Jornal do PET 2

4
Os convênios são instrumentos de cooperação que en- globam entidades públicas e privadas, denominadas partíci- pes, para desenvolvimento de projetos e ações com objeti- vos comuns aos signatários as entidades públicas. A ideia de criar laços entre a universidade e a empresa remonta pelo menos a Comte, um filósofo francês fundador da sociologia, que em 1819, publicou um plano para ho- mens de negócios, industriais-tecnólogos e cientistas, o qual tomou a forma de programas de educação “cooperativa”, nos quais os alunos dividiam seu tempo en- tre a sala de aula e fábrica, adquirindo assim uma capacida- de profissional moldada para responder as necessidades desta última Nos anos de 1980, esse modelo tradicional foi substituí- do por um novo modelo caracterizado pela intensificação da transferência de tecnologia das universidades para a em- presa e a comercialização do trabalho acadêmico. Desde então, mais pesquisadores começaram a transferir seus resultados para empresas industriais, e novos escritórios foram construídos nos campi universitários para fortale- cer os vínculos entre empresas e universidades, como: transferência de tecnologia, gerenciamento de contratos, patenteamentos e licenciamentos, desenvolvimento inter- nacional e cooperação industrial. Um grande exemplo dessa grande aproximação são os países: Canadá e Argentina, onde estes dois países são vistos como grandes referências desta união entre univer- sidade-empresa. Essa aproximação deveu-se não apenas por incentivo das universidades e/ou empresas mas, prin- cipalmente, pelo governo que deu total apoio para que esse laço acontecesse, tornando-se estes países modelos, em que os professores universitários e os formadores das empresas acabaram se misturando. No Canadá, por exemplo, era natural e frequente ver os professores uni- versitários trabalhando lado a lado com as empresas e a indústria, onde muitas vezes ficava difícil saber quem era universitário e quem era de uma empresa. Os convênios aproximam os alunos a sua área de atu- ação, mediante interações das universidades com outras organizações. Com essa interação, as empresas recebem um retorno, inovando suas tecnologias, gerando postos de trabalho com maior qualificação e melhor remunera- dos e mão de obra com maior estabilidade de emprego. Petianos: Íris Daniele, Israel Nogueira e Jakelline Nunes A importância dos Convênios Grupo PET - Engenharia Química - UFCG Dezembro/2012 Volume 2 Boletim Informativo

description

Jornal do PET - edição 2

Transcript of Jornal do PET 2

Page 1: Jornal do PET 2

Os convênios são instrumentos de cooperação que en-

globam entidades públicas e privadas, denominadas partíci-

pes, para desenvolvimento de projetos e ações com objeti-

vos comuns aos signatários as entidades públicas.

A ideia de criar laços entre a universidade e a empresa

remonta pelo menos a Comte, um filósofo francês fundador

da sociologia, que em 1819, publicou um plano para ho-

mens de negócios, industriais-tecnólogos e cientistas, o

qual tomou a forma de programas de educação

“cooperativa”, nos quais os alunos dividiam seu tempo en-

tre a sala de aula e fábrica, adquirindo assim uma capacida-

de profissional moldada para responder as necessidades

desta última

Nos anos de 1980, esse modelo tradicional foi substituí-

do por um novo modelo caracterizado pela intensificação

da transferência de tecnologia das universidades para a em-

presa e a comercialização do trabalho acadêmico. Desde

então, mais pesquisadores começaram a transferir seus

resultados para empresas industriais, e novos escritórios

foram construídos nos campi universitários para fortale-

cer os vínculos entre empresas e universidades, como:

transferência de tecnologia, gerenciamento de contratos,

patenteamentos e licenciamentos, desenvolvimento inter-

nacional e cooperação industrial.

Um grande exemplo dessa grande aproximação são os

países: Canadá e Argentina, onde estes dois países são

vistos como grandes referências desta união entre univer-

sidade-empresa. Essa aproximação deveu-se não apenas

por incentivo das universidades e/ou empresas mas, prin-

cipalmente, pelo governo que deu total apoio para que

esse laço acontecesse, tornando-se estes países modelos,

em que os professores universitários e os formadores das

empresas acabaram se misturando. No Canadá, por

exemplo, era natural e frequente ver os professores uni-

versitários trabalhando lado a lado com as empresas e a

indústria, onde muitas vezes ficava difícil saber quem era

universitário e quem era de uma empresa.

Os convênios aproximam os alunos a sua área de atu-

ação, mediante interações das universidades com outras

organizações. Com essa interação, as empresas recebem

um retorno, inovando suas tecnologias, gerando postos

de trabalho com maior qualificação e melhor remunera-

dos e mão de obra com maior estabilidade de emprego.

Petianos: Íris Daniele, Israel Nogueira e Jakelline Nunes

A importância dos Convênios

Grupo PET - Engenharia Química - UFCG

Dezembro/2012 Volume 2

Boletim Informativo

Page 2: Jornal do PET 2

Página 2

Boletim Informativo

Os convênios da nossa Unidade Acadêmica A Unidade Acadêmica de Engenharia Química conta com diversos convênios com grandes empresas do país e órgãos Esta-

duais/Federais. Dentre as empresas podemos destacar: Alumar, Braskem e Petrobras. Os convênios abrangem as mais di-

versas áreas da Engenharia Química, como a Catálise, a Engenharia Ambiental e a Modelagem e Simulação.

O desenvolvimento dos trabalhos realiza-

dos pelo LABDES, na pessoa do Prof. Dr.

Kepler Borges França, desde a década de

80/90 despertou o interesse do Ministério do

Meio Ambiente. A parceria foi firmada atra-

vés de convênios junto com a Universidade

Federal de Campina Grande, e iniciaram-se

as instalações de sistemas de dessalinização

nas comunidades. Através desta parceria o

laboratório ficou conhecido à nível nacional,

inclusive por empresas como a Petrobras, que

percebeu a potencialidade do LABDES e

apresentou os problemas envolvendo água

enfrentados pela petroquímica, esperando

receber alternativas de solução dos mesmos.

Assim surgiu mais uma parceria.

Considerando o caráter multidisciplinar

dos projetos desenvolvidos, essas parcerias

trazem benefícios não somente aos alunos

de Engenharia Química, mas à universidade

como um todo, uma vez que engloba desde

a parte de ciência e tecnologia (Engenharia

Civil, Engenharia Química, Engenharia

Elétrica) até a sociologia, dando ao aluno a

oportunidade de ter um contato direto com a

sua área de atuação profissional, a partir das

pesquisas desenvolvidas e da proximidade

com a empresa parceira, através de visitas

técnicas.

O Professor ressalta que a comunidade

externa também é beneficiada com os proje-

tos desenvolvidos entre o LABDES, os ór-

gãos Federais e outros parceiros. A implan-

tação de sistemas com membranas nas co-

O Prof. Dr. Romildo Pereira Brito,

que atua na área de pesquisa Engenharia

das Simulações tem uma parceria com

grandes empresas, como Petrobras e

Braskem. O mesmo afirmou que o ele-

mento necessário para firmar esta parce-

ria foi coragem, pois teve que correr

atrás de uma oportunidade. Foram três

anos até de fato começar a interagir com

a empresa.

As interações são importantes tanto

para a Universidade quanto para as em-

presas, visto que estas terão acesso ao

que há de mais novo em termos de fer-

ramentas e tecnologia, e para a Univer-

sidade, porque permite que os professo-

res e alunos engajados nos projetos pos-

sam aplicar a teoria na prática. É a partir

de convênios que são conseguidas aloca-

ções de egressos e também estágios para os

alunos concluintes. Ressalta que as refor-

mas curriculares baseadas nas necessidades

encontradas nas indústrias formam um pro-

fissional mais preparado para os desafios

de sua profissão. Estes trabalhos, também

resultam em dissertações e teses, que con-

sequentemente, geram artigos que são pu-

blicados em revistas do Qualis da CAPES.

As oportunidades que as empresas pro-

porcionam gera uma carga de conhecimen-

to ao aluno, que irá contar como uma ferra-

menta a mais na hora de entrar no mercado

de trabalho, além de aproximá-los da sua

área de atuação.

munidades, por exemplo,

resulta na melhoria da quali-

dade de vida das pessoas que

residem nessas comunidades

e, anteriormente, não tinham

Prof. Dr. Kepler Borges França Ingresso: 1979

Prof. Dr. Romildo Pereira Brito Ingresso: 1991

Page 3: Jornal do PET 2

Página 3

Volume 2

Em entrevista com o Prof. Dr. Antonio

Carlos Brandão cuja área de pesquisa é Mo-

delagem, Simulação, Otimização e Controle

de Processos e Termodinâmica, o mesmo

afirmou que há um convênio com a empre-

sa PETROBRAS.

“O interesse surgiu quando a Empresa

estava participando do Workshop 30 anos

de Engenharia Química da UFCG, realizado

no ano de 2009. Um grupo de professores

do curso de Engenharia Química escreveu o

projeto que foi apresentado, avaliado e

aprovado pela Empresa Petrolífera. O proje-

to teve início em Novembro de 2011 com

durabilidade de três anos, podendo ser reno-

vado ou não de acordo com os interesses da

empresa. Neste projeto estão envolvi-

dos 05 professores e 06 alunos da pós-

graduação.

O convênio da Engenharia Química

com uma empresa deste porte faz com

que o curso seja reconhecido por estar

contribuindo com o desenvolvimento

tecnológico na solução de problemas

reais. E isto desperta o interesse nas

empresas, de um modo geral, para ab-

sorverem os novos Engenheiros Quími-

cos formados na UFCG.”

O Prof. Dr. Jailson Nicácio Alves

atuante na área de Fluidodinâmica Com-

putacional, em entrevista afirmou a sua

atual parceria com as empresas Braskem

e Petrobras.

Estas parcerias iniciaram em 2001,

através de cursos de treinamento realiza-

dos na Braskem e Alumar. Além desses

cursos, vários projetos de pesquisa com

estas duas empresas foram desenvolvidos.

Estas parcerias com as empresas atin-

gem diretamente o público alvo da Enge-

nharia Química, que são indústrias. Em

uma primeira etapa, o aluno junto com o

professor, estudam os problemas da in-

dústria e apresentam alguma proposta de

solução baseada nos conhecimentos que

se tem como engenheiro químico, possi-

bilitando uma formação para os alunos,

mais voltada para a real necessidade da

indústria.

O desenvolvimento destes proje-

tos trazem como beneficio social para

a comunidade externa, a redução do

consumo de energia, já que esta é

uma matéria-prima de grande custo

para qualquer empresa. Como tam-

bém minimizar os impactos ambien-

tais, causados pela emissão de polu-

entes, principalmente o CO2, resíduos

sólidos e líquidos industriais.

Prof. Dr. José Jailson Nicácio Alves Ingresso: 1991

Prof. Dr. Antonio Carlos Brandão de Araújo. Ingresso: 2008

Page 4: Jornal do PET 2

Universidade Federal de Campina Grande Av. Aprígio Veloso, 882 - Bairro Universitário CEP:58.429-140

Telefone: (83) 2101 - 1520 E-mail: [email protected] Site: www.deq.ufcg.edu.br/site/

Grupo PET - Engenharia Química - UFCG

A UAEQ de cara nova

Contato

“Dentro de casa tive excelentes exemplos de docentes: meu pai e minha mãe. Durante toda a gradu-

ação, conhecendo os diversos caminhos que um engenheiro pode seguir, percebi que ensinar era o

que estava no meu sangue. De fato, não me vejo usando um capacete e uma bota. Mas me vejo

perfeitamente daqui a 10, 20 ou 30 anos em uma sala de aula, transmitindo tudo aquilo que eu te-

nho aprendido ao longo dos anos. Além disso, o professor universitário tem a oportunidade de tor-

nar-se um cientista. E é exatamente isso que eu almejo para os próximos anos: estudar, estudar e

estudar! Deste modo é possível tornar este curso um dos melhores do país e a contribuição não

deve ser direcionada apenas para a parte da docência, é de extrema importância que o professor

esteja disposto a fazer pesquisa de alta qualidade.

A Unidade Acadêmica de Engenharia Química este ano conta com a contratação de três novos docentes que vieram para contribuir com o avanço no processo de melhoria de ensino e aprendizagem. A seguir, seguem os comentários dos mesmos sobre o que os motivou a entrar na carreira de docência e qual a contribuição que cada um deles pretende dar ao nosso curso.

“Ingressar na carreira de docente foi motivada por toda uma história de vida, principalmente,

a busca por mais conhecimento. O docente está em constante aprendizado mesmo aqueles que

tem seus 30 anos de serviço ainda têm algo a aprender. O que eu pretendo acrescentar ao curso

de Engenharia Química da UFCG é um novo conceito de ciência, possibilitando assim a forma-

ção de novos profissionais enraizados nos conceitos de engenharia e cientificamente. Sempre é

bom procurar novas metodologias, mostrar uma visão prática do desenvolvimento e do produto

final. Tentar passar para os alunos o conhecimento básico do que você pode e deve ter pra se

tornar um engenheiro de sucesso.”

“Sempre gostei da área de pesquisa e de ensino, desde o ensino médio já pensava em seguir a

carreira de docência, na graduação procurei projetos de iniciação científica, participando de vários

projetos no Labdes com o Prof. Kepler. durante esse período aumentei o interesse em seguir a área

acadêmica. Logo após a graduação entrei no mestrado e hoje estou no doutorado. Contribuição que

darei está relacionada com a experiência na participação de projetos e eu pretendo contribuir com

projetos de iniciação científica para que ocorra uma maior ampliação na divulgação do nome do

curso”.

Prof. Sidinei Kleber da Silva Ingresso: 2012

Profa. Karoline Dantas de Brito. Ingresso: 2012

Prof. José Nilton Silva Ingresso: 2012