Jornal da UNISC

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Há cinco anos, alunos do curso de Nutrição fazem estágio nas unidades de Estratégia de Saúde da Família. O período que convivem com as comunidades é uma forma de praticarem a saúde pública e interferirem na qualidade de vida das pessoas. Desde 2002, mais de mil atendimentos já foram feitos em diversos municípios da região PÁGs. 8 e 9 JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, ANO XIV, NÚMERO 76, OUTUBRO DE 2007 JORNAL DA i Rodrigo/ Ag. Assmann Luciano Pereira WWW.UNISC.BR Lilian Agraso Alves Luciano Pereira Divulgação ALIMENTO É SAÚDE O Vestibular de Verão da Unisc será mais cedo. No dia 8 de dezembro, às 14h30, estarão em disputa as 2.436 vagas oferecidas pela Instituição, distribuídas entre 53 VESTIBULAR É EM DEZEMBRO "O internetês deve ser tratado como ponto de partida para outros gêneros textuais, e não como objetivo final", alerta o professor inglês Chris Sinha PÁG. 7 A LINGUAGEM NA INTERNET Para ser campeão, um time precisa de quesitos que todo bom profissional deve desejar para si. Confira na coluna de Adriano Silva PÁG. 15 O FUTEBOL COMO METÁFORA Teatro, fantoches, quebra-cabeças e outros recursos lúdicos são utilizados por alunos do curso de Odontologia com o objetivo de levar, de forma divertida, o tema saúde bucal a crianças de escolas da região. Apresentações são voltadas também para a terceira idade. Em 2006, 545 idosos foram beneficiados PÁG. 12 SORRISO SAUDÁVEL Unisc inaugura mais um prédio em Capão da Canoa e novas instalações no Hospital Santa Cruz PÁG. 6 Unisc apresenta 519 trabalhos de Ensino, Pesquisa e Extensão PÁG. 10 Presidente interino da Eletrosul aborda o tema em palestra na Universidade PÁG. 11 INAUGURAÇÕES SEMINÁRIO E JORNADA POLÍTICA ENERGÉTICA VIDA DE ALUNO Estudante conta a história do rock em Santa Cruz do Sul PÁG. 14 opções de cursos nos campi de Santa Cruz do Sul, Capão da Canoa, Sobradinho e Venâncio Aires. Inscrições começam no dia 5 de novembro e, no dia 7, ocorre o Viva o Campus PÁG. 3

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Jornal da UNISC - Nº 76 Outubro de 2007

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Page 1: Jornal da UNISC

Há cinco anos, alunos do curso de Nutrição fazem estágio nas unidades de Estratégia de

Saúde da Família. O período que convivem com as comunidades é uma forma de

praticarem a saúde pública e interferirem na qualidade de vida das pessoas. Desde 2002,

mais de mil atendimentos já foram feitos em diversos municípios da região PÁGs. 8 e 9

JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL,ANO XIV, NÚMERO 76,

OUTUBRO DE 2007

JORNAL DA i

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igo/

Ag.

Ass

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Lucia

no P

ereir

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WWW.UNISC.BR

Lilian Agraso Alves

Luciano Pereira

Divulgação

ALIMENTO É SAÚDE

O Vestibular de Verão da Unisc será mais cedo. No dia

8 de dezembro, às 14h30, estarão em disputa as 2.436

vagas oferecidas pela Instituição, distribuídas entre 53

VESTIBULAR É EM DEZEMBRO

"O internetês deve ser tratado como ponto de partida para outros gêneros textuais, e não como objetivo final", alerta o

professor inglês Chris Sinha PÁG. 7

A LINGUAGEM NA INTERNETPara ser campeão, um time precisa de quesitosque todo bom profissional deve desejar para si. Confira na coluna de Adriano Silva PÁG. 15

O FUTEBOL COMO METÁFORA

Teatro, fantoches, quebra-cabeças e outros recursos lúdicos são

utilizados por alunos do curso de Odontologia com o objetivo de

levar, de forma divertida, o tema saúde bucal a crianças de escolas da

região. Apresentações são voltadas também para a terceira idade. Em

2006, 545 idosos foram beneficiados PÁG. 12

SORRISO SAUDÁVEL

Unisc inaugura mais um prédio em Capão da Canoa e

novas instalações no Hospital Santa Cruz PÁG. 6

Unisc apresenta 519 trabalhos de Ensino, Pesquisa e Extensão

PÁG. 10

Presidente interino da Eletrosul aborda o tema em palestra na

Universidade PÁG. 11

INAUGURAÇÕES

SEMINÁRIOE JORNADA

POLÍTICA ENERGÉTICA

VIDA DE ALUNOEstudante conta a história do rock em Santa Cruz do Sul PÁG. 14

opções de cursos nos campi de Santa Cruz do Sul, Capão da

Canoa, Sobradinho e Venâncio Aires. Inscrições começam no

dia 5 de novembro e, no dia 7, ocorre o Viva o Campus PÁG. 3

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NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007 PÁGiNA

CARTA AO LEITOR

A Universidade de Santa Cruz do Sul situa-se entre as melhorese mais conceituadas instituições de ensino superior do país, posiçãosustentada e validada por vários indicadores do Ministério da Edu-cação (MEC). O principal deles é a avaliação feita em 2006 por com-ponentes da Comissão de Avaliação do Instituto Nacional de Es-tudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculadoao MEC, que atribuiu nota geral 5 à Instituição, numa escala de 1 a 5.

Também as avaliações dos cursos de graduação, todos comnota máxima em infra-estrutura, tiveram excelentes conceitos atribuí-dos pelo Ministério. Na pós-graduação stricto sensu, a Unisc possuiseis programas de mestrado e um de doutorado, em diferentes áreasdo conhecimento, número que poucas Instituições de Ensino Supe-rior do país têm, o que mostra a qualificação do corpo docente e dapesquisa na Universidade.

Para fazer frente aos desafios futuros e para manter o conceito queconquistou ao longo de seus 14 anos, a Unisc está trabalhando no seuPlano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2008-2012. O PDI é uminstrumento de gestão que considera a identidade da Instituição, no quediz respeito à sua filosofia de trabalho, à missão a que se propõe, às dire-trizes pedagógicas que orientam suas ações, à estrutura organizacional eàs atividades acadêmicas e científicas que desenvolve ou que pretende

Vilmar ThoméReitor da Unisc

O semestre afunilou. E o Jornal daUnisc ficou pequeno para tantas notícias.São seminários, congressos, projetos deensino, pesquisa e extensão, participa-ções de alunos e professores em eventosno Brasil e no exterior e outras atividadesque, normalmente, chegam ao seu ápicenessa época do ano, em meio ao segundosemestre letivo.

De qualquer forma, a edição de ou-tubro do Jornal busca destacar cada umdesses fatos, mostrando pelo menos umaparte de tudo o que ocorre na Universi-dade. Temos o Vestibular de Verão, napágina 3, que este ano será realizado maiscedo, em dezembro. A inauguração demais um bloco no campus de Capão daCanoa, atendendo à demanda cada vezmaior daquele município, está na página6, juntamente com a inauguração das am-

Onde encontrar o Jornal da UniscA Banca

Aquarius Hotel Flat Residence

Biblioteca Municipal

Casa das Artes

Colégio Luiz Dourado

Escola Ernesto Alves

Escola Willy Carlos Fröhlich

Escola Goiás

Escola Santa Cruz

Galeria Farah

Hospital Santa Cruz

Iluminura Livraria Café

Loja do Posto do Gordo

Shopping Center Santa Cruz

Sine

Virtua House

Zaffari

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PALAVRA DO REITOR

Conselho Editorial:

Reitor: Prof. Vilmar ThoméVice-Reitor:

Prof. José Antônio Pastoriza FontouraPró-Reitora de Graduação:

Profª Carmen Lúcia de Lima HelferPró-Reitora de Pesquisa

e Pós-Graduação:

Profª Liane Mählmann KipperPró-Reitor de Extensão e

Relações Comunitárias:

Prof. Luiz Augusto Costa a CampisPró-Reitor de Admi-

nistração: Prof. Jaime LauferPró-Reitor de Pla-

nejamento e Desenvol-

vimento Institucional:Prof. João Pedro Schmidt

Editor:

Luciano Pereira, reg. prof. 9234

Reportagem e Redação:

Fernanda Mallmann, reg. prof. 10.208;Luciano Pereira, reg. prof. 9.234;

Bruna Ortiz Lovato; Eliana Stülp;e Greice Guilhermano

Projeto Gráfico e Capa:

Agência da CasaEditoração Eletrônica:

Assessoria de ImprensaRevisão: Roque Neumann e

Beatriz Menezes Sperb

JORNAL DA UNISC: ÓrgãoInformativo da Universidade de

Santa Cruz do Sul. Entidade filiadaao Consórcio das Universidades

Comunitárias Gaúchas (Comung), aoConselho de Reitores das

Universidades Brasileiras (Crub) e àAssociação Brasileira das

Universidades Comunitárias (Abruc)

Tiragem: 12 mil exemplares

Versão On-Line:

Erion da Silva Lara

Site:

www.unisc.br/jornaldaunisc

Endereço:

Av. Independência, 2293, bloco 3, sala309. Santa Cruz do Sul/RS. CEP:

96.815-900. Telefone: (51) 3717-7466.

E-mails: fernandm@unisc. brou lpereira@ unisc.br

Este material é produzido empapel reciclável.

EXPEDIENTE

COLETA SELETIVA: Por que fazer?

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A Unisc é uma universidade comu-nitária, considerada um centro regionalde produção e disseminação de soluçõesteóricas e práticas para vários problemasatuais, entre esses a questão ambiental.Assim, desde 2002, o projeto de Implan-tação da Coleta Seletiva no Campus daUnisc vem agregar mais um diferencialde qualidade em relação ao ambiente, pro-pondo mudanças nos hábitos, nos costu-mes e na percepção da sociedade em re-lação à geração, disposição e destinaçãodos resíduos gerados.

Para a elaboração do projeto foi ne-cessária a análise dos três elos da ColetaSeletiva. A destinação foi o primeiro elo aser analisado, pois é ele que define a via-bilidade ou não do projeto, verificando aexistência de mercado reciclador da re-gião. Após ser analisada a viabilidade,foi feita a logística, que consiste na elabo-ração de um fluxo para os materiais, comdeterminação de locais para armazena-mento do material coletado e dias especí-ficos para a coleta dentro da Universida-de. O terceiro elo, a Educação Ambiental,se insere no processo de implantação deum programa de coleta seletiva dos resí-duos urbanos como um instrumento fun-damental, promovendo e estimulando asociedade a participar, a debater, a co-nhecer e defender práticas ecológicas re-ferentes ao tema em questão, sensibili-zando a comunidade sobre o desperdício,a conservação dos recursos naturais e apoluição causada pelo lixo.

Fernanda Lersch, Liliana Cargneluttie Maurício Almeida

Bolsistas do Projeto no NRH/Unisc

Campus Venâncio Aires

Campus Sobradinho

Campus Capão da Canoa

Campus Santa Cruz:

Central de Informações

Centro de Convivência

Clínica de Fisioterapia

Blocos 8, 12, 18 e 53

Reitoria

As ações iniciadas em 2002 estãoem fase final de implantação, em manuten-ção, seguindo sempre a Resolução n° 275/2001 do Conama, que estipula as seis co-res dos coletores seletivos. Os resíduoscoletados no campus são destinados àtriagem, onde são corretamente separa-dos, fazendo acompanhamentos quali-quantitativos semanais dos resíduos pro-cessados. Em 2005, o Sistema de Compos-tagem foi incorporado ao projeto, visandoà utilização do material orgânico comocondicionador do solo nos jardins daUnisc e evitando o envio desse resíduoaos aterros sanitários.

A coleta seletiva de lixo possibilitareciclar resíduos, com benefícios diretos aomeio ambiente e à sociedade. Ela reduz adegradação ambiental, preserva recursosnaturais, diminui o consumo de água eenergia elétrica, minimiza a poluição do solo,do ar e da água, prolonga a vida útil dosaterros sanitários e gera emprego e renda.

Adote os 4 Rs: reduzir a quantidadede resíduos gerados; reutilizar todos a-queles materiais que podem servir paraoutra atividade, usando a criatividade; re-ciclar por meio de processos que transfor-mam um material em outro; e reeducar paraadquirirmos novos hábitos, diminuindo ageração desnecessária de resíduos e assimevitarmos a extração de recursos naturais.

pliações no Hospital Santa Cruz.Outubro também é o mês do Semi-

nário de Iniciação Científica e da Jornadade Ensino, Pesquisa e Extensão, que reu-niu 519 trabalhos de alunos e professoresda Unisc e de outras instituições, comomostra na página 10. Na extensão, o des-taque é o projeto desenvolvido por alunosdo curso de Odontologia, que ensina saú-de bucal de forma lúdica para crianças deescolas da região. Confira na página 12.

Além disso, temos ainda as páginascentrais, onde destacamos os estágios deNutrição em Saúde Pública. Neles, os alu-nos de Nutrição trabalham junto às uni-dades de Estratégia de Saúde da Família(ESF), orientando sobre alimentação, umtema que parece simples, mas não é. Con-fira e aprenda também. Afinal, alimentaçãoe saúde andam juntas.

A educação deverá, cada vez mais,

partir de instituições

comprometidas com a qualidade

desenvolver. Como instrumento de gestão flexível, os seus referenciaisdevem levar em consideração os resultados da avaliação institucional.Em suma, é o planejamento da Universidade para o período 2008-2012.

Como norteadora das ações previstas, a missão da Unisc é ade trabalhar pelo desenvolvimento das regiões em que está inserida.Nesse sentido, a Instituição, sempre em consonância com as ne-cessidades da comunidade regional, encontra-se em fase de implan-tação de duas áreas de conhecimento: saúde e tecnologia (Informá-tica e Engenharias), que irão somar-se às áreas implantadas anterior-mente. Em cinco anos, essas duas novas áreas estarão implantadase consolidadas, representando novas opções para o desenvolvi-mento do pólo de saúde e de inovação tecnológica.

Na graduação, a Unisc, além de estar iniciando o processo derevisão da matriz curricular de todos os cursos, irá oferecer novasmodalidades de ingresso, como os cursos semipresenciais e a dis-tância, em especial em graduação tecnológica e pós-graduação/especialização, cujos processos de aprovação encontram-se em fasefinal. Há ainda o processo de instalação do novo campus em Mon-tenegro, além da ampliação dos demais campi nos municípios deSobradinho, de Venâncio Aires e de Capão da Canoa.

Quero finalizar dizendo que, no processo de competição global emque vivemos, cada vez mais será percebida a diferenciação da qualificaçãode uma universidade, com professores qualificados, laboratórios especí-ficos e modernos, biblioteca atualizada, entre outros itens que qualificame diferenciam uma Instituição. A educação deverá, cada vez mais, partirde instituições comprometidas com a qualidade, que possua profes-sores com horas disponibilizadas à pesquisa e à extensão, com a participa-ção efetiva de alunos e sempre a serviço da comunidade.

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Há cinco anos, alunos do curso de Nutrição fazem estágio nas unidades de Estratégia de

Saúde da Família. O período que convivem com as comunidades é uma forma de

praticarem a saúde pública e interferirem na qualidade de vida das pessoas. Desde 2002,

mais de mil atendimentos já foram feitos em diversos municípios da região PÁGs. 8 e 9

JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL,ANO XIV, NÚMERO 76,

OUTUBRO DE 2007

JORNAL DA i

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WWW.UNISC.BR

Lilian Agraso Alves

Luciano Pereira

Divulgação

ALIMENTO É SAÚDE

O Vestibular de Verão da Unisc será mais cedo. No dia

8 de dezembro, às 14h30, estarão em disputa as 2.436

vagas oferecidas pela Instituição, distribuídas entre 53

VESTIBULAR É EM DEZEMBRO

"O internetês deve ser tratado como ponto de partida para outros gêneros textuais, e não como objetivo final", alerta o

professor inglês Chris Sinha PÁG. 7

A LINGUAGEM NA INTERNETPara ser campeão, um time precisa de quesitosque todo bom profissional deve desejar para si. Confira na coluna de Adriano Silva PÁG. 15

O FUTEBOL COMO METÁFORA

Teatro, fantoches, quebra-cabeças e outros recursos lúdicos são

utilizados por alunos do curso de Odontologia com o objetivo de

levar, de forma divertida, o tema saúde bucal a crianças de escolas da

região. Apresentações são voltadas também para a terceira idade. Em

2006, 545 idosos foram beneficiados PÁG. 12

SORRISO SAUDÁVEL

Unisc inaugura mais um prédio em Capão da Canoa e

novas instalações no Hospital Santa Cruz PÁG. 6

Unisc apresenta 519 trabalhos de Ensino, Pesquisa e Extensão

PÁG. 10

Presidente interino da Eletrosul aborda o tema em palestra na

Universidade PÁG. 11

INAUGURAÇÕES

SEMINÁRIOE JORNADA

POLÍTICA ENERGÉTICA

VIDA DE ALUNOEstudante conta a história do rock em Santa Cruz do Sul PÁG. 14

opções de cursos nos campi de Santa Cruz do Sul, Capão da

Canoa, Sobradinho e Venâncio Aires. Inscrições começam no

dia 5 de novembro e, no dia 7, ocorre o Viva o Campus PÁG. 3

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NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007

VESTIBULAR AGORA É EM DEZEMBROProcesso seletivo da Unisc terá prova única no dia 8 de dezembro.

Inscrições vão de 5 de novembro a 4 de dezembro

ENSiNO 3

O próximo Vestibular deVerão da Unisc ocorre mais cedo.A prova única será realizada nodia 8 de dezembro, às 14h30. Asinscrições para o processo sele-tivo abrem no dia 5 de novembroe seguem até 4 de dezembro, nosite www.unisc.br, nos Protocolosda Unisc, na Loja da Unisc noShopping Santa Cruz ou via fax,pelo telefone (51) 3717-7454. A taxaé de R$ 40.

Os candidatos concorrerãoa 2.436 vagas, distribuídas entre43 opções de cursos em SantaCruz do Sul, três em Capão da Ca-noa, quatro em Sobradinho e trêsem Venâncio Aires, sendo 29 ba-charelados e 14 licenciaturas. Ou-tras novidades são a graduaçãode Secretariado Executivo, resul-tado da reformulação do curso deAutomação de Escritórios e Se-cretariado, e os cursos de FísicaLicenciatura e de Química Licen-ciatura, que voltam a ser oferta-dos.

A prova será nos moldes doúltimo vestibular, ou seja, conti-nua sendo composta por Redaçãoe 60 questões objetivas, divididasnas disciplinas de Língua Portu-guesa, Literatura, Língua Estran-geira (Inglês, Espanhol ou Ale-

Santa Cruz do SulBacharelados

Administração

Arquitetura e Urbanismo

Ciência da Computação

Ciências Biológicas

Ciências Contábeis

Ciências Econômicas

Direito

Educação Física

Enfermagem

Engenharia Agrícola

Engenharia Ambiental

Engenharia Civil

Engenharia de Computação

Engenharia de Produção

Engenharia Mecânica

Farmácia

Fisioterapia

Jornalismo

Medicina

Nutrição

Odontologia

Produção em Mídia Audiovisual

Programe-se

Programa de TV conta a históriadas ruas de Santa Cruz do Sul

Que rua é esta? A pergunta,normalmente feita por um filhocurioso ao pai motorista ou poralguém que anda perdido pelasavenidas de uma cidade, é tambémo nome do programa apresentadono canal 15 da NET. Produzidopela Unisc TV/Futura, a progra-mação é destinada ao santa-cru-zense que quer saber mais sobresuas origens e sua cidade. De a-cordo com o professor Leonel Ai-res, coordenador do programa, aparceria com o Canal Futura possi-bilitou incrementar a programação,envolvendo a comunidade aotransmitir informação e conheci-mento sobre a história das ruasda cidade e sobre os acontecimen-tos e as pessoas que habitam nela.

Aliás, você já parou parapensar por que a rua onde vocêmora tem o nome que tem? Só paraexemplificar, o nome de uma dasruas mais movimentadas de SantaCruz, a Marechal Floriano, foi es-colhida por motivos políticos. Mas

Que rua é esta? é exibido diariamente no canal 15 da NET. Confira os horários:� Segunda – 19h30min� Terça – 20 horas� Quarta – 18 horas� Quinta – 12h30min e 18h30min� Sexta – 19h30min� Sábado – 11 e 13 horas� Domingo – 14 horas

Leonel conta que durante a pro-dução do programa descobriu-seque a rua teve outros nomes. De-talhe: todos coincidem com a his-tória da política nacional. “Con-forme as alianças se desfaziam, elatrocava de nome”, revela o produ-tor, que conta com a ajuda de doisestagiários de Jornalismo.

A série exibe episódios queretratam o cotidiano de pessoascomuns, com grandes histórias acontar. “Nossa idéia, durante aapresentação, é uma seqüência derelatos e depoimentos. Quem faz

o programa, na verdade, são osmoradores e historiadores”, afirmaLeonel. É o caso de Anneliese Ko-the, que contou sobre as aventu-ras de seu bisavô, antigo ferreiroda Rua Borges de Medeiros. Deacordo com ela, essa é uma ma-neira simples de conhecer um pou-co mais sobre a história de SantaCruz. O melhor de tudo é que já sepensa em ampliar a programaçãopara todo o país. Mas, claro, aindahá muitas ruas a serem conheci-das por aqui. Aliás, como se cha-ma a sua? (E.S.)

Formada em janeiro de 2007no curso de Relações Públicas daUnisc, Roberta Souza, 24 anos, játem planos de continuar os estu-dos, desta vez fora do Brasil. Des-de que estudava no campus daUnisc, ela amadurecia a idéia delecionar na área. Ao concluir a gra-duação, Roberta decidiu investirna continuação dos estudos.

“A primeira dificuldade foiencontrar um programa adequado,já que no Brasil o foco está muitomais direcionado às ciências dacomunicação e à tecnologia da in-formação”, afirma. Foi por meio decontatos feitos com a ajuda de pro-fessores da Unisc que Roberta en-controu a solução ideal e, algunsmeses depois, recebeu a carta deaceite para integrar o mestrado emGestão Estratégica das RelaçõesPúblicas, desenvolvido pelo De-partamento de Comunicação Orga-

nizacional do Instituto Politécnicode Lisboa.

Desenhado para aprofundarcompetências, o programa é consi-derado inovador no panorama doensino superior em Portugal. Comfoco no cenário internacional, oInstituto se compromete, inclusi-ve, em oferecer palestras e encon-tros com profissionais que traba-lham no mundo todo. Nos doisanos de duração do curso, Robertapretende estimular o contato nãosó com sua área, Relações Públi-cas, mas também com o conheci-mento europeu. A futura mestrenão esconde o entusiasmo com osnovos desafios. “O curso é extre-mamente focado em RP, e foi poresse motivo que não hesitei emcandidatar-me”, declara ela, queembarca na metade de outubro emdireção à outra margem do Atlân-tico. (E.S.)

Ex-aluna é selecionadapara mestrado em Portugal

Psicologia

Publicidade e Propaganda

Química Industrial

Relações Públicas

Secretariado Executivo

Serviço Social

Turismo

Licenciaturas

Ciências Biológicas

Ciências Sociais

Educação Física

Filosofia

Física

Geografia

História

Letras Português

Letras Português/Inglês

Letras Português/Espanhol

Licenciatura em Computação

Matemática

Pedagogia

Química

Bacharelados

Administração

Direito

Sistemas de Informação

Capão da Canoa Venâncio AiresBacharelados

Administração

Direito

Bacharelados

Ciências Contábeis

Direito

Sobradinho

Licenciatura

Pedagogia

Licenciaturas

Letras Português/Inglês

Pedagogia

mão), História, Geografia, Mate-mática, Física, Biologia, Química,Filosofia e Sociologia. Desta vez,quem optar por utilizar o Enem(Exame Nacional do Ensino Mé-dio) também precisará realizar aprova do vestibular. O Enem terápeso 3 e o vestibular, peso 7.

Mais informações no site,pelo e-mail [email protected] oupelo telefone (51) 3717-7439.

Viva o CampusPara quem ainda está em dú-

vida entre tantas opções de cursos,no dia 7 de novembro haverá a 2ªedição do Viva o Campus, mostraanual de cursos da Unisc. Você po-derá tirar dúvidas de cada curso,saber o que cada um lhe oferece,questionar como será a rotina de

trabalho depois de formado, oscampos de atuação e optar peloque mais se identifica com suapersonalidade.

Ainda terá a oportunidadede fazer um tour pelo campus,pelas estruturas dos cursos e con-correr a brindes como notebookse mp3 players. Todos os inscritosno Viva o Campus receberão 50%de desconto no valor da inscriçãodo Vestibular 2008/1.

O evento, que ocorrerá noGinásio Pedagógico das 8h às 17h,é aberto à comunidade. Alunosdos terceiros anos do Ensino Mé-dio das escolas da região terãotransporte gratuito oferecido pelaUnisc. Mais informações pelo e-mail [email protected] ou pelotelefone (51) 3717-7463. (G.G.)

� Financiamentos com recursos externos: Financiamento Estudantil Federal (Fies),

Programa Estadual de Crédito Educativo (Procred) e Crédito Municipal Venâncio Aires

(Credim VA).

� Financiamento institucional: Crediunisc

� Bolsas de Ensino: Prolab e Probae

� Bolsa de Pesquisa: Puic

� Bolsa de Extensão: Probex

� A Unisc também aderiu ao Programa Universidade para Todos (ProUni)

Financiamentos e bolsas

Page 5: Jornal da UNISC

NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007

VIAGEM TÉCNICA

360º4

CAMINHADA E MOSTRA ARTÍSTICA

O Programa de Pós-Graduação em Sistemas eProcessos Industriais da Uniscesteve representado durante o30º Congresso Nacional deMatemática Aplicada e Compu-tacional (CNMAC), realizado noCentro de Cultura e Eventos daUniversidade Federal de SantaCatarina, em Florianópolis.Organizado pela SociedadeBrasileira de Matemática Apli-cada e Computacional, o eventoreuniu, entre 3 e 6 de setembro,diversos pesquisadores da áreacom o apoio de importantes ereconhecidas instituições, comoCNPq, Finep e Capes. A Uniscapresentou cinco trabalhos noevento.

Matemática

Luciano Pereira

O projeto Ações para o Envelhecimento com Qualidade de Vida promoveu, em setembro, umacaminhada e mostra artística. A 13ª Caminhada Gerações a Caminho foi realizada no dia 27, com saída daantiga Estação Férrea até o 7º BIB. Já a Mostra Artística ocorreu no dia 28, no Auditório Central da Unisc(foto). Esses eventos buscam uma maior mobilização da sociedade para com a cidadania do idoso, visandoa mudanças de níveis de mentalidade e de comportamento, possibilitando à pessoa idosa uma vidasaudável. As atividades têm parceria da Unisc, do Sesc e de Grupos de Convivência do município.

O Departamento de Biologia e Farmácia da Unisc estarápromovendo, a partir de novembro, um curso de extensão sobre oSistema de Posicionamento Global (GPS), com o professor daFundação Zoobotânica Ricardo Aranha. A atividade inclui noções denavegação e sensoriamento remoto.

O curso tem como objetivo capacitar o aluno, por meio da tecno-logia GPS e do geoprocessamento, a localizar e medir áreas, navegarcom o uso de mapas e imagens de satélite e elaborar mapas a partir deimagens do Google Earth. Os encontros serão realizados nos dias 24 e25 de novembro e 1º de dezembro, nos turnos da manhã e da tarde.

As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de outubro, naSecretaria de Pós-Graduação e Extensão da Unisc, no bloco 1. Maisinformações podem ser obtidas no Laboratório de Limnologia, sala1205, bloco 12, ou pelo telefone (51) 3717-7519.

CURSO DE GPS NA UNISC

A exposição permanenteda artista plástica Regina Simo-nis ganhou mais uma tela, com aimagem de Jesus Cristo e doSagrado Coração. A doação foifeita pelo médico Sandor Francis-co Hoppe, em seu consultório,para a coordenadora do SetorArtístico-Cultural da Unisc, IreneBaumhardt, e para o pró-reitor deExtensão e Relações Comunitá-

DOAÇÃO DE TELA DE REGINA SIMONIS

Irene, Sandor e Campis com a tela doada para a exposição permanente de Regina Simonis

Luciano Pereira

Um grupo de alunos doscursos de Jornalismo, Publicida-de e Propaganda e Produção emMídia Audiovisual foram premia-dos na Exposição de PesquisaExperimental de ComunicaçãoSocial (Expocom), realizada noinício de setembro, em Santos. AExpocom ocorre todos os anoscomo evento paralelo aoCongresso Brasileiro de Pesqui-sa em Comunicação (Intercom),que reuniu este ano cerca de trêsmil pessoas do Brasil e doexterior. Ao todo seis trabalhos,produzidos por mais de umadezena de alunos, foram agracia-dos de primeiro a terceirolugares em várias categorias emodalidades.

Prêmio em Santos

A revista Signo, doDepartamento de Letras daUnisc, migrou do formatoimpresso - que vinha sendomantido desde 1975 - , para oformato eletrônico. O periódicopode ser acessado pelo endere-ço http://online.unisc.br/seer.

Em 2006, o Programa de Pós-Graduação em Letras - Mestrado,área de concentração Leitura eCognição, recomendado pelaCapes em novembro de 2004,integrou-se à comissão editorialda revista. Isso tudo com o intuitode ampliar a rede de divulgaçãodos artigos e de qualificar aindamais a revista Signo.

REVISTA SIGNO

De 14 a 16 de setembro foirealizada a Exposição Nacionalde Orquídeas e 2ª Festa dasFlores de Santa Cruz do Sul. Oevento tem o apoio do ProgramaRedes de Cooperação, parceriada Unisc com o Governo doEstado, por meio da Sedai, eocorre todos os anos no Parqueda Oktoberfest.

FESTA DAS FLORES

O trabalho de análise deciclos de vida de resíduossólidos urbanos, desenvolvidopelo curso de EngenhariaAmbiental da Unisc, poderá serincluído no Programa Nacionalde Resíduos Sólidos, do Gover-no Federal. A moção foi elabora-da pelo coordenador da gradua-ção, professor Diosnel AntonioRodrigues Lopez. O objetivo émelhorar o gerenciamento deresíduos sólidos no país.

A proposta foi apresentadacom destaque no 24º Congressoda Associação Brasileira deEngenharia Sanitária e Ambien-tal, realizado no início desetembro em Belo Horizonte,Minas Gerais. Estiveram nacapital mineira 29 alunos e trêsprofessores da Universidade.Além da participação, o grupoda Unisc apresentou 24 artigosna forma oral e por meio depôsteres. A resolução doGoverno Federal para a criaçãodo programa está em tramitaçãono Congresso.

SEMANA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

ENGENHARIA AMBIENTAL

O curso de Direito, com o apoio das promotorias de Justiça deSanta Cruz do Sul e do Diretório Acadêmico Arthur Germano Fett,realizou, de 11 a 13 de setembro, a 23ª Semana do Ministério PúblicoEstadual. A programação contou com palestras gratuitas sobre atemática O Direito como instrumento de realização da Justiça. Entreos palestrantes estiveram o presidente do Conselho Nacional deProcuradores Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União,Rodrigo Cézar Rebello Pinho; a subprocuradora geral da República,Sandra Verônica Cureau; o coordenador do Centro de Apoio Opera-cional dos Direitos Humanos do Ministério Público do Estado, MauroLuís de Souza; e o promotor de Justiça Pedro Rui da Fontoura Porto.

rias da Unisc, Luiz AugustoCosta a Campis, que representoua Associação Pró-Ensino emSanta Cruz do Sul (Apesc).

A tela, bem como o conjun-to da obra, pode ser visitadadiariamente na Casa das ArtesRegina Simonis, no centro deSanta Cruz do Sul. Agendamentopara grupos devem ser feitospelo telefone (51) 3056-2086.

Os integrantes da Associa-ção Gaúcha de Agroindústriasde Conservas (Agrocon)realizaram, em agosto, umaviagem técnica para conhecerplantações de palmeira real eindústrias de conservas depalmito real e de legumes emSanta Catarina. A viagem fazparte do Projeto de Fomento àsRedes de Agroindústrias deConservas e Produtores deFlores, por meio do Ministériode Desenvolvimento Agrário, emparceria com a Unisc.

A primeira visita foi nacidade de Massaranduba, àIndústria GDM, onde os asso-ciados puderam conhecerprodução de mudas, plantio,corte e industrialização dapalmeira real. A segunda foi àIndústria de Conservas Roí, emNavegantes. Nessa indústria foiacompanhado todo o processo

que envolve a produção daconserva. A Roí possui produto-res em Santa Catarina e no Paranáe envasa 6 mil vidros de palmitopor dia, sendo seus principaismercados Rio de Janeiro, SãoPaulo e Espírito Santo.

Por fim, os associadosainda puderam conhecer aCopagro, em Tubarão. A Copa-gro é uma cooperativa de arrozque diversificou a sua produçãoe trabalha também com a indús-tria de conservas de palmeira real.A indústria aguarda a liberaçãopara entrar em funcionamento coma expectativa de ser a maior e maismoderna indústria de conservasde palmeira real do Brasil, que iráenvasar 16,4 mil vidros por dia.

Os participantes assistiramainda a uma palestra sobrelegislação e outra sobre ostratos da palmeira real, entreoutros assuntos relacionados.

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NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007360º 5

Espaço AbertoApoio: Charrua HotelLocal: Centro de Convivência

Dia 17 de outubro - 12h15 às 13hJosemar Dias - violão e voz

Dia 31 de outubro - 12h15 às 13hBanda Raztilho

MúsicaDia 26 de outubro - 20hSarau com professores e alunosda Escola de Música da UniscLocal: Capela do Hospital SantaCruzEntrada franca

Dia 26 de outubro - 20hShow instrumentalÂngelo PrimonProjeto Sonoras EnergiasPatrocínio: AES SulFinanciamento: LIC/Sedac/RSRealização: Cida PlanejamentoCultural / Co-Promoção: Unisc

Dia 28 de outubro - 20hOrquestra Jovem UniscLocal: Igreja Evangélica, emVenâncio AiresEntrada franca

TeatroDia 11 de outubro - 15hCabeça de papelLocal: Soges, em EstrelaProjeto Lâmpada MágicaPatrocínio: AES SulFinanciamento: LIC/Sedac/RSRealização: Cida PlanejamentoCultural / Co-Promoção: Unisc

ExposiçõesAté 14 de outubroUniarte na OktoberfestLocal: Pavilhão Central

Até 19 de outubroTelas de Glória FernandezLocal: Prefeitura de Sobradinho

Até 31 de outubroUniarte: Auto-retratosLocal: Bloco 1 da Unisc

PoesiaAté 14 de novembro - Todas asquartas-feiras, das 18h às 19hEncontros com a poesia16º MóduloLocal: Sala de Conferências daBiblioteca CentralRealização: Grupo de PesquisaEstudos PoéticosEntrada franca

CONTABILIDADE

O curso de Filosofia da Unisc realizou, no dia 5 de outubro,diversos eventos com o tema Homenagem a João Carlos BrumTorres: o professor e seus alunos. A programação incluiu palestras dealunos sobre o trabalho do homenageado, que é professor da Ufrgs.À noite, após sessão de autógrafos do livro Transcendentalismo eDialética, teve início a aula magna, ministrada pelo professor com otema Maquiavel e o nascimento da política moderna.

A 1ª Semana Acadêmica do Curso de Engenharia Civil ocorreuentre os dias 24 e 26 de setembro. A abertura contou com a palestraHistória, atualidade e futuro da Engenharia Civil, ministrada peloprofessor Paulo Jorge Sarkis, ex-reitor e professor titular da UFSM.Também foram realizadas palestras com a professora e pesquisadoraMargaret Schimdt Jobim e com o professor e engenheiro EduardoRizzatti, ambos de Santa Maria.

A Semana Acadêmica se encerrou no dia 26 com uma saída decampo, que incluiu visitas técnicas a algumas obras residenciais deSanta Cruz do Sul, com olhares sobre o conhecimento teórico. Ànoite, houve ainda uma palestra técnica com a Votoran Cimentos.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

A Assessoria de Desenvolvimento Organizacional (DO) daUnisc, juntamente com a Pró-Reitoria de Administração e os membrosda Comissão de Fluxos e Processos da Instituição, promoveram, nodia 29 de agosto, o Seminário de Apresentação do Meio deComunicação dos Processos Administrativos da Apesc - Educação.Estiveram na pauta, também, assuntos como a gestão por processosna Apesc - Educação e o Projeto Novo Olhar.

DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

Seminário foi apresentado para representantes de diversos setores e departamentos da Universidade

Luciano Pereira

Formar profissionais queapliquem seus conhecimentosna geração de novas tecnologiase que estejam qualificados paratrabalhar com a implementaçãode controle e de otimização deprocessos industriais emuniversidades, em centros depesquisa ou em empresas. Essaé a proposta do mestrado emSistemas e Processos Industriais(SPI) da Unisc. O curso queratender à necessidade de aliarredução de custos, economia dematéria-prima e melhor utilizaçãodos recursos ambientais para asatisfação do cliente e damelhoria da qualidade de vida dasociedade. As inscrições para oprocesso seletivo 2008 vão até odia 31 de outubro.

O mestrado é voltado paragraduados em Engenharias,

Física, Química, Matemática,Ciência da Computação e/ouInformática e áreas afins. Alémde propor soluções de proble-mas em empresas e indústrias, ocurso possibilita atuar emuniversidades, em atividades depesquisa e de docência. Para oscandidatos com as primeirascolocações são disponibilizadasbolsas da Capes.

Os interessados podem seinscrever por meio do sitewww.unisc.br/ppgspi ou naSecretaria de Pós-Graduação eExtensão da Unisc, sala 110 docampus. A prova de seleção seráno dia 23 de novembro de 2007.O conteúdo e a bibliografiatambém podem ser consultadasno site. Outras informações pelotelefone (51) 3717-7632 ou peloe-mail [email protected].

MESTRADO EM SPI

O curso de Nutrição daUnisc apoiou, nos dias 10 e 11de setembro, a realização da 1ªMostra Macrorregional dasAções de Alimentação e Nutri-ção. O objetivo foi fortalecer arede de alimentação e de nutri-ção, identificar experiências quepossam levar a propor políticaspúblicas de alimentação e denutrição no SUS e valorizariniciativas estimulando a continui-dade das ações nos municípios.

Palestras sobre alimenta-ção, distúrbios alimentares esegurança alimentar fizeram

O fotógrafo Alexandre Davi Borges, professor do Curso deComunicação Social da Unisc, recebeu em setembro o prêmio deprimeiro lugar e menção honrosa no 11º Concurso Anual deFotografia Sioma Breitman - 2007, promovido pela Câmara Municipalde Porto Alegre. A premiação ocorreu na sessão solene emhomenagem aos 234 anos da Câmara, no Plenário Otávio Rocha.

PRÊMIO DE FOTOGRAFIA

A Unisc esteve represen-tada no 20º Biennial Symposiumda World Professional Associa-tion for Transgender Health(WPATH), ocorrido em Chicago,EUA, entre 4 e 9 de setembro. Aprofessora de EnfermagemPsiquiátrica, Analídia RodolphoPetry, do Departamento deEnfermagem e Odontologia,participou do evento com aapresentação do trabalho Beforeand After Sex ReassignmentSurgery: evaluation of quality

parte da programação, quetambém contou com a exposiçãooral de trabalhos desenvolvidosna temática. Em parceria com oMinistério da Saúde e com aSecretaria Estadual de Saúde, amostra visa repensar o cotidianodo trabalho, articulando teoria eprática na busca de novasformas de organização doprocesso. O evento reuniuprofissionais e acadêmicos daárea da saúde, órgãos dogoverno e autoridades dos cercade 70 municípios que envolvema Macrorregião dos Vales.

SEMANA DA ENGENHARIA CIVIL

APRESENTAÇÃO DE TRABALHO NOS EUAof life using WOQOL-100, emuma mesa sobre o seguimentopós-cirúrgico de pacientestransexuais.

Na sessão também foramapresentados trabalhosoriundos da Alemanha, doJapão, da Itália e dos EstadosUnidos. Além de ter seu resumopublicado nos anais do evento,o trabalho foi ainda selecionadopara veicular na InternationalJournal for Transgender Health,reconhecida revista da área.

AULA MAGNA DA FILOSOFIA

Uma comitiva de alunos ede professores dos campi deSanta Cruz do Sul e de Sobradi-nho deixou a sala de aula para seintegrar ao maior evento daclasse contábil gaúcha: a 11ªConvenção de Contabilidade doRio Grande do Sul. O encontroocorreu de 12 a 14 de setembro,em Bento Gonçalves.

A convenção é realizada acada dois anos e tem contadocom um número cada vez maiorde acadêmicos e de professoresda Unisc. Com o lema

Lucratividade Responsável nocentro das discussões, o eventobuscou mostrar que, além dopapel econômico, as empresasprecisam internalizar aspectosambientais e sociais.

Paralelamente à conven-ção, os acadêmicos tambémpuderam participar do EncontroEstadual de Estudantes deCiências Contábeis e os docen-tes do Encontro Estadual deProfessores. O grupo também feztrês visitas técnicas a empresasda Serra Gaúcha.

O aluno do 6º semestre docurso de Ciência da Computaçãoda Unisc, Luiz Henrique doNascimento Souza, foiselecionado para o PrêmioPhilips de Simplicidade. Oobjetivo do concurso éreconhecer iniciativas quebeneficiem a vida de seususuários, destacando o que éinédito, simples e que simplificaa vida de todos.

Souza foi selecionado nacategoria estudante, com a idéiade nome Documento Único, um

documento que unifica todos osdemais utilizados como RG, CPF,CNH, Título Eleitoral. Outrosdois alunos tiveram a mesmaidéia do acadêmico e concorremjunto com ele ao Troféu PrêmioPhilips de Simplicidade - IdéiasInéditas e ao prêmio em dinheirono valor de R$ 8 mil.

A idéia do acadêmico podeser acessada por meio do sitewww.premiosimplicidade.philips.com.br/, e quem quiser podeajudar na votação por meio dojúri popular.

ALUNO SELECIONADO

Page 7: Jornal da UNISC

NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007 GERAL6

CAMPUS DECAPÃO GANHANOVO BLOCONova área conta com três salas de aula euma sala multifuncional, para sediarpalestras e eventos. Inauguração foi nodia 14 de setembro

O campus da Unisc em Ca-pão da Canoa conta com mais es-paço físico para atender aos seusalunos. Em uma solenidade, queteve a participação do reitor daUnisc, Vilmar Thomé, de profes-sores, acadêmicos, autoridades erepresentantes de instituições, foiinaugurado, no dia 14 de setembro,o bloco 2 do campus de Capão daCanoa.

A área da obra é de 339,78metros quadrados, onde foramconstruídas três salas de aula euma sala multifuncional, com ca-pacidade para 100 pessoas e estru-tura para sediar palestras e outroseventos. Para a coordenadora docampus, Dulci Alma Hohgraefe, anecessidade de ampliação é resul-tado do reconhecimento que aUnisc tem junto à comunidade deCapão da Canoa. “A nossa razãode ser são nossos alunos. Vamoscontinuar trabalhando pelo cres-cimento e isso graças à confiançadepositada na gente”, ressaltouDulci. O custo total da obra foi deR$ 374.713,39 e o prédio do Bloco2 foi projetado para comportarampliações horizontais e verticais.

Para o reitor, o investimentono campus de Capão da Canoa éfruto da boa acolhida que a Uniscteve na região do Litoral. “Deve-

O Hospital Santa Cruz (HSC)inaugurou, no dia 12 de setembro,mais uma etapa do seu projeto derevitalização do espaço físico. Aala leste foi reformada para aco-lher as Unidades de AtendimentoAmbulatorial do curso de Medici-na, além de laboratórios, salas deaula e salas para orientação de es-tágios e práticas dos cursos daárea da Saúde da Universidade edo Centro de Educação Profissio-nal (Cepro), instituições mantidaspela Associação Pró-Ensino deSanta Cruz do Sul (Apesc). Atual-mente, mais de 800 alunos realizamatividades no HSC.

Reformada e equipada comrecursos financiados pelo BancoNacional de Desenvolvimento E-conômico e Social (BNDES), pormeio do Banco do Brasil, a áreaabrange 2,7 mil metros quadrados,distribuídos em dois pavimentos.Neles constam 13 consultórios mé-dicos, específicos para áreas comopediatria, clínica geral, ginecologia,oftalmologia e otorrinolaringologia.Além disso, o novo espaço com-porta laboratório, posto de enfer-magem e áreas administrativas.

Para o diretor-geral do HSC,Oswaldo Balparda, a nova estrutu-ra, aliada à interação com os estu-dantes, tornam o HSC cada vezmais próximo de um hospital-esco-la. “Aqui as atividades acadêmi-cas e assistenciais são insepará-veis. A nova área é um benefíciopara o hospital, mas também paraa comunidade que será atendida”.O coordenador do curso de Medi-

HSC inaugura novos espaços

Prefeito José Wenzel, Thomé, Balparda e Souza: inauguração de 2,7 mil metros quadrados no HSC

1º Pavimento

- quatro consultórios de Pediatria- quatro consultórios de Clínica Geral- quatro consultórios de Ginecologia e Obstetrícia- consultório de Oftalmologia e Otorrinolaringologia- ambulatórios de procedimentos- salas de espera e de estudo de casos- área administrativa- posto de Enfermagem e vestiários

Novas áreas

cina, Pedro Lúcio de Souza, tam-bém reforçou o caráter da gradua-ção na Unisc. “O curso tem porvocação servir a comunidade e éisso que buscamos aqui”, desta-cou.

O reitor, Vilmar Thomé, sali-entou que a Apesc continuará in-vestindo para a modernização doHSC, para oferecer melhor estru-tura aos alunos e atendimento ain-da melhor à população.

O Programa de Pós-Graduação em Direito - Mestra-do da Unisc está desenvolven-do, no campus de Capão daCanoa, o curso de extensãoCinejus - Cinema e Justiça,coordenado pelos professoresJorge Arthur Moojen Rodriguese Karina Meneghetti Brendler.Esta é a primeira edição docurso em Capão da Canoa, que

conta com 48 inscritos. Aestréia foi com o filme MarAdentro.

O evento está sendorealizado todas as quartas-feiras, de 19 de setembro até 31de outubro, das 16h30 às 19h,no auditório do bloco 2, numtotal de 24h. Mais informaçõespodem ser obtidas pelo telefone(51) 3717-7394.

CINEJUS EM CAPÃO DA CANOA

mos isso aos nossos alunos”, sa-lientou, enfatizando ainda a quali-dade da estrutura e dos professo-res da Unisc. Conforme Thomé,uma universidade deve estar sem-pre em construção, assim como abusca do conhecimento. “Quere-mos continuar desenvolvendoessa Instituição, reforçando o queestá dando certo e buscando a so-lução de deficiências. E queremoscontar com a participação de todosporque somos uma Universidadeque propicia o espaço para partici-pação”, reforçou.

O campus da Unisc em Ca-pão da Canoa foi inaugurado em2001 e oferece os cursos de Ad-ministração, Direito, Educação Físi-ca, Pedagogia e Sistemas de Infor-mação, uma pós-graduação em Li-cenciamento Ambiental, além de cur-sos de extensão. Atualmente, o cam-pus possui cerca de 450 alunos.

Orquestra JovemPara marcar a inauguração

da ampliação do campus de Capãoda Canoa, no dia 15 de setembro, aOrquestra Jovem Unisc fez umaapresentação na Casa de CulturaErico Verissimo, às 20h. O eventoteve o apoio da Prefeitura de Ca-pão da Canoa, do Kolman Hotel eda Lancheria da Unisc.

O vice-reitor da Unisc, José Pastoriza Fontoura; o vice-prefeito de Capão da Canoa, Valdomiro Novaski; Thomé e Dulci descerraram a fita inaugural do bloco 2

2º Pavimento

- sala de informática- biblioteca- sala de estudos- sete salas de aula- sala de coordenação- sala de professores- sala de habilidades clínicas- laboratório de Enfermagem- centro convivência- xerox

Foto

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Sobre a obra

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NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007ENTREViSTA 7

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Inglês da cidade dePortsmouth, o Dr. Chris Sinhaesteve na Unisc, no dia 14 desetembro, para participar de umworkshop sobre linguagem,cultura e cognição, promovidopelo Mestrado em Letras. Sinha éprofessor de Psicologia daLinguagem na Universidade dePortsmouth e lecionou emdepartamentos de Educação, dePsicologia, de Linguagem e deComunicação no Reino Unido,na Holanda e na Dinamarca.Possui vasta publicação nasáreas de antropologia, lingüísti-ca, educação, biologia evolutiva,psicologia cultural e do desen-volvimento. No intervalo dasatividades em que participou, oprofessor concedeu uma entre-vista para o Jornal da Unisc.

Jornal da Unisc - Há umadiscussão em torno da unificaçãoda linguagem pelos países de lín-gua portuguesa. Sabendo-se quecada país sofre influências cultu-rais significativas no desenvolvi-mento de seu idioma, você achafavorável esse tipo de mudança?

Chris Sinha - A padroniza-ção da ortografia pode ser uma boaidéia, porque os textos irão circu-lar de forma coesa, uniforme. Ébom para as editoras, e não farádiferença para as crianças que es-tão aprendendo a língua. O pro-blema é quando tentamos padro-nizar outros aspectos da línguaque não são a ortografia, como asintaxe, por exemplo. Em diferentesdialetos do mesmo idioma, o quepode ser adequado para um podenão ser para outro dialeto, e temosque respeitar as diferenças diale-tais, que vão implicar os tipos deconstrução utilizadas. Se pensar-mos no exemplo da língua inglesa,há diferenças ortográficas entre oinglês britânico e o norte-america-

LINGUAGEM, CULTURA E COGNIÇÃOFERNANDA MALLMANN

LUCIANO PEREIRA

O internetês até

pode ser usado, já

que incentiva o ato de

escrever, mas deve ser

tratado como um

ponto de partida para

outros gêneros

textuais, e não como

objetivo final da

escrita

É difícil prevero futuro e as

conseqüênciasdesse novo

tipo de lingua-gem, pois eleainda é muito

recente

Luci

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no. E quando estamos escrevendoem inglês precisamos escolher seescrevemos com a ortografia britâ-nica ou com a norte-americana, ouaustraliana, ou sul-africana. É umproblema inconveniente, e paranós também seria mais fácil sehouvesse uma uniformidade deortografia. Mas sabemos que issonunca irá ocorrer, por questõespolíticas. A padronização poderianão ser adequada, pois se perde-riam as características própriasdaquela forma de se expressar. En-fim, para o leitor essa variedadenão é um problema, pois as pes-soas acabam se adaptando. Maspara o escritor, se ele tivesse queescrever na forma gramatical de umoutro dialeto seria um problema,pois não seria a forma natural deele se expressar. Se fôssemos criarum regra como essa, como iríamosobrigar as pessoas a se expres-sarem dessa determinada forma?Isso seria impossível, vai contraaspectos culturais de cada região.

JU - Existem diversos paísesque, mesmo pequenos, possuemdiferentes idiomas oficiais e dia-letos. No Brasil, mesmo com umidioma homogêneo, há influên-cias culturais diversas. Como li-dar com isso?

Sinha - Acredito que ter umaou duas línguas oficiais é bom parao país, mas temos que estar pre-parados para entender que as cri-anças podem ter ou formar diale-tos diferentes do oficial. As esco-las devem ensinar para as criançaso que seria a língua oficial padrão,mas devem estar preparadas paralidar com as diferenças de dialetossem caracterizá-los como erradosou sem ter um preconceito em rela-ção a eles. Não tratar como certoou errado, mas sim como diferen-tes. As diferenças dialetais carre-gam consigo muito da história e

da cultura de uma determinada re-gião ou de um grupo social. Outracoisa importante é que as crianças,e também os adultos em geral, de-veriam saber mais sobre a históriae a origem das palavras e expres-sões do seu idioma ou dialeto. Porexemplo, no Brasil, muitos nomesde lugares, de comidas, de animais,entre outros, vêm da língua Tupi.

JU - Como despertar ummaior interesse pela linguagem?Como isso poderia/deveria serfeito ainda com crianças em idadeescolar?

Sinha - Do ponto de vistasociolingüístico, a ignorância égeral. O primeiro aspecto que pre-cisamos esclarecer é que qualquerpessoa pode falar diferentes va-riantes da língua, de acordo com

tigante. Ao invés de ensinar re-gras, seria mais interessante pro-mover perguntas do tipo “Como éque essa forma lingüística surgiu?De onde ela vem? Por que usamosdesta forma e não de outra?”, eassim por diante. A essência dalinguagem é o significado e a co-municação. Então, quando vamosfalar sobre a linguagem, devemoscomeçar falando sobre o signifi-cado, e a partir do significado éque podemos começar a falar so-bre regras. Mesmo com crianças agente pode trabalhar a comuni-cação associada a outros tipos delinguagem, como a corporal, a dossinais de trânsito, entre outras.

JU - Hoje estão cada vezmais populares as formas de co-municação virtuais: e-mail, pro-gramas de comunicação (conver-sação) imediata. Esses novos ca-nais prejudicam de alguma ma-neira a linguagem ou as relaçõeshumanas?

Sinha - Eu penso que essasformas de comunicação aumentamnosso repertório de possibilidades.Mas, ao mesmo tempo, existe operigo de as pessoas perderem al-guns rituais de escrita, algumas for-mas de se expressar. Por exemplo,os estudantes estão escrevendocada vez menos no formato de textoescrito, e muito mais no formato detexto falado. Sendo assim, seriainteressante continuar ensinandoas pessoas a escreverem de umaforma que seja apropriada para a lín-gua escrita, e não necessariamenteapropriada para a língua falada.

JU - Esse novo dialeto cria-do na comunicação virtual, o in-ternetês, até que ponto é prejudi-cial para a gramática?

Sinha - Esse tipo de dialetodesenvolvido na internet não é in-trinsecamente ruim. Mas se as

pessoas passarem a utilizar ape-nas esse padrão, aí se torna preju-dicial, pois vão se perder váriosgêneros textuais escritos, já queas outras formas não estarão sen-do treinadas. As pessoas não sa-berão mais sobre ortografia, vãoperder o conhecimento sobre mor-fologia, como as palavras variam,além de terem um vocabulário limi-tado. O internetês até pode serusado, já que incentiva o ato deescrever, mas deve ser tratado co-mo um ponto de partida para outrosgêneros textuais, e não como obje-tivo final da escrita. É difícil prevero futuro e as conseqüências dessetipo de linguagem, pois ele ainda émuito recente para todos nós.

JU - O senhor afirma queAprender uma língua é aprender acomunicar-se simbolicamente.Quem lê mais, conhece melhor alíngua e se comunica melhor?Quais as conseqüências da faltade leitura? Num país que lê pou-co, como o Brasil, a comunicação,a compreensão, fica prejudicada?

Sinha - A experiência da lei-tura dá ao leitor a experiência deuma linguagem diferente. Tambémdá a experiência de outros tiposde realidade, desperta a imagina-ção, e permite aprender com a ex-periência de outras pessoas. A lei-tura também aumenta o nosso co-nhecimento sobre a linguagem,sobre a cultura, sobre outros mun-dos. No entanto, não significa quea pessoa vá se expressar melhorna língua oral. As pessoas que me-lhor se comunicam oralmente sãopessoas que vivem em culturasbaseadas na oralidade. Para ser-mos capazes de nos comunicar,não precisamos necessariamenteser capazes de ler. As grandesnarrativas épicas, por exemplo, sãoorais. Mas na nossa cultura, atual-mente, a leitura é essencial.

o contexto. É importante que a pes-soa saiba adaptar a sua forma dese expressar à situação em que elase encontra. Todas as línguas têmdeterminados dialetos que sãoconsiderados como padrão parasituações mais formais e outroscujas expressões são adequadaspara situações informais, mas é im-portante ter o domínio do idiomaoficial, padrão.Uma das formas dedespertar um maior interesse pelalinguagem é fazer com que o en-sino da língua seja algo mais ins-

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NÚMERO 76OUTUBRO DE 20078 CENTRAL

ELES ENSINAM QUE ALIMENTAÇÃOE SAÚDE ANDAM JUNTASDesde 2002, alunos do curso de Nutrição da Unisc fazemestágio de Nutrição em Saúde Pública, nas unidades deEstratégia de Saúde da Família. Em cinco anos, mais de milatendimentos já foram feitos em municípios da região

Agentes de saúde e voluntárias aprendem como fazer receitas em que o alimento é aproveitado como um todo e nada é desperdiçado

FERNANDA MALLMANNLUCIANO PEREIRA

C M Y K

Fotos: Rodrigo / Ag. Assmann

Antes de se formarem, osalunos do curso de Nutrição daUnisc passam por uma experiênciaque muda conceitos e que direcio-na para uma nova possibilidadede mercado de trabalho. Isso gra-ças aos estágios, que inserem osacadêmicos nas unidades de Es-tratégia de Saúde da Família (ESF).A outra parte desse processo é acomunidade, que passa a ter umauxílio que interfere na sua saúdee que promove a sua qualidade devida.

Os estágios dos estudantesde Nutrição na Rede de AtençãoBásica de Saúde ocorrem desde2002, com o objetivo de fazer comque os estudantes vivenciem naprática a saúde pública, dentro deequipes com outros profissionaisda Saúde. Em cinco anos de es-tágio, mais de mil atendimentos jáforam feitos, não só nas unidadesde Santa Cruz do Sul, mas tambémde Venâncio Aires, Pântano Gran-de, Rio Pardo, Vera Cruz, Mato Lei-tão, Gramado Xavier, Vale do Sol eSinimbu.

Os alunos que fazem o está-gio nas unidades de ESFs sãoacompanhados pelos professoresque supervisionam as práticas nascomunidades, essas, coordenadas

pela professora do curso de Nutri-ção da Unisc Francisca Wich-mann. Nas ESFs, eles cumprem 20horas de estágio em uma Unidadede Saúde, durante oito semanas.Tempo para incentivar, iniciar eacompanhar grandes evoluções.Como as da dona de casa TinaSofia Souza, do Bairro Pedreira. Elae o pai sofrem de pressão alta e afilha já teve um Acidente VascularCerebral (AVC). “Já vim quatro ve-zes aqui e mudei toda a alimen-tação lá em casa. Agora faço muitasalada, tomamos suco natural. An-tes se comprava muito refrigerantee não se comia salada”, conta, afir-mando que, depois da dieta, todaa família se sente melhor e que afilha já pôde voltar a trabalhar.

MultiplicadoresO resultado positivo na fa-

mília de Tina, assim como nosdemais atendimentos, não é méritoapenas dos estagiários. Muito dosucesso dos atendimentos tam-bém é conseqüência do trabalhoem parceria com os agentes desaúde das unidades.

“Quando o trabalho da Nu-trição começou, incentivamosmuitas pessoas a procurarem osestagiários. Agora, as pessoas já

Quando foi procurar ajudana ESF Senai, a dona de casa efaxineira Lúcia Helena da Rosa, es-tava pesando mais de 150 quilos,tinha problemas de pressão alta ede colesterol. Hoje, a vida é outra.

Lúcia é um exemplo de su-cesso para o grupo de estagiários,professores e profissionais dasaúde da ESF que a acompanha-ram, mas, principalmente, para elamesma. “Eu nem saía mais de casa,precisava de ajuda para tudo. Umdia eu pensei: eu vou tentar mu-dar”. Foi aí que Lúcia, com a ajudade uma agente de saúde, resolveuprocurar os estagiários da Nutri-ção. A receita para a mudança foi

nos pedem para marcar consulta”,relata a agente de saúde LourdesBeatriz Santos, do Bairro Bom Je-sus. Em função do trabalho dasagentes, os estagiários tambémconseguem trabalhar com o paci-ente, de acordo com sua rotina esuas possibilidades. “Muitos nãoqueriam ir ao nutricionista porqueachavam que iriam ter que comercoisas caras, que não teriam con-dições. Mas não. Conhecemos co-mo as famílias vivem e podemosdizer isso aos estagiários para quetrabalhem nessa realidade”, afirmaa agente Jossana Baierle.

O trabalho das agentes tam-bém está na multiplicação dasboas práticas de alimentação. Osalunos da Nutrição promovem ofi-cinas com os agentes para ensi-nar formas de como aproveitar osalimentos integralmente. Essas ori-entações e receitas, depois, sãorepassadas de casa em casa, para

as famílias. “Aprendemos e depoisensinamos a eles que se podeocupar o alimento como um todo.Muitas coisas que eles colocavamno lixo, eram ricas em nutrientes”,diz a agente Silvana Gládis Bastos.

Além das agentes, quemtambém participa das oficinas deculinária são as responsáveis pe-los projetos sociais nas comuni-dades. No Bairro Bom Jesus, as

voluntárias do Centro Ocupacio-nal Bom Jesus, que preparam asrefeições para 152 crianças aten-didas, aprendem a fazer receitasnutritivas, coloridas e gostosas.“Os agentes e os líderes comuni-tários têm a capacidade de repas-sar essas práticas para a comuni-dade como um todo. Por isso, aimportância deles”, salienta a pro-fessora Francisca.

O resultadoLúcia (ao centro) , depois de iniciar uma reeducação alimentar, perdeu peso e melhorou dos problemas de saúde

começar uma reeducação alimen-tar.

O resultado a enche de orgu-lho. Agora, Lúcia está pesando 103quilos, o colesterol já baixou e, pororientação médica, ela já pôde pa-rar de tomar remédios para con-trolar a pressão alta. “Mudou tu-do na minha vida: eu voltei a tra-balhar, estou mais disposta, maisfeliz. Até sinto que meus filhos es-tão mais felizes por eu ter emagre-cido e estar melhor de saúde”, diz.

A meta de Lúcia, hoje, é con-tinuar a reeducação com a orien-tação dos estagiários. “Sozinhanão se consegue. A gente tem queprocurar ajuda”, aconselha.

Legumes e verduras colhidas noBom Jesus são usadas para

preparar as refeições das 152crianças atendidas no Centro

Ocupacional do bairro

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NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007 9CENTRAL

Com o aval dosdemais profissionais

C M Y K

Além do trabalho desenvol-vido nas unidades básicas de saú-de, os acadêmicos do curso deNutrição também realizam ativida-des de educação alimentar em es-colas das redes pública e particu-lar da região. É o caso da EscolaEducar-se, que funciona dentro daUnisc e que há 10 anos dispõe deacompanhamento nutricional namerenda escolar e no almoço dosestudantes.

Para isso, a Escola conta como trabalho da nutricionista Fran-cisca Wichmann e da aluna do cur-so de Nutrição, Ana Paula HeckGonzález, responsáveis pelo ser-viço de alimentação. Entre as a-ções desenvolvidas estão o plane-

Quem endossa a importânciado trabalho dos acadêmicos deNutrição, são os profissionais daSaúde que atuam nas UnidadesBásicas. Para a médica da ESFBom Jesus, Vanessa Gründling,um nutricionista deveria comporas equipes de ESF. “Quando secome bem e se tem uma boa atitudefrente à vida, não se fica doente.O alimento é o primeiro remédio”.

A técnica em Enfermagemdo Bom Jesus, Simone AlcântaraRodrigues, salienta que o desafiodos futuros nutricionistas está emmudar os hábitos, objetivo quevem sendo conquistado. “Os pa-

Se, durante o curso, muitas si-tuações são supostas para que osalunos as tentem resolver, nos bair-ros, durante o estágio, os acadêmi-cos se deparam com problemasreais. “Eles entram na realidade dasaúde pública, aprendem a trabalharcom a família, a fazer planos de re-educação alimentar que estejam deacordo com a realidade das pessoas.Isso é um resgate da cidadania”,destaca a professora Francisca.

As oito semanas de duraçãodo estágio servem para muitas ex-periências. Para a acadêmica do 8ºsemestre Fárida Ferrari, 29 anos,estagiária na ESF Bom Jesus, a prá-tica é um desafio. “Trabalhamoscom pessoas de baixa renda, mastentamos fazer o melhor por elas.Procuramos saber quais são as ne-cessidades para ajudar essas pes-soas”, diz. A aluna do 8º semestree estagiária na ESF Gaspar Bar-tholomay, Daiane Gass, 24 anos,vê o estágio também como a des-coberta para o mercado de traba-lho. “Aqui é onde existe campo

Pacientes reais

cientes consultam, fazem recon-sulta, eles não faltam, porque en-xergam o benefício para a vida epara a saúde deles”, diz.

Para a enfermeira da ESF Pe-dreira, Kellen Nunes, a alimenta-ção também está diretamente rela-cionada à saúde, por isso a ne-cessidade do trabalho dos esta-giários nas unidades. “Nessa área,temos muitos casos de pessoasobesas, com hipertensão ou dia-betes. E elas já esperam pelas con-sultas de Nutrição porque perce-bem que elas têm um retorno se-guindo as orientações”, observaKelen.

Estagiárias do curso de Nutrição, acompanhadas pela professora Francisca, responsável pela supervisão das práticas de Saúde Pública na comunidade

para o nutricionista trabalhar comsaúde pública. Nas ESFs podemosaplicar tudo o que aprendemos”.

Quem já passou pelo estágioe hoje está no mercado, confirmaa sua importância. “Esse estágioajudou a conhecer o trabalho emsaúde pública, que é uma área queeu já gostava. Hoje, trabalho comisso, com atividades que atendem

Trabalho também é feito nas escolasjamento e a adequação da alimen-tação escolar e atividades de edu-cação nutricional. O lanche dosturnos e o almoço são planejadoscom os alunos e disponibilizadosmensalmente para o acompanha-mento dos pais no mural e no siteda Escola.

Segundo Ana Paula, ensinaraos alunos a importância de umaalimentação equilibrada é o cami-nho para que eles saibam fazerboas escolhas alimentares. “Tãoimportante quanto oferecer alimen-tos de qualidade é educar, pois aconsciência sobre nutrição adqui-rida na infância será primordialpara que, no futuro, eles atentempara a necessidade de fazer esco-

lhas alimentares corretas”, escla-rece a estudante.

A partir de 2007, as ações emnutrição foram intensificadas coma elaboração de um projeto quevisa ampliar o conhecimento dosalunos e capacitá-los para a pre-venção de doenças crônicas não-transmissíveis (obesidade, diabe-tes, hipertensão). Além da moni-tora da escola, da merendeira e danutricionista, o projeto conta coma participação de acadêmicas docurso de Nutrição, uma funcioná-ria e professores que trabalham naligação entre os conteúdos traba-lhados em sala de aula e a nutrição.

As atividades vão desde pa-lestras, oficinas pedagógicas, pes-

Ana Paula adapta a alimentação das crianças, de forma coletiva ou individual, conforme a necessidade

Consultas nutricionaisSão agendadas consultas dietéticas semanais para os usuários que apresentam algumdistúrbio metabólico ou necessitam acompanhamento nutricional

Visita domiciliarNas visitas domiciliares os acadêmicos são acompanhados pela agente de saúde,priorizando as famílias que vivem em insegurança alimentar, ou seja, em altavulnerabilidade social. A educação alimentar e nutricional é usada para atender àsfamílias

Oficinas pedagógicasPor meio das oficinas pedagógicas, os moradores com hipertensão, diabetes e obesidadesão convidados a participarem do grupo de atividades. Elaboração de cartazes, folders,dinâmicas grupais e vivências práticas pelas oficinas culinárias são feitas com osmoradores

Atenção e o cuidado nutricional ao grupo materno-infantilSão feitas orientações às crianças no momento da puericultura, no atendimento àsgestantes, nutrizes e na consulta do Programa Bolsa-Família

Atividades desenvolvidas nos estágios

Acadêmicos ensinam, em atividades práticas na comunidade, aquilo que aprenderam durante a faculdade

integralmente à família. O trabalhodo nutricionista em saúde públicavem mostrando resultados e, porisso, muitas prefeituras têm con-tratado profissionais da área”,destaca o nutricionista formadopela Unisc em 2002 e atual coor-denador da Política de Alimen-tação em Nutrição no municípiode Vale do Sol, Luciano Lepper.

Luciano Pereira

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Ag. A

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Rodr

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Ag. A

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quisas direcionadas e consultasnutricionais para alunos com dis-túrbios de saúde até a divulgaçãodo trabalho. “Também há um espa-ço para os pais degustarem os lan-ches oferecidos pela Escola”, ex-plica Ana Paula.

Conforme a diretora da Esco-

la Educar-se, Cristiane IserhardMachado, é importante alimentar-se corretamente para se ter o equi-líbrio necessário para o aprendi-zado. “Estimulamos os estudantesa seguir o planejamento, mas issoé feito de forma afetiva e espon-tânea”, garante a professora.

Page 11: Jornal da UNISC

NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007 PESQUiSA10

Unisc apresenta atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão

Seminário e Jornada reúnem 519 trabalhos

Os trabalhos de Ensino, dePesquisa e de Extensão desenvol-vidos dentro da Unisc tiveram es-paço para serem apresentados àcomunidade acadêmica. De 1º a 5de outubro, a Unisc promoveu o13º Seminário de Iniciação Cien-tífica e a 12ª Jornada de Ensino,Pesquisa e Extensão.

Os dois eventos tiveram 519trabalhos selecionados, 150 deiniciação científica, 187 trabalhosde graduação, 87 de Extensão e 95de investigação científica, em nívelde mestrado e doutorado. As mos-tras têm por objetivo divulgar aprodução científica, as atividadesde extensão e as atividades doslaboratórios de ensino da Unisc ede outras instituições de EnsinoSuperior, promovendo o intercâm-bio entre pesquisadores e exten-sionistas de diferentes áreas doconhecimento.

Além da apresentação detrabalhos, o seminário e a jornadativeram oficinas, debates e pales-tras. Na abertura do evento, a dou-tora em Comunicação, DeisimerGorczevski, falou sobre o temaInovação e empreendedorismo

nos cursos de graduação e Inser-ção e formação de profissionaispara o século 21. Ainda foramapresentados setores da Universi-dade como a Incubadora Tecno-lógica Unisc (Itunisc), o Núcleode Assessoramento a Projetos(Nuap), o Núcleo de Inovação eTransferência de Tecnologia(NITT) e o Pólo de ModernizaçãoTecnológica do Vale do Rio Pardo.

Aos acadêmicos da Unisc

A Unisc esteve represen-tada, de 17 a 21 de setembro, no17º Seminário Nacional de Par-ques Tecnológicos e Incubado-ras de Empresas, em Belo Hori-zonte. A pró-reitora de Pesquisae Pós-Graduação, Liane Mähl-mann Kipper, e a coordenadorada Incubadora Tecnológica Unisc(Itunisc), Luciane Hentschke,participaram do evento. O semi-nário reuniu gerentes e coorde-nadores de empresas e reitores epró-reitores de instituições paradiscutir o empreendedorismo e aincubação em nível de Brasil.

Durante o encontro, Lianeapresentou um artigo sobre oPólo de Modernização Tecnoló-gica, intitulado Ciência e tecno-que se destacaram no seminário e

na jornada, a Unisc vai conceder oPrêmio Honra ao Mérito. Serãocontemplados o melhor trabalho deGraduação, de Pesquisa e de Ex-tensão, nas área de Ciências Hu-manas, Ciências Sociais Aplicadas,Ciências Exatas, da Terra e Enge-nharias e Ciências Biológicas e daSaúde. Também será entregue o Prê-mio Pôster Destaque aos melhorestrabalhos, das diferentes categorias.

Reitor Vilmar Thomé, entre os pró-reitores Liane Kipper (Pesquisa) e Luiz Augusto Campis (Extensão), na abertura

Empreendedorismo e incubaçãologia para o desenvolvimentoregional: uma experiência apartir do Pólo de ModernizaçãoTecnológica do Vale do Rio Par-do, RS, Brasil, que teve como au-tores Adriana Hintz Eick, CláudiaMendes Mählmann, DanúbiaMaria de Oliveira, Ênio LeandroMachado, Liliane Marquardt,Nádia de Monte Baccar, VivianInês Fritsch Schmechel, LianeMählmann Kipper. Outro artigoaprovado foi o Implantação doCentro de Apoio Científico eTecnológico – Núcleo de Em-preendedorismo, que se refere àspráticas aplicadas na Itunisc, e foielaborado por Luciane Hentschke,Liane Mählmann Kipper, KurtWerner Molz e Kátia Scheid.

Mestrado em Letras

Luci

ano

Pere

ira

O Mestrado em Letras promove, de 24 a 26 de outubro, o 3º Coló-quio de Leitura e Cognição. O evento é voltado para alunos de graduaçãoe de pós-graduação em Letras e também das áreas de Educação, Psico-logia, Direito, Filosofia, História e Comunicação Social, além de pro-fessores. Entre os objetivos do colóquio, está a oportunidade de diálogoentre estudiosos com diferentes pontos de vista sobre o que seja leitura.Outras informações no Mestrado em Letras, pelo telefone (51) 3717-7322, ou pelo site www.unisc.br/coloquio.

Page 12: Jornal da UNISC

NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007PESQUiSA 11

Unisc recebe visita de presidente da EletrosulPolítica Energética do país foi o tema principal da

palestra ministrada por Ronaldo Custódio Luci

ano

Pere

ira

Custódio: região tem potencial para o desenvolvimento da biomassa e do bioóleo

A geração de energia – sufi-ciente, limpa e renovável – é umdos principais desafios do país,indispensável para a continuidadedo processo de desenvolvimentodo país e para a viabilização doPlano de Aceleração do Cresci-mento – PAC, impulsionado peloGoverno Federal. Para abordar otema, a Unisc promoveu, no dia25 de setembro, uma palestra como Diretor Técnico e Presidenteinterino da Eletrosul e conselheirodo Operador Nacional de EnergiaElétrica, Ronaldo Custódio, inti-tulada Energia e Meio Ambiente.

Além de executivo, Custó-dio é um estudioso do assunto deenergia, autor do Atlas Eólico doRio Grande do Sul, publicado pelaSecretaria de Energia, Minas eComunicações do Rio Grande doSul, em 2002. A palestra, promo-vida pela Pró-Reitoria de Planeja-mento e Desenvolvimento Insti-tucional e pela Pró-Reitoria dePesquisa e Pós-Graduação, pormeio da Coordenação de Pós-Graduação stricto sensu, contou

com a presença de alunos e pro-fessores dos Programas de Mes-trado e Doutorado da Unisc, pes-quisadores, estudantes e técnicosadministrativos da Universidade,além de pessoas da comunidade erepresentantes de entidades.

O pró-reitor de Planejamentoe Desenvolvimento Institucionalda Unisc, João Pedro Schmidt,destacou que o evento foi impor-tante do ponto de vista dos pes-quisadores, das empresas e doscidadãos em geral. “A questãoenergética é vital para o desen-volvimento do país e para o futuroda humanidade”, avaliou o pró-reitor. “O Brasil está se tornandoreferência internacional em energiarenovável, mas há ainda grandesdesafios pela frente, particular-mente o equacionamento entre as-pectos econômicos e ambientais”.Schmidt disse ainda que questõespolêmicas, como a energia nuclear,fazem parte da agenda de debates.

Custódio abordou na pales-tra as potencialidades e as tendên-cias da geração de energia, bem

como as possibilidades de geraçãode energia no Vale do Rio Pardo.Segundo ele, o desenvolvimentoda biomassa e do bioóleo são osmais propícios na região, devidoà cultura e ao potencial agrícoladesta área do Estado.

Antes do evento, o presi-dente interino da Eletrosul realizouuma visita às instalações da Unisc,onde pôde conhecer um pouco so-bre o projeto de biodiesel desen-volvido pela Universidade em par-ceria com a Afubra. Durante a visi-ta, que contou com a presença doreitor Vilmar Thomé e de gestoresda instituição, foi discutida a viabi-lidade de possíveis projetos decooperação entre a Universidadee o Ministério de Minas e Energia.Ao iniciar a palestra, Custódioelogiou a Universidade. “É a pri-meira vez que venho à Unisc e fi-quei surpreso com o seu tamanhoe infra-estrutura”, afirmou.

CurrículoRonaldo Custódio é diretor

técnico e presidente interino da

Eletrosul, funcionário de carreirada empresa, ex-assessor da Minis-tra Dilma Rousseff, mestre em e-nergia eólica, engenheiro eletri-cista formado pela UniversidadeFederal de Santa Maria, coordena-dor e organizador do Atlas Eólico

do Rio Grande do Sul, conselheirodo Operador Nacional do SistemaElétrico - ONS e colaborador doMinistério de Minas e Energia naconstrução do novo modelo dosetor elétrico nacional. É gaúcho,natural de Santana do Livramento.

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NÚMERO 76OUTUBRO DE 200712 EXTENSÃO

Acadêmicos voluntários docurso de Odontologia da Uniscdesenvolvem, desde 2005, o proje-to de extensão Educação em Saú-de Bucal: uma abordagem lúdi-ca. O objetivo é fazer com que oconhecimento sobre saúde e pro-blemas bucais seja repassado aosindivíduos de uma maneira des-contraída, simples e eficaz fazen-do, assim, com que os mesmos de-senvolvam habilidades e atitudescompatíveis com uma vida sau-dável.

De acordo com a professoraRenita Baldo Moraes, uma das in-centivadoras do projeto, a inicia-tiva surgiu na disciplina de SaúdeColetiva em Odontologia I, naqual os acadêmicos elaboram eexecutam atividades de educaçãoem saúde para escolares. A estu-dante Daniela Bohn, presente des-de o começo do projeto, diz quegostou tanto desse trabalho quepassou a desenvolver as ativida-des por conta própria em outrasinstituições. Aos poucos, outrosalunos foram mostrando interessee acabaram se unindo e formandoum grupo. “A repercussão foi bas-tante positiva. Houve matérias emrádio e jornal das cidades onde asatividades eram desenvolvidas”,salienta Daniela. “Dentre elas estãoSanta Cruz do Sul, Mato Leitão, RioPardo, Venâncio Aires e Lajeado”.

As atividades realizadas pe-los acadêmicos são palestras, re-velação de placa, higiene bucalsupervisionada e apresentação deteatro. Com isso, são repassadasaos beneficiados informações pa-ra a manutenção ou aquisição desaúde bucal - importância e formacorreta da realização da higienebucal; noções sobre cárie dental;problemas decorrentes de hábitos

Alunos ensinam brincandocomo cuidar dos dentes

Projeto do curso de Odontologia aborda a saúde bucal em escolas daregião por meio do teatro, de fantoches, quebra-cabeças, entre outros

As apresentações teatrais são a atividade mais solicitada pelas escolas e instituições. Há também outras atividades lúdicas, como álbuns seriados, escovão e bonecos

Fotos: Divulgação

Como funcionaA acadêmica de Odontologia,

Daniela Bohn, afirma que o projeto está

tendo uma boa aceitação do público e

explica em detalhes como ele funciona:

“Basicamente, as atividades

desenvolvidas no projeto são de educação

em saúde bucal. Este projeto conta com um

grande diferencial: ele é todo realizado

utilizando recursos lúdicos como fantoches,

quebra-cabeças, álbuns seriados,

macromodelos, escovão, bonecos e peças

teatrais. Informações importantes são

repassadas de maneira descontraída. Acaba

que as pessoas, que antes não tinham

paciência para ouvir o que devem ou não

fazer para terem saúde, agora nem percebem

que, ao se divertirem, estão aprendendo algo

importante sem muito esforço!

No início, éramos nós que

procurávamos as instituições para desen-

volver as atividades. Aos poucos, fomos

sendo conhecidos e os convites começaram a

surgir. Procuramos, sempre que possível,

atender a todos os pedidos. Quase sempre,

no início do ano ou do semestre, nos

reunimos e montamos uma espécie de

agenda, pois não é fácil encontrar um dia em

que todos os componentes estão livres - são

alunos de diferentes semestres, sem contar

as atividades paralelas. Dedicamos quatro

horas semanais para o projeto.

Como trabalhamos com teatro - e

ultimamente é o que mais as pessoas

procuram -, conseguimos atingir um

grande número de beneficiados. Só no ano

de 2006 foram 545 idosos e inúmeras

crianças beneficiadas. Este é outro

diferencial, pois a maioria dos dentistas,

dentro de seus consultórios, não consegue

chegar a números tão altos”.

Estudantes do curso de Odontologia da Unisc dedicam quatro horas semanais para o desenvolvimento do projeto. Grupo busca atender a todos os pedidos

como uso de chupeta e mamadeira;dieta saudável e desestímulo aouso do açúcar. Quando o trabalhoé voltado para a terceira idade, as-suntos como prevenção de câncer

de boca e cuidados com o uso depróteses também são abordados.

E o projeto não pára por aí.Além de desenvolver esse traba-lho para crianças e idosos, o gru-

po está estudando a idéia de am-pliá-lo. Atividades para gestantesestão sendo pensadas para umapróxima apresentação dos estu-dantes. (B.L.)

Na edição do mês de setem-bro do Projeto Cine Ser, foi apre-sentado o documentário Nascidoem Bordéis. A promoção é da As-sociação Amigos da Vida (AAVida),mantenedora do Centro de Valori-zação da Vida (CVV) em SantaCruz, com o apoio da Pró-Reitoriade Extensão e Relações Comuni-tárias da Unisc.

Nascidos em Bordéis retrataa vida de crianças em Calcutá, naÍndia. Em situação de grande po-breza, elas mesmas fotografamcoisas que lhes chamam a atenção,com uma sensibilidade extraordi-nária. Os cineastas Zana Briski eRoss Kauffman travam uma lutapara dar mais esperança a meninose meninas ameaçados por enor-mes vulnerabilidades social e eco-

Cine Ser discute otema Crianças da Índia

nômica.O Cine Ser é aberto à comu-

nidade, com entrada franca, con-sistindo na exibição de um filmeseguida de comentários e refle-xões. Por meio da observação desentimentos e comportamentos depersonagens do filme, procura-sefacilitar a reflexão sobre os pró-prios sentimentos e as atitudes hu-manas, buscando desenvolver acompreensão, a empatia e o auto-conhecimento.

Mais informações sobre oCine Ser e de outras atividades doCVV podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] pelo telefone (51) 3717-3285,entre 16h e 20h. A próxima ediçãodo Cine Ser está prevista para odia 22 de novembro, às 19h30.

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NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007 ViDA DE ALUNO14

HISTÓRIA, BABY!Cláudia quer ser historiadora. E toca

guitarra. Logo no primeiro semestre, elapôde reunir as duas paixões. Para concluira disciplina de Arquivos e Fontes para aPesquisa Histórica, a estudante optou pelaousadia. “O tema do projeto ficou por contade cada aluno. Eu queria fazer algo inédito,original e que me identificasse”, confessa.Ela não titubeou e começou a garimpar in-formações sobre as bandas de rock em San-ta Cruz do Sul. Como era necessário delimitaro objeto de pesquisa, ela optou em conhecermelhor as atuantes entre 1990 e 2006, commais de um ano de atividade.

Para isso, Cláudia saiu a procura dasfontes em festivais, circuitos de bandas efestas de rock. “Também conversei com ami-gos músicos e instrumentistas. Com issopude levantar um grande número de bandase, a partir disso, marquei algumas entrevis-tas, enviei questionários por e-mail e conti-nuei entrando em contato com os integran-tes - ou ex-integrantes, das bandas”, diz. Omaterial continua crescendo, já que as pes-soas entrevistadas até o momento, segundoela, estão sendo muito bacanas: forneceminformações, fotos, logotipos e grandeshistórias sobre o seu trabalho.

Disciplina concluída, Cláudia queragora dar continuidade ao trabalho e fazera monografia sobre o tema. “A idéia é nãodeixar ninguém para trás, resgatando asbandas que já terminaram e valorizando asque ainda estão na ativa”, declara. E ela vaiainda mais longe: quer fazer uma espécie decoletânea para que as pessoas possam teracesso ao material, muito rico em informa-ções. “Vejo que é do interesse das pessoasque fazem parte do cenário musical de SantaCruz do Sul ter acesso a um informativo,que valorize o seu trabalho”, informa.

BiografiaCláudia de Oliveira Cortes tem 22 anos,

cursa o 3º semestre de História/Licenciaturana Unisc e é natural de Santa Cruz do Sul.Atuante como bolsista voluntária no proje-to de pesquisa Identidade Cultural, Etni-cidade e Educação no Vale do Rio Pardo/

RS, orientado pelo professor Mozart Linha-res da Silva, ela divide o tempo ainda comos estudos e o trabalho no Mercado Cor-tes, junto com a família. A opção acadêmicapor História não estava em primeiro plano.“Cursei o magistério no Colégio SagradoCoração de Jesus e, desde então, tinha duasopções em mente, uma delas História. Opteipelo outro curso, mas no 2º semestre, troqueipara História”, recorda.

Inspiração“Eu gosto de rock, em seus variados

gêneros. Admiro muito quem se dedica aaprender a tocar instrumentos, e ter umabanda, o que, diga-se de passagem, envolvemuito esforço”. A escolha por bandas san-ta-cruzenses foi em função desse gosto pelamúsica. É claro que as influências não parampor aí. O namorado de Cláudia toca na ban-da Strawberry Crash e organiza algumasfestas de rock na cidade. Além disso, o tioSamuel Nunes é guitarrista da banda Nua eCrua. O irmão Fernando toca contra-baixo,o primo Eduardo, bateria. Ambos fazemparte da banda João Tex. Está bom ou quermais? Quer mais? Pois saiba que outros doisprimos, Carlos Junior e Juliana, também sãomúsicos, guitarrista e vocalista, respectiva-mente. “O meu círculo de amizade envolvemuitas pessoas ligadas direta e indireta-mente a outras bandas de rock da cidade”,lembra Cláudia. Entendido!

Na mídiaCláudia já teve a oportunidade de

figurar na mídia local. O trabalho chamou aatenção de Mauro Ullrich, editor de Varieda-des da Gazeta do Sul. O resultado: umamatéria sobre o projeto da moça, publicadaem 15 de agosto deste ano. “A matéria naGazeta do Sul me ajudou muito neste traba-lho, pois não tive acesso a alguns integran-tes de bandas. Depois da publicação, mui-tas pessoas entraram em contato comigo,por telefone e e-mail. Consegui marcar algu-mas entrevistas muito significativas”, co-memora. (E.S.)

Cláudia admite que toca pouco e precisa continuar as aulas. Mas, tem planos para o futuro: trabalha em um projeto musical com o irmão e o primo

Luci

ano

Pere

ira

Trabalho da estudante reúneinformações sobre as bandasde rock que fizeram históriaou não em Santa Cruz do Sulentre os anos de 1990 e 2006,com mais de um ano deatividade

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NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007E AGORA 15REFLEXÕES SOBRE

CARREIRA E PROFISSÃO

O futebol pode ser visto como umagrande metáfora. Da vida, daprofissão. O uso literário doesporte mais popular do mundojá tem sido abusado por aí.Mesmo esta coluna já lançoumão com alguma freqüênciadesse recurso. Confessoantecipadamente que nãoconsegui escapar disso estemês. É que percebi que timescampeões, equipes queentram para ganhar, e queadquirem aura de vencedorasainda com o campeonato emcurso, podem nos ensinar umaou duas coisas.

Um time campeão sabesegurar até o fim uma vitóriamagra, de um a zero, com gol chorado feitologo no início de um jogo duro. O Grêmio deFelipão era assim. Sabia garantir o resultado.Não deixava escapar uma chance de pontuar– especialmente nas jornadas mais difíceis.

Na carreira, a gente tem que ser umpouco assim. Ter aquele olho de tigre paraagarrar determinadas situações que surgem,que nos interessam, que não podemos deixarpassar de jeito nenhum. É preciso ter umpouco de fome. Reconhecer as oportunidadesem que a coisa certa a fazer é agarrar o osso e não largar.

Um time campeão também não entrega partidaganha. Não toma gol no final do jogo. Nem de bola aérea.Nem de bola parada. Nem de contra-ataque. Ou seja: conhecebem aqueles perigos que são previsíveis e efetivamentese precavê em relação a eles.

Na carreira, não é diferente. Há pedras que estãocolocadas no meio do caminho desde sempre. É preciso saberevitá-las. Há outras que são colocadas de última hora numa curva à nossa frente. Épreciso estar atento. E desviar. A partir de um certo ponto na vida, não nos é maispermitida a surpresa diante de algumas situações deletérias. Da mesma forma,dependendo do ambiente em que estamos inseridos, dependendo das pessoas quenos cercam na empresa e da cultura que impera por lá, perdemos o direito de alegarque não sabíamos que determinada coisa ia acontecer.

Um time campeão também sabe manter a cabeça no lugar quando sai

LIÇÕES DE UM TIME COPEIRO

A grande dama da literaturabrasileira Lygia Fagundes

Telles, membro da AcademiaBrasileira de Letras, cuja obra

já foi publicada em diversospaíses com adaptações para

TV, teatro e cinema, eganhadora de inúmeros

prêmios, reúne contos deficção inéditos e reminis-

cências da infância, relatosde viagens, crônicas sobre acidade de São Paulo e perfis

de intelectuais brasileiroscom quem conviveu.

Com a mão espalmada daretórica e o punho fechado

da lógica, Hobbes vai deencontro à equação

religiosa que absolvia ossúditos do vínculo de

obediência ao soberano‘sempre que há qualquer

contradição entre osdesígnios políticos do Papa

e dos outros príncipescristãos [...] e nesta escuri-

dão de espíritos são levadosa lutarem uns contra osoutros’ (Leviatã, XLIV).

O dilema da descoberta dahomossexualidade e aaceitação por parte da

sociedade é o tema destelivro. A aceitação da sua

opção sexual veio quando oautor conversou com uma

professora, que lhe disse terpercebido um “ar triste em

seus olhos”. Marcelo contasua história, numa espéciede “romance pedagógico”,abordando as dificuldades

em ter coragem de assumir ohomossexualismo.

E ninguém tinha nada comisso..., de Marcelo Garcia,176 p. Editora ScriptusLocalização: 923 G216e 2007

Conspiração de nuvens, deLygia Fagundes TellesEditora: RoccoPreço: R$ 22 (à vista tem 10%)

Livraria da Unisc Biblioteca Edunisc

Adriano Silva

é executivo numa grande

empresa de mídia brasileira

[email protected]

DICAS PARA LER...

www.osfiguras.com.br

Lei Natural e Lei Civil nafilosofia política deThomas Hobbes, deMarcelo Villanova, R$ 26

perdendo de dois logo de cara, numapartida em que a bobeira toma conta

de todo mundo por algunsinstantes. Um time vencedor não

se abala, mantém a cabeça nolugar e vai construindo a

virada tijolo a tijolo, gol porgol, martelada a martelada. O

São Paulo de Telê e oFlamengo de Zico faziam

muito isso. Impunham suasuperioridade com a calma de

quem se conhece, de quemtem consciência da farinha quetem no saco, de quem sabe que

vai chegar lá.

Na carreira, às vezes, épreciso ter essa visão, essagrandeza, essa certeza em si

mesmo. É preciso tambémsaber escolher as brigas, não

entrar naquelas que só trazemperda de tempo. E passar ao

largo, e celeremente, pelasquestões bobas, que não levam a

nada – e seguir caminhando emdireção ao que realmente interessa e

ao que faz diferença.

Um time campeão impõe a suasuperioridade. Ser melhor, ter melhores

condições, estar em melhor forma, só fazsentido quando você é capaz de comprovarisso tudo na realidade e de impor isso a seu

adversário. Tem muito time que é melhor do que osoutros na teoria e não consegue colocar isso na prática.

Situações assim não são raras de acontecerna vida da gente, ao nosso redor. Há um bocado

de favoritos que não conseguem confirmar seufavoritismo. É, no plano individual, como aquele atleta conhecido

como “leão de treino” – o jogador que arrebenta durante a semana e amarela domingo,quando a partida vale ponto e o estádio está lotado. Isso passa por auto-estima, portranqüilidade para jogar seu melhor jogo, por fatores que envolvem o fato de ser ou

não, ou de sentir-se ou não, a pessoa certa no lugar certo e no momento certo.

Um time campeão, por fim, tem aquela pegada, aquela solidez, aquela consistênciainterna que o fazem brilhar de um modo diferente. Quesitos que todo bom profissional

deve desejar para si – e batalhar para ter.

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NÚMERO 76OUTUBRO DE 2007 ESPORTE

JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SULNÚMERO 76OUTUBRO DE 2007

CORRIDAUm grupo de sete crianças da escolinha

do Projeto de Atletismo da Uniscparticipou, no dia 9 de setembro, da

Corrida da Semana da Pátria, realizadaem Lajeado. Um total de 154 crianças dos

vales do Rio Pardo e do Taquari, comidade entre 8 e 14 anos, percorreram o

trajeto de 3,5 km. Gustavo de Assis ficouna quarta colocação geral e em primeirona categoria D. Natália Hickmann ficou

em primeiro lugar na categoria K,Dalessandro Souza venceu na A e Isadora

Agnes na D. Já Cíntia Conrad terminouem terceiro lugar na categoria K,

Welinton de Assis ficou em quarto na E eJoão Pedro Pinto em quinto na categoria

C. A escolinha é treinada pelo atletaNetiéle Peterson da Silva.

JUDÔNo dia 15 de setembro, ocorreu mais

uma etapa das copas estaduais daFederação Gaúcha de Judô, no ginásio do

Parque da Laranja, em Taquari, com aparticipação de 22 entidades de todo o

estado. A equipe da Unisc participou com32 atletas, muitos oriundos do projeto

social da Escola do Rosário/Acani, econquistou 28 medalhas. Foram

campeões os atletas Francisco Valentim,Lucas Soares, Maurício Hinterholtz,

Willian Simon, Roger Boeira, Augusto daSilva, Natanael Cardoso, Henrique Silva

e Carlos Eurico Pereira; vice-campeões,os atletas Keven Teixeira, Gustavo

Schneider, Dyonnathan da Rosa, FelipeMessias, Tanara Simon, Franciele

Machado, Milena Rachor, Diego doNascimento, Juliano Campos e CristinePafaffenzeler; e, terceiros colocados, os

atletas Vinícus dos Santos, AlexandreBaungarten, Tiago de Souza, Igor

Hoelzer, Vitor Nunes, Rodrigo Marquardte João Gabriel Vicentini.

ATLETISMOA equipe de Atletismo da Unisc

conquistou 23 medalhas no CampeonatoEstadual Adulto, realizado nos dias 22 e

23 de setembro, em Porto Alegre. Osaldo foi de dez medalhas de ouro, cincode prata e nove de bronze, com destaque

para Fabiano Peçanha, que ganhou asprovas de 400, 800 e 1.500 metros

rasos e de 4x400 metros, esta ao ladode David Costa, Everton Santos e

Leonardo Trindade. O desempenho daequipe rendeu o segundo lugar geral no

masculino e o terceiro no feminino.Também conquistaram o ouro Gustavo

Weiss, no lançamento de disco e arremes-so de peso; Fernando Martin, no salto emaltura; Josiane Siqueira, nos 10 mil me-

tros; Pedro Severo e Itiara Becker, ambosnos 5 mil metros da marcha atlética.

IGOR DIAS JÁ TREINA NA ESPANHA

C M Y K

Atleta do Cestinhavai para o Zaragozae é convocado para a

Seleção Brasileira

Depois de enviar três deseus jogadores a São Paulo, o Pro-jeto Cestinha ganha agora ares in-ternacionais. Destino: Zaragoza,Espanha. Na bagagem, muitas ex-pectativas e o friozinho na barriga.É assim que Igor Retzke Dias, 15anos, define a sensação de estarrealizando um grande sonho. Jo-gador de basquete desde os noveanos, o atleta acompanhou toda ahistória do projeto, criado em 2001.Naquela época, Igor ainda nãoostentava seus 2,02 metros, masjá atuava junto à conhecida zonado garrafão, como pivô.

De acordo com o professorGilmar Fernando Weis, coordena-dor e criador do projeto, Igor temuma característica importante parasua posição: é um atleta comexplosão e velocidade. O históricotambém não deixa a desejar: bicam-peão Estadual, bicampeão do Jirgse do Campeonato Sul-Americano,Igor ainda é campeão do 1º Fes-tival de Basquete do Rio de Janei-ro, sendo convocado para a sele-ção gaúcha para representar o Es-tado nos jogos interestaduais. De-talhe: em uma categoria acima daque ele pertence.

Com todo esse currículo,não demorou muito para os convi-tes começarem a surgir. Um téc-nico de Lajeado teria dado o em-purrão inicial nas negociações queenvolveram também técnicos deconhecidos times de São Paulo,como Pinheiros e Hebraica. A indi-cação final, no entanto, deu-seapós o santa-cruzense ter sido elei-to o melhor jogador em sua posi-

Torneio Social do Cestinha

Foto

s: Lu

ciano

Pere

ira

Começou no dia 29 de se-tembro o 1º Torneio Social doProjeto Cestinha Sesi/Unisc/Edu-car-se. A competição conta comcerca de 200 meninos e meninas,de 13 a 15 anos, divididos em 21equipes. Os seis bairros de SantaCruz do Sul envolvidos no torneiosão Menino Deus, Arroio Grande,Bom Jesus, Cohab, Centro e Mar-garida Aurora, além de quatro lo-calidades do interior de Vera Cruz:Henrique D’Ávila, Linha Progres-so, Centro e Ferraz.

Segundo o coordenador doProjeto Cestinha, Gilmar Weis, ostécnicos dos times são alunos do

Em questão de um mês, Igor vai jogar na Espanha e é convocado para a seleção brasileira cadete

curso de Educação Física da Unisc.Também ressaltou que cada bair-ro, ao receber os times, foi respon-sável por fazer uma apresentaçãocultural no intervalo de cada jogo.

Weis salienta que o torneiotem por objetivo fazer com que ascrianças possam vivenciar o climade competição. “É importante paraelas conhecer os outros bairros,praticar esse intercâmbio e fazernovas amizades”, afirma.

Os jogos são disputados emturno e returno, sempre aos sába-dos. Os três primeiros colocadosirão receber troféus como formade premiação. (B.L.)Dorângela, Fontana, Campis, Oliveira e Weis: expectativa de um futuro brilhante para Igor Dias

ção no sul-americano realizado emjulho, em Novo Hamburgo.

CarreiraEstudante do 1º ano do En-

sino Médio da Escola Educar-se,Igor já aprendeu que toda escolhatem seu preço. Nesse caso, o na-moro de dois anos e a convivênciacom os amigos e a família. Filhode Dorângela Retzke e Edson LuisDias, ele tem o total apoio dos paispara embarcar nesse sonho. Se-gundo ele, a intenção é continuarjogando na Espanha. “Quero serjogador, seguir carreira. A experi-

ência aqui é um diferencial e tanto.São outras portas que se abrem,mas pretendo um dia voltar a jogarno Brasil”, declara.

Apesar de a profissão estarna quadra, os estudos continuampor lá. Após a adaptação, Igorpassará a estudar... em espanhol.“Eu não falo nada. Inglês até meviro, mas espanhol, não”, falaentre risos marotos. Medos? Nemde avião. Igor encara com muitatranqüilidade a oportunidade quecomeçou a tomar forma no dia 28de agosto, data do embarque. NaEspanha, já disputou duas parti-

das oficiais na categoria acima, ajúnior. “O nível do Cestinha é mui-to alto, então não senti dificulda-des em jogar aqui”, compara.

Quem também não escondea alegria é o atual técnico, AthosCalderaro. Segundo ele, outros a-tletas devem despontar nas próxi-mas temporadas. Bons exemplosnão faltam. (E.S.)

Primeiros treinosA Unisc recebeu, no dia 11

de setembro, a visita dos repre-sentantes esportivos responsá-veis pela ida do atleta Igor RetzkeDias para a Espanha. Vinícius Fon-tana e João Carlos de Oliveira con-versaram com o pró-reitor de Ex-tensão e Relações Comunitárias daUnisc, Luiz Augusto Costa a Cam-pis; com o coordenador do ProjetoCestinha, Gilmar Weis; com o co-ordenador de marketing esportivoda Unisc, Everson de Bello; e coma mãe do atleta, a professora daUnisc Dorângela Retzke.

Os representantes do atletainformaram que Igor vem surpre-endendo a comissão técnica doZaragoza. “O diretor das catego-rias de base da equipe espanhola,Javier Gaston Garcia, disse queIgor está muito acima da média”,contou Fontana. “Ele é determi-nado, trabalhador e bom jogador”,define.

Como se já não bastasse aboa fase vivida por Igor, o atletafoi convocado no início de setem-bro para seleção brasileira cadeteque disputa o Campeonato Sul-Americano na Argentina, de 1º a 7de outubro. “Fizemos uma convo-cação ampla para fazer um traba-lho de médio e longo prazos comesses meninos, dando experiênciainternacional para essa nova gera-ção”, revela o técnico José AlvesNeto. (L.P.)