Jornal Empreendente
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CARTA AO EMPREENDEDOR
Quem tenta ajudar uma bor-boleta a sair do casulo a mata.
Quem tenta ajudar um broto a sair da semente o destrói. Há certas coisas que não po-
dem ser ajustadas. Tem que acontecer de dentro pra fora” (Rubem Alves)
O sentido de ser competente hoje é muito mais abrangente que há al-guns anos. Com a ebulição de mudanças no mercado empre-sarial e a evolução tecnológica e digital, ser competente é sa-ber aliar o conhecimento técnico com a habilidade de transformar esse conhecimento. Ter atitude é fugir do lugar-comum e fazem do empreendedor competente um diferencial para o mercado de trabalho. Não adianta ser em-preendedor, focar todas as forças e investimentos sem ser competente, sem moldar suas competências.
O estudo constante, o acompa-nhamento do mercado empreendedor e o investimento em qualificação, fa-zem parte de uma série de atitudes necessárias para se tornar um líder competente e eficiente, que com vi-são empresarial vai alavancar os lu-cros de sua empresa, transformar sua equipe em lideres de sucesso e ter desta-que no mercado.
Para conquistar esse diferencial não basta adquirir conhecimento e experiência,
a história não é bem essa. A vantagem competitiva é muito mais uma questão de atitude. Ou seja, é preciso fazer acontecer. As mudanças tem que partir de dentro pra
fora, tem que partir de quem quer ser competente. Não basta, por exemplo, ter um cur-so que tantos outros colegas da sua
área podem ter se não há iniciati-va. Atualmente o profissional que se destaca é aquele que sempre tenta buscar uma so-lução diferenciada. Para que isso ocorra, é preciso ter pai-xão pelo que faz, nunca des-cartar as oportunidades e es-tar sempre disposto a trocar informações - seja por meio
de revistas especializadas, se-minários, workshops, cursos ou bate-papo com os colegas e ami-gos. O JORNAL EMPREENDENDE chega até você com o papel de au-xiliar na identificação do que é ser um empreendedor competente, através de exemplos de sucesso, dicas rápidas que podem auxiliá-lo no trabalho diário, artigos de pro-
fissionais qualificados e muita informação de qualidade, tudo isso de forma direta, fácil acesso e textos agradáveis aliando a técnica à situações cotidianas.
Boa leitura!
EDITORIAL
Diretor Idealizador
Valmir Rodrigues da Silva
Consultor Técnico
Alisson Pereira de Oliveira
Publicação Instituto de Educação Profissional Empreendente
Rua Leão de Faria, 86 - 2º Andar, Centro - Alfenas/MG
www.empreendente.com.br | Fone: (35) 3292-5633 |
Jornalismo e Diagramação
Felipe J. F. Silva - MG14602
Produção Operacional
Anderson Rodrigues
Impressão
Gráfica Rocha
Tiragem
2.000 exemplares
AJUDE A FAZER O EMPREENDENTE
Não basta ser empreendedor, tem que ser EMPREENDENTE, O EMPREENDEDOR COMPETENTE
Opine sobre a primeira edição do
Jornal Empreendente.
Mande sugestões, ideias, opiniões e reclama-
ções para:
alternativa para o cupom fiscal que está em fase piloto. Outro que entrará em vigor, a partir de janeiro de 2013, será o Sped Social (folha de pagamento).
3 Quais os cuidados devo ter? Como os arquivos digitais saem digitalmente das empresas dire-tamente para o Fisco, como
exemplo a Nota Fiscal Eletrônica, é preciso cuidar para que não sejam en-viados arquivos com erro, pois os vali-dadores do Fisco não conferem todas as informações.
4 Arquivo digital e Sped é a mesma coisa? Sim, o arquivo digital esta dentro do projeto Sped
(Sistema Público de Escrituração Digi-tal)
S er empreendedor significa, acima
de tudo, ser um realizador que
produz novas ideias através da
criatividade e imaginação. Se-
guindo este raciocínio, em geral, as pesso-
as que sonham em ter o seu próprio negó-
cio são movidas pela ambição de ganhar
muito dinheiro e ser independentes.
E a “Sua Marca” vai poder ajudar seu
negócio a prosperar. Ela que transmite um
sentimento de fidelidade para o cliente e
muitas vezes não damos a ela devida aten-
ção.
Qual a visão que você tem do seu
negócio? Onde você quer chegar? Como
vai chegar? Isso envolve sua Marca. Tudo
isso converte-se em “valor agregado” e
passa a ser característica da marca.
5 O que devo fazer para não correr risco de autuação do fisco em relação aos arquivos digitais?
O ponto principal para que todos os arquivos digitais possam ser gerados sem erros são os cadastros que fazem parte do arquivo conforme orientação específica para cada um.
1 O que são arquivos digitais? Documento eletrônico que é gerado, transferido, armazenado e comunicado através de um
meio eletrônico e que se materializa como consequência de um determinado processo administrativo sujeito às nor-mas jurídicas em vigor.
Tem como principal objetivo tornar totalmente digital a entrega de docu-mentos contábeis e fiscais aos gover-nos municipal, estadual e federal.
2 Quais são os arquivos digi-tais? São vários e dentre eles estão: Nota Fiscal Eletrônica (NF-e),
Sped Contábil, Sped Fiscal (ICMS e IPI) e Sped Contribuições (PIS/Pasep e Co-fins).
Outros projetos virão paulatina-mente, e entre eles, um que promete beneficiar os varejistas: a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e), uma
Diante de um cenário cada vez mais
competitivo, registrar sua marca é o princi-
pal passo para garantir seus direitos no
mercado. E lembre-se: é mais fácil para os
concorrentes imitar a sua marca do que
reproduzir seu produto ou serviço. Portan-
to, proteja-se.
Para tanto, o empresário deve cercar
-se de pessoas com larga experiência,
conhecimento técnico e ótima reputação
no mercado, cultivando a prudente deter-
minação de estar longe do assédio de
desconhecidos, amadores que prometem
soluções mirabolantes a baixo custo e
cuja procedência e tradição, não raras às
vezes, inexistem.
SEU MAIOR PATRIMÔNIO: A mar-
ca, mesmo sendo um bem intangível,
eviden-
cia um fato
verdadeiro e
incontestável: é
o maior patrimônio
que uma empresa
possui, seu principio
ativo, sendo capaz de gerar
vínculos fortes e duradouros com
os clientes com os quais se relaciona,
perpetuando assim, as principais qualida-
des dos produtos e serviços das empresas
que representam.
Quem possui uma empresa ou ocupa
um cargo de liderança em uma delas, não
interessa o segmento, produto ou tama-
nho, não pode desconsiderar a importân-
cia de investir na construção de sua marca.
PORQUE REGISTRAR SUA MARCA?
POR QUE CUIDAR DOS ARQUIVOS DIGITAIS?
RESPONDE
CRÔNICA:
O Sócio
S abendo da habilidade do
rapaz em fazer cortes de
carne bem aproveitados,
o distinto senhor convi-
dou-o para abrir um açougue.
No primeiro dia após a
rês ter sido morta, sangrada
e esquartejada o senhor
pôde ver o quanto havia
acertado ao chamar para
sócio o cortador de carnes
mais falacioso da cidade. Nenhum pedaço havia
sido perdido ou danificado, tudo estava indo
perfeitamente conforme tinha imaginado.
Lá se foi o senhor trabalhar em seu outro
negócio enquanto seu sócio se encarregava de
vender ao público as peças, alias as obras de
arte que havia retirado aos pedaços da vaca.
Passou o dia todo e ao final deste o
senhor voltou ao açougue e viu um mila-
gre, toda a carne havia sido vendida. Para
quem nunca tinha sido comerciante isto
era quase um milagre.
Tal espanto transformou-se em dúvida
quando, ao abrir a gaveta do caixa, não viu
quase dinheiro algum, mas sim umas poucas
notas amassadas e umas poucas moedas.
- Este dinheiro foi da venda de qual parte?
Perguntou o senhor.
- D´uma dona que comprou bofe pro´s
cachorros dela!
- Onde está o resto?
- Vendi fiado, oras!
- Mas como? Fiado?
- É fiado! Nunca ouviu falar, depois eles
vão pagar!
Aliviado o homem retornou mais calmo
com outra pergunta:
- E você anotou no livro de fiado, não é?
- Não, está tudo aqui! Respondeu apontan-
do com o indicador para a cabeça
Rapidamente o senhor, voltando a ficar
preocupado, pediu que fosse ditando quem
comprou, o que, quanto, quando iria pagar,
enfim todas as informações necessárias para
que ele passasse para o papel sem perder um
centavo.
O cortador foi ditando:
- Fulano, dois quilos de alcatra. – Cicrano,
um quilo de acém. Beltrano... Foi ditando,
como uma máquina, todas as informações.
Ao final do ditado, ainda impressionado
com a capacidade de memória do cortador o
senhor somou tudo, só para conferir e notou
o pior. De uma rês de dezesseis arrobas só
renderam três, cadê o resto, se o total líquido
era muito mais que o dobro?
- Só isso? Você não está se esquecendo de
nada? Perguntou finalmente.
- Estou, um quilo de carne moída para o
Zezico!
O senhor entrou em pânico, simples-
mente o vendedor e cortador havia
vendido toda a vaca
e não se lembrava
para quem, ou quan-
to. Não se lembrava
de nada.
Foi o fim da socieda-
de. Por falta de
memória, falta de documentação, acompa-
nhamento e padrão.
Quantas vezes procuramos aquele papel
que deixamos dentro de um livro ou bilheti-
nho no rodapé de uma agenda e é perdido?
No processo administrativo, comercial e
operacional de uma empresa temos que guar-
dar e estabelecer os padrões de consumo e
memórias de cálculo e acima de tudo fazer
contas para não se perder e não vender sem
lucros para você e para a empresa.
Planejar é pensar numa forma simples de
se conseguir seus objetivos, dividindo-os em
pequenas tarefas. Pense, simplifique, escreva
e monitore sempre. Enfim Planeje.
Cuidado com o uso do
cartão de crédito!
Você sabia que a Receita Federal usa a DE-
CRED (Declaração com Operações com Cartão
de Crédito) para cruzar as informações dos
gastos com cartões de crédito? Portanto,
cuidado com o uso de seu cartão.
São informados na DECRED todos os valores
gastos com o cartão de crédito por mês, des-
de que a pessoa ultrapasse o valor de R$
5.000,00, sendo que os gastos abaixo desse
valor, independentemente do valor total,
ficam armazenados na base de dados e po-
dem ser utilizados a qualquer momento.
Observe o exemplo:
Você declarou em seu imposto de renda:
1 - Um rendimento tributário no ano no valor
de R$ 25.000,00
2 - Um gasto com despesas médicas, escola,
dentista, no valor de R$ 5.000,00
3 - Teve uma evolução patrimonial (com-
paração entre o que tinha no ano anterior em
relação ao ano atual da declaração) no valor
de R$ 10.000,00.
4 – Gastou com Cartão de Crédito um valor de
R$ 12.000,00 (gastos não incluídos as despe-
sas médicas, escola, dentista)
Então: 25.000,00 (-) 5.000,00 (-) 10.000,00 (-)
12.000,00 = (-) 2.000,00
Com esse simples exemplo, observamos que
faltam recursos para pagar os gastos e investi-
mentos. Será, então, necessário justificar de
onde vieram esses recursos (receita não de-
clarada, empréstimo ou outras receitas).
A Receita cruzará todas as informações da
Nota Fiscal Eletrônica. Tudo que você com-
prar estará no banco de dados da Receita
Federal.
Por isso, fique atento (a).
Valmir Rodrigues da Silva
Consultor Tributário
RICARDO NICOLIELLO PINHO
Empresário. Administrador, Escritor, Palestran-
te, Professor, Consultor, Facilitador Credencia-
do EMPRETEC.
MATÉRIA:
O franchising é uma das estratégias de cresci-mento que tem sido mais utilizada nos últi-
mos anos por empresas em variados segmentos e interessadas em expan-dir seus conceitos e ocupar nichos de mercado no Brasil e no exterior. Os benefícios de ser um franqueador são enormes e começam desde a expansão dos números de lojas e agentes para seus produtos e servi-ços, até o reduzido investimento de capital, se comparado à montagem de uma rede própria. No sistema de franquias são os franqueados que aportam recursos na montagem de suas unidades e o franqueador in-veste na montagem de uma estrutu-ra de suporte à rede, que cresce na proporção do aumento do número de unidades. Portanto, as empresas franqueadoras têm uma grande atratividade financeira com taxas de retorno bem interessantes.
Empresas em todo o país já se atentaram para esse mercado de investimento e novas redes tem se proliferado de forma sólida e cada vez mais em expansão. Esse é o caso da rede de franquias de farmá-cias “Liga Farma”.
O empreendedor do ramo farma-cêutico, Bento Eugênio de Oliveira, fundador da rede, foi funcionário de farmácia por dez anos. “Nesse tempo observei muito, percebi que pequenas farmácias acabavam fe-chando por dificuldade em negociar com fornecedores e eram engolidas por grandes redes”, conta. No mer-cado farmacêutico há mais de 30 anos, Bento abriu sua primeira far-mácia ainda aos 19 anos. “Na épo-ca, precisei ser emancipado por meus pais. Mas tudo valeu a pena,
pois sabia que era nisso que queria trabalhar”, comenta.
Bento começou a pesquisar o ra-mo de franshising, estudar franquias e percebeu que pequenas empresas, ao se franquearem, ganham muito mais poder, pois por trás delas have-rá um franqueador com mais poder de negociação com fornecedores, investimento em pesquisa e inova-ção, treinamento de funcionários e padronização. “O Ramo de franquias é o ideal para se investir”, diz.
“Dono de uma farmácia franquia-da, o empresário deixa de ser sozi-nho e passa a ser grande. A franquia colabora com uma visão ampla do negocio, facilitando o dia a dia do franqueado”, diz.
A LIGA Bento conta que as pesquisas duraram sete anos até que a “Rede Liga Fama” nascesse. “ Hoje o sistema de franquias de farmácias oferece treinamentos, assessoria jurídica, contábil, softwear, layout (visual externo e interno - exposição de produtos), além de todo suporte necessário para o franqueado”, explica. Até o momento, 26 lojas espalhadas pelo Sul de Minas, região das Vertentes e Zona da Mata Mineira já se tornaram fran-quias. “A intenção é abranger muito mais regiões e aumentar ainda mais o poder da rede”. O sistema de franquias permite que os pro-
dutos, serviços e principalmente, a marca
tenham uma ocupação territorial mais rápida,
comparando-se ao que se conseguiria através
de filiais. Conquistar novos mercados faz
parte da estratégia da maioria das empresas
mundiais. O franchising permite ao franquea-
dor um gerenciamento sobre a operação
franqueada, permitindo planejar inovações
futuras, enquanto os franqueados adminis-
tram o dia a dia de suas operações.
VA
NTA
GEN
S
- Penetração de mercado mais rápida; - Maior poder de ocupação de territórios (concorrência); - Adequação ao perfil da região de atuação; - Rapidez em realizar ações locais; - Menos custos de operação; - Logística adequada para atender aos clientes de outros locais; - Necessidade de uma estrutura de gestão menor e menos onero-sa; - Menos representatividade dos custos indiretos no preço final, facilitando a aprovação de propostas; - Divulgação da marca de forma mais ampla; - Redução da carga e dos riscos trabalhistas
T odo negócio precisa de um
bom líder para prosperar.
Delegar tarefas, manter os
funcionários motivados e ser-
vir de exemplo para a equipe estão en-
tre as funções de quem comanda um
empreendimento. As lideranças exer-
cem papel fundamental na criação de
um ambiente propício à inovação, aper-
feiçoamento e aprendizado constantes.
A figura do líder não deve intimidar
e sim servir de inspiração para os funci-
onários, ser uma pessoa que tem res-
peito pelo que é e pelo que proporciona
aos funcionários, alguém que incentive
e aumente a autoestima daqueles que
estão a sua volta.
Wanderlei Marques é um exemplo
que deu certo e aplica as competências
de ser um bom líder em seu negócio. Ex
-funcionário de uma vidraçaria, sempre
foi visionário e sabia onde queria che-
gar. O primeiro passo foi investir em
uma ideia, em um empreendimento.
“Quando era funcionário da vidraçaria
MATÉRIA DE CAPA
percebia como era difícil arrumar forne-
cedores. Dessa necessidade vi uma
oportunidade”, diz. Resolvi, então, abrir
uma empresa de fornecimento de ma-
téria prima para vidraceiros e revendas
de Alfenas e região. Nascia a “WD, o
Shopping do Vidraceiro”. Wanderlei
precisava de uma equipe para auxiliar
nesse empreendimento. “Comecei a
contratar pessoas que tivessem afinida-
de com o negócio e quisessem crescer
comigo. Pessoas que sentissem que
faziam parte de todo o processo e
que são a alma WD”.
Garantir a harmonia e o equilíbrio
no relacionamento da equipe é tarefa
básica de um líder. O maior desafio é
conciliar os diferentes interesses que
convivem em uma mesma organiza-
ção, articulando-os de maneira produ-
tiva. “É essencial fazer todos entende-
rem como cada um pode, em sua
área, colaborar com o desenvolvimen-
to do projeto de trabalho, sem neces-
sariamente conflitarem em suas idei-
as”, explica Wanderlei.
Para que os colaboradores pos-
sam assimilar os valores e prin-
cípios que norteiam o negócio, é
fundamental comunicar-se com
clareza e objetividade. Da mes-
ma forma, é importante estar
aberto a ouvir o que cada um
tem a dizer sobre assuntos di-
versos. “Isso estabelece uma
relação de confiança com o gru-
po, criando uma sintonia e um
ambiente encorajador para que
todos se sintam parte relevante
do processo de trabalho”, afir-
ma. “Quando temos um proble-
ma ou conflito dentro da empre-
sa, chamo os envolvidos para
uma conversa para poder escla-
recer tudo com igualdade e rapi-
damente a harmonia se estabe-
lece”, diz.
A padronização nos processos de
trabalho é crucial para que o de-
sempenho da empresa possa ser
medido adequadamente e correções de
rumo possam ser feitas mais rapida-
mente. É função de um bom líder esta-
belecer estes
processos. “Com
a execução de
práticas mais
uniformes, os
resultados ficam
menos sujeitos a
variações e a
equipe se man-
O empreendedor Wanderlei Marques investe em qualificação dos funcionários e busca sempre um
ambiente propício à inovação, aperfeiçoamento e aprendizado.
tém focada nos objetivos da organiza-
ção”, destaca Wanderlei. É importante
também ter métodos eficazes para veri-
ficar o cumprimento destes processos.
“Hoje se algum novo funcionário chegar
à empresa é capaz de trabalhar da
mesma forma que os outros, pois tudo
é padronizado e de fácil acesso”.
Com uma equipe sólida e conscien-
te de seu papel na empresa, a WD
cresce a cada dia. “Começamos com
um pequeno galpão de distribuição,
hoje já somos a maior empresa do ra-
mo no Sul de Minas. Vamos abrir a
primeira filial e mais dois galpões em
Alfenas”, completa Wanderlei.
A liderança se faz a cada dia.
“Sempre busco palestras de motivação
e qualificação. Quando há a necessida-
de de um novo funcionário ou a criação
de uma nova função, a oportunidade é
dada a todos os membros da equipe, às
pessoas que já estão dentro da empre-
sa”, diz.
A padronizações nos processos de trabalho é crucial para o bom desem-
penho da empresa.
Uma equipe sólida, participativa, com espírito de
liderança e trabalho em grupo é imprescindível para
o sucesso de uma empresa.
PARA SER UM LIDER COMPETENTE
Delegar tarefas, manter os funcionários motivados e ser-
vir de exemplo para a equipe;
O líder não deve intimidar, mas servir de inspiração para
outros funcionários;
Garantir a harmonia e o equilíbrio no relacionamento em
equipe é tarefa básica de um líder;
Comunicar-se com clareza e objetividade;
É importante estar aberto a ouvir o que cada um tem a
dizer ;
Estabelecer uma relação de confiança com o grupo, crian-
do uma sintonia e um ambiente encorajador e estimulan-
te;
Auxiliar na padronização dos processos da empresa;
Investir em qualificação de funcionários.
ARTIGO:
Corrida com Bastão
Valmir Rodrigues da Silva
Contador, Consultor Contábil e Tributário,
Professor da Fundação Getúlio Vargas.
A corrida com bastão é um revezamento entre qua-tro atletas de cada equi-pe onde cada um deve
cumprir uma quarta parte do percurso. Ao término de sua par-te, o atleta deve passar um bas-tão ao outro da mesma equipe até que o último passe pela linha de chegada. O grupo que cumprir o percurso total no menor tempo leva a medalha de ouro pra casa. Comparando essa corrida com a reali-dade empresarial, ou seja, Empresa x Contador x Fisco, o que importa não é chegar primeiro, mas sim que as in-formações geradas pela empresa cheguem com qualidade e de forma correta até o Fisco. Vamos imaginar então que cada atle-ta dessa corrida seja o seguinte:
1º Atleta – Empresa
A empresa deverá estar preparada
para esse novo momento dos negó-
cios: o mundo dos Speds (Sistema
Público de Escrituração Digital). As
informações geradas nas empresas
serão as que o Fisco receberá. Não
será mais possível que estas passem
primeiro pela contabilidade para de-
pois ir para o Fisco. Um exemplo cla-
ro disso são as Notas Fiscais
Eletrônicas.
2º Atleta – Sistema
O sistema que a empresa
utiliza deve ter um suporte rápi-
do, eficiente e que atenda as
exigências tanto da gestão
quanto as fiscais e deverá estar,
no mínimo, preparado para ge-
rar os seguintes arquivos digi-
tais:
A – Nota Fiscal Eletrônica,
Nota Fiscal de Serviço Eletrôni-
ca e Conhecimento de Trans-
porte Eletrônico;
B – Sped Fiscal ou Escrita
Fiscal Digital;
C – Sped Contábil ou Escrita
Contábil Digital;
D – Sped do Pis e Cofins ou
Sped das Contribuições
Esses arquivos são essenci-
ais e há, também, outros que
fazem parte do mundo Sped.
3º Atleta – Os funcionários
das empresas
Os funcionários responsáveis
em inserir no sistema as infor-
mações - ou captá-las de algu-
ma forma - e conferir se estão
no sistema da empresa deverão
ser ou estar bem treinados,
além de ter um bom conhecimento
tanto do sistema que a empresa
utiliza, quanto da legislação fiscal e
tributária.
4º Atleta – A Contabilidade e
seus colaboradores
Observem que a contabilidade é
o quarto componente dessa corrida,
mas todos os componentes tem que
correr e trabalhar para que o bastão
ou a informação chegue de forma
correta até ela, porque depois só há
a linha de chegada. Inclusive, o cor-
reto é que a contabilidade seja feita
no mesmo sistema que a empresa
trabalha, mas se isso não for possí-
vel, deverá no mínimo estar integra-
da a ele.
A Contabilidade deverá orien-
tar a empresa munindo-a
de informações necessárias
para que tudo seja feito de
forma correta desde o inicio
do processo.
LINHA DE CHEGADA
A Linha de chegada é o final de
todos os processos. Quem está de
prontidão na linha de chegada é o
Fisco, analisando todos os proces-
sos desde o inicio, observando in-
clusive se em alguma etapa algum
componente pisou na linha de parti-
da ou cometeu alguma infração.
Portanto, todo e qualquer proces-so começa na EMPRESA, passando pelo SISTEMA, pelos FUNCIONÁ-RIOS da empresa e chegando até a CONTABILIDADE, não em forma de papel, mas sim digitalmente, sendo que no caso da Nota Fiscal Eletrôni-ca, ela já sai da empresa direto para o Fisco. Se existir algum erro, será praticamente impossível corrigir, ficando a empresa vulnerável a uma autuação.
O Grupo Educacional
UNINTER, um dos mai-
ores no país no seg-
mento de ensino a dis-
tância, graças a avançada tecnolo-
gia que dispõe, está presente hoje
em mais de 500 cidades do territó-
rio nacional. O UNINTER oferece
aos seus mais de 120 mil alunos o
acesso à educação de qualidade,
com professores altamente qualifi-
cados e preços
acessíveis.
Com altos
conceitos obti-
dos junto ao
MEC, o UNIN-
TER demonstra
que valores e
princípios são
características
fundamentais
para quem cuida
e oferece cresci-
mento intelectual
e pessoal. Prova
disso é que pelo segundo ano
consecutivo, em
pesquisa realiza-
da pela ABE-EAD
Associação Brasi-
leira dos Estudan-
tes de Educação
a Distância), o
UNINTER ficou
entre as primeiras
instituições no
quesito qualida-
de, além de obter
também outros
importantes reco-
nhecimentos no
setor educacio-
nal.
Em Alfenas o Instituto de Edu-
cação Empreendente, localizado
na Rua Leão de Faria, nº 86 – 2º
andar – centro, é um Polo de
Apoio Presencial do UNITER.
Com cursos de graduação, pós-
graduação e informática, investe
em qualidade e tecnologia para a
formação de novos profissionais.
Educação empreendedora, pro-
fissional e corporativa:
O Instituto Empreenden-
te oferece cursos e palestras para
atender à demanda profissional de
empreendedores, gestores e pes-
soas em busca de uma formação
profissional.
O Instituto se juntou à UNIN-
TER para oferecer maiores oportu-
nidades a seus alunos e clientes
de se graduarem nas áreas Em-
presariais e Educacionais e Pós
graduarem-se nas mais diversas
áreas com a facilidade do ensino à
distancia de qualidade.
Com as tecnologias cada vez
mais rápidas e integradas, o con-
ceito de presença e distância se
alteram profundamente e as for-
mas de ensinar e aprender tam-
bém.
Venha conhecer uma nova for-
ma de se qualificar, ingressar no
mercado de trabalho e conquistar
novos caminhos. São mais de 100
cursos diferentes para atender su-
as necessidades.
ESPAÇO UNINTER:
Educação do Futuro
Milton Mendes Botelho
Professor de Pós Graduação, Autor, Escritor, Audi-
tor, Coordenador de Cursos, Especialista em Admi-
nistração Pública Municipal.
ARTIGO:
GESTOR PÚBLICO MUNICIPAL
PARA O FUTURO
I magine que você entra em um
concurso para fazer uma viagem
espacial para explorar a superfície
lunar. Como o desavio é motiva-
dor e lhe renderá status de astronauta
e provavelmente você será respeitado
e será noticia no mundo todo, a dedica-
ção será total. Mesmo sem saber o que
irá encontrar na lua e muito menos o
que vai fazer lá, você se empenhou,
gastou muito dinheiro para vencer o
concurso e ir para a missão intergalácti-
ca.
No Brasil há décadas, que este com-
portamento é maioria entre os candi-
datos aos cargos de Prefeito. Entram na
disputa do cargo sem conhecerem a
realidade da Administração Pública e
acham que são os descobridores dos
métodos milagrosos da multiplicação
do dinheiro público. Seria como alguém
chegar à lua sem ter a mínima noção de
astronomia e física, certamente morre-
ria em poucos minutos. Na Administra-
ção pública o político sobrevive e quem
morre aos poucos é a instituição e
quem fica doente é a sociedade.
As informações econômicas e finan-
ceiras dos municípios atualmente são
ineficazes, que não se pode analisar
um município pelo seu Balanço; nele
não possui demonstrações que pos-
sam ser consideradas como uma in-
formação confiável; não existe regis-
tro de: fluxo de caixa, impostos a re-
ceber, provisão para devedores duvi-
dosos, depreciação, almoxarifado,
intangível, amortização, bens de uso
comum, desembolso antecipado, pro-
visões, obrigações incorridas e não
empenhadas e renúncia de receita.
No cenário de economia mundial es-
sas informações são imprescindíveis
para traçar um planejamento estraté-
gico de qualquer instituição.
Para a sobrevivência dos Municí-
pios brasileiros é preciso adotar medi-
das de gestão modernas e promover a
melhor distribuição da receita da Uni-
ão com os Estados e Municípios. Ou
seja, propor um novo pacto federati-
vo para uma distribuição de recursos
mais justa. Isso não pode ser tratada
como uma questão partidária é uma
questão de sobrevivência diante da
injustiça tributária que a União vem
cometendo com os Municípios.
A União vem batendo recordes em
arrecadação a cada ano. O problema
da União não é falta de recursos, é
ausência de competência para trans-
formar recursos em investimentos e
serviços públicos de qualidade, pois
quando quer faz, como é o caso dos
estádios para a copa. É preciso desen-
volver pesquisas e métodos no intuito
proporcionar eficiência governamen-
tal na utilização de seus recursos. Nes-
te contexto estamos falando em Pla-
no de Contas e conversão das Normas
Internacionais de Contabilidade Aplica-
das ao Setor Público, demonstrações
contábeis de alto nível, tudo isso ao
mesmo tempo, pois desde 1964 não
havia uma discussão de gestão nos ór-
gãos públicos municipais.
Estamos discutindo no âmbito da
Gestão Pública os custos dos serviços e
bens públicos prestados atualmente a
sociedade. Falar em privatização, ter-
ceirização é quebra de paradigma, po-
de, talvez, assustar a quem não esteja
acompanhando as mudanças. Vamos a
um exemplo simples para que possa-
mos entender isso: com a contabiliza-
ção da depreciação, o ativo imobilizado
sofrerá redução todos os meses. Conse-
quentemente, haverá a evidenciação
de um custo mensal dos serviços públi-
cos. Logo, verá que imobilizar não im-
plica necessariamente em patrimoniali-
zar. Diante da dificuldade de controlar,
depreciar, amortizar e contabilizar o
custo, a Administração Pública vai ser
convencida de que terceirizar é mais
vantajoso do que imobilizar. Tudo que
se fala em termos de orçamento, pla-
nejamento, patrimônio e balanços,
atualmente não acontece na prática e
não é realidade nos municípios brasilei-
ros, por isso o controle é inexistente.
Isso nos leva a crer que tem muita
gente indo pra lua, achando que está
indo para o rio pescar, sem mesmo
saber qual o peixe irá encontrar ou que
tipo de isca terá que utilizar. O que irá
restar será somente uma bela história
de pescador, na maioria mentirosa e
fantasiosa.
Você Sabia???
1 - Que a Receita Federal prepara
uma malha fina para pequenas e
médias empresas em 2013?
2 - Que em 2014, 17 milhões de
brasileiros receberão a Declaração
de Imposto de Renda Pessoa Física
pronta, feita pela própria Receita
Federal?
3 - Que o fisco sabe de todos os
valores que você gasta com cartão
de crédito?
4 - Que com as informações que a
Receita Federal tem hoje, ela pode
esmiuçar a vida do contribuinte?
Atualmente o Fisco tem instru-
mentos rápidos para identificar
burladores. De acordo com Sebas-
tião Luiz Gonçalves, coordenador
da 2ª Câmara de Fiscalização do
Estado de São Paulo, em dois me-
ses a Receita identifica e autua
esse tipo de contribuinte.
5 - Que segundo estudos 36% das
empresas correm o risco de fechar
nos próximos anos por
causa dos arquivos digitais?
6 - Brasil é líder mundial em tribu-
tação de remédio
7 - Entre 38 países, o produto naci-
onal tem a maior alíquota: 28%.
DICAS:
Atraia profissionais competentes
E mpreendedores competen-tes e bem sucedi-dos estão sempre
acompanhados de uma equipe igual-mente competen-te, capacitada e sedenta de quali-ficação. Mas nem sempre é fácil encontrar esse tipo de profissional. Na literatura empresarial encontramos facilmente o perfil de um funcionário ideal, o líder dos sonhos e normalmente a velha dedicação e o conhecido empenho tornam-se novidades através de novos verbetes ou simplesmente surgem co-mo algo revolucionário na falta de algo realmente legítimo. O profissional inovador, estratégico, talentoso, está por aí, trabalhando em outras empresas e quem sabe a espera de um “brilho” diferente, uma empresa
As pessoas querem ser respeitadas. Pessoas tratadas com respeito enfren-tam melhor intensas jornadas de trabalho. Chefes arrogantes e broncos es-
pantam gente competente;
Fique atento ao comportamento dos líderes que você mesmo contratou. É
melhor ser implacável com intransigentes, egocêntricos e arrogantes. Não se
contente com os manuais da boa gestão. Em lugar disso atue com firmeza.
Não incomode seus colaboradores com mudanças permanentes e desneces-sárias só porque viu ou leu algo que acha inovador. Mudanças causam
stress, esgotamento e descontinuidade em fluxos e processos que poderiam estar avançando, portanto só as implemente quando são realmente essenci-
ais.
Cumpra com suas promessas de desenvolvimento profissional. Não invente
e alimente ilusões.
Poupe a você mesmo e principalmente a sua equipe de trabalhar com incom-
petentes e preguiçosos.
Não puna os erros daqueles que erraram tentando acertar ou construir algo
que poderia ter dado certo. Uma atmosfera de temor só serve para atrofiar a
capacidade empreendedora do grupo.
Por último, remunere da melhor forma possível, dividindo os bons resulta-dos, por mérito, naturalmente.
em que todas suas qualidades possam ser aproveita-das, ainda mais lapida-das e na qual
se encaixe perfei-tamente.
Porém, atrair talentos nem sempre é fácil, mas pode
ser a diferença real entre uma empre-sa comum e outra que alcança o êxito. Para isso acontecer em um contexto onde uma empresa conquista a aten-ção e o interesse dos melhores profis-sionais do mercado, poderíamos dei-xar de lado as modinhas e os invencio-nismos corporativos e partir para algo mais óbvio, elementar e efetivo, que na realidade começa no cotidiano, preferencialmente com aqueles que já foram selecionados.
ARTIGO ESPECIAL - Valmir Rodrigues da Silva
CONTRIBUINTE X FISCO: A arte da Guerra A “Moscaleão” está fiscalizando todos seus gastos
V ivemos em uma guerra, on-
de de um lado esta o Fisco,
com toda a sua complexida-
de tributária (em média são
32 normas tributárias por dia) e de outro
o contribuinte, envolvido em uma cultu-
ra organizacional desorganizada, resulta-
do de um processo cultural que
o levou a estar assim.
Enquanto o contribu-
inte evolui a passos len-
tos em termos de organização, o Fisco já
esta na internet 4G, ou seja, assumindo
uma postura de um Hacker Legal, ou
Hacker Fiscal, sem precisar invadir os
ambientes das empresas. Pelo contrário,
são as empresas e pessoas físicas que
mandam diariamente informações para
o Fisco através dos arquivos digi-
tais:
os MOSCASLEÃO.
Conheça alguns desses
MOSCASLEÃO:
1 - Tudo que você recebe ou
paga com cartão de crédito,
tem um MOSCALEÃO chamado
DECRED;
2 – Todo imóvel que você compra, ou mesmo o
que você recebe de doação, os cartórios enviam
um MOSCALEÃO chamado DOI;
3 – Toda vez que você vai ao médico, dentista, psi-
cólogo, fisioterapeuta que seja pessoa jurídica
(clínica), e toda vez que você pagar despesas de
hospitais e plano de saúde, o Fisco sabe através de
um MOSCALEÃO chamado de DMED;
4 – Todo pagamento e recebimento de aluguel,
desde que seja via imobiliária, o Fisco sabe através
de um MOSCALEÃO chamado DIMOB;
5 – Se a sua movimentação
financeira como pessoa
física for maior que R$
5.000,00 por semestre e
como pessoa jurídica for
maior que R$ 10.000,00 por
semestre, o Fisco fica sabendo
através de um MOSCALEÃO enviado
pelos bancos chamado de DIMOF;
6 – Toda vez que alguma empresa emite uma Nota
Fiscal Eletrônica pra você ou para sua empresa,
essa informação já esta automaticamente na base
de dados do Fisco e, no ano que vem, haverá tam-
bém o Cupom Fiscal Eletrônico com o qual nin-
guém conseguirá vender nada sem a identificação
do comprador.
7 – Temos diversos outros MOSCASLEÃO. Com to-
dos em funcionamento a Receita não mais deixará
para você fazer o Imposto de Renda, ela fará e lhe
enviará prontinho.