Jornal Folha Quinzenal ZL - Mês de Agosto de 2013

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Foto: Divulgação JORNAL FOLHA QUINZENAL ZL - MÊS DE AGOSTO DE 2013 - EDIÇÃO 43 - ANO III Quinzenal ZL Folha RAIO-X DE GUAIANASES Neste mês, um especial sobre o bairro de Guaianases Um olhar experiente em uma nova geração Famílias ocupam prédios da Cohab ainda não entregues na Zona Leste Vereador Andrea Matarazzo conversa com moradores de Guaianases José Garcia dos Santos conhecido por andar pelas ruas do bairro, em sua Mobilete Caloi, filmando tudo que vê pela frente. Pág. 5 Apartamentos do conjunto habitacional Cohab Caraguatatuba, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, foram invadidos por mais de mil famílias. Pág. 2 O vereador Andrea Matarazzo (PSDB) esteve no bairro de Guaianases para conversar com moradores na Associação Liga Esportiva. Pág.3 Foto: Redrodução vídeo TV Globo

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Jornal Folha Quinzenal ZL - Mês de Agosto de 2013

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Foto: Divulgação

JORNAL FOLHA QUINZENAL ZL - MÊS DE AGOSTO DE 2013 - EDIÇÃO 43 - ANO III

QuinzenalZLFolha

RAIO-X DE GUAIANASES

Neste mês, um especial sobre o bairro de Guaianases

Um olhar experiente em uma nova geração

Famílias ocupam prédios da Cohab ainda não entregues na Zona Leste

Vereador Andrea Matarazzo conversa com moradores de Guaianases

José Garcia dos Santos conhecido por andar pelas ruas do bairro, em sua Mobilete Caloi, filmando tudo que vê pela frente. Pág. 5

Apartamentos do conjunto habitacional Cohab Caraguatatuba, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, foram invadidos por mais de mil famílias. Pág. 2

O vereador Andrea Matarazzo (PSDB) esteve no bairro de Guaianases para conversar com moradores na Associação Liga Esportiva. Pág.3

Foto: Redrodução vídeo TV Globo

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Apartamentos do conjunto habitacional Cohab Caraguatatuba, em Itaquera, Zona Les-te de São Paulo, foram invadidos por mais de mil famílias na sema-na passada. Outras fa-mílias que esperavam a entrega das casas para enfim ter um teto agora não sabem o que fazer. Algumas ligaram para o SPTV reclamando da si-tuação. As unidades ain-da não foram entregues pela Caixa Econômica Federal (CEF).

Mais de mil famílias invadiram o Conjunto Habitacional Caraguata-tuba na semana passada. Elas afirmam que não são ligadas a nenhum movimento. Algumas fa-mílias moravam de favor ou em áreas invadidas. A cabeleireira Cristiane Persa é uma das pessoas que ocupam o conjunto. Ela vivia de aluguel com a família no bairro e diz que está cadastrada em programas de habita-ção da Prefeitura de São

Paulo há 16 anos. “Ocu-pamos porque ninguém resolve nada. A grande maioria necessita de casa. Não é associação, não é movimento. É a população”, afirmou.

A Cohab Caraguata-tuba tem 940 unidades. A obra é da CEF e come-çou em outubro de 2010 para ser entregue agora, em julho. Os novos “mo-radores” afirmam que os apartamentos estão vazios há meses. Segun-do a estudante Adriana Goes, as famílias que-rem pagar. “Estamos tentando um acordo com a Cohab ou com a Prefeitura. Ninguém quer ficar de graça. Nós queremos pagar.”

A Secretaria Mu-nicipal de Habitação disse não ser favorável à invasão e que tenta uma negociação ami-gável. Segundo a pasta, a segurança da obra e o processo jurídico são de responsabilidade da CET ou da construtora responsável.

Famílias ocupam prédios da Cohab ainda não entregues na Zona LesteElas não estão entre as contempladas pela Secretaria da Habitação. Previsão de entrega era para este mês de julho

ExpedienteJORNAL FOLHA QUINZENAL ZLDIRETORA - NILZA SOARES EDITOR - DIOGO CANDIDOTIRAGEM 20 MIL EXEMPLARES 30 DE JULHO A 15 DE AGOSTO DE 2013TEL. 11 [email protected]

São Paulo – Morado-res da Vila Itaim, no bair-ro Jardim Helena, zona leste da capital paulista, aguardam há três anos para serem retirados do local, que é sujeito a grandes alagamentos. Em 2010, fortes chuvas deixaram o bairro alaga-do por três meses.

Após esta enchente, houve uma ação de re-moção, motivada tam-bém pelo início das obras do Projeto Parque Linear da Várzea do Tietê. De acordo com a Secretaria de Habitação do muni-cípio, 2.300 famílias já foram removidas e 4 mil permanecem no local. Os moradores contestam os números: segundo

eles 6 mil pessoas ainda continuam em situação indefinida.

O vendedor Gleison Ferreira, de 31 anos, con-ta que perdeu pratica-mente todos os seus mó-veis na enchente e que não aceitou o bolsa alu-guel oferecido para ele na época, com receio de não conseguir uma moradia definitiva, como conta à Rádio Brasil Atual.

“Em 2010 entrou mais ou menos 1,20 metro de água dentro de casa. Eles [representantes do poder público] vieram e tira-ram o pessoal com bolsa aluguel. Ficaram de ti-rar o restante e ninguém resolve nada. Quando chegam janeiro e feve-

reiro eles vêm dizer vão resolver e não fazem nada. A única coisa que fazem aqui é passar lim-pando os bueiros”, con-ta. “Tem que tirar a gen-te, mas com dignidade, para um lugar onde a gente possa morar sem correr outro risco”.

De acordo com o agente social do Insti-tuto Alana, Oswaldo Ribeiro Santos, parte das famílias recebeu auxílio aluguel de R$ 300; 340 famílias foram para apartamentos da

CDHU, em Itaquaque-cetuba e São Matheus; e uma terceira parte rece-beu indenizações de R$ 10 mil a R$ 70 mil.

Ele ressalta que nem a prefeitura nem o gover-no do estado forneceram informações concretas sobre a remoção dos mo-radores da Vila Itaim. “Nós nos reunimos com alguns departamentos públicos e nunca tive-mos respostas concretas quanto à política habita-cional, às empresas que estarão nas licitações das obras e se há possi-bilidade de diminuir o número de remoções”, afirmou à Rádio Brasil Atual. “Hoje as pessoas vivem apavoradas pelo risco de enchente”.

A Secretaria Munici-

pal de Habitação infor-mou que neste primeiro semestre serão entregue mais de 750 unidades do conjunto habitacional Caraguatatuba, em Ita-quera. Todas as famílias estão recebendo bolsa aluguel, previsto até a conclusão das unidades. Já a Secretaria Estadual de Habitação e a CDHU se comprometeram a construir 2.500 unidades

DéficitO déficit habita-

cional na cidade é de cerca de 230 mil ca-sas. A prefeitura diz que 11 mil estão sen-do construídas e que até o fim do ano as obras de outras 6 mil devem começar.

A secretaria disse também que entre-gou 532 unidades no começo deste ano. E o programa de metas da Prefeitura de São Pau-lo prevê a construção de 55 mil novas mora-dias em quatro anos.

habitacionais para as fa-mílias de São Paulo e 500 para Guarulhos.

Segundo a CDHU terrenos foram destina-dos para a construção de 1.257 unidades habita-cionais, mas ainda não há prazo para liberação. A conclusão da primeira fase do Parque Linear da Várzea do Tietê esta pre-vista para 2016.Redação da RBA

Moradores da Zona Leste de SP aguardam há três anos por remoção de área de riscoO agente social do Instituto Alana, Oswaldo Ribeiro Santos, ressalta que nem a prefeitura nem o governo do estado forneceram informações concretas sobre a remoção das famílias

Foto: Anelize Moreira/RBA

NOSSA REGIÃO

Ruas alagadas na Vila Itaim

Foto: Redrodução vídeo TV Globo

Apartamentos ocupados

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Famílias ocupam prédios da Cohab ainda não entregues na Zona Leste

Vereador Andrea Matarazzo conversa com moradores de Guaianases

JORNAL FOLHA QUINZENAL ZLDIRETORA - NILZA SOARES EDITOR - DIOGO CANDIDOTIRAGEM 20 MIL EXEMPLARES 30 DE JULHO A 15 DE AGOSTO DE 2013TEL. 11 [email protected]

Projeto de lei apre-sentado pelo deputado estadual Chico Sardelli (PV) na Assembleia Le-gislativa proíbe a comer-cialização do aspartame e o seu uso na composi-ção de alimentos, bebi-das ou qualquer outro produto elaborados ou comercializados no Es-tado de São Paulo. De acordo com o artigo 1º, a proposta estabelece nor-mas de proteção à saúde e de responsabilidade por dano ao consumi-dor, previstas na Consti-tuição, para a eliminação dos riscos causados pelo consumo do aspartame.

O Poder Público deve divulgar informações nas escolas, nas unidades de saúde e nos meios de co-municação a respeito dos riscos gerados pelo uso do aspartame. A infração acarretará aos responsá-veis, segundo o projeto, a multa diária de 100 a 1.000 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps), valor corres-pondente de R$ 1.937,00 a R$ 19.370,00, podendo ser até triplicada em caso de reincidência. Os pro-dutos comercializados irregularmente serão recolhidos pela fisca-lização, após a devida comprovação técnica de seu teor.

“Na busca por alter-nativas para substituir o açúcar refinado, muitos produtos foram lança-dos usando o aspartame como adoçante artifi-cial. Mas essa substân-cia não é uma opção saudável e pode trazer inúmeros malefícios ao nosso organismo”, diz a

Projeto de lei proíbe industrialização e comércio do aspartame no Estado

habitacionais para as fa-mílias de São Paulo e 500 para Guarulhos.

Segundo a CDHU terrenos foram destina-dos para a construção de 1.257 unidades habita-cionais, mas ainda não há prazo para liberação. A conclusão da primeira fase do Parque Linear da Várzea do Tietê esta pre-vista para 2016.Redação da RBA

Moradores da Zona Leste de SP aguardam há três anos por remoção de área de risco

A cidade de São Paulo ganhará o primeiro “Hos-pital Amigo do Idoso” da América Latina. O anún-cio foi feito pelo governa-dor Geraldo Alckmin nes-ta sexta-feira, 26, durante a solenidade que marcou o lançamento da maior reforma e ampliação da história do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). “Estamos inician-do uma grande obra, num grande hospital, serão R$ 147 milhões de investi-mento, começando agora. Em fevereiro será entregue o novo pronto-socorro e, até maio de 2015, toda a obra fica pronta. Vamos ter prédios novos e no-vas áreas de UTI”, afir-mou Alckmin.

Hoje, o Iamspe atende 10% da população com 60 anos ou mais de todo o Es-

tado de São Paulo, e 60% dos pacientes internados no HSPE são idosos. O Instituto já desenvolve projetos voltados a essa faixa etária, a exemplo do Programa de Gerencia-mento de Pacientes Crô-nicos, que beneficia 27 mil pessoas em todo o Estado, o Prevenir Iamspe, o Pro-grama de Atenção ao Ido-so (PAI) e uma enfermaria de Cuidados Paliativos, pioneira no Brasil.

Localizado na zona sul da capital paulista, o hos-pital se tornará unidade de referência nacional em assistência médica mul-tidisciplinar a pacientes idosos. A reforma, que é coordenada pelo Institu-to de Assistência Médica ao Servidor Público Es-tadual (Iamspe), dotará o novo pronto-socorro

adulto com característi-cas especiais para atendi-mento à população idosa, incluindo adequação de consultórios e área física com dimensões de aces-sibilidade, além de equipe multidisciplinar capacita-da para assistência às pes-soas com 60 anos ou mais e fluxo de atendimento respeitando os critérios de classificação de risco.

Já o Centro de Promo-ção e Proteção à Saúde do Idoso contará com serviço de reabilitação física e so-cial para a promoção do envelhecimento saudável. Também abrigará área de lazer e convivência, cozi-nha experimental e um anfiteatro para 420 pesso-as, com acesso indepen-dente que possibilitará a entrada de recursos adi-cionais para o Instituto.

Com as obras, o Cen-tro de Oncologia do hos-pital terá capacidade operacional ampliada em 25%, passando a realizar cerca de 14,3 mil procedi-mentos por ano. O núme-ro de leitos de UTI Adulto será ampliado, passando dos atuais 52 para 78. Ain-da fazem parte do projeto uma nova área da Central de Esterilização de Mate-riais e um novo Centro de Diagnóstico por Imagem.

O Centro de Diag-nóstico por Imagem re-aliza atualmente 30 mil exames/mês. A moder-nização das instalações e melhoria no fluxo de atendimento permiti-rão aumentar a produ-ção em 20%.

As fachadas do HSPE passarão a ser ventiladas em cerâmica e brises, pro-

Hospital Amigo do Idoso primeiro da América LatinaReforma do Hospital do Servidor Público Estadual faz parte do Programa de Modernização do Iamspe (PMI), que prevê um novo modelo de assistência médica, mais completa e ao mesmo tempo descentralizada para os usuários da instituição

Na segunda-feira (22/07), o vereador An-drea Matarazzo (PSDB) esteve no bairro de Guaianases para con-versar com moradores na Associação Liga Es-portiva. Na ocasião, foram discutidos temas que têm preocupado a comunidade, como o andamento e as mu-danças do Plano Dire-tor; mobilidade; segu-rança e saúde.

O encontro faz par-te da série de eventos “Conversa com pau-listanos”, iniciativa do parlamentar para aproximar as pessoas da vida política da ci-dade e prestar contas do seu mandato na Câ-mara Municipal de São Paulo. Há dois meses, Matarazzo vem conver-

sando com associações de bairro, lideranças locais e moradores em geral em diversos pon-tos da cidade. Sua pre-sença constante nas

porcionando economia com climatização e con-forto térmico. A reforma também garantirá maior confiabilidade para o funcionamento de áreas que não podem estar su-jeitas a interrupções de energia, como Centros Cirúrgicos e UTIs.

A reforma do HSPE faz parte do Programa de Modernização do Iamspe (PMI), que prevê um novo modelo de assistência mé-dica, mais completa e ao mesmo tempo descentra-lizada para os usuários da instituição.

O hospital funcionará normalmente no perío-do de reforma e ninguém ficará sem assistência. O Iamspe credenciou mais hospitais na capital e Grande São Paulo para re-ceber os servidores e seus

dependentes, se neces-sário. Neste caso, a regu-lação das vagas será feita pelo próprio Instituto.

Todos os setores do Ia-mspe estão trabalhando para garantir ao usuário o mesmo atendimento de qualidade durante as obras, de modo que os pa-cientes continuem sendo atendidos normalmente no período de reforma. Pontualmente, poderá ocorrer de os pacientes serem transferidos para outra ala, enquanto deter-minado setor é reformado.

Atualmente, o Hos-pital do Servidor Público Estadual conta com cerca de 1.000 médicos em 43 especialidades, além de 2.271 enfermeiros e técni-cos de enfermagem e 336 residentes médicos.

justifica do projeto. Ton-tura, fraqueza, dormên-cias e problemas de visão podem sinalizar envene-namento por metanol que pode ocorrer graças ao consumo constante e em longo prazo de pro-dutos com aspartame.

Pesquisadores da Fundação Ramazzini, em Bolonha, na Itália, realizaram um estudo no qual comprovaram que o adoçante sintéti-co provoca aumento no risco de câncer em co-baias. Atualmente, nos Estados Unidos, existe uma campanha para banir o aspartame e ou-tros adoçantes sintéticos do mercado. De acordo com os pesquisadores, eles causariam, além de cânceres, mal de Alzhei-mer, esclerose múltipla e doenças cardiovascula-res, entre outros males.

Os estudiosos come-çaram a pesquisar mais profundamente as pro-priedades dos adoçantes dietéticos quando nota-ram um aumento signi-ficativo de mortes repen-tinas entre esportistas ou pessoas com hábitos saudáveis. Pesquisado-res apontam que o peri-go do aspartame está no seu alto poder tóxico, já que é uma neurotoxina, ou seja, uma droga que destrói neurotransmis-sores que compõem o sistema nervoso.

Um dos maiores perigos do aspartame é que sua ingestão, nor-malmente feita em pe-quenas quantidades, mascara problemas que podem se tornar sérios para o organismo.

SP ACONTECE

regiões é uma oportu-nidade de ouvir os cida-dãos, fiscalizar as ações da Prefeitura e propor soluções em conjunto com a comunidade. De

uma maneira geral, o Plano Diretor tem sido o tema mais debatido, seguido por saúde e educação infantil.

Vereador Andrea Matarazzo em reunião com os moradores de Guaianases

Foto: Redrodução vídeo TV Globo

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“A Educação dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade huma-na, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, sua pre-paração para o exercício da cidadania e sua quali-ficação para o trabalho.”

Guaianases, bair-ro situado no extremo leste da periferia da Ci-dade de São Paulo, ten-do como característica acentuada bolsões de pobreza. Quadro social que oportuniza a exclu-são das crianças, jovens e adultos da região. Si-tuação que caracteriza a desigualdade de oportu-nidades oferecidas pela cidade mais rica do país.

“Constituem-se ob-jetivos fundamentais deste país, construir uma sociedade livre, justa, solidária, erradicar a pobreza e a margina-lização e reduzir as de-sigualdades sociais e re-gionais, promovendo o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor idade e quaisquer outras formas de descriminação.”

Nos últimos oito anos, coordenamos a educação municipal desta região, no período compreendido de janei-ro de 2005 a dezembro de 2012, visando atingir o objetivo principal do nosso país através do exercício da efetivação das Políticas Públicas de Qualidade.

Com Planejamento,

Os índios guaianases, moradores da área na época da colonização, foram homenageados na denominação dessa subprefeitura localizada no extremo leste de São Paulo. Sua área de 17,8 km2 é dividida em dois distritos de Lajeado e Guaianases os quais abrigam uma população estimada em 2010 em cerca de 300 mil habitantes

As origens da região re-montam à década de 1820, quando os índios já haviam desaparecido da região e as terras estavam distribuídas em propriedades rurais. Numa delas, situada no vale do ribeirão Lajeado e pertencente à família Bue-no, foram construídas uma pousada e uma pequena capela para receber viajan-tes. O atual Cemitério Laje-ado encontra-se nessa área.

Inaugurada em 3 de maio de 1861, a capela de Santa Cruz do Lajeado tor-nou-se o ponto central do nascente povoado. Quatro anos antes, começou-se a usar a denominação Laje-ado Velho para o entorno da capela e Lajeado Novo para o entorno da estação ferroviária ali erguida. Esse último local recebeu, no fim do século 19, uma nova capela, também chamada de Santa Cruz – o que levou à substituição da padroeira da capela anterior, que pas-sou a ser Santa Quitéria.

A região, que tinha sua economia baseada em pro-dutos hortifrutigranjeiros e agropecuários e no cultivo de flores, passou a contar com olarias por volta de 1920, quando chegaram até ali os trilhos da Estrada de Ferro Norte. Imigrantes ita-lianos fixaram-se na área, desenvolvendo atividades como o comércio e a fabri-cação de vinho e de tachos de cobre. Os espanhóis vie-ram a seguir, para explorar as pedreiras Lajeado e São Matheus, além de alemães e austríacos. Os migrantes nordestinos, hoje a maioria da população local, tam-bém começaram a chegar nessa época.

Guaianases tornou-se oficialmente um bairro em 1948. Já então era percep-tível que os baixos rendi-mentos obtidos pelo grosso da população tinham in-fluência preponderante na desordenada ocupação ur-bana observada, com mui-tas residências construídas em áreas de mananciais e locais com risco de enchen-tes. O déficit habitacional é, hoje, um dos principais problemas dessa região, na qual cerca de 15% dos habi-tantes vivem em favelas (a média da capital é de 11%). Mais de 60% dos chefes de família recebem no máxi-mo três salários.

Recuperação de ruas e urbanidade

Entre 2005 e 2007, fo-ram recapeados cerca de 48,6 mil m2 e pavimenta-dos quase 138 mil m2 de vias. Obras envolvendo a melhora de calçadas, pas-seios, revitalização de pra-

ças e recuperação de espaço público se multiplicaram.

Bombas reduziram o risco de enchentes ofereci-do pelo Piscinão de Guaia-nases. Ainda em 2008 devem ficar concluídas a canalização do córrego Itaquera-Mirim e a cons-trução da alça da Avenida Radial Leste, que facilitará o trânsito local.

O destaque nas ações fiscalizatórias foi para a remoção dos ambulantes de toda a região central de Guaianases, em 2007. Com a retirada de cerca de 1.100 barracas, os habitan-tes da área ganharam um centro renovado e de cara limpa. Houve ainda ade-são de todos os estabele-cimentos comerciais à Lei Cidade Limpa.

Pedagogia do meio am-biente

A implantação da A3P (Agenda Ambiental na Ad-ministração Pública) trou-xe ações pedagógicas vol-tadas para a preservação da natureza, desenvolvidas em conjunto com lideranças comunitárias. As iniciativas envolvem projetos de plan-tio de árvores, encontros de conscientização ambiental, reaproveitamento de mate-riais, uso racional de ener-gia elétrica e estímulo ao uso da luz natural.

CuriosidadeHavia um trecho da

estrada de ferro particular, ligando a estação do Lage-ado à Fazenda Santa Etelvi-na, hoje Cidade Tiradentes, cuja instalação ocorreu em 1908, tendo sido extinta em 1937, em cujos trilhos corria um bomdinho de passa-geiros e pequenos vagões de carga, para transportar lenha, tijolos, pedras, car-vão e produtos agricolas da região de Passagem Fun-da; outra curiosidade, era a existência de 14 lampiões que serviam como ilumi-nação Pública, localizados nas Ruas: 15 de Novembro (atual Rua Salvador Gia-netti) XI de Agosto (atual Rua Capitão Pucci), Rua: Floriano Peixoto (atual Rua Hipólito de Camargo) e Rua Santa Cruz (atual Rua Saturnino Pereira), instala-dos por volta de 1915.

Guainazes chegou em 1950, a contar com uma populaçaão de 10.143 habitantes, tornando--se por excelência, bair-ro dormitório; contava nessa época, com único meio de transporte, a va-liosa MARIA FUMAÇA da EFCB, até 1958, quan-do começou a correr os primeiros trens elétricos que até hoje nos servem.

limite municipallimites da subprefeituralimites dos distritoshidrografiaáreas verdes e parquessede da subprefeituraAMACEUMetrôCPTM

Raio-x de Guaianases: conheça um pouco mais sobre Guaianases

Ações da Subprefeitura nos últimos seis meses

Organização, Comando, Coordenação e Controle para que superássemos paradigmas de exclusão existente nas periferias da cidade. Propiciando educação de qualidade na adversidade. Iniciou--se uma programação de manutenção, reformas, substituição, ampliação e construção de novos pró-prios públicos municipais da educação.

As salas e escolas de lata existentes na região foram substituídas, es-colas ampliadas e refor-madas. Construção de 23 novas Unidades Escolares e 2 Centros Unificados de Educação. A rede que funcionava em três tur-nos diurnos, com o turno da fome, foi totalmente transformada em dois turnos de funcionamen-to diurno e um noturno. Essa transformação am-pliou em uma hora diária a mais de aula aos alunos.

Não podemos disso-ciar a educação da saúde da criança. Pensando nis-so implantou-se o pro-grama “Saúde na Escola”, equipe médica em aten-dimento em cada Unida-de Escolar e iniciando um programa de diagnósti-co, encaminhamento e acompanhamento médi-co e psicológico dos casos necessários, em parceria com a secretaria da saúde as crianças e adolescentes receberam atendimento e tratamento nos ambula-tórios e hospitais públicos da região.

Implantou-se o “Cen-tro de Formação e Acom-panhamento à Inclusão” aos portadores de defici-ência matriculados nas Unidades Educacionais, suprindo as necessida-des materiais para im-plementação desta ação, através da aquisição de insumos e formação de profissionais necessários

para melhor desenvolvi-mento deste trabalho.

Implantou-se o “Pro-grama Ler e Escrever”, “Toda força no Primei-ro Ciclo”, através de re-cursos e capacitação didática para todos os profissionais envolvidos no primeiro ciclo da alfa-betização. Implantou-se a língua Inglesa nos pri-meiros anos do Ensino Fundamental. Todos es-ses programas acompa-nhados dos materiais in-dividuais dos alunos bem como também o caderno de lição de casa.

A Educação em Guaianases no tangente ao Ensino Fundamental I e II, está universalizada, através da parceria entre estado e município.

Quanto a Educação Infantil de 0 a 5 anos, am-pliamos o atendimento principalmente na pri-meira infância dos 0 aos 3 anos. Esse atendimento foi realizado através da parceria entre Prefeitura e Organizações não Go-vernamentais, (O.N.G.s). O impacto na região com ampliação deste atendi-mento foi significativo, hoje nas 187 Creches con-veniadas implantadas na Diretoria de Educação de Guaianases, atendem aproximadamente 16.000 crianças.

Crianças que estão sendo estimuladas, cui-dadas, e alimentadas com qualidade e carinho. Crianças que com certeza terão sucesso e melhores condições de aproveita-mento no Ensino fun-damental. Com certeza na próxima década esta-remos assistindo o pro-gresso da região no cres-cimento do desempenho educacional.

Guaianases hoje está muito melhor no tan-gente a atendimento educacional. As crianças,

jovens, adolescentes têm ofertas para aten-dimento da demanda principalmente na Edu-cação Infantil e Ensino Fundamental. Necessi-tamos da continuidade dos investimentos para melhoria da qualidade do ensino e também de melhores condições de oferta de vagas no Ensi-no Médio.

Hoje contamos com uma escola técnica e dois polos de atendimento do ensino Técnico nos Cen-tros Educacionais Unifi-cados, isso com certeza contribui para a evolu-ção da região. Contamos ainda com uma Facul-dade Particular, “Facul-dade Guaianás” , voltada para o atendimento da realidade local, onde a maioria dos alunos são trabalhadores e a pos-sibilidade de ter acesso ao Ensino Superior pró-ximo da sua residência facilita a inclusão do mesmo nesse Universo tão sonhado por muitos jovens e adultos. Preci-samos de muito ainda para que tenhamos as condições ideais para uma Educação de Qua-lidade e oportunidade para todos. Mas, na úl-tima década fizemos grandes avanços para mudanças positivas para a comunidade da região. Necessitamos da con-tinuidade da aplicação de Políticas Públicas sérias e adequadas que venham de encontro as necessidades e anseios das regiões periféricas tão necessitadas da se-riedade e compromisso com o dever público dos nossos Governantes.

Mara Gianetti, Pe-dagoga, ex Diretora Re-gional de Educação de Guaianases, Cidade Ti-radentes e Lajeado.

Guaianases e a “Educação”

ESPECIAL GUAIANASES

Mapa de Guaianases

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Os índios guaianases, moradores da área na época da colonização, foram homenageados na denominação dessa subprefeitura localizada no extremo leste de São Paulo. Sua área de 17,8 km2 é dividida em dois distritos de Lajeado e Guaianases os quais abrigam uma população estimada em 2010 em cerca de 300 mil habitantes

Raio-x de Guaianases: conheça um pouco mais sobre Guaianases

Ações da Subprefeitura nos últimos seis meses

• Obras de pavimentação e implementação de guias e sarjetas no bairro, nas ruas Viela 43, Miguel de Arizo, Ipê-Cacunhanha, Salvador de Freitas, Viela 29 de Janeiro, Antônio Alves Ribeiro, Francisco Bucarelli, Serra da Queimada, José Antônio Major Pompeo, Ma-rio Lanza, Travessa Particular, Arco Íris, Tristão Gago, Raul Seixas, Cosme Deodato Tadeu, entre outras obras que estão sendo executadas no momento.

• Eventos como o Dia das Mães, Dia Mundial do Meio Ambiente e Festa do Escadão.

• Aniversário de 152 anos do bairro de Guaiana-ses, com o tradicional Desfile Cívico e Militar, Festa de Aniversário do Mercadão, além de atividades musicais e esportivas.

• Encontro com o pessoal do SEBRAE, que re-alizou uma palestra para novos Microempreendedo-res. O encontro com o Departamento de Iluminação Pública (ILUME), atendendo a grande demanda da população presente.

• Reunião do Plano Diretor Estratégico (PDE), que procurou entender as principais necessidades da comunidade e A IV Conferência do Meio Ambiente.

• Ação da UBS/AMA, mutirão de combate a dengue no Jardim Etelvina. Foram visitados 2.622 imóveis.

• Foram doadas 2 telas para caixa de água com a capacidade de 250 L, 212 telas para 500 L de caixa de água com a capacidade de 500 l e 88 telas para 1000 L de caixa de água com a capacidade de 1.000 l, totali-zando 302 telas.

• Atualmente, a Subprefeitura de Guaianases trabalha com o projeto de Revitalização da área muni-cipal, além da ampliação da Nova Radial Leste.

Dados sobre o bairro de Lajeado e Guaianases Idade Lajeado População ano 2010 Guaianazes População 2010

0 a 3 anos 10.166 6.0593 a 5 anos 7.962 4.8266 a14 anos 27.974 16.93215 a 17 anos 9.568 5.88618 a 25 anos 25.198 15.46360 ou mais anos 11.470 8.154

Equipamentos Esporte e Lazer Lajeado GuainasesCentros de Juventude 2 0CDM 0 2 Equipamentos de Educação e Biblioteca

Lajeado GuainasesCreches 4 5EMEI 4 5EMEF 4 3CEU 1 0CEU divisa com José Bonifácio 2 0Biblioteca 0 0 Equipamentos de Saúde Lajeado GuaianasesPronto Socorro 1 1Ubs 8 1AMA 1 6UBs divisa com Guainases 1 0CAPS 0 6

José Garcia dos San-tos, mais conhecido no bairro de Guaianases como Sr. Garcia, nas-ceu em 5 de agosto de 1927, na cidade Simão Dias, interior do Sergi-pe. Vive em Guaianases desde 1962, é viuvo e pai de um único filho e avô de 7 netos.

É conhecido por an-dar pelas ruas do bair-ro, em sua Mobilete Ca-loi, filmando tudo que vê pela frente, começou gravando os campeo-natos de futebol dos cinquentões, depois se-guiu registrando even-tos sociais, festas e até um incêndio na casa da sua vizinha.

Sr. Garcia acompa-nhou de perto o desen-volvimento do região. Exerceu diversas pro-fissões, foi operário da

construção civil e fez a rede de esgoto do bair-ro, depois mudou de profissão, virou mar-ceneiro e já foi dono de bar. Aposentou-se aos 77 anos, hoje divide seu tempo em filmar o que acontece no bair-ro, principalmente suas mazelas, e fazer trata-mento médico no posto de saúde do bairro.

Aos 86 anos, sofre de problemas vasculares e tem que fazer curati-vos no pé três vezes por semana. É ai que come-ça seu martírio. Toda vez que vai ao Posto de Saúde do Jd. Aurora, o Garcia fica indignado quando os funcionários dizem, que para fazer o curativo, ele precisa le-

Um olhar experiente em uma nova geração var os insumos: gases, pomada e esparadra-pos. É obrigado a usar o dinheiro da aposen-tadoria para não ficar sem o tratamento, lá se vai mais de R$50,00 por semana. Ele já fez dois cateterismos e duas an-gioplastias, aguarda a três anos por uma ci-rurgia no Hospital San-ta Marcelina.

Mas ele não desiste. Depois de tantos servi-ços prestados ao bairro, Sr. Garcia segue em sua mobilete filmando os problemas da região e tentando entender ta-manho descaso do Es-tado com as pessoas de Guaianases.

José Garcia com sua mobilete

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