Jornal de Vila Meã

12
Diretor: José Ismael Mendes Edição: 175 Preço: 0,60 € janeiro de 2015 TAXA PAGA 4605 Vila Meã I Meia Maratona António Pinto Cidade de Amarante PÁGINA 10 Desempregados até 29 anos já podem recorrer a apoios do IEFP PÁGINA 11 Entrevista a Hugo Mestre Amaro ator do filme "Os Maias" apresentado em Vila Meã PÁGINA 3 Gostaria de publicitar os seus serviços? O JORNAL DE VILA MEÃ TEM A SOLUÇÃO ADEQUADA PARA SI! NÃO PERCA ESTA OPORTUNIDADE! Contacte-nos através do email: [email protected] A 3 AlegreContorno estabelece parceria inovadora para apoiar crianças autistas PÁGINA 4 Rede de Apoio à Atividade Económica e ao Empreendedor apresentada em Amarante PÁGINA 5 Novo Sistema Viário Central de Vila Meã PÁGINA 8 E 9 REPORTAGEM Loja dos 300 e outros- Alimentação e Bazar PÁGINA 7 ENTREVISTA PÁGINA 6 Carlos Macedo

description

Notícias de Vila Meã

Transcript of Jornal de Vila Meã

Diretor: José Ismael Mendes Edição: 175 Preço: 0,60 € janeiro de 2015TAXA PAGA4605 Vila Meã

I Meia Maratona António Pinto – Cidade de Amarante

PÁGINA 10

Desempregados até 29 anos já podem recorrer a apoios do IEFP

PÁGINA 11

Entrevista a Hugo Mestre Amaro ator do filme "Os Maias" apresentado em Vila Meã

PÁGINA 3

Gostaria de publicitar os seus serviços?

O JORNAL DE VILA MEÃ TEM A SOLUÇÃO

ADEQUADA PARA SI!

NÃO PERCA ESTAOPORTUNIDADE!Contacte-nos através do email:

[email protected]

PÁGINA 3

AlegreContorno estabelece parceria inovadora para apoiar crianças autistas

PÁGINA 4

Rede de Apoio à Atividade Económica e ao Empreendedor apresentada em Amarante PÁGINA 5

Novo Sistema Viário Central de Vila Meã

PÁGINA 8 E 9

REPORTAGEMLoja dos 300 e outros- Alimentação e Bazar

PÁGINA 7

ENTREVISTA

PÁGINA 6Carlos Macedo

vendas de armamento, contraban-do de materiais nucleares, etc.; assim como as receitas derivadas da economia de serviços contro-

lados pela máfia (prostituição, jogo, câmbios ilícitos, etc.).

Sabe-se que os grupos de crime organizado têm melhor desempe-nho do que a maioria das empre-sas do índice fortune 500.

Resumindo e concluindo: A economia criminosa, a corrupção, o Estado islâmico e a economia paralela sãos os maiores desafios da Idade Contemporânea.

O que é que move o Estado islâmico? Um mundo melhor? O poder? O dinheiro? Um mundo melhor não é certamente…

A aventura do homem domi-nando a matéria será o prelúdio da sua própria escravização ou o prefácio da sua libertação?

Como já tive a ocasião de dizer: “Estamos quilhados”. E como diz o ditado: “ Este mundo é uma bola, quem anda nele é que se amola”.

Engenheiro (*)

Diretor: José Ismael Mendes Colaboradores:Maria do Rosário Meneses, Delfina Carvalho, Domingos Amaro, António José Queiroz, Marlene Mo-reira, Clínica Medimeã, Albano Teixeira, Centro Alegre Contorno e Vanessa Babo (imagem gráfica).Jornalista: Bruna SilvaPropriedade: Associação Empresarial de Vila Meã Pessoa Colectiva nº: 504 603 949 Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila MeãTelef. 255 735 050 Fax 255 735 051 E-mail: [email protected] no ICS: 123326 . Depósito Legal: 139555/99Tiragem média: 1.000 ex. Impressão: Gráfica do Norte (Amarante) Preço de capa: 0,60 euros

OPINIÃOjaneiro de 2015 - Jornal de Vila Meã2

José Ismael Mendes (*)

Economistas criminosos florescentesos empregados das finanças que correm as freguesias para pre-encherem o boletim sobre a pro-priedade. Os povos não compre-endem o que se passa. Chamam aos boletins de registo predial “papelada da ladroeira”.

Nos finais de 1870 escreve A Lanterna: “ O governo português anda mendigando em Londres um novo empréstimo. Os nos-sos charlatães financeiros não sabem senão estes dois méto-dos de governo: “empréstimos e impostos”. Dinheiro empresta-do é dinheiro espoliado. Pede-se primeiro aos agiotas para pagar as camarilhas. Depois tira-se ao povo para pagar aos agiotas.

Em dezembro de 1984 o governo português teve de tomar medidas restritivas e impopulares (aumento de preços e de impos-tos) para satisfazer os compro-missos contraídos com o FMI.

Os impostos são sempre mal recebidos pela população. E é por causa dos impostos que a economia não registada, mais conhecida por economia paralela,

atingiu em 2013 27% do PIB. A economia paralela aproxima--se dos 46 mil milhões de euros, montante que equivale a 60% da ajuda da troika. O peso dos impostos diretos e indiretos e das contribuições para a segurança social e a taxa de desemprego são as principais justificações para a subida.

Portugal foi o país membro onde a carga fiscal mais aumentou em 2013 face a 2012. As reformas do “mercado livre” favorecem o desenvolvimento de actividades

Ignora-se há quanto tempo, porquê, como e onde apareceram os primeiros homens à superfície da terra. Mas desde que apare-ceram, sabe-se que passaram a viver em grupos ou sociedades. E o modo de vida desses homens estava relacionado com o ambien-te geográfico. Mas há uma coisa que todos sabemos: o homem foi sempre contra impostos, antes e depois de Cristo.

Se folhearmos a história de Portugal e pararmos nos anos 1410; 1845; 1870 e 1984 veri-ficamos que as reformas fiscais

alarmaram sempre a população em geral, independente da sua condição económica e social.

Em 1410 o contrabando pre-ocupa o fisco. Há muito contra-bando. Para fugirem aos impostos da dízima (décima), mercadores e mareantes escondem as mer-cadorias nas arcas dos barcos e noutros lugares para não serem achados pelos homens do arma-zém real. Em 1845 as novidades da reforma tributária estão a ser mal recebidas pelas populações rurais. Os lavradores maltratam

ilícitas, bem como a internaciona-lização de uma economia crimi-nosa. As organizações criminosas têm vindo a investir na aquisição

de bens do Estado ao abrigo dos programas de privatização apoia-dos pelo FMI e Banco Mundial. Segundo as Nações Unidas, a receita total a nível mundial das “organizações criminosas transa-cionais” é da ordem de um milhão de biliões de dólares, represen-tando um montante equivalente do PIB do grupo dos países com baixo rendimento com uma popu-lação de cerca de 3 mil milhões de pessoas.

Esta estimativa das Nações Unidas abrange tráfico narcótico,

"Os impostos são sempre mal recebidos pela população. E é por causa dos impostos que a economia não registada, mais conhecida por economia paralela, atingiu em 2013 27� do PIB. A economia parale-, atingiu em 2013 27� do PIB. A economia parale-la aproxima-se dos 46 mil milhões de euros, montante que equivale a 60� da ajuda da troika"

"Segundo as Nações Unidas, a receita total a nível mundial das “organizações criminosas transacionais” é da ordem de um milhão de biliões de dólares, representando um mon-tante equivalente do PIB do grupo dos países com baixo rendimento com uma população de cerca de 3 mil milhões de pessoas"

ATUALIDADEJornal de Vila Meã - janeiro de 2015 3

A importância da alimentação na pessoa idosa

de doenças infeciosas, diminuição da capacidade física, anemia, ulceras de pressão, quedas, fratu-ras e maior dificuldade em recuperar de proces-sos patológicos. Por outro lado pode também conduzir à obesidade e aumento do risco de vir a desenvolver diabetes, hipertensão arterial, enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral, artro-ses, entre outros. A alimentação desadequada no idoso contribui ainda para o desenvolvimento de carências isoladas de vitaminas e minerais que levam ao aumento do risco de desenvolver doenças infeciosas e cardiovasculares.

Para uma boa alimentação, é importante que

o individuo idoso distribua os alimentos ingeri-dos ao longo do dia, fazendo refeições a cada 3 horas e meia, não deixe que o jejum noturno seja superior a 10 horas e tome o pequeno-almoço na primeira hora após acordar. Para prevenir a desidratação deve ingerir água em abundância, podendo ser água simples ou em infusões de ervas sem açúcar, sumos de fruta naturais sem açúcar e sopas. Deve realizar uma alimentação adaptada às necessidades e gostos, equilibrada e variada com a ingestão de 2 a 3 peças de fruta diárias, legumes em abundancia, pelo menos meio litro de leite ou seus derivados e restringir a ingestão de sal, açúcar e gordura, alimentos ricos nestes e bebidas alcoólicas. As refeições devem ser pouco volumosas, servidas de forma agradá-vel, a uma temperatura adequada e num ambien-te calmo. Caso tenha problemas de mastigação, os alimentos devem ser bem cozinhados e se necessário triturados: bater com varinha mágica os vegetais, ralar as frutas maduras ou cozinha--las e picar a carne e o peixe. Para aumentar a digestibilidade das refeições, estas devem ser cozinhadas com pouca gordura, pouco sal e

especiarias, preferindo as ervas aromáticas; os legumes bem cozinhados são melhor digeri-dos do que os crus, assim como os alimentos frescos ou congelados devem ser preferidos aos processados e conservados (fumeiro e con-servas). Acompanhar ou finalizar as refeições com infusões digestivas como tília, hipericão, funcho e limonete também aumenta a digestibi-lidade. Deve evitar deitar-se imediatamente após a refeição ou adotar uma posição com 30⁰ de inclinação. Complementando uma boa alimen-tação, deve praticar exercício físico diariamente, mantendo um estilo de vida ativo.

Uma alimentação adequada e um estilo de vida ativo têm um papel preponderante na manutenção da qualidade de vida da pessoa idosa através da minimização do risco de desen-volver potenciais problemas de saúde, acele-ração do processo de recuperação em caso de doença e manutenção da capacidade física para realizar tarefas diárias.

Ana Catarina TeixeiraNutrição e Dietética

[email protected]

Na maioria dos países do mundo, a propor-ção de indivíduos com mais de 65 anos de idade tem vindo a aumentar mais rapidamente do que qualquer outro grupo etário. Este fenómeno pode ser visto como um sucesso das políticas de saúde pública e do desenvolvimento socioeconómico, assim como um desafio para a sociedade maxi-mizar a saúde, participação social e segurança dos idosos. O envelhecimento é um processo irreversível e natural do ser humano. A velocida-l do ser humano. A velocida-de da sua progressão depende de fatores que não podem ser alterados mas também de fatores que podem ser modificados como o estilo de vida.

Nem sempre a alimentação no idoso é a mais adequada devido a diversos fatores como o isolamento, hábitos tradicionais, alcoolismo, analfabetismo, fatores económicos, problemas familiares, doenças crónicas, dificuldade em cozinhar, falta de apetite, alterações do paladar e olfato, dificuldades de mastigação, redução da sensação de sede, entre outros. Uma alimentação inadequada no idoso contribui, por um lado, para o desenvolvimento de desnutrição que pode conduzir a um aumento do risco de vir a sofrer

Jornal de Vila Meã (JVM) -Desde quando é ator?Hugo Mestre Amaro (HMA) -Comecei a fazer teatro aos treze anos, na escola secundária, e não parei até hoje. Faço-o profissionalmente desde 1999. JVM - O que o motivou a escolher esta pro-fissão?HMA - Não foi uma escolha, na verdade. Estou nesta profissão porque uma sucessão de aconte-cimentos a ela me levaram e não sei fazer outra coisa, não me vejo a fazer outra coisa e é-me tão natural e inevitável quanto me chamar Hugo e ter olhos azuis. JVM -Quais foram os trabalhos que o mar-caram mais?

HMA- Em teatro, mais recentemente, houve dois trabalhos que me marcaram muito, fizeram--me crescer profissionalmente e deram-me um tremendo gozo: “Cabaret Alemão” e “Mana Solta a Gata”. Paralelamente ao meu trabalho enquanto ator ao serviço de projetos liderados por outras pessoas, tenho encenado também e cofun-dei, em 2002, uma pequena companhia de teatro, a Azul Ama Vermelho, e nessa companhia tenho podido encenar e produzir espetáculos escritos por mim e projetos por nós criados de raiz e isso

é, até hoje, para mim muito marcante; é a minha casa, o expoente máximo da minha expressão. Em cinema destaco três filmes que adorei fazer: “Lavado Em Lágrimas” de Rosa Coutinho Cabral, “Cinerama” de Inês Oliveira e, claro, “Os Maias” de João Botelho. JVM -Como foi interpretar a personagem de Dâmaso Salcede no filme Os Maias?HMA- Foi um grande presente que o realizador João Botelho e o produtor Alexandre Oliveira me deram. O Dâmaso é uma personagem icónica, de uma obra icónica, de um autor icónico e monu-mental, logo, foi com grande alegria que aceitei o convite e lancei-me neste desafio que foi dar con-cretização ao cretino Dâmaso que todos temos na memória. Foi muito divertido, algo trabalhoso e muito estimulante. Guardarei sempre excelentes memórias de todo este processo. JVM -Quais foram as grandes dificuldades para dar vida a esta personagem?HMA- A principal dificuldade foi ter de engordar para que o Dâmaso ficasse efetivamente gordo, tive de aumentar perto de vinte quilos e, assim, tornar-me obeso em vários meses. Na verdade, essa parte foi relativamente fácil: comi tudo, sobretudo tudo aquilo que não se deve comer, e em exagero. A dificuldade residiu em fazer o caminho inverso. Mas foi uma dificuldade que se tornou uma mais-valia para o meu futuro e para a vida. Porque, felizmente, encontrei uma forma, através do método clínico Pronokal, que me permitiu deixar de ser obeso em quatro meses, já perdi vinte e seis quilos, mas de forma sau-dável, clinicamente acompanhada e com méto-do. E todo este processo deixou-me com ferra-mentas, conhecimentos e consciência sobre a forma como me devo alimentar e ter uma vida

mais saudável e menos sedentária. Outra difi-culdade que encontrei foi a necessidade de dar humanidade ao Dâmaso, tornar concreto o que estava escrito, e não fazer uma mera caricatura. Mas acho que superei todas essas dificuldades, modéstias à parte. (Risos.) JVM –Que testemunho deixa a outros jovens que queiram enveredar na carreira de artista?HMA- Leiam muito, vejam o máximo de espe-táculos, exposições, filmes, concertos que pude-rem. Consumam arte e discursos artísticos. Vejam muita pintura. Interessem-se pela arte e pela sua história. Leiam os clássicos, está lá tudo. É fundamental ter-se universo. E preparem-se para que tudo corra da maneira mais improvável que possam imaginar. Não tenham quaisquer precon-ceitos e pensem que o trabalho e a fama não são necessariamente a mesma coisa. A fama é outra coisa; para mim, cada vez menos interessante.

JVM -Para vingar no mundo da representa-ção é necessário prescindir de muitas coisas. O que foi para si mais difícil?HMA- Não sei o que é isso de vingar no meio da representação; não sei porque não é uma coisa em que pense, não é uma preocupação absoluta. Fazer teatro, cinema, dobragens, encenar, escre-ver, significam para mim paralelamente duas coisas paralelas: a minha profissão e a minha expressão. Eu sou uma pessoa que precisa de fazer essas coisas e que vive e subsiste disso. Não consigo mesmo apontar coisas de que tenha de prescindir ou que sinta que perdi. Em alturas em que estou com mais trabalho, o que, felizmente, nos últimos anos tem acontecido com frequência, acontece que tenha menos tempo para mim, para a família, amigos, ir ver espetáculos, ler, descan-

sar, fazer absolutamente nada, mas é normal que assim seja. Os processos artísticos são, por norma, intensos, determinados no tempo e cíclicos, isso faz parte da sua natureza, logo, é normal que quando estamos em determinado processo ele seja uma prioridade e se torne naquilo para que a maioria da nossa energia, tempo e atenção sejam canalizados. Mas também não sou apologista do sofrimento e da anulação em virtude do trabalho. No dia em que sentir que o meu trabalho me anula e me faz sofrer, que me priva de coisas essenciais, então, vou fazer outra coisa qualquer. Não sei é o quê. Não sei fazer outras coisas. JVM - O que achou da população de Vila Meã?HMA- Fomos extremamente bem recebidos. Achei bastante comovente a forma como a popu-lação tem apreço pela cultura, pelo Cineteatro Raimundo Magalhães (que achei lindo e carre-gado de história) e como a direção do Cineteatro se esforça para que este seja uma casa de cultura e um sítio especial. Comoveu-me francamente. Senti-me mesmo muito bem em Vila Meã. JVM –Quais os próximos trabalhos que irá realizar? HMA- Neste momento estou em ensaios da nova produção do Teatro Do Bairro (que é a minha sede, onde faço direção de cena e em cuja companhia sou ator residente), um espetáculo encenado pelo António Pires e que irá estrear em março. Paralelamente, estou a fazer dobra-gens em diversas séries de bonecos animados e tenciono, lá mais para o segundo semestre de 2015, encenar um peça escrita por mim com a minha companhia: Azul Ama Vermelho.

Entrevista a Hugo Mestre Amaro ator do filme "Os Maias" apresentado em Vila Meã

Macedo’s Pirotecnia comemorou 80 anosNo passado dia 31 de janeiro o Grupo

Macedo’s Pirotecnia, líder nacional na área da pirotecnia e iluminações festivas, comemorou oito décadas de existência no Hotel Quinta da Cruz, em Vila Meã. O evento contou com a presença dos colaboradores, clientes, par-ceiros e representantes de várias instituições locais.

Para Carlos Macedo este evento foi muito significativo porque a Macedos começou na geração do seu avô, com uma empresa local,

e hoje na terceira geração é um grupo de várias empresas, com visibilidade no merca-do nacional e internacional.

“Resolvemos criar este evento no sen-tido de mostrar aos nossos clientes não só toda nossa história como também todo o processo que está por detrás do fogo-de-arti-fício. Muitas vezes passa despercebido que as empresas portuguesas têm representação no estrangeiro, e dessa forma mostramos as dezenas de países onde já levamos Portugal,

assim como as centenas de prémios que já alcançamos em todo o mundo, devido à nossa experiência no mercado aliada à tecnologia”.

Durante o convívio os convidados pude-ram visitar a exposição patente subordinada ao tema “MACEDOS PIROTECNIA 80 ANOS DE SUCESSOS”, e assistir à exibição das novas coleções de iluminações festivas, assim como à apresentação de novos efeitos pirotécnicos, acompanhados de um vasto programa de apresentações artísticas.

ATUALIDADEjaneiro de 2015 - Jornal de Vila Meã4

TOPONÍMIA DE VILA MEÃRua Acácio Lino

A Rua Acácio Lino situa-se na freguesia de Ataíde. É perpendicular às Ruas de António Nobre e da Calçada. Homenageia um famoso vilameanense, notável artista e prestigiado professor de Belas-Artes.

Acácio “Lino” de Magalhães nasceu na Casa de Pedreira, freguesia de Travanca, no dia 25 de Fevereiro de 1878. Era filho de Rodrigo Pereira de Magalhães (natural de Oliveira) e Maria do Carmo Pinto de Carvalho (natural de Mancelos); neto paterno de Joaquim Pereira de Magalhães e de Eufrásia Rosa Coelho; neto materno de José Justino Pinto de Carvalho e de Guilhermina Cândida. A sua pro-fessora de Instrução Primária, Raquel Adília de Magalhães, cujo namorado de então se chamava Lino, acrescentar-lhe-ia este nome. E Acácio Lino ficaria para sempre.

Após completar a Instrução Primária vai estudar para o Porto, vivendo com seu irmão Albano (então advogado) na Rua do Paraíso, n.º 90. Frequentou sucessivamente o Colégio de Nossa Senhora da Lapa e o Colégio de S. Carlos, antes de ingressar no Liceu (que então funcionava na Rua de S. Bento da Vitória). Por essa altura já Acácio Lino tinha lições de Desenho (por iniciativa de seu irmão), frequen- já Acácio Lino tinha lições de Desenho (por iniciativa de seu irmão), frequen- (por iniciativa de seu irmão), frequen-tando aos domingos o atelier de Marques Guimarães (no 1.º andar do prédio do actual restaurante “O Escondidinho”). Como este artista passasse a leccionar, na Academia Portuense de Belas-Artes, a dis-ciplina de Desenho Histórico (por ausência temporária de Marques de Oliveira) e a de Escultura (vaga pela morte de Soares dos Reis), Acácio Lino acabaria por frequentar também essas aulas. Embora não desamparando completamente os preparatórios para Medicina (curso a que seu pai o destinava), esses estudos acabaram por ficar “enfraquecidos”, até porque, a juntar às actividades atrás referidas, Acácio Lino estudava ainda, à noite, modelo vivo no Centro Artístico, na Rua de Sá Noronha. Entretanto, seu irmão partira já para Macau, como sub-delegado do Ministério Público, dando início a uma brilhante carreira de magistrado que culminaria, anos mais tarde, com a nomeação para Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.

Sem que tivesse avisado seu pai, Acácio Lino acabará, pois, por se matricular também nas Belas-Artes. Estava já no 5.º ano de Desenho Histórico quando o seu progenitor (finalmente avisado do que se passava) o mandou regressar a Travanca. Por aqui ficou cerca de dois anos, até que um dia se encheu de coragem e pediu para continuar os estudos. “Desde que não fizeste o que eu mandei, faz lá o que qui-seres”, disse-lhe o pai. No dia seguinte, eis Acácio Lino de novo matriculado em Belas-Artes (Pintura e Escultura), cursos que seguiu até ao 3.º ano.

Como seu pai lhe cortara a mesada, sobrevivia com os retratos que fazia a craion, muitos deles por encomenda do seu conterrâneo e amigo António da Silva Cunha (o famoso Cunha da Confiança), que mandava vir fotos dos seus amigos do Brasil (onde estivera durante alguns anos) e lhos pagava a 4$500 réis quando o preço “normal” para portugueses era de apenas 2$500. Com o que ganhava (e diga-se, com o que seu pai lhe fazia chegar às mãos por parente e amigos, sem que ele soubesse da verdadeira proveniência) Acácio Lino pôde alientar-se, vestir-se e pagar o quarto (9$000) numa casa de hóspedes onde passou a viver, na Rua de Santa Catarina, por cima dos Armazéns da Beira.

Com Júlio Vaz e outros condiscípulos, abrirá então, na Rua de Malmerendas, n.º 44 (actual Rua Alves da Veiga) um centro (a que chamavam “Julinho”) para estudo de modelo vivo. Por lá aparecia o seu querido mestre Marques de Oliveira para ensinar e corrigir os jovens artistas. Por essa ocasião, Acácio Lino executará aquela que foi provavelmente a sua primeira encomenda enquanto escultor: o busto do músico Ciríaco Cardoso.

Aproveitando a abertura de um concurso para pensionista do Estado, em Paris, Acácio Lino (então aluno do 3.º ano de Pintura Histórica) decide concorrer. O escolhido, porém, foi Constantino Fernandes. No ano seguinte, abre novo concurso. Acácio Lino, único candidato, foi naturalmente seleccionado, sendo votado por unanimidade. Seguiu para Paris em Abril de 1904 onde reencontra Constantino Fernandes, com quem almoça diariamente na companhia de outro artista, Alves Cardoso, e de Brito Camacho, médico militar, jornalista, escritor e futuro destacado político republicano.

O seu percurso na capital francesa passou pela Academia Julian, onde teve por professor Jean-Paul Laurens, e pela Escola de Belas-Artes, com Fernand Cormon como seu mestre. Frequentava esta Escola quando tem notícia da morte de sua noiva, Maria Leonor.

Após umas férias em Portugal (1906), regressa a Paris para continuar os estudos. Dois anos mais tarde visita a Suiça e a Itália. No regresso à Pátria, a vida corre-lhe “docemente”, leccionando no Liceu Alexandre Herculano. Após o falecimento do escultor Teixeira Lopes, vai ocupar o seu lugar na Escola de Belas Artes do Porto, onde permanecerá até à sua aposentação.

No Verão de 1913, Acácio Lino adere à Maçonaria. É iniciado, no Porto, em 29 de Julho desse ano, na Loja Luz e Vida, n.º 325, do REAA (Rito Escocês Antigo e Aceito), com o nome simbólico de “Vinci”. Atingiu o grau 3.º em 23 de Janeiro de 1914, ano em que saiu da Obediência com a Loja (31 de Outubro). A sua saída não foi seguramente estranha à grave cisão então verificada no Grande Oriente Lusitano Unido, que viu então significativamente reduzido o número dos seus Triângulos, Lojas e “obreiros”.

Com uma forte paixão pelo desenho histórico, pintura paisagística e retrato, Acácio Lino assinou inúmeras obras. Alguns retratos (por exemplo os do Dr. Antero Brochado e de Moreira Teles), a “Batalha de S. Mamede” (a que chama, certeiramente, “A Primeira Tarde Portuguesa”), o “Grande Desvairo” (actualmente no Museu de Amarante, em que trata de maneira muito impressiva a relação de D. Pedro e D. Inês de Castro) e “Leonor Teles” são alguns dos seus principais quadros. Na escultura, para além do já referido busto de Ciríaco Cardoso, destacam-se os de Lago Cerqueira, Soares dos Reis, e um outro, feito em mármore de Itália, em homenagem à sua esposa Dina, bem como um medalhão do Mestre José de Brito.

As suas obras encontram-se no Museu Nacional de Arte Contemporânea e Assembleia da República, em Lisboa, Museu de Soares dos Reis e Teatro Nacional de S. João, no Porto, Museu Grão Vasco, em Viseu, Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, e Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante. As condecorações que recebeu (três graus sucessivos da Ordem de Santiago da Espada, comenda da Ordem de Cristo, medalhas de honra da Sociedade Nacional de Belas Artes e da Cidade do Porto) espelham o justo reconhecimento de uma carreira admirável.

Acácio Lino faleceu no Porto, na casa onde vivia (Largo Soares dos Reis), no dia 18 de Abril de 1956. As cerimónias fúnebres tiveram lugar, no dia seguinte, na Igreja do Bonfim, após as quais o féretro seguiu para o cemitério de Travanca onde ficou sepultado junto da sua querida Dina, “uma inteligência e uma dedicação muito raras de encontrar na vida” com quem teve (é o próprio Acácio Lino quem o diz num livrinho de memórias que intitulou Recordando…) “a vida mais feliz que pode imaginar-se”.

António José Queiroz

DOENÇA PERIONDONTAL NO CÃO E GATO

SAÚDE ANIMAL

Rafaela TeixeiraMédica Veterinária

Centro Veterinário de Vila Meã

nhia. O uso de dentífricos humanos é contraindicado, pois possuem um elevado teor de flúor, podendo causar irritação gástrica. A escovagem dos dentes deve ser iniciada o mais cedo possível na vida do animal, pois o su-cesso da escovagem depende da co-operação do animal, mas também da motivação do proprietário.

Como coadjuvantes da escova-gem, podem utilizar-se produtos den-tífricos enzimáticos, sticks dentários abrasivos ou até mesmo alguns brin-quedos responsáveis pelo desgaste da placa dentária.

Uma vez instalada a doença perio-dontal, é necessário recorrer ao trata-mento veterinário, nomeadamente à destartarização, de forma a remover a placa bacteriana existente. Em situa-ções mais graves pode ser necessário proceder à extração cirúrgica do den-te.

Concluindo, a doença periodontal não pode ser vista como um problema isolado mas como um todo, uma vez que pode ser o ponto de partida para várias afeções sistémicas, podendo comprometer a qualidade de vida do nosso animal de estimação. A preven-ção é essencial.

Para qualquer esclarecimento adi-cional, não hesite em contactar o seu Médico Veterinário.

As doenças orais são aquelas que surgem com maior frequência na clí-nica de animais de companhia, sendo a doença periodontal e o cálculo den-tário as doenças orais mais comuns.

A doença periodontal refere-se à inflamação induzida pela placa bacte-riana nas estruturas de suporte do den-te, afetando a gengiva, o ligamento periodontal, o cemento e o osso alve-olar. À medida que a idade aumenta, a prevalência e a gravidade da doença também aumentam, afetando a maio-ria dos animais com mais de cinco anos de idade. A presença de bactérias na placa dentária desencadeia um pro-cesso inflamatório local, podendo ser acompanhada de halitose, hemorragia gengival, dor aquando a mastigação, anorexia, perda de peso, podendo ter-minar com a queda do dente. As bac-térias orais podem ainda alastrar-se a partir do local de infeção por via san-guínea e provocar reações inflamató-rias noutros órgãos, como o cérebro, o coração, o rim, o fígado e o pulmão. A doença periodontal pode ainda ser um fator de risco para o aparecimento de diabetes, pois há indícios de que ani-mais portadores desta doença possam ser mais resistentes à ação da insulina.

A aplicação de medidas preventi-vas é essencial, sendo a escovagem dentária de rotina a melhor forma de prevenir a doença periodontal. O sim-ples ato de escovar os dentes promove o desgaste mecânico da placa bacte-riana, evitando o seu desenvolvimen-to. O ideal seria uma escovagem de pelo menos três vezes por semana, de-vendo utilizar-se uma escova própria e uma pasta dentífrica especialmente formulada para animais de compa-

AlegreContorno estabelece parceria inovadora para apoiar crianças autistas

O AlegreContorno- Centro de Desenvolvimento e Estimulação Infantil e a FOCUS estabeleceram uma parceria num forte esforço de promover o acesso ao Modelo Denver de Intervenção Precoce a crianças com Perturbações do Desenvolvimento e Espetro do Autismo.

Esta parceria visa apoiar os profissionais do Alegre Contorno na Implementação do Modelo de Denver de Intervenção Precoce (Early Start Denver Model - ESDM) com as crianças com quem trabalham.

Com esta nova aposta pretende-se aumentar o nível do desenvolvimento, em todos os domínios, das crian-ças com Perturbações do Espetro do Autismo e simultaneamente diminuir os seus sintomas.

Esta intervenção foca-se, principal-

mente, no estímulo das competências sócio emocionais, cognitivas e de lin-guagem das crianças, uma vez que o desenvolvimento destes domínios é particularmente afetado pelo Autismo.

Para uma avaliação e acompanha-mento eficientes estará disponível uma equipa, composta por diferentes profissionais, de modo a avaliar as necessidades de cada criança e o plano de aprendizagem mais adequado. Para além disso, os pais/ cuidadores serão uma parte integrante neste processo de forma a atingir-se resultados rápidos e eficazes.

Ana BessaPsicologa

ATUALIDADEJornal de Vila Meã - janeiro de 2015 5

Rede de Apoio à Atividade Económica e ao Empreendedor apresentada em Amarante

A Associação Empresarial de Vila Meã (AEVM) participou no passado dia 20 de janeiro na ação de divulgação da Rede de Apoio à atividade económica e empreendedorismo na região do Tâmega e Sousa e do “Prémio Tâmega e Sousa Empreendedor”. O encontro decorreu no auditório da Casa da Portela e foi promovido pela Câmara Municipal de Amarante em parceria com a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.

Rosário Meneses, técnica representante da AEVM no evento, salientou que este projeto é um passo de extrema relevância. “Empreendedorismo faz parte do ADN das Associações Empresariais e uma das nossas tarefas é tentar levar a “bom porto” as iniciativas das empresas. A Rede final-mente está preparada, pois junta vários protagonistas num sentido comum, o de apoiar novas ideias/novos negócios/novos projetos”. A técnica alertou ainda que “tal como não há empregos para a vida, tam-bém não há empresas para a vida. A for-mação, reciclagem, cooperação e criativi-dade têm de ser uma constante”.

Geraldino Oliveira, presidente da AEVM, acredita que esta Rede de Apoio Empresarial que congrega 11 municípios, 12 associações empresariais e diversas instituições é uma mais-valia para a região do Tâmega e Sousa, uma vez que o esfor-ço coletivo fará com que a resposta às dificuldades dos empresários e futuros empreendedores seja mais eficaz. “Espero

que surjam muitos projetos inovadores que acrescentem valor à nossa região de forma a conseguirmos uma nova realidade económica que nos permita ser mais com-petitivos no mercado e reconhecidos em todo o mundo”.

No lançamento da rede, na sede Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM-TS) , que decorreu no passado dia 14 de janeiro foram assinados protocolos de cooperação com 23 parcei-ros estratégicos de forma a alcançar maior dinamismo empresarial, naquela que é uma das regiões mais jovens do país.

Os balcões de apoio ao empreendedor estarão espalhados pelos 11 municípios, onde, junto de técnicos devidamente habi-litados, as pessoas poderão obter as infor-mações necessárias para concretizar as suas ideias.

O suporte de back office será garantido pelas instituições de ensino universitário parceiras - Escola Superior de Gestão de Felgueiras (ESTGF-IPP); Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD); Universidade Católica - e pelo Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa.

A fim de dar visibilidade a esta rede, foi ainda oficialmente apresentado à comunidade o prémio «Tâmega e Sousa Empreendedor – Onde as ideias se con-cretizam».

Cofinanciado pelo ON.2 - O Novo Norte, este concurso visa captar novas ideias de negócio, premiar os melhores projetos empresariais e, acima de tudo, corroborar o estímulo ao empreendedoris-mo no território – objetivo basilar de todo o projeto.

A CIM-TS é composta pelos municípios de Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Penafiel e Resende. É considerada uma das regiões mais jovens do país, com cerca de 500.000 habitantes e uma área correspondente a 8,6% da zona Norte, apresentando um tecido empresarial dominado por micro, pequenas e médias empresas, evidenciando-se os sectores têx-

til, calçado, mobiliário, metalomecânica, extração e transformação de pedra e pro-dução de vinho verde.

Prémio “Tâmega e Sousa Empreendedor – Onde as

ideias se concretizam!”Até ao dia 31 de março os balcões do

empreendedor irão apoiar os candidatos ao prémio “Tâmega e Sousa Empreendedor – Onde as ideias se concretizam”. As candidaturas devem ser carregadas no site http://empreendedor.cimtamegaesousa.pt . Para o esclarecimento de dúvidas os inte-ressados devem recorrer aos balcões do empreendedor para saber: quem pode con-correr, qual o enquadramento que devem ter as ideias candidatas, quais os requisitos, os critérios de seleção e premiação e quais os prémios para cada uma das 4 categorias

a concurso.

Categoria 1 – IDEIAS INOVADORAS E CRIATIVAS- Premiar as melhores ideias de negócio que se desenvolvem na região (empresa não formalizada);- Projetos que potenciem o aparecimento de novos produtos, novos processos pro-dutivos, novos serviços, novas formas de comercialização ou novas abordagens de mercado na região;- Potencial de desenvolvimento e exequi-bilidade num período máximo de 1 ano.Promotores - Pessoas em nome individual, sem atividade iniciada, que tenham uma ideia de negócio a desenvolver no Tâmega e Sousa.

Categoria 2 – NOVAS EMPRESAS INOVADORAS- Empresas já constituídas, até 3 anos;- Inovação, criatividade, sustentabilidade e interesse estratégico para a região;- Perspetivas elevadas de internacionaliza-ção dos seus serviços e/ou produtos.Promotores - Empresários em nome individual ou coletivo que tenham atividade no Tâmega e Sousa, com atividade há menos de 3 anos.

Categoria 3 – EMPRESAS DINÂMICAS- Empresas já instaladas na região, com mais de 3 anos de atividade;- Importância estratégica regional, criativas e inovadoras nos seus processos, produtos ou serviços;- Forte dinâmica exportadora e impacto económico, social e ambiental.Promotores - Empresários em nome individual ou coletivo que tenham atividade no Tâmega e Sousa, com atividade há mais de 3 anos.

Categoria 4 - Criativa – FOTOGRAFIA- Retratar as singularidades da região do Tâmega e Sousa (a paisagem, a cultura, as tradições e as pessoas, respondendo ao repto “Tâmega e Sousa Único”);- Premiar a fotografia que melhor traduza as diferenças e singularidades da região do Tâmega e Sousa;- Concurso de âmbito nacional.Promotores - Pessoas maiores de idade, em nome individual ou coletivo.

Mais informações poderão ser consul-tadas em http://empreendedor.cimtamega-esousa.pt ou num balcão do empreendedor.

Balcões em funcionamento: Municípios de Amarante, Resende, Marco de Canaveses e Felgueiras.

Abertura dos próximos bal-cões:Dia 9 de fevereiro- Celorico de BastoDia 11- CinfãesDia13- Paços de FerreiraDia 19- Castelo de PaivaDia 20- Lousada e PenafielDia 22- BaiãoFinal do mês de fevereiro- Associações empresariais.

ENTREVISTAjaneiro de 2015 - Jornal de Vila Meã6

Carlos Macedo representante do Grupo Macedo’sLíder nacional na área da pirotecnia e iluminações festivas

Jornal de Vila Meã (JVM) - Há quan-tos anos existe a empresa MACEDO’S PIROTECNIA, LDA? Carlos Macedo (CM) - 80 anos.JVM - Como é que tudo começou? CM- Estamos na 3ª geração, iniciou-se com o avô Joaquim Macedo, depois passou para o filho também Joaquim Macedo e agora está com os netos, quatro irmãos (Carlos, José, Fernando e Madalena).Atualmente o Grupo Macedos Pirotecnia é composto pelas empresas Macedos Pirotecnia, Lda.; Iluminações Teixeira Couto Unipessoal, Lda.; Sucessos Q.B. Produção Artísticas, Lda.; Fogos-de-artifício Joaquim Macedos e Filhos, Lda.; San Tão Sociedade Imobiliária S.A. e Macedos Pirotecnia Açores, Lda..JVM - Quantos funcionários têm atual-mente?CM- A tempo inteiro, no grupo, são cerca de 60 pessoas e a tempo parcial cerca de 150 técnicos. JVM - Que tipo de serviços disponibiliza? CM- Espetáculos com fogo-de-artifício, ilu-minações decorativas de romarias, natalícias, luz e som e produção de eventos em geral. JVM - Que tipo de produtos vende? CM- Venda de artigos de pirotecnia.JVM - Para que países exportam? CM- Na nossa história constam países como China, Coreia do Sul, Filipinas, Macau, Canadá, Estados Unidos, México,

Brasil, República Checa, Polónia, Ucrânia, Itália, França, Alemanha, Espanha, Mónaco, Moçambique, Cabo Verde, Suíça, entre outros.JVM - Qual a importância do mercado internacional?CM- Num contexto de crise nacional como a qua já vivemos a qual, felizmente, estamos a ultrapassar, foi e continua a ser importante a pesquisa de novos mercados para colmatar a perda de algum poder de compra e expan-dir os negócios da empresa. Foi isso que fizemos e continuamos a fazer.JVM - Participam assiduamente em fes-tivais internacionais. Quais acha serem os principais benefícios da participação nesses certames?CM- São uma forma de promover os nossos produtos e com isso potenciar as vendas de produtos e serviços, dentro e fora de Portugal.JVM - Quais os prémios que já ganharam em Portugal e no estrangeiro que foram mais significativos para a empresa? CM- Desde logo o registo do espetáculo pirotécnico de fim de ano na Madeira, do ano 2006, no livro do Guinness World of Records. Temos muitos prémios conseguidos para Portugal em competições internacionais em vários países do mundo (e mesmo mais que um por país onde já participamos) como por exemplo: Macau, Shanghai, Canadá, Espanha, Polónia, México, Itália, França, Mónaco, etc. Entre empresas portuguesas os prémios que mais nos orgulham (embora sejam todos igualmente bons) são o primeiro prémio obtido no Festival do Atlântico na Madeira, os prémios de “Melhor evento de animação em Portugal” e Melhor logística em eventos” obtidos na Gala de Eventos realizada todos os anos em Lisboa, mas tam-bém dezenas de primeiros prémios obtidos pela Macedos durante algumas décadas.JVM - Quais foram os progressos mais marcantes desde a abertura da empresa?

Mouriz Paredes, local onde se mantém a sede e as instalações fabris.Em outubro de 2006 foi adquirida pelo Grupo Macedos, através da San Tão, SA. Era uma empresa parada no tempo, mas que já havia sido líder nacional no ramo das iluminações. Graças ao seu bom nome no mercado resolvemos manter a denominação comercial da empresa.JVM - Porque aumentaram esta valência ao grupo Macedos? CM- As iluminações e a pirotecnia são, naturalmente, um complemento de negócio. Ora vendem-se iluminações aos clientes de pirotécnica, ora acontece o contrário, por-que são ambas as valências necessárias no mesmo tipo de eventos. Também aproveita-mos para oferecer um produto misto, ou seja iluminações com fogo-de-artifício, usando as mesmas estruturas, ou no fogo-de-artifício usamos luzes e outras estruturas desta ativi-dade. Já agora, devo lembrar, que uma das empresas do grupo, a Sucessos QB, vende o “pacote completo” para qualquer evento, ou seja, iluminações, fogo-de-artifício, artistas, projeção, palcos e tendas, catering, etc. Faz a produção completa de qualquer evento.JVM - Quantos empregados têm atual-mente?CM- Atualmente, cerca de 40 pessoas a tempo inteiro.JVM - Que tipo de serviços disponibili-zam?CM- Já referimos antes, mas são, basi-camente, iluminações festivas e de Natal, palcos, projeção de luz e som.JVM - A empresa já alcançou projeção nacional neste ramo? CM- A resposta a esta questão pode ser dada com a indicação dos serviços efectu-ados pela empresa no passado Natal com iluminação na cidade de Lisboa, Porto, Coimbra, Almada, Sobral de Monte Agraço, Lumiar, Lixa, Mondim de Basto, Amarante, Penafiel, Celorico de Basto, Barcelos, Ponta Delgada e Ribeira Grande, nos Açores, entre muitas outras localidades. Nas festas e roma-rias temos feito serviços do Minho até ao Algarve.JVM - Próximos objetivos que pretendam alcançarem no ramo das iluminações? CM- A internacionalização deste negócio. Estamos a envidar todos os esforços para conseguir exportar os nossos serviços de decoração e iluminação.

CM- A obtenção em 2002 da certificação do sistema de gestão da qualidade, ISO 9001, foi certamente um importante passo no progresso e desenvolvimento da empresa, a par de investimentos em equipamentos, tecnologicamente os mais avançados, e em infraestruturas de fabrico e de armazena-gem deslocalizadas geograficamente (Lixa, Madeira e Açores, nesta em duas ilhas) e a regular formação profissional dos nossos técnicos.JVM - Quais são as grandes diferenças e trunfos em relação à concorrência? CM- Uma gestão profissional e por objecti-vos. Cada membro da equipa, sejam comer-ciais, criativos, administrativos ou fabris, trabalham e recebem, por objectivos, este é um trunfo importante. Formação e reconhe-cimento dos nossos técnicos. Uma equipa de profissionais satisfeitos e empenhados é meio caminho andado para o sucesso e evita conflitos e problemas de gestão. Há ainda outro fator de muita relevância para a diferenciação com a concorrência: trabalha-mos em função da qualidade e da segurança do produto e do serviço e não do preço. O cliente é isso que procura, mais cedo ou mais tarde vem dar-nos a preferência. Deixemos claro que a nossa sede, fábrica e base é na freguesia de Santão (Lixa), concelho de Felgueiras, isto para que não haja equívocos ou confusões convenientes como têm vindo a acontecer.JVM - O que torna a sua empresa uma referência no mercado a nível inovador? CM- O dinamismo de todos os trabalha-dores e dos dirigentes, sempre à procura da melhor solução técnica e de mais segurança.JVM - A que se deve o crescimento do negócio? CM- à qualidade do produto e serviço e ao profissionalismo dos técnicos que dão con-fiança aos clientes e outros parceiros.JVM - Que tipos de apostas ainda estão por fazer? CM- Em novos mercados e novas áreas de negócio para o grupo de empresas. Estamos sempre insatisfeitos e em constante busca de novos desafios.JVM - Quando surgiu a empresa ILUMINAÇÕES TEIXEIRA COUTO UNIPESSOAL, LDA?CM- A empresa Teixeira Couto tem 54 anos, tendo sido fundada em nome indivi-dual por Augusto Teixeira do Couto, em

Nome: Carlos MacedoIdade: 52 anosNaturalidade:Santão, FelgueirasExperiência profissional: econo-mista e gestor

REPORTAGEMJornal de Vila Meã - janeiro de 2015 7

Com mais de 20 anos de experiên-cia do mercado a Loja dos 300 é hoje um espaço de referência em Vila Meã e nas terras limítrofes.

Paulo Moreira, proprietário de duas lojas em Vila Meã e uma em Lousada, explica que o sucesso do seu negócio deve-se à variada oferta de produtos e serviços que disponibiliza à popu-lação.

Na loja dos 300 as pessoas encon-tram produtos alimentares, ferramen-tas, louças, plantas naturais e artificiais, brinquedos, têxteis lares, produtos de limpeza, artigos escolares, plásticos, perfumaria, calçado, entre outros. Para além disso, disponibilizam serviços de payshop para pagamentos de telefone, água, luz, gás, tv por cabo, compras na internet, donativos e mais, recen-temente, carregamentos de títulos de transporte da CP e andante.

Atualmente com seis empregados, o empresário diz que apesar da crise ter afetado o negócio não se deixa levar pelo desanimo. “Estou sempre atento às pessoas que frequentam as minhas lojas de forma a adequar os produtos aos seus gostos e às suas necessidades. Sempre que saem arti-gos novos tento adquiri-los para que encontrem os produtos que procu-ram”.

As novidades, variedade, bom aten-dimento, simpatia e qualidade aliada a preços baixos são as grandes apostas do empresário para continuar a vingar no mercado e a ter clientes fidelizados desde a abertura da primeira loja, em 1994.

Paulo Moreira afirma que os seus clientes vêm de diferentes locais, nomeadamente Vila Meã, Mancelos, Travanca, Banho e Carvalhosa, Castelões e S. Mamede de Recesinhos. “As pessoas sabem que encontram produtos de qualidade a preços com-petitivos com as grandes superfícies. A última aposta que fiz foi a venda de frescos, frutas e legumes, na loja rua dr. Joaquim Silva Cunha (junto à

Caixa Geral de Depósitos) e a adesão tem sido bastante positiva”.

O empresário termina a entrevista realçando que o negócio que tem hoje partiu da iniciativa da sua irmã Armanda Moreira, que faleceu. “A minha irmã era professora e tinha muitos conhecimentos em Vila Meã. Na altura incentivou-me a criarmos um negócio em conjunto e eu aceitei o desafio. Começamos os dois e o sucesso da loja fez com que necessi-tássemos de alguém que nos ajudasse nas tarefas. Entretanto a minha esposa começou a trabalhar connosco até que a minha irmã faleceu. Atualmente os meus sobrinhos, seus filhos, trabalham também nas lojas dando continuidade assim a um negócio de família”, con-cluiu.

Loja dos 300 e outros- Alimentação e Bazar“Estou sempre atento às pessoas que frequentam as minhas lojas de forma a adequar os produtos aos seus gostos e às suas necessidades”

VILA MEÃjaneiro de 2015 - Jornal de Vila Meã8

Novo Sistema Viário Central de Vila MeãNo passado dia 24 de janei-

ro decorreu a apresentação pública da obra do Sistema Viário Central de Vila Meã, no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Vila Meã. A adesão da população ao esclarecimento foi significativa, contando com a presença de vários presidentes de junta, representantes das instituições e muitos vilamea-nenses.

Esta obra surgiu por iniciativa da Câmara Municipal de Amarante, cuja proposta foi aprovada a 29 de dezembro de 2014 em reunião do executivo municipal. Com este novo sistema viário pretende-se criar continuidade desde o cru-zamento da Ponte da Pedra até à rotunda do Seixo, fomentando o estabelecimento de uma liga-ção rodoviária estruturante no eixo Amarante – Vila Meã – Porto/Vila Real (A4) /Guimarães (A11).

Nesse sentido a obra abrangerá, entre outros, a execução de terra-plenagens, pavimentação, redes de abastecimento de água e saneamen-to, iluminação pública e telecomu-nicações, assim como sinalização horizontal, vertical e de orientação.

José Luís Gaspar, presidente da Câmara Municipal de Amarante, salientou que o plano de urbaniza-ção vai mexer com Vila Meã, com a postura do trânsito, com as zonas de edificados novos e serviços que se irão implementar e todas estas situações têm de ser estudadas. “Estas alterações visam melhorar a qualidade de vida das populações residentes e portanto a participação dos habitantes na discussão pública desta mudança é fundamental”.

Esta apresentação teve como principal objetivo abordar as prin-cipais ideias, traçados e perfis, bem como analisar o impacto desta intervenção, e quais as expetati-vas em termos de desenvolvimento, integradas no plano de urbanização de Vila Meã.

O início da empreitada, orça-mentada em 4 milhões de euros, está previsto para o final deste ano, devido à aquisição dos terrenos e os procedimentos a seguir antes de lançar a obra a concurso.

Para Jorge Magalhães Mendes, vereador com o pelouro do Urbanismo, Estudos, Projetos e Obras Públicas este é um proje-to estruturante para Vila Meã e naturalmente para o município de Amarante. “Acreditamos que com esta obra se irão resolver muitos dos problemas existentes, no que respeita à mobilidade e segurança rodoviária”.

Opinião do presidente da Associação Empresarial de Vila Meã (AEVM) Jornal de Vila Meã (JVM) - Acredita que Vila Meã terá um maior desenvolvimento com esta obra?

Geraldino Oliveira (GO) - Sabe-se que o mundo está cada vez mais global e os mercados internacionais mais abertos e acessíveis. Por outro lado, o mercado interno torna-se cada vez mais asfixiante e pequeno, as empresas vilame-anenses sentem necessidade de alargar os seus negócios para incrementar as vendas e ganhar competitividade.

Com esta obra a indústria e o comércio ficarão mais valorizados, pois, Vila Meã ficará mais “próximo” dos principais centros urbanos, isto é, aproxima mercados e melhora a oferta de serviço. Esta ligação faz com que a região assuma um papel importante enquanto porta de acesso a todas as zonas do país.

Como vê, são condições mais do que suficientes para atrair investidores até Vila Meã e ao concelho de Amarante, para que aqui instalem as suas empresas e aqui criem postos de trabalho.

Por outro lado, temos de criar condições físicas para os nossos empresários. Provavelmente esta não será a altura mais oportuna, mas considero ser importante a construção de uma Zona Industrial em Vila Meã. A instalação de novas empresas cria emprego para os amarantinos, em geral e para os jovens, em particular. Os jovens são, provavelmente, a faixa etária da população que, neste momento, mais sente o problema do desemprego.JVM- Os comerciantes da zona central da vila não serão, na sua opinião, prejudicados com alte-ração do trânsito?GO- Vejo esta situação com muita preocupação e lamento o que se passou, anteriormente, com o corte da passagem de nível, pois no meu entender, acentuou a divisão da freguesia, denominada hoje como Vila Meã e extinguiu o comércio aí existente. Isto que sirva como um mau exemplo, e que com esta obra se abram novas ideias e novos investimentos para minimizar este erro.

É preciso dizer que Vila Meã tem condições excelentes para criar emprego, para que se capte investimento para o nosso concelho. Somos “beneficiados” por sermos servidos por autoestradas, uma rede ferroviária invejável (quando as obras estiverem concluídas), a proximidade à cidade do Porto, ao porto de Leixões e ao aeroporto, para além de estarmos no centro do Tâmega e Sousa. JVM- O que acha que deveria ser feito para dinamizar o comércio e promover o movimento nessa zona?GO- Na AEVM seguimos uma ideologia para com os nossos associados: “Não te colocamos no topo mas ensinamos-te a crescer”.

Para uma promoção eficaz das empresas estas não devem fazê-lo de forma isolada. Esse modelo acabou. Temos de ser empresários modernos e atualizados. Estamos a assistir a uma cada vez maior atração de consumidores com outros hábitos de consumo, e temos de estar preparados para dar a devida resposta. Vila Meã tem vindo a ganhar uma dimensão cada vez mais universal é, por isso, importa interpretar bem que oferta devemos desenvolver.

Os sinais são encorajadores, mas temos de continuar a trabalhar e a preparar as nossas empresas e comércio para agarrar as oportunidades que surgirão com toda a certeza. Vamos dignificar o papel dos empresários e empreendedores nossos associados, estimulando-os a criar riqueza e emprego.

Mas a meu ver, uma das soluções possíveis seria o que foi visionado por os Almadas –“A Rua de Santa Catarina” a artéria mais comercial da Baixa do Porto, estando grande parte dela hoje vedada ao trânsito automóvel e reservada apenas a peões. A Rua de Santa Catarina alberga lojas de vestuário, miudezas, sapatarias, o shopping Via Catarina e inúmeros vendedores de rua, menos ou mais legais, entre estes, os carrinhos ambulantes de venda de artesanato e bijutaria, resquícios da feira permanente localizada na Praça da Batalha, antes das obras de requalificação da Baixa portuense.

Opinião do Presidente da Junta de Vila Meã- Lino MacedoEste será um projeto estruturante para

Vila Meã, na medida que vem resolver o problema de mobilidade que atualmente existe e também vem possibilitar o cresci-mento de que necessitamos.

Construída conforme foi apresen-tada, entre a Rotunda do Seixo até a Ponte Pedra vai dar a Vila Meã uma maior urbanidade, possibilitando o investimen-to privado, assim como, o investimento público que se pretende fazer, nomeada-mente na construção de um circuito de manutenção, parque de Lazer e um parque

Radical.Está também em cima da mesa a cons-

trução de um local para a Feira, mas isto ainda está em discussão uma vez que existe a possibilidade de mantermos a feira onde está. Com uma nova organiza-ção, na retirada dos feirantes da Rua Luís Mendes de Araújo, do Largo em frente ao Externato e com obras adequadas, penso que a conseguiremos manter. Um novo local para a Feira, terá um custo avultado, se pensarmos que a feira apenas se realiza duas vezes por mês e o valor a gastar

poderá ser utilizado para outro tipo de investimento.

Nós enquanto Junta de Freguesia, apre-sentamos todos os proprietários, acom-panhamos em algumas reuniões e tenta-mos os sensibilizar para as vantagens que esta obra vem trazer para a nossa terra e também para a valorização que os terre-nos sobrantes irão sofrer. Todos ficarão a ganhar.

Depois de muitos anos a falar-se nesta obra, penso que estamos no bom caminho e não haverá volta a dar.

VILA MEÃJornal de Vila Meã - janeiro de 2015 9

Novo Sistema Viário Central de Vila MeãOpinião dos vilameanensesJornal de Vila Meã (JVM) - O que acha do novo sistema viário de Vila Meã?

António José Queiroz (AJQ) - Considero-o, globalmente, positivo. De qualquer modo, julgo que sofre de “pecado original” (cuja responsabi-lidade é do executivo camarário anterior) por não se ter acautelado, em devido tempo, a construção do viaduto com largura superior.

Relativamente ao traçado em discussão, julgo que poderia sofrer algumas alterações. A mais importante prende-se com a ligação à Avenida Nova. A meu ver, seria mais “natural” que a artéria prevista desembocasse junto à Clínica Arrifana do Sousa, evitando a inclinação despropositada e perigosa que resulta do atual projeto (a desembocar junto à Rua Padre Francisco de Babo). A ser introduzida essa alteração poderia evitar-se a construção de uma rotunda. Em vez das duas previstas, uma seria suficiente. Outra alteração (caso a cota o permita) seria a ligação ao loteamento do Mato de Cima, abrindo caminho a uma futura e nova ligação à freguesia de S. Mamede de Recezinhos.

A obra prevista é, repito, positiva. Mas manifestamente incompleta e insuficiente enquanto não se fizer também a sua continuação até ao Lugar da Ponte de Pedra (em Real), com o necessário e imprescindível reperfilamento do troço inicial da Avenida dos Bombeiros (junto ao Centro de Saúde), de modo a acabar com as indescritíveis curvas que dele fazem parte.

José Couto (JC) - O novo sistema viário é um projeto fundamental para o desenvolvimento de Vila Meã, já devia ter sido executado quando foram realizadas as obras da REFER. Mas não é só a ligação à autoestrada que tem que ser feita, a ligação à Ponte da Pedra também é fundamental, pois só assim deixaremos de assistir nas horas de ponta ao caos no trânsito que se gera com a saída dos alunos do Externato.

Em termos de segurança os bombeiros têm muitas dificuldades em passar na Avenida Nova para agir em caso de acidente, devido à afluência de trân-sito. Com o sistema viário esta situação ficará resolvida porque os Bombeiros terão uma nova via de ligação à autoestrada e à zona de Penafiel, assim como para a zona de Real- Amarante sem o constrangimento daquelas “malditas curvas” junto ao posto médico que tantos acidentes têm provocado.

António Tomaz (AT) - O novo sistema viário é uma obra de grande importância para Vila Meã que peca por tardia pois já se fala nela há mais de trinta anos. Estes novos arruamentos serão o futuro de Vila Meã em termos de crescimento e centralidade. Quanto ao traçado penso que é o possível dado os constrangimentos legais e a própria geografia de Vila Meã. Na minha opinião poderia haver uma ou outra alteração como o cruzamento da Avenida Nova e possivelmente faria a rotunda do Centro de Saúde na primeira fase da obra eliminando aquela curva perigosíssima, mas, de um modo geral, penso que a obra no seu todo será a alavanca de crescimento que Vila Meã precisa.

Paulo Meireles Moreira (PMM)- Um projeto demasiado ambicioso com alguns erros graves, na definição dos traçados, pois da forma que está desenhado, vai destruir uma das zonas mais bonitas de Vila Meã em termos paisagísticos. No entanto realço a importância da obra porque vai de encontro às expectativas da população de Vila Meã.

Relativamente ao traçado em discussão, julgo que poderia sofrer algumas alterações. Primeiro: o traçado deveria tomar uma direção rectilínea desde a rotunda dos bombeiros (a construir) e a casa da Devesa, permitindo assim quebrar um grande impacto ambiental nesta zona, pois este seria construído numa zona mais baixa, com menos declive e no meio de arvoredo já existente. Da forma como está desenhado vai provocar um impacto altamente negativo nesta zona pois além do impacto visual o ruído provocado pelo trânsito será enorme para as pessoas que vivem nas proximidades.

A segunda prende-se com a ligação à Avenida Nova. No meu ponto de vista, seria mais “natural e lógico” que a artéria prevista desembocasse junto à Clínica Arrifana do Sousa e a casa do pároco, evitando a inclinação despropositada e perigosa que resulta do atual projecto (a desembocar junto à Rua Padre Francisco de Babo), ficando muito mais barata pois incide sobre caminhos rurais e alguns de servidão, permitindo ainda a construção de uma rotunda que permitiria reduzir a velocidade na Avenida Nova.

JVM- Acredita que trará mais oportunidades?AJQ - Sim, claramente. Poderá potenciar novos arruamentos, novas urbanizações, novos negócios e serviços e um novo lugar para a realização

da Feira de Vila Meã.JC- Com o novo sistema viário também vão haver mais oportunidades, os donos dos terrenos ficam com estes mais valorizados e para aqueles

que se queiram cá instalar com os suas indústrias ou negócios têm facilitado o escoamento dos seus bens transacionáveis quer por estrada quer por caminho de ferro.

AT- Se esta segunda questão fosse feita na década de 90 teria uma resposta óbvia traria todas as oportunidades. Hoje o panorama é diferente, pois o boom imobiliário estagnou e os investidores privados são mais cautelosos nos investimentos, mas sim penso que dada a centralidade haverá alguns investimentos e ai as oportunidades surgirão.

PMM- A única vantagem que esta obra trará para a localidade será, a meu ver, o escoamento de trânsito mais rápido, mas sinceramente acho que existem outras prioridades para Vila Meã como sendo a revitalização da zona da feira que neste momento se encontra ao abandono. A construção de novos arruamentos, novas urbanizações é obsessiva devido à atual situação em que a construção civil se encontra, ou seja saturadíssima, é no meu entender, uma má opção.

JVM- Quais as principais vantagens e desvantagens que aponta a esta obra?AJQ- Vantagens: Melhorar a ligação à A4/A11 e possibilitar a expansão (urbanística e comercial) de Vila Meã para áreas atualmente inacessíveis.

As vantagens serão ainda maiores, caso o traçado seja melhorado e se consiga (num futuro mais ou menos próximo) o alargamento do viaduto da REFER.

Desvantagens: Algumas, para o comércio local, já que muitos automobilistas que se dirigem a Real (nomeadamente para o Estádio e para as Piscinas) dificilmente farão o desvio pelas ruas de Ataíde.

JC- Claro que há sempre quem diga que o comércio na Avenida Nova vai perder, no meu ponto de vista isso não vai acontecer pois neste momento alguém que passe de automóvel e queira tomar um café, não tem onde estacionar o seu carro. O sistema viário também vai proporcionar mais estacio-namento, embora não fique muito perto perto, vai sair uma rua junto da Igreja que vai proporcionar mais estacionamentos.

AT- Com toda a sinceridade, penso não haver desvantagens olhando a obra no seu todo e não olhando a obra em pontos específicos. Quanto às vantagens tem imensas pois vai permitir regular o trânsito de outra forma em Vila Meã; provavelmente terminarão os engarrafamentos junto Externato e nas zonas adjacentes; vai permitir repensar a zona da feira em termos de trânsito e também da sua localização; permitirá uma ligação rápida do centro de Vila Meã e aos principais eixos viários A4 e A11 e abre a possibilidade de no futuro termos uma ligação rápida a sede do concelho.

PMM - Vantagens: Melhorar a ligação à A4/A11 . Desvantagens: Muitas, para o comércio local, já que a maior parte dos automobilistas que se dirigem a Real (nomeadamente para o Estádio e para

as Piscinas), dificilmente farão o desvio pelas ruas de Ataíde. Destruição do verdadeiro pulmão de Vila Meã, de árvores centenárias, de fauna diversificada, que a maior parte da população não conhece e sobre-

tudo com o extermínio de um vale que possui sem sombra de dúvida uma beleza indescritível.Progresso sim, mas não a qualquer custo.

ATUALIDADEjaneiro de 2015 - Jornal de Vila Meã10

Amarante apoia criação da Associação de Desenvolvimento Astúrias Portugal

intuito analisar e discutir a criação da Associação de Desenvolvimento Astúrias Portugal (ADAP).

A criação da ADAP tem como objetivos cimentar as relações institu-cionais, culturais e socioeconómicas entre as Astúrias e Portugal, reforçan-do os muitos projetos e colaborações já existentes entre estas entidades.

“Para o desenvolvimento do con-celho de Amarante, é fundamental

aproveitarmos estas parcerias, não só para tirar o melhor partido dos recursos e dos agentes da região, mas também, para alargarmos o âmbito territorial das relações estratégicas que estabelecemos, com vista a divul-garmos o que de melhor o concelho tem para oferecer.

É importante, ainda, para criarmos sinergias com Municípios igualmente comprometidos com o crescimento

económico e a melhoria da qualidade de vida da sua população”, explicou o vereador.

I Meia Maratona António Pinto – Cidade de Amarante com mais de 1100 parti-cipantes. O evento orga-nizado pela Associação Desportiva de Amarante com o apoio da Câmara Municipal, apresentou um percurso de 21km que abrangeu as princi-pais ruas do centro histó-rico da cidade, a marginal do rio Tâmega passando pela freguesia de Fridão.

O vencedor da prova, na categoria sénior masculino, foi o atleta amarantino Rui Teixeira, com

o tempo final de 1:06:45. Doroteia Peixoto foi a vencedora da prova na categoria feminina, com 01:15:43.

A par da prova decorreu, ainda, uma caminhada solidária, com as res-petivas receitas a reverterem a favor da Associação a Terra dos Homens.

António Pinto, atleta amarantino, que ainda hoje detém o recorde euro-peu da Maratona de Londres com 2:06:36, referiu que não poderia estar mais orgulhoso com esta homena-gem. “Muito obrigado a todos os que se associaram a esta iniciativa.”

Para o presidente da Câmara

Municipal de Amarante, José Luís Gaspar, a homenagem a António Pinto é “mais do que merecida. António Pinto é um dos melhores maratonistas mundiais, foi um atleta que deu muito ao país e que é uma referência para Amarante. Por isso, Amarante devia--lhe uma homenagem para perpetuar o seu nome.”

André Costa Magalhães, vereador da Câmara Municipal, com o pelouro do Desporto referiu que, “a adesão que a I Meia Maratona obteve é um indicador de que este é um caminho que devemos percorrer.”

A I Meia Maratona António Pinto – Cidade de Amarante realizou-se no passado 25 de janeiro e contou

Autarquia organiza seminário em AmaranteA Câmara Municipal de

Amarante promoveu, a 27 de janei-ro, no auditório da Casa da Portela, um seminário sobre “As alterações ao Regime Jurídico da Urbanização e Edificação”, com o intuito de pres-tar informação jurídica aos Eleitos Locais e Técnicos da câmara sobre as implicações jurídicas introduzi-das pelo Decreto-lei 136/2014 de 9 de setembro, no âmbito do licencia-mento urbanístico.

A sessão ministrada pela pro-fessora doutora Fernanda Paula Oliveira da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, con-tou com a participação do executi-vo municipal, técnicos do municí-pio, representantes da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa e advogados da Comarca de Amarante.

Entre os principais temas em discussão, foram abordadas maté-

rias relativas à nova noção de obras de reconstrução; as exigências em termos de regulamentos municipais; os procedimentos a desencadear antes da realização das operações urbanísticas; com enfoque para as isenções, a nova configuração da comunicação prévia, o reforço de fiscalização sucessiva e, por fim, o procedimento de legalização.

O vereador André Costa Magalhães esteve no passado dia 24 de janeiro, em Miranda do Douro, para uma reunião de trabalho, que juntou presidentes e vereadores de quatro municípios asturianos (Siero, Gijón, Cangas de Onis e Vegadeo) e cinco de Portugal (Amarante, Miranda do Douro, Mogadouro, Nazaré e Mira), Progestur e a Fundação Luso-Espanhola. O encontro teve como

APD de Amarante organiza curso

A Delegação Local de Amarante da Associação Portuguesa de Deficientes irá promover um curso de Língua Gestual Portuguesa – Nível I.

O objetivo será formar e sen-sibilizar o público em geral a fim de melhorar a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes e elimi-nar as barreiras sociais entre ambos os grupos.

O curso tem data prevista para março e irá ocorrer em dia certo da semana (sábado), das 9h30 às 17h, tendo uma duração total de 60 horas. A inscrição tem um custo de 90 euros e inclui o material pedagó-gico e certificado final.

Os interessados deverão inscre-ver-se até ao dia 25 de fevereiro através do email: [email protected].

IX Feira das Papas de ÔloA União de Freguesias de Ôlo

e Canadelo irá promover a 14 e 15 de fevereiro, a IX edição da Feira das Papas, na sede da Junta de Freguesia em Ôlo. A iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de Amarante.

A par da degustação do menu tradicional, que inclui papas de sar-rabulho, de nabiças e couve, have-rá, também, expositores com produ-tos locais nomeadamente enchidos, fumeiros, mel, compotas e artesa-nato.

No programa da feira inclui-se, ainda, a VIII Marcha das Papas-Percurso Pedestre “Pé Posto”, peça de teatro pelo Grupo de Teatro de Várzea e animação musical desta-cando-se as atuações dos grupos Samzafos, Grupo de Coros Candemil

(Enred’Arte), Sons do Tâmega e Eco - Gaiteiros de Baião.

No domingo, 15 de fevereiro, pelas 10h decorrerá uma caminhada “Free Trail Papa D’Ôlo”, devendo os interessados inscrever-se em www.adatrailrunning.com.

ATUALIDADEJornal de Vila Meã - janeiro de 2015 11

Desempregados até 29 anos já podem recorrer a apoios do IEFPOs desempregados entre os 18 e

os 29 anos com escolaridade mínima equivalente ao 9.º ano ou sejam deten-tores de uma habilitação académica ao nível da licenciatura ou superior podem candidatar-se a apoios do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) destinados à sua integração no mercado laboral.

O Emprego Jovem Ativo consiste no desenvolvimento de uma experiência prática em contexto de trabalho por jovens em situação de desfavorecimen-to face ao mercado de trabalho, conjun-tamente com jovens mais qualificados.

As atividades a desenvolver podem ser dinamizadas por entidades públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, mediante a apresentação de um projeto integrado de atividade conjunta destes jovens, com a duração de seis meses, e que inclua a designação de um orienta-dor responsável pelo acompanhamento.

Os destinatários terão direito a uma bolsa mensal (que varia em função do nível de qualificação mas que não ultra-passa 1,3 vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais- 419,22 euros), refeição ou subsídio de alimentação e seguro de acidentes pessoais, inteiramente com-

participados pelo IEFP.O Emprego Jovem Ativo constitui,

segundo o IEFP, “uma nova forma de dinamizar a integração social e profis-sional dos jovens que por diversos moti-vos se encontram afastados, quer da escola, quer do mercado de trabalho”.

As informações sobre as condições de candidatura, de acesso ao Emprego Jovem Ativo e ao regulamento especí-fico estão disponíveis na página oficial do instituto na Internet.Os destinatários têm direito a:•Uma bolsa mensal, integralmente suportada pelo IEFP, e que corresponde

a 0,7 IAS no caso dos jovens com maior défice de qualificações e a 1,3 IAS, no caso dos jovens mais qualificados.•Refeição ou subsídio de alimentação, e seguro de acidentes pessoais, que serão igualmente comparticipados pelo IEFP.Para obter informações mais detalhadas ou esclarecer dúvidas:•Consulte o portal do IEFP (www.iefp.pt)•Contacte pelo telefone 808 200 670 (dias úteis das 8h às 20h)•Dirija-se a um centro de emprego ou centro de emprego e formação profis-sional.

OFERTA DE EMPREGOA Associação Partilhiniciativa (API), situada em Amarante, no desenvolvimento do seu serviço de apoio ao desempregado, tem uma oferta de estágio para um(a) licenciado(a) que se enquadre nos apoios do IEFP para a medida “Emprego Jovem Ativo”, acima referida.

Perfil:Licenciatura em comunicação social ou comunicação e multimédiaBoa capacidade de comunicaçãoGosto pelo contato com empresasAuxilio na organização de eventosConhecimentos de informáticaDamos preferência a jovens da regiãoOs interessados deverão enviar o seu currículo para o seguinte email: [email protected].

Programa de fevereiro da Biblioteca Albano Sardoeira- Pólo de Vila Meã

PUBLICIDADEjaneiro de 2015 - Jornal de Vila Meã12