Jornal de Abrantes - Edição Maio 2015

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FESTIVIDADES ESPETÁCULO Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de MAIO 2015 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5531 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO Falta de água no rio Tejo deixa Abrantes em alerta vermelho Sardoal recebe o Jazz e recupera a Festa do Bodo O Centro Cultural Gil Vicente acolhe, entre 8 e 10 de maio próximos, a iniciativa Sardoal Jazz 2015. Por sua vez, a Festa do Bodo está de regresso no próximo dia 24 de maio. Pág 10 e 11 X Gala Antena Livre e Jornal de Abrantes A Gala Antena Livre e Jornal de Abrantes é já uma tradição, que se impôs pela qualidade do espetáculo, mas sobretudo pelo que representa: a divulgação do que de melhor se faz na música a nível regional e o destaque que deu, através dos Galardões que atribuiu, a pessoas e instituições com trabalho relevante. Pág 15 e 16 Mário Rui Fonseca Mário Rui Fonseca O nível “extraordinariamente baixo” do caudal do rio Tejo originou um episódio de mortandade de um grande número de peixes e colocou o problema no topo das preocupações de políticos, autarcas, pescadores, população e ambientalistas. Pág.6 Abrantes inaugura Mercado Municipal O novo mercado municipal de Abrantes foi inaugurado no dia 25 de Abril. Dois anos depois do previsto, surge o novo equipamento, num edifício construído no centro histórico, que custou 1,1 milhão de euros. Pág 7

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Jornal de Abrantes, Sardoal, Mação, Vila de Rei, Constância e VN Barquinha

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FESTIVIDADES

ESPETÁCULO

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

MAIO 2015 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5531 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

Falta de água no rio Tejo deixa Abrantes em alerta vermelho

Sardoal recebe o Jazz e recupera a Festa do BodoO Centro Cultural Gil Vicente acolhe, entre 8 e 10 de maio próximos, a iniciativa Sardoal Jazz 2015. Por sua vez, a Festa do Bodo está de regresso no próximo dia24 de maio. Pág 10 e 11

X Gala Antena Livre e Jornal de AbrantesA Gala Antena Livre e Jornal de Abrantes é já uma tradição, que se impôs pela qualidade do espetáculo, mas sobretudo pelo que representa: a divulgação do que de melhor se faz na música a nível regional e o destaque que deu, através dos Galardões que atribuiu, a pessoas e instituições com trabalho relevante. Pág 15 e 16

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O nível “extraordinariamente baixo” do caudal do rio Tejo originou um episódio de mortandade de um grande número de peixes e colocou o problema no topo das preocupações de políticos, autarcas, pescadores, população e ambientalistas. Pág.6

Abrantes inaugura Mercado Municipal

O novo mercado municipal de Abrantes foi inaugurado no dia 25 de Abril. Dois anos depois do previsto, surge o novo equipamento, num edifício construído no centro histórico, que custou 1,1 milhão de euros. Pág 7

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2 MAIO 20152015ABERTURA

SOS TEJO: A fotografi a foi tirada em Tramagal, na zona do Porto da Barca, no dia 22 de abril de 2015. Outrora um rio majestoso e imponente, sempre difícil de domar, o Tejo mais parece uma ribeira, triste, doente e em sé-rio perigo de vida. De um lado as barragens, as hidroelétricas e os transvazes espanhóis, do outro, um rio que emagrece a olhos vistos, com as suas águas podres de espuma e negritude. Morrem os peixes e perdem-se os ecossistemas, as áreas de lazer e os mergulhos de verão. Perdem os pescadores e perdemos nós. Que vemos ir Tejo abaixo, todos os dias, bocados da história e da nossa alma ribeirinha. Quem acode ao nosso rio?

Elogiar e reconhecer

O Jornal de Abrantes e a Rádio Antena Livre têm tido uma orientação que lhes permite continuar a fazer um trabalho que chega às pessoas. Ao nível jornalístico - diariamente, na rádio, mensalmente, no jornal -, o que se pretende é fazer um registo da atualidade da região que permita que os seus públicos saibam o que os rodeia. Fazer jornalismo é fazer escolhas. O tempo e o espaço parecem sempre muito limitados, mas as opções têm que ser feitas. O resultado está à vista. E ao alcance de todos.

Mas estes dois órgãos de comunicação (sobretudo através daqueles que, todos os dias, assumem a responsabilidade de ter uma programação de rádio no ar e de atualizar um site) signifi cam muito mais do que a companhia da rádio (com qualidade, criatividade, diversidade e interesse público) e do que a proximidade do jornal (que pretende traçar o panorama da atualidade que interessa às pessoas). A Antena Livre e o Jornal de Abrantes assumem-se como agentes ativos de uma região.

Se no seu dia a dia, e mês a mês, estes dois órgãos de comunicação pretendem apresentar a região pela positiva, também uma vez por ano decidem valorizar aqueles que fazem bem. Está provado que o elogio e o incentivo são estratégias determinantes no processo de crescimento. Por isso, a X Gala Antena Livre e Jornal de Abrantes voltou a destacar aqueles que estão a construir percursos que fazem a diferença. E o reconhecimento do trabalho já feito é também fundamental. Em qualquer dos casos, foi um agradecimento (merecido) em nome dos ouvintes e dos leitores que continuam a ser a razão de ser do Jornal da Abrantes e da Antena Livre.

Hália Costa SantosDiretora

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

RedaçãoJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Mário Rui Fonseca (CP.4306)

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ColaboradoresAlves Jana, André Lopes

e Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

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Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho

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Editora e proprietáriaMedia On

- Comunicação Social, Lda.Capital Social: 50.000 eurosNº Contribuinte: 505 500 094

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Detentores do capital socialLena Comunicação SGPS, S.A. 80%

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Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel

Gonçalves da Silva Reis.

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da PropriedadeA Lena Comunicação SGPS, S.A. é ainda

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proprietária do Semanário Região de Leiria e de 69,94% da empresa Editorial Jornal da Bairrada. Lda., proprietária

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Jornal da Bairrada. Lda.

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617

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Luís Grilo,Tramagal

Eu, que nasci dentro de um barco no Tramagal, no Porto da Barca, nunca me lembro de ver o Tejo tão em baixo. O rio Tejo está seco e até as águas cheiram mal. Se não se re-solver este problema rapidamente, daqui por pouco tempo não há Tejo mas sim outro Alviela. Preocupo-me, porque nasci no Tejo, os meus pais eram pescadores e porque isto vai a caminho de ser uma ribeira, malcheirosa e sem peixe.

Emanuel VicenteRossio ao Sul do Tejo

Penso que é preocupante, pois há espécies de peixes ameaçadas. O baixo caudal inviabiliza a prática de desportos náuticos e não possibi-lita as condições para momentos de lazer, tal como acontecia anteri-ormente.

Joaquim Neto,Abrantes

O baixo caudal é a prova que há situações que não funcionam bem e que estão mal feitas. O rio antiga-mente era uma autêntica autoes-trada, era onde quase tudo aconte-cia, hoje, na nossa região, serve para muito pouco. As barragens benefi -ciam num aspeto, mas prejudicam bastante noutro.

FOTO DO MÊS

INQUÉRITO

EDITORIAL

Como é que vê o atual caudal do rio Tejo? É uma situação preocupante?

IDADE 36NATURALIDADE / RESIDÊNCIA Tramagal / Goma, República Democrática do CongoPROFISSÃO Gestor de Matriz – Ponto Focal de Consorcio Internacional contra a ColeraUMA POVOAÇÃO TramagalUM CAFÉ Del Rey em TramagalPRATO PREFERIDO Bacalhau à BrazUM RECANTO PARA DESCOBRIR Copan - HondurasUM DISCO Queen - Live at WembleyUM FILME Fight ClubUMA VIAGEM Interior do Alentejo

UMA FIGURA DA HISTÓRIA Picasso – Criatividade, Desconstrução, CubismoUM MOMENTO MARCANTE Palestina, assistir ao duramente incrível Apartheid em pleno séc. XXIUM PROVÉRBIO “Eu sou de onde estou”UM SONHO Terminar a vida com a consciência que tudo fiz para deixar o mundo melhorUMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Descer o Rio Zêzere em canoa, almoçar peixe frito do rio em Constância ou na Ortiga e terminar o dia numa Jam Session no Del Rey

SUGESTÕES

Bruno G. M. Neto

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3MAIO 20152015 ENTREVISTA

José Tavares, médico de família em Abrantes e escritor a tempo parcial, guarda as histórias encantadas dos seus pacientes num bule misteri-oso, que está colocado no seu con-sultório. Escritor nato e médico por vocação, interliga as duas profis-sões com alma e coração.

JOANA MADEIRA*

Dado que as suas obras remetem para experiências reais das suas consultas, pode contar alguns desses exemplos?

Como médico de família, baseio-me em histórias que as pessoas me trazem aqui, mas é muito impor-tante o papel da imaginação narra-tiva. O meu último livro é sobre essas histórias. Uma delas faz referência a uma mulher que vivia num prédio aqui de Abrantes. Uma vizinha perg-untou-lhe cão: “Então o seu cão está bom?” E a outra respondeu: “Mas eu não tenho cão”. Ela realmente com-preendeu que o cão que a vizinha se referia era o fi lho, que na véspera tinha imitado as vozes de animais. A criança fez isso porque ouvia diaria-mente o pai e a mãe a discutir e, ao imitar o galo, o cão e o macaco es-tava a exprimir-se sobre essas situa-ções que o magoavam.

O contacto íntimo com a vida hu-mana faz de si um médico obser-vador privilegiado?

Já me fizeram essa pergunta e disse que não. Mas hoje, tenho uma ideia diferente, porque o facto de eu me relacionar com as pessoas diaria-mente, de uma forma quase íntima, acaba por me dar alguma facilidade nessa área. Isto porque nós recebe-mos aqui várias culturas, às vezes diferentes da minha, como é o caso dos imigrantes. Tenho de traduzir, para mim, e depois, para eles, o que vai acontecendo com o seu corpo e o que os exames revelam. Então, sou um tradutor frequente dessas situ-ações e, ao mesmo tempo, estou a ter uma relação com eles. Não há dú-vida que acaba por dar uma capaci-

dade linguística e de observação das pessoas, que é rica.

Como enfrenta os doentes e os ca-sos que lhe são expostos?

Para mim é fácil, porque gosto da-quilo que faço. A abordagem não é a de um técnico que vai examinar um doente, mas de alguém que vai saber que tipo de pessoa é que tem aquele problema de saúde, e isso alarga os meus horizontes. É uma fonte de prazer e de conhecimen-tos para mim, quer sobre os proble-mas de saúde (o que me vai dando a experiência como médico), quer sob o ponto de vista da observação do conhecimento das pessoas, das famílias, etc.

Sente que, para além de médico, é um grande amigo? Que tipo de re-lação tem com os seus doentes?

Sim, muitas vezes. É uma relação próxima de conselheiro, de quem sabe escutá-los e tem um pacote de lenços, quando eles vêm a chorar. Alguém que espera que eles se acal-mem e organizem os pensamentos. Eles sabem que têm aqui um porto seguro e isso é uma coisa sem preço. Sei que tenho a confi ança das pes-soas ao ponto de me virem contar histórias de vida pessoal que são tão importantes para eles.

Que recompensas lhe dão os seus pacientes?

A maior recompensa é a confi ança. É por isto que eu penso fazer o pró-ximo livro (‘A Mulher dos ovos’) por-que representa o que as pessoas me trazem de confi ança, de histórias e os “Ovos” que são uma oferta que as pessoas me fazem. Esse livro será constituído, não por uma avaliação ou ensaio como fi z noutro, mas pe-los pequenos episódios da consulta e pelos provérbios e orações que eles me trazem. As coisas vão ser um pouco mais em bruto e represen-tam o respeito da cultura das pes-soas que é um ritual de homenagem aos meus doentes, porque não sei quanto tempo aqui estarei.

“A medicina é a esposa e a litera-tura a minha amante.” Reconhece-se nesta citação de Tchekhov?

[Riso] Sim, no sentido em que a mi-nha vida depende da medicina, que me dá muito e de facto é difícil lib-ertar-me dela, não só por razões fi -nanceiras, mas também por laços afetivos.

De facto, ela é muito generosa na-quilo que me vai dando diariamente, quer de conhecimento, quer da re-lação com os outros. Por outro lado, a partir de uma certa hora passo a vestir uma pele diferente, a de um Pirata das Caraíbas, ou talvez a de

um chapeleiro louco. Porque é uma personagem de um mundo imagi-nário realmente absurdo e eu, como poeta, revejo-me mais nesse tipo de absurdo do que propriamente numa aventura de fi cção.

Costuma guardar ou partilhar as histórias que lhe são confi adas?

Eu guardo-as no bule que tenho ali. Escrevo-as, amarroto-as e ponho-as. Isso alimenta alguns livros e algu-mas histórias.

Tenho também um diário, onde há 20 anos escrevo as viagens que faço, as consultas, o que me sucede na vida, no país, no mundo, que registo

e faço colagens e desenhos.

No bule são colocadas histórias após todas as consultas?

Não, todas não. Durante o dia de 22 consultas haverá uma ou duas histó-rias. Todos os dias há uma que consi-dero interessante, posso não ter pa-ciência para a escrever mas existem. Consigo ter duas ou três pessoas do meu universo de doentes que cons-tituem personagens de uma história. Guardo-as no bule, porque aquele objeto representa o chá maluco de Alice no Pais das Maravilhas.

Simbolicamente, é o acesso a esse universo mágico da literatura, por-que ao escrever esse livro sobre a medicina narrativa, acabei por ler melhor a história da Alice e de ter algum contacto com algumas fi -guras ou objectos simbólicos.

O bule pareceu-me algo que iria fa-zer ponte entre o meu livro e o meu dia a dia. Eu anoto, por exemplo, um provérbio ou um episódio que se passou. É o caso da última aparição, que terá existido no Rossio há cerca de 40 anos, que dizem ter apare-cido a nossa senhora. Eu acho graça, tomo nota e depois vou pesquisar para ver se existiram ecos na época.

Qual é o seu lema de vida? Sente-se um apaixonado pela vida que tem?

Eu costumo dizer que o melhor está para vir. É uma frase pouco original, mas que nesta fase da minha vida expressa o meu optimismo. Sinto-me uma pessoa grata por aquilo que tenho porque sendo médico, recebo aqui pessoas que têm vidas infelizes e miseráveis. São pessoas muito do-entes e que estão desamparadas. Eu tenho família e por enquanto não estou doente, logo tenho uma situ-ação vantajosa. Tenho a oportuni-dade de escrever e deter duas ativi-dades que eu gosto, conseguindo sobreviver ao fi m do dia.

* Aluna de Comunicação Social da ESTA

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• José Tavares: “A partir de uma certa hora passo a vestir uma pele diferente”

JOSÉ TAVARES, CHEFE DE SERVIÇO DE CLÍNICA GERAL DO CENTRO DE SAÚDE DE ABRANTES

“Sei que tenho a confi ança das pessoasao ponto de me virem contar histórias de vida pessoal”

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4 MAIO 20152015DESTAQUE

Um dia com o 25 de AbrilO Jornal de Abrantes e a Antena Livre esti-veram a acompanhar as atividades desen-volvidas em alguns concelhos da região, durante o dia de sábado, 25 de Abril, de manhã à noite. O calor dos tempos quentes da Revolução de 74 já não é o mesmo, mas a esperança num Portugal melhor conti-nua a ser feito de cravos vermelhos e per-manece no coração de muitos daqueles que saíram à rua.

MÁRIO RUI FONSECA

9h00 Vila Nova da Barquinha assinalou o 25 de Abril com um conjunto de iniciativas. O fe-riado nacional começou a ser assinalado às 9h00, com o hastear da bandeira, seguido de um concerto pela Banda de Música dos Bom-beiros Voluntários de Barquinha (na foto: Fer-nando Freire, presidente da CM Vila Nova da Barquinha).

9h30Santa Margarida - A incontornável chai-mite que aponta o caminho para o Campo Militar de Santa Margarida, em Constância. A ação decisiva dos militares foi ali assina-lada de forma original, com a colocação de um cravo gigante lembrando a imagem de um menino a colocar um cravo rubro no cano de uma espingarda. Uma fotografia que correu Mundo e que espelha a forma como decorreu a Revolução dos Cravos de 1974 em Portugal.

10h00 Abrantes – Inauguração do Mercado Munici-pal. Dois anos depois do previsto, a Câmara de Abrantes inaugurou no dia 25 de abril o seu mercado municipal diário que tem, em com-plemento, um posto de turismo designado como “Welcome Center”, com uma sala de ex-posições e venda de produtos tradicionais.

11h00Abrantes – Assembleia Municipal extraordi-nária. O constitucionalista Pedro Bacelar Vas-concelos esteve em Abrantes, no auditório do Edifício Pirâmide, a falar dos “40 Anos de Cons-tituição da República Portuguesa”, no âmbito da sessão extraordinária da Assembleia Mu-nicipal que assinalou o dia 25 de Abril. A ses-são extraordinária da Assembleia Municipal de Abrantes contou ainda com as interven-ções da presidente da Câmara, Maria do Céu Albuquerque (PS), de todos os partidos com assento naquele órgão e do presidente da As-sembleia Municipal, António Mor.

12h00Sardoal - Cerimónias muito diversifi cadas e com forte pendor artístico e desportivo, re-unindo centenas de participantes nas ativi-dades propostas pela autarquia. Depois da tradicional cerimónia do içar da bandeira, às 9h00, enquanto uns participavam em corridas ou passeios pedestres, outros davam largas à imaginação no Mural da Liberdade, criado para o efeito. “25 de Abril sempre” escreveu Miguel Borges (PSD), presidente da Câmara Municipal.

13h00 Constância - Almoço convívio organizado pela junta de freguesia de Constância (CDU), autarquia presidida por João Baião. Uma tra-dição de confraternização que o autarca faz questão de preservar para “sublinhar, defen-der e promover as conquistas de Abril”.

13h30 Mouriscas - Almoço convívio da CDU de Abrantes, concelhia coordenada por Rui Cruz, tradição comemorativa de mais um aniversá-rio da Revolução do Cravos e que juntou cerca de uma centena de militantes e simpatizantes comunistas num restaurante da localidade. Mouriscas é a única freguesia do concelho de Abrantes gerida por maioria CDU e deu um forte contributo para a eleição do vereador Avelino Manana para a Câmara Municipal de Abrantes. “25 de Abril sempre!” e “A luta conti-nua!” foram palavras de ordem que se fi zeram ouvir na sala do ‘Castiço’.

16h00 Mação - Muitas atividades de cariz despor-tivo assinalaram os 41 anos de Abril em Ma-ção, tendo sido muito participadas e bem acolhidas pela população. O presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Estrela (PSD), deu o exemplo, vestiu a camisola dos valores de Abril e da democracia portu-guesa, e mostro ser homem de bom fôlego nas provas em que participou.

18h30 Tramagal - A Sociedade Artística Tramaga-lense (SAT) manteve aceso o espírito de abril na vila metalúrgica, tendo promovido um concerto Tributo a José Afonso com o grupo musical “Os Arregaita”. A chuva impediu que a festa tivesse decorrido na esplanada exte-rior da coletividade mas as febras e as bifa-nas, ao som das músicas de intervenção, não deixaram de animar a malta. Sérgio Santos, presidente e estratega da SAT, envergava o cravo vermelho na lapela ao mesmo tempo que trabalhava no bar ou nas mais diversas funções para que era solicitado.

21h30 Sardoal - O Centro Cultural Gil Vicente foi o palco de um espetáculo de Mário Mata Trio denominado “Musical de Letras”, concerto que se prolongou por cerca de duas horas e que visou assinalar o 41º aniversário da re-volução ocorrida em 1974.Organizado pela Câmara Municipal de Sar-doal e com entradas gratuitas, esta viagem através das músicas de Mário Mata e de ou-tros autores como José Mário Branco, Fausto Bordalo Dias, José Afonso e Sérgio Godinho, deixou os muitos presentes de peito cheio tendo fechado com cravo de ouro uma via-gem/périplo pelos momentos que revisita-ram e lembraram Abril em 2015.Em 2016 chegará um novo Abril. Com ele, assinalar-se-ão os 40 anos da Constituição de Portugal, construída depois de 48 anos de ditadura e obscurantismo.

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6 MAIO 20152015AMBIENTE

Falta de água no rio Tejo coloca Abrantes em alerta vermelho

Oposição espera “intervenção imediata da Câmara de Abrantes”

O nível “extraordinariamente baixo” do caudal do rio Tejo originou um episódio de mortandade de um grande número de peixes e colo-cou o problema no topo das preocupações de políticos, autarcas, pescadores, popu-lação e ambientalistas.

MÁRIO RUI FONSECA

Os “anormalmente” baixos caudais do rio Tejo estiveram na origem de um episódio de mortandade de cerca de uma tonelada de peixes, na sua maioria tainhas, que fi caram retidos no início de abril na es-cada “passa peixe” do açude insufl ável de Abrantes.

Os serviços da autarquia to-maram conta da ocorrência, tendo sido necessário recorrer a um camião grua para conse-guir içar os sacos negros que se encheram de peixe morto.

“Fomos alertados na sexta-feira Santa, dia 3 de abril, para uma situação de peixes mor-tos dentro da escada “passa peixe” do açude, e com mui-tos peixes ainda vivos, mas presos naquela estrutura, de-vido à falta de água no rio. Sal-vámos uns milhares de pei-xes, mas cerca de uma tone-lada teve de ser retirada pelos

bombeiros”, disse à Antena Livre o vereador do Ambi-ente na Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos.

Segundo o autarca, “deve ter existido uma descarga acen-tuada de água por parte de uma barragem, que fez com que a água entrasse na es-cada ‘passa peixe’, seguido de um abaixamento repentino, o que levou a que os peixes fi -cassem ali reféns e sem água, acabando por morrer”, tendo admitido a existência de “al-guns problemas” de operaci-onalidade nas comportas da escada “passa peixe’, situação que atribuiu a “atos de van-dalismo”.

“O caudal do rio tem apre-sentado sempre pouca água, mas hoje em dia mais parece uma ribeira. Tenho 50 anos de vida e não me lembro de ver o rio tão baixo e de assistir a uma situação destas. É uma situação muito preocupante e, por este andar, qualquer dia não temos rio”, alertou Manuel Valamatos.

No local estiveram elemen-tos da proteção civil, a GNR, os bombeiros e o veteriná-rio municipal, que recolheu amostras de água e alguns exemplares de peixes mortos para efetuar análises.

Também os autarcas da Co-munidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) têm mani-festado a sua “preocupação” com as “grandes variações di-árias” dos níveis do caudal do rio, situação que, apontam, “resulta dos transvases do Tejo para o sul de Espanha”.

A presidente da CIMT, e tam-bém da Câmara de Abrantes,

Maria do Céu Albuquerque, destacou, como causa para as variações do volume de água no Tejo, “a gestão dos caudais em função das necessidades de produção de energia pe-las grandes barragens espa-nholas”, junto à fronteira com Portugal.

“Este é um problema que subsiste há muitos anos, mas

temos sempre sido surpre-endidos com notícias de no-vos transvazes do rio Tejo do lado espanhol, pelo que o que importa, e entendemos como absolutamente vital, continuar a alertar e a reivin-dicar junto das autoridades nacionais o caudal necessá-rio para o sustento dos cau-dais ambientais em Portugal”,

vincou.O Movimento pelo Tejo - Pro-

Tejo, com sede em Vila Nova da Barquinha, defendeu, por sua vez, a revisão da Conven-ção de Albufeira, documento que regula as águas do Tejo entre Espanha e Portugal, no sentido de aumentar o caudal mínimo anual, “atualmente in-sufi ciente”.

O porta-voz do ProTejo, Paulo Constantino, disse que o caudal mínimo anual é atu-almente insuficiente para garantir a preservação dos ecossistemas aquáticos e a utilização dos equipamentos de turismo e lazer pelas po-pulações ribeirinhas, defen-dendo a revisão da Conven-ção de Albufeira, no sentido de “assegurar a aproximação dos caudais semanais e tri-mestrais ao caudal anual e, as-sim, garantir uma maior regu-laridade dos caudais” do Tejo.

Variação que, no entender de Paulo Constantino, “resulta dos transvases do Tejo, para o sul de Espanha, e de uma ges-tão dos caudais em função das necessidades de produ-ção de energia pelas grandes barragens espanholas” junto à fronteira com Portugal.

O deputado do PSD, Duarte Marques, pediu à Câmara de Abrantes para que proceda à “reparação imediata” do açude insufl ável no rio Tejo, tendo afirmado ter “consta-tado” que a autarquia “não faz manutenção do sistema”.

À margem de uma visita que os deputados do PSD eleitos por Santarém fize-ram ao açude de Abrantes, Duarte Marques lembrou o episódio da mortandade de peixes que ali se verifi cou no dia 3 de abril, tendo impu-tado à Câmara Municipal, de gestão socialista, a “não rea-lização de investimento na manutenção do açude e da escada passa peixe”, ali ins-talada.

“A morte destes peixes

pode ter salvo a vida de mui-tos outros, porque o pro-blema foi posto na praça pú-blica. Espero agora a inter-venção imediata da Câmara de Abrantes na reparação e limpeza do sistema, para que o peixe ainda possa seguir o seu curso normal para mon-tante, e não ficar ali retido”, defendeu.

Presentes no local estive-ram também técnicos da Agência Portuguesa do Am-biente (APA), tendo os mes-mos reunido com os deputa-dos do PSD, com a autarquia e vistoriado o açude.

“Com a informação que re-colhemos vamos tentar en-contrar justificações para o que sucedeu e encontrar so-lução para que o mesmo pro-

blema não se volte a repetir”, disse à Antena Livre Manuela Matos, vice-presidente da APA.

Segundo antecipou aquela responsável, o problema “não deriva de uma causa só”, tendo apontado para o “reduzido caudal do rio”, na-quele dia, “as altas tempera-turas” e o facto do açude es-tar “em baixo”.

Os eleitos da CDU e do BE Luís também questionaram o Governo sobre as razões para os baixos caudais do rio Tejo, tendo defendido que os mes-mos são “cada vez mais re-duzidos e insufi cientes para sustentar o estado ecológico dos ecossistemas”.

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• Manuel Valamatos: “É uma situação muito preocupante e, por este andar, qualquer dia não temos rio”

• No dia 3 de abril autarcas e autoridades foram alertados para a mortandade

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6 Jatos; Chuveiro de teto e de mão; Espelho; Toalheiro; Assento; Painel de controlo de luz; Exaustor; Estrutura com acabamento satinado

Cores Branco Preto Cinza

Abrantes inaugura Mercado Municipal com dois anos de atrasoO novo mercado municipal de Abrantes foi inaugurado no dia 25 de abril, com dois anos de atraso, um edifício construído no centro histórico e que custou 1,1 milhão de euros.

MÁRIO RUI FONSECA “A empreitada mais difícil da minha

vida autárquica”. Foi desta forma que a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, defi niu a conclusão de um processo que se arrasta desde 2010 e que culminou no dia da Liberdade, dia 25 de Abril, com a festa da inauguração do novo mercado municipal.

“A empresa que venceu o concurso entrou em rutura financeira e dei-xou a obra inacabada. Entre procu-rar soluções e encontrar outro em-preiteiro, as obras atrasaram mais de dois anos”, lembrou Maria do Céu Al-buquerque.

Composto por cinco pisos, com elevador interno, escadaria exterior e ligação pedonal entre o Largo 1º de Maio e a Rua Nossa Senhora da

Conceição, o novo mercado é cons-tituído por um Posto de Turismo/Welcome Center, vestiários e instala-ções sanitárias, uma cafetaria, pada-ria, pastelaria, fl oristas, talhos e pei-xarias, e ainda cerca de três dezenas de bancas, para venda de produtos alimentares, com predominância de produtos hortícolas e fruta.

“Estão todas as bancas pratica-mente ocupadas para dar vida a este novo mercado municipal, apenas cerca de meia dúzia ainda estão dis-poníveis, o que nos enche de satisfa-ção e demonstra a importância do investimento neste equipamento tão importante para a dinamização do centro histórico e para a econo-mia de base tradicional e familiar”, destacou a autarca.

O processo remonta a março de 2010, quando o antigo Mercado Mu-nicipal, datado de 1933, foi encer-rado pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), tendo os comerciantes sido realoja-dos “temporariamente” em diversos espaços da cidade.

Na ocasião, o antigo Mercado Mu-nicipal de Abrantes foi convertido no espaço cultural ‘Mercado Criativo’, substituindo as bancas de peixe e hortícolas por ateliers de pintura, li-vrarias e artesanato.

“Entre requalifi car o antigo espaço ou investir em outro equipamento, optámos por esta última possibili-

dade, que também se situa dentro do centro histórico, no lote das an-tigas ofi cinas da Rodoviária do Tejo, um edifício que demolimos porque estava em estado de ruína, e onde construímos um novo edifício com linguagem contemporânea”, desta-cou a autarca. Maria do Céu Albu-querque disse ainda ao Jornal de

Abrantes que a autarquia vai “fazer recuar” o espaço do edifício do antigo Mercado Municipal - “um entrave à entrada na cidade e sem grande va-lor historial ou arquitetónico” -, para, no âmbito de um projeto de reabili-tação urbana, “requalifi car o Vale da Fontinha e dotar Abrantes de uma entrada mais digna”.

• Um equipamento “importante para a dinamização do centro histórico e para a economia de base tradicional e familiar”

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8 MAIO 20152015SOCIEDADE

LAR DO PEGO FOI INAUGURADO NO DIA 10 DE ABRIL, PELO O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SOLIDARIEDADE E DA SEGURANÇA SOCIAL, AGOSTINHO BRANQUINHO, MAS JÁ FUNCIONA EM PLENO DESDE SETEMBRO

“Esta é a fase da vida em que tudo se faz com muita calma”“As pessoas ainda são o melhor que o mundo tem.” E fazem incondicio-nalmente parte da vida do diretor do Centro Social do Pego, António Mor. A nova valência deste Centro é uma residência para idosos, um Lar, com cerca de 60 residentes e 30 colaboradores. Mas não são núme-ros, “são alguém que passou a inte-grar esta família”.

MÁRCIA GOMES COM SÉRGIO ALELUIA*

Numa zona rural rodeada de árvo-res, na aldeia do Pego, em Abrantes, há um terreno estrategicamente or-ganizado: em baixo a creche, em cima o lar. O primeiro e o último. O primeiro espaço que nos vê atar os ténis para correr. O último espaço que nos vê ar-rumar os chinelos para deitar. E fl ores. Muitas fl ores do campo ao longo dos passeios que se percorrem até entrar no Lar. E junto a estes dois edifícios há ainda o centro de dia.

Todo o Lar tem, à sua volta, varan-das, terraços e flores. Não falta sítio para nos sentirmos em paz com a or-dem natural da vida. Há espaços rel-vados que aguardam cadeiras para os residentes poderem desfrutar do tempo e da vista.

D. Maria da Graça é a residente que pôs ordem às flores das varandas e terraços de todo o lar. São também dela as mãos com fl ores retratadas à entrada do Lar. O seu terraço tem va-sos de diferentes tamanhos, expostos uns e outros sob formas, ora quatro a quatro, ora alinhados… que vai tra-zendo cada vez que vai a casa. Amélia Bento, a diretora técnica que conhece bem a história de cada residente do Lar do Pego, conta que “a vida dela são as fl ores”. “Hoje levantou-se mais cedo para mudar a terra, diz que tinha de ser, por causa da humidade.” Hu-midade, mas a Humanidade também precisa de uma Graça que se erga cedo para lhe cuidar da Terra.

Entra-se no Lar e as flores dão lu-gar aos bons dias, das senhoras da lavandaria, do enfermeiro, das senho-ras da limpeza, do animador, da die-tista, dos senhores da contabilidade,

da cabeleireira, das senhoras da cozi-nha… Os bons dias são fruto de uma obra social transversal. Os responsá-veis pelo Lar do Pego entenderam que a escolha das colaboradoras tam-bém devia ter uma preocupação so-cial. Por isso, foram selecionadas de uma forma especial. Para muitas, foi a oportunidade de trabalho que faz toda a diferença, para elas e para as suas famílias. Para além disso, são pro-fi ssionais que incorporam o espírito de um Lar que não só acolhe, mas que também valoriza a vida de cada um e respeita a sua privacidade. As visitas dos familiares são muito bem vindas, a até estimuladas, mas nos es-paços comuns, que são muitos.

O único médico de família do Pego foi mais uma das felizes interrupções à visita. Ou a visita é que o interrom-peu. A verdade é que está cá uma vez por semana e “sempre que é necessá-rio vem a correr”, confi dencia a dire-tora. Ele sorriu.

Na grande sala de convívio, o ani-mador Fábio Pires distribuía canetas a um grupo de residentes para pinta-rem fl ores, uma das atividades que o

Lar promove. Duas senhoras vão ocu-pando o tempo dessa forma. Outros veem televisão, outros descansam. Fábio Pires explica que às vezes tam-bém traz vozes de fi guras públicas co-nhecidas para lhes fazer testes à me-mória, mas o que eles mais gostam “é das visitas dos pequenos”. Os miúdos da creche, que os visitam. “Estamos a construir a sociedade, guardamos os que ainda temos e preservamos os que serão o nosso futuro”, reconhece o diretor.

Na mesma sala, o enfermeiro verifi -cava o peso de cada residente. Uma senhora aumentou o peso, dois qui-linhos. “Pudera! É só comer e dormir”, brincava ela. Há uns dias, na cabelei-reira da residência, fez caracóis. Conta quem lá estava nesse dia que nem se mexia enquanto esperava que o fi lho viesse e a visse, assim, sem o lenço que nunca tirava.

Familiares podem almoçar no Lar

O fi lho almoçou com a senhora dos caracóis. Lá, no Lar. Quando desejam partilhar refeições com os pais ou

avós, os familiares “só têm de espe-rar mais um pouco para que os ou-tros residentes terminem as refeições, depois é-lhes servido o almoço em família”, explica Amélia Bento. “O que faz de nós diretores razoáveis é envol-vermos as pessoas todas”, acrescenta António Mor.

A média de idades dos residen-tes no Lar do Pego é de 84 anos. E não faltam condições para assegurar conforto e segurança que esta idade pede. Para um dia destes está prevista uma área de horta. As pessoas nos meios rurais estão habituadas a estar na rua. Mas há quem valorize outros aspetos. Amélia Bento revela que um senhor que se aproximava colocou uma condição para ir para o Lar do Pego: “Só vinha se tivesse a Benfi ca TV, e tem!” Ele riu-se e ainda gritou: “Vamos ser campeões!”

O que não falta no Lar do Pego são histórias para contar. “Uma senhora ia de férias com os fi lhos por dez dias, ou fi m de três, depois de ter passado o Natal, pediu para vir embora, di-zia que aqui estava mais quentinha.” E outra: “Outra senhora só vinha se a

amiga viesse com ela. Os cadeirões da sala tinham uma almofada estreiti-nha por cima do braço de cada cadei-rão. A almofada escondia a fi ta que atava um cadeirão ao outro, para nin-guém as separar”. Ninguém as separa. A diretora explica que a preocupação é de juntar: “Se temos uma pessoa acamada, procuramos outra que lhe faça companhia na mesma situação.”

Este Lar revela-se aquilo que os fi -lhos sonham para os pais: um espaço bonito como um hotel, mas seguro como uma clínica e confortável como uma casa. Atualmente, o Lar do Pego tem uma lista de espera para os lu-gares que têm comparticipação da Segurança Social. Há quartos vazios, mas são aqueles que só podem ser ocupados por pessoas enviadas pela Segurança Social e outros destinados a quem pode pagar a mensalidade por inteiro.

Todos os quartos estão rigorosa-mente apetrechados. O projeto ini-cial previa as paredes todas brancas. Mas os responsáveis quiseram colori-las com elementos da natureza. Cada quarto possui uma casa de banho própria, devidamente equipada e preparada para receber pessoas com mobilidade reduzida. Um cantinho de privacidade. Todos têm, inevitavel-mente, dois companheiros de noite. Em cada quarto há dois interruptores, um branco e outro preto. Um deles para a luz e outro para chamar as fun-cionárias da noite. Diz Amélia Bento que os residentes “não querem inco-modar”, mas acabam sempre por pre-mir num dos botões para “lhes virem ajeitar a almofada”.

“Esta é a fase da vida em que tudo se faz com muita calma”, desabafa a diretora, relativamente a quem faz deste Lar a sua casa. “Temos consci-ência que já salvámos duas ou três vidas aqui. Nós temos muito espaço para pôr pastas de arquivo, mas para as pessoas não há sítio para as pôr na prateleira, todos temos um lugar na sociedade naquilo que cada um vale.”

*Alunos de Comunicação Social da ESTA

• António Mor: “O que faz de nós diretores razoáveis é envolvermos as pessoas todas”

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9MAIO 20152015 VILA NOVA DA BARQUINHA

Novo pavilhão da Barquinha inaugurado perantecentenas de pessoas

Município da Barquinha cede viatura ao Centro de Saúde

A população do concelho de Vila Nova da Barquinha partici-pou em massa na inauguração do novo Pavilhão Desportivo Municipal, no dia 9 de abril, uma cerimónia presidida por Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, na presença de Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), e de José Alberto Duarte, Diretor Geral dos Estabelecimentos Escola-res, entre centenas de convida-dos e populares.

Foram muitos os que quise-ram conhecer o mais recente equipamento ao serviço do desporto no concelho, que para além da comunidade es-colar, pode ser utilizado pela população em geral.

No seu discurso, Fernando Freire salientou que o novo equipamento “é uma obra de grande interesse para a educa-ção dos nossos jovens e para a prática desportiva de pessoas de todas as idades, com claros benefícios para a saúde e bem-estar de todos os habitantes do concelho”.

“Era a obra que faltava para se dar por concluída a cons-trução do campus escolar de Vila Nova da Barquinha”, desta-cou o autarca, tendo lembrado o “importante papel” desem-penhado pelo seu antecessor, Miguel Pombeiro, no planea-mento da obra.

O projeto surgiu na sequên-cia da requalifi cação da Escola D. Maria II, cujo pavilhão apre-sentava sinais de avançada degradação, não reunindo as condições de segurança ne-cessárias para a prática des-portiva.

A construção do novo edifí-cio incluiu também os arran-jos exteriores com a criação de vários espaços para a prática desportiva ao ar livre. O novo pavilhão tem capacidade para 222 lugares sentados e, além da sala principal, dispõe ainda de um ginásio.

A intervenção representa um investimento de cerca de 1 milhão e trezentos mil euros, comparticipados em 85% do valor elegível pelo QREN, no âmbito do Programa Operaci-onal Regional do Centro (Mais Centro), e da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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A Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha cedeu uma viatura nova à Unidade de Cuidados na Comunidade Almourol (UCC Almourol), para que esta organização possa re-forçar a prestação de cuidados de saúde, apoio psicológico e social, no âmbito domiciliário e comunitário, a utentes que residam no concelho.

A viatura foi entregue no dia 14 de abril pelo presidente da Câmara, Fernando Freire, à di-retora executiva do Agrupa-mento de Centros de Saúde Médio Tejo (ACES), Maria So-fia Theriaga, na presença do coordenador da USF Barqui-nha, Joaquim Branco, numa cerimónia presenciada pelos profi ssionais de saúde daquela

unidade, junto ao Centro de Saúde de Vila Nova da Barqui-nha.

“A oferta desta viatura será uma mais-valia para que a equipa de profissionais da UCC consiga prestar serviços básicos de saúde ao domicílio aos munícipes que têm difi cul-dade em deslocar-se”, referiu, na ocasião, o presidente da au-tarquia, Fernando Freire.

A prestação de cuidados de saúde primários à população da área geográfi ca do conce-lho de Vila Nova da Barquinha é assegurada pelo Centro de Saúde de Vila Nova da Barqui-nha, onde funciona a Unidade de Saúde Familiar Barquinha (USF Barquinha), a Unidade de Cuidados na Comunidade

Almourol (UCC Almourol), es-tando aqui implementada uma Equipa de Cuidados Con-tinuados Integrados (ECCI).

O Centro de Saúde de Barqui-nha serve cerca 8.200 utentes. O veículo cedido pelo muni-cípio servirá única e exclusiva-mente para a deslocação em serviço dos profissionais em funções no Centro de Saúde de Vila Nova da Barquinha, nomeadamente, elementos da USF Barquinha, da UCC Al-mourol e da Equipa de Cuida-dos Continuados Integrados, para prestação de cuidados de saúde, apoio psicológico e so-cial, no âmbito domiciliário e comunitário, a utentes que re-sidam no concelho.

• A intervenção representa um investimento de cerca de 1 milhão e trezentos mil euros

DR

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MAIO 201510 ESPECIAL SARDOAL

Autarquia de Sardoal recupera a tradicional Festa do Bodo

Uma das festividades mais antigas de Sardoal é conhe-cida como a Festa do Espírito Santo ou Festa do Bodo. Este ano está de regresso, no pró-ximo dia 24 de maio.

Segunda a autarquia, esta festa, composta por uma missa, uma procissão e um almoço convívio vai agora realizar-se de dois em dois anos.

No dia 24 de maio, a festivi-dade arranca com a missa ao ar livre, que será realizada na Praça da República, seguida

da procissão até ao Convento de Santa Maria da Caridade. Tradicionalmente, o Cortejo do Bodo integra a procissão e é composto por 20 jovens vestidas de branco, símbolo da pureza, que transportam à cabeça os tabuleiros com o pão benzido na eucaristia. As jovens diferenciam-se pelas cintas coloridas que apresen-tam, havendo quatro cores, tantas quantas as freguesias do concelho. Durante a pro-cissão outros fi gurantes sur-gem com trajes usados dos

fi nais do século XIX. Os momentos religiosos

terminam com um almoço convívio, promovido pela Câ-mara Municipal, no Largo do Convento de Santa Maria da Caridade. Nas tarefas de pre-paração e confeção do al-moço, a autarquia conta com o apoio da Santa Casa da Mi-sericórdia.

Numa passagem pelo tempo, a Festa do Bodo é bastante antiga, já existia an-tes de 1470. Em 1860 ainda se realizava, deixando de se

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fazer em 1935. A paróquia e a Câmara retomaram-na em 1995, numa perspetiva mais vasta e moderna, na de-fesa dos valores culturais do concelho. Voltou mais tarde a ser interrompida, tendo-se realizado pela última vez em 2008. Surge agora com cará-ter bienal.

“É importante que possa-mos dar continuidade a esta

festa no âmbito da nossa aposta no âmbito da fé e da religiosidade. É determinante preser var as tradições concelhias enquanto patri-mónio e como um impor-tante pilar na estratégia do desenvolvimento do turismo religioso e no subsequente desenvolvimento socioeco-nómico do concelho”, explica Miguel Borges, presidente da

autarquia. O autarca destaca o envol-

vimento da comunidade: “É nossa intenção realizar a festa de dois em dois anos, contando com ajuda das as-sociações do nosso conce-lho. Sendo esta uma tradição do concelho, faz todo o sen-tido que toda comunidade se envolva.”

Joana Margarida Carvalho

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MAIO 2015 ESPECIAL SARDOAL 11

Chama-se “Sardoal Jazz 2015” a próxima iniciativa musical que a vila sardo-alense vai receber entre os dias 8 e 10 de maio. Durante três dias, o palco do Centro Cultural Gil Vicente vai contar com a presença dos grandes nomes da música jazz nos panoramas nacional e inter-nacional.

O Sardoal Jazz nasceu da vontade do município em contribuir para dar resposta e novas alternativas à progra-mação musical da região, em duas vertentes distintas: por um lado, trazer à região es-petáculos de música jazz de qualidade para os amantes deste género musical e, por outro lado, a aposta na for-mação de públicos, apresen-tando concertos e grupos de um estilo musical diferente.

Miguel Borges, presidente da CM de Sardoal, admitiu ao JA que esta já era uma in-tenção antiga: “Era ideia que já tinha algum tempo, uma iniciativa que desejava para o Centro Cultural Gil Vicente, porque na verdade é uma resposta cultural diferente, que não é muito ouvida na região.”

“Quando olho para o Cen-tro Cultural vejo o jazz aqui, fi sicamente todo espaço está feito para receber este tipo

de espetáculo”, acrescentou o autarca.

No primeiro dia do evento, a 8 de maio, pelas 21h30, sobe ao palco o grupo Sinfo Dixie, oriundo de Águeda e que, através de instrumen-tos como trompete, clarinete, trombone, tuba, banjo e ou-tros de percussão, trará o jazz tradicional ao Centro Cultural Gil Vicente.

No sábado, dia 9, também às 21h30, terá lugar a atuação do grupo Lokomotiv, um dos mais antigos e produtivos trios de jazz português reco-nhecido pela crítica interna-cional. Nascido em 1997, Lo-komotiv já se apresentou em palcos um pouco por todo o mundo, sendo composto por músicos de elevada qua-lidade e com reconheci-mento mundial, como Carlos Barreto, Mário Delgado e José Salgueiro.

A fechar o Sardoal Jazz 2015 estará no domingo, dia 10, pelas 16h00, Yuri Daniel Quartet, composto pelos no-táveis músicos: Filipe Raposo, Johannes Krieger, Vicky Mar-ques e Yuri Daniel. Yuri Daniel é um dos mais relevantes baixistas da nova geração do jazz, integrando várias ban-das, de entre as quais se des-taca a do norueguês Jan Gar-

barek, uma das maiores refe-rências do saxofone mundial. Durante o último dia, outras presenças ligadas ao jazz po-derão surgir para abrilhantar ainda mais o evento.

“Aquilo que estamos a fa-zer é lançar uma semente que possa crescer e ter con-tinuidade. Para isso, é neces-sário que o início seja bom. Os nomes que vamos ter são de grande referência neste género musical”, admitiu Miguel Borges.

“Há certamente muitas pes-soas que nunca ouviram jazz como este que vamos ter por cá e que vão certamente apreciar e gostar do que vão assistir. Com três dias de boa música e de puro espetáculo a um preço muito acessível, estou expectante que venha muita gente a Sardoal”, fi nali-zou o autarca.

Segundo autarquia de Sar-doal, os bilhetes por espetá-culo têm um valor de 3 euros, sendo que o passe para os três dias custa 6 euros, po-dendo ser adquiridos na bi-lheteira do Centro Cultural Gil Vicente de terça a sexta-feira entre as 16h00 e as 18h00, aos sábados e domingos en-tre as 15h00 e as 18h00 ou 45 minutos antes do início dos espetáculos.

Joana Margarida Carvalho

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Durante três dias Sardoal vai viver o Jazz

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12 MAIO 20152015REGIÃOC

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Os Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA) anunciaram a conclusão do processo de liga-ção de 34 fontanários públicos à rede de distribuição domiciliária de água, num processo que tam-bém envolveu a requalifi cação de alguns dos fontanários.

Em nota de imprensa, a autar-quia refere que estes pontos de água tinham sido encerrados de-vido à “má utilização” por parte de alguns munícipes, e a “grandes perdas de água”, motivos que le-

varam os SMA a instalar torneiras temporizadoras “para que não se repitam situações de abuso e de desperdício de água”.

Além de eliminar defi ciências de funcionamento e evitar prejuízos fi nanceiros e ambientais, a autar-quia destaca que a intervenção permitiu também devolver à po-pulação fontes que fazem parte da história e da cultura de cada freguesia, ficando as juntas e os SMA responsáveis pela manuten-ção e boa utilização da água.

Um incêndio urbano que ocor-reu na madrugada de domingo, dia 19 de abril, e destruiu por completo uma habitação em Chainça, Alferrarede, deu ori-gem a um movimento de solida-riedade da população que quer agora reabilitar a habitação.

O incêndio, que não causou fe-ridos mas fez dois desalojados, mãe e fi lho, que fi caram despo-jados da sua casa e de todos os seus bens, terá tido início numa vela, tendo as chamas rapida-mente se propagado a todas as divisões da habitação, segundo

disse o presidente da União de Freguesias de Abrantes, São Vicente, São João e Alferrarede, Bruno Tomás.

A Junta de Freguesia está, neste momento, a centrar e a receber todo o tipo de manifestações de apoio para elaborar um plano de reconstrução, sendo certo que vão ser necessários profi ssionais de diversas áreas, desde pedrei-ros a serventes, instaladores de gás, colocadores de chão, canali-zadores, ladrilhadores e eletricis-tas, entre outros.

Abrantes: Autarquia anuncia conclusão da ETAR dos Carochos até fi nal de 2015

A Câmara Municipal de Abrantes deu conta, no início de abril, do “retomar efetivo dos trabalhos de remodelação/reabilitação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) dos Carochos”, trabalhos que estão a cargo da empresa Abrantaqua, concessio-nária do sistema de saneamento do concelho.

Em nota de imprensa, a autar-quia refere que, “recentemente, realizaram-se trabalhos de remo-delação do sistema já existente, nomeadamente a nível do tra-tamento biológico, por forma a obter resultados que estejam de acordo com a legislação em vi-gor”.

Esta obra constará da amplia-ção da capacidade instalada e irá servir um universo de 10 mil habi-tantes. O investimento da Abran-taqua, no âmbito do contrato de concessão, “implica um investi-mento de cerca de 1,7 milhões de euros e deverá estar concluída até fi nal de 2015”, pode ler-se na mesma nota.

Os deputados do PSD eleitos por Santarém elogiaram o evoluir das obras na Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, cujo projeto foi redimensionado, permitindo poupar cerca de um mi-lhão de euros face à adjudicação inicial.

“O projeto manteve os mesmos ní-veis de exigência e qualidade e sem qualquer derrapagem orçamental, estando prevista a abertura da es-cola no fi nal do ano letivo, em fi nais de junho e início de julho, cump-rindo-se assim o calendário inicial-

mente previsto e sem as habituais derrapagens orçamentais que ca-racterizaram a gestão passada do Parque Escolar”, destacou, em nota de imprensa, o deputado Nuno Serra.

Na mesma nota, o também presi-dente da distrital do PSD do distrito de Santarém deu conta de que o programa organizado pela conce-lhia do PSD de Abrantes levou os representantes do partido a visitar, em abril, instituições e empresas li-gadas à educação, à indústria e aos setores agrícola e social.

Abrantes: Autarquia liga 34 fontanários à rede pública

Os participantes na Jornada “Par-tilha de práticas integradas de edu-cação formal e não-formal de ci-ências”, que decorreu no dia 20 de abril no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, associaram-se à iniciativa de homenagem dos portugueses e da comunidade ci-entífica a José Mariano Gago, no Barquinha Parque.

Por todo o país, centros de inves-tigação e outras instituições fize-ram uma pausa de cinco minutos nas suas atividades, com concen-tração no exterior, junto aos respe-tivos edifícios, poucos dias depois da morte do cientista e antigo mi-nistro.

Participou neste tributo Rosália Vargas, presidente da Agência Ci-ência Viva, uma das oradoras do encontro que reúne ao longo do dia várias dezenas de investigado-res, académicos e peritos em Edu-cação na área da educação em ci-ências, uma iniciativa coordenada pela Universidade de Aveiro, com o apoio do município de Vila Nova da Barquinha e da Associação Centro Integrado de Educação em Ciên-cias de Vila Nova da Barquinha.

Associaram-se à cerimónia sim-bólica os docentes convidados, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Freire, autarcas e traba-lhadores da autarquia.

Abrantes: Incêndio em habitação na Chainça gera onda de solidariedade

Abrantes: Freguesia de São Miguel do Rio Torto volta a ter médico

A extensão de saúde de São Miguel do Rio Torto, em Abrantes, voltou em abril a ter atendimento médico durante dois dias por semana, informou o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo.

O ACES do Médio Tejo disse que foram “asseguradas 16 horas semanais, divididas por dois dias da semana, de prestação de con-sultas médicas a partir de abril na extensão de saúde de São Miguel do Rio Torto”, localidade onde cerca de 600 utentes subs-creveram um abaixo-assinado em protesto pela falta de médico desde outubro.

Em comunicado, a Comissão de Utentes da Saúde de Abrantes refere, por sua vez, que a decisão atende “parcialmente” as reivin-dicações da população.

Vila Nova da Barquinha: Jornadas de educação de ciências homenageiam Mariano Gago

Abrantes: Deputados do PSD elogiam obra da Parque Escolar

Page 13: Jornal de Abrantes - Edição Maio 2015

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13MAIO 20152015 REGIÃOJo

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A III Semana da Educação, Igualdade e Cidadania de Abrantes foi marcada com a entrada de três novas entidades na Rede Especializada de Intervenção na Violência de Abrantes (REIVA). Os protocolos da REIVA foram assinados pela Delegação de Abrantes da Cruz Vermelha, pela Santa Casa da Mise-ricórdia de Abrantes e pela Delega-ção de Abrantes da Ordem dos Ad-vogados.

A REIVA já contava com os seguintes parceiros: o Município de Abrantes, o Centro Hospitalar do Médio Tejo –

Unidade Hospitalar de Abrantes, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Abrantes, a Associação Vi-das Cruzadas e a Escola Superior de Tecnologia de Abrantes m(do Insti-tuto Politécnico de Abrantes). A ceri-mónia realizou-se no passado dia 21 de abril, no edifício Pirâmide

No âmbito da III Semana da Educa-ção, Igualdade e Cidadania decorre-ram várias atividades, entre as quais se destaca o Parlamento Criança, o Parlamento Jovem e o Parlamento Sénior. Celeste Simão, vereadora res-

O Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, acolheu no passado dia 18 de abril, um colóquio su-bordinado ao tema “Juventude e Desenvolvimento Local”.

A iniciativa foi organizada pela FAJUDIS – Federação das Asso-ciações Juvenis do Distrito de Santarém e contou com vários intervenientes que abordaram alguns temas: “O Associativismo como recurso ao Desenvolvi-mento Local”, “Desenvolvimento Local: Desafi os e Oportunidades” e “Os jovens no centro do Desen-volvimento Local”.

Jorge Claro, presidente da FA-

JUDIS, explicou que “a ação teve como objetivo oscular os jo-vens e os vários decisores po-líticos, onde todos foram ouvi-dos e puderam propor as suas ideias. Estamos a trabalhar estas duas dimensões: a Juventude e o Desenvolvimento Local, perce-bendo o que pode surgir destas duas componentes”.

“Pensar hoje a Juventude é di-fícil, pensar a Juventude associ-ada ao Desenvolvimento Local é muito mais difícil. Este é as-sim um grande desafi o”, rematou Jorge Claro.

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Abrantes: Rede Especializada de Intervenção na Violência conta com três novos parceiros

Sardoal: “Juventude e Desenvolvimento Local” foi tema de conferência

ponsável pelos pelouros da Educação e da Ação Social, evidenciou a forma como as crianças e os jovens partici-param nestas iniciativas, lembrando que “gostam de ser ouvidos, nome-adamente nos assuntos que lhes di-zem respeito”.

Para além de ateliers e worshops, a iniciativa contou ainda com debates com especialistas. No painel intitulado “Falando de Educação... aqui e agora”, Fátima Santos apresentou um caso de sucesso de integração, que está a ser desenvolvido no Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna, em Lisboa. Apesar dos exemplos positi-vos, Maria do Céu Roldão, da Universi-dade Católica do Porto, lembrou que, em geral, “o atual modelo organiza-tivo da escola não consegue que o direito de aprender seja conseguido por todos”. Sobretudo porque “as re-gras são anacrónicas e disfuncionais”. Esta especialista chamou a atenção para novos modelos de educação que estão a surgir e que estão a en-saiar modelos menos rígidos, que funcionam por projetos.

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14 MAIO 20152015X GALA ANTENA LIVRE & JORNAL DE ABRANTES

A Gala Antena Livre e Jornal de Abrantes é já uma tradição. Que se impôs pela qualidade do espectáculo, mas sobre-tudo pelo que representa: a divulgação do que de melhor se faz na música a nível regional e o destaque que dá, atra-vés dos Galardões que atribui, a pessoas e instituições com trabalho relevante. E é, neste domínio, a única instituição da sociedade civil a fazê-lo. Ano após ano, a Gala chama a atenção para pessoas e instituições, repita-se, que vão fazendo história neste pequeno-grande território que é o nosso, e não só. Abrantes prepara-se para fazer 100 anos de cidade. Em 1916, a vida era por estes lados muito diferente. Entre-tanto, mudou o mundo, mudou o país e mudou também cada um dos concelhos desta zona. Mas a mudança tem atores, a criação de novos caminhos tem protagonistas. É sempre bom não o esquecer e é ainda melhor reconhecê-lo. Publicamente.Não basta dar a informação do que dia a dia vai aconte-cendo. E a Antena Livre já vai no seu 35º ano desse traba-lho esforçado e o Jornal de Abrantes cumpre neste mês de maio o seu 115º aniversário. Mas para lá deste compro-misso continuado com os seus ouvintes e leitores, a Gala é um tempo de festa e homenagem. Festejar e homenagear o que de melhor existe entre nós. Foi o que a X Gala Antena Livre e Jornal de Abrantes voltaram a fazer, este dia 30 de abril. E foram já 10 anos, embora não seguidos, que a Gala marcou o calendário e a paisagem social da região de Abrantes. Na boa companhia do seu público.Importa, por isso, conhecer os vários Galardões atribuídos e entregues neste ano de 2015.

Alves Jana

Festejar e homenagear o que de melhor existe entre nós

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15MAIO 20152015 X GALA ANTENA LIVRE & JORNAL DE ABRANTES

Ambiente

A fl oresta é uma riqueza estratégica, mas permanentemente ameaçada. Pode ser um dos pilares do desenvolvimento lo-cal, mas o problema dos sucessivos incêndios, entre outros, mostra a urgência de medidas inovadoras na gestão fl orestal. Mação tem apostado nessa linha. E, por isso mesmo, tem sido objeto de referências qualifi cadas, nomeadamente ao nível da União Europeia, onde foi considerado um caso exemplar na gestão da fl oresta. Em virtude trabalho feito, Mação tem recebido visitas de estudo de técnicos e de estudantes da especialidade e já foi objeto de distinção internacional, por exemplo com a atribuição do galardão “Batefuegos d’Oro” atribuído pelo Ministério do Ambiente espanhol, em 2006. Este trabalho reconhecido como exemplar tem contado, em Mação, com uma dupla frente de intervenção, a Câmara Mu-nicipal e a Afl oMação, Associação de Produtores Florestais do Concelho de Mação.

O trabalho desenvolvido pela Afl o Mação tem sido a chave deste processo. Por isso recebeu este ano o Galardão Ambi-ente 2015 da Antena Livre e Jornal de Abrantes

Música Nacional

É difícil reconhecer a Sara Tavares que nos foi revelada, faz agora 21 anos. Não porque renegue os primórdios da sua carreira, mas apenas porque 21 anos decorreram entretanto e em que ela tomou as rédeas da sua carreira com uma invul-gar determinação. Depois do Chuva de Estrelas, o salto foi para o mundo. Uma triunfal actuação no mercado de world music WOMEX, em

Roterdão, na Holanda, abriu-lhe as portas do mundo: actua-ções em Espanha, Itália, Finlândia, Suiça, Alemanha, Bélgica, França, Namíbia, Zimbabué, Cabo Verde, Angola, Moçambi-que e outros mais.À medida que Sara Tavares viajava, e que as suas experiências enriqueciam a sua música, ela descobria também uma nova simplicidade, uma confi ança cada vez maior na sua voz.Depois de, em 2010, a sua tournée ter sido interrompida por razões de saúde, e depois de correr o risco de perder a voz para sempre, em 2011 Sara Tavares foi chegando devagari-nho. Uma Sara Tavares mais madura, mais serena e fazendo completamente do palco a sua casa, ao qual se juntou um pú-blico completamente rendido e saboreando cada momento. O mundo continua a ser dela, mas Portugal é agora cada vez mais a sua casa.Em 2014, Sara comemorou 20 anos de carreia, e a Antena Li-vre e Jornal de Abrantes não puderam deixar de marcar este percurso que muitos julgaram fi car apenas pela imitação de Whitney Houston, foi por este motivo que Sara Tavares rece-beu o Galardão Música Nacional 2015 da Antena Livre e o Jor-nal de Abrantes.

Cultura

Há uma dezena de anos, faz em Abrantes a “festa do cinema de animação”. Não apenas, nem principalmente, da mostra de cinema, mas sobretudo da iniciação de centenas de cri-anças das nossas escolas na arte do desenho animado. Aqui foram criados por elas vários fi lmes, depois exibidos e mais tarde enviados para festivais por esse mundo fora. A sua qualidade tem sido reconhecida e por vezes premiada em importantes festivais onde se fala de Abrantes e se mostra a capacidade criativa das suas crianças, apoiadas por im-portantes nomes do cinema de animação em Portugal. Um dos prémios mais signifi cativos foi obtido em Chicago, nos Estados Unidos, em 2012, no 29º Festival Internacional do Filme de Crianças, com o fi lme “O lápis que não sabia escre-ver”, feito, nunca é demais dizê-lo, pelas crianças das nossas escolas.Sob liderança de Lurdes Martins e em resultado de uma par-ceria entre a Palha de Abrantes, através do seu Espalhafi tas, e a Câmara Municipal de Abrantes, foi o Animaio que rece-beu este ano o Galardão Cultura 2015 da Antena Livre e Jor-nal de Abrantes.

Desporto

Foi criado em 2011, com o objetivo de divulgar as atividades desportivas que acontecem no concelho de Abrantes ou fora deste, pelos nossos atletas e clubes.Conta com uma atualização diária sobre mais de 40 modali-dades. Difunde ainda uma Newsletter mensal, com 30 núme-ros já editados e enviados gratuitamente por mail a quem o pretender. No ano passado, 2014, acompanhou e fotografou 498 atividades desportivas e desde o início, há quatro anos, publicou 9.103 notícias, cerca de 300.000 fotos e teve mais de 740.000 visitas. O notável trabalho do blogue Desporto em Abrantes, criado e mantido – como hobby – por Carlos Soa-res, recebeu este ano o Galardão Desporto 2015 da Antena Livre e Jornal de Abrantes.

Música Regional

Desde 2003 que esta nossa região conta com um evento mu-sical que permite a jovens e menos jovens não só um conví-vio um ponto de encontro, como a fruição do que de melhor se oferece no panorama musical português na sua área de in-tervenção. Num interior em processo de desertifi cação, logo com crescente necessidade de fi xação de população, sobre-tudo de ativos jovens, deve ser entendido também como um instrumento de desenvolvimento local. Sem esquecer que é também um serviço à música, que não existe sem exibição e sem reconhecimento público e sem a criação de públicos. Há mais de uma década, portanto, que a Câmara de Vila de Rei vem fazendo uma aposta que serve diretamente não só o seu concelho como toda a região. Por isso, o Festival Rock na Vila, de Vila de Rei, recebeu o Galardão Música Regional 2015 da Antena Livre e Jornal de Abrantes.

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16 MAIO 20152015X GALA ANTENA LIVRE & JORNAL DE ABRANTES

Educação

Vivemos um momento de crise social e económica em que o desemprego atinge níveis preocupantes e dolorosos, que nos fazem pensar sobre o futuro, tanto de jovens como de adultos. Sem sombra de dúvida: a criação de postos de tra-balho é uma das chaves do futuro e nunca é demais o que se fi zer nesse sentido. Merece, por isso, destaque um projeto que pretende “desa-fi ar os jovens desde tenra idade a ensaiar a criação de empre-sas, a familiarizar crianças e jovens com conceitos em torno do universo empresarial. “É de pequenino que se torce o pe-pino.” Neste caso, é de pequenino que se procura desenvolver uma cultura de iniciativa empresarial. Trata-se do Projecto Empre, um viveiro de empresas em am-biente escolar, a funcionar a partir da Escola D. Maria II, na Barquinha, com alunos do 1º ao 3º ciclos, que este ano rece-beu o Galardão Educação 2015 da Antena Livre e Jornal de Abrantes.

Responsabilidade Social

É uma bonita jovem, com 95anos de idade, bonita de rosto e bonita de vida – uma vida inteira de dedicação voluntária a quem precisa. Ela é a decana do voluntariado em Abrantes. Começou aos 17 anos na Acção Católica e com o cuidado aos tuberculosos. Depois nas Conferências de S. Vicente de Paulo. Ultimamente no Hospital de Abrantes, onde é uma referên-cia em termos de voluntariado sobretudo no apoio aos paci-entes de cancro. Há anos, dizia ao Jornal de Abrantes: “Adm-iro-me como há pessoas que não têm nada que fazer e não se preocupam em ser úteis aos outros. E à noite conseguem

dormir descansadas.” E terminava: “Eu faço um apelo às pes-soas. Tirem um bocadinho, uma ou duas horas por semana que seja. E o amor ao próximo não é escolher este ou aquele. Não, é para todos, porque todos somos fi lhos de Deus e ir-mãos uns dos outros. Ser voluntário é isto. É dar-se a quem precisa, seja lá quem for.” Para sublinhar este seu apelo e para honrar a sua vida exemplar, Mira Godinho recebeu este ano o Galardão Responsabilidade Social 2015 da Antena Livre e Jornal de Abrantes.

Empresa

Já com 10 anos de existência, é um Parque de Ciência e Tecnologia, localizado em Abrantes. É, antes de mais, um dis-positivo de transferência de ciência e tecnologia entre os cen-tros de investigação e as empresas. Para isso tem um vasto leque de valências, desde a formação, a incubação de em-presas, laboratório de desenvolvimento de produtos, apoio à inserção profissional, concursos de ideias e projetos... A parte mais visível é a da criação e incubação de empresas, mas não é possível descurar os serviços prestados às empre-sas mais maduras a operar no terreno económico, durante já dez anos.Pelo muito que já fez e como estímulo para o muito mais que há a fazer, o Tagus Valley - Tecnopólo do Vale do Tejo recebeu este ano o Galardão Empresa 2015 da Antena Livre e Jornal de Abrantes.

Nacional

Nasceu em Moçambique e aterrou no jornalismo televisivo em Portugal, nomeadamente na RTP, onde fez história e onde continua a lançar-nos uma cúmplice piscadela de olho

sempre que nos encontramos na praça pública do nosso ecrã de televisão. As notícias de cada dia ou a reportagem de guerra são os dois campos em que mais sentimos a sua pre-sença. Não apenas de eco amorfo do que se passa, mas como um jornalista premiado e comprometido com a nossa vida. Ao seu desempenho não será estranha a sua passagem pela BBC, o seu doutoramento em Ciências da Comunicação, nem o ensino de jornalismo que faz na Universidade Nova, onde é professor.Além disso, o seu nome é ainda sinónimo de êxito editorial. Os livros que assina vendem aos milhares – é “apenas” aquele que mais vende – o que signifi ca que chama à leitura muitas pessoas que sem ele andariam dela arredadas. Pessoas que pelos seus livros descobrem temas e problemas de que, sem eles, se manteriam alheadas. Ou seja, para sintetizar: é um fenómeno de comunicação.José Rodrigues dos Santos recebeu o Galardão Nacional 2015 da Antena Livre e Jornal de Abrantes.

Personalidade Carreira

Nem precisa de apresentação, salvo talvez para aqueles que pensam que o mundo sempre foi como é hoje. Nasceu em Abrantes, formou-se em engenharia no domínio da ele-tricidade, foi professor na Escola Industrial e Comercial de Abrantes desde a sua criação, apaixonado pela vida taurina e pelas corridas de automóveis (com prática no terreno em ambas as modalidades), presidente da Câmara Municipal de Abrantes pouco depois do 25 de Abril, quando quase tudo estava por fazer e não havia dinheiro, um dos fundadores do CRIA, então Centro de Recuperação Infantil de Abrantes, de que mais tarde viria a ser presidente da Direção… e muito mais que não cabe numa nota breve.Por tudo isso, isto é, por uma vida cheia de serviço à comuni-dade abrantina e à sua região, José dos Santos de Jesus, ou melhor, José Bioucas, como é e gosta de ser conhecido, rece-beu o Galardão Personalidade 2015 da Antena Livre e Jornal de Abrantes.

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17MAIO 20152015 EDUCAÇÃO

A Assembleia Municipal de Vila de Rei aprovou, por maioria, a descentralização de competências na área da Educação, medida a que o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) se opôs e tentou suspender

MÁRIO RUI FONSECA

Vila de Rei é um dos 13 mu-nicípios envolvidos no pro-jeto de descentralização de competências na área da Educação, tendo o mesmo sido aprovado pela Assem-bleia Municipal no dia 23 de abril, processo obrigatório para a sua formalização.

Delegações do SPRC e da Federação Nacional de Pro-fessores (Fenprof ) apresen-taram na ocasião, na reunião da Assembleia Municipal de Vila de Rei, os resultados de uma auscultação aos profes-sores do concelho sobre o processo, que “ditaram um esmagador não a qualquer assinatura de contrato”.

“Os resultados confi rmam, de forma inequívoca, a rejei-ção dos professores a qual-quer avanço das propostas deste Governo que, mesmo em fase final de mandato, persiste em levar a efeito as

suas políticas de desvalori-zação da escola pública, não só em Vila de Rei, como em todo o país”, disse a sindica-lista Dulce Pinheiro.

Segundo a dirigente sindi-cal, foi pedido “aos membros da Assembleia Municipal que repensassem a sua decisão e rejeitassem o processo mas, e apesar da decisão da esma-gadora maioria dos professo-res que lecionam em Vila de Rei, a decisão acabou por ser ratifi cada�.

Contactado pelo Jornal de Abrantes, o vice-presid-ente da Câmara, Paulo César (PSD), “congratulou-se” com a aprovação do processo pela Assembleia Municipal, tendo destacado que o mesmo “vai permitir aproximar o centro de decisão” a Vila de Rei.

“Este processo de descen-tralização de competências e autonomia das escolas vai conseguir reforçar a quali-dade da Educação, através da possibilidade de adaptação da oferta curricular aos nos-sos alunos, tendo em conta as principais necessidades dos estudantes e as especi-ficidades do concelho”, vin-cou.

Questionado sobre a parti-cipação dos professores no

processo de decisão, Paulo César disse que a autarquia “teve sempre em considera-ção as propostas dos respon-sáveis da Escola”, tendo des-tacado que “a proposta fi nal, aprovada por unanimidade, foi a desenhada pelo Agrupa-mento de Escolas”.

“As objeções da represen-tante do SPRC e da Fenprof são de cariz vincadamente político e valem o que valem”, afi rmou, tendo reiterado que a medida agora aprovada “vem reforçar o importante papel da Educação enquanto uma das principais priorida-des do município de Vila de Rei”.

Segundo dados do Minis-tério da Educação e Ciên-cia (MEC), o contrato nego-ciado com as 13 autarquias (Águeda, Amadora, Batalha, Cascais, Crato, Matosinhos, Óbidos, Oeiras, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Souselo, Vila de Rei e Vila Nova de Famalicão) estipula que mais de 60% das compe-tências na área da Educação fiquem nas mãos dos agru-pamentos de escolas, 30% nos municípios e menos de 10% no Ministério da Educa-ção e Ciência.

Vila de Rei aprovou delegação de competências na Educação com oposição dos professores

Abrantes volta a entrar em fESTA

No dia 2 de maio, Abrantes irá acolher o XVI fESTA – Ci-dade de Abrantes organizado pela ESTATuna – Tuna da Es-cola Superior de Tecnologia de Abrantes, no Cine-Tea tro de São Pedro. O XVI fESTA - Cidade de Abrantes terá a concurso a Tuna Médica de Lisboa - Tuna da Faculdade de Medicina da Universidade Clássica de Lisboa e da Facul-dade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, a Quantunna - Tuna Mista da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, a ForTuna - Tuna

Académica da Nova SBE da Universidade Nova de Lisboa e a TAISCTE - Tuna Académica do ISCTE. A Tuna convidada a extra-concurso será a UTIA - Tuna da Universidade de Terceira Idade de Abrantes. O tema do festival será “Es-tórias”. No dia 1 de maio, ha-verá um arraial para começar em grande o evento acadé-mico mais antigo da cidade de Abrantes. Nesta edição do festival pretende-se diversão, dinamização da cidade de Abrantes que as tunas tanto adoram e que se criem mui-tas estórias para contar.

Semana de Comunicação na ESTA

Os alunos da licenci-atura em Comunica-ção Social da Escola Su-perior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), do Insti-tuto Politécnico de Tomar (IPT), voltam a organizar um encontro que tem por objetivo criar espaços de debate com profissionais que atuam nas áreas para as quais estão a ser forma-dos: Jornalismo e Comu-nicação Empresarial. Para além dos painéis temáticos, o programa do evento - que decorre entre 20 e 22 de maio - conta com várias outras iniciativas, entre as quais se destaca uma prova de vinhos. Esta Semana da Comunicação termina com um concerto solidá-rio, cujas receitas reverte-rão a favor do Centro de Re-cuperação e Integração de Abrantes (CRIA). As ativida-des são abertas ao público em geral.

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Constância: Fajudis inaugura nova sede e espaço “Rede Criativa”

Por ocasião das Festas do con-celho de Constância, foi inau-gurado um novo espaço para a juventude do distrito de Santa-rém, denominado de Rede Cri-ativa, e que resulta de uma par-ceria estabelecida com a Fede-ração das associações Juvenis (FAJUDIS) e a autarquia local.

Cerca de um milhar de pessoas par-ticiparam no BLAYA mega workshop Kudrafo e Pack Bundas, que se reali-zou no dia 19 de abril em Vila Nova da Barquinha, com a presença da dan-çarina e vocalista dos Buraka Som Sis-tema, Blaya, entre outros convidados.

A iniciativa da Câmara Municipal, em parceria com o Agrupamento de Es-colas, angariou cerca de uma tone-lada de alimentos que serão distri-buídos pelas famílias carenciadas do concelho, através da Loja Social de Vila Nova da Barquinha.

Sardoal: Município tem novos portais de Internet

A Câmara Municipal de Sar-doal anunciou a entrada em funcionamento de dois novos portais de Internet: um da au-tarquia e um outro direcionado para o turismo. Mantendo o mesmo endereço (www.cm-sardoal.pt), o novo ‘site’ da Câ-mara enquadra-se numa lógica de partilha de informação e serviços, disponibilizando apli-cações e funcionalidades que visam “reforçar a participação dos munícipes na atividade municipal”, pode ler-se na nota de imprensa. O ‘site’ de turismo (turismo.cm-sardoal.pt) está di-recionado para as pessoas que visitam o concelho, disponibili-zando informação sobre locais de interesse, património, gas-tronomia e agenda cultural.

Vila de Rei: Antiga cadeia vai ser transformada em polo cultural

A antiga cadeia de Vila de Rei, situada nas imediações do Mu-seu Municipal, vai ser alvo de obras de remodelação e rea-bilitação, para transformação em polo cultural. Em nota de imprensa, a autarquia infor-mou que foram oito as empre-sas convidadas para apresenta-ção de orçamento, tendo a obra sido adjudicada por 24.901,68 euros e um prazo de execução de 90 dias.

Os trabalhos previstos in-cluem a substituição da estru-tura de suporte da cobertura, remoção do teto falso e subs-tituição por novo com as ca-racterísticas idênticas ao exis-tente, substituição do pavi-mento, construção de degraus exteriores de acesso ao piso su-perior, reparação da “torre” e do sino, instalação de abasteci-mento de água, esgotos e ele-tricidade.

Vila Nova da Barquinha: Blaya arrasta centenas para mega aula de Kudafro

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19MAIO 20152015 FESTAS

Para quem gosta de música, con-viver ou, tão só, espreitar os ‘anda-mentos’, as Festas organizadas pe-las Câmaras Municipais continuam a ser a melhor oportunidade para assistir, ao vivo, e de borla, a bons espetáculos musicais. Vamos lá sa-ber que bandas tocam por cá nos próximos tempos

A região vai estar em festa nos pró-ximos meses. A animação vai div-idir-se por Abrantes, nas Festas dos 99 anos de Cidade, Constância, que recebe mais uma edição das Pomo-nas Camonianas, e Mação, que volta a apostar na Feira Mostra. O Sardoal escolheu o jazz para ser o anfi trião do mês de maio, Vila de Rei aposta no Rock na Vila e na Feira de Enchidos, Queixo e Mel, e Vila Nova da Barqui-nha traz de regresso a Feira do Tejo. Os concertos com alguns dos melho-res artistas nacionais vão abrilhantar as noites de festa, e os estilos musi-cais, do jazz ao fado, do rock ao rap, fazem parte dos programas ecléticos selecionados ao pormenor. Confira e…let´s party!

Três dias de Jazz em Sardoal São três os dias de música no Cen-

tro Cultural Gil Vicente. Entre 8 e 10 de maio, o Sardoal Jazz terá os con-certos de Sinfo Dixie, Lokomotiv e Yuri Daniel Quartet. No primeiro dia

do evento, vá-rios instrumentos de so-pro e percussão confluem no con-certo do grupo Sinfo Dixie, oriundo de Águeda, às 21h30. No sábado, dia 9, Lokomotiv, um dos mais antigos trios de jazz português, composto por Carlos Barreto, Mário Delgado e José Salgueiro, sobe ao palco do Centro Cultural também às 21h30. A fechar o Sardoal Jazz, dia 10 de maio, pelas 16h, está o Yuri Daniel Quartet, composto por Filipe Raposo, Johan-nes Kriegerm Vicky Marques e Yuri Daniel. O bilhete individual custa 3€ e o passe para os três concertos tem o preço de 6€.

Vila de Rei: Festival Rock na Vila e Feira Mostra

O município de Vila de Rei vai apos-tar no festival Rock na Vila, que este ano decorre nos dias 5 e 6 de junho. Capicua, a rapper do Porto que lan-çou em abril um novo disco, vai atuar na primeira noite do festival, seguida pelo Dj Diego Miranda e pelo Dj Hugo Rafael. O dia 6 de junho abre com a música dos Checkpoint Char-lie e dos Caelum´s Edge. The Black Mamba, que estão em digressão na-cional, sobem ao palco do festival para apresentar as músicas do disco “Dirty Little Brother”. A fechar a noite e o festival, a já presença habitual do

DJ Fernando Alvim. A entrada é gratuita e, além dos concer-tos, o festival oferece campismo, atividades desportivas e expo-

sições. Entre 25 de julho e 2 de agosto,

Vila de Rei volta a estar em festa com a Feira de Enchidos Queijo e Mel. Do programa musical já são conhecidos os nomes de Ala dos Namorados, D.A.M.A., Mafalda Veiga, HMB, Rosi-nha e David Antunes & The Midnight Band. À semelhança dos anos anteri-ores, o programa da XXVI edição do evento conta também com a Feira do Livro, exposições, animação de rua, rastreios de saúde, diversas ativi-dades desportivas, tasquinhas e com uma Colheita de Sangue.

Pomonas Camonianas em torno da memória de Camões

Depois das Festas do Concelho, Constância prepara-se para receber com pompa e circunstância a 20ª edição das Pomonas Camonianas. Dias 9 e 10 de junho, a vila assinala o Dia de Camões envolvendo toda a comunidade educativa. Evocando a época em que Édico viveu e passou por Constância, as Pomonas Camoni-anas vão recriar um ambiente medi-eval, com um mercado quinhentista, uma exposição e venda de fl ores, te-atro de rua, a terceira edição do Fes-tival Hípico, a feira de antiguidades e velharias, uma prova de orientação

noturna e uma taberna quinhentista.

A memória de Camões, o poeta transversal a toda a comunidade, vai ser evocada nesta iniciativa cultural e pedagógica que já é um marco na região.

Abrantes: Festas de junho abrem portas a centenário da cidade

As Festas da Cidade de Abrantes deste ano, a decorrer entre os dias 9 e 14 de junho, vão dar início às co-memorações do centenário da ele-vação de Abrantes à categoria de ci-dade, data que se vai assinalar no dia 14 de junho de 2016. O programa detalhado ainda não foi revelado, contudo, sabe-se que as festas de Abrantes vão decorrer nos moldes do último ano, com concertos de qua-lidade nas várias praças da cidade, a mostra de artesanato, atividades desportivas e as tradicionais tasqui-nhas. Diabo na Cruz, Expensive Soul, António Zambujo e David Antunes & convidados são algumas das bandas contratadas para animar a cidade fl o-rida, no seu 99º aniversário.

Feira do Tejo anima V. N. da Barquinha

Durante seis dias, Vila Nova da Bar-quinha recebe a Feira do Tejo com animação musical, dezena de expo-sitores, tasquinhas, exposições, des-porto, teatro, dança e espetáculo de

pirotecnia. Do programa musical, os destaques vão para, dia 9 de ju-nho, Miguel Araújo, o cantor de “O marido das outras” e “Fizz Limão”, dia 10, Kumpania Algazarra, banda com múltiplos instrumentos que espalha a animação e boa disposição. A 13 de junho, a Orquestra Ligeira do Exér-cito, já presença assídua nas festivida-des do concelho, e a fechar a Feira do Tejo, a 14 de junho, os Virgem Suta, banda de Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo.

22.ª Feira Mostra de Mação GNR, Cuca Roseta e D.A.M.A são

os destaques da XXII Feira Mostra do concelho de Mação que decorre nos dias 3, 4 e 5 de julho. Dezenas de ex-positores, feira do livro, atividades desportivas e tasquinhas com co-mida regional completam a progra-mação deste evento. A abrir a Feira Mostra, a 3 de julho, estão os D.A.M.A., banda de Francisco M. Pereira (Ka-sha), Miguel Coimbra e Miguel Cristo-vinho. Os G.N.R. apresentam ao vivo o mais recente trabalho discográfi co “Caixa Negra”, no dia 4 de julho (sá-bado). A noite de domingo fi ca reser-vada a Cuca Roseta. A fadista dará a conhecer o seu segundo disco “Raiz”, lançado em 2013 e que já é disco de ouro por vendas superiores a 10 mil exemplares.

André Lopes e Mário Rui Fonseca

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Page 20: Jornal de Abrantes - Edição Maio 2015

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20 MAIO 20152015

O Centro de Apoio a Idosos de Rio de Moinhos, no conce-lho de Abrantes, já conta com uma nova equipa diretiva para os próximos quatro anos de mandato. A nova equipa, composta por 25 elemen-tos, é agora liderada por João Paulo Rosado, ex-presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos.

João Dono, anterior presi-dente da direção e fundador da instituição, admitiu que já sentia a necessidade de pas-sar as suas funções a uma nova equipa: “Foram muitos anos, a encabeçar o projeto, era pre-ciso sangue novo, uma equipa que garantisse o futuro da ins-tituição.”

Recorde-se que anterior di-

reção já se encontrava desde novembro de 2014 a aguar-dar pela apresentação de uma nova lista que pudesse con-duzir os destinos da IPSS. Em março de 2015, data limite para apresentação de uma nova lista, ainda ninguém se tinha disponibilizado para dar continuidade ao projeto.

“Tudo estava em causa: o projeto, os acordos com a Se-gurança Social, os postos de trabalho que centro garante e, sobretudo, o serviço pres-tado à comunidade. Foram mais do que motivos sufi cien-tes para sentir esta responsabi-lidade social. O apelo que me foi feito por parte do senhor João Dono foi também um forte contributo para aceitar o

desafio”, explicou João Paulo Rosado. Os 25 membros que compõem a nova equipa são naturais de Rio de Moinhos e já têm alguma experiência no trabalho associativo e volun-tário. “Somos uma equipa com

vontade e que pensa traba-lhar ativamente em conjunto. A ideia é garantir e melhorar o serviço prestado que é tão im-portante para a comunidade”, acrescentou o novo dirigente.

Atualmente, o Centro de

Apoio a Idosos presta servi-ços a 28 idosos, 23 no apoio domiciliário e cinco em centro de dia. O apoio domiciliário re-alizado pelas seis funcionárias garante a prestação de servi-ços de higiene, refeições, trata-mento de roupas e ainda assis-tência farmacêutica.

Para além dos serviços do dia a dia, João Paulo Rosado refere que é necessário dinamizar e promover ainda mais o Centro de Apoio a Idosos junto da co-munidade onde se insere e em toda a região.

“É necessário dinamizar e promover o centro dentro e fora da freguesia, alcançando outros públicos e outras fre-guesias.” Aumentar o número de sócios é também um obje-

tivo: “Queremos obter dez no-vos sócios por ano e ainda cor-responder a todos os requisi-tos que nos permitam ter uma certifi cação de qualidade, obri-gatória por lei. Uma norma que garante a certifi cação de quali-dade do serviço prestado”, afi r-mou João Paulo Rosado.

“Faz parte do meu estilo de vida ter um papel ativo na co-munidade e sendo esta uma causa nobre vale sempre a pena”, fi nalizou. A tomada de posse da nova direção vai rea-lizar-se no próximo dia 3 de maio, na sede do Centro de Apoio a Idosos e vai contar com a presença de algumas entidades. A sessão é aberta à comunidade em geral.

Joana Margarida Carvalho

DIVULGAÇÃO

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Falar de alimentação saudável … é muita fruta!A dieta é um importante fa-

tor de promoção e manuten-ção da saúde. “A alimentação saudável é um dos principais fatores responsáveis pela pre-venção do cancro. Estima-se que 30% de todos os cancros tenham como responsáveis causas ligadas à alimentação e a estilos de vida, nomea-damente peso excessivo, ta-baco e consumo excessivo de álcool” (Plataforma Contra a

Obesidade).Já não basta ter acesso aos

alimentos, é necessário “sa-ber comer” - saber escolher os alimentos, tipo e quantida-des certas, adequando-as às necessidades diárias. A roda dos alimentos é um excelente “guia” da escolha e combina-ção dos alimentos no dia a dia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda

uma ingestão diária de 400g de fruta e hortícolas. O baixo consumo destes alimentos fa-vorece, a médio prazo, o apa-recimento precoce de doença cardiovascular e de alguns tipos cancro. Pelo contrário, hábitos alimentares que in-cluem regularmente um ele-vado de consumo de frutas e hortícolas parecem ter um efeito positivo na prevenção da obesidade, diabetes tipo

2, alguns tipos de cancro, obs-tipação e defi ciências vitamí-nicas e minerais. Os alimen-tos dos grupos dos hortícolas e fruta são fornecedores in-substituíveis de minerais, vi-taminas, antioxidantes e fi bra. Parece, então, inevitável in-vestir no consumo de fruta e hortícolas.

Na hora de escolher é im-portante dar preferência a fruta e hortícolas da época!

São mais económicos e nutri-tivamente mais ricos. Explore os pequenos espaços de co-mércio, como as mercearias, mercados ou feiras locais, muitas vezes são produção lo-cal e a fruta e os hortícolas são frescos, possivelmente mais biológicos e baratos. Faça pe-quenas plantações no quin-tal. Pense também na quanti-dade exata que necessita, de modo a evitar o desperdício.

Relativamente à ingestão adequada destes alimentos – 400gr de Fruta e Hortícolas - uma forma fácil de o garan-tir é incluir sempre SOPA no início das refeições principais (forma saudável e saborosa de confecionar os hortícolas) e 3 PEÇAS DE FRUTA por dia! Lembre-se que “somos o que comemos”.

Paula GilEnfermeira, USP do Médio Tejo

• João Dono e João Paulo Rosado são os responsáveis pelo trabalho desenvolvido e futuro da instituição

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Centro de Apoio a Idosos de Rio de Moinhos com uma nova equipa diretiva

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21MAIO 20152015 DESPORTO

A ideia de que os rapazes jogam melhor futebol do que as rapari-gas é uma ideia generalizada. No entanto, atualmente, há provas em contrário. Uma delas é de Abrantes: Joana Marchão, 18 anos, é um dos valores do futebol feminino, uma promessa com futuro à vista.

JOANA MARGARIDA CARVALHO

Com dois campeonatos nacionais conquistados pelo Clube Atlético Ouriense, de Ourém, Joana Marchão está a fazer história. Já foi conside-rada a melhor jogadora do país em 2013, já recebeu o prémio Revelação e, este ano, já conta com o título de melhor jogadora da primeira volta do campeonato. Pelo segundo ano campeã nacional, Marchão está a lu-tar para um terceiro título nacional.

Com presença confirmada na se-leção portuguesa de futebol femi-nino, o objetivo de Joana é repetir o feito de 2012 e conquistar, com a sua equipa, um lugar no Campeonato Europeu que se realiza em Israel no próximo verão.

O gosto pela bola começou bem cedo. Com apenas cinco anos, os jogos de futebol na rua contavam sempre com a presença de Joana.

O percurso da atleta iniciou-se no Benfica de Abrantes, nos infantis. Quando tentou a passagem para os iniciados não lhe foi permitido um lugar na equipa dos rapazes. Na-quele momento, surgiu a primeira adversidade, mas a jovem nunca de-sistiu de conquistar o seu lugar.

Com apenas 13 anos, foi aceite na equipa de seniores do União de To-

mar e o convite do Ouriense acabou por chegar um pouco mais tarde, em 2011. Desde então, é neste clube que sente bem e onde conta com um conjunto de títulos.

Com camisola número 6, pelo Ouriense, é na frente e no meio campo que Marchão se supera. Fa-zer golo é o objetivo, mas garantir uma boa assistência também é um

estímulo em cada jogo. “Gosto de marcar golo, como é óbvio, mas fa-zer uma assistência também é muito bom. Por vezes, até prefi ro fazer uma boa assistência do que ser a prota-gonista do golo”, refere.

A jovem admite que é no futebol que pretende fazer a sua vida pro-fi ssional. Conquistar um lugar numa faculdade não é por enquanto uma

prioridade, mas já um lugar lá fora, numa equipa de referência, é sem dúvida um objetivo. “Conseguir en-trar numa boa equipa, por exem-plo na Alemanha, em França ou até na Inglaterra, é o que mais quero. É nesta realidade que me quero focar, e bem sei que conseguir ir ao Euro-peu com a seleção pode represen-tar uma boa oportunidade para este fi m”, explica.

Hoje em dia, Joana considera que ainda existe alguma discriminação dentro da modalidade, e que esse é um caminho que se tem de percor-rer com muita persistência e traba-lho: “É um facto que os homens che-garam primeiro à modalidade, mas também é uma realidade que te-mos conquistado o nosso lugar com muito esforço.”

Conciliar o 11º ano de escolaridade, a família, os amigos e os treinos, três vezes por semana, nem sempre é ta-refa fácil, mas Marchão admite que quando se corre por gosto tudo é possível: “É necessário saber conciliar tudo, mas também, por vezes, saber abdicar de algumas coisas, porque ao trabalharmos muito vamos cer-tamente atingir objetivos e sonhos. O meu é conquistar uma Liga dos Campões.”

Travessia em BTT vai ligar o Tejo da nascente à foz A proposta de cruzar a Península

Ibérica em bicicleta todo-o-terreno (BTT), sempre com o Tejo no olhar, é a de percorrer 1.210 km, da nas-cente à foz, divididos em 13 etapas entre os dias 15 e 30 de maio.

Na sua 2ª edição, a Trans-ibér-ica em BTT Tejo/Tajo Vivo é uma a prova turística que se defi ne como uma extensa aventura, dividida em 13 etapas (uma por dia), com um percurso composto por vários single tracks, em semi-autonomia e orientação GPS, acompanhando o maior rio Ibérico, desde a nascente, na Serra de Albarracín (Espanha),

até à foz, em Lisboa. A assinalar a partida, os atletas são

convidados a recolher um pouco de água da “fonte”, que desagua no Oceano Atlântico. Este será, tam-bém, o ato simbólico que marcará o fi nal da travessia em BTT na capital portuguesa, à chegada.

A travessia deste ano está marcada para os dias 15 a 30 de maio. Em-bora os participantes só comecem a pedalar, maioritariamente por es-tradas secundárias ou em terra ba-tida, a partir de dia 18 de maio, a concentração da prova, com um acumulado de subidas de aproxi-

madamente 16 mil metros, será em Abrantes no dia 15 de maio. Pelo caminho, os atletas vão vislumbrar nove etapas em território espanhol, passando por Salto de Póveda, Trillo, Zorita de los Cañes, Aranjuez, Toledo, Talavera de la Reina, Boho-nal de Ibor, Serradilla e Alcántara. Em território nacional, a Trans-Ibér-ica entra no dia 27 de maio. As duas rodas vão circular por Vila Velha de Rodão, Abrantes, Santarém e, por fi m, Lisboa.

Os atletas Sónia Ramalho, Sónia Lopes e Ricardo Salgueiro, especia-listas nesta modalidade e com expe-

riência de longos percursos, são os convidados para esta edição, uma iniciativa organizada por 17 Asso-ciações de Desenvolvimento Lo-cal portuguesas e espanholas num projeto denominado de Tejo/Tajo Vivo, apoiado pelo Programa de De-senvolvimento Rural (ProDeR).

Com uma classifi cação de difícil e uma altitude máxima de 1.688 me-tros, esta atividade pretende afir-mar os territórios ibéricos, situados nas margens do Tejo como um des-tino turístico integrado.

MRF

• Joana Marchão (18 da seleção nacional) sonha com uma “boa equipa” na Alemanha, França ou Inglaterra

• Sónia Lopes é uma das especialistas convidadas para esta atividade

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A jovem promessa do futebol feminino

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22 MAIO 20152015CULTURACOORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

AbrantesAté 2 de maio – Exposição “O Diário Gráfi co – Estar atento ao que nos rodeia”, de Eduardo Salavisa – Biblioteca Municipal António BottoAté 8 de maio – Exposição “Urban Heart”, de Joana Arez – quARTel – Galeria Municipal de Arte 2 de maio – Festival de Tunas – Cineteatro São Pedro, 21h308 de maio – Sofi a Escobar e Nuno Feist, espetáculo dedicado aos grandes musicais – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€15 e 16 de maio – One Man Band Festival – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 3€ (1 dia), 5€ (2 dias)16 de maio a 26 de junho – “A Neupergama em Abrantes”, exposição de arte contemporânea - quARTel – Galeria Municipal de Arte 18 de maio – Dia Internacional dos Museus “Gazeta no Museu” com visita guiada – Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes 22 de maio – “Vamos lá então perceber as mulheres. Mas só um bocadinho” com Marta Gautier – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€30 de maio – “As Canções da Maria” com Maria Vasconcelos – Cineteatro São Pedro, 10hCinema Millenium – 18h e 21h3030 de abril a 7 de maio – “Vingadores: A Era de Ultron”, de Joss Whedon

Constância 30 de maio – Jogos Concelhios 2015 – Espaços Associativos das Coletividades Concelhias

Mação9 de maio – X Festival de Música da Beira Interior com Orquestra de Câmara do Conservatório de Música da Covilhã – Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, 21h30

Sardoal Até 13 de setembro – Exposição “Olaria – João Morgado” – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil Vicente2 de maio – Inauguração do Percurso Pedestre Interconcelhio “Rota da Prata e do Ouro” entre Sardoal e Vila de Rei, 8h2 de maio – Cinema “Selma – A Marcha da Liberdade”, de Ava DuVernay – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30 4 a 10 de maio – Escola de Afetos: exposição, sarau sobre afetos, colóquio com Quintino Aires – Centro Cultural Gil Vicente 8 a 10 de maio – Sardoal Jazz com Sinfo Dixie, Lokomotiv e Yuri Daniel Quartet – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h3016 de maio – Concerto com Pedro e os Lobos – Centro Cultural Gil Vicente, 21h3024 de maio – Festa do Espírito Santo/Bodo 31 de maio – Teatro infantil “Os 3 Porquinhos” – Centro Cultural Gil Vicente, 16 horas

Vila de Rei 17 de maio – VI Mercado Medieval – Festa da Rainha Santa Isabel – Largo da Misericórdia e Rua Rainha Santa Isabel 5 e 6 de junho – Festival Rock na Vila com Capicua, The Black Mamba, Dj Diego Miranda, Dj Fernando Alvim – Parque de Feiras

Vila Nova da BarquinhaAté 24 de maio – Exposição “Indépendance Cha Cha” de Ângela Ferreira - Galeria do Parque 10 de maio – Mercado do Parque, animação, artesanato e velharias – Parque Ribeirinho

AGENDA DO MÊS

O Município de Vila de Rei vai organi-zar a sexta edição do Mercado Medieval no dia 17 de maio, no Largo da Miseri-córdia e na Rua Rainha Sta. Isabel, das 9h às 17h30.

A iniciativa, que tem o apoio do Agru-pamento de Escolas e do CLDS+ de Vila

de Rei, tem, este ano, a novidade de ser feita a recriação de uma matança do porco tradicional. O Mercado Medieval conta com dezenas de expositores e mais de uma centena de fi gurantes, ofe-recendo momentos de teatro, música, animação e jogos tradicionais.

Vila de Rei volta ao passado com Mercado Medieval

“As Canções da Maria”, projeto de Maria de Vasconcelos, vão ser apresentadas ao vivo no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, a 30 de maio.

Neste concerto, Maria de Vasconcelos vai ensinar de forma divertida a aprendizagem de temas como a tabuada, a orto-grafi a, os problemas, as horas, o corpo humano, e tantos ou-tros assuntos que interessam não só aos miúdos mas tam-bém aos graúdos. No concerto, com início marcado para as 10h, poderão ouvir-se músicas didáticas como “Inspira – Expira (O Aparelho Respiratório) ”, “Comer e digerir (O Apa-relho Digestivo)” ou “Zizi, Sua Alteza – A amizade com Z”.

A autora, que se licenciou em Medicina e se especiali-zou em Psiquiatria, tornou-se bem conhecida do público pela sua carreira na rádio onde foi, juntamente com Nuno Markl, umas das apresentadoras de “O Homem que Mordeu o Cão” e dos programas da manhã da Rá-dio Comercial. A entrada na escola das suas fi lhas, Ma-non e Mathilde – que são também parte integrante do projeto, levou a que criasse canções com a matéria escolar para lhes facilitar a aprendizagem. E assim sur-giu o livro/CD “As canções da Maria”, produzido por Gimba e com os desenhos de Nuno Markl.

Os bilhetes para o espetáculo estão à venda no Posto de Turismo de Abrantes.

A décima edição do Festival de Música da Beira Interior vai passar por Mação no dia 9 de maio. O Auditório do Cen-tro Cultural Elvino Pereira recebe um concerto do Conservatório Regional de Música da Covilhã, dirigido por Rogé-rio Peixinho, e da Academia de Música e Dança do Fundão, pelas 21h30.

O Festival de Música da Beira Interior, com entrada gratuita, é uma iniciativa da Scutvias, em parceria com as Câma-ras Municipais e Escolas de Música da Região participantes. O festival, que este ano já passou por Abrantes e Covilhã, termina no próximo dia 6 de junho com um concerto na Guarda.

“As Canções da Maria” ensinam de forma divertida

Festival de Música da Beira Interior em Mação

oncelos,dro, em

forma a orto-os ou-tam-

ara as ira –

Apa-Z”. ali-co m má--

e

A União de Freguesias de São Facundo e Vale das Mós felicita a Antena Livre e o

Jornal de Abrantes por mais um aniversário.

União das Freguesias S. Miguel do Rio Torto Rossio ao Sul do Tejo

Mais um ano de muitos na nossa companhia! Feliz aniversário à RAL e ao Jornal de Abrantes,

são os votos do povo e da Freguesia de S. Miguel e Rossio

www.antenalivre.pta rádio como você gosta

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quantos se associaram às cerimónias fúnebres ou envia-ram mensagens de condolências, os filhos e restante famí-lia de Narcisa Rosa vêm expressar o seu reconhecimento pelas inúmeras manifestações de carinho e pesar recebi-das aquando do seu falecimento. Para sempre vamos estar gratos pelo privilégio de ter partilhado connosco a sua vida. Que descanse em paz, junto de Deus, dos Anjos e dos Santos a quem tanto Amor consagrou.

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NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES

A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE.Certifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia vinte

de Fevereiro de dois mil e quinze , exarada de folhas cento e nove a folhas cento e dez verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E VINTE E UM A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTI-FICAÇÃO na qual os Senhores JOÃO DA CONCEIÇÃO INÁCIO e mulher MARIA DE JESUS VICENTE INÁCIO, casados no regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Martinchel, do concelho de Abrantes , residentes na Rua da Fonte, número 124, em Martinchel, Abrantes, DECLARARAM, que, com exclusão de outrem , são donos e legítimos pos-suidores do seguinte:

Prédio urbano, sito em Vale da Louza, na freguesia de Martinchel, do concelho de Abrantes, composto de casa de habitação de rés-do-chão, com a área coberta de cento e dezanove metros quadrados e logradouro com a área de cento e sessenta e um metros quadrados, a confrontar de Norte com Via Publica, de Sul, Nascente e de Poente com Herdeiros de João Inácio, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 510.

Que o prédio encontra-se inscrito na matriz em nome dele justifi cante marido e que são possuidores do referido prédio desde, pelo menos, mil novecentos e setenta e sete, por o terem construído em terreno que lhes foi doado verbalmente, por seus pais e sogros João Inácio e mulher Maria da Conceição, residentes que foram em Martinchel , Abrantes, portanto há mais de trinta anos.

Que, desde a referida data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades do prédio, habi-tando-o, fazendo a sua conservação , obras de benefi ciação, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, pacifi camente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, verifi cando-se assim todos os requisitos legais para que ocorra a aquisição do citado imóvel por usucapião.

Está conforme ao original e certifi co que na parte omitida nada há emcontrário ou além do que nesta se narra ou transcreve. Abrantes, 20 de Fevereiro de 2015.A Notária (Sónia Maria Alcaravela Onofre)(Jornal de Abrantes n.º 5531 edição de maio 2015)

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