JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO...

28
CREMERJ JORNAL DO ISSN 1980-394x PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - n O 211 - MAIO 2008

Transcript of JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO...

Page 1: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

CREMERJJORNAL DO

ISSN

19

80

-39

4x

PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - nO 211 - MAIO 2008

Page 2: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

2 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

SUBSEDES

SÃO GONÇALOCoordenador: Dr. Amaro Alexandre NetoRua Coronel Serrado, 1000, sls. 907 e 90824440-000 - Tel.: (21) 2605-1220

TERESÓPOLISCoord.: Dr. Paulo José Gama de BarrosEstrada do Ermitage, 680 - Ermitage25975-360 - Tels.: (21) 2643-5830/2742-3340

TRÊS RIOSCoord.: Dr. Ivson Ribeiro de OliveiraRua Manoel Duarte, 14, sala 207 - Centro25804-020 - Tel.: (24) 2252-4665

VALENÇACoord.: Dr. Fernando VidinhaRua Padre Luna, 99, sl 203 - Centro27600-000 - Tels.: (24) 2453-4189

VASSOURASCoord.: Dra. Leda CarneiroAv. Exp. Oswaldo de Almeida Ramos, 52/20327700-000 - Tel.: (24) 2471-3266

VOLTA REDONDACoord.: Dr. Júlio Cesar MeyerR. Vinte, 13, sl 10127260-570 - Tel.: (24) 3348-0577

MACAÉCoord.: Gumercino Pinheiro Faria FilhoR. Dr. Luiz Belegard, 68/103 - Centro27913-260 - Tel.: (22) 2772-0535 / 2772-7584

NITERÓICoord.: Dr. Alkamir IssaR. Miguel de Frias, 40/ 6º andar24020-062 - Tels.: (21) 2717-3177/ 2620-9952

NOVA FRIBURGOCoord.: Dr. Thiers Marques Monteiro FilhoR. Luiza Engert, 01, salas 202/20328610-070 - Tel.: (22) 2522-1778

NOVA IGUAÇUCoord.: Dr. José Estevan da Silva FilhoR. Dr. Paulo Fróes Machado, 88, sala 20226225-170 - Tel.: (21) 2667-4343

PETRÓPOLISCoord.: Dr. Jorge Wanderley GabrichRua Alencar Lima, 35, sls 1.208/1.21025620-050 - Tel.: (24) 2243-4373

RESENDECoord.: Dr. João Alberto da CruzR. Gulhot Rodrigues, 145/40527542-040 - Tel.: (24) 3354-3932

ANGRA DOS REISCoord.: Dr. Ywalter da Silva Gusmão JuniorR. Professor Lima, 160 - sls 506/50723900-000 - Tel.: (24) 3365-0330/0793

BARRA DO PIRAÍCoord.: Dr. Hélcio Luiz Bueno LimaRua Tiradentes, 50/401 - Centro27135-500 - Tel.: (24) 2442-7053

BARRA MANSACoord.: Dr. Abel Carlos de BarrosRua Pinto Ribeiro, 103 - Centro27330-044 - Tel.: (24) 3322-3621

CABO FRIOCoord.: Dr. José Antonio da SilvaAv. Júlia Kubtischeck,39/11128905-000 - Tel..: (22) 2643-3594

CAMPOSCoord.: Dr. Makhoul MoussallemPça. São Salvador, 41/1.40528010-000 - Tel.: (22) 2723-0924/2722-1593

ITAPERUNACoord.: Dr. Euclides Malta CarpiRua 10 de maio, 626 - sala 40628300-000 - Tel.: (22) 3824-4565

SECCIONAIS

DIRETORIAPresidenteMárcia Rosa de Araujo1º Vice-PresidenteRenato Graça2º Vice-PresidenteSidnei FerreiraSecretário-GeralSergio Albieri1º SecretárioPablo Vazquez Queimadelos2ª SecretáriaKássie Regina CargninDiretor TesoureiroLuis Fernando Moraes1º TesoureiroArnaldo PineschiDiretor de Sede e RepresentaçõesAlkamir IssaCorregedoraMarília de Abreu SilvaVice-CorregedorCarlindo Machado e Silva

CONSELHEIROSAbdu KexfeAlexandre Pinto CardosoAlkamir IssaAloísio Carlos Tortelly CostaAloísio Tibiriçá MirandaAntonio Carlos Velloso da S. TucheArmido Claudio MastrogiovanniArnaldo Pineschi CoutinhoBartholomeu Penteado CoelhoCantídio Drumond NetoCarlindo de Souza Machado e Silva F.Celso Correa de BarrosEduardo Augusto BordalloFrancisco Manes Albanesi FilhoFernando da Silva MoreiraGuilherme Eurico Bastos da CunhaHildoberto Carneiro de OliveiraJ. Samuel KierszenbaumJorge Wanderley GabrichJosé Luiz Furtado Curzio (✝✝✝✝✝)José Marcos Barroso PillarJosé Maria de AzevedoJosé Ramon Varela BlancoKássie Regina Neves CargninLuis Fernando Soares MoraesMakhoul MoussallemMárcia Rosa de AraujoMárcio Leal de MeirellesMarcos André de SarvatMarcos Botelho da Fonseca LimaMarília de Abreu SilvaMário Jorge Rosa de NoronhaMatilde Antunes da Costa e SilvaMauro Brandão CarneiroPablo Vazquez QueimadelosPaulo Cesar GeraldesRenato Brito de Alencastro GraçaRicardo José de Oliveira e SilvaSergio AlbieriSergio Pinho da Costa FernandesSidnei FerreiraVivaldo de Lima Sobrinho

Publicação Oficial do Conselho Regional deMedicina do Estado do Rio de JaneiroConselho EditorialA DiretoriaJornalista ResponsávelNicia Maria - MT 16.826/76/198EdiçãoNicia MariaReportagemRoberta Costa e Silva,Carla Fontão eFlavia BoabaidFotografiaJosé RenatoProjeto Gráfico e Editoração EletrônicaJoão FerreiraProduçãoFoco Notícias Serviços GráficosImpressãoEdiouro Gráfica e Editora S.A.Tiragem - 55.000 exemplaresPeriodicidade - Mensal* Os artigos assinados são de inteiraresponsabilidade dos autores, nãorepresentando, necessariamente, a opiniãodo CREMERJ.

CREMERJ

CREMERJJornal do

BARRA DA TIJUCAAv. das Américas 3.555/Lj 226Tel: (21) 2432-8987/3325-1078

CAMPO GRANDEAvenida Cesário de Melo, 2623/s. 302Tel.: (21) 2413-8623

ILHA DO GOVERNADOREstrada do Galeão, 826 - Lj 110Tel:(21) 2467-0930

MADUREIRAEstrada do Portela, 29/302Tel: (21) 2452-4531

MÉIERR. Dias da Cruz, 188/Lj 219Tel.: (21) 2596-0291

TIJUCAPraça Saens Pena, 45/324Tel: (21) 2565-5517/2204-1493

SEDEPraia de Botafogo, 228Centro Empresarial RioBotafogo - Rio de Janeiro - RJCEP: 22250-040Telefone: (21) 3184-7050Fax: (21) 3184-7120Homepage: www.cremerj.org.brE-mail: [email protected]

Horário de funcionamentode segunda à sexta, de 9 às 18 horas

Pesquisa comprova denúncias do CREMERJ

O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DAS SECCIONAIS E SUBSEDES É DE SEGUNDA À SEXTA-FEIRA, DAS 9 ÀS 18 HORAS.

Os números agora comprovam oque o CREMERJ tem constatado nasvisitas constantes realizadas nos hos-pitais da rede pública: 98% das emer-gências estão com superlotação depacientes. Em 77% das equipes deemergência faltam médicos, principal-mente clínicos, pediatras, ortopedis-tas e neurocirurgiões.

Tal situação é agravada pelos bai-xos salários e tem afastado os médi-cos do serviço público, além de ocasi-onar um precário atendimento à po-pulação, o que ficou bastante claro,durante a recente epidemia de den-gue no Rio de Janeiro.

O CREMERJ vem denunciandoessa crise da rede pública às autori-dades, em diversas reuniões e pelaimprensa. Mas as autoridades conti-nuam omissas...

A pesquisa realizada pelo Grupo deTrabalho sobre Emergência do Conse-lho, com 129 chefes do setor de 18

hospitais, e divulgada no seu recenteCongresso de Emergência, mostramtambém que o déficit de médicos temcomo razões: salários baixos (aponta-da por 34% dos entrevistados), sobre-carga de trabalho (24%), falta de con-dições materiais (20%) e superlotaçãodas emergências (22%).

O CREMERJ vem denunciando osaviltantes salários pagos aos médicose a falta de equipamentos nos hospi-tais. Mas as autoridades continuamomissas...

Os chefes de equipe afirmaram quea forma de solicitação de transferên-cia de pacientes graves tem sido muitodifícil. Dentre os entrevistados, 60%tentam com outras unidades por tele-fone, 25%, pela central de regulação e15%, via rádio. A forma de chegada dospacientes graves transferidos de ou-tras unidades é, em 41% dos casos, porcontato prévio por telefone; 34% semcontato prévio; 24% por via rádio; e

12% pela central de regulação.O CREMERJ vem denunciando

que a central de regulação está lon-ge de ser eficiente, sendo necessárioque seja organizado o mais rápidopossível. Caso contrário, pacientes emédicos vão continuar sofrendo como caos. Mas as autoridades continu-am omissas...

Outro dado preocupante da pes-quisa: 40% dos pacientes crônicos per-manecem mais de 15 dias nas emer-gências, quando o limite recomenda-do seria de, no máximo, 12 horas.

O CREMERJ tem denunciado quea rede pública não tem porta de saídanem leitos de retaguarda suficientespara os pacientes. Mas as autoridadescontinuam omissas...

Mas nós não nos omitimos e con-tinuaremos a lutar pela melhoria dascondições de trabalho e de saláriopara os médicos e por um melhor aten-dimento à população.

Page 3: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

3JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Prosseguem as negociações com as operadorasRepresentantes do CREMERJ, da SOMERJ, daCentral de Convênios e das Sociedades deEspecialidades estão negociando com asoperadoras de planos de saúde as reivindicaçõesaprovadas na última assembléia dos médicos:consultas a R$ 50,00 e reajustes de 10% nosvalores dos procedimentos, além do adiamentoda implantação da TISS eletrônica e extratosdetalhados dos pagamentos feitos aos médicospelas empresas.

Médicos da CAARJ se reúnem no CREMERJO CREMERJ, a SOMERJ, a Central

Médica de Convênios e representan-tes das Sociedades de Especialidadesse reuniram, no dia 3 de junho, commédicos conveniados à CAARJ, parainformar o resultado da reunião rea-lizada anteriormente, no dia 15 demaio, com o Conselheiro Gestor daCAARJ, José Antônio Galvão de Car-valho. Os médicos estão reivindican-do o pagamento dos honorários atra-sados à empresa, que encerrou suasatividades sem honrar seus compro-missos com os prestadores.

O Gestor da CAARJ havia informado

que a empresa tinha encerrado suas ativi-dades de auto-gestão em assistência à saú-de devido a dificuldades financeiras.

José Antônio Galvão de Carvalhodisse ainda na reunião que a nova Dire-toria está se organizando para honrartodos os compromissos assumidos eque, para isso, fará um cronogramapara quitação das pendências com seusprestadores, de acordo com o montan-te da dívida. Informou que os débitosde até R$ 5 mil serão pagos à vista, ain-da em junho deste ano, com prioridadepara os médicos (pessoa física) que nãosão cooperados da Unimed, os mais pre-

judicados com o fim das atividades. Emseguida, acrescentou Antônio Galvão,pretendem quitar as dívidas com os de-mais prestadores. Segundo ele, os valo-res superiores a R$ 5 mil serão negoci-ados posteriormente.

O gestor da CAARJ prometeu que fa-ria contato com todos os prestadores atra-vés de seu call center e assumiu o compro-misso de iniciar imediatamente o proces-so de pagamento para os antigos presta-dores da CAARJ. Foram criados dois ca-nais de comunicação para facilitar o con-tato com esses profissionais: o e-mail:[email protected] e o

call center: 4002-2272.O médico deverá informar seu e-

mail para que seja remetida a minutado recibo a ser firmado e, estando deacordo, o crédito de seus honorári-os será liberado em sua conta cor-rente em até três dias após a entregado recibo de quitação assinado. Osmédicos, no entanto, estão preocu-pados de assinar um recibo de quita-ção antes do pagamento da dívida.

Uma das propostas a ser negoci-ada ainda com a CAARJ é pagar àspessoas jurídicas os débitos até R$ 5mil, como os da pessoa física.

A ANS deu às operadoraso reajuste mais baixo dos úl-timos cinco anos (5,48%), masnem por isso os médicos vãodeixar de colocar suas reivin-dicações. A Amil, a Sul Amé-rica, a Golden Cross e o Bra-desco se assustaram com aspropostas da assembleía e fi-caram de dar uma respostano mês de junho, mas a Bra-desco já adiantou que daráaos médicos, no mínimo, umreajuste equivalente ao per-centual concedido pela ANSàs operadoras. Isso é metade

do pleiteado. A Amil alegaque precisa fazer um cálculoatuarial, tendo em vista a en-trada de novos procedimen-tos no rol, como ligadura detrompa, vasectomia, coloca-ção de DIU, genética e nutri-ção, entre outros.

Em relação ao grupo deFurnas - que não está mais jun-to à Unidas (quem permaneceé a Real Grandeza) - o repre-sentante ofereceu aumento deR$ 41,00 para R$ 44,00 o va-lor da consulta e CH para 0,40.

A CASSI se justifica afirman-

do que é difícil adotar umaposição sem ouvir seu colegi-ado e a Petrobras diz que temcondições de pagar a consul-ta a R$ 50,00.

As demais operadorasnão chegaram a formalizarpropostas.

Em todas as negociações,as operadoras reconhecem quea consulta tem um pequeno im-pacto dentro dos seus custos eque pretendem valorizá-la,porque aumentando a consul-ta, poderão obter algumas van-tagens em outros campos.

ALERGIA E IMUNOLOGIASandra Rita de Freitas Gouveia - 57667-8Sergio Duarte Dortas Júnior - 73695-3

CANCEROLOGIA/CANCEROLOGIA CLÍNICALuiz Gustavo Lombardo Torres - 66717-0Luiz Henrique de Lima Araújo - 79732-4

CANCEROLOGIA/CANCDEROLOGIA CIRÚRGICAPhilip Edward Boggiss - 70477-6

CARDIOLOGIAFábio Alex Gomes Nascimento - 60690-0(Área de Atuação: Ecografia Vascular comDoppler)Eduardo Paredes Ramalho - 54979-9

CIRURGIA GERALBruno Gomes Duarte - 79327-2Maurício Szuchmacher - 74198-1Philip Edward Boggiss - 70477-6Yugo de Lima Brandão Murakami - 68690-5

CLÍNICA MÉDICAKamilla Tonini Delamonica - 80247-6Luiz Henrique de Lima Araújo - 79732-4Sergio Duarte Dortas Júnior - 73695-3

CIRURGIA PLÁSTICANabor Plaza Ruiz - 47711-1

CIRURGIA VASCULARBruno Barone - 75338-6Mauricio Szuchmacher - 74198-1

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM - ATUAÇÃOEXCLUSIVA EM ULTRA-SONOGRAFIA GERALNorma de Oliveira Sampaio - 53535-0

ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIABianca Barone - 73966-9Daniel Jorge de Castro Braga - 59544-0Elaine Maria dos Santos Gomes - 71635-9Márcia Martins Ferreira - 67536-9Mirella Hansen de Almeida - 73546-9

GASTROENTEROLOGIACibele Franz Fonseca - 75341-6

GERIATRIACláudia Burla - 43616-4José Elias Soares Pinheiro - 38071-0

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIABianca Russo Malícia - 75394-7Danielle de Carvalho B. Sodre - 75152-9Elisabete de Freitas Lima - 52725-0Henrique Castro Van Der Laars - 74888-9Leonardo França Motta - 54918-0Paulo Lúcio Pereira dos Reis - 40261-0Regina Coeli Pereira Gonçalves - 51787-1

HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIAFernando Mauro Furtado Coutinho - 21101-0Luiz Gonzaga Lula de Oliveira Lima - 21323-3

INFECTOLOGIAJuliana de Seixas Corrêa - 76988-6

MEDICINA DO TRABALHOAna Paula Meucci Pereira Nogueira - 58991-3Dário Bento Cimillo Alvares - 32179-4Eduardo Leal Souto - 41927-2Fábio Alex Gomes Nascimento - 60690-0Luís Antonio Pimenta Rodrigues - 84699-6

MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADEAdriano Antônio S. Pedrosa Moreira - 84663-5

MÉDICO DO TRABALHOLilia Ribeiro Guerra - 45582-0Patrícia Martins Ramos Fonseca - 59152-5Paulo Roberto Leite Bomfim - 62897-2Sílvia Martins Pimenta - 67679-9

OFTALMOLOGIAGermana Moura Donaire - 76795-6Lívia Mello Brandão - 77252-6(Área de Atuação: Administração em Saúde)Arli Moreira Loureiro - 38510-4

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIAVinícius Aguiar Sanches da Silva - 65423-0

PEDIATRIAAlexandre Aredo Castiglione - 79851-7Maria Celina Polito - 29760-1Mariana Grossi Bessa Szuchmacher - 74197-3Sabrina Teresinha Alvim Barreiro - 71067-9

PNEUMOLOGIAKamilla Tonini Delamonica - 80247-6

PSIQUIATRIACelina Mannarino - 46983-8João Paulo Marques Fernandes - 71670-7Rodrigo Faria de Toledo - 68567-4Rodrigo Pedalini Borges Pires - 67991-7

UROLOGIAEvelyn Eisemberg Gomes - 70657-4Rodrigo Barros de Castro - 74088-8Tiago Soares Bissonho - 73393-8

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Page 4: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

4 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

O CREMERJ terá para a eleiçãodo Corpo de Conselheiros,qüinqüênio 2008-2013, formamista de votação - voto porcorrespondência e votopresencial – de acordo com asnormas eleitorais determinadaspela Resolução do ConselhoFederal de Medicina nº 1837/2008.O voto é obrigatório para todosos médicos, com exceção domédico inscrito no Conselhoexclusivamente como “médicomilitar”.Para votar é necessário estarquite com o Conselho, inclusivecom a anuidade deste ano(2008). A Presidência doCREMERJ havia enviado ofícioao Desembargador RobertoWider, Presidente do TribunalRegional Eleitoral, no dia 11 demarço, solicitando o empréstimode urnas eletrônicas para arealização das eleições.Em 8 de abril, o Desembargadorrespondeu por ofício aimpossibilidade do empréstimo,destacando que “em virtude daproximidade das eleiçõesmunicipais, todo o quantitativode urnas eletrônicas estarádirecionado para as mesmas”.A votação presencial na sededo CREMERJ, nas subsedese secccionais, será, portanto,em urnas de lona.

Eleições no CREMERJAos Médicos,De acordo com as normas eleitorais ditadas pela Resolução n.1837/2008 do Conselho Federal de Medici-na, para a renovação do Corpo de Conselheiros do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio deJaneiro, no qüinqüênio 2008/2013, temos a informar que a forma do processo de votação será mista:a) voto por correspondência, no qual o eleitor poderá optar por votar por correspondência em todo oestado; oub) voto presencial: o eleitor poderá optar pelo voto presencial. Neste caso, o exercício do direito de votoserá realizado em 02(dois) dias, 06 e 07 de agosto de 2008, das 08(oito) às 18(dezoito) horas, exclusi-vamente na Sede, Subsedes da Capital e nas Seccionais Municipais do Conselho Regional de Medicinado Estado do Rio de Janeiro.O Correio informa que o voto por correspondência deverá ser postado pelo Eleitor até o dia 31/07/08como garantia de que haja tempo hábil para sua apuração em 07/08/08.

INFORMAÇÕES GERAIS1 – O voto será obrigatório para os médicos inscritos primária e secundariamente nos respectivosConselhos Regionais e que estejam em pleno gozo de seus direitos.2 – O médico inscrito em mais de um Conselho Regional deverá votar em, pelo menos, um deles.3 – O médico inscrito exclusivamente como “médico militar”, nos termos do artigo 4º da Lei n. 1618/79,de 16/8/79, está impedido de votar.4 – O médico que não esteja quite com o Conselho Regional de Medicina, inclusive com a anuidade de2008, não poderá votar.5 – A quitação da anuidade, na opção pelo voto nas urnas, poderá ser feita até às 18h do último dia devotação, 07/08/08, na Sede do CREMERJ, nas Subsedes da Capital ou nas Seccionais Municipais doConselho. O médico que optar por votação por correspondência deve quitar a anuidade até o dia 05/08/2008, na rede bancária ou até 07/08/08 na Sede, Subsedes da Capital ou nas Seccionais Municipais doCREMERJ.6 – O voto por correspondência só será válido se a Carta Resposta tiver a chancela do Correio,e corresponder ao modelo oficial enviado, assim sendo o voto não poderá ser entregue pesso-almente no CREMERJ.

CONTEÚDO DO ENVELOPE• Um envelope maior com porte pago e registro via SEDEX (Carta Resposta);• Um envelope pequeno;• Uma cédula eleitoral;• Uma ficha para sua identificação (Eleitor);• Um comprovante – instrumento de habilitação de postagem.

INSTRUÇÕES PARA O VOTO POR CORRESPONDÊNCIA1 – 1.1 – A cédula eleitoral apresenta 03 (três) chapas.

1.2 – Escolha a chapa de sua preferência e assinale um “X” no quadrado que a identifica.1.3 – Dobre a cédula e coloque-a dentro do envelope pequeno.1.4 – Feche corretamente o envelope pequeno, sem identificá-lo.

2 - 2.1 – Preencha a ficha de identificação com seus dados, date e assine.2.2 – Dobre a ficha de identificação.

3- 3.1 – Coloque o envelope pequeno e a ficha de identificação dentro do envelope maior (Carta Resposta).3.2– Feche o envelope maior (Carta Resposta), colando suas bordas.

4 – 4.1 - ENTREGUE O ENVELOPE MAIOR COM PORTE PAGO E REGISTRO VIA SEDEX (CARTARESPOSTA) EM UM GUICHÊ DE UMA AGÊNCIA PRÓPRIA DO CORREIO (NÃO É POSSÍVEL POS-TAR EM AGÊNCIA FRANQUEADA NEM EM CAIXA DE COLETA DO CORREIO)

OBS.: RELAÇÃO DE AGÊNCIAS PRÓPRIAS DO CORREIO EM ANEXO.4.2 - O COMPROVANTE – INSTRUMENTO DE HABILITAÇÃO DE POSTAGEM SERÁ ENTREGUE

JUNTAMENTE COM O ENVELOPE MAIOR, SEM ÔNUS PARA O ELEITOR.– TODA DOCUMENTAÇÃO DEVERÁ CHEGAR AO CREMERJ OBRIGATORIAMENTE PELO COR-REIO.– APÓS APURAÇÃO, SERÁ ENCAMINHADO O COMPROVANTE DE VOTAÇÃO POR CORRESPON-DÊNCIA.

Comissão Eleitoral

Page 5: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

5JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Bairro Agência EndereçoAnchieta Anchieta Av. de Nazaré, 2408 Lj GAndaraí Andaraí R. Barão de Mesquita, 922 Lj ABarra da Tijuca Barra da Tijuca Av. Olegário Maciel, 30 Lj ABarra da Tijuca Barra Shopping Av. das Américas, 4666 Lj 106 P 39Bento Ribeiro Pref. Bento Ribeiro R. João Vicente, 1201Bonsucesso Bonsucesso R. Dona Isabel, 158Bonsucesso Fiocruz Av. Brasil, 4365 Sala 9 TérreoBotafogo Nações Unidas Praia de Botafogo, 324 Lj C e DBotafogo Botafogo R. Voluntários da Pátria, 254Botafogo Capemi R. São Clemente, 38Botafogo Urca Av. Pasteur, 214 Ljs B e CBrás de Pina Largo do Bicão Est. do Quitungo, 1780 Lj BCacuia Ilha do Gov. Est. do Galeão, 1322Caju Ponta do Caju R. General Sampaio, 38Campo dos Afonsos Campo dos Afonsos Av. Marechal Fontenele, 805Campo Grande Campo Grande Pça. Doutor Raul Boaventura, 61Cascadura Cascadura R. Sidonio Pais, 41 Lj ACatete Largo do Machado Largo do Machado, 35Centro Sto.s Dumont Pça. Senador Salgado Filho, S/NCentro Carioca R. da Carioca, 52Centro Castelo Av. Almirante Barroso, 63 Lj B e CCentro Central do RJ R. Primeiro de Março, 64Centro Cidade Nova R. de Sta.na, 221Centro Marcilio Dias Pça. de Barão Ladario, S/NCentro Palácio da Justiça Av. Erasmo Braga, 115 Sala 106-ACentro Palácio Tiradentes R. Dom Manuel, S/NCentro Petrobras Av. República do Chile, 65 SubsoloCentro Pça. Mauá Pça. Mauá, 7Centro Rio Branco Av. Rio Branco, 156 Sala 326 3º PisoCentro R. da Alfândega R. da Alfândega, 91 Ljs A,B e ICidade Nova Afonso Cavalcanti R. Afonso Cavalcanti, 58 2º AndarCidade Nova Pres. Vargas Av. Pres. Vargas, 3077 TérreoCidade Nova Venda A Distancia Av. Pres. Vargas, 3077 23 AndarCidade Univ. Cidade Univ. Av. Brig. Trompowski, S/N Bl K Cto CiênciasCidade Univ. Ilha do Fundão Av. Brig. Trompowski, S/N Bloco CCopacabana Copacabana Av. Nossa S. de Copacabana, 540 Lj ACopacabana Dias da Rocha R. Dias da Rocha, 55Copacabana Leme Av. Princesa Isabel, 323 Lj ACopacabana Posto Cinco Av. Nossa S. de Copacabana, 1059 Lj ACopacabana Posto Seis Av. Nossa S. de Copacabana, 1298 Ljs A e BDel Castilho Nova America Av. Pastor Martin Luther King Jr, 126 Lj 625Eng. de Dentro Eng. de Dentro R. Adolfo Bergamini, 50Estácio Estácio de Sá R. Haddock Lobo, 9Galeão Aer. Tom Jobim Av. Vinte de Janeiro, S/N Sala 3023 3º Andar

Bairro Agência EndereçoGaleão Galeão Ponta do Galeão, S/N Lj 3Gávea Rocinha Est. da Gávea, 250 RocinhaGávea PUC R. Marquês de São Vicente 215Ipanema General Osório R. Prudente de Morais, 147Ipanema Ipanema R. Visconde de Pirajá, 452 Box 7Irajá Hannibal Porto R. Hannibal Porto, 450Irajá Irajá R. Marquês de Aracati, 51Jacaré Jacaré R. Lino Teixeira, 323Jardim Botânico Jardim Botânico R. Jardim Botânico, 728Leblon Leblon Av. Ataulfo de Paiva, 822 Ljs C e DMadureira Madureira Pça. Armando Cruz, 120 Lj BMéier Méier R. Dias da Cruz, 182Paquetá Paquetá R. Doutor Lacerda,19Parada de Lucas Parada de Lucas R. Lucas Rodrigues, 18 Lj APedra de Guaratiba Pedra de Guaratiba R. Belchior da Fonseca, 114Penha Penha R. Plínio de Oliveira, 87Penha São Lucas Pça. São Lucas, S/N Morro do CruzeiroPenha Tenente Fabio Magalhães Av. Brasil, 10500Penha Circular São Sebastião R. da Farinha, 101 Mercado São SebastiãoPiedade Piedade R. Manuel Vitorino, 917Pilares Pilares Av. Dom Helder Câmara, 7339Portuguesa Portuguesa Est. do Galeão, 2315 Lj EPça. da Bandeira Pça. da Bandeira R. de Barão Iguatemi, 57Ramos Ramos R. Uranos, 1281 Lj ARealengo Realengo Av. de Sta. Cruz, 1418 Lj ARiachuelo Riachuelo R. Vinte e Quatro de Maio, 374Ricardo de Albuquerque Ricardo de Albuquerque R. Adéqüe, 114Rio Comprido Rio Comprido R. da Estrela, 36Rocha Miranda Rocha Miranda Pça. Oito de Maio, 127Sta. Cruz Pça. do Gado Pça. do Gado, 5Sta. Cruz Sta. Cruz Av. Isabel 63Sto. Cristo Rodoviária Novo Rio Av. Francisco Bicalho 1 Ljs A e BSto. Cristo R. Bela Av. Cidade de Lima 181São Cristóvão São Cristóvão Campo São Cristóvão 378Senador Câmara Jabour R. Raul Azevedo 40Sepetiba Sepetiba R. Pedro Leitão 56Tanque Tanque Av. Geremário Dantas 108Taquara Taquara Est. do Tindiba, 2070Tijuca Tijuca R. Almirante Cochrane 255 Ljs A e BVidigal Vidigal Av. Pres. João Goulart S/NVila Isabel Iguatemi R. de Barão São Francisco 236 Lj 401Vila Isabel Vila Isabel Boulevard 28 de Setembro 277 Lj BVila Militar Vila Militar Av. de Duque Caxias S/N

Relação das agências próprias dos CORREIOSRio de Janeiro

Angra dos ReisVila do Abraão Abraão Av. Beira Mar 7-B FundosCentro Angra dos Reis Pça. Lopes Trovão 142Verolme Jacuecanga R. Itassuce 132

AperibéCentro Apresse R. Mathias Ferreira da Silva, 71

AraruamaCentro Araruama R. Major Felix Moreira, 81São Vicente de Paula São Vicente de Paula R. Princesa Isabel 14

ArealAreal Areal Pça. Pres. Castelo Branco 365

Armação dos BúziosCentro Armação dos Búzios Est. da Usina 360

Arraial do CaboCentro Arraial do Cabo Av. Getulio Vargas 19 Lj A

Barra do PiraiCentro Barra do Pirai R. Franklin de Moraes, 16

Barra MansaCentro Barra Mansa R. Barão de Guapi, 96Saudade Saudade Av. Homero Leite 509

Belford RoxoBelford Roxo Belford Roxo Pça. Getúlio Vargas 53

Page 6: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

6 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Bom JardimCentro Bom Jardim Pça. Roberto Silveira, 42

Bom Jesus do ItabapoanaCentro Bom Jesus do Itabapoana Av. Gov. Roberto Silveira, 136Cabo FrioCentro Cabo Frio Largo Sto. Antonio, 55

Cachoeiras de MacacuCentro Cachoeiras de Macacu Av. Gov. Roberto Silveira, 114CambuciCentro Cambuci Pça. da Bandeira, 94

Campos dos GoytacazesCentro Campos dos Goytacazes Pça. Santíssimo Salvador, 53Goytacazes Goytacazes R. Dario Canela Tavares 18Centro Sto. Eduardo R. A S/N

CantagaloCentro Cantagalo Pça. Miguel de Carvalho, 35Euclidelandia Euclidelandia Pça. Antonio Felipe Casnary 30

Cardoso MoreiraCentro Cardoso Moreira R. Joel Reis, 190/194CarmoCentro Carmo R. Abreu Magalhães, 35 Lj A

Casimiro de AbreuCentro Barra de São João Rodovia Amaral Peixoto 538Centro Casimiro de Abreu R. Barão de Mauá, 383

Comendador Levy GasparianCentro Com. Levy Gasparian R. Dra. Joséfina Gasparian, 61 Lj 9

Conceição de MacabuCentro Conceição de Macabu R. Alice Barbosa 22

CordeiroCentro Cordeiro Av. Raul Veiga, 209Duas BarrasCentro Duas Barras Av. Getulio Vargas, 83

Duque de CaxiasCentro Duque de Caxias Av. Pres. Vargas 281Vila Araci Imbariê Av. Coronel Sisson 25/27Vila Actura Reduc Rod. Washington Luiz 0 Km 114,7Parque Eldorado Sta. Cruz da Serra Rod. Washington Luiz 0km 105,5 Lj 2Parque Uruguaiana Saracuruna R. Uruguaiana 75 Lj CVila São Luis Vila São Luiz R. General Manoel Rabelo 523Vila Operária Xerém R. Pastor Manuel Avelino de Souza 35

Engenheiro Paulo de FrontinCentro Eng. Paulo de Frontin R. Vereador José Gramático 67

GuapimirimCentro Guapimirim R. João Raith, 136

Iguaba GrandeCentro Iguaba Grande R. Nossa Senhora de Fátima, 15 Ljs G/H

ItaboraíCentro Itaboraí Pça. Marechal Floriano Peixoto, S/N

ItaguaíCentro Itaguaí R. General Bocaiúva, 251

ItalvaCentro Italva R. Olivia Faria, 152

ItaocaraCentro Itaocara R. Sebastião da Penha Rangel 123

ItaperunaCentro Itaperuna Av. Cardoso Moreira, 534

ItatiaiaCentro Itatiaia R. Oby Loyola, 32 Lj C

JaperiCentro Japeri Av. Doutor Arruda Negreiros S/N

Laje do MuriaéCentro Laje do Muriaé R. Ferreira Cesar, 94

MacaéCentro Macaé R. Teixeira Gouveia, 712

MacucoCentro Macuco Pça. Prof. João Brasil, 139 Lj B

MagéCentro Mãe Av. Simão da Mota, 900Piabetá Piabetá Pça. Sete de Setembro S/N

MangaratibaCentro Mangaratiba R. Doutor Nilo Peçanha, 55Vila Muriqui Vila Muriqui R. Espírito Sto. 45

MaricáCentro Maricá R. Ribeiro de Almeida, 198

MendesCentro Mendes R. Alberto Paiva, 170

MesquitaCentro Pres. Juscelino Av. Getulio de Moura 3610

Miguel PereiraGov. Portela Gov. Portela Trv. Gilson M. Portela S/NCentro Miguel Pereira Av. Pres. John Kennedy 132

MiracemaCentro Miracema Pça. dos Estudantes, 9

NatividadeCentro Natividade R. Doutor Raul Travassos, 9

NilópolisCentro Nilópolis R. Alberto Teixeira da Cunha, 109

NiteróiFonseca Fonseca Alameda São Boa Ventura, 954Centro Fórum de Niterói Pça. da República S/NIcaraí Icaraí R. Gavião Peixoto, 262 Lj 1Icaraí Moreira Cesar R. Coronel Moreira Cesar 65 Lj 101Centro Niterói Av. do Visconde Rio Branco 481Sta. Rosa Sta. Rosa R. Doutor Paulo Cesar 303Charitas São Francisco Av. Quintino Bocaiúva 341

Nova FriburgoLumiar Lumiar Pça. Levy Ayres Brust, 1Mury Mury Av. Hamburgo, 730Centro Nova Friburgo Pça. Pres. Getulio Vargas, 85

Nova IguaçuCentro Nova Iguaçu R. Otavio Tarquino, 87

PapucaiaPapucaia Papucaia R. Enfermeiro Sebastião Mariano Silva 2

ParacambiCentro Paracambi R. Francisco Dias Raposo, 26

Paraíba do SulCentro Paraíba do Sul Av. Prof. Bento Gonçalves Pereira, 96

Page 7: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

7JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

São GonçaloAlcântara Alcântara R. João de Almeida, 108 Ljs 2 e 3Neves Neves R. Alberto Torres, 2328Centro Nilo Peçanha R. Doutor Nilo Peçanha, 100Zé Garoto São Gonçalo Pça. Estefânia de Carvalho, 15Sta. Luzia Sta. Luzia Av. Sta. Luzia, 145

São João da BarraCentro São João da Barra R. Sacramento, 20

São João de MeritiEden Eden R. Domingos Alves de Oliveira, 212 Lj BCentro R. da Matriz R. Manoel Machado Nunes, 64Centro São João de Meriti R. Sto. Antônio, 179Vilar dos Teles Vilar dos Teles Av. Comendador Teles, 2416 Ljs 12 e 17

São José do Vale do Rio PretoCentro S J do Vale do Rio Preto R. Prof.a Emilia Esteves, 22

São Pedro da AldeiaCentro São Pedro da Aldeia R. Doutor Antonio Alves, 232

São Sebastião do AltoCentro São Sebastião do Alto R. Maria Faustina da Conceição, 62/66

SapucaiaCentro Sapucaia R. Mauricio de Abreu, 21

SaquaremaCentro Saquarema Pça. Oscar de Macedo Soares, 12

SeropédicaCentro Seropédica Av. Min. Fernando Costa, 483 Ljs 7 e 8

Silva JardimCentro Silva Jardim R. Borges Alfredique, 47

SumidouroCentro Sumidouro R. da Conceição, S/N

TanguáCentro Tango R. Ver. Antônio Teixeira de Macedo Lj 2

TeresópolisAlto Alto Teresópolis Av. Oliveira Botelho, 9 Lj 2Várzea Teresópolis Av. Lucio Meira, 259

Trajano de MoraisCentro Trajano de Morais R. Coronel João Martins, 2

TravessãoTravessão Travessão Av. Antonio Luiz da Silva, 453

Três RiosCentro Três Rios Pça. São Sebastião, 250

ValençaCentro Barão de Juparaná Av. de Barão Sta. Monica, S/NCentro Conservatória R. Monsenhor Pascoal Libreloto, 63Centro Valença R. Bernardo Viana, 52

Varre-SaiCentro Varre Sai R. Deputado Francelino Bastos Franca, 36Centro Vassouras R. Irmã Maria Agostinha, 1

Volta RedondaVila Mury Retiro Av. Amazonas, 479Vila Sta. Cecília Volta Redonda Av. dos Trabalhadores, 570

ParatiCentro Parati R. José Milton de Oliveira, S/N

Paty do AlferesCentro Paty do Alferes R. Capitão Zenóbio da Costa 55

PetrópolisCascatinha Cascatinha R. Bernardo Vasconcelos 167Correas Correas R. Doutor Agostinho Goulao 7Itaipava Itaipava Est. União e Industria 12700Pedro do Rio Pedro do Rio Est. União e Industria 19297Centro Petrópolis R. do Imperador 350Posse Posse Est. Silveira da Mota 42Alto da Serra R. Tereza R. Teresa 608 Lj 8

PinheiralCentro Pinheiral R. Coronel Joaquim F. Ribeiro 163

PiraiArrozal Arrozal R. Teodora Barbosa Ribeiro 105Centro Pirai R. Manoel Teixeira Campos Junior 36

PorciúnculaCentro Porciúncula R. Doutor Otavio de Almeida , 152Porto RealCentro Porto Real Est. Quatis Floriano 1769

QuatisCentro Quatis R. Prof. Pessoa de Barros 300

QueimadosQueimados Queimados Av. Doutor Pedro Jorge 144

QuissamãQuiçaça Quiçaça Av. de Barão Vila Franca 292

ResendeIndependência Agulhas Negras Av. Tiradentes S/NFazenda Penedo Penedo R. das Velas 100Centro Resende Pça. Concórdia 64

Rio BonitoCentro Rio Bonito R. Doutor Francisco de Souza 187

Rio ClaroCentro Lidice Pça. Padre Ezequiel 41Centro Rio Claro Av. João Baptista Portugal 266

Rio das FloresCentro Rio das Flores R. Aniceto de Medeiros Correa 3

Rio das OstrasCentro Rio das Ostras Alameda Casimiro de Abreu 260 Lj 3

Sta. Isabel do Rio PretoSta. Isabel do Rio Preto Sta. Isabel do Rio Preto R. Deputado Ismar Tavares 63

Sta. Maria MadalenaCentro Sta. Maria Madalena R. de Barão Madalena 41

Sto. Antonio de PáduaCentro Sto. Antonio de Pádua Pça. Pereira Lima, 162

São FidelisCentro Pureza R. Jacyr Nader, 495Centro São Fidelis R. Alberto Torres, 246

São Francisco de ItabapoanaCentro São Franc. de Itab. R. Joaquim da Mota Sobrinho, 190

Page 8: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

8 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Três hospitais têm novas Comissõesde Ética: o Municipal Souza Aguiar, o Ad-ventista Silvestre e a Policlínica Hélio Pelle-grino. A solenidade de posse ocorreu nodia 13 de maio, no auditório do CREMERJ.

Durante a reunião, o urologista doIASERJ, José Álvaro Penin, relatou pro-blemas com o retorno de pacientes quesão encaminhados para exames nomunicípio. Segundo o urologista, nãohá prestadores de serviços no municí-pio, o que acaba por levar os pacientesde volta para o médico que os atende-ram, sem os exames solicitados.

Já o médico Alberto Rocha, do Hos-pital Miguel Couto chamou atenção paraos cuidados em relação aos prontuários.

- Antigamente, a evolução dos pa-cientes era registrada corretamente noprontuário. Atualmente, os prontuári-os estão ilegíveis e, muitas vezes, in-completos – informou.

Para o CREMERJ as Comissões Éti-cas desenvolvem um papel muito im-portante nesse tipo de situação e de-vem lembrar sempre aos colegas queum prontuário médico bem elaboradoé uma maneira de o profissional se res-guardar de problemas futuros.

CREMERJ dá posse a novas Comissõesde Ética Médica de três hospitais

José Álvaro Penin Alberto Rocha Rosa de Fátima Lago Obadia Lorenza Baptista Diogo

HOSPITAL MUNICIPAL SOUZA AGUIARMembros eleitos para o 8º mandato:Efetivos: Valdir Issa, Walter Sedlacek Machado, MarcosLoredo Vieira da Fonseca e Lorenza Baptista Diogo.Suplentes: Regina de Souza Rodrigues, Luiz RobertoVianna de Oliveira, Dina Soriano e Marcelo CostaAutran de Almeida.

HOSPITAL ADVENTISTA SILVESTREEfetivos: Renato Irinei Castens, Claudio Alberto Feld-man, Wesley Trobilio Vieira, Scyla Maria de S. Reis DiChiara Salgado.Suplentes: Ciro Augusto Floriani, Walbert José PeriniFiorot, Luiz Felipe Fernandes Osório e Maria Zélia deMelo e Silva.

POLICLÍNICA HÉLIO PELLEGRINOEfetivos: Alfedo Hermas Ferreira Graça, José Maurí-cio Soares da Silva Reis, Luis Juan de Dios Acosta YDarias e Gilson Gusmão Correia.Suplentes: Regina Célia da Silva Vieira, Anne CristhineRuas Gonzalez Puga, Suzana Penna França e Luiz Car-los Oberg Livramento.

Comissões de Ética Médica

Page 9: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

9JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

■■■■■ Turma de 1948 na FNM - A turma demédicos formados em 1948 na an-tiga Faculdade Nacional de Medici-na da então Universidade do Bra-sil (hoje UFRJ), na Praia Vermelhavai se reunir no dia 6 de dezem-bro, no Colégio Brasileiro de Ci-rurgiões (CBC) para comemorar60 anos de formatura. Contato comum dos médicos Américo Caparica

Filho, telefone (21) 2234-8895 [email protected]; ouStela Sylvia Lima Pelagio (21) 2521-3060; ou Elvira Guimarães Pinhei-r o - ( 2 1 ) - 2 2 9 5 - 3 8 6 4 , e - m a i [email protected].; SylviaLempert (21) 2535-0266; Maria Lui-za Pinto (21) 2236-0473; ou JaymeGudel (21) 2551-6717, [email protected].

■ O IX Imersão em Ergometria, Ergo-espirometria e Reabilitação Cardía-ca está programado para os dias 23e 24 de agosto, no Hotel Flórida. Maisinformações pelos telefones 2552-0864 e 2552-1868 e no sitewww.dercad.org.br

■■■■■ O Rio de Janeiro sediará o Semi-nário de Medicina do Trabalho

da Região Sudeste, que terácomo tema central “A medicinado Trabalho atuando em conjun-to com as demais especialidadesmédicas”. O Seminário está mar-cado para o período de 30 deagosto a 2 de setembro, no Cen-tro de Convenções do Hotel Gló-ria. Mais informações pelo sitewww.abmt.org.br

I Seminário das Associações Médicas de BairroSíndrome metabólica,diabetes, câmarashiperbáricas e bioética

“Novos rumos na SíndromeMetabólica” foi o objeto da aulado professor titular de ClínicaMédica da UFF, Gilberto PerezCardoso, que apresentou dadossobre o assunto em vários paí-ses. Ele ensinou o que é a síndro-me e citou as técnicas mais fre-qüentemente utilizadas para ava-liar a resistência insulínica.

Cid Pitombo, mestre e doutorem Cirurgia, levou informaçõessobre o tratamento do diabetestipo 2, salientando que as cirur-gias recomendadas para pacien-tes obesos também apresentamvantagens para os diabéticos semsobrepeso importante.

O Diretor Científico da Socie-dade Brasileira de Medicina Hi-perbárica, Iriano da Silva Alves,fez uma contextualização histó-rica para explicar o que é e comoeram utilizadas as câmaras hiper-báricas, chamando atenção paraas vantagens e contra-indicaçõesdesse procedimento.

Maria de Nazareth da Fonse-ca Solino, especialista em Medi-cina do Trabalho pela UERJ, emsua palestra sobre bioética e odireito à saúde, levantou ques-tões sobre os critérios que defi-nem o início e o fim da vida e oque é um ser humano.

O I Seminário das Associações Médi-cas de Bairro reuniu cerca de 200 partici-pantes, no auditório do Centro Empresa-rial Rio, nos dias 6 e 7 de junho, para de-bater questões atuais e importantes quechegam aos consultórios. A solenidade deabertura contou com a presença dos Pre-sidentes das seis associações que organi-zaram o encontro em parceria com o CRE-MERJ e sob a Presidência do professorPietro Novelino, ex-Presidente da Acade-mia Nacional de Medicina.

O objetivo do encontro é levar in-formações a cada região da cidade,beneficiando os médicos que nem sem-pre têm tempo ou recursos financei-ros para ter acesso a conhecimentosmais avançados. As associações. debairro têm uma função importante:atuar de forma solidária e participati-va, objetivando a reivindicação cons-tante dos direitos dos médicos.

Classificando o encontro como umaforma de desenvolver ainda mais a apro-ximação entre os médicos, o Presidente

da Associação de Médicos da Barra daTijuca (AmedBarra), Miguelângelo BaezGarcia, disse que muitas vezes, a vonta-de é desistir diante das dificuldades. Mas,aí vamos conquistando vitórias, conti-nuou, que nos mostram que o caminhoé esse mesmo, da união entre os colegas.

Rômulo Capello Teixeira, Presiden-te da associação mais antiga, a Socie-dade dos Médicos da Ilha do Governa-dor (SOMEI), fundada há 25 anos, ava-liou o Seminário como uma oportuni-dade de trocar informações com re-nomados profissionais.

- Estar junto com médicos tão gabari-tados é aprender e crescer mais, o que nosfortalece e é um privilégio – enalteceu.

Residente em Cirurgia Geral noHospital Grafée Guinle, Geraldo Capu-chinho Júnior, viu no Seminário umapossibilidade de fortalecer também asassociações de residentes dos hospi-tais públicos e privados.

- Esse movimento vai se enraizan-do de tal maneira que podemos unir as

associações e isso fortalece a Amererj.O CREMERJ, como representante dosmédicos, entidade de classe responsá-vel pela nossa defesa, e pela importân-cia que tem na sociedade com um todo,é essencial para isto – argumentou.

No primeiro dia do seminário, osparticipantes puderam assistir à aulamagna do Presidente da Sociedade deHistória da Medicina – capítulo Rio deJaneiro, Carlos Alberto Basílio de Olivei-ra, que contou com riqueza de detalhescomo a medicina se desenvolveu no país.

Para orientar os participantes doSeminário quanto à responsabilidadecivil dos médicos, o Juiz de Direito da12ª Vara Civil do Rio de Janeiro, ÁlvaroHenrique Teixeira de Almeida, optoupor fazer uma palestra centrada numcaso, como exemplo, que foi analisadoem seus desdobramentos jurídicos. Eleinformou que muitas universidades jávêm investindo no estudo específicodas questões médicas, tendo em vistaa crescente importância do assunto.

Page 10: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

10 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Falta de pessoal, escassezde recursos e superlotaçãoforam apenas alguns dosproblemas levantados pelocardiologista Marcos deSouza, Diretor-Geral doHospital Geral de NovaIguaçu, conhecido comoHospital da Posse, durante avisita do CREMERJ,realizada no dia 19 de maio.

Hospital da Posse: diretoriareclama da falta de autonomia

causa da sobrecarga do hos-pital, todos os setores estãosendo prejudicados.

Com 350 profissionais paraatender os 326 leitos ativos, ohospital funciona precariamente,com pacientes sendo atendidosnos corredores. Para Marcos Sou-za, a situação do Hospital da Pos-se só começará a melhorar quan-do houver uma maior interlocu-ção entre o município e o estado.

Pronto Atendimento mais pró-ximas para desafogar o hospi-tal. As UPAs criadas estão dis-tantes e acabam não sendousadas pela população local.Além disso, a possibilidade deganhar mais nas UPAs acabouresultando numa evasão deprofissionais, que trocaram osalário de cerca de R$ 2.300pelo oferecido pelas UPAs, en-tre R$ 3.500 e R$ 6 mil.

Criado para ser um centrode atendimento de pacientesde média e alta-complexidade,o Hospital da Posse encontra-se com um setor de emergên-cia provisório para que asobras de melhoria sejam con-cluídas. Até abril deste ano jáforam feitos mais de 6 mil aten-dimentos de emergência, con-tra cerca de 4 mil no mesmoperíodo do ano passado. Por

Crise na unidadeprejudica o ensino

O residente de cirur-gia-geral, Pedro HenriqueSalgado, afirma que fal-tam equipamentos e exa-mes para que o ensinoseja satisfatório.

- Apesar de não nos fal-tar nada por parte dos pro-fessores, não temos recur-sos no hospital. Muitas ve-zes, deixamos de aprenderprocedimentos importan-tes porque não temos, porexemplo, como colocar umpaciente em cirurgia semfazer um hemograma e co-agulograma antes - disse omédico. Os internos dohospital – que foi creden-ciado como hospital-esco-la em 2006 – também vi-venciam essa crise.

- A infra-estrutura éprecária e não podemospedir exames para anali-sar o estado dos pacien-tes. Nossa formação prá-tica fica prejudicada - dis-se Luciana Guimarães.

Pedro Henrique, Salgadoresidente de cirurgia-geral

Luciana Guimarães,interna do 11º período

Segundo Marcos de Sou-za, desde que a instituição foimunicipalizada, em 2002, a si-tuação está em declínio. Nesseprocesso, o hospital recebeua Maternidade Mariana Bu-lhões como mais uma unidadede atendimento para pacien-tes de alta-complexidade, mes-mo sem ter condições de ar-car com os seus custos.

- O município de NovaIguaçu não tem condições demanter um hospital desse por-te - afirmou o Diretor-Geral,referindo-se à folha de paga-mento dos funcionários e àmanutenção da instituição.

Na sua opinião, a folha de pa-gamento deveria ser repassada aoEstado, diminuindo a sobrecargano orçamento da instituição.

O fluxo intenso de pacien-tes é outro problema que agra-va o quadro. Atualmente, oHospital da Posse funcionacomo a única opção para a po-pulação do município, o queacaba por sobrecarregar oatendimento dos pacientes. Deacordo com Marcos Souza, jáforam solicitadas Unidades de

Colega: Você assina a “Pediatric Infectious Disease Journal”?Não precisa! É só acessar o site www.cremerj.org.br.

Esta e outras 134 revistas estão à sua disposição, medianteo convênio que o CREMERJ firmou com a CAPES Periódicos

Page 11: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

11JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

O Grupo Materno-Infantil doCREMERJ se reuniu, no dia21 de maio, para discutir osprincipais problemas da área.A reunião contou com apresença de representantesdos hospitais Pedro II, RochaFaria, Maternidade-Escola daUFRJ, Maternidade LeilaDiniz, Hospital Geral deBonsucesso, Santa Casa eHospital da Posse.

Maternidades continuam superlotadase com falta de pediatras e obstetras

Além de médicos, falta também materialA situação do Hospital da Posse e

da Maternidade Mariana Bulhões estácrítica. Representadas pela médica Sô-nia Regina de Freitas Capellão, as duasunidades estão com falta de profissio-nais, de equipamentos e de materiaisbásicos, como Raios-X portátil, surfac-tante e gasometria. A médica afirmouque o hospital já chegou a funcionarcom apenas um pediatra para 12 lei-tos de UTI neo-natal e, por vezes, semanestesista de plantão.

- Como agravante, as instituiçõesnão podem contar com uma ambu-lância para a transferência de paci-

entes e funcionam com superlota-ção dos leitos - acrescentou.

A situação no Rocha Faria e no Pe-dro II também não é diferente. Repre-sentados por Maria das Graças AraújoNeves e Margareth Portella, respecti-vamente, os dois hospitais lidam coma falta de obstetras e pediatras, bemcomo a falta de material. No Rocha Fa-ria, os profissionais revindicam, inclu-sive, uma melhoria salarial ou amea-çam paralizar o setor. Segundo Mariadas Graças Neves, os médicos pedemum salário de R$ 6 mil reais pelo plan-tão de 24 horas.

Durante a reunião, os diversos re-presentantes traçaram um panorama deseus hospitais. A falta de profissionais –principalmente pediatras e obstetras –foi comum a todos os hospitais, assimcomo a superlotação do setor.

O médico José Vicente de Vascon-cellos falou sobre a reabertura da Ma-ternidade Leila Diniz e afirmou que ohospital tem feito cerca de 400 partospor mês, mesmo com a falta de neona-tologistas e obstetras.

A Maternidade Escola da UFRJ foirepresentada pelo médico Ivo Basílioda Costa Júnior, que reafirmou a ques-tão da falta de pediatras e neonatolo-gistas. Com um fluxo de 200 partos pormês – sendo quase 50% deles cesaria-

nas – a maternidade da UFRJ conta com36 leitos comuns e 12 de UTI e, aindaassim, está com falta de leitos e traba-lha com superlotação do setor.

Elizabeth Cristina Teixeira, do Hos-pital Geral de Bonsucesso, afirmou nãohaver falta de material para o setor,apesar de também estar trabalhandocom poucos profissionais. Ela lembroutambém que continua a dificuldade detransferência de pacientes, já mencio-nado na última reunião do Grupo Ma-terno-Infantil.

– Trabalhamos muito com alta-com-plexidade, além de termos as portas aber-tas. A possibilidade de transferência des-sas pacientes – quando necessária – épraticamente nula – disse a médica.

“No Hospital Geral de Bonsucesso,continua difícil a transferência depacientes para outros hospitais”

Elizabeth Cristina Teixeira

José Vicente de Vasconcellos Jacob Arkader Elizabeteh Cristina Teixeira

Page 12: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

12 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

O CREMERJ recebeu no auditórioJúlio Sanderson a turma de formandosdo primeiro semestre de 2008 da UNI-GRANRIO. Os 59 futuros médicos rece-beram as boas-vindas e foram informa-dos sobre a atuação do Conselho, en-tregando logo após a documentaçãonecessária à agilização da carteira como número do CRM, indispensável parao ingresso no mercado de trabalho oupara inscrição na residência médica.

Ao final da palestra, os forman-dos estavam mais confiantes e maistranqüilos em relação ao Conselho eao início da vida profissional. A estu-dante Karine Duque Gaio, que pre-tende se especializar em pediatria,disse estar satisfeita com a facilidadede acesso ao CREMERJ.

– Essa conversa me passou bastan-te segurança. Sentimos que o Conse-lho está pronto para nos ajudar, casoseja necessário – afirmou.

O estudante Diogo do NascimentoMuniz, por sua vez, disse que sua visãoem relação ao Conselho mudou com-pletamente. O que antes era encaradoapenas como o tribunal ético da pro-fissão passou a ser visto como um pon-to de apoio futuro.

CREMERJ dá boas-vindas aos59 formandos da UNIGRANRIO

Os alunos da Unigranrio ficaram satisfeitos com a palestra

No dia 5 de junho, foi avez dos formandos da Uni-versidade Gama Filho se-rem recebidos pelo CRE-MERJ. O auditório Júlio San-derson foi palco de uma re-cepção calorosa para os 84futuros médicos, que tive-ram suas dúvidas esclareci-das e comemoraram a pro-ximidade com o exercícioda profissão.

Satisfeitos em relaçãoao Conselho, os ainda estu-dantes se mostraram em-polgados com a nova eta-pa.

– Fomos bem orienta-dos. Sentimos que o Conse-

lho está pronto para nos aju-dar, se precisarmos – disse Lu-ciana Ignachiti Francisco, quefará residência em pediatria.

Tiago Moura, que fará re-sidência em cirurgia, gostoupalestra dos Conselheiros e semostrou interessado na atua-ção do CREMERJ.

– Gostei de saber que te-mos esse apoio, mas gostariade ter tido mais informaçõesao longo do curso para quenos familiarizássemos maiscedo com o CREMERJ. Achomuito boa essa aproximação,que vem ocorrendo, entre oConselho e os estudantes – afir-mou Tiago Moura.

Orientações importantes aos formandos da Gama Filho

– Fiquei muito mais tranqüilo,pois sei que posso confiar e recorrerao Conselho, se eu precisar. Além dis-so, vi que a anuidade paga é reverti-da em benefícios para os própriosmédicos – comentou.

A iniciativa dos Diretores do CRE-MERJ de receber os formandos pesso-almente e esclarecer questões com asquais eles terão que lidar no dia-a-diada profissão foi bem recebida tambémpor Diana de Souza Gomes, que pre-

tende fazer residência em neurologia.– Gostei muito da palestra. Des-

fez a mística que envolvia o Conse-lho e nos deu uma maior segurança,pois sabemos que não estamos de-samparados – disse.

Page 13: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

13JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Estudantes de medicinase reuniram noCREMERJ, no dia 13 demaio, para debater asquestões prioritárias noatendimento médico e noensino da profissão. O IFórum de Valorização doAcadêmico é resultado dointeresse de alunos dasuniversidades públicasque procuraram oCREMERJ no dia 26 demarço para obteremorientação quanto àpossibilidade de açõesconjuntas paravalorização dosacadêmicos.

Cerca de 30 novos estudantes com-pareceram ao Fórum. Um dos idealiza-dores da parceria com o CREMERJ, Ri-cardo Farias Júnior, da UFRJ, explicouaos colegas qual o objetivo do encon-tro.

- A saúde pública no Rio está caóti-ca e isso reflete na nossa qualidade de

Estudantes se reúnem no CREMERJ

ensino. A idéia do fórum foi para quepudéssemos ter uma interface dos es-tudantes com o Conselho, sempre res-saltando que a representação estudan-til é a Denem (Direção Executiva dosEstudantes de Medicina). Queremosencontrar um modo de contribuir, deajudar a dar soluções, ao invés de ficar

só criticando os problemas que sofre-mos todos os dias nas emergências –explicou um dos idealizadores do en-contro.

Uma das propostas sugeridas é cri-ar incentivos para os médicos que acei-tam ser preceptores nas universidadespúblicas.

Estudantes de medicina de universidades públicas do Rio na mesa que coordenou os trabalhos do fórum

CREMERJ sugere criação de quadro de médicospara auxiliar juízes na concessão de liminares

O CREMERJ protocolou ofício noTribunal de Justiça do Estado do Rio deJaneiro, solicitando que seja criado umquadro de médicos para auxiliar os juí-zes no momento de decidir sobre a con-cessão de liminares, tendo em vista quefreqüentemente os chefes de emergên-cia de unidades públicas de saúde sãosurpreendidos por ordens judiciais quedeterminam internação e/ou transferên-cia de pacientes em enfermarias ou CTI.Ocorre que os hospitais estão superlo-tados, o que, muitas vezes, impossibili-ta o cumprimento da ordem judicial.

No ofício ao Presidente do Tribunalde Justiça do Estado do Rio de Janeiro,José Carlos Schmidt Murta Ribeiro, Riode Janeiro, o CREMERJ lembra que a si-

tuação em que se encontram as unida-des de saúde pública, como é do co-nhecimento geral, são alarmantes. Su-perlotação, falta de material, de recur-sos humanos e de segurança são algunsdos principais problemas enfrentadospelos profissionais de saúde da rede pú-blica, que, por isso mesmo, se deparamcom grandes dificuldades para atenderdevidamente os pacientes.

“A falta de leitos disponíveis para in-ternações é constante, seja na rede mu-nicipal, estadual ou federal. Promessasde nossos governantes para adequaçãodas unidades de saúde não faltam, con-tudo, a maioria não sai do papel. Certoé que o médico, hoje, vive, freqüente-mente, momentos de extremo conflito

profissional ao se ver obrigado a deci-dir qual paciente deve ser internado.Trata-se de alto grau de responsabilida-de sobre a vida humana” diz o ofício.

É importante observar que o artigo196 da Constituição Federal deixa claroque a garantia do direito à saúde se darápor meio de políticas sociais e econômi-cas, não através de decisões judiciais.

A saúde, direito fundamental, consti-tucionalmente previsto, diante de umaordem jurídica pluralista, como ocorreno Brasil, pode entrar em colisão comoutros direitos, ou seja, o direito à vida eà saúde de uma pessoa pode entrar emconflito com o direito à vida e à saúde deoutra pessoa, a partir do momento emque não existem vagas para ambos paci-

entes em uma unidade de saúde.No ofício ainda, o CREMERJ observa

que o médico não pode ser punido porsuposto crime de desobediência, quan-do, na ocasião em que foi determinada ainternação, não havia vaga no hospital.

O ofício cita também casos ocorri-dos nos hospitais Miguel Couto, Bonsu-cesso e Paulino Werneck, em que deci-sões judiciais determinavam internaçãode pacientes, lembrando ainda que taisdecisões vêm interferindo frontalmen-te no serviço do Grupamento de Socor-ro de Emergência e no SAMU, que, mui-tas vezes, são obrigados a realizar atransferência do paciente para hospi-tais superlotados, que não possuem dis-ponibilidade para internação.

Page 14: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

14 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Para protestar contra as

condições atuais do

Hospital Universitário

Clementino Fraga Filho

(HUCFF), centenas de

alunos, professores e

funcionários, com faixas e

palavras de ordem, fizeram

uma manifestação, no

último dia 16 de maio, na

frente da unidade, que se

encerrou com uma passeata

pelo campus do Fundão e a

paralisação por mais de 20

minutos das pistas da Linha

Vermelha, sentido Baixada

Fluminense-Centro.

Com alguns serviços

desativados desde o dia 5

de maio, o hospital parou

de realizar todos os tipos

de transplante de órgãos,

está cancelando cirurgias

por impossibilidade

oferecer aos pacientes um

pré-operatório básico e até

mesmo por falta de fio de

sutura, também não está

aceitando mais novos

pacientes para internação e

congelando as vagas de

doentes que tiverem alta.

Estudantes do Fundão protestam paraobter mais recursos para o hospital

Atualmente, o HUCFF recebe, comoprestador de serviços para o SUS, umpouco menos de R$ 4,5 milhões paracusteio, recursos insuficientes para man-ter o hospital, tendo em vista que cercade um terço tem que ser desviado parao pagamento de funcionários terceiri-zados, inclusive médicos, técnicos de en-fermagem, seguranças e pessoal da lim-peza.

A manifestação, organizada peloCentro Acadêmico Carlos Chagas, reivin-dicava que o Ministério da Educação as-

sumisse o custo com o pessoal até queseja realizado um novo concurso públi-co para substituir os terceirizados.

Os estudantes reivindicam ainda queo Ministério da Saúde assuma os custosdos procedimentos de alta complexida-de, como os transplantes, bem comoconceda o reajuste da verba do SUS, queainda apresenta valores de 2004.

O hospital, hoje, tem cerca de 250pacientes internados – menos da meta-de de sua capacidade total – e apresentadiversos problemas de estrutura. Pisos

remendados, paredes rachadas e infil-trações foram apenas alguns dos pro-blemas levantados pelo direção do hos-pital, observando a necessidade urgen-te de soluções, visto ser um espaço dife-renciado de ensino e de prestação deserviços à sociedade.

O hospital forma recursos humanose trabalha na fronteira do conhecimen-to, existindo principalmente para o en-sino e a pesquisa. Faz assistência por-que é impossível ensinar a medicina sempraticá-la.

Page 15: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

15JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

O Hospital do Fundão ainda é tidocomo um dos melhores hospitais-escolado país, o que coloca a Faculdade deMedicina da UFRJ como uma das melho-res do Brasil. Diversos estudos na áreade transplantes de órgãos e de células-tronco são desenvolvidos com pionei-rismo pelo HUCFF e correm risco de serinterrompidos.

- Não podemos permitir que um hos-pital desse porte seja fechado por faltade recursos. Se temos uma das melho-res faculdades de medicina do país,

HUCFF, um dos melhores hospitais-escola do Brasil

Ubiratan Cassano, Secretário-Geral da UNE,e aluno da Faculdade de Medicina da UFRJ

Felipe de Morais,representante dos residentes do HUCFF

Ingrid Antunes da Silva, aluna do primeiroano e componente do Centro AcadêmicoLetícia Hastenheiter, membro da UNE

devemos muito aos professores que es-tão no HUCFF – ressaltou Ubiratan Cas-sano, Secretário-Geral da União Nacio-nal dos Estudantes, e aluno da Faculda-de de Medicina da UFRJ.

Felipe de Moraes, representante dosresidentes do Hospital Universitário, fezcoro com seus colegas, reforçando o po-tencial do HUCFF.

- Temos tudo para que nosso hospitalseja de qualidade internacional. E não po-demos aceitar coisa diferente. Não pode-mos nos colocar como um hospital de se-

gunda categoria, porque nele estão os me-lhores profissionais - afirmou o médico.

Contrariando a idéia de que os calou-ros não se envolvem nos problemas queatingem os alunos que estão quase se for-mando, a presença de diversos alunos dosprimeiros anos do curso foi substancial.

- O calouro não é alienado. É muito bomver que os estudantes já chegam à universi-dade dispostos a debater as questões quenos são fundamentais, como as do hospitale da saúde pública - afirmou a aluna doprimeiro ano e componente do Centro Aca-

dêmico, Ingrid Antunes da Silva.Outra presença maciça foi a de pro-

fissionais dos diversos ramos da saúde.Representando os enfermeiros do HU-CFF, o aluno Angelo Martins apoiou amanifestação em nome do Centro Aca-dêmico de Enfermagem.

- A enfermagem se faz presente nes-se momento. O intuito principal é salvarvidas. Por isso, precisamos nos unircomo profissionais de saúde para mu-dar a situação atual do nosso hospital -disse o estudante.

Os estudantes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho aproveitaram o slogan da campanha “Quanto vale o médico?” para exibir uma faixa “Quanto vale o HUCFF”

Page 16: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

16 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

O VII Congresso Médico dosHospitais Públicos de Emergência,promovido pelo CREMERJ, no dia14 de junho, no HotelIntercontinental Rio, reuniu maisde mil participantes, entremédicos e acadêmicos do Rio e devárias outras cidades do Estado,para discutir a atual situação dasemergências e para debaterconhecimentos teóricos e práticossobre a área.A programação, organizada peloGrupo de Trabalho de Emergência(GTE) do CREMERJ, tinha comotema principal ”Avaliação econduta inicial em emergência” eincluiu palestras e atividadespráticas.O Grupo de Socorro deEmergência (GSE) e o Centro deEducação Profissional aAtendimento Pré-Hopistalar(CEPAP), ambos do Corpo deBombeiros, montaram oficinaspara aulas práticas sobre “SuporteBásico de Vida”, “ReanimaçãoCardiopulmonar/DesfibrilaçãoSemi-Automática” e “IntubaçãoEndotraqueal”, além da EstaçãoPrática “Imagem na Emergência”,com o médico Alexandre Velascodos Santos, do Hospital Central daPolícia Militar.

tando na integração do SAMU e do GSE– enalteceu Canetti.

Superintendente de Emergência daSecretaria Estadual de Saúde, Fernan-do Suarez, representou o SecretárioSérgio Cortez. Ele lembrou a implanta-ção das Unidades de Pronto Atendi-mento 24 horas (UPAs) como um servi-ço que visa também desafogar as emer-gências dos hospitais.

- Sei que ainda falta muita coisa,mas nunca vi tanta união como hoje.Tenho certeza que 2009 vai ser me-lhor. O CREMERJ está de parabéns porpromover esse congresso – afirmou.

O Coordenador dos Hospitais Fe-derais no Rio, Mário Bueno, que repre-sentava o Ministro da Saúde, José Go-mes Temporão, citou exemplos deações que vêm ajudando o atendimen-to nas emergências e disse estar confi-ante nas soluções dos problemas.

- O CREMERJ tem que ser parabe-nizado porque há sete anos esta é a

Congresso de Emergência reún

Durante a abertura oficial do Con-gresso, integrantes do GTE, ressalta-ram a necessidade de uma Central deRegulação e um entendimento melhorentre os governos municipal, estaduale federal em prol da saúde pública.

O encontro homenageou 23 médi-cos do setor de Emergência indicadospelos hospitais dos principais serviçosdo Estado do Rio. O GTE prestou ho-menagens especiais aos coronéis doCorpo de Bombeiros, Fernando Sua-rez Alvarez e Marcelo Dominguez Ca-netti, que foram aplaudidos de pé.Emocionados, ambos parabenizaramo CREMERJ por todo o apoio que temdado à Corporação e à emergência pré-hospitalar.

- Tivemos uma época muito difícil,no início da implantação do SAMU. Aposição firme do Conselho acaboumostrando às autoridades o valor queo serviço médico do Corpo de Bom-beiros tinha para a população resul-

única agenda certa para que médicos,estudantes e gestores discutam a emer-gência nesta cidade. Estou otimistaporque a situação já está mudando -observou.

Representando a Secretaria Muni-cipal de Saúde do Rio de Janeiro, IvoPerroni, Diretor do Hospital SalgadoFilho, fez questão de frisar que, inde-pendente de cargos e funções, o CRE-MERJ é a casa de todos os médicos. Eledefendeu o aprimoramento do setorde emergência e disse que o entendi-mento entre as esferas governamen-tais precisa avançar.

O CREMERJ, o Instituto de Cardiolo-gia Aloysio de Castro, o Hospital Muni-cipal Paulino Werneck, o Grupo de So-corro de Emergência do Corpo de Bom-beiros, o Hospital Estadual Adão Perei-ra Nunes, o Hospital Geral de Nova Igua-çu e o Hospital Universitário AntônioPedro mostraram seus trabalhos em stan-ds, que ficavam no hall do Congresso.

Page 17: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

17JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

úne mais de mil participantesPesquisa comprova superlotaçãodas emergências e falta de médicos

Christian Ferreira durante sua apresentação

Parceria com o Corpo de BombeirosDurante o encontro, foi anunciado a parceria entre o CREMERJ

e o Corpo de Bombeiros do Rio, para cursos de atualização rápidae objetiva dirigidos aos médicos em determinadas condutas emer-genciais. As aulas serão elaboradas em programas de slides infor-matizados (power point), com pequenos filmes (de até 10 minutos).

Dentre as vantagens do projeto, que terá suporte técnico doCREMERJ, estão o amplo acesso à internet e a facilitação de horário.O teste online pode ser feito no site do Cremerj (www.cremerj.org.br).

- A idéia é atender a demanda por treinamento constantedos profissionais de urgência e emergência, que, às vezes, nãotêm condições de se manterem atualizados. Isso também é im-portante para padronizar condutas, que não podem ser basea-das em “achismo” – explicou Marcelo Canetti.

Formação de médicos

98% dos hospitais públicos de emergên-cia do Estado do Rio estão com superlota-ção; das equipes que atendem no setor, 77%estão incompletas, faltando principalmenteclínicos, ortopedistas, pediatras e neuroci-rurgiões. O déficit de médicos é justificadopor salários baixos (34%), sobrecarga de tra-balho (24%), falta de condições materiais(20%) e superlotação das emergências (22%).

Os dados fazem parte de uma pesquisadesenvolvida pelo Grupo de Emergência doCREMERJ junto a 129 chefes de equipe de 18unidades hospitalares e apresentada duranteo Congresso pelo Chefe de emergência doHospital Geral de Nova Iguaçu (Posse) e inte-grante do GTE, Christian Campos Ferreira.

Diante das questões sobre regulação devagas nas emergências, os entrevistados as-seguraram que a forma de solicitação detransferência de pacientes graves tem sidomuito difícil. Dentre eles, 60% tentam comoutras unidades por telefone, 25%, pela cen-tral de regulação e 15%, via rádio. A formade chegada dos pacientes graves transferi-dos de outras unidades é, em 41% dos casos,por contato prévio por telefone; 34% semcontato prévio; 24% por rádio; e 12% pelacentral de regulação.

Outro dado preocupante refere-se aotempo em que o paciente permanece naemergência à espera de uma vaga em enfer-marias ou UTIs, ou pela alta. Enquanto, narede particular — pela regulação dos pla-

nos de saúde — esse período não deve exce-der 12 horas, na rede pública, 40% dos do-entes permanecem no setor por mais de 15dias; 32% ficam na emergência de oito a 15dias; 24%, de três a sete dias; e apenas 4% deum a dois dias.

- Na maioria dos casos, não há porta desaída nem leitos de retaguarda para essespacientes - acrescentou Christian Ferreira.

A pesquisa mostra também a falta ou aprecariedade das unidades de pacientes gra-ves (UPGs), que não existem em 43% dos hos-pitais analisados. Entre os demais, só 22%têm mais de dez leitos no setor. A UPG de21% das unidades têm de cinco a dez leitos, eem 14%, há, no máximo, cinco leitos.

De acordo ainda com a pesquisa 35% doschefes de equipe são homens, entre 45 e 55anos. Um fator positivo refere-se à boa for-mação dos profissionais: 75% dos médicos queatuam como chefes de equipe possuem resi-dência médica, 50% tem algum título de espe-cialista, 13% tem mestrado, 2% tem doutora-do, 52% já produziu publicação científica.

A existência de protocolos foi encontradaem 52% dos hospitais e 46% fazem uso efetivodos mesmos.

Segundo Christian Ferreira, a pesquisa ser-ve para traçar diretrizes para nortear as açõesde melhoria nos serviços. Definir os perfis dos

hospitais e melhorar a regulação das transfe-rências constituem o início do processo deaprimoramento das emergências, que já con-tam com profissionais bem capacitados.

– Os hospitais devem definir seu perfil esua missão, para evitar que todos façam vári-os tipos de atendimento. O ideal é que hajauma ação ordenada para que os leitos sejamtrabalhados em conjunto e, de certa forma,sejam ampliados. A necessidade de uma re-gulação efetiva é importante e na epidemiada dengue nós vimos que isso é viável, masainda precisamos de uma maior integraçãoentre as equipes – afirmou Christian Ferreira.

Durante todo o congresso, tanto na abertura, quanto na par-te científica, os congressistas lotaram as salas que se dividiram em“emergência vermelha” (trauma, cirurgia, afogados etc.) e “emer-gência branca” (cardiológicas, neurológicas, infecciosas etc.).

A grade científica contou com cerca de 60 palestrantes edebatedores, todos de hospitais públicos de emergência, queapresentaram temas relevantes e de alta qualidade técnica.

Page 18: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

18 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

O Congressoestá muito bem or-ganizado. Sem dúvi-da, trata-se de umevento importantepara que tenhamosuma vivência maispróxima da emer-gência, porque emgeral os hospitaisuniversitários nãotêm esse setor eacabamos tendo que aprender tudo na prática, mui-tas vezes, sem qualquer orientação. No Congresso,tem-se a oportunidade de ter uma teoria embasa-da, com especialistas selecionados abordando te-mas sobre o que acontece numa unidade”.

Ebehart Portocarrero (estudante da UNIRIO)

- O Congressode Emergência émuito importanteporque apresentasituações com asquais todos os mé-dicos têm que saberlidar, independentede sua especialida-de. Também é im-portante porqueabrange tanto os

que estão em formação, como os acadêmicos; osmédicos mais novos, recém-formados, como eu, eos mais experientes. É um aprendizado para quemestá em formação e uma reciclagem para os que jáestão formados.

Flávia Cirillo (residente de anestesiologia doHospital de Ipanema)

- Para mim, aca-dêmica, é importan-te adquirir os co-nhecimentos quetratam aqui, noCongresso, comobaleados e afoga-dos, por exemplo.Chegar numa emer-gência sem umabase teórica é mui-to complicado. Nafaculdade, muitas vezes, não temos essa noção,não há livros que mostrem essa realidade. É umaexperiência que se adquire na prática.

Gabrielle Vaz Azevedo David (Estudante daFaculdade Souza Marques)

- Esse tipo deevento é um estí-mulo à reciclagemdos profissionais eestudantes. Traba-lho com emergên-cia psiquiátrica e,às vezes, os pacien-tes apresentam in-tercorrências clíni-cas ou emergênci-as clínicas gerais.Congressos como este contribuem para a atu-alização do médico.

Roberto de Paula Seabra (psiquiatra do Cen-tro Psiquiátrico Rio de Janeiro e do Iaserj)

- Acho que esseCongresso é muito im-portante para a forma-ção dos médicos, por-que para se atuar naprática tem que se terformação teórica.

Laura Carvalho (re-sidente de anestesiolo-gia do Hospital de Ipa-nema)

Acho muito impor-tante esse Congressopara que todos possamse manter atualizados.Quem não trabalha ememergência, como é omeu caso, não está li-vre de atender umcaso de urgência e épreciso estar em diacom as técnicas. Gos-to bastante e já venho

há cinco anos”.Mauro Barros (clínico geral)

Neste Congresso, te-mos oportunidade denos atualizar em temasdiversos de emergência.Além disso, a formaçãoteórica num congressodeste tipo evita certosvícios que existem naemergência do dia-a-dia”.

Aline Dias (estudan-te da UNIRIO)

Participantes elogiam o Congresso

Fátima Adenyr Ribeiro Dias Pires (E) – Hospital Central da Polícia Militar

Mauricio Viegas Miranda – Hospital dos Servidores do Estado

Cátia Regina de Andrade Ferreira – Hospital Estadual Adão Pereira Nunes

Simone Maeso (E) – Hospital Estadual Azevedo Lima

Antônio Lopes Marrafa (E) – Hospital Estadual Carlos Chagas

Page 19: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

19JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Alessandra Cardoso Pereira – Hospital Estadual Getúlio Vargas

Flávio de Souza Pinto (D) – Hospital Municipal Lourenço Jorge

Renato dos Santos Coelho (C) – Hospital Municipal Miguel Couto

Magali Alves Goldani (E) – Hospital Municipal Rocha Maia

Regina Celsa Pinheiro Sampaio (C) – Hospital Municipal Souza Aguiar

Wania Maria de Souza Ferreira (E) – Hospital do Andaraí

José Antônio Bacil Góz – Hospital Estadual Rocha Faria

Luiz Cesar Nery Vieira – Hospital Municipal Salgado Filho

Naila Rangel de Oliveira Araújo (E) – Instituto Est. Cardiologia Aloysio de CastroCarlos Augusto Jaloto Rego (E) – Hospital Municipal Paulino Werneck

Ana Lúcia Nazário Albernaz (D) – Hospital Municipal Francisco da Silva Telles

Antonio Paulo Dias Pereira – Hospital Geral de Bonsucesso

Marcelo Francisco Alcântara R. de Castro (E) – Hospital Geral de Nova Iguaçu

Maria Christina Lavagnole – GSE (Corpo de Bombeiros)

Valéria de Menezes Silva Lopes – SAMU

Coronel Marcelo Dominguez Canetti Coronel Fernando Suarez Alvarez – Homenagem especial do Grupo de Trabalho sobre Emergência do CREMERJ

Durante o Congresso,

foram homenageados

profissionais das

unidades públicas de

emergência.

Page 20: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

20 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Dengue é doença cujonome é de origem incerta.Conta-nos Solange Laurentinodos Santos que pode originar-se do árabe arcaico e signifi-car fraqueza, ou ser de origemespanhola e sinalar a dor nalocomoção (“andar dengoso”)ou ainda advir da África, fazen-do alusão a uma epidemiaocorrida em Zanzibar em1870, em que se falava sobre“Ki denga pepo” referindo-sea um golpe dado por espíritomaligno que prostrava o aco-metido.

No Brasil, com sinonímiafarta, a dengue já foi apeladade polca, patuléia, febre erup-tiva reumatiforme, urucubacae melindre. A história da den-gue no Brasil remonta ao perí-odo colonial, possivelmentecom a introdução de mosqui-tos africanos vindos nos navi-os negreiros. Contudo, Teixei-ra et al. citam evidências deepidemias de dengue no Bra-sil apenas em 1846, nas cida-des de São Paulo e Rio de Ja-neiro. Mas no início do séculopassado, um levante capitane-ado por Oswaldo Cruz decidecombater o mosquito Aedesaegypti, por sua atuação tam-bém na propagação da febreamarela, que à época ceifavamuitas vidas na cidade do Riode Janeiro. Em recusando osnavios a aportar no Rio de Ja-neiro, temerosos seus passa-geiros em contrair febre ama-rela, recebe Oswaldo Cruz in-teiro apoio do Presidente Ro-drigues Alves para dar cabo daepidemia, através da Revolu-ção Higienista no Rio de Janei-ro. Ao assumir a Direção Geralda Saúde Pública, OswaldoCruz cria as Brigadas MataMosquitos encarregada de vi-

sitar as casas e exterminar osmosquitos. Inicia também cam-panha para acabar com os ra-tos e incita o povo a recolher emelhor armazenar o lixo. Alia-do a estas medidas, o Prefeitodo Rio de Janeiro, FranciscoPereira Passos põe em práticaampla reforma urbanística queficou conhecida como “botaabaixo”, em virtude das demo-lições dos velhos prédios ecortiços que, em muito, con-tribuíam para criadouro demosquitos e ratos.

O fato é que, após o traba-lho realizado pelos 2.500guardas sanitários coordena-do por Oswaldo Cruz, em1908, o Aedes aegypti sofresua primeira derrota no Rio deJaneiro. Mas em não sendo er-radicado, volta a eclodir umaepidemia de dengue no Rio nadécada de 20. Esforços na es-fera nacional permitem quesejamos certificados na EraVargas, anos 50, como livresdo Aedes aegypti.

Como o mosquito trans-missor da dengue não fora er-radicado na América Latina,em 1967, o Aedes aegypti é de-tectado em Belém, provavel-mente trazido do Caribe empneus contrabandeados, in-festando Salvador, em 1974, echegando ao Rio de Janeiro nofinal da década de 70. Em1986, o mosquito da dengueé encontrado em Nova Igua-çu, cidade da região metropo-litana do Rio de Janeiro, onde,à época, 28% dos domicílios e100% das borracharias da ViaDutra eram focos de larva domosquito da dengue.

A partir daí, a doença seespalhou para outras cidades,notadamente Niterói e Rio deJaneiro, com infecção pelo so-

rotipo DEN – 1. Foram notifi-cados, em 1986, 33.568 casose 60.342 casos, em 1987. Apósdois anos de baixa endemici-dade, ocorre, em 1990, umaumento na circulação do sub-tipo DEN – 1 e a introduçãodo subtipo DEN – 2, fazendocom que cerca de 165 mil pes-soas ficassem infectadas poreste vírus. É a primeira vez emque há casos de dengue he-morrágica (462 casos) e deóbitos pela doença no Rio deJaneiro (8 casos).

A maior epidemia até en-tão da dengue no Rio de Janei-ro tinha ocorrido em 2001/2002. Foram notificados255.493 casos de dengue clás-sica e hemorrágica, em quehouve a introdução do subti-po DEN – 3. Sabe-se que, logoapós a introdução de um novosorotipo, há particular aumen-to no número de casos, emfunção da densidade vetoriale da população suscetível. Estefenômeno sofre arrefecimen-to no inverno, mas, com a che-gada do verão e a elevação nosíndices pluviométricos, ocor-re eclosão epidêmica de novoscasos da infecção. Os elevadosíndices de mortalidade (91 ca-sos) nesta epidemia foram atri-buídos ao novo sorotipo que,em pacientes previamente in-fectados pelos sorotipos DEN– 1 e 2, promove pertinenteresposta imunológica exacer-bada à infecção.

Curiosamente, em dezem-bro de 2007, como prefácioda epidemia de dengue no Riode Janeiro, em 2008, ocorreum surto de febre amarela sil-vestre em diversos Estados daFederação. Eis que, em janei-ro deste ano, começam a avo-lumar-se os casos de dengue

na nossa cidade. Acostumadocom o caos na Saúde Pública,os governos calam-se até quea situação fica insustentável e,em março, quando mais de 14mil casos de dengue são diag-nosticados, o Secretário deSaúde e Defesa Civil SérgioCôrtes declara que a situaçãono Rio tratava-se de uma epi-demia de dengue.

Desta constatação até hoje,muitos foram os capítulos: a(estéril) discussão se realmen-te tratava-se de um surto ouepidemia, culpa do GovernoFederal, em não alertar sobreos casos de dengue hemorrá-gica, culpa do Governo do Es-tado, que mantém hospitaisprecários, ou ainda culpa daPrefeitura, que não articulouesforços de prevenção e com-bate ao mosquito Ae. aegypti,antecipação da inauguraçãode UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), instalação detendas de hidratação, hospi-tais de campanha, contrataçãode médicos e outros profissio-nais de saúde de outros Esta-dos... Mas o final, se é que já sepode falar em final (sobramorações, inclusive do Prefeito,mas abundam as chuvas e ooutono ainda não veio para fi-car – estamos à mercê de di-vindades e da Natureza) é que,até 07/05/08, foram registra-dos 131.238 casos confirma-dos de dengue no Estado doRio de Janeiro, com 106 óbi-tos confirmados por dengue,42% dos quais em crianças até15 anos.

Mas voltando ao ponto departida deste ensaio, vislum-brar estratégias neste caospara evitar que, em 2009, estaepidemia volte a ocorrer é oobjetivo desta discussão. Mas

Ensaio histórico sobre a Dengue eanálise inicial da epidemia de 2008

A despeito do momento deepidemia de dengue quevivemos no Rio de Janeironos impelir a focar nossaatenção nas tendas dehidratação e nos hospitaisde campanha, este artigo sedestina a lançar um olharmenos míope sobre estamoléstia médico-sanitária1 erever seus aspectoshistóricos no Brasil.Sabemos que a História écíclica, como também têmsido as epidemias dedengue que assolam nossacidade. Quiçá nossasautoridades tenham aperspicácia de refletir sobreas estratégias (ou a faltadelas!) para o combate domosquito vetor, examinandoas lições aprendidas (acusto de tantas mortes esofrimento de nossapopulação) e traçando metasconcretas, eficazes eefetivas para a erradicaçãodo mosquito transmissor dadengue.

Carlos Alberto Basílio de Oliveira

Page 21: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

21JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

nem sempre para vislumbrardevemos olhar adiante. Pro-ponho aqui olharmos paratrás e vermos que as estraté-gias usadas por OswaldoCruz, há um século, ainda sãoválidas. É óbvio que não setrata aqui de invasões domi-ciliares para debelar-se o mos-quito (ainda que a matéria te-nha sido objeto de discussãona Assembléia Legislativa doEstado do Rio de Janeiro), vezque novas metodologias estãodisponíveis, mas fundamental-mente definir estratégias paracombater o mosquito Aedesaegypti e melhorar as condi-ções sanitárias da nossa popu-lação. Em 1986, já se anteviupossível surto de dengue na ci-dade do Rio de Janeiro, casonão fosse tomado rápido con-trole epidemiológico, chegan-do-se a aventar a possibilida-de de sermos atingidos tam-bém pela febre amarela, vistoser esta virose transmitida pelomesmo agente transmissor dadengue.

É preciso intensificar ocombate ao mosquito trans-missor da dengue (cuidando-se de evitar agressão ao meioambiente pelo uso de insetici-das), investir em saneamentobásico (rede de esgoto e águaencanada, evitando-se o acú-mulo de água parada e a ne-cessidade de manter-se reser-vas em caixas d‘águas), pro-mover a educação sanitárianas comunidades (bem comofiscalizar a coleta de resíduosdomiciliares, evitando-se oamontoamento de pneus, la-tas) e manter a vigilância ento-mológica deste vetor.

Talvez a estratégia mais fa-dada ao sucesso seja a imple-

mentação do Programa deSaúde da Família, com a pre-sença dos Agentes Comunitá-rios de Saúde, figura que po-deria lembrar um pouco os2.500 homens de OswaldoCruz, por serem, membros dapopulação local, mas ao con-trário da força, usariam suainserção na comunidade parapromover ações voltadas paraa promoção da saúde e a pre-venção de doenças. Somentecom a ação coordenada doPoder Público e a iniciativapopular podemos aspirar umRio de Janeiro livre da dengue.Seria oportuno que tais medi-das fossem incrementadas des-de logo, com a participação detodos, visando impedir que,em 2009, venha-se repetir, atéde forma mais contundentepara a população de nossa ci-dade, a tragédia que se abatenesta epidemia de dengue, notriste verão de 2008. Isso é umpedido dos médicos em nomeda Saúde Pública e dos cida-dãos desse Estado.

Deve-se, além disso, aten-tar para outras situações derisco que o poder público devevoltar sua especial atençãocom o devido apoio à investi-gação científica, tais como so-bre a esquistossomose, a do-ença de Chagas, a febre ama-rela, a leptospirose, a leishma-niose, a malária, a hanseníasee a tuberculose. As chamadasdoenças negligenciadas e ree-mergentes devem sofrer par-ticular investimento no cam-po científico, visando ao seutratamento, através de novasterapêuticas e do desenvolvi-mento de vacinas, sem esque-cer do antigo e prático con-trole epidemiológico.

CARLOS ALBERTO BASÍLIO DE OLIVEIRAProfessor titular de Anatomia Patológica da Universidade

Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), membro titularda Academia Nacional de Medicina, Presidente da Sociedade

Brasileira de História da Medicina – Capítulo do Rio de Janeiro)

ANTÔNIO BRAGAMédico assistente da 33ª Enfermaria (Maternidade) da Santa

Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e Secretário Executivoda Sociedade Brasileira de História da Medicina – Capítulo do

Rio de Janeiro)

CFM aprova contas doCREMERJ de 2007O Conselho Federal de Medicina emitiu o “Certificado deconformidade” relativo ao posicionamento contábil e financeiro nascontas do CREMERJ referente ao exercício de 2007, depois deverificar suas operações, controles internos e a correta aplicação dosrecursos financeiros.

Page 22: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

22 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Com intuito de auxiliar osmédicos a aumentarem seusconhecimentos sobreadministração e ética, oCREMERJ promoveu um extensocurso de educação médicacontinuada sobre o assunto, nosdias 16 e 17 de maio. Asconferências contaram comespecialistas de outras áreas,como o economista MarcoAntonio G. Alves, que abordouquestões de finanças pessoais,lembrando a melhor maneira defazer aplicações e os cuidadosque se deve ter na hora de tomarum empréstimo, e oadministrador Márcio Câmara,que mostrou a importância daauditoria para aumentar arentabilidade das clínicas e dosconsultórios.

Professor de Qualidade em Saúdeda UERJ, Paulo Goskes, proferiu umapalestra sobre qualidade e outra sobreo custo dos erros na administração, en-quanto que José Alberto Costa Muricy,mestre em gestão empresarial, abor-dou a cooperação e a gestão de fatu-ramento de convênios hospitalares.Planos de autogestão, TISS, glosas, au-ditoria e automação foram outros pon-tos citados por Muricy para avaliarcomo pode ser o futuro da profissão edos médicos.

Especialistas debatem administração e ética

José Alberto Costa Muricy Roberta Fernandes, consultoraNádia Rebouças, publicitária

Congresso de Pediatria da UFRJ programa curso de ética médicaO 2º Congresso de Pediatria da

UFRJ, promovido pelo Instituto de Pu-ericultura e Pediatria Martagão Ges-teira, nos dias 15, 16 e 17 de maio,no Hotel Glória, contou com um cur-so de ética médica, com duração dequatro horas, e uma mesa-redondasobre o mesmo assunto.

Pela primeira vez, um congressode pediatria ofereceu um curso deética médica em sua programação,idéia muito bem aceita pela organi-zação do evento e pela Comissão Ci-entífica.

A mesa redonda e o curso de éti-ca, que aconteceram concomitante-

mente às demais atividades do Con-gresso, foram assistidas por mais decem pediatras interessados pelo as-sunto. O CREMERJ pode assim, maisuma vez, cumprir um dos seus obje-tivos, que é oferecer aos médicosconhecimentos técnicos e éticospara que possam evitar denúncias e

processos, que, na maioria das ve-zes, decorrem das más condiçõesem que trabalham.

O Congresso, que reuniu maisde mil pediatras e mais de cemprofessores da UFRJ, discutiu osprincipais assuntos do dia-a-dia daespecialidade.

A ética na publicidadeA importância dorelacionamento no marketing

Ainda na área de marketing, aconsultora Roberta Fernandes ensi-nou os participantes objetivamentecomo fazer a fidelização de clientes,com base no marketing de relacio-namento. Ela afirmou que os pacien-tes têm sido mais exigentes, se por-tando cada vez mais como clientes, epesquisas demonstram que 70% dosque trocam de médicos ou serviçoso fazem por causa do atendimento.

- Marketing não é só propagan-da. Essa é apenas uma das ferra-mentas do marketing. O relacio-namento é sempre lembrado pelocliente. Ganhar clientes o tempotodo sai muito mais caro que man-ter os clientes que já se conquis-tou e que vão indicar o médicopara os amigos e parentes. Esseboca a boca é importantíssimo.porque o paciente se torna um ali-ado, um colaborador, que veste acamisa daquele médico - enfatizou.

A publicitária Nádia Rebouçasabordou um tema tão delicado,quanto atual: “O desafio da susten-tabilidade e a ética”. Ela fez refle-xões sobre a cultura do descartá-vel, muito em moda desde os anos70, os efeitos do consumismo de-senfreado e das agressões ao meioambiente, em conseqüência damodernidade e dos hábitos que seconsolidaram.

“Sustentabilidade e ética”, emprincípio, podem parecer antagôni-cos a um mercado voltado para avenda de produtos e serviços. NádiaRebouças, no entanto, mostrou quetais questões não se comportam domesmo modo como há 30 ou 40anos. Ela salientou que a constru-ção de novas atitudes, valores e prin-cípios são fundamentais para o mer-

cado atual, que já tem privilegiadoações baseadas em conceitos, comoconfiança e interligação, visandosempre ao futuro. A comunicação eo marketing, então, entram nesseconjunto com uma nova postura,com destaque para a comunicaçãoface a face e para a comunicação in-terna nas empresas.

- Fazer marketing é planejar omercado e a comunicação tem queter impacto, surpreender, entusias-mar. A imagem pode ser transforma-dora ou cristalizar preconceitos. Dápara fazer campanha social, ondevocê não diz nada, mas leva a socie-dade a discutir. O CREMERJ é umexemplo disso. A Sociedade tem quese reinventar, não pode continuar fa-zendo coisas de um século atrás –concluiu.

Page 23: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

23JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Conflitos e qualidade em Anato-mia Patológica e Citopatologia” foio tema que norteou o II Fórum daCâmara Técnica dessa área, no dia10 de maio, no auditório do CRE-MERJ. O Coordenador da CâmaraTécnica, Leon Cardeman, explicouque este II Fórum procurou atuali-zar os focos, discutidos no ano pas-sado, como o ato médico e sua rela-ção com a anatomia patológica e acitopatologia; a relação com as pro-fissões correlatas e as causas de fa-lhas no dia-a-dia.

- Dúvidas foram e estão sendo es-clarecidas, tanto nos serviços públi-cos e no setor privado. A evoluçãona cito e histoquímica demonstramque é necessária nossa atualizaçãocontínua. Os problemas legais estãosendo apresentados, inclusive agrande dificuldade diagnóstica coma iatrogenia. Continuamos a batalharpela melhor forma de colheita dematerial e seu transporte. Debate-mos incessantemente sobre respon-sabilizar os colegas que enviam ma-teriais para laboratórios clínicos sempatologista responsável e qual a ati-tude a ser tomada, principalmentecom entidades públicas. É um cami-nho inexorável para a ética médica -ressaltou.

Heitor Caramuru de Paiva – re-presentante da Sociedade Brasileirade Patologia-RJ, em sua palestra so-bre “Diferença de entendimento emlaudos anátomo-patológicos”, dis-correu sobre estatísticas de discor-dância diagnóstica em séries nume-rosas de revisões.

Ele observou ainda quais os tiposde material devem receber segundaopinião e mostrou um caso de dis-cordância diagnóstica. Ele disse ain-da que o percentual maior de discor-dência é devido a fatores pré-análise(ausência de dados clínicos) ou à ex-periência diagnóstica do patologis-ta, colocando também a dificuldadedo estabelecimento de um padrãopara referências do diagnóstico.

Médicos debatem os conflitos e a qualidadeem Anatomia Patológica e Citopatologia

tina de um laboratório de citologiarepresenta , de fato, medida simplese de baixo custo, mas que evidenciaum grande avanço técnico dos pro-fissionais dedicados ao estudo decondições patológicas por meio damorfologia e, com efeito, auxilia aaprimorar as relações clínico - la-boratoriais que, em última análise,significa melhor atendimento aospacientes.

- E, por último, devemos aindalembrar e apontar que é sempre ne-cessária a correlação clínica-radio-lógica e laboratorial para diagnós-tico preciso e ainda que, o tipo decoleta, a requisição médica não pre-enchida ou mal preenchida, ou in-formações incorretas contribuem emuitas vezes são fatores determi-nantes nas discrepâncias diagnós-ticas - acrescentou.

Para falar sobre os “Equívocosmais freqüentes em citopalogia ge-ral e específica”, Fabiana ResendeRodrigues, Presidente da SociedadeBrasileira de Citopatologia (capítuloRio de Janeiro) lembrou que essesequívocos muitas vezes ocorremprimeiro pela baixa sensibilidade dacitologia para o diagnóstico de al-gumas lesões e, depois, pelo fato dese ter padrões que estimam as le-sões de maneira equivocada, tantona citologia quanto na histologia.

- Há uma tendência da citologia emsubstimar as lesões nos casos discre-pantes. Devemos considerar a biópsiacomo padrão ouro, mas principalmentedevemos contribuir para a radicaliza-ção dessa tendência - explicou.

Segundo ela, a prática contínuade elaboração e aplicação de méto-dos de garantia de qualidade na ro-

Leon Cardeman

Equívocos mais freqüentes

Paulo Antonio Silvestre deFaria fez uma análise geral daespecialidade pa ra tratar da“Qualidade no setor público”,com destaque para a pergunta“qual o valor da patologia?”. Eleabordou o impacto da qualida-de na anatomia patológica, aorigem dos recursos para t antoe o que é investir na qualidadedesse segmento.

Uma avaliação evolutiva de la-boratórios que implementaramferramentas de qualidade, atravésde certificação de órgãos, comoIso, Inmetro, Ona e outros, ecomo foi o impacto sobre a em-presa certificada sobre os clien-tes e sobre o mercado foi descri-ta por Sheila Rochlin.

- O gerenciamento controla-do, com itens verificadores dequalidade, aumentou a produti-vidade, reduziu custos nas em-presas e melhorou o desempe-nho que foi consolidado pelosclientes, ou seja, os nossos paci-entes - disse.

Ela lembrou ainda que hámuito a fazer em relação ao mer-cado, como os convênios e osprestadores de saúde, segurado-res e cooperativas, para que hajaum reconhecimento do investi-mento feito por aquela empresae justo reconhecimento, com re-muneração diferenciada para osque se certificaram.

- Vemos isso como uma garan-tia para todos em conjunto e aconseqüente valorização pessoale efetiva - afirmou.

Para encerrar o encontro,Norma Imperio Meyrelles fez umresumo da citopatologia no Bra-sil, abordou métodos de obten-ção das amostras e seus resulta-dos, analisou a relação entre a ci-topatologia e as outras especiali-dades, comentou as classificaçõesem citopatologia e ressaltou osavanços da citopatologia.

Fabiana Resende

Heitor Caramuru Marcelo Mendes

Page 24: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

24 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Uma divertida confraternização em Niterói

“Festa da nova geração”: um sucesso de público

com muito brilho e salto alto.As amigas Ana Luiza Braz

Pavão, Aline Messa de Oliveira,Íris Campos Lucas e Marina Pa-paiz Alvarenga foram ao Espa-ço Cultural pela primeira vez.Elas revelaram que a expectati-va de todas era conhecer cole-gas de outras unidades.

- A vida médica é muito atri-

bulada e é necessário que setenha um tempo para se soci-alizar com as pessoas, investirem cultura. É importante estetipo de encontro – disse AnaLuiza, única do grupo que cur-sa mestrado em epidemiolo-gia. As demais são residentesde clínica médica do Hospitalda Lagoa.

O Espaço Cultural do dia23 de maio foi mais umsucesso de público. Maisde 400 pessoasparticiparam da “Festa danova geração”, mostrandoo interesse dos residentesno congraçamento com oscolegas.

Outro grupo, animadíssi-mo e também estreante emparticipar do Espaço Cultural,compartilhava da mesma opi-nião. Elizabeth Beire, HugoCatão, Flávia Chaves, PaulaCosta, Ricardo Filipo e Frede-rico Atalla observaram que aintegração entre colegas aju-da a estreitar as relações e cri-

A festa dos residentes acon-teceu do jeito que o carioca gos-ta: com feriadão (no caso, o deCorpus Christi) e com um verãointrometido no outono. Paracompletar ainda houve muitamúsica para dançar a noite in-teira, a cargo do DJ Daniel Ragi,e uma banda ao vivo, que vemfazendo grande sucesso com osjovens que gostam de pop-rocknacional, o Seu Cuca.

A decoração sóbria, debolas pretas e brancas, con-trastou com o figurino despo-jado e informal dos rapazes,enquanto que as futuras mé-dicas capricharam na produ-ção e na elegância das roupas

Os presentes ao Espaço Cultural dançaram a valer durante a noite.

ar amizades. Eles garantemque o assunto das conversasnão se restringe aos plantõese procedimentos oftamológi-cos – já que a maioria deles éresidente em oftamologia.Além da medicina, o futebolune a todos, inclusive as mu-lheres, que também defendemseus times de preferência. To-dos, no entanto, defendem emconjunto a profissão.

- O médico é um profissio-nal que está sempre vestindoa camisa e fazendo o máximopelo paciente. Às vezes, é des-tratado e, muitas vezes, nãotêm os mesmos direitos do tra-balhador comum – reclamouFrederico.

Emerson Curi e Luciana Le-mes demonstravam mais espe-rança que preocupação como futuro profissional. Ambosse diziam apaixonados peloofício que escolheram: ele naradiologia e ela na pediatria.

- Temos que nos valorizarpara mudar o mercado que nãonos valoriza – observou Luci-ana, residente no Hospital dosServidores.

O Espaço Cultural CRE-MERJ reuniu os médicos deNiterói, no dia 27 de maio, naAssociação Médica Fluminen-se (AMF), para uma divertidaconfraternização, promoven-do um show do músico AlexCohen, que além do repertó-rio próprio, tocou vários su-cessos populares que não dei-xaram ninguém quietinho nasmesas. A iniciativa rendeu vá-rios elogios.

- São eventos como este,como os cursos de educaçãomédica continuada e como ascampanhas que o CREMERJpromove, que nos valorizam.Por isso é um prazer disponi-bilizar a AMF. Juntos já estamosmudando a situação da classe.Basta ver o pequeno número

de médicos que se inscreveramno concurso da Prefeitura doRio. Isso já foi uma demons-tração de vitória do Conselho– enalteceu Glauco Barbieri,Presidente da AMF.

Para o Presidente da Aca-demia Fluminense de Medicina,Alcir Chácar, o Espaço Cultural

é sempre um primoroso pontode encontro da classe médica.

O Presidente do Sindicadodos Médicos de Niterói, ClóvisCavalcanti, também elogiou ainiciativa.

- O CREMERJ está de para-béns por este evento, que émais um exemplo da nossa

união e do poder que isso nosdá para modificar o perversoestado da medicina em nossacidade – ressaltou.

Encontrar amigos, assistira um bom espetáculo e conhe-cer o Espaço Cultural. Estasforam algumas das razões pe-las quais o endocrinologistaCarlos Roberto Moraes de An-drade Jr. foi ao show.

- A população reclama nademora do atendimento, masnão vê que, às vezes, estamosatendendo sozinhos a váriospacientes. As campanhas doCREMERJ são importantes paraque a população tome conhe-cimento disso – analisou ele,com a experiência de quem játrabalhou no Antônio Pedro.

Residente de clínica médi-

ca no Hospital de Clínicas deTeresópolis, Luis Felipe Cor-deiro Rocha, acredita que ainteração com outros médi-cos e o momento para de-sestressar são fundamen-tais. Os amigos Vinícius Vi-eira, residente de anestesi-ologia no Souza Aguiar; An-dré Ney Breder Rocha, quefaz geriatria e medicina in-tensiva, e Thiago Araújo Cu-rione, que cursa pós-gradu-ação em gastroenterologiaeram só alegria e animação.Todos participavam do Es-paço Cultural pela primeiravez.

- Esta é uma ótima opor-tunidade para encontrar osamigos de faculdade, queacabam se dispersandoquando vão trabalhar em lu-gares diferentes – avaliouAndré Rocha.

Page 25: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

25JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Exemplos de vida em CamposO CREMERJ esteve em Campos,no dia 30 de maio, parahomenagear os médicos quededicaram 50 anos ou mais àmedicina e, ao mesmo tempo,promover a confraternização comos médicos do interior, atravésdo Espaço Cultural.Muitos médicos de Campos e dascidades próximas, tambémestavam presentes, além doPresidente da Unimed Campos,Marcos Cid; do Diretor Científicoda Sociedade Brasileira dePneumologia, Luiz Carlos Sell; doVice-Presidente da SOMERJ eex-Presidente da SociedadeFluminense de Medicina eCirurgia, Francisco AlmeidaConte; e do Diretor da Faculdadede Medicina de Campos, NélioArtiles Freitas.

Nelson Siqueira BarbosaFormado em 1956, pela então Faculdade Flu-

minense de Medicina, hoje da Universidade Fede-ral Fluminense, Nelson Siqueira Barbosa se orgu-lha em dizer que a medicina foi e é o grande amorda sua vida

O ginecologista e obstetra, que desde que seformou, trabalha na Santa Casa de Campos, esco-lheu sua especialidade quando estava no 4º anoda faculdade. No Hospital Antônio Pedro, o chefede plantão mandou que ele operasse um caso gra-víssimo de gravidez tubárea rota e a paciente sesalvou.

- Daí em diante e até hoje, exerço a profissãocom muito carinho, muito amor e muito entusias-mo. É a mais bela e a mais digna das profissões -observou.

Até bem pouco tempo, Nelson Barbosa tam-bém tinha consultório, mas achou que não valiamais a pena, tendo em vista o grande número depacientes com convênios.

Quanto à homenagem, ele disse estar muitosatisfeito.

- É um reconhecimento do CREMERJ, que sem-pre dá ao médico o valor que ele merece - acres-centou.

Eduar Chicralla AssadTambém ginecologista e obstetra, Eduar Chicralla

Assad tem 80 anos, mas ainda opera nos hospitaisem que trabalha - Santa Casa de Campos, Santa Casade São João da Barra e Hospital Manoel Carola, emSão Francisco de Paula. O consultório ele passou paraa filha, também médica.

- Opero seis a oito pacientes por semana – orgu-lha-se.

Nascido em Natividade, norte do Estado doRio, Eduar Chicralla Assad formou-se em 1954pela UFF. Inicialmente, trabalhou no município deSão João da Barra durante seis anos, transferin-do-se depois para Campos, onde está até hoje.

Ele lembra que na época em que se formou, omédico contava apenas com um aparelho de pres-são, um estetoscópio, Raio X e seus dedos paraexaminar os pacientes.

- Antigamente, chegar a um diagnóstico eramais penoso, exigia mais sacrifícios, dependendomuito da acuidade do médico. Hoje, com a evolu-ção da medicina, é muito mais fácil – argumentou.

Muito feliz com a homenagem do CREMERJ,ele disse ser um reconhecimento pelo qual hámuito tempo os médicos clamavam.

Luiz Geraldo de QueirozLuiz Geraldo de Queiroz e Almeida é oftalmo-

logista mais antigo de Campos em atividade. For-mado pela UFF, em 1955, ainda trabalha de se-gunda a sexta-feira, em seu consultório.

Embora não tivesse condições de receber pes-soalmente a homenagem por não estar, no dia, bemde saúde, pediu ao filho Rodrigo Queiroz de Almei-da, também oftalmologista, que o representasse.

Para Luiz Carlos Sell, esse esforçodo CREMERJ de estar sempre no interi-or é muito bom. Além do congraça-mento das famílias, há sempre um con-graçamento político com vistas às rei-vindicações dos médicos.

- O CREMERJ é hoje um órgão delutas junto a outras entidades médicas

para a garantia do trabalho médico.Desenvolve uma excelente parceria comas Sociedades de Especialidades, atra-vés das Câmaras Técnicas. A Pneumolo-gia também está lá representada. Nãopodemos perder a perspectiva que anossa luta é única, seja no CREMERJ, sejanas entidades associativas, seja nas So-

ciedades de Especialidades. A luta é umasó em favor do médico – salientou.

Marcos Cid é da mesma opinião. Aseu ver, o CREMERJ, à medida que se in-terioriza vem integrando os médicos daárea metropolitana com os dos demaismunicípios do Estado, dando realmenteo dimensionamento que somos uma clas-se só no Estado todo, com as mesmasdificuldades no exercício da profissão.

- Essa interiorização do CREMERJ émuito importante para nós, médicos –observou.

O movimento pela valorização domédico, segundo Nélio Artiles Freitas émuito bem-vindo não só para os médi-cos que já trabalham, como para osalunos que estão estudando na facul-dade de medicina.

- Eles também precisam fazer a par-te deles porque se aceitarem tudo queestá acontecendo nessa sociedade dehoje, os médicos vão valer cada vezmenos. As escolas médicas precisam sealiar a esse movimento para que os fu-turos médicos percebam que dependede nós a valorização da profissão

Eduar Chicralla Assad, Rodrigo Queiroz e Nelson Siqueira Barbosa

Page 26: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

26 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Completar 50 anos de formado étarefa que poucos médicosconquistam com tanto vigor e bomhumor, quanto os médicos de Niterói,homenageados, no dia 27 de maio,pelo CREMERJ, na sede daAssociação Médica Fluminense(AMF).Emoção não faltou aoshomenageados, felizes também porrever muitos dos colegas de profissãoe companheiros de bons momentostambém fora dos hospitais.O advogado Rafael Bueno, neto dohomenageado Omar Gomes Bueno,aproveitou para agradecer a todosem nome do avô, se dizendo muitohonrado em representá-lo.

Homenagem a grande

Rudyar Gonzaga de Souza PereiraO pneumologista Rudyar Gonzaga

de Souza Pereira confessa que esta foia primeira homenagem que recebeu,apesar dos 50 anos de formado. Aolongo desse tempo, ele diz que pre-senciou uma grande evolução da me-dicina quanto aos tipos de tratamentoe meios diagnósticos, ressaltando, noentanto, que a receita para se tornarum bom médico continua a mesma.

- O jovem tem que fazer uma resi-dência bem feita para poder ser umgrande médico futuramente. O segre-do do bom médico é dedicação exclusi-va e muito amor à profissão – ensinou.

Paulo Pilotto

Paulo Pilotto já era cirurgião geral,quando decidiu entrar para a Aeronáu-tica. Durante o curso de adaptação paraas forças armadas, se interessou pelaproctologia, especializando-se no Hos-pital dos Servidores do Estado.

Nas idas e vindas que a vida pro-

Lucia da Veiga Kalil, Maria José Marcelino Valeroso e Luiz Carlos Duarte Monteiro

Delorme Maria D. Barros, Claudia M. Prado dos Anjos e Cleomenes C. Antonio

Ignacio de Loyola Waddington, Edgard Stepha Venancio e Fabio Tinoco Mathias

Ivani Cardoso, Jesse Antonio Siqueira e João Aylmer de Azevedo Souza

voca, ele acabou indo trabalhar emCampo Grande, no Mato Grosso,quando a energia elétrica local aindaera fornecida por gerador a diesel.

- Hoje eu não iria para lá, porqueacabei perdendo algo que consideromuito importante: o ambiente acadê-mico. Eu adorava dar aulas. Apesar deter ficado longe por sete anos, o pro-fessor Flávio Pimentel, de quem fuimonitor, me chamou de volta para tra-balhar com ele. Acho que ele gostavade mim - resumiu com humildade.

Orlando Barreto

Durante 40 anos, Orlando Barretose dedicou à ginecologia e obstetríciae nos últimos 12, tem atuado somenteem medicina do trabalho. Ele é da tur-ma de 1954 e acredita que muitos mé-dicos, como a própria medicina, mu-daram muito.

- O sacerdócio antigo acabou. Osjovens médicos enfrentam situaçõesdiferentes e já saem das faculdades es-

pecialistas. Eles precisam conhecermais o todo da medicina, porque mui-tos se formam em especialidades que apopulação precisa menos – observou.

Renato Martins da Silva Júnior

Aos 77 anos, o pediatra Renato Mar-tins da Silva Júnior diminuiu o ritmo detrabalho, mas não deixou de atenderseus pacientes três vezes por semana.Ele acredita que o surgimento dos pla-nos de saúde não foi benéfico para osmédicos e que o SUS atenderia às ne-cessidades da população se seu plane-jamento fosse melhor estruturado.

- A população acaba não tendoatendimento adequado, nem remédi-os e o governo gasta dinheiro em açõesde menor importância. A saúde estálargada. É preciso planejar melhor osgastos com a saúde - , que é a coisamais importante que há – ressaltou.

Luiz Carlos Duarte Monteiro

Eleito “Médico do ano” pela AMF,

Luiz Carlos Duarte Monteiro conta comhumildade que foi o primeiro a retiraruma áscarie de colédoco. Cirurgião, elefoi quem levou a endoscopia para Ni-terói há mais de 30 anos.

Embora tenha passado seus paci-entes e o consultório para o filho (LuizCarlos Monteiro Jr.), aos 75 anos, eleainda clinica três vezes por semana, re-alizando apenas os procedimentosmais simples, como a endoscopia deesôfago, estômago e duodeno.

- Não sou excepcional, nem dife-rente de ninguém, mas me orgulhodo meu passado – contou DuarteMonteiro, também fundador da So-ciedade Brasileira de Endoscopia.

Ceyla Cunha AntunesComeçou sua carreira como pedia-

tra e sanitarista em Itaocara. Aos 80anos, ela não pensa duas vezes ao di-zer o que a saúde precisa ser melhorno país.

- Os médicos são sacrificados e

Page 27: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

27JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

Os HomenageadosAlbina Lopes Porto BrasilCely FortesCeyla Cunha AntunesClaudia Maris Prado dos AnjosCleomenes Carvalhido AntonioDelorme Maria Delgado BarrosEdgard Stepha VenancioFabio Tinoco MathiasIgnacio de Loyola WaddingtonIvani CardosoJesse Antonio SiqueiraJoao Aylmer de Azevedo SouzaJorge Leal BrandaoJorge Silva de AbreuJose Teixeira da SilveiraLauir Correa de AndradeLeandro Francisco RodriguesLucia da Veiga KalilLuiz BlanckLuiz Carlos Barbosa LamegoLuiz Carlos de Andrade LealLuiz Carlos Duarte MonteiroLuiz Fernando da Fonseca GyraoLuiz Rodrigues RibeiroMaisa Coube RodriguesManoel de Paula FreitasManoel Hemeterio de OliveiraManoel Lopes Magalhaes FilhoManoel SaderManoel Varela Albuquerque FilhoMarcio de Oliveira CostaMaria de Lourdes Domingues RochaMaria Eda Leite MachadoMaria Jose de Carvalho MartinsMaria Jose Marcelino ValerosoMario Belizario de Souza JuniorMario Nunes PicançoMario Solon GoncalvesMarjeta Mazovec TreoMarlene Muniz TeixeiraMarsyl Monteiro de CarvalhoOmar Gomes BuenoOrlando BarretoPaulo Carlos de AlmeidaPaulo PilottoPlinio Jotta CantarinoRenato Martins da Silva JuniorRudyar Gonzaga de Souza PereiraRuy de Oliveira ViannaSebastião Abreu PerlingeiroSylvio Passos MacedoYara Norm

des histórias de vida

Jorge S. de Abreu, José T. da Silveira, Jorge L. Brandão e Leandro F. Rodrigues

Mario Solon Gonçalves, Mário Belizário de Souza Jr. e Lauir C. de Andrade

Omar Gomes Bueno, Mario Nunes Picanço e Orlando Barreto

Paulo Pilotto, Plinio Jotta Cantarino e Renato Martins da Silva Jr.

sofrem as conseqüências das deci-sões discutíveis dos governantes. Nomeu tempo de jovem, o Posto de Aten-dimento Médico era uma referência.Hoje, tudo o que se vê é lamentável -desabafou.

Cely Fortes

Refere-se à sua profissão com oorgulho e a satisfação de quem che-gou aos 86 anos podendo avaliar asdiferenças na medicina. Ela conta queser ginecologista no tempo em queestava na ativa era mais complicado,em função da escassez ou da qualida-de dos exames complementares. Paradriblar tal barreira, os médicos, segun-do ela, examinavam os pacientes commuita atenção.

- Era um avanço ver as sombras emanchas numa ultrassonografia. Hojese pode ver até a fisionomia do bebê!Para ser um bom médico é preciso es-tudar bastante e praticar ainda mais,porque isso é fundamental – ensinou.

À esquerda, Sylvio PassosMacedo (tambémhomenageado) com a esposa

Albina Lopes PortoBrasil, Cely Fortes e

Ceyla Cunha Antunes

Page 28: JORNAL DO CREMERJ - old.cremerj.org.brold.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/91.pdf · JORNAL DO CREMERJ † MAIO/2008 3 Prosseguem as negociações com as operadoras ... ALERGIA

28 JORNAL DO CREMERJ • MAIO/2008

200 anos de ensino médico no Brasil

unicamente a primeira da áreamédica do Rio de Janeiro, mastambém uma novidade no en-sino de nível superior. Naque-le tempo, só havia ensino pri-mário feito nas escolas dos je-suítas. A primeira universida-de só foi criada como tal em1920.

- Temos motivos para co-memorar, sim. Era um grupo

de pessoas heróicas, que co-meçou lá na ladeira do Morrodo Castelo, sem instalações,sem coisa nenhuma, num cur-so muito primitivo. Depois pas-sou para a enfermaria da San-ta Casa, com instalações pre-cárias e evoluiu até conseguiro prédio da Praia Vermelha, ummarco da sua história, e, final-mente, o Campus da Ilha do

Fundão, que hoje tem proble-mas de instalações e de faltade verba – lembrou Doyle Maia.

Mas, isso, segundo ele, nãotira o mérito da faculdade, quefaz 200 anos mantendo o pa-drão de ensino.

- Era a faculdade da Corte,para onde vinham os alunos dopaís inteiro e, por isso, teve umpapel muito importante na in-

UFRJ: primeira da área médica e do nível superior no Rio de JaneiroDoyle Maia disse acredi-

tar que as dificuldades queatingem hoje a UFRJ nãoapagam as glórias e o pio-neirismo que ultrapassam olimite do ensino médico.

Segundo ele, a UFRJ –sucessora da universidadeda Praia Vermelha, mais co-nhecida na época apenascomo “Nacional” – não foi

Francisco Fialho e Carlos Alberto Basílio de OliveiraHiran Silveira Lucas e Antonio LedoJosé Rodrigues e Orlando Marques VieiraCarlos Alberto Basílio de Oliveira e Orlando Marques Vieira

Doyle Maiadurante suapalestra

Os 200 anos do ensinomédico no Brasilmereceram mais umacomemoração. No dia20 de maio, oprofessor GeorgeBittencourt Doyle Maiaenfocou o assuntonuma palestrapromovida peloCREMERJ em parceriacom a recém-fundadaSociedade Brasileirade História daMedicina – capítulo doRio de Janeiro(SBHM-RJ).

Formado em 1944, DoyleMaia relatou passagens, citan-do personagens importantescomo se falasse de amigos co-muns, que encontra regular-mente, tamanho o domínio

tegração cultural do Brasil.Essa é história que vem doMorro do Castelo à Ilha doFundão, a saga de milhares,que ali viveram e dela se or-gulharam, que dela têm or-gulho e que esperam queaqueles que nos servem fa-çam por ela o mesmo quenós fizemos, quando lá es-tivemos – resumiu.

que tem sobre o assunto. Ohistologista citou os aconteci-mentos que marcaram a traje-tória do ensino médico, desdeas idéias expressas em proje-tos e trazidas ao Brasil pelasmãos de José Corrêa Picanço,que acompanhou Dom JoãoVI, até as salas de aula da UFRJno campus do Fundão, cujaconstrução também é conside-rada outro marco.

- Picanço já devia trazer umprojeto, porque as coisas acon-teceram muito rapidamente.Ele conhecia as condições e asnecessidades do ensino médi-co. Em 18 de fevereiro de1808, se deu a criação da pri-meira escola de medicina doBrasil, em Salvador. Já no dia 2de abril seguinte, um decreto,nomeava Joaquim Mazaremcomo professor para formação

tinuou Doyle Maia, quandomais um decreto nomeou o fí-sico-mor de Angola, José Mar-ques, como professor de ana-tomia no lugar do Mazarem,que passou a ser professor decirurgia, obstetrícia e partos.No primeiro decreto, era sóuma aula e no do dia 05 de no-vembro, era um curso. Por issoessa data é considerada comoo início do ensino médico noRio de Janeiro – explicou.

Além de jovens estudantesde medicina, estavam o Diretorda Faculdade de Medicina daUFRJ, Antônio Ledo, o Presiden-te da Associação Brasileira daHistória da Medicina- RJ, Car-los Alberto Basílio de Oliveira,e médicos ilustres. Entre eles,os membros da Academia Na-cional de Medicina, Sérgio Agui-naga, Pietro Novelino, José Ro-drigues e Orlando Marques Vi-eira; Francisco Fialho, que éconsiderado um dos quatroPresidentes de honra da SBHM-RJ, e Hiran Silveira Lucas, queforam homenageados

de cirurgiões, que funcionariana escola do Hospital Militar, noMorro do Castelo, e que era oaproveitamento do antigo Co-légio dos Jesuítas. Dez dias de-pois, outro decreto, estabele-cia o salário de 480 mil réis porano – lembrou.

E não existe registro sobreo que o Mazarem fez em ter-mos de ensino até o dia 5 denovembro do mesmo ano, con-