Jornal do Baixo Guadiana Fevereiro 2012

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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 13 - Nº141 FEVEREIRO 2012 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL PUB CEM NORTE

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Mensário do Baixo Guadiana

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | FEVEREIRO 2012 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 13 - Nº141

FEVEREIRO 2012

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGAL

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CEM NORTE

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JBGJornal do Baixo Guadiana

EDITORIAL CRÓNICAS

Como encarou o Acordo de Concertação Social firmado em Janeiro?

Vox Pop

R: Encarei muito mal este acordo de concertação social. Quem trabalha perde a motivação perante as medidas anunciadas. De certa forma eu estava à espera deste acordo, pois nesta altura não se pode esperar nada positivo.

Nome: Deonilde TeixeiraProfissão: ResponsávelComercial

R: Penso que o acordo de concertação social somente é util para o Estado, que vai poupar no subsidio de desemprego e agradar a troika, e para as empresas que vão ter os empregados a trabalhar mais horas e vai-lhes ser mais facil despedir os mesmos. Mais uma vez é o Estado e o patronato que ganham e os traba-lhadores que perdem... O pior é que não acho que nenhuma das medidas venha a ter um real alcance em termos de melhorar a produtividade e/ou levar a um maior desenvolvimento do Pais. É mais do mesmo...

R: Conforme o nosso Primeiro Ministro afirmou este acordo foi o “mais ambicioso, inovador e audaz” para o mercado laboral. No meu entender é necessário liberalizar o mercado de trabalhos e flexibilizar os contratos de trabalho. Deveriam ter dado uma especial atenção aos tra-balhadores a recibos verdes. Retirar os feriados julgo que não terá grande impacto na economia do país. Uma vitória para as centrais sindicais foi a não inclusão dos 30 minutos de traba-lho extra, visto que não iriam levar a um aumento da produtividade. Con-sidero o acordo possível para o atual estado do país e julgo que dentro de alguns anos poderemos vir a ter uma economia mais desenvolvida.

Nome: Luís PinheiroProfissão: Universidade Nova

Nome: Hugo EstevesProfissão: Dentista

R: Encarei bem, a partir do momento em não incluíram a cláu-sula que facilitava os despedimentos dos trabalhadores. No momento que o país atravessa, só iria aumentar o número do desemprego e criar uma maior sensação de crise. Não estava à espera deste acordo; com a pressão da “troika, e tendo em conta a linha que este Governo tem seguido este acordo para mim, foi uma surpresa.

Nome: João RosárioProfissão: Rececionista Condomínio

Invariavelmente, e como quase sempre acontece, depois da maior parte dos países europeus aceder à Televisão Digital Terrestre (TDT), em Portugal começamos a migrar para o digital, ditando o princípio do fim do sinal analógico, que começou com o apagão em Janeiro no litoral do país e que estará concluído em todo o território no mês de Abril, conforme imposição da União Europeia.

O processo de desenvolvimento da televisão digital terrestre, entre nós,

foi tudo menos pacífico. Foram pre-cisos dez anos para que pudéssemos dispor de um novo meio de transmis-são do sinal da televisão, mais eficaz que o esclerosado sistema analógico. Pelo caminho, caiu a atribuição da licença para um quinto canal de tele-visão e foram consumidos sete anos, entre a licença da plataforma digital e o desligamento do sinal analógico.

Ao contrário de outros países da Europa, com televisão digital, que acedem a dezenas de canais, Portu-gal, e não obstante todo o investi-mento realizado, disponibiliza apenas os quatros canais em sinal aberto (RTP 1, RTP 2, SIC e TVI), com a

agravante de 10% da população não ter acesso à TDT, o equivalente a 1 milhão de portugueses que vão ficar sem cobertura de televisão digital, nas chamadas ‘zonas-sombra’.

No Algarve, a Barlavento, nomeadamente nos concelhos de Aljezur e Monchique, centenas de famílias ficaram sem televisão com o apagão analógico de 23 de Janeiro. A mesma ameaça paira sobre o terri-tório do Baixo Guadiana, no concelho de Alcoutim, onde o desligamento do sinal analógico a 29 de Abril pode deixar 80% do Município sem tele-visão. E em Castro Marim, particu-larmente as freguesias do Azinhal e

Odeleite e uma parte substantiva do interior da freguesia, serão aque-las mais severamente punidas pelas ‘zonas-sombra’, onde o sinal digital não chega.

A transição para a televisão digital terrestre através do célebre apagão analógico não pode deixar popu-lações inteiras a ver televisão por um canudo, pessoas na sua maio-ria idosas, de recursos económicos muito baixos, a quem quase tudo foi retirado, o Centro de Saúde, a Esta-ção dos Correios, a GNR. Apenas porque vivem numa ‘zona-sombra’ onde a caixa descodificadora não tem qualquer utilidade, terão que

recorrer à via satélite, obrigando assim à instalação de antenas para-bólicas, cujo custo ultrapassa os cem euros.

Porque os seis milhões de euros gastos pela PT e pela ANACOM (Autoridade Nacional de Comuni-cações) na divulgação da TDT não resolvem o problema destes algar-vios que o luar não ilumina, e que poderão deixar de ver a “caixa que mudou o mundo”, exige-se que haja o reforço da cobertura da TDT com a instalação de repetidores de sinal.

É meu entendimento que os 372 milhões de euros, resultado da venda das frequências da rede ana-lógica às operadoras PT, Sonaecom e Vodafone, será mais que suficiente para garantir que o sinal da TV gra-tuita chegue a 100% da população com qualidade e, ao mesmo tempo, elimine a sombra da TDT no Baixo Guadiana. Porque a televisão deve ser um meio de luz, informação e entretenimento para todos.

Vítor Madeira

O insubmisso

A tática

Hoje vou falar de futebol! Garanto-vos que consigo imaginar as gargalhadas de quem me conhece, ao ler esta primeira frase. Para quem nunca sabe se os jogos são para a Taça, para a Liga ou para o Campeonato do Mundo ( saber que estas coisas existem é um mínimo de que nin-guém deve abdicar…), esta pretensão de escrita pode revelar-se arriscada. Mas como sem riscos a vida não tem sabor, vamos lá ver o que daqui vai sair!

Então vamos lá, sócios… mas não riam muito alto porque estou concen-

tradíssima. Demorei um pouco entre a última

linha e esta (!) porque tive que ir con-sultar o senhor Fernando, aqui do café, que me explicou que os jogadores são onze ( é o que eu pensava! ) e que o guarda-redes normalmente não entra na contagem dos esquemas do 4-4-2 ; 4-3-3 ; 5-4-1 ; 4-1-4-1, etc. Não é pre-ciso ser muito entendida para perceber de imediato que quanto maior for o número inicial (o que está logo depois do guarda-redes) mais o jogo é defen-

sivo e vice-versa. E é neste momento que começo a voltar à minha zona de conforto e a escrever sobre a vida.

Afinal como é que eu jogo? Qual é a minha tática? Será que uso sequer, o guarda-redes e alguns defesas? Ou entro com tudo ao ataque? É neste ponto que se torna claro o porquê de existirem vários campeonatos e taças. Vamos supor que o campeonato nacional é a nossa tática familiar; que a liga dos campeões se refere às nossas conquistas pessoais e o campeonato

do Mundo é a nossa vida em geral. Quais são as minhas táticas? Quais são as vossas táticas? Estaremos a usar a melhor? E qual é o nosso prémio de jogo? Jogamos para atingir o quê? Fama? Glória? Riqueza? Felicidade? Sabedoria? Realização?

Eu jogo para evoluir! Jogo para tentar descobrir tudo o que o meu ser encerra! Jogo para me emocionar e para fazer nascer emoções… E não preciso de pensar muito para perce-ber que a tática que uso é sempre a

mesma… 11! Tudo ao ataque, guarda--redes incluído!

É verdade que a baliza me fica des-protegida e que, volta e meia, sofro golos, mas com onze ao ataque, há jogos em que consigo ser demolidora e ganhar taças, campeonatos e afins! Por isso, e como em equipa vencedora não se deve mexer, vou seguir com esta tática insana… Se come-çar a perder logo aceito as novas fórmulas do meu treinador interior!

Contudo, e assumindo-me desde já como instigadora de pensamentos e reflexões, sinto que não posso terminar sem vos colocar a questão: será que estão a jogar o jogo da vida com a tática mais adequada à vossa felicidade e evolução enquanto seres humanos? Será que estão a jogar demasiado ao ataque e a arriscar mais do que devem? Ou estarão a usar uma tática mais defensiva que em nada vos ajuda a que conquistem a glória que o destino vos reserva? Seja qual for o caso espero, pelo menos, que se considerem em jogo e não no banco dos suplentes…

Ana Dias

Demorei um pouco, entre a última linha e esta, porque tive que ir consultar o senhor Fernando, aqui do café, que me explicou que os jogadores são onze (é o que eu pensava!)

Passados longos anos de Governos socialistas em que desleixaram um dos principais motores do desenvol-vimento de um país – a educação -, finalmente, um Governo toma serie-dade nas posições sobre esta matéria.

No final do ano transacto, o Minis-tério da Educação e Ciência apre-sentou uma proposta de revisão da estrutura curricular do ensino básico e secundário (EBS), vindo ao encon-tro com o reforço do português e da matemática sempre defendido pela tutela.

Esta revisão reveste-se de alguma

e Geografia) em detrimento de disci-plinas artísticas ou assessórias – como o estudo acompanhado ou a área de projecto.

A língua inglesa– língua universal de comunicação- é encarada como língua estrangeira obrigatória com programa contínuo do 5º ao 9º ano de escolaridade. Uma medida funda-mental ao envolvimento dos jovens portugueses no mundo globalizado. Para além desta medida, a antecipação das T.I.C. para os 2 anos do 2º ciclo, reveste-se da máxima importância, num ajuste directo entre os tempos de hoje e a educação caduca de ontem.

No entanto, não posso deixar de discordar com a supressão da For-mação Cívica do currículo do ensino

básico. Penso, e espero, que tenha sido um ponto irreflectido. Não con-cordo que ocupe 3 blocos de 45 minu-tos do currículo, mas trata-se de uma disciplina que permite a transmissão de conhecimentos de civismo, partici-pação, empreendedorismo, sobre pre-venção de comportamentos de risco, educação sexual – desde que com um programa adequado às idades e às temáticas. Devemos investir, também, nesta componente educativa, não per-mitindo que estas sejam aulas utiliza-das para a resolução de questões de turma ou de disciplinas específicas. Esta deve ser encarada como disci-plina de conteúdos bem determina-dos, com um programa específico, ajustado às realidades nacionais e

europeias.É certo que esta proposta de redu-

ção do tempo lectivo para certas disciplinas ou até a supressão de disciplinas vem interferir com alguns “corporativismos desmedidos” que se encontram instalados no sector da educação e que, durante anos, foram “apaparicados” pelos suces-sivos Governos. O que é supérfluo, e em nada beneficia a qualidade de ensino, deve ser suprimido!

No entanto, e em suma, hoje não podemos continuar a ter uma polí-tica educativa que valorize mais as estatísticas que os conteúdos progra-máticos transmitidos e apreendidos pelos nossos jovens; porque hoje não podemos continuar a dispersar os currículos dos nossos alunos, mas sim centrá-los nas disciplinas que lhes permitem decidir conscientemente o seu futuro; porque hoje temos de proporcionar aos nossos jovens con-dições de entrada num mundo global; porque hoje devemo-nos sujeitar ao rigor e exigência e não às estatísticas.

*O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

importância para o sistema de ensino português actualmente em vigor. Para além do reforço do português e da matemática, as ciências exactas e as ciências sociais e humanas reves-tem, na visão do Governo – e da qual partilho-, de uma forte componente educativa, anteriormente menospre-zada, em detrimento de uma política educativa virada para a quantidade e não para a qualidade. Hoje, o Ministério que tutela o Ensino em Portugal aposta num rumo bem definido, numa estratégia para o ensino português. Estratégia, essa, que passa por um reforço da qua-lidade do ensino das disciplinas fundamentais ( Português, Matemá-tica, Ciências, Físico-química, História

Miguel Gomes

Revisão Curricular no Ensino Não-Superior

A sombra da Televisão Digital Terrestre no Baixo Guadiana

Director:Carlos Luis Figueira

Sub-Director:Vítor Madeira

Chefe de Redacção:Susana de Sousa

Redacção:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Ana BrásAna DiasAna Lúcia GonçalvesEusébio CostaFernando PessanhaHumberto FernandesJoão RaimundoRui RosaVitor BarrosAssociação AlcanceAssociação GUADIDECOEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

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Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS:n.º 123554

Depósito legal:n.º 150617/00

JBG online:http://issuu.com/jornalbai-xoguadiana e Facebook

Os recentes números avançados pela Estradas de Portugal acerca da frequência de tráfego na Via do Infante, após a instalação do pagamento de portagens, apre-sentam uma redução de mais de 48%; confirmam todos os alertas e dão razão acrescida aos protes-tos que se fizeram ouvir, sobre as consequências desastrosas que esta imponderada medida poderia trazer à economia da região, cujos nega-tivos reflexos se estendem à região vizinha do outro lado da fronteira. Prejuízos económicos a somar aos transtornos e incomodidades que, como também se veio a provar, iriam recair sobre milhares de pessoas que se serviam daquela via para acederem ao seu traba-lho. Acresce que, também como por demais foi alertado, o complexo e moroso acesso às formas de paga-mento e a sobrecarga burocrática, em muitas circunstâncias comple-tamente inútil, que recai sobre agências de rent-a-car, tornam a vida deste segmento de acti-vidade não só mais difícil como provocam, para quem nos visita e procura alugar carro, um claro desincentivo ao regresso. Nos momentos de aperto em que o País vive são dificuldades acres-cidas como estas, as quais, pelos resultados que apresentam, deve-riam conduzir a uma ponderação serena, sensata, sobre os seus reais efeitos para, em tempo ainda útil, serem corrigidas.

A instalação do Sistema de Televisão Digital Terrestre no quadro de um percurso de moder-nização tecnológica do País é assunto que não suscita dúvidas, embora se tenha de exigir a quem o decidiu, rigor e transparência em relação à aplicação das decisões tomadas, sobretudo para impedir que em alguns casos possam ocor-rer situações que coloquem cida-dãos em situações de profunda desigualdade, a pretexto de questões técnicas que em muitos dos casos não são mais que justificações para proteger melhores negócios . Neste contexto, demo-nos agora conta que no concelho de Alcou-tim mais de 80% da sua superfí-cie fica sem acesso a televisão, a não ser que o cidadão disponha de recursos para suportar uma instalação própria que só a ele serve; já de si cara, acrescida de encargos mensais a pesarem de forma insustentável nos seus já curtos orçamentos. Tudo isto porque a entidade instaladora se recusa a aumentar o número de retransmissores que permitissem ao cidadãos o livre acesso às emissões da programação prevista. Estamos assim confrontados perante um acto de profunda injustiça a jus-tificar protesto devido. Porque, a manter-se a situação, significa cavar mais fundo o isolamento de um ter-ritório, incentivando a partida e colocando gente que na sua solidão

tem na televisão o único contacto com o mundo e a única forma de acesso a algum divertimento. É por demais injusto e inaceitável.A situação de aperto financeiro em que a maioria das autarquias se situa, coloca a emergência de se encontrarem rapidamente solu-ções globais que permitam no reescalonamento das dividas, aliviar a pressão da falta de liquidez para desse modo poderem fazer face a compromissos de curto prazo recuperando condições para dinamizar a economia de cada concelho ou região. Se assim não for vamos continuar a assistir a falências diárias de micro e pequenas empresas que vivem na dependência das autarquias, aumentando a escalada dos

problemas sociais a que já se assiste. Tal caminho tem de ser complementado com a procura de novas fontes de receitas e, de entre elas, aproveitando as potencialidades oferecidas pela valorização do património edifi-cado e paisagístico que se dispõe, bem como num mais atento trata-mento do espaço público de forma a dele obter uma maior rentabili-zação. É deste virar de página que também lhe damos conta através da experiência de VRSA na criação de um espaço comercial a céu aberto.

[email protected] Luis Figueira

*O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

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O projeto «Escolhas Vivas» em Vila Real de Santo António – que integra o programa nacional «Escolhas» do Alto Comissariado para a Integração e Diálogo Intercultural (ACIDI) - encontra-se na segunda geração; que se caracteriza por um aumento da intervenção que ultrapassou a o limite do «Bairro dos 160 Fogos», na cidade de Vila Real de Santo António. Entrou nas escolas para fazer o acompanhamento que é preciso aos jovens sinalizados.

«Geração solidária» apela à união de esforços«Cenas e Figuras»

comemora 6 anos de vida

Comemorações de Internet Segura

Comissão de Protecção de Crianças e Jovens pombalina com nova sede

«A Estrela» brilhou

EDUCAÇÃO

A sua intervenção situa-se na identificação e acompanhamento de situações de perigo que envolvam crianças, ou recebendo sinalizações das entidades oficiais com competên-cia em matéria de infância e juventude, bem como de particulares.

De referir que o acompanhamento da CPCJ é sempre realizado com o consentimento dos pais ou representan-tes legais das crianças e jovens.

Para mais informação contacte a CPCJ através dos números 281 513 813 ou 96 8428300, ou no local das 14h às 17h, de 2ª a 6ª feira.

que participaram na ação”, afirma André Oliveira.

“Gostámos de ver a dedicação depositada para com a nossa ação e a proactividade que surtiu”. O responsável está empenhado em mobilizar os jovens de Vila Real de Santo António “a criarem juntos mais ações para bene-ficiar quem mais precisa”, e o jovem garante que a «Geração Solidária» “está preparada para enfrentar mais desafios, nomea-damente o de passar valores, não partidários, mas sim morais, cívi-cos, para se construir uma melhor sociedade”.

André Oliveira lembra que em Vila Real de Santo António “há uma população envelhecida, com muitas carências, que não se conse-gue manter autonomamente e que precisa do apoio de todos”.

Rute Domingues, focando o “entusiasmo que os jovens depositam nesta arte”.

Duas apresentações por ano

Por ano o grupo «Cenas e Figuras» tem dois grandes momentos. Aconte-cem no Natal e no final do ano letivo, respectivamente. “Durante o ano poderão acontecer outras apresen-

A «Geração Solidária» da Juventude Social Democrata (JSD) de Vila Real de Santo António está “empenhada em unir esforços com os jovens para desenvolver iniciativas para benefi-ciar quem mais precisa”. As palavras são de André Oliveira, presidente da JSD que quer “ver uma juventude mais unida em prol da comunidade mais carenciada do concelho.

Criada há dois anos a «Geração Solidária» já realizou duas ativida-des beneméritas no concelho; em 2010 em prol da associação «Mão Amiga» e em 2011 da Santa Casa da Misericórdia de VRSA.

No final de 2011 conseguiram recolher 250 kg de mantimen-tos para beneficiar os utentes da Santa Casa “graças à grande união de esforços entre as associações

A câmara municipal de Vila Real de Santo António recebeu um conjunto de exemplares do livro «Pivete, O Pequeno Corsá-rio», oferecido pela Associação «Talentilicious». O objetivo foi claro: que o livro chegasse às crianças carenciadas do concelho de VRSA.

Assim, a vereadora do pelouro de Ação Social, acompanhada pela chefe de divisão, entregou os livros, conjuntamente com doces oferecidos por uma empresa local, aos meninos do Projeto «Escolhas Vivas», em Vila Real de Santo António.

No total são 33 jovens que do 5.º ao 9.º ano frequentam às quartas-feiras à tarde, ao longo de hora e meia, as aulas de teatro. “Atualmente há já lista de espera para este grupo”, avança a professora Ana Paula Barata, uma das responsáveis no grupo. Esta lista de espera explica-se pela longa tradição do grupo, mas também pela cada vez maior visibilidade ao fim de seis anos de vida. O grupo tem vindo a crescer e apesar de este ano não contar com qual-quer apoio financeiro, devido aos cortes orçamentais da câmara municipal de Vila Real de Santo António, tem visto aumentar o número de parcerias para levar à cena as produções. “Foi o caso da Associação II Acto que participou connosco no musi-cal «Annie», concretiza o professor José António Rosa, outro docente responsável neste grupo.

Aos professores cabe todo o trabalho relacionado com a coordenação técnica do grupo – luzes, som, encenação e trabalho de texto - enquanto os jovens atores se vão desdobrando entre as aprendizagens de personagem, literatura e restantes com-ponentes que fazem parte do mundo do teatro. “É interessante ver como, depois de ultrapassada uma primeira fase de timidez, avançam para cima do palco e querem pro-tagonizar personagens”, conta a professora

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em risco de Vila Real de Santo António tem nova sede desde o início do mês de Janeiro. Agora a comissão está a funcionar na antiga Escola Primária S. Cristóvão, nas Hortas, ganhando o espaço a nova designação «Casa da Criança»

A CPCJ de Vila Real de Santo Antó-nio encontra-se em funcionamento há 10 anos, realizando um trabalho de proximidade junto das crianças e jovens do concelho que necessitam de atenção especial; é acompanhada uma média de 150 crianças por ano.

O musical infantil «A Estrela» subiu ao palco nos dias 14 e 15 de Janeiro no Centro Cultural Antó-nio Aleixo, e no dia 16 exclusiva-mente para as escolas.

A «Estrela» brilhou para os jovens atores e técnicos desta pro-dução. Tratou-se de uma adapta-ção do conto homónimo de Virgílio

JUVENTUDE

A Juventude Social Democrata (JSD) quer os jovens mais ativosGrupo de Teatro «Cenas e Figuras» conta com 33 alunos e quatro professores coordenadores

Crianças e jovens protagonizaram «A Estrela», adaptação de Virgílio Ferreira

A nova sede fica na antiga escola primária das Hortas

Nuno P. Ribeiro, coordenador do projeto realça o aumento do sucesso escolar que o projeto fomentou junto dos mais jovens

«Escolhas Vivas» é feita em contexto escola. Nuno Pinto Ribeiro, coordenador do projecto, frisa que não se trata somente de um acompanhamento das crianças com dificuldades na escola, mas também “daquelas crianças que têm um excelente desempenho e que precisam de ser moti-vadas para se manterem”. O «Escolhas Vivas» acompanha crianças em escolas de todas as freguesias, desde os mais peque-nos aos mais crescidos, até porque 80% do público abrangido frequenta as escolas, “sendo por isso importante acompanhá--los no contexto escolar”, enfantiza Nuno P. Ribeiro. Uma intervenção concelhia que é feita diariamente, com exceção do Domingo, a 600 crianças e jovens, e que é assegurada por três técnicos apenas: coordenação, área de informática e a de animação sócio-cultural.

Actualmente, para além de um acolhi-mento especializado na sede, num pré-

-fabricado colocado no seio do bairro 160 Fogos, em VRSA, a intervenção do

“São poucos recursos humanos e financei-ros”, diz-nos o coordenador alertando que “era preciso criar uma estrutura própria em que a rede de instituições assumisse um contrato que garantisse funcionamento independentemente dos programas opera-cionais financeiros que tutelam as tipolo-gias de intervenção”. São oito parceiros no consórcio, “entre eles a câmara munici-pal, que tem um papel preponderante”, e por cada parceiro o valor de contribuição “seria simbólico”, garante Nuno Pinto Ribeiro.

Aumento do sucesso escolar

Um dos marcos deste projeto que apoia crianças e jovens de contextos sociais frá-geis “é o aumento do sucesso escolar”, refere Nuno P. Ribeiro que realça também o trabalho feito ao nível do aumento da inclusão social, associativismo e, ainda, a maior aceitação da comunidade local em relação ao projeto. Diariamente, entre as 17h e as 20h, recebem na sede do projeto entre 30 a 40 crianças que ocupam com diversas actividades os tempos livres. Ao Sábado o acompanhamento decorre o dia inteiro. Já durante o período de férias

escolares o apoio é realizado ao longo da semana e ao Sábado, sempre de manhã à noite.

Integração da Etnia Cigana

No início do ano letivo 2011/2012 o «Escolhas Vivas» levou a cabo na biblioteca pombalinaVicente Campinas, a apresentação do livro «A História do Ciganinho Chico», da autoria do media-dor sociocultural de etnia cigana Bruno Gonçalves. Trata-se de um livro infantil acerca da história e da cultura do povo cigano. Segundo Nuno Pinto Ribeiro esta apresentação “foi muito importante no contexto do diálogo e relação inter-cultural” e chama a atenção para estar a aumentar em Vila Real de Santo António o número de comunidades flutuantes de etnia cigana. O coordenador lembra que o papel do projeto que lidera é promover a interculturalização, salvaguardando os direitos humanos e o exercício da respon-sabilização dos cidadãos.

Ao nível desta etnia um dos problemas com que o projeto se debate é o absentismo e o abandono escolar, “em grande parte provocado pela exclusão social”, afirma, frisando que “a abertura da comunidade cigana para com o projeto é bastante positiva”.

As competências apreendidas

Pensar num grupo de teatro de escola “é também ter noção das com-petências que são apreendidas pelos jovens “, referindo José António que os jovens tornam-se ao longo do tempo “mais pontuais, mais responsáveis, sendo que para alguns deles o teatro serve para ultrapassar algumas barrei-ras de integração”.

Apesar do tempo de todos não ser muito para esta atividade, e para além de ser levada a cabo com poucos recursos, “os resultados visíveis são o nosso melhor reconhecimento”. Os docentes, entre eles Nuno Martins, elogiam “a capacidade dos jovens em apreender de forma bastante entusiasmada a literatura, e de alguns terem a capacidade de experimentar um mundo novo”, sublinhando que “há jovens que poderão seguir esta área na sua vida profissional, pois mostram já grande apti-dão para a arte do cénica”.

Encarregados de Educação apoiam

Sobre os encarregados de educação não poderia haver melhor opinião. José Antó-nio Rosa garante que “existe um grande apoio da parte dos pais e encarregados de educação dos jovens que assistem efusi-vamente aos espetáculos”, constantando que esta actividade cobre uma lacuna cultural local.

E Monte Gordo agradece os momentos culturais proporcionados pelo grupo de teatro escolar «Cenas e Figuras».

No próximo dia 8 de Feve-reiro, quarta-feira, assinala-se o «Dia Internacional da Internet Segura». Neste âmbito realiza-se no auditório da Escola EB 2,3 de Castro Marim uma mesa redonda de debate de ideias que contará com a presença de um aluno, representante de cada turma do 2º e 3º ciclos, da equipa do Plano Tecnológico da Educação (PTE), dos diretores de turma, de um psicólogo e dos agentes da GNR – projeto «Escola Segura». Esta atividade vai decorrer das 14h30 às 16h e vão ser debati-das várias situações ligadas com a segurança na internet que já se encontram a ser trabalhadas nas turmas. Trata-se de uma atividade aberta a toda a comu-nidade educativa.

O grupo de teatro escolar «Cenas e Figuras» da EB 2.3 de Monte Gordo comemora seis anos de vida. Após levar à cena o musical «Annie» prepara-se para trabalhar uma nova produção teatral.

tações, mas são pontuais; não estão calendarizadas à partida”. Ana Paula Domingues explica que há todo um conjunto de limitações que não per-mitem ir mais além com um grupo de teatro. “Não falamos apenas de questões financeiras, mas também do próprio tempo disponível entre aulas, testes, exames e os restantes hobbies que fazem parte da vida dos jovens”, enumera.

Anualmente este grupo tem também oportunidade de visitar o mundo do teatro através de excursões a grandes salas como o Politeama, Teatro Nacional D. Maria II, Maria Victoria, entre outros lugares onde o teatro é rei.

«Escolhas Vivas» expandiu intervenção para as escolas

JSD

Em VRSA

Associação oferece livros às crianças

Dança «O Teu Cantinho»No passado dia 6 de Janeiro, o Centro Cultural António Aleixo, contou com o espetáculo de dança «O Teu Cantinho».

Participaram no espetáculo cerca de 30 crianças e jovens, que frequentam as aulas de dança do ATL de VRSA «A Idade de Ouro». Uma noite bastante animada, onde familiares e amigos tiveram a possibilidade de ver o trabalho levado a cabo por estes jovens.

Ferreira, adaptado pelo «II Acto Produções Artísticas». A direção musical esteve a cargo do profes-sor José António Rosa. Já o elenco primou pela qualidade e pelo facto de ser muito jovem.

O Jornal do Baixo Guadiana ofereceu bilhetes para este espe-táculo.

No Centro Cultutal António Aleixo

2.ª geração

Os alunos do 1º ciclo da Escola Básica Integrada de Alcoutim percorreram no passado dia 6 de Janeiro a vila de Alcoutim, rea-vivando a antiga tradição das Janeiras. Na Câmara Municipal de Alcoutim, os alunos foram recebi-dos pelo presidente da autarquia, que elogiou “o excelente coro”. A

Alunos de Alcoutim preservam as tradições

iniciativa passou ainda por outros locais de Alcoutim, espalhando a alegria da tradição.

Este é já o segundo ano em que os alunos saem à rua para cantar as Janeiras. De porta em porta, como manda a tradição, fazem anunciar o nascimento do Menino Jesus e desejam a todos um Feliz Ano Novo!

Alunos do 1.º ciclo da EBI de Alcoutim

Castro Marim

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LOCAL | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA LOCAL

por Antónia-Maria

Bicentenario de la constitución de Cádiz de 1812

Ação de rua informa milhares de pessoas sobre portagens na Via do Infante

Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim continuam grátis; as ativida-des estão agora centradas nos contactos de rua com as populações de Huelva e Sevilha.

No passado dia 5 de Janeiro, em Huelva, esteve uma equipa de cinco pessoas da autarquia de VRSA que distribuiu, em mão, várias centenas de flyers informativos. A iniciativa teve lugar durante a tradicional «Cabalgata de Reyes Magos» e terá abrangido cerca de 10 mil pessoas. A ação estendeu-se, mais tarde, a algumas superfícies comerciais de Huelva.

Para aumentar a eficácia da comu-nicação, foi criado um folheto infor-mativo trilingue (castelhano, inglês e português) onde se explicam quais as alternativas gratuitas à Via do Infante e destaca-se que nada mudou na forma de chegar a Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António, não sendo, por isso, necessário comprar qualquer título ou dispositivo eletrónico.

Equipa em permanência no posto transfronteiriço

Em permanência no posto misto de fronteira, à saída da Ponte do Guadiana, está, desde o passado dia 27 de Dezembro, uma equipa da autarquia de Vila Real de Santo António a informar os automo-bilistas espanhóis que não necessitam de comprar nenhum dispositivo para entrar em Portugal e que terão à sua disposição duas saídas gratuitas na A22 (Castro Marim/VRSA e Altura/Monte Gordo), como sempre sucedeu.

Campanha desperta interesse da imprensa

As referências à campanha «Cruzar a Fronteira é grátis» estão a despertar o interesse da imprensa portuguesa e andaluza. Nas últimas duas semanas, televisões e estações radiofónicas efetuaram reportagens

tuciones de los países iberoame-ricanos que, mas tarde, se fueron independizando de la metrópoli, y también fue modelo para el vecino país de Portugal, que promulgó la suya en 1822, y marcó el fin del absolutismo y el inicio de una monarquía constitucional en el país vecino

Por falta de espacio en el número anterior, reproducimos la imagen del coro de “campanilleros”de Villa-nueva de los Castillejos, formado

Durante todo el año 2012, la milenaria ciudad de Cádiz a orillas del Atlántico, será encuentros de mandatarios americanos y palco de festivales, y obras de teatro como “Estado de sitio” de Albert Camus, donde el escritor plasmó su idea en torno a la lucha contra la tiranía y el triunfo de la libertad.

por vecinos de este municipio que animan la Navidad con canciones tradicionales del Andévalo, en este pueblo de la Mancomunidad Beturia.

de las molestias del ruido de coches y la música.

Las Asociaciones de Vecinos de numerosas ciudades luchan por poner freno a este comportamiento incívico, reclamando una “Ley Anti-botellón” y han realizado numerosas acciones para conseguirlo.

En la región de Andalucía, el 40% de los habitantes están directamente afectados por este fenómeno y el año 2011 cerró con mas de 200 expe-dientes abiertos al Ayuntamiento de Huelva, por esta causa.

Fue necesaria la Ley Andaluza de 2006 que prohíbe el consumo de alcohol en la vía publica y crear luga-res nocturnos habilitados para reu-nirse los jóvenes en fines de semana, así como el transporte a cargo de los Ayuntamientos

En casi todas ciudades andaluzas intentan apartar del casco urbano a los jóvenes creando lugares que se designan como botellómetro habi-litando zonas industriales para este fin.

En general, todas las ciudades y pequeñas poblaciones sufren en la actualidad este problema por la falta de respuestas o medios de sus gobernantes.

sumo de 8 m3, o aumento será de apenas 1,49%.

Em Tavira, a subida será de 4,8% e em Olhão de 3,8%. Em Faro, os valores ainda não foram defini-dos, mas o aumento médio deverá rondar os 5%. Em Loulé, a autarquia não tem nada decidido, mas deverá registar-se também uma atualização de tarifários.

Algar e Águas do Algarve cobram mais

O aumento de preço aos consu-midores traduz, em grande parte, a subida de tarifários que deverá ser aplicada pelas empresas responsá-veis pelos sistemas multimunicipais às câmaras. A Algar, que tem a seu cargo o tratamento de resíduos sóli-dos, pretende cobrar mais cerca de 20% este ano. Já a Águas do Algarve propõe um aumento de quase 7% para o saneamento e de 2,1 para a água. As tarifas propostas pelas empresas ainda estão sujeitas a apro-vação pela Entidade Reguladora de Água e Resíduos e pelo Governo.

Se cumplen 200 años de la Cons-titución Española redactada en Cádiz en 1812, en plena guerra de independencia contra la invasión francesa de Napoleón.

Con las doce campanadas del año 2012 entrante, desde la catedral de Cádiz, se dio inicio a las conmemo-raciones de la “Pepa”, llamada así por el pueblo por ser promulgada en el día 19 de Marzo, festividad de San José.

El nombre de José es conocido por Pepe en el lenguaje coloquial de Andalucía.

Esta Constitución marcó los cimientos de la democracia en España e Iberoamérica y convertirá a Cádiz, en la región occidental de Andalucía, en Capital Iberoameri-cana de la Cultura y en escenario de multitud de eventos culturales y actividades políticas y sociales para revivir el espíritu de esta primera Constitución Española.

Fueron los diputados liberales, entre ellos 64 diputados iberoa-mericanos que, en Cádiz, y bajo el asedio de los franceses y su artille-ría, redactaron ésta primera Carta Magna con 16 títulos, donde se esta-blecia la soberanía popular -el poder emana del pueblo - y la división de poderes: ejecutivo, legislativo y judicial además de la libertad de opinión y la libertad de imprenta.

Esta Constitución, la más avan-zada de su época, estaba inspirada en otras más adelantadas como la de EE.UU y Francia, y sirvió de base y modelo para las futuras Consti-

En Andalucía se inicio, hace algu-nos años, como costumbre entre los jóvenes, una forma de ocio llamado “el botellón”; practica que consiste en una reunión masiva de jóvenes de una edad comprendida desde los 14 a más de 30 años aproximada-mente, que se reúnen en un lugar publico para consumir alcohol, pre-viamente adquirido en los comercios, escuchar música y hablar entre ellos para conocerse.

Este fenómeno ha sido, ya, estu-diado por sociólogos y objeto de estudio por las Universidades.

La tolerancia habitual de nuestro país y la falta de regulación para estas manifestaciones callejeras dio origen a su expansión, en los últi-mos 20 años por toda la geografía de España.

Los fines de semana, a partir de las 12 horas de la noche, y sin impor-tarles la climatología sea invierno, con lluvia o frio se reúnen cientos de jóvenes en la vía publica, hasta bien entrada la madrugada dejando, al otro día, un rastro de bolsas y botellas de plástico, vasos partidos, restos orgánicos y otras inmundicias en jardines, avenidas o portales de las viviendas particulares. Ademas

Castro Marim é o concelho em que o valor da fatura mais aumentou (quase duplica), já a partir deste mês, devido à introdução da tarifa de saneamento. “A situação era insustentável; fomos obrigados a tomar esta decisão”, disse em decla-rações ao Correio da Manhã José Estevens, presidente da autarquia, adiantando que em relação à água e lixo os valores de atualização “não serão significativos”.

Em Lagos, os novos preços entram em vigor também este mês, tradu-zindo um aumento médio em torno dos 20%. A autarquia diz que o novo tarifário “procura reduzir a dife-rença entre os preços reais do custo destes serviços e os valores que são cobrados aos consumidores”. Nos últimos três anos, o défice atingiu 15 milhões de euros.

Em Albufeira, a subida na fatura situa-se entre os 18% e os 20%. Em Portimão, o novo tarifário estabelece uma subida de 8,39% para a água, de 4,20% para o saneamento e de 13,75% para o lixo. Mas houve um reescalonamento e, para um con-

A campanha «Cruzar a Fronteira é Grátis» está a ser divulgada pelo sul de Espanha

Se cumplen 200 años de la Constitución Española redactada en Cádiz en 1812,

«El Botellón» consiste en una reunión masiva de jóvenes de una edad com-prendida desde los 14 a más de 30 años

El Coro de Villanueva de los Castillejos animaran la NavidadPor toda la región del Andévalo se celebró la cabalgata tradicional

Por toda la región del Andévalo y Costa Occidental se celebró en la víspera del día de Reyes, la cabal-gata tradicional para disfrute de pequeños y grandes.

En Ayamonte la novedad fue la llegada de sus Majestades de Oriente en barco por el Guadiana para tras-ladarse en coche de caballos hasta las carrozas, en las dependencias municipales, para hacer el recorrido por la Ciudad acompañados de su corte de pajes.

Como en años anteriores, fueron lanzados, desde las carrozas 4000 Kg de caramelos.

En otras barriadas de Ayamonte como Punta del Moral o Pozo del Camino, también tuvieron cabal-gatas, con la colaboración de la Asociación de Vecinos de estas barriadas, que han trabajado dura-mente con el Ayuntamiento para organizar este evento.

En la vecina localidad de Isla Cristina, los Reyes también llega-ron, según la tradición, en barco, a través de la ría Carreras.

El ocio y los jovenes en Andalucia… Água e Saneamento

mais caros em 2012

La cabalgata de Reyes 2012 Coro de “campanilleros” de Villanueva de los Castillejos

em VRSA sobre a iniciativa.A cobertura estendeu-se às agên-

cias noticiosas e imprensa escrita nacional e regional. Também na Andaluzia, vários órgãos de infor-mação têm feito alusão ao trabalho desenvolvido, há mais de um mês, pela autarquia de Vila Real de Santo António.

Espanhóis estão a regressar

Entretanto, as ruas de Vila Real de Santo António voltaram a receber mais visitantes vindos da Andaluzia. De acordo com a delegação vila-realense da ACRAL – Associação de Comer-ciantes do Algarve – as receitas este ano na época dos Reis “não foram tão elevadas como em anos anteriores, mas a verdade é que os espanhóis estão agora bem informados sobre as porta-gens, depois de uma contra-informação perigosa que surgiu a 8 de Dezembro”.

A quebra de vendas terá caído na ordem dos 75%, diz a entidade que também assume que “tal também se deve à enorme crise económica que se vive na vizinha Espanha”.

Os municípios do Baixo Gua-diana em parceria com a ACRAL e a Associação de Desenvolvimento da Baixa de VRSA vão estar em breve em Sevilha para levar a cabo mais campanhas de informação sobre o tema. Estão já a trabalhar na pro-dução de outdoors indicando que «Cruzar a fronteira é Grátis».

por não ter cobertura. Para não ser alvo desse apagão a população terá de “recorrer à via satélite, o que representa custos muito ele-vados – kit TDT complementar, a antena parabólica e a instalação – para uma população tão fragili-zada”, diz a moção que esclarece que “segundo a ANACOM, dia 26 de Abril, o concelho de Alcoutim ficará ligado à TDT. O concelho de Alcoutim, situado no nordeste algarvio, possui uma centena de povoações dispersas, com uma população maioritariamente enve-lhecida, pobre e isolada, tendo, na maioria das vezes, a televisão como única companhia diária”. Para o executivo alcoutenejo trata-se de uma medida que repre-senta “desumanidade” e “injustiça que penaliza os portugueses mais fragilizados”.O executivo “solicita ao Governo e à ANACOM uma cobertura TDT minimamente digna, tal como acontece no país em geral”.

Em vésperas do início da migra-ção da televisão analógica para a televisão digital o executivo alcoutenejo, liderado por Fran-

O contacto de rua na vizinha Andaluzia tem sido “determinante” para que os espanhóis acolham a informação que “cruzar a fronteira é grátis”. Depois de um mês de Dezembro bastante atordo-ado, pela introdução de portagens, no Algarve, desde 27 de Dezembro que a

cisco Amaral, decidiu aprovar por unanimidade uma moção contra o apagão tecnológico que cerca de 80% da área do concelho será alvo

ação de informação sobre as portagens na Via do Infante está a ser levada a cabo no terreno. Após uma primeira fase, que passou pela distribuição de comunicados e notas de imprensa aos meios de comunicação social andalu-zes, informando que os acessos a Vila

Vai por Andaluzia fora a campanha de esclarecimento sobre as portagens na A22. A organização garante que a iniciativa segue “a bom ritmo e continua a divulgar que o acesso aos concelhos do Baixo Guadiana permanece gratuito”. Os espanhóis estão a acolher a mensagem.

80% de Alcoutim à mercê do apagão tecnológicoO executivo municipal de Alcoutim aprovou uma moção contra o apagão tecnológico que cerca de 80% do concelho vai sofrer com a Televisão Digital Terrestre (TDT).

Moção aprovada pelo executivo alcoutenejo solicita uma migração tecnológica digna

Moção contra

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GRANDE REPORTAGEM GRANDE REPORTAGEM

Desde o passado dia 10 de Janeiro que, para além do parque municipal de cam-pismo, em Monte Gordo, e do parque de campismo privado, em Cacela, também parte do espaço público das localidades de Manta Rota e Vila Real de Santo António estão apetrechadas de locais destinados ao estacionamento de caravanas e auto-caravanas. De acordo com João Rodri-gues, vereador do pelouro do turismo do município de Vila Real de Santo António, tratou-se de “uma alteração para dar res-posta a este nicho de turismo que também é importante para o concelho na época baixa – entre Outubro e Maio”, dizendo o responsável que se tratou de uma medida que serviu “para responder a uma neces-sidade crescente”.Recorde-se que no ano passado a autarquia foi chamada a intervir perante a ocupa-ção ilegal de autocaravanistas na praia do Coelho; o que levou à indtrodução de sinalética de proibição de permanência de caravanas e autocaravanas no local. João Rodrigues lembra ao JBG que aquele se trata de “um terreno que pertence à ARH e ao ICNB e no qual o município não tem qualquer competência na sua gestão”.Este ano o panorama mudou e Vila Real de Santo António apresenta-se mais atrativo para estes turistas que viram ser criada uma zona exclusiva para os autocaravanis-tas na zona poente do parque de estacio-namento da Manta Rota, com uma estação de serviço para abastecimento de água potável, luz, carregamento de baterias e libertação de águas residuais.O mesmo procedimento foi tomado na zona ribeirinha da «Muralha», à entrada de Vila Real de Santo António. Ambos os locais são alvo de pagamento de acordo

com tarifas afixadas, sendo que uma esta-dia diária custa ao turista 4 euros. Com-pensa quem ficar por mais dias, vendo o preço diário reduzir.“Em tempo de crise mostrava-se um inves-timento urgente”, justifica João Rodrigues que fala numa ocupação anterior “indisci-plinada e sem condições” por parte destes turistas. O autarca refere também que em causa estava a imagem de Vila Real de Santo António que “em nada ganhava com uma ocupação desordenada e sem o mínimo de condições”, para além das questões de saúde pública e ambiente que daí advinham.Enquanto que a gestão do parque de esta-cionamento da Manta Rota é camarária já para ser criado o novo espaço autocarava-nista espaço na zona da Muralha foi neces-sário um acordo com o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) do Sul.

Câmara não cedeu a pressões

Questionado pelo JBG se esta mudança resultou de «um braço de ferro» entre câmara e autocaravanistas – já que muitos destes turistas se recusavam a utilizar o parque de campismo, optando pelo espaço público interdito para o efeito – o vereador garantiu-nos que “não houve posição de forças, nem cedências, apenas a necessi-dade de criar as condições necessárias para estes turistas, cujo número total ultrapassa largamente a capacidade dos parques de campismo”.De referir que estes parques funcionam apenas na época baixa do turismo, ter-minando a 31 de Maio e retomando em Outubro.

Durante o mês de Fevereiro terão lugar as últimas aprovações do «Regulamento Municipal de Ocu-pação do Espaço Público, Mobi-liário Urbano e Publicidade de VRSA» que, tendo sido alvo de uma discussão pública, sofreu alterações ao documento original. “De outra forma não faria sen-tido; caso as opiniões recolhidas em fase de ocupação pública não fossem tidas em conta”, constata José Carlos Barros, vice-presi-dente da câmara de Vila Real de Santo António e responsável pela Gestão dos Espaços Públicos no município. Tal como nos explica o autarca, a regulamentação do espaço público é um processo que se arrasta desde 2004 e a entrada em vigor irá permitir uma adap-tação “às realidade e dinâmicas que vão acontecendo em termos gerais”. O responsável explica que as principais características que se pretende do novo regulamento é que este seja flexível e adaptável

José C. Barros.Numa primeira fase a empresa

municipal quer intervir nas ruas «Princesa», «Jornal do Algarve» e na «José Barão». “São dois eixos da zona histórica que estão mais abandonados”, contextualiza o autarca, contando que tradicio-nalmente a Rua da Princesa era chamada de «Rua Morta», refe-rindo, ainda, que “já o plano de Salvaguarda do Centro Histórico diz que é importante para a estru-tura económica da cidade que este eixo tenha uma nova anima-ção”, afirma, consubstanciando a importância das novas dinâmicas.

A SGU pretende começar de “forma cautelosa”, como adje-tiva José Carlos Barros, que gos-taria de ver esta nova dinâmica “estender-se ao resto da cidade em função da capacidade do tecido empresarial”.

Produtos locais em destaque

Nesta primeira fase a estraté-gia passa por direcionar as suas atenções para a intensificação da comercialização em banca de

às situações mais concretas. “Ou seja, que não tenha normativo muito genérico, mas que per-mita olhar para as realidades de cada espaço mais em concreto e, portanto, parte do princípio da possibilidade de elaborar planos concretos para determinadas zonas da cidade ou do conce-lho”, fundamenta o autarca, ao mesmo tempo que apresenta ima-gens de projeto que dão conta do novo paradigma para ocupação do espaço público pombalino. O município aproveitou esta fase de mudanças nos regulamentos para “olhar para o espaço público de uma maneira mais alargada e perceber que tem um poten-cial em termos socioeconómicos que tem que ser aproveitado e, o que em tempo de crise, tem ainda mais importância”. José C. Barros explica que foi nesse sentido que a SGU, empresa municipal, foi desafiada a olhar para o espaço público, sobretudo na cidade de VRSA e na zona histórica, numa dupla perspetiva. Primeiro “como é que podemos aproveitar um valor que é o espaço público e depois de que modo intervenções

produtos locais, “das coisas da terra, da economia mais rural e permitir que as pessoas que têm pomares, que fazem queijos, chouriças, vinhos, que vendem conquilhas, compotas, sal, etc, possam aproveitar o espaço público para desenvolver a sua atividade comercial”.

Há da parte do município a con-vicção que a iniciativa “trará mais atratividade e ajudará o comércio instalado a ter maior capacidade de mercado”. Acredita também José C. Barros que “em tempo de crise pessoas desempregadas, mas com dinamismo, podem assim criar alguma riqueza de subsis-tência”.

Projetados dois tipos de estruturas

Para os espaços comerciais estão previstas estruturas que poderão ser colocadas em frente das lojas. “Serão atribuídas de forma gratuita aos comerciantes que continuarão a pagar, como até aqui, a ocupação do espaço público”. O objetivo é ordenar a ocupação dos espaços de venda

na rua, junto às lojas, tornando-os mais promocionais e atrativos. O autarca garante mesmo que “há já empresários interessados nestas estruturas para dispor os seus artigos junto às lojas”.

Quanto à outra tipologia de estrutura, designadas de «bancas», deverão ser alvo de um contrato de aluguer semestral. “Mas esta é uma situação que ainda não está definida”, adiantando José C. Barros que “caso haja mais procura que oferta será aberto concurso público”. De referir que estas bancas vão estar disponí-veis para cidadãos do concelho, mas também de fora mas, efe-tivamente, “toda esta dinâmica só seguirá em frente se houver pessoas interessadas”.

Também com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), têm sido estabelecidos diversos contactos para que as vendas não incorram em qualquer irregularidade, visto que produtos como chouriças ou queijos podem estar à venda neste sistema, o mesmo não se poderá dizer de bifanas no pão, por exemplo.

Assim, o município perspetiva

para o centro histórico de Vila Real de Santo António “um atra-tivo centro comercial a céu aberto, que vive do espaço público e da rua”, acreditando que tratará a este lugar “mais rentabilidade e atratividade”.

Praça Marquês de Pombal com grandes eventos

Para a Praça Marquês de Pombal está prevista uma ocupa-ção diferente. Este espaço nobre será encarado como uma maior potencialidade. “Não queremos que esteja sempre cheia de ‘coisi-nhas’, mas se há grandes eventos que se justifiquem – como uma exposição de uma grande marca de automóveis – então ocupare-mos esse espaço de uma forma mais rentável e atrativa”, explica José Carlos Barros.

Depois da ideia definida e pro-jetada a maior tarefa passa por desafiar os agentes económicos a aproveitar o espaço público.

Susana de Sousa

podem ajudar a economia local e ajudar a componente comercial”.

A entidade empresarial tute-lada pelo município tem estado a preparar um conjunto de procedimentos no sentido de, já durante o mês de Fevereiro, começar um processo progres-sivo de melhor aproveitamento do espaço público, passando o objetivo por encarar o lugar de uma forma rentável e atrativa.

Dois eixos prioritários

A intervenção vai começar em dois eixos do centro histórico e passa por dotá-los de estruturas que servirão de bancas para a comercialização de produtos; quer seja pelos comerciantes locais ou por outros cidadãos empreendedores que tenham potenciais produtos para venda e que vejam nestas bancas de madeira, com design que se pre-tende atrativo, uma oportunidade de negócio. “Poderá servir, perfei-tamente, pessoas que se encon-tram em situação de desemprego e que vejam aqui uma oportuni-dade de fazer dinheiro”, sugere

Foi apresentado em primeira mão ao JBG o novo paradigma de ocupação do espaço público de Vila Real de Santo António. Os responsáveis políticos afirmam que é prioritária uma ocupação “nobre”, que privilegie a rentabilidade aliada a uma atratividade do lugar. Os comerciantes, e demais empresários do centro histórico, têm sido convidados a pronunciar-se sobre as novas dinâmicas que prometem seguir tendências já experimentadas em outras capitais na Europa e que privilegiam uma ocupação do espaço público distinta do praticado até aqui. O processo que a edilidade pombalina delegou na empresa municipal SGU, deverá estar pronto para entrar em vigor durante o mês de Fevereiro. Entretanto, na esfera turística, Vila Real de Santo António conhece desde o passado dia 10 de Janeiro mudanças significativas no que diz respeito à melhoria de condições para os autocaravanistas, tendo surgido no mesmo mês dois parques destinados a este nicho turístico que tem vindo a crescer no concelho.

Espaço público de VRSA na procura de maior rentabilidade e atratividade

Dois novos parques para autocaravanismo aumentam oferta Face à cada vez maior procura do concelho de Vila Real de Santo António, por parte do nicho turístico do autocaravanismo, a câmara municipal em apenas um mês criou dois parques destinados a estes turistas. Até à data o espaço público era ocupado de forma desordenada.

O projeto contempla bancas disponiveis para cidadãos que queiram comercializar os mais variados produtos A SGU projetou estruturas de design atrativo para otimizar a comercialização no centro histórico

A antiga zona da Muralha, na entrada de VRSA tem agora uma estação de serviço de autocaravanas

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LOCAL LOCAL

Está aberta ao público, desde 3 de Janeiro, a nova «Loja da Água», na Rua Conselheiro Frederico Ramirez, número 12, em Vila Real de Santo António.

Este equipamento marca a trans-ferência definitiva da gestão da rede de abastecimento de água e sane-amento do concelho de VRSA para a empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana (SGU). Na «Loja da Água» será possível efetuar serviços como pagamentos, celebração de contratos, reclamações, requeri-mentos, alteração de dados, entre outros.

A câmara municipal de Vila Real de Santo António já economizou mais de um milhão de euros durante o primeiro trimestre de aplica-ção do seu Plano de Contenção Financeira, com início no mês de Outubro de 2011.

De acordo com um comunicado do município esta poupança “cor-responde a mais de metade dos objetivos inicialmente fixados, que apontavam para uma poupança anual de dois milhões de euros”.

Estes resultados representam

O atendimento deixa assim de ser feito na antiga Secção de Águas da câmara municipal, passando a ser prestado nas novas instalações todo e qualquer assunto relacionado com a SGU Ambiente.

Para o edil pombalino esta trans-ferência significa “um passo em frente na acessibilidade, ao concen-trar, de uma forma mais eficiente, todos os serviços num único local”.

Todas as dúvidas e sugestões podem ser esclarecidas pela linha de apoio ao cliente 808 200 013 ou em

www.vrsa-sgu.pt.

“um corte mensal, nas despesas correntes, superior a 350 mil euros”, e a autarquia já pensa em duplicar as metas inicialmente tra-çadas e atingir um aforro anual na ordem dos 4,2 milhões de euros.

Onde são feitos os cortes

Combustíveis e transportes, impressões, comunicações, ilumina-ção pública, horas extraordinárias e fornecimento de serviços externos

são as áreas prioritárias onde con-tinuar a cortar, isto por representa-rem as principais fontes de despesa corrente.

“Assim, ao nível dos combustíveis, a autarquia está a efetuar uma dis-criminação de custos por viatura e a definir um teto máximo de consumo mensal, tendo por base uma redução efetiva na ordem dos 20 por cento. Em termos absolutos, estão a ser economizados perto de 3400 litros de gasóleo/mês. Ao nível dos trans-portes, foi implementado um novo sistema de reserva, responsabilizando os utilizadores pela eventual má utili-zação das viaturas. Simultaneamente, foi decretada a utilização condicio-nada das vias com portagem. No que se refere às impressões, e só nas escolas do primeiro ciclo, a poupança superou os 1600 euros. Na autarquia, continuam em vigor as restrições de cópia a cores, o que permitirá um encaixe na ordem dos 30 mil euros. Relativamente às comunicações, a redução global alcançada durante o primeiro trimestre de aplicação do Plano de Contenção Financeira

é de 25 por cento, cifra para a qual contribuiu a quebra acentuada nos gastos em comunicações móveis. No capítulo da iluminação pública, está a ser ultimado o programa para a sua redução faseada e a ser reequacionada a duração dos períodos de iluminação noturna. Todo o consumo dos edifí-cios municipais está igualmente a ser monitorizado. No campo das horas extraordinárias, foi já atingida uma diminuição próxima dos 20 por cento no último semestre de 2011. Tendo em conta a variação anual 2010-2011, a diminuição fixa-se nos 7 por cento. Em relação ao fornecimento de serviços externos, a autarquia vila--realense conseguiu uma redução pró-xima dos 35 por cento entre Outubro e Janeiro (tendo em consideração o período homólogo de 2010), o que equivale a uma poupança de cerca de 315 mil euros/mês”, pode ler-se no comunicado.

Além dos mecanismos de con-tenção em vigor, também o Orça-mento Municipal de VRSA para 2012 foi reduzido em 12 por cento face ao ano transato.

Assuntos relativos a água e saneamento passam para a «Loja da Água»

Cartão Social oferece em Alcoutim reduções de 50% aos utentes

O município de VRSA reduziu o Orçamento Municipal 2012 em 12%

«Loja da Água» concentra serviços de água e saneamento

Município vila-realense poupa um milhão em três meses

Cartão Social abrange cada vez mais famílias

Foi aprovada no início de Fevereiro, em reunião de câmara, a atribui-ção do Cartão Social a 140 famí-lias alcoutenejas. Este serviço de apoio social foi criado pela câmara municipal em 2005 e é dirigido às famílias economicamente desfavo-recidas.

O Cartão Social oferece aos seus titulares reduções de 50% no pagamento de taxas e tarifas de serviços prestados pela autarquia de Alcoutim, como por exemplo o abastecimento de água e sanea-mento básico, Este apoio é atribuído

a agregados familiares cujo rendi-mento mensal é igual ou inferior ao valor do Regime Especial de Segurança Social das Atividades Agrícolas (RESSAA – Trabalhado-res Agrícolas).

Para além do Cartão Social, a autarquia de Alcoutim atribui, todos os anos, apoios económicos a famí-lias que se debatem com graves situ-ações de pobreza e exclusão social. O dinheiro destina-se sobretudo à recuperação ou melhoria de habi-tações e ao pagamento de medica-mentos de doenças graves.

Areal da praia de Monte Gordo mais limpo

Habitantes de Pereiro e Giões com mais acesso à saúde

Curso de Nadador Salvador

A autarquia de Vila Real de Santo António retirou a antiga grua do areal da praia dos pes-cadores, em Monte Gordo, liber-tando a zona de uma estrutura obsoleta que ali se encontrava há mais de uma década. Apesar de a maquinaria ter como obje-tivo içar os barcos de pesca, nunca chegou a funcionar nas devidas condições, encontrando--se atualmente em processo de degradação, causando impac-tos ambientais e estéticos. O desmembramento e a remoção do material, de grandes dimen-sões, decorreu em Janeiro e foi desempenhado por uma equipa da câmara municipal.

Graças a um acordo que a câmara municipal de Alcoutim estabeleceu com os serviços de saúde locais as consultas médicas do centro de saúde de Alcoutim estão compatibilizadas com a rede de transportes muni-cipais gratuitos que liga montes e aldeias à vila; mais conhecido por «Vamos à Vila». Em comu-nicado a edilidade explica que “acordo idêntico foi realizado em tempos com o Hospital de Faro, de modo a compatibilizar as consultas externas e a reali-zação de exames auxiliares de diagnóstico com o transporte camarário gratuito bissemanal”.

A formação vai decorrer durante um mês; entre 11 de Abril e 11 de Maio e os interessados deve-rão inscrever-se na secretaria da Capitania do Porto de Vila Real de Santo António até ao dia 5 de Abril. A formação é levada a cabo pela Capitania do Porto de VRSA.

A associação Odiana está a promover os seus 19 percursos pedestres implementados nos concelhos de Alcoutim, Castro Marim e VRSA. A sugestão para Fevereiro é a visita ao território e a realização do percurso «Caminho da Amendoeira». Ao longo do percurso pedestre onde as amendoeiras em flor são rainhas, estando em destaque entre Janeiro e Fevereiro, a associação Odiana lembra que o passeio pedestre é “uma excelente oportunidade para desco-brir os trilhos do território, praticar desporto, estar em contacto com a natureza ou passear tranquilamente”.

O «Caminho da amendoeira» é um percurso pedestre [PR8] de pequena rota, circular, com uma distância aproximada de 11 km. O seu traçado permite visitar as localidades de Cruz de Alta Mora, Soalheira, Caldeirão, Pernadeira, Funchosa de Baixo e de Cima, no concelho de Castro Marim. A realização do percurso entre Janeiro

e Fevereiro permite assistir “ao mag-nífico espetáculo das amendoeiras em flor”, pode ler-se num comunicado da associação que explica que “sendo um circuito fechado, pode ser iniciado em qualquer ponto por onde passa e ser percorrido em ambos os sentidos”.

Recorde-se que o Baixo Guadiana oferece uma rede de 135 quilóme-tros de percursos pedestres, devi-damente traçados e sinalizados, que permite ao visitante conhecer toda a riqueza que a região ofe-rece. São 19 percursos que redes-cobrem o património, a paisagem e as tradições de uma região que mantém valiosos testemunhos da sua história.

A amendoeira expandiu-se em grande número por todo o Algarve durante a ocupação árabe e é muito conhecida pela sua beleza em época de floração. Entre as árvores locais a amendoeira é a primeira a desabrochar em Janeiro/Fevereiro. As suas flores são brancas, porém a variedade amarga produz flores de tom rosado.

Associada à amendoeira surge a mais bela lenda do Algarve, a lenda das amendoeiras em flor que envolve uma princesa nórdica: Casada com o rei da Moirama, não conseguia ser feliz. O rei, preocupado com a melan-colia da sua princesa descobriu que o mal residia na saudade da neve branca do seu país. Assim mandou plantar à volta do castelo, até onde a vista alcançasse, amendoeiras que anos passados floriram. O manto branco que então cobriu os campos devol-veu à princesa a felicidade. E todos os anos, nos meses de Janeiro e Feve-reiro, se repete a magia, fazendo do Algarve uma região verdadeiramente encantada.

Em 2011 o Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela / Câmara Municipal de VRSA dinamizou múltiplos projetos e atividades em torno da investigação, interpretação, usufruto e educação para o património. O balanço é positivo e feito em jeito de relatório do qual deixamos aqui um excerto.

Investigação sobre a presença pré-histó-rica e islâmica em Cacela; apresentação de textos científicos em congressos e no âmbito de redes; atividades regulares de interpretação do património (exposições, edições, conversas, percursos); projetos temáticos e oficinas com a comunidade educativa; qualificação e diversificação da oferta cultural em Cacela Velha (con-versas, cinema, teatro, literatura, poesia) marcaram também o ano 2011 no CIIPC.

O balanço do ano é positivo, de onde é possível destacar projetos como: «Pré--história e Megalitismo em Cacela» com o estudo dos materiais exumados nas escavações arqueológicas no túmulo megalítico de Santa Rita, em colaboração com a Universidade de Huelva. «Passos Contados», o ciclo de passeios pedes-tres, dinamizado pelo CIIPC/CMVRSA, voltou a mobilizar este ano, na sua 5ª edição, muitas dezenas de parti-cipantes, propiciando novas experi-ência de interpretação da paisagem e do património. Continuaram as visi-tas acompanhadas ao património de Cacela Velha. Os visitantes de Cacela

tiveram disponível, ao longo do ano, uma forma diferente e dinâmica de descobrir a sua história, património e herança literária. Walking Poetry são percursos culturais que conjugam a descrição de lugares de interesse histórico em Cacela Velha (também disponível em Vila Real de Santo Antó-nio), com textos literários e poéticos. Para fazerem esta “viagem histórica e literária” em Cacela Velha, os interes-sados dirigem-se ao ponto de entrega WP (na sede da ADRIP e Casa Azul), onde lhes são entregues um mapa e um leitor MP4. Com ambas as ferra-mentas, fazem o percurso que inclui 8 pontos de paragem, ao seu ritmo, usu-fruindo do conhecimento e do prazer transmitido pelos textos históricos e literários escolhidos, disponíveis em três línguas (português, castelhano e inglês). Foi levado a cabo o projecto educativo com a comunidade de Vila Real de Santo António” da autoria de Catarina Oliveira, Miguel Godinho, Patrícia Dores e Ana Catarina Ramos e“Pescadores, mariscadores, agricul-

tores e pastores na Qast’alla islâmica. Seus hábitos alimentares a partir das cerâmicas, arqueofauna e malacofauna do sítio do poço antigo” da autoria de Cristina Garcia, Catarina Oliveira, Miguel Godinho e Patrícia Dores. Continuou entretanto o trabalho de campo (realização de entrevistas e registo fotográfico) e pesquisa docu-mental que estará na base da próxima exposição patente no CIIPC durante 2012, sobre asprofissões antigas em Cacela. Foi editado o livro de Actas do congresso “Itinerários e Reinos. Uma Descoberta do Mundo. O Gharb Al--Andalus na Obra do Geógrafo Al-Idrisi e também o livro “Poemas de Adolfo C. Gago.Foram, ainda realizados diversos mercados e feiras em Cacela, também em colaboração com a ADRIP. Houve lugar para a 3ª Mostra Gastronómica de Cacela “Entre a serra e o mar”.

Decorreu de 21 a 24 Julho, no Cemitério Antigo de Cacela Velha, o 2º ciclo de teatro para a infância com 4 espectáculos. Houve lugar para a – 4ª edição do Ciclo de concertos “Clássica em Cacela.

CIIPC promove investigação, interpretação, usufruto e educação para o património

Utentes contam com o apoio da animadora social do lar e Centro de dia

Amendoeira algarvia destaca-se em percurso pedestre

Santa Casa de promove Feiras SociaisA Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim está a promover, desde o final do ano passado, feiras sociais, com o objetivo de que os utentes que desenvolvem trabalhos de manuali-daes ao longo do ano possam expô--los e vendê-los. Assim, para além de darem a conhecer as suas artes manu-ais, poderão ainda angariar alguma verba que reverterá para as despesas subjacentes a estas produções.

Neuza Domingos, animadora social desta Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), explica que a realização destas feiras “dão ainda maior motivação aos utentes do Lar” que se dedicam a fazer as suas artes.

Os utentes, por sua vez, desdo-bram-se em produzir; desde tapetes, naperons, mantas, malas e aventais. “Escoar mais também permite produ-zir mais o que significa dias com maior atividade para os utentes”, enfantiza Neuza Domingos, que garante que a primeira feira social foi objeto de muita motivação para os utentes do Lar e Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia de Vila Real de Santo António. Os utentes que não produ-zem qualquer objeto foram visitantes

assíduos da primeira feira de solida-riedade.

Ao longo do ano os utentes para além de produzirem os seus objetos prediletos, fazem também ginástica, piqueniques e passeios.

Com 89 anos Florinda Maria ainda tem o prazer de fazer as suas manu-alidades. Por altura do Natal era vê-la na Feira da Solidariedade a fazer o caseadinho para panos de cozinha. Por sua vez, Maria Adelina, com 81 anos, expôs tapetes, flores e bordados vários.

Ambas as utentes lembram que fazer estas manualidades “ajuda a passar o tempo” e estão dispostas a participar nas várias feiras da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim. “É uma oportunidade de verem que os velhotes ainda são capazes de fazer algumas coisas”, remata risonha Maria Adelina.

Num ano em que na Europa se comemora o Envelhecimento ativo e a solidariedade entre as gerações Neuza Domingos confessa que moti-var os utentes “por vezes é uma tarefa difícil”, salientando que “depois de ultrapassada essa barreira tudo se torna mais fácil e animado”.

Lenda da Amendoeira

Até final de Fevereiro a amendoeira é rainha no território serrano

Plano de contenção financeiraCastro Marim

Janeiro e Fevereiro

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LOCAL

Sindicato acusa administração dos «Navegadores» de ilegalidades

A comunidade em Vila Real de Santo António esteve em suspenso durante o mês de Janeiro quando tudo apontava para mais 25 pes-soas sem trabalho num concelho que atinge máximos do desemprego. Face às dificuldades no setor do turismo a administração do Hotel «Navegadores» na localidade turís-tica de Monte Gordo terá tentado despedir os seus trabalhadores sem que fossem salvaguardados os seus direitos. Henrique Almeida, do Sindicato de Hotelaria do Algarve, foi um dos dirigentes que pegou neste processo após denúncia de trabalhadores que se encontravam sob pressão da administração do Hotel. Segundo o sindicalista, “pretendia-se levar a cabo um despedimento coletivo que em nada abonava a favor dos trabalhadores, muitos com quase 30 anos de casa. “A administração queria seguir o caminho da ilegali-dade e os empregados, com medo,

Durante a sessão solene das festas de Alcoutim foi apresentado o grupo «Pró Futuro de Alcoutim». Estáva-mos em Setembro de 2011. Mais recentemente, a 21 de Janeiro, o grupo juntou-se, com mais amigos e num almoço de trabalho aprovou e assinou o Manifesto fundador onde são definidos os objetivos para levar a cabo a ação de ajudar Alcoutim a ultrapassar bloqueios e constran-gimentos a que este concelho tem estado votado há muitas décadas.

Recorde-se que o Censo Populacio-nal de 2011 revelou que o concelho de Alcoutim perdeu um quarto da população nos últimos dez anos. “Há razões para recear que esta sangria continue. Os fenómenos do envelhecimento e da desertificação que a provocaram podem mesmo ser agravados pela presente política de contenção orçamental e outras medidas de austeridade em curso. Até onde?”, questiona desde logo o manifesto.

Os amigos de Alcoutim lembram

estavam quase a ceder, até à inter-venção do nosso sindicato”, contou.

Uma reunião entre administra-ção, comissão de trabalhadores e sindicato terá permitido repor a normalidade nesta unidade hote-leira que está, à semelhança de muitas, “numa situação muito

que “nos anos que se seguiram ao 25 de Abril, por ação autárquica e inter-venção da administração central, foram operadas melhorias signifi-cativas nos domínios do saneamento básico, da eletrificação, da saúde e das acessibilidades, que garantem aos residentes e visitantes os requi-sitos essenciais da vida moderna”. Referem ainda que “a restauração e a hotelaria, embora de forma irregular, também têm melhorado e diversifi-cado o serviço que prestam”.

Contudo, apontam o facto de estas melhorias não terem sido “acompa-nhadas por projetos de desenvolvi-mento económico local capazes de criar postos de trabalho, garantir emprego, fixar e atrair população”, lamentando que “as poucas inicia-tivas, de investimento privado que apareceram, nos últimos anos, nome-adamente nas áreas do turismo e das energias alternativas, têm deparado com tantos obstáculos e exigências burocráticas da parte de organismos centrais, em especial dos ligados ao

frágil face às quebras consecutivas de ocupação no Algarve”, admite Henrique Almeida que denuncia que “são várias as situações do género no Algarve, o que, infelizmente, mostra que muitas vezes a opção do patronato é tentar destronar os trabalhadores dos seus direitos”.

ambiente e ao ordenamento, que os investidores acabam por desistir”.

O Manifesto não ignora “a ponte Alcoutim-Sanlúcar do Guadiana que podia contribuir para atenuar a situ-ação extremamente periférica e de «fim da linha» em que o concelho se encontra”, mas que “apesar de ter sido objeto de um estudo prévio e da inscrição de dotações de fundos comunitários, acabou por ser retirada das agendas oficiais de Portugal e Espanha, por razões economicistas, ao que se diz, mas verdadeiramente

por falta de vontade política”, lamen-tam.

Os amigos de Alcoutim admitem, por isso, que “neste quadro de cons-trangimentos, bloqueios e abandonos não admira que muitos, especialmente os mais novos, partam em procura de condições mais favoráveis onde possam ganhar a vida e fazer carreira”.

É neste contexto que surge o Movi-mento «Pró Futuro de Alcoutim» que se propõe “trabalhar para a promoção de Alcoutim em todas as áreas onde possam exercer influência”.

Postos de trabalho assegurados

Os 25 trabalhadores do Hotel «Navegadores» mantêm os seus con-tratos de trabalho, tendo sido salva-guardados os postos de trabalho, de acordo com o sindicato. Por sua vez, a unidade hoteleira reabre.

Até meados de 2012 os 25 traba-lhadores do Hotel Navegadores, em Monte Gordo, concelho de Vila Real de Santo António, deverão receber os ordenados que ficaram em atraso, entre Outubro e Dezembro de 2011. De referir que o hotel dos Navegado-res, em Monte Gordo, tem apenas laborado na época alta do turismo. O ano passado abriu pela passagem do ano, situação que não se verificou este ano.

Na época baixa, a maior percenta-gem dos salários era garantida pela Segurança Social (70%), ao abrigo da figura jurídica do lay-off (paralisa-ção da empresa); durante esse tempo era administrada aos trabalhadores formação profissional.

Depois de um processo que terá estado na iminência de se transformar num despedimento coletivo no Hotel Navegadores, em Monte Gordo, a intervenção do sindicato da Hotelaria do Algarve permitiu um volte-face no processo e os direitos dos 25 trabalhadores estão agora assegurados.

O Movimento «Pró Futuro de Alcoutim» aprovou e assinou o Manifesto fundador onde se especificam os objetivos e ações que o grupo toma por orientação. Um grupo constituído por nomes como Mário Zambujal, Teresa Rita-Lopes, Carlos Brito, Gaspar Santos, e muitos outros, que num quadro de bloqueios e constrangimentos lutam por um futuro melhor para o nordeste algarvio.

Funcionários do Hotel «Navegadores» vão manter os contratos de trabalho

Banco Alimentar incentiva troca de papel por alimentos

Melhorada estrada de Martinlongo a Santa Justa

Os Bancos Alimentares Contra a Fome lançaram uma nova campa-nha, designada «Papel por Ali-mentos». A iniciativa é de âmbito nacional, com contornos ambientais e de solidariedade, com a qual pretendem incentivar a população a trocar papel usado por alimentos.Esta campanha integra-se num ideal mais vasto de sensibilização para a importância do papel de cada pessoa na sociedade e para a possibilidade de recuperar e reu-tilizar coisas que, aparentemente, parecem não ter valor. Pretende envolver as Instituições que diariamente se abastecem nos Bancos Alimentares e os voluntá-rios que colaboram, mas também todas as pessoas e entidades que se queiram associar, nomeadamente a administração pública e local.A campanha permitirá incentivar o voluntariado, desde logo porque todo o papel recolhido terá que ser depositado pelos doadores nas ins-talações do Banco Alimentar Contra Fome da sua região.Esta ação vai ser desenvolvida em parceria com a «Quima», empresa de recolha e recuperação de des-perdícios, que por cada tonelada de papel recolhido vai entregar o equi-valente a 100 euros em alimentos, indicados pela Federação Portu-guesa dos Bancos Alimentares.A campanha tem também uma ambição de mudança de mentalida-des e atitudes. Para o efeito foram produzidos pela «Copidata» toalhe-tes de refeição, através dos quais se pretende difundir a ideia de que é possível ser solidário se se tiver atenção à possibilidade de doar ou reciclar bens que, à primeira vista, parecem não ter valor (neste caso o papel). E para chegar aos mais jovens, serão colocados toalhetes de refeição, precisamente com esta mensagem, em cantinas de escolas e universidades.

A estrada municipal entre Martinlongo e Santa Justa está a ser pavimentada, depois de termi-nada a construção da conduta que ligou a última povoação à Águas do Algarve.A obra de pavimentação está a ser concluída e custou à autarquia de Alcoutim cerca de 192.000,00 euros. Os trabalhos incluíram também a sinalização vertical e o reperfilamento de valetas e bermas.A juntar a esta obra, as obras já realizadas de saneamento básico, da ETAR e da ligação ao sistema de abastecimento de água da Águas do Algarve vieram aumentar a qualidade de vida na povoação de Santa Justa.

«Mestre Germano» foi um exímio engenheiro prático da Construção Naval. A sua fama correu mundo e foram muitas as embarcações que construiu ao longo de quase 70 anos de trabalho. Esta profissão também conta muito da história e da cultura dos povos de mar do Baixo Guadiana.

José CruzSusana de Sousa

Movimento «Pró Futuro de Alcoutim» aprovou Manifesto

Manifesto pugna por melhorias na vida dos alcoutenejos

D.R.

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José Germano Viegas Gomes nasceu há 85 anos, mais precisamente no dia 28 de Maio de 1926. “Foi o dia em que nasceu o Estado Novo”, assinala, recordando que a mãe lhe contava que “por um lado foi um dia de muitos tiros, mas também de foguetes e de muita música, por outro”.Embora tenha nascido “na rua de São Sebastião, ao lado do quartel da GNR de Castro Marim”, foi viver para a, então, Rua Dr. Oliveira Salazar - hoje rua 25 de Abril - com os avós maternos - José Chato e Cecília Viegas - até acabar a escola. Recorda tempos idos com nomes quase esquecidos, fazendo questão de assinalar as memórias da vila medieval de Castro Marim que o viu nascer.É o «mestre Germano», por ter sido um exímio cons-trutor naval. A sua fama correu mundo e foram muitas as embarcações que construiu para o mundo ao longo de quase 70 anos de trabalho nesta profissão que conta muito da história e da cultura dos povos de mar do Baixo Guadiana, sobretudo de Vila Real de Santo António.Mas José Viegas Germano tem também no seu currículo a glória do futebol nacional, tendo feito parte dos 11 magníficos do Lusitano que figuraram no final da década de 50 na primeira divisão do campeonato nacional de futebol. “Foi uma equipa de sonho”, afirma, lembrando que atualmente só resistem dois desses jogadores: Germano e Caldeira – tendo este último sido um dos famosos «5 violinos» do Sporting Club de Portugal.Contar a história de vida de Mestre Germano é deixarmo--nos levar pela paixão da construção naval; um ofício encarado como arte.Uma vocação que se fez notar bem cedo na vida do jovem José Germano . O percurso no ofício começou aos 11 anos quando, depois de realizar o “exame da quarta classe com distinção”, emigrou para Huelva, na vizinha Espanha. Sendo o mais velho de cinco irmãos seguiu mais cedo para perto dos pais que tinham três estaleiros em Espanha. Foi, precisamente, com o pai que deu os primeiros passos na construção naval. O pai não sabia ler nem escrever e o pequeno Germano para além de ter andando à escola era ótimo a desenho, tendo, por isso, tornado-se o seu braço direito. “Aos 12 anos já fazia os desenhos das embarcações a diversas escalas: 1:10, 1:20…”, conta. Escalas que hoje, aos 85 anos ensina aos seus formandos de «Desenho e Construção Naval» na Universidade dos Tempos Livres

de Vila Real de Santo António [página 15].Para além da construção o trabalho estendia-se pela manutenção de arrastões. A Punta Umbria chegaram a ir fazer um arrastão de 31 metros de comprimento: O «San Henrique». Nos estaleiros da família, em Espa-nha, empregavam “bons carpinteiros navais de Castro Marim”, recorda. Havia também trabalhadores de Tavira. A «equipa Germano» prestou também “assistência, dentro de água, à Caravela de Cristóvão Colombo”, conta orgu-lhoso o mestre, que lembra que na altura havia muito trabalho na Construção Naval e eram muitos os portu-gueses a dedicar-se a este ofício. Do lado espanhol do Guadiana aprendeu muitas coisas que o marcaram para a vida. “O bom e o mau; ora está-se mesmo a ver naquela idade que se aprendia de tudo…”, diz. Tornou-se um jovem ocupado com a construção naval, e foi em terras andaluzas que iniciou o seu percurso no futebol; jogando nos campeonatos regionais de Espanha.

Regresso a Portugal

Aos 20 anos regressou a Portugal onde construiu a sua primeira traineira «Maria Rosa» para a indústria conser-veira Parodi, de Vila Real de Santo António. Estávamos no ano de 1947 e nessa altura o pai já tinha instalado um estaleiro na avenida da República “onde hoje é a marina”, precisa.Simultaneamente integrou a equipa gloriosa do Lusitano Futebol Clube de Vila Real de Santo António, na posição de extremo-esquerdo. “Aquela que nos três anos que lá estive militou na 1.ª divisão do campeonato nacional” [ver foto na pág. 15]. E apesar do sucesso a jogar à bola já na altura a construção naval revelava-se a maior paixão deste homem.Passados três anos de estar em Vila Real de Santo Antó-nio parte para Lisboa.Conta amargurado que tinha um pai muito duro com a família e que a certa altura, mais precisamente quando tinha 23 anos, teve um grande desentendimento com o pai e decidiu afastar-se da casa e da família, seguindo rumo à construção naval em Lisboa. “Há quem tenha julgado na altura que fui atrás do futebol, porque acabei por ingressar na equipa do Atlético Clube de Portugal, mas a verdade é que os desentendimentos com o meu pai eram muitos e eu não aguentava mais”. Assim, certo dia, o jovem de 23 anos seguiu “à borla de um camião”. Tinha um convite para trabalhar em

Peniche, terra de mar e de muita construção naval, e esse era o destino. Era altura para o jovem rapaz viver novas experiências. O, então, jovem Germano estava a lutar por uma vida melhor; perseguia o sonho de evoluir na sua profissão e sem as pressões de um pai que à moda de outros tempos era severo em demasia. Mas antes de ir para Peniche decidiu ir visitar uns amigos que estavam em Pedrouços, junto à Torre de Belém. Ali encontrou o «Mestre Zé» que não o deixou seguir mais caminho. Amigo do pai, insistiu para que ficasse a trabalhar com ele numa equipa vasta que estava a construir traineiras de madeira para enviar para Angola. Ficou. O futebol mais uma vez atravessa-se na sua vida sem que o tenha procurado. “É que o mestre Zé era um grande adepto do Atlético e para além de me fazer sócio, e sabendo que eu tinha jogado no Lusitano, insistiu para que me inscrevesse para jogar”. O jovem Germano fez a vontade ao patrão e amigo da família. À escolha tinha as categorias de profissional ou semi-profissional. Escolheu a segunda. “Ganhava-se bem e dava tempo para me dedicar à minha construção naval”, diz com um brilho nos olhos.No entanto, passados seis meses, e depois de sua mãe implorar muito para que voltasse para casa, não resistiu às saudades e à responsabilidade de ser o filho mais velho e voltou a Vila Real de Santo António. De volta a casa regressou ao trabalho na empresa da família «José do Nascimento Gomes&Filhos». O trabalho não faltava, e para além de crescer na constru-ção naval o jovem Germano queria casar com a rapariga que namorou ao longo de sete anos. Concretizou o seu sonho “de casar à séria” aos 27 anos. “Na altura selar matrimónio era muito difícil porque todo o dinheiro que ganhávamos era para dar em casa e foi preciso trabalhar muito para conseguir dar esse passo”. O seu casamento era, de resto, uma das razões porque se incompatibilizava com o pai “porque ele não queria que eu casasse com aquela rapariga que veio a ser a minha mulher”, mas o amor falou mais alto.

França, terra de oportunidades

Passados 10 anos decidiu dar o grande passo de emigrar para França. “Queria ir aprender as novas técnicas e tecnologias que ali iam surgindo”, conta. Partiu sozinho, deixando em Portugal a mulher e os dois filhos.Os primeiros tempos foram muito difíceis porque teve de viver em condições desumanas e não conseguia

ganhar o suficiente para enviar dinheiro para a família que em Portugal não podia contar com o apoio dos pais de Germano. Arranjou o primeiro trabalho nos arredores de Paris. Ali sabia que teria oportunidade de contactar com tec-nologia de ponta, tal como ambicionava. Mas antes de começar os franceses quiseram conhecer “os conheci-mento do português”, como nos conta. Fez, assim, um exame teórico-prático oral, onde contou com a juda de colegas portugueses que traduziam as suas respostas que o fizeram granjear boa classificação. Ao longo dos primeiros quatro meses o trabalho era muito e José Germano ganhava apenas metade em relação aos franceses. Porém, não tardou muito para o construtor naval português mostrar em terras de Napoleão a sua vocação para a construção naval.Os engenheiros navais elogiavam-lhe o trabalho e admiravam os seus conhecimentos práticos. “Um dia recebo lá um convite que me chegou de Setúbal para ser responsável por um estaleiro. Quando o patrão viu tal convite duplicou-me o ordenado e fez-me um bom contrato para que ficasse a trabalhar com ele”, conta, lembrando a altura em que a sua vida começara a mudar em terras francesas.Ao fim do primeiro ano de estar em França conseguiu acolher a família que estava em Portugal e juntos come-çaram uma vida nova. Foi a exímia vocação que fez com que o «Mestre Germano» ficasse em França ao longo de 14 anos. Ao longo desse tempo teve cinco patrões, tendo-se reve-lado anos muito importantes para crescer profissional-mente. Na construção naval em França passou a trabalhar com inovadoras tecnologias como a madeira laminada, a fibra de vidro, o fibrocimento, entre outras técnicas.

Exportar a inovação para Portugal

O coração bem português do mestre Germano deu-lhe sempre a ambição de regressar ao seu país natal e cá implementar as novas tecnologias com que tinha contac-tado ao longo de década e meia nos estaleiros franceses. Por isso regressa a Portugal em 1976. Começou por tentar implementar inovações na empresa da família, mas os irmãos “não estavam para aí virados”, conta.Parte, então, para a terra pesqueira de Quarteira com convite para trabalhar. Ali construiu a pri-meira traineira de fibra de vidro em Portugal - a «Proa de Mar» com 14 metros de comprimento. «Mestre Germano» torna-se, assim, o «pai» da fibra de vidro em Portugal. Fixou-se nuns estaleiros em Quar-teira durante cinco anos e desde então nunca mais parou de inovar na construção naval portuguesa. Mais tarde recebe um convite do empresário Pepe Combreira que queria apostar nas novas tecnologias da construção naval. Mestre Germano aceita o convite do empresá-rio vila-realense para regressar a Vila Real de Santo António e juntos viajaram pela Península Ibérica com o objetivo de construírem o melhor estaleiro da penín-sula ibérica.Por essa altura já o estaleiro da família se tinha extinguido. Nos famosos estaleiros de Pepe Combreira, a Conafi, em Vila Real de Santo António, mestre Germano construiu os primeiros atuneiros em fibra de vidro em Portugal. A inovação chegava, assim, a terras da raia.A sua paixão/profissão fê-lo viajar muito em trabalho. Entretanto esteve em Lisboa, Marrocos e Tunísia. Foi, de resto, para a Tunísia que ousou seguir aos 69 anos para dar formação. “Recebi um convite do Almirante Ribeiro da Silva, da Lisnave, Lisboa, e não olhei para trás antes de seguir a minha grande paixão”, conta-nos. Ali ficou três meses onde viveu sob uma ditadura militar. O último estaleiro onde trabalhou foi o da Nautiber, em VRSA, há cerca de 12 anos atrás.

Aulas na UTL depois dos 80 anos

Ao longo dos últimos seis anos, ou seja, após celebrar 80 anos, decidiu dedicar-se a ensinar na Universidade dos Tempos Livres (UTL) de Vila Real de Santo António, «Desenho e Construção Naval». Ensina o Plano Geomé-trico e a construção, respeitando rigorosamente a escala. A construção de uma réplica pode levar até um ano a fazer, contam-nos os formandos desta turma que olham para o José Germano como o grande mestre. O respeito, a dedicação e o saber são muito elogiados pelos alunos que lamentam que esta oficina não seja mais apoiada, considerando que é a cultura de VRSA que está em causa. As aulas acontecem agora na UTL, mas começaram na escola secundária. As terças e quintas-feiras entre as 20h30 e as 10h30. Já se tornaram para além de forman-dos amigos. Confraternizam entre si, vão até à casa de mestre Germano para poder aprender um bocadinho mais extra aulas. E, sobretudo, consideram que a idade em nada impede os ensinamentos deste Mestre para quem os anos não apagam o saber da construção naval.O mestre Germano é o primeiro a lamentar que em Vila Real de Santo António se tenha perdido a tradição da construção naval. Em sua casa tem um autêntico museu onde podemos admirar inúmeras réplicas, que representam as embarcações que construiu ao longo da vida e que mais o marcaram. Falar sobre um cidadão com tanta história não é tarefa fácil, mas acreditamos que mais difícil para a maioria de nós é seguirmos-lhe o ritmo! Aos 85 anos pratica 30 minutos de ginástica diária; toma as suas refeições religiosamente, cumprindo os melhores hábitos. Aos fins-de-semana dá passeios na praia onde aproveita para conviver com muitos vizinhos do outro lado da fronteira porque não quer perder o sotaque da língua espanhola que o acolheu no início de uma carreira de sonhos.

Susana de Sousa

«Mestre Germano» eterniza a construção naval de Vila Real de Santo António

1 - Algumas das criações do «Mestre Germano» expostas no C.C. António Aleixo2 - «Mestre Gemano» com formandos3,4,5,6 e 7 - Alunos que formam a turma da UTL8 - Equipa do Lusitano que ascendeu à 1ª Divisão Nacional em 1947. Da esquerda para a direita, em cima: David, Branquinho, Mortagua, Madeira, Caldeira e Izaurinho. Em baixo: Almeida, Vasques, Angelino, Calvinho e Germano.1

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DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

iniciativas que a autarquia tem tomado para colmatar as difi-culdades dos munícipes, como o transporte de autocarro, duas vezes por semana, de doentes de Alcoutim para o Hospital, para consultas externas e realização de exames auxiliares de diagnóstico, e visitas aos familiares internados e as consultas de especialidade, que já existem em Alcoutim de um modo gratuito, dada a disponibi-lidades voluntária de especialistas do Hospital de Faro. O autarca também referiu que recente-mente, o município financiou duas operações às cataratas de doentes praticamente invisuais, e que se prepara para contratar um médico de Alcoutim para a Unidade Móvel de Saúde.

A importância do apoio domiciliário

Francisco Amaral referiu que a solução, a curto prazo, para muitos problemas de saturação dos hospitais, passa pelo bom apoio domiciliário dos cuidados continuados, que já acontece, e de um modo satisfatório, em

Alcoutim.

Promessa cooperação com municípios

Da parte do Conselho de Adminis-tração do Hospital de Faro houve um compromisso em trabalhar na resolução dos problemas e de esta articulação com os municípios ser frequente, já que são eles os legí-timos representantes das popula-ções e dos seus anseios.O encontro terminou com a visita ao Centro de Saúde de Alcoutim.

O novo Conselho de Administração do Hospital de Faro, presidido por Pedro Nunes, ex-bastonário da Ordem dos Médicos, reuniu em Alcoutim, com o Presidente da Câmara Muni-cipal, Francisco Amaral. Ao que tudo indica a nova administração deste hospital “quer trabalhar em articulação, para resolver os graves problemas que afetam o Hospital de Faro”, afirma Francisco Amaral, que se mostra satisfeito com a posição de Pedro Nunes. Na reunião, Francisco Amaral, que também é médico voluntário no Hospital de Faro, referiu as falhas e insuficiências que, na sua opinião, “enfermam o Hospital, tais como a demora para se conseguirem con-sultas externas de especialidade, o tempo de espera para intervenções cirúrgicas (por exemplo, às cataratas), os internamentos em macas e camas nos corredores dos serviços, entre outras”. O autarca salientou também “aspetos positivos de alguns serviços, que funcionam exemplarmente”.

Autarquia colmata lacunas da saúde

Destacou também as múltiplas

Nova administração do Hospital de Faro ouviu Francisco Amaral

Nova administração hospitalar garante cooperação com municípios

Derrame de luz da Ibéria

As imagens falam, denunciam e mostram de uma vez só aquilo que andamos a dizer desde a fundação do Jornal do Baixo Guadiana. Esta é uma imagem da Península Ibérica à noite, tirada de uma nave espacial da NASA e colocada à disposição do público por aquela agência dos Esta-dos Unidos da América.

Os maiores polos de luz são Lisboa, Sevilha e Madrid. Vagamente, ao

longe, Barcelona e as Baleares.Atente-se na mancha luminosa

que vai desde Sagres a Sevilha e se estende pelo litoral de Espanha. Como se verifica, o interior algarvio tem apenas alguns pontos de luz, — pequenos troços de estrada junto das povoações e as próprias,— numa demonstração clara da concentração das populações, a tender, cada vez mais, para a ocupação do litoral, num desequilíbrio que se acentua sob o nosso modelo de desenvolvimento económico e social.

A mancha luminosa, que vai desde Sagres a Sevilha e se estende pelo litoral de Espanha, é a demonstração da concentração das populações. O Interior algarvio revela poucos pontos de luz.

O novo presidente do conselho de Administração do Hospital de Faro é Pedro Nunes, ex-bastonário da Ordem dos Médicos. Foi a Alcoutim falar com o médico e autarca Francisco Amaral de quem ouviu “críticas construtivas”.

Mais a nordeste, o município de Alcoutim candidatou a praia flu-vial do Pego Fundo, situada na vila alcouteneja, ao concurso «7 Maravilhas – Praias de Portugal».

A praia do Pego Fundo insere-se na categoria «Praias de Rios», onde se incluem todas as praias interiores. Situada na ribeira de Cadavais, já próximo da foz com o rio Guadiana,

a praia localiza-se junto à zona de expansão urbana e próxima das unidades hoteleiras existentes, sendo frequentada principalmente por residentes e turistas nacionais e espanhóis.

A zona envolvente à praia está equipada com um vasto leque de infraestruturas e serviços.Para além do apoio de praia, com bar, sanitário, duches, parqueamento automóvel e acessos adaptados para deficientes, a praia dispõe de um parque de merendas, com cobertura e mesas de madeira, um parque geriátrico, campo de voleibol e uma área para atividades lúdicas e desportivas.

Castro Marim candidata Altura, Praia Verde e Retur

Por sua vez, o concelho de Castro Marim defende que “a beleza natu-ral, o estado de conservação dos

Baixo Guadiana candidata praias às «7 Maravilhas – Praias de Portugal»

São oito as praias do território candidatas ao título de «maravilha»

As praias do Baixo Guadiana vão estar a concurso na candidatura «7 Maravilhas – Praias de Portugal». Os municípios estão agora expectantes quanto ao decorrer da iniciativa.

sistemas naturais e a qualidade da água e do areal são características que distinguem, exemplarmente, a excelência e o enquadramento natural das praias que, desde há muito, conquistaram a preferência de milhares de turistas nacionais e estrangeiros, justificando por isso a sua candidatura às «7 Maravilhas – Praias de Portugal». A Praia de Alagoa/Altura é candidata à distin-ção na categoria «Praia Urbana» e as praias Verde e Cabeço/Retur na categoria de «Praia Dunar». As praias do concelho, de há vários anos a esta parte, são praias com “qualidade de ouro”, de acordo com a classificação da Quercus.

VRSA candidatou quatro praias

A câmara municipal de Vila Real de Santo António candidatou quatro praias à iniciativa “7 Maravilhas – Praias de Portugal”.

Cacela/Fábrica, Manta Rota, Monte Gordo e Praia de Santo António foram as quatro praias sub-metidas a candidatura, pela autar-quia em três diferentes categorias – Praias Selvagens, Praias Urbanas

e Praias de Dunas, respetivamente.As «Maravilhas das Praias de

Portugal» pretendem promover a qualidade ambiental nacional, nomeadamente dos seus recursos hídricos e a beleza das suas costas, rios e albufeiras, como fator decisivo na escolha de Portugal enquanto destino turístico.

Para o concurso candidataram-se mais de 300 praias nacionais, mas as sete vencedoras só serão conhecidas a 8 de Setembro.As candidaturas serão analisadas pela Secretaria de Estado do Ambiente e do Ordena-mento do Território, Marinha Por-tuguesa, Associação Bandeira Azul da Europa e Quercus, entre outras.

As praias candidatas a «7 Mara-vilhas» são organizadas em sete categorias e as sete vencedoras serão apuradas pelo maior número de votos, (uma por categoria), não podendo ser eleitas mais do que duas maravilhas por região.

O processo de seleção consta de várias fases, sendo a próxima a sele-ção das 70 praias pré-finalistas. A terceira fase, será a seleção das 21 praias finalistas a concurso e que será tornada pública a 7 de Maio, marcando o arranque do período de votação pública (de 7 de Maio a 7 de Setembro).

O anúncio público dos vencedores decorrerá a 8 de setembro, numa cerimónia transmitida em direto pela RTP1.

tas afirmou que “para o PS estas instituições têm prestado um ser-viço inestimável” e por isso querem saber “se estão a ser apoiadas de acordo com as suas necessidades”. Miguel Freitas, que iniciou estas visi-tas às IPSS’s em Aljezur, no outro extremo do Algarve, lamenta que os protocolos feitos pelo Estado “não correspondam às necessida-des das instituições”, afirmando que “embora concordando com a flexibi-lização de um conjunto de regras”, considera “duvidoso o sentido com essa flexibilização é feita”. O depu-tado acusa o Estado de flexibilizar as regras, “mas não aumenta os protocolos o que significa que as instituições têm mais gente, mas a custo das próprias”, condena.

O deputado socialista eleito pelo círculo do Algarve, Miguel Freitas, esteve no passado dia 30 de Janeiro em visita de trabalho ao concelho de Castro Marim. Uma visita a Institui-ções Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Da parte da manhã dedicou-se a conhecer a Unidade de Cuidados Continuados da Asso-ciação Bem –Estar Social Azinhal e o Infantário ANAS, da mesma localidade. Já da parte da tarde a visita aconteceu à Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim e à Junta de Freguesia de Altura.

Em declarações ao JBG o depu-tado disse que está “preocupado em saber como é que o Governo continua a encarar as instituições de solidariedade social”. Miguel Frei-

Numa mesa redonda, moderada por Manuel Carvalho, jornalista do jornal Público, só o deputado do CDS-PP, Artur Rego, defendeu que em Portu-gal já existe uma estrutura intermédia, o distrito, e o que deveria ser revisto seria o seu papel e a atribuição de competências a esta entidade para fazer a gestão do território em con-junto com os municípios. O mesmo deputado considerou que o que se está a discutir é “apenas um primeiro passo na proposta de reforma, não é um documento acabado”. Já a deputada Cecília Honório, do BE, referiu-se ao que designou de “forma encapotada” que está em marcha para travar o processo da criação de uma estrutura intermédia da administração central, mostrando-se preocupada com o facto de esta proposta poder ser uma forma de “liquidar” o debate profundo em torno da regionalização. Mendes Bota, deputado do PSD, também afirmou que a regionalização é o grande ausente desta proposta e criticou a hipótese de serem atribuí-das mais competências às comunida-des intermunicipais porque não têm legitimidade democrática regional e os seus representantes foram eleitos localmente e não com um programa regional. O deputado considera ainda que “esta reforma não deve ser feita para os autarcas nem a pensar neles, mas sim para servir a população”. O deputado do PCP, Paulo Sá, criti-cou o Documento Verde da Reforma da Administração Local apresentado pelo Governo, considerando que não assenta em objetivos, nem fundamenta o porquê das alterações apresentadas. Paulo Sá referiu ainda que a fusão ou a extinção de freguesias terá pouco impacto orçamental (0,1% do Orça-mento de Estado) e não resolverá qualquer problema. “Esta proposta serve para abandonar o debate urgente sobre a regionalização, que é adiada

há 35 anos”. Miguel Freitas, do PS, criticou o “poder desmesurado” que o Documento confere aos presidentes de câmara e o “intermunicipalismo” que, na sua opinião, é um equívoco e um fiasco, porque não resolve a escala intermédia que o País precisa. O deputado criticou ainda a intenção de serem criadas duas grandes áreas metropolitanas à volta de Lisboa e Porto sem se avançar ao mesmo tempo com a regionalização no resto do país, o que irá acentuar as assimetrias. As alterações à Lei Eleitoral, que pre-tendem criar executivos municipais homogéneos, com apenas uma lista para a câmara e assembleia munici-pais, também estiveram em foco neste debate, merecendo a contestação dos representantes do PSD, do PCP e do BE. Já Miguel Freitas defende que “quem ganha as eleições deve gerir o executivo” e a “oposição deve ficar na assembleia municipal”. No final, o reitor João Guerreiro agra-deceu a presença de todos e sublinhou

que o debate em curso deveria servir para encontrar uma solução de estru-tura administrativa que respondesse satisfatoriamente às novas dinâmicas sociais e económicas, protagonizadas pelas famílias e pelas empresas, ten-tando, desta forma, libertar as comu-nidades do peso excessivo que as diversas estruturas da administração pública têm assumido. Além do reitor da UAlg e do presi-dente da AMAL, Macário Correia, o evento contou ainda com as presenças de António Rosa Mendes (UAlg), que falou sobre “Os Antecedentes Histó-ricos”, de Ana Paula Barreira (UAlg), que abordou “O Financiamento Local”, e de João Faria (Comissão Europeia), que se centrou na “Organização Ter-ritorial na Europa - competências, dimensão e governança”. Sobre as “Conferências com Futuro” De realçar que esta conferência sobre “A Reforma da Organização Territorial” é a primeira do ciclo “Conferências com Futuro”, que pretende lançar e generalizar um debate ao nível do Algarve sobre temas de interesse regional. Terá uma periodicidade que se estima mensal, e será organi-zado pela Universidade do Algarve em parceria com outras instituições, regionais e nacionais. Os assuntos a abordar incidirão sobre problemáticas que afetam o desenvolvimento regio-nal, estando desde já previstos temas relacionados com a competitividade regional, a rede regional de mobili-dade, as infraestruturas relacionadas com a logística, etc. Estas Conferências traduzem uma linha de abertura da Universidade à região e pretendem mobilizar os decisores regionais, os empresários, os líderes de opinião e o público em geral para a construção de uma intervenção cívica comprometida.

Deputados contra a extinção de freguesias e a favor da regionalização

Debate sobre a reforma da adminis-tração reuniu deputados algarvios

Contratos de trabalho são alvo de indignação pelos trabalhadores

Concertação Social marcou mês de Janeiro

Alteração no comboio Alfa Pendular Faro - Porto

No passado dia 18 de Janeiro foi assi-nado o acordo de concertação social que o primeiro-ministro considera “mais ambicioso, inovador e audaz” do que o memorando de entendimento assinado com a troika”. As empresas vão pagar menos pelos despedimentos. Por outro lado, o acordo tem subjacente um alargamento dos casos de rescisão de contrato amigável com direito a subsídio de desemprego, desde que o despedido seja substituído por outro trabalhador a tempo inteiro.

A redução dos dias de férias apenas se vai aplicar à majoração prevista na lei, que depende de factores como a assiduidade. Isto quer dizer que os con-tratos que prevejam mais de 22 dias de férias de forma definitiva - ou seja, que não representam um bónus por qualquer desempenho ou comporta-

mento ao longo do ano, vão continuar a garantir esses mesmos días. Actual-mente, o período mínimo é de 22 dias, ao qual pode acrescer um, dois ou três dias, consoante a assiduidade. É preci-samente esta possibilidade de três dias extra que o Governo vai eliminar. Mas esta redução só se aplica aos trabalha-dores que tenham direito a majorações na licença anual.O Governo sempre falou em eliminar quatro feriados mas a versão final diz que estão em causa “três a quatro” feriados. Ainda assim, os parceiros sociais estão convictos de que serão mesmo eliminados quatro, ainda que a UGT se oponha ao fim do 5 de Outubro, um dos dias que já tinha sido referenciado.As empresas pode-rão encerrar, total ou parcialmente, os seus serviços nos dias de ‘ponte’ e descontar esse dia nas férias dos traba-

lhadores ou, em alternativa, exigir-lhes compensação futura. A falta injustifi-cada a um ou meio período normal de trabalho diário imediatamente ante-rior ou posterior a dia de descanso ou a feriado implica a perda de retribuição relativamente aos dias de descanso ou feriados imediatamente anteriores ou posteriores”, lê-se no documento. Traduzido por outras palavras, quer dizer que se a falta for entre o fim-de--semana e um feriado implica a perda de quatro dias de remuneração mas se o trabalhador faltar só meio dia, perde o dia de salário anterior no caso da falta ser de manhã, ou posterior se for da parte da tarde.O valor de horas extra cairá para metade, face aos valo-res hoje previstos na lei, e aplicar-se-á de igual forma para todos os contratos nos próximos dois anos. Mas quem já tiver hoje direito a uma compensação superior ao da lei (pela contratação colectiva) daqui a dois anos passará a receber metade desse valor mais elevado.

A partir de 1 de fevereiro e por um período experimental de três meses, A CP vai alterar o serviço do comboio Alfa Pendular, com partida de Faro às 07h e destino a Porto Campanhã, pela introdução de paragens nas estações de Santa Clara Saboia, Fun-cheira, Ermidas-Sado e Grândola.

“Esta alteração surge na sequên-cia de solicitações provenientes de algumas autarquias e clientes, relati-vamente à hora chegada a Lisboa do primeiro comboio de serviço Inter-cidades na Linha do Sul”, diz a CP em comunicado.

“Atenta a estas solicitações, a CP decidiu implementar esta altera-ção, que estará em vigor durante um período experimental, durante o qual a empresa vai monitorizar a procura deste comboio nas estações abrangidas e avaliar se a manutenção das referidas paragens se justifica”, explica a empresa.A tendência mostra a ocupação massiva no litoral

Miguel Freitas visitou Castro Marim

O deputado está preocupado com as IPSS’sJosé Cruz

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DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima lançou em Janeiro a campanha «Corta com a Violência: quem não te respeita não te merece». O objetivo desta campanha é sensibilizar, em par-ticular os mais jovens, para algumas formas de violência que têm lugar no contexto escola, designadamente o bullying, a violência sexual e a vio-lência no namoro. A abordagem é preventiva, simples e não se limita a evidenciar factos, é sim promotora de uma atitude: «Quem não me respeita não me merece».Por outro lado, procurou-se chamar a atenção para formas de violência mais

subtis e frequentemente menos valo-rizadas, não apenas pelos jovens, mas também pela comunidade em geral: o gozo, a humilhação e intimidação, os comentários e toques de natureza sexual e as atitudes controladoras nos relacionamentos de namoro. Ainda que usualmente menos graves em termos de impacto físico, sabe-se que a utilização e tolerância a estes comportamentos podem preceder a ocorrência de atos de violência mais graves. A APAV, através da sua rede nacio-nal de Gabinetes de Apoio à Vítima, e da sua rede de voluntariado, tem procurado dar visibilidade à violência exercida contra as crianças e os jovens através da sua ação junto dos alunos no seio da comunidade escolar; o alerta é dado para as diferentes formas de violência e para a importância de denunciar e pedir ajuda. Esta nova campanha de sensibiliza-ção, desenvolvida mecenaticamente pela agência «Cupido», será comu-nicada através de diversos formatos, em diferentes meios: spots televisivos, rádio, imprensa, cartazes e folhetos (distribuição pela comunidade esco-lar) e web/internet.

a autarquia vai-se afundando na falta de cumprimento para com os seus fornecedores habituais”, afirmam em comunicado.

Para os comunistas “este é o resul-tado da gestão despesista do PSD, deslumbrada pelo poder e desade-quada à dimensão do município de Vila Real de Santo António, pela ten-tativa, sem recursos financeiros, de substituir o Estado central nas suas obrigações fundamentais para com os cidadãos, designadamente na saúde, habitação e segurança social”.

No mesmo documento o PCP fala em “desastre financeiro” a que se “soma uma das mais elevadas taxas de desemprego do país, a economia praticamente paralisada, a falta de um rumo e estratégia de desenvolvi-mento e ao fracasso na aplicação de sucessivas medidas que não passam das apresentações em discursos, pai-néis ou apresentações de fotografias”, acrescenta o PCP pombalino.

PSD/VRSA lembra que situação não é exclusiva

Por sua vez a concelhia do Partido Social Democrata (PSD) de Vila Real de Santo António condena a atitude do PCP/ VRSA, dizendo que se trata de uma “análise tendenciosa”, e que esta concelhia “omitiu deliberada-mente a situação dos restantes 15 municípios da região”. Os sociais--democratas dizem, em comunicado que, “na verdade, esta está longe de ser uma situação exclusiva da autar-quia vila-realense, que nem sequer figura como um dos piores casos da região”.

“O PSD considera igualmente para-doxal que o PCP fale da necessidade de saldar dívidas quando, em sede de Assembleia Municipal, votou contra a implementação de um Plano de Equi-líbrio Financeiro para restabelecer as contas da autarquia que, em três meses, efetuou uma poupança supe-rior a um milhão de euros”, continua o PSD liderado por António Cabrita, que diz que “ao contrário do PCP, que se limita às críticas, o executivo liderado por Luís Gomes reage aos desafios e está atento à realidade”.

PCP condena dívida a «Águas do Algarve»

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António recebeu um novo veículo de comando tático (VCOT) para agilizar e auxiliar as operações de socorro e assistência. A aquisição da viatura foi efetuada pela câmara municipal de VRSA, na sequência de uma candidatura apresentada pela Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) ao Programa Ope-racional Regional do Algarve (PO Algarve 21) – Eixo II – Proteção e Qualificação Ambiental, medida Pre-venção e Gestão de Riscos Naturais e Tecnológicos. O veículo foi entregue no início de Janeiro, em Faro, numa cerimónia em que esteve presente o vice-presidente da câmara munici-pal de VRSA, José Carlos Barros; o comandante dos Bombeiros Volun-tários de VRSA, Paulo Simões, assim como o presidente da corporação, José Neto.

Além de VRSA, também as Câma-ras Municipais de Alcoutim, Aljezur, Lagos, Monchique, São Brás de Alpor-

tel e Vila do Bispo entregaram às res-petivas associações humanitárias os veículos em causa.

Ao ceder este novo veículo de comando tático aos bombeiros vila-realenses, a autarquia está empenhada em contribuir para a diminuição das carências de meios técnicos na área da proteção e socorro, as quais se encontram devidamente inventariadas pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro.

Esta é a primeira fase de transfe-rência de equipamento adquirido pelos municípios para os corpos de bombeiros, ao abrigo da candidatura promovida pela AMAL ao PO Algarve 21, que conta com um investimento de 4 milhões de euros, co-financiados em 60 por cento pelo FEDER.

Este projeto faz parte de uma estratégia de âmbito regional que visa dotar os 17 corpos de bombeiros de novos meios técnicos na área da

proteção e socorro.Os veículos agora cedidos integram

assim uma das três componentes de equipamento a ser adquirido pelas autarquias até ao final do primeiro semestre de 2013.

Na globalidade, está prevista a entrega de 30 viaturas (17 de comando tático, 1 de socorro e assis-tência tático, 9 florestais de combate a incêndios e 3 urbanas de combate a incêndios), bem como a cedência de equipamento de proteção indivi-dual e de equipamento para a base de apoio distrital.

Castro Marim entrega veículo a Messines

Uma vez que no município de Castro Marim não existe corpo de bombeiros (o de VRSA é comum a Castro Marim), esta autarquia atri-buiu o seu VCOT aos bombeiros de São Bartolomeu de Messines.

Bombeiros de Vila Real de Santo António recebem novo veículo

Viatura adquirida ao abrigo do PO Algarve 21

VRSA APAV

Depois de serem conhecidos os valo-res das dívidas contraídas pelos muni-cípios à empresa «Águas do Algarve», o PCP enviou um comunicado às redações, lembrando que a dívida de 4,8 milhões de euros do municí-pio de Vila Real de Santo António é “equivalente a metade do que deve Lisboa, a capital do País”. Acrescenta que “deste modo, a visibilidade que Luís Gomes está a dar ao concelho é a de esta dívida figurar entre as 20 maiores de Portugal, com agravante de ser um dos concelhos com menor número de habitantes, entre os mais devedores”.

No mesmo comunicado os comu-nistas dizem que “a dívida de VRSA não se fica por este valor, sendo esti-mada em perto de 100 milhões de euros” e que “a confiança na autar-quia está de tal forma agravada que já nem os bancos se atrevem a empres-tar dinheiro, com receio de não o rece-berem no futuro. A situação é tal que

A Secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, explicou em meados de Janeiro que vai criar cinco novas regiões de turismo (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve) e vão desaparecer 5 enti-dades regionais de turismo (ERT), 6 pólos de desenvolvimento e 5 agências de promoção.

Com a remodelação, o Governo estima poupar este ano cerca de 6 milhões de euros, através da redu-ção de 20% do orçamento do setor, já consagrado no Orçamento de Estado de 2012.

A reorganização profunda do setor do turismo tem como objetivo com-bater a “entropia” e poupar cerca de seis milhões de euros; anunciou a governante, que já havia manifes-tado a intenção de fazer mudanças no setor, conforme o jornal on-line Observatório do Algarve noticiou.

A governante defendeu que o atual modelo é “excessivo”, uma vez que estava repartido em várias entidades regionais, pólos turísticos e agências de promoção, avançou o jornal Público, que entrevistou telefonicamente Cecília Meireles.

Remodelação sem despedimentos

Apesar da reformulação anun-ciada, Cecília Meireles garante que não haverá despedimentos, procedendo-se à realocação dos funcionários, uma vez que a inten-ção é “funcionar melhor”. Quanto ao próximo ano, haverá um novo modelo de financiamento, no qual o Governo pretende manter a partici-pação das empresas ou até aumentá--la. Todas as alterações deverão estar concluídas entre Março e Abril.

«Corta com a violência – Quem não te respeita não te merece»

Acabam as Entidades Regionais de Turismo e renascem as Regiões de Turismo

concelhos de Castro Marim, Faro, Lagos, Loulé, Olhão, Tavira e Vila Real de St.º António”, conta a Federação em comunicado, que explica que “o objetivo é contribuir para a valoriza-ção da imagem do Caçador junto da comunidade infantil, promovendo também a atividade cinegética e o seu real valor na sociedade”.

Caçadores do Algarve beneficiam Crianças carenciadas

Crianças do Baixo Guadiana foram beneficiadas pela iniciativa

Também no Baixo Guadiana

APAV

A iniciativa da Federação de Caçado-res do Algarve dá pelo nome «Natal dos Caçadores para as Crianças». Prolongou-se até ao Dia de Reis com a entrega das últimas prendas a crianças de concelhos de Alcoutim e S. Brás de Alportel. “Em Dezembro foi efetuada a maior parte das entregas de presentes, designadamente nos

Para que esta iniciativa seja exe-quível conta com a contribuição de cada filiado detentor de Zona de Caça a contribuir com um donativo de 25 euros (valor equivalente à comercia-lização de duas peças de caça) “valor que se acumulou numa bolsa de soli-dariedade destinada a adquirir os presentes de Natal que depois foram distribuídos a crianças carenciadas de instituições que as autarquias desig-nam”, esclarece a Federação liderada por Vítor Palmilha.

As entregas de presentes contaram com a participação do Presidente da câmara municipal e da AMAL, Eng. Macário Correia, “entidade em quem a Federação de Caçadores persona-liza um reconhecido agradecimento a todas as autarquias colaborantes”, e acrescenta que “para o sucesso desta iniciativa muito contribuiu a parti-cipação empenhada de diretores da Federação de Caçadores do Algarve, de dirigentes de mais de meia centena de Clubes e Associações e as câmaras municipais a quem competiu selecio-nar as Instituições de Solidariedade Social contempladas”.

A dor é um aspeto incontornável na vida dos portugueses: 3 em cada 10 pessoas (o equivalente a 30% da população nacional) sente diariamente algum tipo de dor. Destes 3 milhões de pessoas que sofrem de dor crónica, 35% considera que “não está a ser bem tratado e que a sua dor não está controlada”, apontando como princi-pais motivos “a falta de eficácia das terapêuticas prescritas” e “défice de atenção ou preparação do seu médico” (dados do estudo «A dor crónica em Portugal», realizado pela Faculdade de Medicina do Porto). Este sentimento de frustração tem levado muitos doen-tes a pesquisar mais informação sobre a sua patologia nos mais de 44 milhões de websites sobre saúde disponíveis em Portugal, sendo que por vezes a informação disponível pode não ser credível e pode mesmo pôr em risco o estado clínico destas pessoas se forem tidos em conta muitos dos tratamentos aconselhados.

Para dar resposta a esta necessi-dade, um grupo de profissionais de saúde criaram o projeto «Conhecer a Dor: Porque a Dor também se explica». A base do projeto é o www.conhece-rador.pt onde a população encontra toda a informação sobre os diferentes tipos de dor existentes, avaliar a inten-sidade, conhecer os sinais de alerta, interiorizar dicas e conselhos práticos sobre como melhorar ou atenuar ou problema, etc.

O evento de lançamento será no próximo dia 10 de Fevereiro, pelas 18:30h, no Pavilhão do Conhecimento, Parque das Nações em Lisboa.

Europeus prontos para o «envelhe-cimento ativo», revela novo inquérito

Para assinalar o Ano Europeu do Enve-lhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações 2012, a Comissão apresentou hoje um novo inquérito Eurobarómetro que revela que 71% dos europeus estão conscientes do envelhecimento da população da Europa, mas apenas 42% estão preocupados com o facto. Esta constatação contrasta com a perceção dos decisores políticos, que consi-deram o envelhecimento demográfico como um desafio crucial.

Fiscalidade: balcão único para a aplicação do IVA além fronteiras

Realizar transações comerciais em mais de um Estado-Membro frequentemente implica lidar com várias administrações fiscais em diferentes línguas. As múltiplas obrigações em matéria de IVA podem ser muito pesadas e onerosas para as empresas. A proposta hoje adotada constitui um primeiro passo para um balcão único para todos os serviços prestados por via eletrónica, o que constituirá uma van-tagem de que poderão beneficiar as empresas a partir de 1 de janeiro de 2015.

Pagamentos através de cartão, Internet ou telemóveis: menos obs-táculos

Comprar um bilhete de comboio virtual ou pagar uma dívida a um amigo com o telemó-vel, comprar artigos de mercearia em linha, fazer pagamentos com o cartão de débito no estrangeiro – a forma como os cidadãos europeus fazem e pagam as suas compras está a mudar radicalmente. Um sistema de pagamentos seguro, transparente e integrado em toda a UE permitiria a utilização de meios de pagamentos mais eficiente, modernos e seguros – para benefício dos consumidores, dos comerciantes e dos prestadores de ser-viços de pagamento. A Comissão pretende, com a consulta relativa ao Livro Verde hoje adotado, que as partes interessadas indiquem quais são, na sua opinião, os principais obs-táculos a uma maior integração do mercado e o modo como poderão ser ultrapassados. O prazo para apresentação das contribuições decorre até 11 de abril de 2012.

Fiscalidade: balcão único para a aplicação do IVA além fronteiras

A Comissão Europeia adotou hoje uma nova estratégia quadrienal (2012-2015) que visa melhorar o bem-estar dos animais na União Europeia, adotada sob a forma de uma Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho e ao Comité Económico e Social Europeu.

«Perto da

Europa»

Centro de Informação Europe Direct do AlgarveComissão de Coordenação e Desenvolvimento

Regional - CCDR Algarve Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

Médicos esclarecem sobre a dor

A Comissão de Utentes da Via do Infante vai realizar já a 3 de Feve-reiro uma marcha lenta e um buzi-não de protesto contra a introdução de portagens na (A22), entre Lagoa e Fontes de Boliqueime. “Dando cumprimento às decisões tomadas na assembleia de utentes da Via do Infante, realizada há uma semana, em Faro, irá ter lugar um buzinão e uma marcha lenta de veículos na Estrada Nacional (EN) 125, com partida de Lagoa (junto à FATA-CIL), pelas 17h horas”, informou a Comissão num comunicado.

Segundo o documento, “a marcha prosseguirá pela EN 125 num per-curso de 30 quilómetros, até à loca-lidade de Fontes de Boliqueime”, num protesto que marcará, segundo a comissão, o “recomeço da luta contra a introdução de portagens e exigindo a sua suspensão imediata”.

Ponte do Guadiana palco de manifestação

A Comissão de Utentes sublinhou ainda que “outras marchas se segui-rão nos meses seguintes, envolvendo

o aeroporto de Faro e a Ponte Inter-nacional do Guadiana, colaborando nesta última os espanhóis de Anda-luzia, a partir de Ayamonte, que também estão a ser prejudicados com as portagens na A22”.

Balanço de portagens

A estrutura faz ainda um balanço de mês e meio de portagens na auto-estrada que liga o Algarve, desde a Ponte Internacional do Guadiana até Lagos, constatando que houve “muitos acidentes na congestionada EN 125 e, infelizmente, com algumas mortes confirmadas”. O tráfego nessa via tem sido um “caos infernal, enquanto a A22 continua deserta”.

A comissão aludiu ainda à situação social do Algarve, lembrando que o número de inscritos nos Centros de Emprego é de 30 mil, mas “o desem-prego real deverá rondar os 50 mil”.

A estrutura fala de “uma terrível catástrofe social”, com “muitas empre-sas encerradas e outras a ameaçar encerrar”, e de um setor do turismo “a viver a sua pior crise, com os vizinhos espanhóis a boicotar o Algarve”.

Comissão de Supressão das Portagens

A Comissão revelou ainda que “a convite de Juan Antonio Millán Jaldón, Secretário-Geral da Fede-ração Nacional de Associações de Transportadores de Espanha (FENADISMER), a Comissão de Utentes da Via do Infante irá participar no I Encontro Trans-fronteiriço Hispano-Luso, no Ayuntamiento de Ayamonte, onde será constituída a Comissão para a Supressão das Portagens na A22 (Comisión para la supresión del peage luso A22)”.

O encontro ainda não tem data marcada e irão ser convidados a participar os presidentes de câmara de Faro, Tavira, Loulé, Aljustrel e Grândola, estando previstas as presenças de diversas associações sociais, empresariais e sindicais da província espanhola de Huelva.

No encontro, além da constitui-ção da comissão, será produzido um Manifesto e aprovadas formas de luta contra as portagens na Via do Infante (A22).

Marcha Lenta e Buzinão a 3 de Fevereiro

Portagens

É já em Fevereiro que são retomadas as ações de manifestação contra as portagens na Via do Infante. A Comissão de Utentes vai participar no I Encontro Transfronteiriço Hispano-Luso, no Ayuntamiento de Ayamonte, onde será constituída a Comissão para a Supressão das Portagens na A22 (Comisión para la supresión del peage luso A22)”.

Pelo quarto ano consecutivo a Federação de Caçadores do Algarve teve oportunidade de oferecer prendas a crianças carenciadas. Foram beneficiados meninos e meninas do Baixo Guadiana.

Na web

Cecília Meireles anuncia cortes

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CULTURA CULTURA

Janeiras regressam a Alta Mora

O interior serrano castromarinense não esqueceu o cantar das janeiras

A galeria da Casa dos Condes teve patente em Janeiro uma exposição que mostra Alcoutim, sendo um autêntico “resgate às memórias da

vila”, dizem os responsáveis.Patente de segunda a sexta

entre as 09h e as 17h30 é uma organização da câmara municipal

de Alcoutim. Na galeria esta exposição foi

introduzida por um poema de Carlos Brito que diz assim:

Alcoutim recupera imagens de Ontem

L I V R O Spor Carlos Brito

Alguns habitantes de Alta Mora, no interior do concelho de Castro Marim foram para a rua cantar as Janeiras. A iniciativa contou com um grupo de oito pessoas para além da professora Ana Paula Baiôa, diretora do Conservatório de Vila Real de Santo António e responsável pela formação de diversos coros etnográficos no Baixo Guadiana.

Os poemas e músicas das tra-dicionais Janeiras fizeram-se ouvir ao longo da tarde e noite do passado dia 5 de Janeiro, pelos montes da freguesia de Odeleite.

Os cantores vestiram-se a rigor para mostrar o ritual desta tra-dição. As imagens falam por si.

Lugar de Regresso

Alcoutim fronteiraentre sonho e razão

terra de iniciaçãomão de parteira

Ilusões encantoamores dissabores

fonte dos valoresnotas deste canto

Lembranças do riobarcos canaviaisos cerros estevaistorrados de estio

O tempo mais duroa contar por mimtu foste Alcoutim

amparo seguro

Não só a saudadeainda a esperança

e o amor avançano cair da idade

Porto de partidacais do arremessolugar de regresso

da rota da vida

Alcoutim, Agosto de 1996In «Saudades de Alcoutim»

Carlos Brito

Não é sem alguma surpresa que se toma contacto com a originalíssima poesia de Cipriano Justo.Neste «Trocar de Mão» ela fluí libérrima escapando ao espar-tilho do verso, da métrica, do assento, da rima. Corre cristalina despojada de adjectivações e outras adipo-sidades numa toada evocativa e profética que lembra Walt Whitman.Como no trecho seguinte: «Esse itinerário continua repleto de lendas, escuta-se ainda o sopro das recorda-ções, ouvem-se vozes a clamar por vingança, murmuram-se lamentos, o sussurro das velas mantém acordada a escolta»Não é fácil ler nas águas desta corrente onde assomam destro-ços, sobrevivências, vestígios e sinais, às vezes brevíssimos, de remotos mitos e lendas, de epopeias históricas e actuais, também simbologias do futuro, a começar no próprio título.Salienta José Manuel Mendes, no Prefácio, que «estes marca-dores encontram-se já na obra precedente, a par de mecâni-cas que incluíam o fascínio pelo jogo, até às cercanias do labirinto, na organização semântica e nas opções micro--estruturais.»Diria que «Trocar de Mão» é o discurso onde vogam as som-bras das nossas crises, todas, as existenciais, de circunstân-cias, de convicções, mas onde também se reflectem as rever-berações solares da esperança.As «praças onde se aguarda a chegada dos mitos que tor-narão desconhecidos para sempre, para sempre, os luga-res mais iníquos.», anuncia o autor na epígrafe do livro.Médico e professor univer-sitário, também conhecido pela sua intervenção política, nomeadamente como diri-gente da Renovação Comu-nista, Cipriano Justo tem já uma volumosa obra poética, que começou a editar muito jovem, sendo «Trocar de Mão» o seu sétimo título. É a matu-ridade, assim construída, que sobressai na belíssima escrita deste livro.

Não deixa de ser curioso o fascínio que, desde sempre, as terras de Marrocos têm representado no imaginário português. A Batalha de Alcácer Quibir, conhecida em Marrocos como Batalha dos Três Reis ou batalha do wâd Mahzane (rio perto do qual se travou a batalha), deixou marcas profundas na mentalidade portuguesa, sendo a lenda de D. Sebastião e o “sebas-tianismo” uma consequente realidade daí resultante. A verdade é que existe um profundo desconhecimento por parte da generalidade dos portugueses em relação à empresa norte africana, cujos contornos começaram a ser lenta e paulatinamente desenhados pela dinastia de Avis. Qual a razão desta falta de conhecimento? Com efeito, parece que a historiografia nacional sempre olhou com certa desconfiança ou mesmo com alguma displicência, a guerra portuguesa no Algarve de Dalém Mar. A verdade é que a guerra em Marrocos não foi menos nobre que as outras guerras travadas pelos portugueses nos outros cenários bélicos espalhados um pouco por todo o mundo. Muito pelo contrário! Assim sendo, a que se deve a falta de importância concedida à presença militar portuguesa em Marrocos? A questão parece ter sido, desde sempre, analisada erroneamente pela historiografia nacional, pois ao invés de encararmos a presença portuguesa em Marrocos como uma colonização mal suce-dida, devemos antes ser encará-la como o que efectivamente foi, pelos menos a partir do desastre de Mamora de 1515, ou seja: uma autêntica “escola prática de guerra” destinada a formar os fronteiros e demais efectivos militares num cenário bélico san-grento e hostil, para posteriormente serem enviados para outras possessões portugue-sas, nomeadamente na África oriental e na Índia. Se analisarmos atentamente as carreiras militares dos capitães que ser-viram em Ceuta, Alcácer Ceguer, Tânger, Arzila, Azamor, Mazagão, Safim e Santa Cruz do Cabo Guê, rapidamente nos aper-cebemos que estes militares eram frequen-temente nomeados para os governos de regiões e possessões economicamente mais importantes, nomeadamente no Brasil ou outros lugares de relevância pertencentes a Portugal, depois de servirem nas praças portuguesas do Norte de África. Ora, não podemos partir do inverosímil pressuposto que a política marroquina dos inícios do séc. XV fosse igual à política marroquina de meados do séc. XVI ou à de finais do séc. XVIII! A guerra portuguesa no Algarve Dalém Mar sempre atendeu e adaptou-se aos interesses dos mais variados monarcas portugueses, não devendo ser esquecida, mas antes valorizada por ter servido de “escola prática de guerra” aos sucessos militares portugueses verificados no mundo da Idade Moderna.

Fernando Pessanha

O Algarve Esquecido: O Algarve Dalém Mar

Formador «História Local»/CEPHA

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O antigo número do Jornal do Baixo Guadiana, de Janeiro de 2012, fez referência à participação da banda vila-realense, «IN TENTO trio», no projecto «A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria», do realiza-dor português Tiago Pereira. Com efeito, a banda de origem pomba-lina gravou dois temas para estepro-jeto nacional que visa inventariar a produção da realidade artistica--musical da atualidade portuguesa,

desta feita com os temas «Fragmen-tos Líquidos» e «Resignação».

Contudo, outra participação neste projeto de âmbito nacional voltou a colocar VRSA em destaque na cena nacional; tratou-se da participação do pianista e compositor vila rea-lense Fernando Pessanha. O músico, mentor e fundador dos «IN TENTO trio», gravou a solo três músicas para esta produção no Auditório Pedro Ruivo, no Conservatório Regional do Algarve Maria Campina. «Diag-nóstico», «O Nosso Mundinho» e «Memórias»” foram os temas grava-dos no dia 28 de Dezembro de 2011 e desde então já foram visualizados centenas de vezes no site da vimeo de «A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria»!

Tal como podemos ler neste canal videoteca, que visa celebrar a varie-dade da música feita em Portugal,

“Fernando Pessanha nasceu em Faro em 1980. Começou por estu-dar música numa pequena escola, na sua cidade natal, em Vila Real de Santo António. Posteriormente estudou piano no Conservatório Regional do Algarve Maria Campina, com a professora Oxanna Anikeeva. É licenciado em Património Cultural, Mestrando em História do Algarve e Professor de História Local na UTL de Vila Real de Santo António, para além de pianista e compositor da banda algarvia «IN TENTO trio». A História e a Literatura têm sido, ao longo dos anos, as influências mais diretas na sua produção musical”.

Podemos visualizar a partici-pação do pianista e compositor vila realense em: http://vimeo.com/34349459, http://vimeo.com/34349260, http://vimeo.com/34348912

«A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria»

A tertúlia de Janeiro do «Jornal do Baixo Guadiana» juntou um grupo de pessoas com interesse sobre o tema autoestima e valores nas relações humanas. Para falar sobre o tema o JBG contou com a parceria do Núcleo de Estudos e Intervenção Psicológica de Vila Real de Santo António.Foi desconstruído o conceito de autoestima, debateu-se o seu pro-cesso no ser humano; os valores nas relações humanas também foram debatidos pelo grupo de tertulianos.Esta tertúlia aconteceu no passado dia 20 de Janeiro pelas 17h30 na biblioteca municipal Vicente Campinas em Vila Real de Santo António.

Tertúlia focou autoestima e valores nas relações humanas

Fernando Pessanha gravou a solo três músicas para o projeto

Tertúlia contou com parceria do Núcleo de Estudos e Intervenção Psicológica de VRSA

Cipriano Justo«Trocar de Mão»

O rio Guadiana, no concelho de Alcoutim

Antiga aldeia de Alcoutim

Cacela Velha

O equipamento é novo, mas a valên-cia já existia em Cacela Velha há três anos e era praticada pela ADRIP - Associação de Defesa, Reabilitação, Investigação e Promoção do Patri-mónio Natural e Cultural de Cacela. A autarquia explica a extinção da ADRIP, garantindo que a transferência da valência para a tutela do municí-pio tem assim por base uma otimiza-

ção de meios, já que será assegurado por funcionários autárquicos. Além da informação presencial, o futuro centro de acolhimento de visitantes vai dispor de materiais informativos e de conteúdos didáticos e interativos.

Até ao final de 2011, e durante três anos, o centro de acolhimento de visitantes de Cacela Velha esteve localizado na sede da ADRIP. Estima-

-se que, durante este período, tenham recorrido ao espaço cerca de 15 mil visitantes.

Imóvel quinhentista

Cacela Velha foi a primitiva sede do atual concelho de Vila Real de Santo António. A sua existência como centro urbano remonta, pelo menos, em termos de vestígios arqueológi-cos, ao tempo de romanos e árabes, embora lhe seja atribuída origem fenícia.

O imóvel quinhentista, agora recuperado, será um dos espaços de referência daquela vila histó-rica constituindo ainda um ponto de informação sobre o património de Cacela.

A empreitada de requalificação da «Casa do Pároco» está orçamentada em 175 mil euros e é financiada a 75 por cento por fundos comunitários. Durante a obra, foram utilizados materiais tradicionais, respeitando a matriz original do edificado.

Deve estar terminada até ao primeiro trimestre deste ano a empreitada de requalificação da antiga «Casa do Pároco», em Cacela Velha. O edifício vai ser reconvertido num centro de receção e acolhimento de visitantes.

Antiga Casa do Pároco vai ser centro de acolhimento de visitantes

Requalificação da «Casa do Pároco» tem um investimento de 175 mil euros

Castro Marim

Page 12: Jornal do Baixo Guadiana Fevereiro 2012

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COLABORADORESCULTURA & LAZER

uma ceia, elaborada com a ajuda de todos os que já se habituaram a estes serões de sexta na Casa dos Condes.

A comissão europeia decidiu a 6 de Setembro de 2010 declarar 2012 como o Ano Europeu do Envelhe-cimento Ativo e da Solidariedade entre gerações. O objetivo é pro-mover a vitalidade e a dignidade de todos; facilitar a criação de uma cultura de envelhecimento ativo na Europa, baseada numa socie-dade para todas as idades. Neste contexto, o ano europeu deve incentivar e apoiar os esforços dos estados-membros, das suas autori-dades regionais e locais, dos parcei-ros sociais, da sociedade civil e da comunidade empresarial, incluindo as pequenas e médias empresas, para promover o envelhecimento ativo e explorar melhor o poten-cial da população, em rápido cres-cimento, no fim da casa dos 50 anos de idade, ou mais.

«A Palavra Sexta à Noite» voltou a lotar a Casa dos Condes, Biblioteca Muni-cipal de Alcoutim. O último serão, a 20 de Janeiro, reuniu mais de 50 pes-soas ao ritmo das Janeiras e do Fado, unindo na mesma noite duas tradi-ções portuguesas com muitas histórias para contar. Um grupo de amigos de Martinlongo, que tem vindo a recupe-rar a tradição das Janeiras na aldeia, marcou presença na tertúlia e encan-tou o público com músicas tradicionais de feliz ano novo, entre outras.

A equipa da Biblioteca Municipal de Alcoutim destacou ainda a colabo-ração de José Pedro Lucas, professor da Associação de Guitarra do Algarve no concelho, que acompanhou a D. Fatinha Cavaco, e outros fadistas, que encheram a casa. O artista Carlos Luz, autor de várias exposições de Alcou-tim, marcou presença no evento, emo-cionando o público com a sua força vocal e instrumental, acompanhado por Francisco Brás, conhecido ator e encenador.

O final do encontro foi marcado por

«Sexta à Noite» ao ritmo das Janeiras e do Fado

POR CÁ ACONTECE A G E N D A C U L T U R A L

E V E N T O S

JBG leva tertúlias ao Monte Francisco

e à Escola

O Jornal do Baixo Guadiana vai estar este mês em dois novos espaços para

dinamizar as suas tertúlias.Primeiro no dia 10 de Fevereiro, pelas

21 horas, no Campesino Futebol Clube. Aqui o tema da tertúlia vai ser

«A importância do associativismo». Pretende-se falar sobre de que forma

os clubes e associações estão a dinami-zar as suas atividades no concelho, a

importância do seu trabalho, bem como o real impacte na sociedade local. Foi

um desafio lançado pelo Campesino F.C. que o JBG aceita com agrado.

Já a 1 de Março o JBG vai até à Escola Básica de Castro Marim para se juntar à

comemoração do Dia Internacional da Proteção Civil em que a temática vai ser

centralizada na segurança rodoviária, tendo sido esta uma proposta do Con-selho de Segurança do Agrupamento

de Escolas de Castro Marim. A temática é de extrema importância e o encontro

terá lugar entre as 16h e as 17h.Como habitualmente estaremos na

Biblioteca Municipal Vicente Campinas, em VRSA. Este mês a 17 de Fevereiro com o tema «Envelhecimento Ativo».

Participe. A Entrada é livre. Contactos: 966902856/

[email protected]

Ano do Envelhecimento Ativo

Fado foi rei e as janeiras rainhas em Alcoutim

Casa dos Condes preserva tradição

2012

Castro Marim

VII Passeio Pedestre «Amendoeiras em Flor»5 Fevereiro, 09hAlta MoraOrg. ARCDAA

Tertúlia no Baixo Guadiana, pelo JBG«A Importância do Associativismo»10 Fevereiro, 21hCampesino Futebol ClubeMonte Francisco

Marcha Corrida26 Fevereiro, 10hPavilhão DesportivoCastro Marim

VRSA

Hora do conto: Conta lá! 01 a 29 Fevereiro10h30 (terça, quarta e sexta-feira)Biblioteca Municipal Vicente Campinas

O Cabaz da Horta em Vila Real de Santo António01 a 29 FevereiroProdutos de hortas locais que chegam ao consumidor a um preço de 10 €, com 8 a 9Kg. Quartas-feirasAssociação Cultural VRSA

Apresentação da primeira coleção da criadora São Munhoz4 Fevereiro, 21h30Centro Cultural António Aleixo

Apresentação do livro «Coisas do coração» de Joaquim Vairinhos10 Fevereiro, 17h30Biblioteca Municipal

Mostra de Artesanato de Inverno11 e 18 de Fevereiro, 10h às 18hPraça Marquês de Pombal

Conferência: Intervenção Autárquica16 Fevereiro, 15h30UTL

Tertúlia no Baixo Guadiana «Envelhecimento Ativo», pelo JBG17 FevereiroBiblioteca Municipal Vicente Campinas

Clube de leitura «Livros Mexidos»Tema - «Autores contemporâneos: Eça de Queiroz»23 Fevereiro, 18hBiblioteca Municipal Vicente Campinas

Feira de Stocks25 a 28 de Fevereiro, 10h às 18hCentro Cultural António Aleixo

Alcoutim«Origami» Exposição de trabalhos em papel, por Bruno Barão01 a 29 FevereiroCasa dos Condes

Mercado de Vaqueiros09 Fevereiro,

Desfile de Carnaval16 FevereiroAlcoutim

Mercado do Pereiro26 Fevereiro

12 de Novembro, dia do teu casamento!Que sejas feliz, como eu fui e sou…Eu também casei a 12. Vivo o acontecimento.Que sejas um bom marido, são os votos do avô.

É o passo mais importante da vossa vida,Que seja dado em consciência.Respeito mútuo, compreensão assumida,São os ingredientes para uma boa vivência.

Que no vosso Lar,Reine a Paz e haja Amor,E não vos falte a alegria.

Saiba-se conjugar o verbo amar,Com todo o preciso rigor,Necessário dia após dia.

São os votos dos avós Adélia e RelógioRelógio

Quem eu adorava já não regressaViver mais pouco interessaCom esta dor tão sentida

A vida já está demaisSão só lamentos e ais

Ao perder a Mãe querida.

Sei que estás junto de DeusMas não ouço passos teus

Pensei sempre que os ouviaO tempo para mim escureceuJá não tenho o que era meu

Agora resta o meu dia.

Num sofrimento profundoPerdi o melhor do mundo

Que não consigo encontrarÉ certo que já não voltaMas parece abrir a porta

Para a poder abraçar.

Tantas vezes que eu já viEstarem a chorar por ti

Chorando também estou euVamos pedir e rezar

Para termos um lugarQue seja ao lado do teu.

Henrique Roberto

Sou eu que te dou o exemploTu serás igual a mimSou uma cabana, serei um temploSe acautelares o meu fim

Sou um velho no teu conceitoDigo-te apenas que sou diferenteNão me faltes ao respeitoRepara, também sou gente

Conheço o princípio, não o fimNinguém sabe o que sereiNo futuro que nos espera

Serás tu igual a mim?Se fores, foi o que sonheiAgarra a vida sincera.

Manuel Gomes

Nas minhas palavras simplesVou falar da NaturezaIsto são pensamentos meusÉ tão bela e tão pura…Que grande dádiva de Deus.

Na minha juventudeTantas coisas belas eu fizA paixão pela naturezaSei lá…Abraçar a brisa e o ventoEu nem sei dizer quanto eu era feliz

Sentada à beira do ribeiroA ver a água a passarDesfrutando das verdes sombrasComo num canto lindoOuvindo os rouxinóis a cantar

Nas lindas noites de verãoSentava-me ao luarA contemplar as estrelasEnvolta num encantoQue nada podia igualar

A Natureza, riqueza infinitaDevia ser preservadaInfelizmente por todo o mundoIsso não aconteceEla é muito mal tratada

Tive um bom pai e amigoQue recordo com saudadesVou ainda aqui dizerTudo o que aqui se escreveNão é fantasia, é a verdade.

Uma castromarinense

Há quanto tempoQue eu parti chorandoDeste meu saudosoE carinhoso LarFoi há vinte anosFoi há trintaNem eu sei já quandoMinha velha amaQue me estás fitandoCanta-me cantigasPara me embalarCanta-me cantigasManso, muito mansoTristes muito tristesComo à noite o marCanta-me cantigasPara ver se alcançoE que a minha almaDurma em paz e no descansoQuando a morte em breveMe vier buscar.

(A angústia de um emigrante de regresso à sua terra natal – ano de 1957 numa peça de teatro)

Olivério Santos

Este é um tema interessante e que se torna cada vez mais relevante, pois cada vez mais cancros aparecem, sendo de várias espécies; uns melhores, outros piores. Mas se forem detectados logo no início, a grande maioria são curáveis, devendo as pessoas fazer rastreios todos os anos, para detec-tarem se têm algum tumor.São muitas as razões para que as pessoas evitem esta terrível doença, pois é causadora de muito sofrimento e diminuição de qualidade de vida. Se não for referenciado de início, é uma doença com elevada taxa de mortalidade, se o cancro for mexido, avança mais depressa, levando a pessoa rapidamente à morte, acontecendo isto geralmente nos primeiros três a quatro meses.Todos nós temos células cancerosas adormecidas no nosso organismo, havendo no nosso organismo órgãos que produ-zem essas células defeituosas, no entanto podem ser detecta-das, nunca se chegando a formar tumores.A formação de tumores tem muito a ver com o tipo de vida que levamos, a nossa má alimentação, sendo esta de muita importância, mas devido à extensão do tema não é possível explorá-lo aqui. As pessoas que por alguma razão façam ope-rações a tumores malignos, passam automaticamente a ser pessoas de alto risco, pois são muitas as preocupações para evitar ter uma recaída.O que eu noto, como pessoa que foi visada neste tipo de doença, é que a informação sobre o cancro, tem consequên-cias que não estão muito divulgadas perante a opinião pública. Quem se der ao trabalho de pesquisar fica a saber que existem alimentos anti-cancerígenos, que não são devi-damente noticiados. Devido à carência de informação neste campo, tenho feito alguma pesquisa, mas devido a razões financeiras, não me é possível publicar o resultado destas.Desde 1982 que regularmente compareço no Instituto Portu-guês de Oncologia (IPO) de Lisboa, onde realizei 5 operações a 3 tumores, e isso é toda uma experiência de vida, que me leva a encarar o cancro de uma forma temerosa, mas ao mesmo tempo de esperança, esperança esta que estou a parti-lhar com vocês de que a cura é possível; cancro não significa morte imediata, mas para isso temos de estar atentos aos mínimos sinais do nosso organismo e realizar um tipo de vida o mais saudável possível.

Por António Mestre

Para o João Miguel

Amor de Mãe

O meu exemplo

Realidades de uma vida

Falta de Informação sobre o cancro

Cantigas

O teu Casamento e o dia «12» escolhido

Centro de Imigrantes promove contos interculturais Entre Janeiro e Maio de 2012 o Centro Local de Apoio à Integração de Imigração (CLAII) de Vila Real de Santo António está a promover na biblioteca municipal Vicente Cam-pinas vilarealense sessões de contos interculturais.

Esta atividade consiste em contar histórias interculturais a diversas turmas do 1º ciclo e pré-escola do concelho pombalino. Estes contos são sempre realizados às quintas--feiras a partir das 10h30. O público--alvo são os alunos do 1º ciclo e pré-escolar, sendo o acesso gratuito.

Esta iniciativa decorre de uma parceria entre a câmara munici-pal, Escola Secundária de VRSA e o CLAII local. Os contos são realiza-dos por uma estagiária de animação sócio-cultural da Escola Secundária de VRSA, pela Coordenadora do CLAII e pelo Mediador Municipal Rui Flores, e outros imigrantes con-vidados.

É, no entanto um projeto aberto ao público em geral e os contactos disponíveis são: 281541827 e/ou e-mail: [email protected]

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PASSATEMPOS PUBLICIDADE/DESPORTO

1) Portugal2) Espanha3) França4) Andorra

5) Mónaco6) Bélgica7) Holanda8) Suíça9) Reino Unido10) Dinamarca11) Alemanha12) Áustria

Quadratim - n.º92

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Jogo da Paciência n.º 98

“PAÍSES”Em ruas com movimento de viaturas nunca as atravesse, mesmo nas passagens para peões, com os ouvidos tapados com aparelhos sono-ros, musicais ou de comunicação, como por exemplo, telemóveis. Torna-se perigoso, porque para além de distrair, pode ser fatal. Não se esqueça da frase «PARE, ESCUTE E OLHE!» antes de atravessar qualquer via rodoviária ou caminho-de-ferro. O acidente espreita.Pelo caminho correto do Quadratim vá ao encontro do telemóvel e guarde-o quando pretender atravessar qualquer via.

Aproveite o inicio do ano para adoptar hábitos ali-mentares mais saudáveis. O primeiro passo é estar motivado e empenhado

em mudar os seus hábitos alimentares. Leia alguns conselhos simples e eficientes:- Iniciar sempre a refeições pela sopa, saladas frescas e/ou legu-mes cozidos e só depois, coma o prato principal;- Consuma frutas frescas, vegetais da época e cereais para aumentar a ingestão de fibras;- Aumente o consumo de água, evite ingerir muito líquidos durante as refeições;- Mastigue os alimentos devagar;- Adopte horários regulares para fazer as refeições e coma várias vezes ao dia;- Pratique exercício físico, pelo menos 30 minutos diários;- Prefira carnes magras retirando a gordura visível;- Substitua queijos gordos amanteigados por queijos mais magros;- Substitua o açúcar refinado por adoçante;- Se tiver com vontade de repetir a refeição, repita o consumo de saladas;- Prefira os assados, grelhados ou cozidos, evite os fritos.

Depois dos excessos ...

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Soluções Jogo da Paciência - n.º97

Ana Brásdietista

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13) Itália14) Suécia15) Letónia16) Estónia17) Lituânia18) Finlândia19) Noruega20) Liechtenstein

Adote estes animais!Temos o prazer

de informar que o cão Pombinho e a gata Milady já foram adotados.

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283

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Segundo dados do Ministério da Justiça, entre Janeiro e Junho de 2011, mais de 2400 famílias

foram declaradas insolventes. Este número tem vindo a avolumar-se desde

2008 e pode ser explicado, em parte, pela crise que o País atra-vessa.

O primeiro passo é saber se se encontra numa situação de incumprimento, ou seja, se há muito que deixou de cumprir ou se tem entre uma ou três prestações em atraso.

Caso a resposta seja afirmativa, é importante identificar as entidades com as quais está em incumprimento e, assim que possível, contactá-las.

Algumas alternativas passam por alargar o prazo do emprés-timo ou definir um plano de pagamentos alternativo, compatível com vencimento.

Considere ainda a consolidação de créditos, que passa por juntar todos os empréstimos num só e alargar o prazo de pagamento. Com isto, obterá uma nova prestação inferior às que pagava anteriormente. A desvantagem é o aumento de juros pagos no final do empréstimo.

Se a única dívida em incumprimento for a do crédito à habita-ção, poderá considerar a entrega da casa ao banco. No entanto, é importante ter presente que os bancos nem sempre aceitam esta possibilidade. Por outro lado, se o valor da casa não for suficiente para cobrir o montante da dívida, ainda terá de pagar o restante.

Na impossibilidade de poder chegar a acordo com os credores, poderá ser confrontado com a penhora de bens. Os bens serão depois vendidos para pagar a dívida e as custas do processo.

Em último recurso, só restará ao devedor pedir, em tribunal, que seja declarada a sua insolvência. Aceite o pedido, a declaração de insolvência será publicada em Diário da República, afixada por edital no local de trabalho do insolvente e no próprio tribunal.

O tribunal, com os credores e o insolvente, elaborarão um plano de pagamentos que terá de ser respeitado durante 5 anos, calculado em função do rendimento disponível do devedor.

a DECO informa

a GUADI apela

Susana Correiajurista

“Que soluções existem caso me encontre numa situação de sobreendividamento?”

Adoção NIB da Guadi para donativos - 0035 0234 0000 6692

1300 2 Caixa Geral Depósitos

Alika Sara

Blue Billy

CARTÓRIO NOTARIAL DE OLHÃORua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c,

Notário Lic: António Jorge Miquelino da Silva

Certifico narrativamente para efeitos de publicação que por escritura d 19 de Janeiro de 2012, exarada a folhas 141 do livro de notas deste Cartório número 86 – A, Carlos Alberto Teixeira Rodrigues, solteiro, maior, natural da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, residente na Rua Infante D. Henrique, número 41, 3º esq., em Vila Real de Santo António, contribuinte fiscal número 178 054 305, declara-se dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrém, dos seguintes prédios:Um – Prédio urbano térreo, destinado a habitação com diversas divisões e logradouro, sito em Alcaria, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, com a superfície coberta de trinta e três virgula cinco metros quadrados e descoberta de dois metros quadrados, a confrontar do Norte e do Sul com Herdeiros de António Inácio, do Nascente com via pública e do Poente com Adelaide dos Santos. Inscrito na matriz sob o artigo 172, com o valor patrimonial tributável de duzentos e cinquenta e seis euros e trinta e nove cêntimos, a que atribui igual valor;Dois – Prédio urbano térreo, destinado a habitação, com várias divisões e logradouro, no referido sítio de Alcaria, com a superfície coberta de quarenta e sete metros quadrados e descoberta de oitenta e um metros quadrados, a confrontar do Norte com Herdeiros de António Inácio e do Sul, DO Nascente e do Poente com via pública, inscrito na matriz sob o artigo 173, com o valor patrimonial tributável de quinhentos e treze euros e seis cêntimos, a que atribui igual valor.Que os prédios se encontram inscritos na respectiva matriz em nome do ante-possuidor Francisco Joaquim Teixeira e que nenhum deles se encontra registado na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim.Que entrou na posse dos prédios por doação meramente verbal e nunca reduzida a escritura, feita em data incerta do ano de mil novecentos e oitenta e cinco por seus pais Venício Rodrigues da Silva e mulher Maria Sebastiana Joaquina Teixeira, casados que foram sob o regime da comunhão geral, residentes que foram em Alcaria, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, ele actual-mente falecido; e que sem qualquer interrupção no tempo desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado ele, justificante, na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção e habitando-os, enfim, extraindo todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que adquiriu os prédios por usucapião, não tendo todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.Está conforme:Cartório Notarial de Olhão, sito na Rua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c, aos 19 de Janeiro de 2012

A colaboradora com competência delegada

Ao abrigo do artº 8 do Dec. Lei nº 26/2004 de 4/02

(Ana Cristina Matias de Sousa) ON nº 222/3

Conta registada sob o nº 122/2012

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Fevereiro 2012

CARTÓRIO NOTARIAL DE ALCOUTIMA cargo da Adjunta de Notário

Lic. Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão

Certifico para efeitos de publicação que por escritura outorgada hoje neste Cartório Notarial, a folhas oitenta e oito do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “trinta e três – D”, Custódio da Palma, N.I.F. 102.302.405, e mulher, Maria Antonieta Marques Gonçalves, N.I.F. 140.278.281, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da freguesia e concelho de Alcoutim, onde residem, no Sitio das Laranjeiras.Que são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem dos seguintes prédios, todos sitos na freguesia e concelho de Alcoutim, inscritos na respectiva matriz em nome do justificante marido, aos quais atribuem valores iguais aos patri-mónios tributários e não descritos na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim:a)Prédio rústico, sito em Várzea do Barranco do Esteiro, composto por cultura arvense, amendoeiras, oliveiras e citrinos, com a área de cento e vinte metros quadrados, inscrito na matriz em nome do justificante marido, sob artigo 54 da secção 100, a confrontar do norte com Barranco do Esteiro, do sul com via pública, do nascente com hereiros de Álvaro Feliciano e do poente com Ana Horta Ruivo Palma e Maria de Lurdes Horta da Palma, e com o valor patrimonial tributário de trinta e nove euros e um cêntimo.b)Prédio rústico, sito em Areias, composto por cultura arvense, oliveiras, olival e vinha, com a área de quatrocentos e noventa metros quadrados, a confrontar do norte e sul com via pública, do nascente com Carolina Maria dos Santos de Oliveira Nunes e do poente com herdeiros de José dos Santos, inscrito na matriz cadastral sob o artigo 243 da secção 100, com o valor patrimonial tributário de quarenta e dois euros e setenta cêntimos;c)Prédio urbano, composto por edifício térreo com duas divisões, destinado a ar-recadações e arrumos, sito em Laranjeiras, com a superfície coberta de vinte e dois vírgula trinta e quatro metros quadrados e a superfície descoberta de cento e oitenta e sete vírgula seis metros quadrados, a confrontar do sul, nascente e poente com via pública e do norte com Álvaro Feliciano, não descrito na Conservatória do registo predial de Alcoutim e inscrito na respectiva matriz em nome do justificante marido, sob o artigo 3224, com o valor patrimonial tributário de setecentos e ses-senta euros, a que atribuem igual valor.Que os prédios supra identificados lhes pertencem por lhes terem sido adjudi-cados em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta por partilha verbal e nunca reduzida a escrito, a que procederem com os demais interessados, dos bens das heranças abertas por óbito dos pais do justificante marido, António da Palma e Joaquina Vaz Peres, casados que foram no regime da comunhão geral e residentes que foram no Sítio das Laranjeiras, não dispondo eles justificantes de título formalmente válido que comprove tal partilha.Que, no entanto, desde que a mesma foi efectuada e até à data, portanto há mais de vinte anos, sempre eles justificantes estiveram na posse e fruição dos citados imóveis, ininterruptamente, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, com a consciência de utilizar e fruir coisas exclusivamente suas, adquiridas do anterior proprietário, pagando as respectivas contribuições e impostos, cuidando da reparação e manutenção do prédio urbano, fazendo sementeiras, plantações e culturas nos referidos prédios rústicos, enfim deles retirando todos os seus normais frutos, produtos e utilidades.Que em consequência de tal posse em nome próprio, pacífica, pública, contínua e de boa fé, adquiriram os mencionados bens por usucapião, que expressamente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo.Está conforme com o original.Cartório Notarial de Alcoutim, aos treze de Janeiro de dois mil e doze.

A adjunta do Notário, em substituição legal,(Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão)

Conta:Art.º 20.º n.º 4.5……€23,00São: Vinte e três euros.Conta registada sob o nº 02.

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Fevereiro 2012

CARTÓRIO NOTARIAL DE OLHÃORua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c,

Notário Lic. António Jorge Miquelino da SilvaCertifico narrativamente para efeito de publicação que por escritura de 28 de Dezembro de 2011, exarada a folhas 50 do livro de notas deste Cartório número 86-A, MARIA CATARINA BRÁS LOPES GUERRA, que também usa e é conhecida por MARIA CATALINA SORIANO BRÁZ e marido PAULO JORGE SOEIRO GUERRA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ela natural da freguesia de Santiago, concelho de Tavira, ele natural da freguesia de Vila Longa, concelho de Sátão, residentes em Vila Longa, freguesia e concelho de Sátão, contribuintes fiscais números 260 588 300 e 187 893 926, declaram-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do prédio urbano, sito em Foz de Odeleite, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, destinado a habitação, composto por vários compartimentos e logradouro, com a área coberta de cento e seis virgula noventa metros quadrados e descoberta cento e quarenta e quatro metros quadrados, a confrontar do Norte com Manuel Dias, do Sul com Américo de Jesus Pires, do Nascente com via pública e do Poente com Herdeiros de José Ribeiro e caminho, inscrito na matriz, em nome de Soriano Lopes Martins (cabeça de casal), sob o artigo 1619 (anterior artigo 243), a qual se encontra pendente de actualização quanto à área do prédio, com o valor patrimonial tributável de dois mil trezentos e noventa e sete euros e sessenta e seis cêntimos, a que atribuem igual valor, e não descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim;

Que os seus representados entraram na posse do referido prédio, por partilha meramente verbal e nunca reduzida a escritura que fizeram com os demais interessados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e quatro, por óbito da mãe da sua representada, Constança Maria Brás, no estado de casada com Soreano Lopes Martins, também já falecido, e residentes que foram no sítio de Foz de Odeleite, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, que por sua vez tinham entrado na posse do referido prédio, também por partilha meramente verbal e nunca reduzida a escritura feita com os demais interessados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta, por óbito de seus pais (avó da justificante mulher) Valentim Brás e mulher Maria Catarina Joana, já falecidos e residentes que foram no referido sítio de Foz de Odeleite; e que sem qualquer interrupção no tempo, desde aquela mais antiga daquelas datas, portanto há mais de vinte anos, têm estado os seus representados, e antes os ante possuidores, na posse do mencionado prédio, cuidando da sua manutenção, habitando-o e utilizando-o, enfim, extraindo todas as utilidades por ele proporcionada, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, por-que sem violência, e contínua, pelo que, invocando expressamente aquela posse iniciada há mais de vinte anos, adquiriram o mencionado prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme:Cartório Notarial de Olhão sito na Rua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c,

aos 28 de Dezembro de 2011.

Por delegação do Notário, artº 8/2 DL 26/2004, de 04/02,A Colaboradora autorizada aos 01.02.2011

Natália Estêvão Gonçalves Cachaço Rocha – ON nº 222/2

Conta registada sob o nº 2517 / 2011

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Fevereiro 2012

A Associação, RODACTIVA/Sem Espinhas vai realizar um passeio de BTT denominado «Por Trilhos de Castro Marim», no próximo dia 4 de Março em Castro Marim.

A organização promete boa disposição, con-vívio e promoção dos “trilhos” do concelho de Castro Marim, vertente BTT. Para mais infor-mação sobre o evento estão disponíveis os contactos: http://rodactiva.blogspot.com/p/inscricao.html ou a página da associação no facebook.

A confirmação de participação deve ser feita até dia 26 de Fevereiro.

Ricardo Mestre e Samuel Caldeira estrearam as novas cores da sua equipa, «Carmim-Prio--Tavira» em terras Sul Americanas. Numa competição de 7 dias, e onde marcaram pre-senças alguns dos melhores valores do ciclismo Internacional, esteve a formação tavirense, estreando, assim, o seu novo patrocinador Carmim que veio esta época valorizar a quali-dade dos ciclistas desta equipa Algarvia.

Iniciando a época este ano mais cedo de forma a ganhar ritmo competitivo para a Prova de Abertura, 12 de Fevereiro, e para a «Volta Algarve», 15 a 19 Fevereiro, que se corre na sua região, Ricardo Mestre e Samuel Caldeira defenderam-se com as armas que tinham para conseguirem uma prestação honrosa.

No final deste «Tour de San Luis» o balanço foi positivo para os homens do Baixo Guadiana, tendo sido uma óptima prova para ganhar ritmo competitivo para a longa época que se adivinha e já a curto prazo para a «Volta ao Algarve» que se prevê muito exigente. Como grande ven-cedor, e dando uma dimensão do nível desta prova Sul Americana, foi Levi Leipheimer (Omega Pharma-Quickstep) seguido de Alberto Contador (Saxo Bank) a 46 segundos. Ricardo Mestre foi 38º a 16m50s do líder enquanto que Samuel Caldeira foi 71º a 24m47.

HF

«Rodactiva» organiza passeio para Março

Ricardo Mestre e Samuel Caldeira começaram nova época na Argentina

Competição teve a duração de 7 dias

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Baixo Guadiana sobre rodasBaixo Guadiana na rota da Volta ao Algarve

Humberto Fernandescrónicas

ao Algarve» pode parecer exa-gero, mas é a pura realidade. Os melhores do mundo querem estar no Algarve e se mais inscrições a organização disponibilizasse, mais equipas e ciclistas quereriam cá vir. Também o Baixo Guadiana se faz representar neste evento; contará com os seus três ciclistas profissio-nais a participar, Ricardo Mestre, Samuel Caldeira e Amaro Antunes que defendem as cores da forma-ção tavirense, Carmim-Prio-Tavira.

É já no próximo dia 15 de Feve-reiro que terá início a 38ª edição da «Algarvia», que se irá disputar até ao dia 19. São 5 etapas, 745,5 quilómetros a percorrer, 18 equi-pas confirmadas, das quais 10 World Tour, a divisão máxima do ciclismo mundial. Também o Cam-peão do Mundo de Contra-relógio (Tony Martin), o vencedor das três grandes voltas (Alberto Contador), entre outros. Comparar a Liga dos Campeões de futebol com a «Volta

Para além disso, a vila de Castro Marim irá acolher toda a caravana da prova sendo o início da mais longa, e considerada a etapa rainha da competição, no dia 17 de Feve-reiro findando no Alto do Malhão (Loulé) - contagem de montanha de 2ª categoria, com um total de 194,6 quilómetros. Para além da partida, que terá inicio por volta das 10h30, os mais de 150 ciclistas que com-põem o pelotão irão passar nova-mente em Castro Marim, meia hora

mais tarde depois de percorrerem algumas estradas do concelho.

Num percurso desenhado por Bernardido Caliço, vice presi-dente da Associação de Ciclismo do Algarve, em conversa com o JBG confessou que este percurso, à semelhança dos outros anos, é bastante homogéneo havendo em cinco dias de prova etapas para todos os gostos; desde etapas rápi-das propícias à chegada em sprint até às etapas longas que favorecem a fuga dos mais corajosos, não esquecendo a já emblemática che-gada ao alto do Malhão (3ª etapa) e culminando com um contra-reló-gio igual ao das últimas duas edi-ções e onde tudo se poderá decidir e os especialistas contra o tempo podem mostrar os seus galões.

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Cristiano Ronaldo, Fábio Coentrão e Pepefelicitam escola vila-realense da Fundação Real Madrid

Godinho Lopes visitou Sporting de VRSA

A autarquia de Vila Real de Santo António formalizou esta segunda-feira, em Madrid, no Estádio Santiago Barnabéu, o arranque oficial das atividades da escola desportiva de inte-gração social da Fundação Real Madrid nos concelhos de VRSA e Castro Marim.

A cerimónia foi conduzida pelo vice-presi-dente executivo da Fundação Real Madrid, D. Enrique Sánchez, e pelo director de relações institucionais do clube, Emilio Butragueño, e contou com a mensagem de um trio muito

primeira visita de um presidente em 17 anos de vida deste núcleo pombalino. A visita surge no dia em que os leões vieram jogar a Olhão (23 de Janeiro), onde empataram. Antes Godinho Lopes passou pela sede do núcleo sportinguista, em plena praça Marquês de Pombal, em Vila Real de Santo António; e ali passou parte da tarde com cerca de meia centena de sócios que agradeceram a sua visita.

Para António Guerreiro tratou-se de uma visita “muito aguardada” e até “merecida”, como salienta, já que “em 17 anos de vida nunca antes este núcleo teve honras de visita do mais alto representante do clube leonino”.

Mais vale tarde do que nunca, já diz o ditado, e a visita fez-se em clima de festa.

No seu breve discurso Godinho Lopes deixou palavras de “realismo e esperança” para um clube que “começou muito bem”, mas sobre o qual nunca quis alimentar euforias desmesuradas. O

especial. “Convidamo-los a desfrutar e a divertirem-

-se com o desporto”, desafiaram Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão, num vídeo projectado na lotada sala presidencial, onde sintetizaram os objetivos das escolas sócio--desportivas do emblema madrileno.

Recorde-se que apesar de só agora o acordo ser oficializado, há vários meses que a autar-quia prepara as bases para o arranque das atividades da Fundação, tendo já constitu-

ído as turmas, definido horários e estipulado metodologias de trabalho.

As tarefas estão a ser realizadas em conjunto com a autarquia de Castro Marim, uma vez que a escola sócio desportiva é comum aos dois concelhos.

Esta, que foi a primeira escola do Real Madrid a iniciar actividade, conta com cinco turmas, engloba as modalidades de Futebol e Basquete e envolve 135 alunos com idades entre os 6 e os 11 anos. Além do Algarve, também Vila Nova de Gaia e Funchal acolhem o projeto merengue.

Segundo o Emilio Butragueño, é “uma honra apresentar as três primeiras escolas sócio-desportivas do país vizinho, ao qual nos unem tantos laços desportivos e de amizade”, afirmou.

Luís Gomes, por sua vez, considerou ser “uma honra”, para o concelho, poder “usufruir do trabalho de um emblema tão importante e com o qual os portugueses já estabeleceram uma noção de proximidade”.

Na cerimónia estiveram ainda presentes o ex-futebolista João Pinto, em representação da escola de Vila Nova de Gaia, e Agustín Pacheco (procurador das Missões Salesianas), em repre-sentação da escola do Funchal (Madeira).

dirigente garante que procurou sempre “ir contra as euforias”, dizendo que “os jogos têm de ser ganhos um a um”.

Apelou à união dos sportinguistas e garante que vão “juntos ajudar o Sporting a ser grande”. Num discurso marcado pelo pragmatismo, garante que está a construir “de forma sólida o Sporting”.

Núcleo aposta no BTT

O núcleo sportinguista de Vila Real de Santo António comemora 17 anos de vida, assinalados no almoço anual, que este ano acontece a 5 de Fevereiro na Ponta da Areia.

António Guerreiro, presidente do clube assi-nala a época de 2011/2012 como o início da modalidade do BTT, onde estão inscritos cerca de meia centenas de atletas. “Acreditamos que vamos longe com o BTT; estamos a começar, mas temos já jovens promessas”, avança o responsável.

Futebolândia

Vocês recordam-se das previsões catastróficas dos Incas que o Mundo acabaria em 2012? Pois estão a reve-lar-se… em Alvalade.

Passo a explicar:No Sporting estão a acontecer

coisas dignas de profecias catastró-ficas de Incas ou mesmo de Nostra-damus.

Primeiro era uma equipa jovem em construção, para justificar os maus resultados e mau arranque de tem-porada além de os árbitros ajudarem um pouco nesta construção lenta que até pareceu a parte final da A2.

Depois de construída passou a ser a melhor equipa a jogar futebol em Portugal. Segundo os seus adeptos, claro, nem os árbitros contrariaram essa fase. A equipa do estádio dos «azulejos coloridos» vivia dias tão felizes que até colocaram fotografias no túnel de acesso aos balneários da equipa visitante a dar as boas vindas aos adversários. Que detalhe; é de ficar emocionado! Fotografias que segundo Godinho Lopes tinham sido autorizadas; o que não correspondia à verdade. Não sei porquê, mas às vezes faz-me lembrar o Sousa Cintra, que disse uma vez que o Careca (jogador brasileiro) era o próximo Eusébio. Só jogou dois meses em Alvalade.

Depois vieram os acontecimentos “nefastos”, as derrotas. Van Wol-fswinkel não marca um golo nem aos matraquilhos, maus resultados na Taça de Portugal - por milagre empataram em Alvalade com o Nacional (empate com os suplentes do Moreirense para a Taça da Liga. Não, não é a liga da noiva, foi uma que inventaram que quase sempre ganha o Benfica, porque basicamente ninguém a quer. Eu até acho mais bonita que a de Portugal, mas enfim.Como se não bastasse este rol de acon-tecimentos Bojinov no jogo da Taça da Liga já no final do jogo empurrou toda a gente e ai de alguém que se aproxi-masse para marcar uma grande pena-lidade. Num ato altruísta pensou, “não quero que vocês falhem, eu falho”. E assim aconteceu. Há que referir que é um gesto nobre o do búlgaro.Enfim é um encadeamento de acon-tecimentos que deixam qualquer um (sportinguista), à beira de um ataque de nervos.Pior que isto só o governo de Pedro passos Coelho e as reformas de Cavaco Silva (que não dá para as despesas).Domingos…haja paciência.

Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicação

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crónica

Caro Assinante:- Foi efectuada uma transferência para validação de assinatura anual do Jornal do Baixo Guadiana cujo jornal desconhece a identidade do remetente/assinante.Agradecemos ao

visado que contacte o Jornal do Baixo Guadiana de modo a proceder à actualização e facturação da respectiva assinatura.

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efectuem o pagamento, o quanto antes, sob risco de anulação da assinatura.281 531 171

Autarquia foi até Madrid para a assinatura da escola Real Madrid a 30 de Março

Boa execução PRODER garante mais 1 milhão e 400 mil euros no Baixo Guadiana

Foi no final do mês de Janeiro que a ATBG recebeu uma notícia de grande importância para o território. O GAL Terras do Baixo Guadiana, devido ao facto de apresentar elevados indicadores de implementação da sua Estratégia Local de Desenvolvimento (ELD), recebeu uma tranche suplementar de verbas no montante de 1.407.018,67 € resultante do processo de distribuição da reserva de eficiência (15 % da despesa pública do programa PRODER). A destacar o facto de este ter sido dos poucos GAL de toda a zona sul a obter esta verba suplementar. Recorde-se que no âmbito do PRODER de acordo com o definido no art. 25 da portaria n. 392-A/2008 de 4 de Junho, alterado pela portaria n.º 814/2010, de 27 de Agosto, que aprova o Regulamento de aplicação das medidas n.º 3.3 «implementação de estratégias Locais de Desenvolvimento» e 3.5 «Funcionamento dos grupos de acção Local, aquisição de competências e animação», integradas no subprograma n.º 3 «dinamização das zonas rurais» do programa de desen-volvimento rural do continente (PRODER), foi criada uma reserva de eficiência no valor correspondente a 15% da dotação total de despesa publica afecta às medidas 3.1, «Diversificação da economia e criação de emprego», 3.2, «Melhoria da qualidade de vida» e 3.5, « Funcionamento dos grupos de acção local (GAL), Aquisição de competências e animação», destinada a territórios que apresentem melhores indicadores de implementação das suas ELD, através do reforço da dotação disponível para as Medidas 3.1 e 3.2. A notícia foi boa, mas não surpreendeu por completo a associação. Apesar de alguns problemas, nomeadamente, o atraso verificado nos reembolsos dos pedidos de pagamento apresentados, dificuldade de acesso ao crédito, fraca dinâmica do território fruto da desertificação física e humana, entre outros, a taxa de execução no Baixo Guadiana apresenta níveis de execução bastante aceitáveis. Neste momento temos uma taxa de execução, relativamente ao total de verbas programadas na ELD superior a 26%, a qual pode ser considerada excelente se tivermos em conta que resultada quase exclusivamente da execução de projectos aprovados no primeiro concurso, uma vez que os projectos aprovados no segundo concurso foram recentemente contratados, pelo que só agora estão em condições de apresentar pedidos de pagamento”, referiu Ricardo Bernardino, o coordenador da Equipa Técnica.

Pequena grande equipaA equipa da ATBG é reduzida e sempre com muito trabalho em mãos. O coordenador, dois técnicos e uma administrativa; apesar de tudo e de todos os constrangimentos

anteriormente referidos, conseguiu apresentar indicadores de desempenho bastante aceitáveis. Contudo, é preciso dar continuidade ao trabalho desenvolvido, sem esquecer que o programa se encontra em plena “velocidade cruzeiro” sendo necessário desenvolver cada vez mais esforços no sentido de conseguir aplicar totalmente, mas de forma correta e eficaz, os recursos financeiros disponíveis, referiu o coordenador da equipa técnica.

O presidente dos leões esteve no núcleo spor-tinguista em Vila Real de Santo António. Foi a

O presidente leonino pediu união aos sócios

Real Madrd

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28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |FEVEREIRO 2012

Tenha uma alimentação mais saudável e salvaguarde também o ambiente!O pão fresco, de padaria, é bem menos prejudicial à sua saúde e ao meio ambiente, que o pão industrializado, embalado em plástico e necessita de mais transporte.

Quando um item é consumido em maior quantidade, opte por comprar embalagens maiores do que várias menores. Além de possivelmente economizar dinheiro, as embalagens maiores são mais económicas para o transporte e produzem menos lixo.

A câmara municipal de Alcoutim foi notificada, pelo IGESPAR, porque a zona especial de proteção (ZEP) da Villa Romana do Montinho das Laranjeiras, proposta pela Direção Regional de Cultura do Algarve, mereceu parecer favorável da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura (SPAA -CNC) em 15/12/2010. A Estação Arqueológica da Villa Romana do Montinho das Laranjeiras situa-se no lugar das Laranjeiras, concelho e freguesia de Alcoutim, num local priveligiado de grande beleza, junto ao rio Guadiana, numa região já distanciada das praias douradas de águas cristalinas, mas cheio de encanto e com muito para ver e conhecer.

Em 1876, uma grande cheia deu a conhecer ruínas de construções feitas nos períodos de ocupação Mourisca, Visigoda e Romana.

O Montinho das Laranjeiras apresenta vestígios de ocupação humana desde o século I até à época Almóada (século XII-XIII). A época de ocupação Romana distingue-se sobretudo pela importância do edifício da pars frctuaria, local onde se guardariam os produtos agrícolas, datado do século I, verificando-se então que na altura existiriam importantes trocas comerciais com o Norte de África.

Já dos séculos VI e VII datará uma igreja, do qual se observam ainda os vestígios da sua planta cruciforme, existindo outros vestígios atribuídos ao período Mour-isco, dos séculos XII e XIII.

Villa Romana do Montinho das Laranjeiras é zona especial de proteção

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«Amigos pró futuro de Alcoutim» juntaram-se e escreveram Manifesto. Grupo luta por um melhor Alcoutim.

Federação de Caçadores do Algarve oferece prendas a crianças carenciadas no Baixo Guadiana.

80% de Alcoutim vai ser alvo de apagão tecnológico. Município quer que ANACOM e Governo assumam custos de migração tecnológica.

Sotavento Algarvio