Jornal do ônibus

4
JORNAL DO ÔNIBUS Ano 17 >>> Florianópolis Agosto de 2014 >>> N°55 sintraturb.com.br Os patrões dos transportes coletivos da grande Florianópo- lis, aqueles caras que MANDAM de verdade na mobilidade da cida- de, parecem não ter medidas para suas irresponsabilidades e ganan- cia. Sempre se negam a negociar de verdade com seus trabalhadores, causando enormes transtornos aos usuários dos transportes e a todos os moradores da grande Florianó- polis e, muitas vezes com o apoio da grande mídia, tentam responsa- bilizar unicamente os trabalhadores pelos problemas causados. No primeiro semestre para se defenderem os trabalhadores re- alizaram breves paralisações, depois partiram para uma de 24 horas e mais uma vez buscaram uma saída negociada que lhes foi negada pelos patrões. Os empresários queriam uma decisão judicial para o caso, forçaram um julgamento na espe- rança de o judiciário avalizar essa conduta. O tiro saiu pela culatra, ou melhor, foi um tiro no pé. A Justiça do Trabalho nas figuras que com- põem seu colegiado, garantiram os postos de trabalho ameaçados (700 postos de cobradores seriam extintas) e indo além vetou a du- pla função (motorista dirigir e co- brar) assim como a implantação de qualquer forma de bilhetagem que prescinda de “agentes humanos”. Nas questões econômicas ficou de- terminado o índice salarial (dentre outros) seria de 8% , sendo que 6% já haviam sido pagos, restariam 2% a serem pagos em novembro próxi- mo. E é ai que a coisa começa a ficar desagradável e pode atingir a todos: Há quase meio século acos- tumados a nunca reduzirem seus lu- cros os caras começam a ventilar a hipótese de um calote nos trabalha- dores, desrespeitando uma determi- nação do Tribunal de Justiça do Tra- balho de Santa Catarina. Tal atitude demonstra claramente o verdadeiro perfil desses empresários que numa atitude típica de coronéis que se acham acima de tudo e de todos, in- clusive da LEI. Os trabalhadores mais uma vez lamentam e pedem que os usuá- rios cobrem destes senhores o cum- primento da determinação Judicial e impeçam que a população venha mais uma vez pagar a conta desta sede insa- ciável de lucros. Inconsequência empresarial pode levar cidade a novas paralisações Com medidas tópicas e literal- mente de mera “maquiagem”, empresá- rios e prefeitura tentam vender a imagem de que a Fenix, o novo consórcio fundado pelas mesmas velhas empresas de trans- porte coletivo resolverá todos esses anos de descaso e gestão duvidosa do sistema de transportes da cidade. Os mesmo em- presários que há décadas mamam tarifas exorbitantes em troca de serviços de qua- lidade questionável. E, assim investem em muita tinta para pintar carro velho, em publicidade, em equipamentos de reconhecimento facial e outras tralhas tecnológicas, tudo para mostrar que “melhorou muito” só que não falam da retirada de horários de várias linhas, principalmente aos domin- gos. A Tarifa Social, tão incensada pela prefeitura e suas caras campanhas de mídia, não passam de um engodo, uma vez que tem o caráter de “beneficio” não possuí garantia alguma de sua perma- nência no caso de mudança de adminis- tração municipal ou por uma necessidade de “cortes” e tal. Se fosse uma medida de responsabilidade e comprometida com a melhoria da vida das pessoas seria um Direito Garantido por força de LEI. Esse medida lembra bem uma outra que aconteceu alguns meses atrás quando a Prefeitura e os Empresários pre- cisavam dar uma melhorada em suas ima- gens e aplicaram o “Migué da Redução da Tarifa”. Num jogo de cena que beirou ao cinismo foi anunciado publicamente uma redução de R$ 0, 15 centavos na tarifa en- quanto na surdina Júnior, “O Bondoso” aumentava o subsídio (tipo uma bolsa empresário) apenas na sua administração o valor dado aos empresários saltou de R$ 0,28 para R$ 0,42 centavos por cada vez que uma catraca gira em qualquer ônibus da cidade. “Aparências nada mais...”

description

Edição 55 - Publicação aborda aspectos do Sistema Integrado de Mobilidade vendido como a solução para os problemas de mobilidade e transporte coletivo de passageiros em Florianópolis

Transcript of Jornal do ônibus

Page 1: Jornal do ônibus

JORNAL DO ÔNIBUS

Ano 17 >>> FlorianópolisAgosto de 2014 >>> N°55

sintraturb.com.br

Os patrões dos transportes coletivos da grande Florianópo-lis, aqueles caras que MANDAM de verdade na mobilidade da cida-de, parecem não ter medidas para suas irresponsabilidades e ganan-cia. Sempre se negam a negociar de verdade com seus trabalhadores, causando enormes transtornos aos usuários dos transportes e a todos os moradores da grande Florianó-polis e, muitas vezes com o apoio da grande mídia, tentam responsa-bilizar unicamente os trabalhadores pelos problemas causados. No primeiro semestre para

se defenderem os trabalhadores re-alizaram breves paralisações, depois partiram para uma de 24 horas e mais uma vez buscaram uma saída negociada que lhes foi negada pelos patrões. Os empresários queriam uma decisão judicial para o caso, forçaram um julgamento na espe-rança de o judiciário avalizar essa conduta. O tiro saiu pela culatra, ou melhor, foi um tiro no pé. A Justiça do Trabalho nas figuras que com-põem seu colegiado, garantiram os postos de trabalho ameaçados (700 postos de cobradores seriam

extintas) e indo além vetou a du-pla função (motorista dirigir e co-brar) assim como a implantação de qualquer forma de bilhetagem que prescinda de “agentes humanos”. Nas questões econômicas ficou de-terminado o índice salarial (dentre outros) seria de 8% , sendo que 6% já haviam sido pagos, restariam 2% a serem pagos em novembro próxi-mo. E é ai que a coisa começa a ficar desagradável e pode atingir a todos: Há quase meio século acos-tumados a nunca reduzirem seus lu-cros os caras começam a ventilar a

hipótese de um calote nos trabalha-dores, desrespeitando uma determi-nação do Tribunal de Justiça do Tra-balho de Santa Catarina. Tal atitude demonstra claramente o verdadeiro perfil desses empresários que numa atitude típica de coronéis que se acham acima de tudo e de todos, in-clusive da LEI. Os trabalhadores mais uma vez lamentam e pedem que os usuá-rios cobrem destes senhores o cum-primento da determinação Judicial e impeçam que a população venha mais uma vez pagar a conta desta sede insa-ciável de lucros.

Inconsequência empresarial pode levar cidade a novas paralisações

Com medidas tópicas e literal-mente de mera “maquiagem”, empresá-rios e prefeitura tentam vender a imagem de que a Fenix, o novo consórcio fundado pelas mesmas velhas empresas de trans-porte coletivo resolverá todos esses anos de descaso e gestão duvidosa do sistema de transportes da cidade. Os mesmo em-presários que há décadas mamam tarifas exorbitantes em troca de serviços de qua-lidade questionável. E, assim investem em muita tinta para pintar carro velho, em publicidade, em equipamentos de reconhecimento facial e outras tralhas tecnológicas, tudo

para mostrar que “melhorou muito” só que não falam da retirada de horários de várias linhas, principalmente aos domin-gos. A Tarifa Social, tão incensada pela prefeitura e suas caras campanhas de mídia, não passam de um engodo, uma

vez que tem o caráter de “beneficio” não possuí garantia alguma de sua perma-nência no caso de mudança de adminis-tração municipal ou por uma necessidade de “cortes” e tal. Se fosse uma medida de responsabilidade e comprometida com a melhoria da vida das pessoas seria um

Direito Garantido por força de LEI. Esse medida lembra bem uma outra que aconteceu alguns meses atrás quando a Prefeitura e os Empresários pre-cisavam dar uma melhorada em suas ima-gens e aplicaram o “Migué da Redução da Tarifa”. Num jogo de cena que beirou ao cinismo foi anunciado publicamente uma redução de R$ 0, 15 centavos na tarifa en-quanto na surdina Júnior, “O Bondoso” aumentava o subsídio (tipo uma bolsa empresário) apenas na sua administração o valor dado aos empresários saltou de R$ 0,28 para R$ 0,42 centavos por cada vez que uma catraca gira em qualquer ônibus da cidade.

“Aparências nada mais...”

Page 2: Jornal do ônibus

2

No ano passado, 2.013, os patrões se recusaram a ne-gociar, nos obrigando a entrar em greve. Com isso, o prefeito e os patrões, juntinhos e com a mesma intenção de nos der-rotar, levaram a questão para DECISÃO DO TRIBUNAL DO TRABALHO. Mas perderam seu tem-po e seus interesses, porque o Tribunal MANTEVE TODAS AS CONQUISTAS dos acor-dos anteriores. Em meio às cláusulas mantidas pelo Tri-bunal está a de número 57. Vejam o que diz essa cláusula: “A implantação de qualquer instrumento de controle ele-trônico de fluxo de passagei-ros, que implique em modifi-cação nas relações de trabalho, será objeto de discussão entre o Sindicato Patronal e o Sindi-cato Profissional.§ 1o – Nas viagens realizadas em que houver cobrança de passagem embarcada, é obri-gatória a presença de cobra-dor.§ 2o – No serviço executivo, mesmo com a cobrança em-barcada de passagens fica dis-pensada a presença de cobra-dor.§ 3o – Nas linhas diretas, mes-mo com paradas para desem-

Prefeito Junior e patrões do transporte desrespeitam a lei e o tribunal regional do trabalho de sc

são do transporte por mais 20 anos, prevendo a retirada de 50% dos(as) cobradores(as). Também DESCUMPRINDO A LEI (decisão do TRT). Mas como vão fechar esses postos de trabalho se

JORNAL DO ÔNIBUS >>> Agosto de 2014 >>> N° 55

Com a ajuda da imprensa comercial lucrativa e mentirosa, o prefeito Juninho Exterminador de Empregos e os patrões vivem acusando o SINTRATURB de não cumprir a lei e deso-bedecer as ordens judiciais do TRT/SC. Agora vamos mostrar a toda população quem é que descumpre as leis, porque esta imprensa nada imparcial não mostra que o prefeito Juninho e os patrões do transporte DESRESPEITARAM OS JUÍZES e DESCRUMPRIRAM A DECISÃO DO TRIBUNAL.

barque no seu trajeto, fica dispensada a presença do co-brador”. Se vê claramente que o Tribunal DECIDIU QUE SE-RIA MANTIDO O POSTO DE COBRADOR(A), me-nos no transporte Executivo (Amarelinho) e nas linhas Diretas, que não pegam pas-sageiros nas vias públicas. Mas, em Setembro, poucos meses depois, o Pre-feito Junior lança Edital de Licitação prevendo a retira-da de 50% dos postos de co-brador de dentro dos ônibus. Portanto, o Edital e as condi-ções nele previstas ESTAVAM CONTRÁRIAS A DECISÃO DO TRT. De nada adiantou nos-so sindicato e outras orga-nizações questionar esses e outros problemas do Edital. Nem a maioria dos vereado-res, nem o Ministério Público e nem o Tribunal de Contas impediram esta e outras ILE-GALIDADES do Edital. O prefeito Júnior e os patrões ficaram livres para continuar a farsa da licita-ção. Depois, ASSINARAM O CONTRATO de conces-

TEM UMA DECISÃO DE TRIBUNAL mandando man-tê-los????? Por quê descum-priram a lei e desrespeitaram a decisão dos juízes do TRT? Afrontam a Justiça do Traba-lho e nos acusam do que eles

Page 3: Jornal do ônibus

3

Prefeito Junior e patrões do transporte desrespeitam a lei e o tribunal regional do trabalho de sc

JORNAL DO ÔNIBUS >>> Agosto de 2014 >>> N° 55

Com a ajuda da imprensa comercial lucrativa e mentirosa, o prefeito Juninho Exterminador de Empregos e os patrões vivem acusando o SINTRATURB de não cumprir a lei e deso-bedecer as ordens judiciais do TRT/SC. Agora vamos mostrar a toda população quem é que descumpre as leis, porque esta imprensa nada imparcial não mostra que o prefeito Juninho e os patrões do transporte DESRESPEITARAM OS JUÍZES e DESCRUMPRIRAM A DECISÃO DO TRIBUNAL.

No último dia 02 de Junho, ocorreu uma reunião chamada pelo TRT/SC. Nessa reunião o Desem-bargador Dr. Jorge Volpato fez uma proposta de acordo e fim do conflito atual. Propôs discutir as demais cláu-sulas, MANTER OS POSTOS DE TRABALHO DE COBRADOR(A) POR MAIS UM ANO e criar uma comissão de estudos e debates sobre essa situação. Dessa Comissão participariam o SINTRATURB, o SETUF, a Prefeitura de Florianópolis, o DETER, o Ministério Público do Traba-lho, a OAB/SC e órgãos da UFSC. Mas o Procurador do Município, representando o Prefeito Juni-nho Exterminador de Empregos, NEGOU-SE A ACEITAR qualquer novo diálogo sobre o contrato com as empresas de transporte. De forma autoritária e desrespeitosa, disse que ISSO NÃO MUDA, que tem um contrato assinado, que se mudar qualquer coisa “outros interessados na licitação” podem anular a licitação na justiça e blá blá blá blá. Que outros interessados? Só TEVE UMA ÚNICA PROPOSTA no prazo do Edital, que foi dessa farsa de Consórcio FÊNIX, composto pelas mesmas empresas de décadas atrás. Então para esse arrogante senhor, o TRT/SC TEM QUE REVER sua posição, tem que ACEITAR A IMPOSIÇÃO DO PREFEITO E DOS PATRÕES do transporte. De acordo com a posição da Prefeitura de Flo-rianópolis, o TRT/SC NÃO TEM AUTONOMIA de decisão no próxi-mo dissídio coletivo e vai ter que MUDAR SUA DECISÃO ANTERIOR, vai ter que DESCUMPRIR A SÚMULA DO TST só porque o Juninho Exterminador de Empregos combinou com os patrões do transporte que iria AUMENTAR SEUS LUCROS acabando com empregos.

Arrogância e despreparo

Atitude desrespeitosa do procurador do município no TRT/SC contrangeu audiência

fazem? E mais, a Súmula no 277 do TST – Tribunal Superior do Trabalho, diz que as cláu-sulas acordadas anteriormen-te DEVEM SER MANTIDAS, mesmo que sejam diferentes

do que diz a CLT e outras normas trabalhistas. Portanto, o TRT/SC obedeceu a Súmu-la do Tribunal Superior, DE-CIDIU MANTER esses(as) trabalhadores(as) porque essa condição vinha sendo nego-ciada e mantida com a con-cordância dos patrões há mais de 10 anos. Agora, para ga-nharem ainda mais dinheiro, mudaram de posição e que-rem IMPOR ISSO AO TRT?

Page 4: Jornal do ônibus

4 JORNAL DO ÔNIBUS >>> Maio de 2014 >>> N° 54

SIM - Sem Interesse de Melhorar - RealmenteImobilidade, mentiras e lucro garantido: Os migués do prefeito Juninho exterminador de empregos.

Como um bom e velho político oportunista, cheio de pro-messas que depois não cumprirá, o Juninho Exterminador de Em-pregos se elegeu prefeito em Floria-nópolis. Mas ele foi eleito prefeito e não DONO da cidade, foi eleito para cumprir um mandato e um plano de governo, NÃO PARA FA-ZER O QUE BEM ENTENDER. Será que o povo teria vota-do nele se soubesse que ... 1 – ...ele tentaria AUMEN-TAR O IPTU de forma absurda e sem critérios definidos? 2 – ...ele imporia sua vonta-de sobre o Plano Diretor, desconhe-cendo a participação e as propostas populares? E agora as pessoas ainda

nem sabem o que pode acontecer em seu bairro, ao lado de sua casa? 3 – ...ele iria desempregar centenas de jovens carentes da ZONA AZUL, substituindo-os pe-las máquinas eletrônicas chamadas de Parquímetros? Além disso, que o serviço seria entregue a uma em-presa privada e seu preço seria DO-BRADO do dia prá noite? 4 – ...ele iria desempregar jovens carentes, e até deficientes físicos, dos bolsões de estaciona-mento do Centro? E que entrega-ria, também, esse espaço e serviço público para uma empresa privada, AUMENTANDO O PREÇO DA HORA de forma absurda? 5 – ...ele contrataria a RBS,

sem licitação, para “organizar” as festas de final de ano (Natal e Reveillon 2.013), pagando R$ 4.645.000,00? 6 – ...ele faria uma licitação de mentirinha, só de enganação e MANTENDO AS MESMAS EM-PRESAS de transporte? Iria permi-tir que ônibus velhos seriam pin-tados para parecerem novos? Iria impor o fim de centenas de EM-PREGOS e iria deixar as pessoas SEM ATENDIMENTO dentro dos ônibus? 7 – ...ele que dizia que ACA-BARIA COM O SUBSÍDIO para as empresas de transporte, AU-MENTARIA ESSE SUBSÍDIO em 180% nesse primeiro ano e meio de

mandato? Lembramos que quando Juninho assumiu, o subsídio era de R$ 0,15 por passagem vendida. De-pois, aumentou para R$ 0,28 (quase o dobro) e, agora, em 30/04/14 au-mentou para R$ 0,42. 8 – ...ele nomearia vereado-res para Secretarias da Prefeitura depois de prometer na campanha eleitoral que não faria esse tipo de indicação? 9 - ...ele iria entregar os ser-viços públicos para empresários ga-nharem muito dinheiro trocando pessoas por MÁQUINAS, quando durante a campanha eleitoral inteira passou afirmando que sua principal preocupação seria CUIDAR DAS PESSOAS?