Jornal Estado de Minas - Cine Pathé de volta
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ESTADO DE MINAS e s E X TA - F E I R A , 2 2 O E FEVEREIRO O E 2 o 1 3
MIA , n r
:~1 NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS
Savassi vai voltar a abrigar o tradicional cinema, que será reconstruído com edifício comercial de 9 andares que também deve ocupar o local
Cine Pathé ,.., ....
o
PEDRO ROCHA fRANCO
Depois de ter sido ocupa. da por igreja evangélica, fei
ra de roupas e estaciona' mento, o imóvel da Avenida
Cristóvão Colombo, 315, es-tá a um passo de voltar a ter
, a ocupação pela qual ficou • tão famoso- o Cine Pathé. O
Conselho Municipal de Patrimônio de Belo Horizonte
• aprovou projeto da Farkas; volgyi Arquitetura e da PHV
Engenharia para erguer um edifício comercial no local. Em contrapartida, as empresas vão reconstituir o cineina,mantendo a fachada e o foyer do antigo Cine Pathé (ambos tombados pelo pa
... trimônio), e doá-lo em definitivo à Fundação Municipal de Cultura.
Pelo projeto seria erguido um edifício comercial que será dividido com um centro cultural, onde ficará instalado o cinema. Nove andares, com média de 167 metros
-quadrados, devem ser desti-nados a salas e escritórios
- 'C<l>m entrada pela Rua Ala, goas. Dois andares subterrâ',f neos devem ser construídos ~ tpara criação de um estacionai t-rnento com 57 vagas. - " Os andares com entrada
pela Avenida Cristóvão Colombo voltariam a abrigar
,_ .uma sala de cinema multi uso
FARKASVÓLGYI ARQUITETURA/DIVULGAÇÃO
Perspectiva do novo cinema: sala multiuso dentro de centro cultural
com palco para palestras e 252 poltronas, além de espaço para exposição e um café-bar (primeiro andar). No mezanino, a ideia é criar uma área para manutenção de acervo permanente do Centro de Referência Audiovisual (Crav) e a sala de projeção do cinema. )untos, esses dois andares totalizam 593 metros quadrados.
Uma empresa especializada deve ser contratada para reconstituir fielmente o cinema, que, concluído, seria doado em definitivo à Prefeitura de Belo Horizonte, ficando a cargo da Fundação Municipal
de Cultura a operação dos espaços e a implantação dos equipamentos necessários. "O projeto é o resgate de um ambiente bacana. É um espaço que a cidade ganha", avalia o arquiteto responsável, Bernardo Farkasvolgyi, em depoimento saudoso dos tempos em que ia namorar no Pathé.
NEGOCIAÇÕES O apagar definitivo das luzes' do cinema se deu em 1999, época em que os filmes comerciais dos shopping centers já dominavam o mercado e o Pathé e outras salas de rua se rendiam ao
e volta formate. A sequência do filme foi tle pura decadência, com abmdono do prédio e ocupações que em nada lembravam o charme do antigo cinema. 'Jo ano passado, o espaço foi llugado para implantacão de um estacionamento pe'ta segunda vez. Com isso, os inve ~ tidores tiveram de negocia! a compra do imóvel, por meio de uma permuta com os proprietários. Mas, antes de as obras terem início, falta apr;)vação da Secretaria Munici~a1 de Regulação Urbana. A t:xpectativa é que até junho seja concedido o alvará qu€ dá permissão para as obras. A previsão é de que, depois disso, a construção dure 24 mese >. com investimento de R$ 20 milhões.
No sEgundo semestre de 2015, da'a prevista para conclusão cas obras, uma das mais tradicionais salas da capital pode voltar a exibir filmes f01a da rota de Hollywood. "O plano é estabelecer um cinema alternativo, longe d() roteiro comercial, com filmes de Almodóvar e outros ciretores europeus", afirma o presidente da Fundação Mun.cipal de Cultura, Leônidas OUveira, que já vislumbra a conposição de uma exposição )ermanente no mezanino tendo a cinematografia como tema.
I MEMÓRIA
O charme do letreiro luminoso
Avenida Afonso Pena, 759 Em 1920, o grupo Cinemas S.A. inaugura uma sala no Centro de Belo Horizonte, em alusão ao francês e inelustrial da sétima arte Charles Pathé. Treze anos passados e as portas cerradas depois da última sessão, dessa vez, seriam em definitivo- pelo menos naquele local. Quase três décadas depois do lançamento da sala, em 1948, para atender a demanda dos moradores do Bairro Funcionários, eram abertas as portas do novo Cine Pathé, na Avenida Cristóvão Colombo, 315 (foto). Por décadas, o empreendimento se tornou point dos jovens e das famz1ias, que a cada semana encontravam o anúncio de um novo clássico no letreiro luminoso.
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INFlAÇÃO
Nem BC acredita na meta
GEóRGEA (HOUCAIR
A inflação va.i mostrar resistência a ceder no primeiro semestre mas vai pisar no freio no segundo semestre do ano, afirmou ontem em Belo Horizonte o diretor de Política Econômica do Banco Centrai (BC), Carlos Hamilton Araújo. '"Feremos unia alta com certa resistência no primeiro semestre, mas a tendência é de recuo no segundo", disse, depois da apresentação do Boletim Regional Trimestral. Ele descartou a convergência da inflação à meta de 4,5% para 2013. · "Com as informações de que cllispomos, não é realista acreditar em convergência à meta de 4,5% em 2013", afirmou.
Segundo ele, a experiência internacional e a teoria econômica apontam inflação baixa e estável com condição para crescimento. O diretor do BC aproveitou a oeasião para ressaltar a atuação do BC. Ao ser questionado se a credibilidade da insütuição não estaria desgastada, ele afirmou que "a inflação ficou dentro do intewalo de tolerância nos últimos no,ve anos", disse.
MINAS A indústria mineira cresceu acima da média brasileira em 2012. A produção industrial de Minas G!i!rais avancou 1,4% no ano, contra recuo de 2,8% do Brasil no mesmo período. A diferença foi puxada pela indústria automobilística e farmacêutica, segundo o boletim do Banco Central, que trouxe anexo sobre o desempenho da economia mineira.