisa
de maneira estvel, seno que evolucionam de acordo com as
transformaes dos seres e das coisas. Assim, pode dizer-se
que a matria produz atividade que por sua vez transforma a
matria e isso indefinidamente.
Como vemos no smbolo do Tao, no existem um Yang e um
Yin absolutos. O crculo exterior representa o Tao, existe a re-
presentao do Yin e Yang por duas figuras simtricas de cores
diferentes, h uma pequena parte de Yin no Yang e vice-versa.
O cu foi criado por acumulao de Yang, a terra por acumulo
de Yin, o cu e a terra representa o movimento e o repouso
controlados pela sabedoria da natureza.
A energia a causa de toda a produo e de toda a destruio
Nei Jing Su Wen
12Maio-Junho 2013 Medicina Tradicional VIS MEDICATRIX NATURAE N 9
-
Homeopatia e as Rinites
Luis Teodoro Marques, Docente do IMT e Terapeuta Fitoclinic
A utilidade do remdio Allium cepa
A homeopatia tem vindo a ser cada vez mais reconhecida e
utilizada como um mtodo teraputico eficaz contra as rini-
tes, nomeadamente as que sazonalmente afetam um eleva-
do nmero de pessoas, todas as primaveras.
Estas rinites so em geral de tipo alrgico e surgem como uma resposta
excessiva e desequilibrada do organismo em relao a agentes exter-
nos, os alrgenos, como os plens. Caracterizam-se pela inflamao
das mucosas ORL e o consequente aumento da produo de mucos,
originando os sintomas mais marcantes e comuns desta perturbao:
o corrimento nasal, a lacrimao excessiva, pruridos ou ardores nos
olhos, pruridos no nariz, espirros, entre outros.
Existem, porm, diferentes tipos de rinites alrgicas, relacionadas a
diversas causas, como as que se desenvolvem por reao a caros,
produtos qumicos, ou outros, e ainda as rinites de origem viral ou
bacteriana.
Contudo, em homeopatia, o tratamento deve ser escolhido no tanto
pela origem ou tipo de rinite, mas antes pela identificao especfica
dos sintomas de cada pessoa, formando um quadro clnico exclusivo.
O que significa que a teraputica a aplicar deve basear-se na sele-
o do remdio homeoptico que melhor cobre o conjunto de sintomas
e sinais especficos de cada indivduo, sendo esse o mais adequado.
Existem, por isso, vrios remdios homeopticos usados neste tipo de
tratamento.
No entanto, um dos mais usados na rinite alrgica sazonal o rem-
dio Allium cepa, produzido a partir da cebola, sendo um dos que me-
lhores resultados obtm num elevado nmero de casos. De facto, na
Matria Mdica deste remdio surgem descritos muitos dos sintomas
mais comuns desta perturbao. Exemplo disso o Tratado de Mat-
ria Mdica de Vannier e Poirer, onde constam diversos sintomas bem
conhecidos e comummente experimentados por muitas pessoas, entre
os quais, os seguintes sintomas relacionados ao remdio Allium cepa,
e que este pode tratar:
[] Olhos vermelhos com dores picantes e ardentes. Fotofobia. La-
crimejamento abundante, no irritante. [] Coriza aps exposio ao
vento hmido []; corrimento abundante, aquoso [] Espirros fre-
quentes. Corrimento nasal caindo gota a gota, aquoso [] Coriza pe-
ridica, voltando a cada ano []
Sendo produzido a partir da cebola, interessante verificar que este
um dos remdios que ilustra bem o funcionamento da homeopatia, ou
seja, a cura pelos semelhantes. Isto significa que uma substncia capaz
de produzir um determinado conjunto de sintomas, tambm a subs-
tncia adequada para tratar os mesmos sintomas num indivduo doen-
te. Com efeito, todos ns j sentimos o ardor nos olhos, a lacrimao e
por vezes o corrimento nasal produzidos pelo descascar de uma cebola.
Como referido acima, apesar de Allium cepa ser um dos remdios mais
aplicados em homeopatia no tratamento da rinite, existem outros, tam-
bm com uso frequente. Entre os quais, Euphrasia, Luffa operculata,
Pulsatilla, Sabadilla, alm de numerosos outros remdios homeopti-
cos em cuja Matria Mdica constam diversos dos sintomas referidos.
Mas o tratamento homeoptico pode ter um alcance abrangente, que
vai alm dos sintomas relacionados a uma perturbao especfica. H
ainda a possibilidade de agir na pessoa como um todo pela identifi-
cao das caratersticas e comportamentos que a diferenciam e dos
seus sintomas ou sinais mais peculiares e relevantes, seja qual for a
sua localizao fsica, ou mesmo a nvel mental. Desta forma, h a
possibilidade de reduzir a sensibilidade que a pessoa apresenta em
relao aos alrgenos e assim prevenir que se desencadeiem novas
reaes a cada ano.
Assim, para a eficcia do tratamento importante uma boa seleo do
remdio a aplicar, estejamos perante um quadro agudo, em relao
ao qual Allium cepa surge como um dos remdios homeopticos mais
relevantes, estejamos perante um quadro crnico, onde a individua-
lizao da pessoa permite a seleo do tratamento de fundo, na sua
globalidade, permitindo aliviar no s os sintomas mais evidentes, mas
tambm as predisposies e vulnerabilidades especficas de cada indi-
vduo. Sendo este o foco fundamental da homeopatia.
Holismo, Terapias Energticas e Espiritualidade
Ana Paula Carneiro e Sandra Santos, docentes do IMT
gtica. Quantos profissionais de sade se sentem fisicamente
esgotados ao fim do dia, sem realizarem um trabalho fisicamen-
te pesado? Quanto desse esgotamento fsico produzido por
um esvaimento energtico?
, por isso, imperioso que o profissional de sade se prepare
devidamente para exercer a sua profisso de uma forma cien-
tificamente competente, energeticamente eficaz, e espiritual-
mente compensadora, tanto para si como para os pacientes.
Como podemos prepararmo-nos? Com o avano cientfico est
cada vez mais comprovada a existncia de tcnicas com base
meditativa como forma de preparao diria. O profissional de
sade , acima de tudo, um Ser Humano e, como tal, tambm
tem os seus problemas e dificuldades, podendo a sua conscin-
cia energtica estar pouco desperta para manter a neutralidade
perante os desafios que o paciente lhe traz. Da a possibilidade
de ocorrer um esvaimento energtico.
O primeiro passo est em aprender a manter essa neutralidade,
conseguida atravs de tcnicas de enraizamento (visualizao
de razes a sair pelos ps at ao centro da Terra com exerccios
de respirao associados), e de proteco e limpeza da prpria
energia (conscincia da aura, chakras e corpos energticos).
O enraizamento traz ao profissional de sade/terapeuta uma
maior conscincia sobre o seu corpo e sobre o momento pre-
sente o aqui e o agora aumentando o foco sobre tudo o que
o rodeia e aumentado a capacidade de escuta sobre as necessi-
dades do paciente. As tcnicas de proteo e limpeza vo per