JORNAL DAS DEZ - metro1.com.br · Diretor Executivo Chico Kertész ... Em bom baianês: não come...

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Jornal da Metrópole, Salvador, 8 de março de 20182

Publisher Editora KSZDiretor Executivo Chico KertészEditor Bárbara Silveira Projeto Gráfico Marcelo Kertész

Grupo Metrópole Rua Conde Pereira Carneiro, 226 Pernambués CEP 41100-010 Salvador, BA tel.: (71) 3505-5000

Editor de Arte Paulo BragaDiagramação Dimitri Argolo CerqueiraRedação Alexandre Galvão, Bárbara Silveira, Gabriel Nascimento e Matheus MoraisRevisão Bárbara Silveira

Fotos Tácio MoreiraComercial (71) 3505-5022 [email protected]

Jornal da

A procuradora-geral da Justiça, Ediene Lousado, que foi reconduzida ao cargo pelo governador Rui Costa, soltou o verbo. Disse que não recebe pressão e fez questão de exemplificar: “No interior, temos uma expres-são que se adequa a isso ‘bode sabe onde arromba a cerca’”, disse. Em bom baianês: não come reggae!

NÃO COME REGGAE

Boca quente

FAuStão?Prestes a inaugurar o novo painel da Câmara de Vereadores de Sal-vador, o presidente da Casa, Leo Prates, anda mais feliz que pinto no lixo. À coluna, o democrata dis-se, em tom de empolgação, que o equipamento vai ficar “mais bonito que os telões do programa de Faus-tão”, da Rede Globo. Ô loco!

quEm ACREDitA...Em conversa com Jaques Wagner, o depu-tado estadual Manassés — aquele dos ou-tdoors na Avenida Luiz Viana Filho — disse que é pré-candidato a deputado federal.

tRoCA DE FAvoRES O ex-vereador Euvaldo Jorge já prometeu que vai fazer campanha para Joceval Rodrigues por uma vaga na Câmara dos Deputados. A expli-cação é simples: Euvaldo é suplente de Joceval.

cadê tu?Se o secretário de Mobilidade, Fábio Mota, não aparecer na reunião com os lojistas da Baixa dos Sapateiros no dia 13 de março, cor-re o risco de virar “persona non grata” .

Em tempos de eleição, uma certa deputada estadual do PT anda frequentando de reunião de condo-mínio à batizado de boneca em uma busca desesperada e desenfreada por votos. “Pesada” que só ela, como dizem os próprios colegas de parlamento, nem mandinga braba do Gantois reelege a moça!

NEM COM MANDiNGA

ministro?Bem humorado que só ele, o governador Rui Costa disse durante o fim de semana pas-sado, que só libera o vice-go-vernador, João Leão, para ser ministro de um governo legí-timo, com quatro anos de du-ração e eleito pelo povo. Fora isso, nada feito!

tácio moreira/metropress tácio moreira/metropress

vai tardeChamariz de proble-ma para a Prefeitura de Salvador, em uma coisa a titular da Se-cretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobre-za (Semps), Eronil-des Vasconcelos, a tia Eron, combina com o povo: ela anda doida para voltar à Brasília e reassumir seu manda-to de deputada fede-ral. O povo, já cansado de tanta enrolaçao, também vive doido para ela voltar!

tácio moreira/metropress

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Jornal da Metrópole, Salvador, 8 de março de 2018 3

Br do proBlemaTrafegar pela BR-324, no trecho entre Salvador e Simões Filho, está cada dia mais difícil. De acordo com o leitor Felipe Cerqueira, durante a noite a falta de iluminação torna a via ainda mais perigosa. Como se não bastasse, é só chover para as poças tomarem conta das pistas. “Não tem drenagem, qualquer chuva alaga tudo”, reclamou. Alô, ViaBahia!!

BREu totAlO leitor André Rodrigues procurou a Metrópole para denunciar a escu-ridão na Rua dos Colibris, no Imbuí. “A minha indignação é que taxas de iluminação pública são pagas (no meu caso, em média R$ 300 por mês”. Já é uma rua que tem assalto no claro, imagine no escuro?”, reclamou.

Você repórter

O RETORNO DA fAZENDiNhA Uma vez fazendinha, sempre fazendinha! Na última semana, Salvador fez juz ao título e ostentou vários cavalos passeando pelas ruas. Um dos flagras aconteceu na região da Pituba e foi feito pela leitora Ane Lago. “Cavalo passeando na rua Rio Grande do Sul! Ele parou no posto Namorados, será que foi bastecer?, brincou Ane. E o rolé não aconteceu só na Pituba. “Estavam na pista da Avenida Suburbana”, contou outro leitor.

no SuSto Um quebra-molas na rua Conde Peireira Carneiro, em Pernambués, tem irritado motoristas e assustado pedestres. “Não tem sinalização nenhuma. A gente só percebe o quebra-mola já em cima, ai o carro dá aquela batida ou tem que frear bruscamente”, reclamou um ouvinte que não se identificou.

Sugestões?

[email protected]

INFORMAÇÃO COM A LEVEZA E DINAMISMO NAS SUAS MANHÃSJORNAL DAS DEZ

DE SEGUNDA À SEXTA, DAS 10H ÀS 11H, APRESENTAÇÃO MÁRIO KERTÉSZ

foto do leitor/divulgacao foto do leitor/divulgacao

foto do leitor/divulgacaofoto do leitor/divulgacao

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Fotos Tácio MoreiraTexto Gabriel [email protected]

Av. Paralela, Cabula e Federação

lideram reclamações

“Todas as cinco faixas travadas da Paralela. Todo dia é isso”

– Marcos Garrido, motorista

De segunda a sexta, não há nada mais certo do que os con-gestionamentos em Salvador. Seja nas grandes avenidas ou em ruas menores, eles estão lá – uns com hora e local exa-tos para acontecer –, e se tiver escola por perto... a coisa fica ainda pior! É assim na Aveni-da Luís Viana Filho, a Parale-la, nas imediações do colégios Villa e Salesiano Dom Bosco, Avenida Cardeal da Silva, na Federação, onde está a Escola

Gurilândia, e na Rua Silvei-ra Martins, no Cabula, que dá acesso ao Centro Educacional Vitória-Régia.

O ano letivo mal começou, mas quem trafega por estas áreas garante que a movimen-tação nas unidades é a princi-pal causadora de transtornos no trânsito, especialmente entre 7h e 8h. Desde fevereiro, a Metrópole recebe inúmeras queixas de motoristas que se sentem prejudicados com a falta de organização e que per-dem até 50 minutos para cru-zar somente 600 metros...

Trecho entre o Wet’n Wild e o colégio Salesiano Dom Bosco, na Avenida Paralela, irrita motoristas e exige cada dia mais paciência

Cidade

Um motorista que preferiu anonimato tentou dimensionar o obstáculo que precisa enfren-tar na Av. Paralela diariamente. “Moro no Litoral Norte e perco quase uma hora no trecho do Villa. No período de férias, eu gastava 30 minutos entre Catu de Abrantes e o Imbuí”, disse.

Já Luciana Lima, que tra-

balha na região da Gurilândia, na Federação, cobrou ações mais eficazes da Transalvador. “Enfrento um engarrafamento imenso na Cardeal da Silva. Já foi comunicado para a Transal-vador. Eles prometem enviar um carro e não mandam. As vezes tem batida, confusão”, listou.

quase uma hora para percorrer menos de 1 Km

paciência quilométrica Escolas agravam o já caótico engarrafamento de Salvador e medida da Transalvador não surte efeito

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Monitores de trânsito são treinados pela

Transalvador

Engarrafamento em frente ao colégio Villa; institução nega responsabilidade no problema Monitores deveriam auxiliar a chegada e saída de alunos das escolas particulares

Cidade

Apesar do calhamaço de reclamações, do ponto de vista das escolas, as coisas vão mui-to bem. Procuradas pelo Jor-nal da Metrópole, a maioria das instituições citadas tentou se eximir do problema culpan-do outros fatores.

O colégio Salesiano, por exemplo, alegou que permite o acesso dos pais ao seu “amplo estacionamento” e sinalizou a presença de monitores. “Na região encontra-se uma uni-versidade e mais algumas es-colas, além de que, com a nova via do Barradão, muitos carros estão saindo por essa área da Paralela”, disse em nota.

Para os motoristas que precisam enfrentar o famige-rado engarrafamento na Ave-nida Paralela todos os dias, a situação tem se tornado in-sustentável. “Todas as cinco faixas travadas da Paralela, de novo. Todos os dias é isso”, re-clamou o ouvinte Marcos Gar-rido, que procurou a Metrópo-

le para reclamar da questão. “É um absurdo! Depois que a gente passa desse trecho da Paralela [entre o Villa e o Sa-lesiano], fica livre. Tem que estudar uma forma de melho-rar isso”, completou a ouvin-te de pré-nome Patrícia, que aguarda uma solução para a questão.

Apesar de o superintenden-te da Transalvador, Fabrizzio Muller, reconhecer que as es-colas têm parcela de culpa no problema, a medida encontra-da pelo órgão para acabar com os engarrafamentos não surtiu efeito. “A gente tem obrigado as

escolas que têm gerado proble-ma a colocar os monitores. Mas esses monitores, evidentemen-te, não resolvem”, reconheceu Muller. “Temos visto um con-flito naquela saída da via mar-ginal”, explicou, referindo-se a Avenida Paralela.

escolas se eximem da responsabilidade pelo caos no trânsito de salvador

“todas as cinco faixas travadas na paralela”

monitores não auxiliam

4 anos

é o tempo da lei que obriga a presença de monitores nas escolas

O Vitória-Régia culpou o “complexo de serviços” que funcionam no Cabula pelo en-garrafamento. O Villa, por sua vez, garantiu que “não existe nenhum fator de obstrução no trânsito proveniente do acesso de pais e alunos ao colégio”. A única instituição que admitiu o problema foi a Gurilândia.

“Infelizmente, na primeira semana não foi uma maravi-lha”, afirmou Márcio Teixeira, representante da escola, que afirmou que o estacionamento da instituição foi ampliado.

“não existe fator de obstrução”

Superintendente da Transalvador reconheceu que monitores não solucionam a questão

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Foto Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]

“A educação é a base para uma sociedade mais justa e sem violência contra a mulher”

– Maria da Penha, ativista e vítima que motivou a criação da lei homônima

A DoR DE umA é A DoRde todas O termo é novo, mas o feminicí-

dio está enraizado na sociedade há anos. Só em 2017, 59 baianas morreram pelo simples fato de serem mulheres. Até quando?

Salvador, 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Pena que nós, baianas, não tenha-mos o que comemorar. Somen-te em 2017, segundo dados da Secretaria de Segurança Públi-ca (SSP-BA), 59 mulheres fo-ram mortas pelo simples fato de serem mulheres.

“Embora as pessoas falem que seria desnecessário termos um crime tipificado como fe-minicídio, já que o homicídio vai significar a morte de um ser

humano por outro ser humano, o feminicídio vem para fazer uma diferenciação em cima dos homicídios. É um crime que está baseado no gênero. É a morte de um ser humano porque este ser humano é mulher”. A explicação firme é da major Denice Santia-go, de 46 anos, que comanda a Ronda Maria da Penha (RMP) e protege quase duas mil mulhe-res vítimas de violência domés-tica. A proteção de Denice e de todos que fazem parte da Ronda evita que essas vítimas entrem para os tristes dados que retra-tam o feminicídio na Bahia.

Bahia

Quando o assunto é vio-lência contra a mulher os números mostram a dimen-são do problema. O Brasil re-gistrou ao menos oito casos de feminicídio por dia entre março de 2016 e março de 2017, segundo dados dos Mi-nistérios Públicos estaduais.

No total, foram 2925 ocorrên-cias — o que representa um aumento de 8,8% em relação ao ano anterior. Na Bahia não é diferente. Somente no primeiro mês de 2018, três mortes, 21 tentativas de ho-micídio e 1.213 casos de lesão corporal foram registrados.

números apavoram REGISTRO SSA RMS INTERIOR

AMEAÇA

ESTUPRO

FEMINICÍDIO

HOMICÍDIO DOLOSO

LESÃO CORPORAL DOLOSA

TENTATIVA DE HOMICÍDIO

7303

121

11

42

3901

54

2725

32

5

39

1351

31

24987

414

43

193

12008

348

PANORAMA DA VIOLÊNCIA EM 2017

alberto maraux/ssp

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Jornal da Metrópole, Salvador, 8 de março de 2018 7

Taxa de feminicídio no Brasil é a quinta

maior do mundoMajor destacou a importância do feminismo na busca pelos direitos das mulheres

Bahia

O Mapa da Violência mos-trou que as mulheres negras são as principais vítimas da violência contra a mulher. O número de homicídios de ne-gras aumentou 54% em dez anos no Brasil. “Denuncie des-de a primeira vez. Denuncie em respeito a você mesma, em res-peito as outras vítimas. Quan-do uma mulher sofre, todas as outras sofrem. O feminismo, os debates e as lutas sociais são importantíssimos. Precisamos não de igualdade, mas de equi-dade”, disse a Major.

Entre 1980 e 2013, 106.093 pessoas morreram pela con-dição de serem mulher. Mas segundo o secretário de Segu-rança Pública da Bahia, Mau-rício Barbosa, em meio a tanta dor, existe algo a ser comemo-rado. “Tivemos uma redução

de 40% dos feminicídios. Não queremos dizer que isso é uma vitória, mas para nós isso sig-nifica muito, as vidas preser-vadas, ainda mais se tratando de violência a mulher, violên-cia doméstica que é algo mui-to sério”, afirmou.

mulheres negras são as principais vítimas: “denuncie desde a primeira

ssp ressalta redução: “vidas preservadas”

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lixÃO à BEiRA MARColeta de lixo ineficiente na ilha de Boipeba, no município de Cairu, irrita moradores e compromete paisagem

Apesar das belíssimas praias e da vida pacata, a realidade da Ilha de Boipeba, localizada no município de Cairu, no baixo sul baiano, tem passado longe do conceito de sonho.

O local, que constantemente figura nas listas de praias mais bonitas do Brasil, está com o tí-tulo ameaçado por causa do acú-mulo de lixo gerado por mora-dores e visitantes. A situação se agrava pela ineficiência do Poder Público na coleta dos resíduos

— apesar da Prefeitura de Cairu negar qualquer problema no ser-viço. De acordo com moradores ouvidos pelo Jornal da Metró-pole, a ilha sofre desde o começo do ano com a interrupção do re-colhimento dos resíduos reciclá-veis. “A gente separava e a Pre-feitura fazia a coleta. Agora isso não acontece mais. Eles iam co-locando em um galpão, mas até esse equipamento já está cheio. O lixo agora é jogado no mato e já está perto da vila”, relatou o empresário Luciano Rodrigues, morador do local.

Com a situação, a população reforçou a coleta voluntária, que já acontecia antes mesmo de iniciativas públicas. Ocea-nógrafa e coordenadora do pro-jeto Lixo Extraordinário, Marta Smith Rormems afirmou que o grupo chega a tirar 40 mil litros de lixo das praias e centro urba-

no durante a alta estação.“Prefeitura e nada aqui é

a mesma coisa. Não querem fazer, não têm dinheiro para nada”, relatou. “Falta pouco para o lixo chegar na Vila de Boipeba. Sinto muito, mas é lamentável”, alertou Adriano Amâncio, que atua como guia.

mutirão tenta amenizar gestão nega problema

A prefeitura de Cairu, por sua vez, negou que tenha sus-pendido o recolhimento de lixo e garantiu que tudo transcorre dentro da normalidade. “Está acontecendo normalmente a coleta de reciclados, assim como a convencional. O que pode ter ocorrido no período que foram tiradas as fotos é um aumento natural da produção dos resí-duos, mas nada fora do controle e que venha afetar o meio am-biente”, garantiu em nota.

Moradores da região organizaram um mutirão para retirar o lixo que, segundo eles, já traz prejuízo para a vila de Boipeba

Prefeitura de Cairu garante que o aumento de moscas na ilha é um fenômeno natural

Material coletado pelos voluntários é transportado de barco até o local de descarte regular

“Prefeitura e nada aqui é a mesma coisa. Não querem fazer, não têm dinheiro”

– Marta Smith, oceanógrafa

Bahia

Texto Alexandre Galvã[email protected]

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Cidade

Fotos Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]

“A execução do projeto de recuperação do imóvel será programada para 2016”

“Diminuímos o ritmo por causa das chuvas, mas já vai retomar. A região do Imbuí vamos começar agora em outubro”

“Evidentemente que um prédio do século XIX, que foi morada de Castro Alves, a nossa pretensão é recuperá-lo”

– Secretaria de Administração do Estado da Bahia, em 2015– Superintendente de Obras Públicas de Salvador, Orlando Castro, em 3 de outubro 2017

– Ex-governador Jaques Wagner em outubro de 2016

as promessas ainda estão no pregoMelhorias prometidas por Governo e Prefeitura ainda não foram cumpridas em Salvador

Uma das marcas da Metró-pole é acompanhar de perto as promessas do Poder Público. Por isso, não deixamos passar batidas obras, reformas ou de-cisões de Governo do Estado e Prefeitura de Salvador. Nesta semana, a reportagem da Me-trópole correu atrás de respos-tas sobre a demora da reforma do Solar Boa Vista, imóvel que fica no Engenho Velho de Bro-tas e foi moradia do poeta Cas-tro Alves no passado. Também estão no prego as promessas dos famigerados pescoços e da reforma do Instituto do Cacau. Qual a demora?

5 anos

é o tempo que já dura a espera pela revitalização do Solar Boa Vista

SOlAR BOA viSTA

E OS PESCOçOS? iNSTiTuTO DO CACAu

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Jornal da Metrópole, Salvador, 8 de março de 201810

Fotos Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]

Cidade

SEiS POR MEiA DúZiASolução da Prefeitura para reativar Mercado de Cajazeiras é promessa antiga vista com desconfiança por feirantes

Inaugurado em 2015, o Mer-cado de Cajazeiras tem tido uma vida útil bastante conturbada, — com lojas vazias e um incêndio que interditou parte da estrutu-ra em junho de 2017. Para tentar evitar que os R$ 7 milhões in-vestidos na obra sejam jogados no lixo, a Prefeitura de Salvador anunciou a medida que prome-te acabar com o abandono do local: a instalação de um posto da prefeitura-bairro e um espa-ço para o projeto cultural Boca de Brasa. O problema é que a estratégia de colocar balcões

de serviço para atrair o público é ideia antiga. “É [a Prefeitura] mais uma vez querendo enganar o povo. Teve dois anos para ala-vancar o mercado. É tudo balela. Disseram que ia para lá um cai-xa eletrônico, uma caixa lotérica e o SIMM [Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra], mas só o SIMM saiu do papel”, disse o ex-permissionário do mercado, Dielson Cerqueira.

Mesmo com a desconfiança de lojista e desinteresse da po-pulação, o município vai gas-tar cerca de R$ 2 milhões para a nova reforma do Mercado de Cajazeiras. Será que dessa vez dá jeito?

promessa da era rosemma

Os balcões de serviço que nunca saíram do papel foram prometidos ainda na gestão de Rosemma Maluf na Secre-taria de Ordem Pública (Se-mop), quando o espaço foi inaugurado. “Disseram que iam colocar marcação do SUS [Sistema Único de Saúde], banco e lotérica, mas foi só conversa”, reclamou Sérgio Gomes ao Jornal da Metró-pole em setembro de 2016.Promessas de bolcões de serviço no mercado são feitas desde a gestão de Rosemma Maluf

valter pontes/secom

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“Os próximos terão o modelo de um mercadão aberto em que as pessoas possam circular”

– Secretário Marcos Passos, em julho de 2017

Cidade

Se em meados de 2016 o fatu-ramento do mercado já era baixo, após o incêndio a situação pio-rou. “Se juntar o mercado todo, [as vendas] não chegam a R$ 300 por dia. Ninguém vende. O mer-cado está vazio”, contou Dielson Cerqueira, que perdeu o box no mercado recentemente. “Eles não promovem nenhum atrativo e dizem que tem que ficar aberto [o box]. Ficar aberto para quem? Se não tem movimento”, disse o comerciante. Com a ausência de clientes no mercado, a saída dos feirantes tem sido voltar para a ilegalidade com barracas na Ró-tula da Feirinha, em Cajazeiras.

prejuízo e box vazio

semop diz que “não pode responder” por promessas

Questionado sobre as pro-messas da antiga gestão que voltaram à tona, o secretário Marcus Vinícius Passos afir-mou que não pode responder por compromissos firmados na administração da ex-secre-tária. “Eu não posso responder pelas promessas da antiga se-cretária, eu posso responder

pela minha gestão”, disse. Ainda segundo o secretá-

rio, as antigas promessas não “serão necessárias” após as novas intervenções. “Antes do incêndio a gente teve a inten-ção de trazer alguns serviços, mas agora não há mais neces-sidade já que a prefeitura-bair-ro já estará lá”, completou.

Sem movimento, comerciantes amargam prejuízo no Mercado de Cajazeiras há meses

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Jornal da Metrópole, Salvador, 8 de março de 201812

Fotos Tácio MoreiraTexto Matheus [email protected]

sem ajuda fica difícil Reunião entre comerciantes da Baixa dos Sapateiros e a Prefeitura termina sem solução para o problema

Após a série de reportagens do Jornal da Metrópole, os comerciantes da Avenida J.J Seabra, conhecida pela Bahia inteira como Baixa dos Sapa-teiros, enfim se reuniram com a Prefeitura de Salvador para discutir a degradação dos ter-minais do Aquidabã e da Barro-quinha e a diminuição de ôni-bus que circulam pela região — tida como o maior comércio popular de Salvador.

Contudo, as notícias não boas. Recebidos pelo chefe de gabinete, João Roma — sem a presença do secretário de Mo-

bilidade, Fábio Mota — os di-rigentes da Associação dos Lo-jistas da Baixa dos Sapateiros e Barroquinha (Albasa), não chegaram a um acordo com o Executivo Municipal. De con-creto, só uma reunião marcada para o dia 13 de março, desta vez — espera-se — com a pre-sença de Mota.

“Falamos com ele da neces-sidade de alimentar os dois ter-minais: Aquidabã e Barroqui-nha. Parece que eles querem tirar [os ônibus] para beneficiar o shopping. Quando ele [Fábio Mota] diz que a Baixa dos Sapa-teiros não tem mais atividade, ele está provocando a morte da gente. Se eu tiro o sangue, vou acabar de matar o defunto”, criticou o presidente da Albasa, Ruy Barbosa.

Para piorar, a crise no co-mércio também atingiu de vez os lojistas da Rua do Paraíso, em Nazaré, que se uniram aos colegas da Baixa dos Sapatei-ros para reivindicar soluções do poder público.

40ônibus

circulam por hora na Baixa dos Sapateiros. Número chegou a 200.

Cidade

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Jornal da Metrópole, Salvador, 8 de março de 2018 13

Local era referência na venda de

artigos de festa

Reunião entre lojistas da Baixa dos Sapateiros e representantes da Prefeitura de Salvador aconteceu na última segunda-feira Com o diminuição no número de ônibus, consumidores são cada vez mais raros no local

Segundo o vice-presidente da Albasa, Elson Pastori, na reu-nião, a Prefeitura apresentou como alternativa a construção de uma espécie de escada rolan-te que ligue a Lapa à Barroqui-nha, o que não foi aceito pelos lojistas. “É interessante, mas [a obra] vai durar uns quatro anos. Nós pedimos urgência. Quem

vai jogar a última pá de cal na Baixa dos Sapateiros?”, disse.

Pastori ainda criticou o posi-cionamento do secretário Fábio Mota. “Nós pedimos para Roma os números ditos por Fábio Mota. Nós temos números con-cretos, não informação à toa. Se ele tem números, ele tem que compartilhar”, disse.

A queixa dos comerciantes sobre a diminuição de ônibus também encontrou coro junto a diversos leitores que se ma-nifestaram nas redes sociais da Metrópole.

“Eu andava muito lá para fazer compras em lojas de fes-tas, mas depois que dificul-taram a ida com a retirada da

maioria dos ônibus, não faço questão. Já levei duas horas e meia esperando um ônibus”, lamentou Alessama Gama.

Já Liana da Silva chamou atenção para a degradação da região. “Está entregue aos marginais e mendigos. Lógi-co que as pessoas evitam o local”, completou.

Já na Rua do Paraíso, Rober-val Figueiredo, síndico do Re-sidencial São Bento, condomí-nio com 40 pontos comerciais, também alega que a diminuição dos ônibus na região da Barro-quinha levou o comércio local à derrocada. “Aqui o movimento

sem ônibus caiu demais. Estou aqui há 40 anos e nunca ima-ginei que a situação chegasse a isso. Eles tiraram os ônibus e aqui acabou, 19h não pas-sa ninguém. Se a Barroquinha vai morrer, a gente quer saber logo”, se queixou.

prefeitura sugere escada rolante e lojistas rebatem: “pedimos urgência”

entregue aos mendigos: “pessoas evitam”

rua do paraíso abandonada

74%

dos consumidores usam os ônibus para chegarem a Baixa dos Sapateiros.-

Presente na reunião pro-movida pelos lojistas, a líder da oposição na Câmara de Ve-readores de Salvador, Marta Rodrigues (PT), afirmou que é preciso encontrar uma so-lução viável para a situação da Baixa dos Sapateiros e da Barroquinha.

“Sugiro que eles falem na tribuna popular da Câmara para que os vereadores também possam ajudar. Para que a gen-te se mobilize. Vamos dar mais visibilidade a isso”, ressaltou Marta. Segundo os lojistas, os vereadores serão procurados.

lojistas apelam para a câmara

Problema da Baixa dos Sapateiros será levado ao plenário da Câmara de Salvador

Cidade

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Jornal da Metrópole, Salvador, 8 de março de 201814

Condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4 ) a 12 anos e 1 mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) conversou com Má-rio Kertész na última terça-feira (6) e voltou a negar todas as acu-sações que pesam contra ele. Na ocasião, o petista reafirmou que quer concorrer ao cargo de Presi-dente da República em outubro.

“Não posso ser vítima de uma mentira. Se não provar um real na minha conta, eu terei que ser considerado um preso políti-co e eles vão ter que arcar com a responsabilidade de ter o me-lhor presidente do Brasil, líder das pesquisas, [preso]. Vão ter que arcar com o peso de decretar minha prisão”, disse.

O ex-presidente voltou a dizer que tem sido alvo de um “complô” para prejudicar sua volta ao poder. “Eles sabem que, nesse momento, eu talvez seja uma das poucas pessoas que podem consertar o país. Não sou candidato ainda porque não teve a convenção. Mas estou candidato”, garantiu.

Mesmo condenado pelo

TRF-4, Lula acredita que a sua candidatura será registrada pelo Tribunal Superior Eleito-ral (TSE). “Não posso ser vítima de uma mentira que começou contada pela PF, pelo MP e por Moro. Todos sabem que o apar-tamento não é meu, mesmo assim tiveram a ousadia de me condenar por algo que não é meu”, bradou.

Para o petista, a relação dele com a OAS Empreendimentos e a Petrobras foi “inventada”. “O momento é único na história da humanidade, alguém ser condenado por uma proprie-dade que não tem um centavo, um documento, uma escritu-ra”, ressaltou negando que seja dono do sítio de Atibaia ou do apartamento no Guarujá. “Es-tou consciente de que vou ser candidato. O Brasil precisa de um companheiro que conheça a situação. O país tem um po-tencial extraordinário e quero provar isso. Vamos ver o que vai acontecer”, completou.

“consertar o país” acusação “sem provas”

Ex-presidente garantiu que está tranquilo e espera ser candidato em outubro

Foto Tácio Moreira

Entrevista

“se não provar, eu terei de ser considerado um preso político”

Ex-presidente Lula disse ser vítima de uma “mentira or-questrada” e garantiu que pretende disputar as eleições para o Planalto em outubro

Luís Inácio Lula da Silva, ex-presidente República

STJ decidiu que Lula pode ser preso após segunda instância

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Jornal da Metrópole, Salvador, 8 de março de 2018 15

Entrevista

Lula não se arrepende de ter se aliado ao MDB de Michel Temer durante seu governo

Ex-presidente defendeu o ex-ministro Jaques Wagner das denúncias sobre irregularidades na obra da Fonte Nova, em Salvador

Sobre a delação do ex-mi-nistro da Fazenda Antonio Pa-locci, o ex-presidente afirmou que a “liberdade ou dinheiro” explicam as denúncias. “Acho que nem todo mundo aguenta o tranco na cadeia. Não tenho

raiva, tenho pena. Um homem que poderia ter uma história nobre termina assim: contan-do mentira para os promoto-res. Acho que não é nem ele que escreve, são os advoga-dos”, pontuou.

Para o ex-presidente Lula, a ação da Polícia Federal na casa do ex-ministro Jaques Wagner (PT), no mês pas-sado, foi “pura pirotecnia”. Wagner foi alvo da Operação Cartão Vermelho, um desdo-bramento da Operação Lava Jato, e teve um mandado de busca e apreensão executado em sua casa, em Salvador. “É pura pirotecnia invadir a casa de Wagner, por exemplo. Não poderia ter solicitado ele para um depoimento? É o absurdo do absurdo. A única coisa que eu posso dizer para o Galelo [Wagner] é: não abaixe a ca-

beça, eu te conheço, sei da sua dignidade. Tem muito safado tentando prejudicar o PT. Vamos brigar contra isso. Quero, numa boa, que essa gente peça desculpas pela quantidade de besteiras que já falou de mim”, disse.

Apesar do processo de im-peachment que retirou a ex--presidentente Dilma Rous-seff (PT) do poder, Lula negou arrependimento por ter esta-belecido uma aliança com o MDB de Michel Temer. “Va-mos parar de hipocrisia, a gen-te tem que fazer aliança com quem ganha as eleições. É im-portante que o povo comece a assumir responsabilidade, não adianta votar em presidente progressista e Congresso con-servador. Essa é uma campa-nha que quero fazer olhando no olho”, ponderou.

Caso possa concorrer e seja eleito, Lula pretente fazer mu-danças na política econômica. “Temos que revogar a PEC dos gastos. A Constituição de 1988

já foi para o ‘beleleu’. Mais de 105 emendas. Estão entregan-do a Petrobras, acabando com a soberania. Vamos precisar fazer coisas muito fortes”, apontou.

palocci: “tenho pena”

Wagner e “pirotecnia”

aliança com o mdb: “hipocrisia”

“revogar pec dos gastos”

8 anos

foi o tempo que o ex-presidente Lula ficou no poder no país.

ricardo stuckert/instituto lula

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