JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL,ANO XIV, NÚMERO 70,

ABRIL DE 2007

JORNAL DA i

Lilian Tremea

Luciano Pereira

Graduado e pós-graduado na Unisc, Hilton Kappaun assume vice-presidência mundial da Alliance One PÁG. 7

A CHAVE DO SUCESSO A deficiência muitas vezes não está no desempenho

do colaborador, mas no olhar do chefe PÁG. 15

DESCOBRINDO O TALENTO

Laboratórios são lugares para os estudantes testarem e verem na prática o conteúdo dos

livros ou o que foi passado em sala de aula. A Unisc possui, atualmente, 166 laboratórios,

onde os alunos podem entrar em contato com o que encontrarão no mercado de trabalho. PÁGs. 8 e 9

LOCAIS DE TESTE

Onze dos 232 trabalhos apresentados no 12º Seminário

de Iniciação Científica e 11ª Jornada de Ensino, Pesquisa

e Extensão, realizado em 2006, são premiados na Universidade PÁG. 6

HONRA AO MÉRITO

Enquanto a edição de 2007 já recebe inscrições, trabalho feito no ano passado ainda colhe frutos em Venâncio Aires PÁG. 10

Estudantes de Engenharia desenvolvem um mini baja e participam de competição em São Paulo PÁG. 3

UNISC NA PISTA

HSC TEM NOVA RECEPÇÃO

PROJETO RONDON

Hospital Santa Cruz inaugurou área de 836m²

proporcionando maior conforto e agilidade no

atendimento à comunidade.

Além disso, criou nova identidade visual, com um

layout diferenciado, marcando a fase de mudanças da

mais recente mantida da Apesc. PÁG. 6

Encontro reúne na Unisc presidentes de 24 redes dos vales do Taquari e do Rio Pardo PÁG 10

Conheça um pouco mais sobre os cursos de Produção em Mídia Audiovisual e de Licenciatura em Química da Universidade PÁG. 14

REDES DE COOPERAÇÃO

VESTIBULAR

Arquivo Pessoal

Divulgação

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NÚMERO 70ABRIL DE 2007 PÁGiNA

CARTA AO LEITOR

Na edição anterior do Jornal da Unisc, comentei sobre os desafiosque a Universidade enfrentará no ano de 2007. Este mês quero falar umpouco sobre as iniciativas da Instituição para vencer esses desafios.

Começo lembrando que estamos envolvidos na elaboraçãodo Projeto Político-Pedagógico Institucional (PPI) e do Plano deDesenvolvimento Institucional (PDI), instrumentos de planejamentode médio prazo que orientam a construção dos planos gerais eorçamentos anuais e balizam as tomadas de decisão da Instituição.O atual processo iniciou-se em setembro de 2006 e estende-se até ofinal de 2007. Em razão da própria lógica dos documentos, começou-se pelo PPI, que define os princípios, os valores e as políticas daInstituição. Nestes primeiros meses de 2007, iniciou-se o processodo PDI, que estabelece as diretrizes e metas que orientarão as açõesda Universidade nos próximos cinco anos.

O processo de elaboração do PPI e do PDI está sendo orientadopelo enfoque participativo e estratégico, buscando nos antecipar àsmudanças em curso na sociedade. Um planejamento bem feito e bemexecutado, associado a um processo de avaliação permanente, é condiçãode sobrevivência e de desenvolvimento para qualquer instituição.

Além do PPI e do PDI, a Unisc já tem definidas outras inicia-tivas para 2007. Na dimensão graduação, por exemplo, a partir do

Vilmar ThoméReitor da Unisc

Há uns dois anos, ao divulgar paraa imprensa da região uma reportagem so-bre a infra-estrutura da nossa Universi-dade, citei no texto que a Unisc tinha, naépoca, mais de 100 laboratórios de ensino,pesquisa e extensão. Um editor de jornalde Lajeado, intrigado com o número delaboratórios divulgado, respondeu o e-mail perguntando: “Não seriam 10 labo-ratórios? Você não digitou errado?”.

Antes de responder, fiz um rápidolevantamento para comprovar a ele que,de fato, a Unisc já passava mesmo de 100laboratórios. “Caro colega, só o curso deFarmácia utiliza 12 laboratórios, e aindatemos as engenharias, a Central Analíticada Unisc, os demais cursos da área daSaúde, entre outros”, escrevi. Ele ficouadmirado, mas ficou entendendo a gran-deza da nossa Universidade. Um tempodepois, veio visitar a Unisc e conversarcom o nosso reitor, produzindo uma gran-de matéria que foi publicada em seu jornal.

Em tempo, o Jornal da Unisc resol-veu nesta edição falar um pouco sobre to-do o suporte que os laboratórios fornecemà formação profissional dos estudantes.

Onde encontrar o Jornal da UniscCampus Venâncio Aires

Campus Sobradinho

Campus Capão da Canoa

A Banca

Aquarius Hotel Flat Residence

Biblioteca Municipal

Casa das Artes

Colégio Luiz Dourado

Escola Ernesto Alves

Escola Willy Carlos Fröhlich

Escola Goiás

Escola Santa Cruz

Galeria Farah

Hospital Santa Cruz

Iluminura Livraria Café

Loja do Posto do Gordo

Shopping Center Santa Cruz

Sine

Zaffari

Campus Santa Cruz:

Central de Informações

Centro de Convivência

Clínica de Fisioterapia

Blocos 8, 12, 18 e 53

Reitoria

2

PALAVRA DO REITOR

Conselho Editorial:

Reitor: Prof. Vilmar ThoméVice-Reitor:

Prof. José Antônio Pastoriza FontouraPró-Reitora de Graduação:

Profª Carmen Lúcia de Lima HelferPró-Reitora de Pesquisa

e Pós-Graduação:

Profª Liane Mählmann KipperPró-Reitor de Extensão e

Relações Comunitárias:

Prof. Luiz Augusto Costa a CampisPró-Reitor de Admi-

nistração: Prof. Jaime LauferPró-Reitor de Pla-

nejamento e Desenvol-

vimento Institucional:Prof. João Pedro Schmidt

Editor:

Luciano Pereira, reg. prof. 9234

Reportagem e Redação:

Fernanda Mallmann, reg. prof. 10.208;Lilian Tremea, reg. prof. 12.860;

Luciano Pereira, reg. prof. 9.234;Thiago Stürmer e Yaskara Ferreira,

reg. prof. 13.187Projeto Gráfico e Capa:

Agência da CasaEditoração Eletrônica:

Assessoria de ImprensaRevisão:

Beatriz Sperb e Roque Neumann

JORNAL DA UNISC: ÓrgãoInformativo da Universidade de

Santa Cruz do Sul. Entidade filiadaao Consórcio das Universidades

Comunitárias Gaúchas (Comung), aoConselho de Reitores das

Universidades Brasileiras (Crub) e àAssociação Brasileira das

Universidades Comunitárias (Abruc)

Tiragem: 8 mil exemplares

Versão On-Line:

Erion da Silva Lara

Site: www.unisc.br/jornaldaunisc

Endereço:

Av. Independência, 2293, bloco 3, sala309. Santa Cruz do Sul/RS. CEP:

96.815-900. Telefone: (51) 3717-7466.

E-mails: fernandm@unisc. brou lpereira@ unisc.br

Este material é produzido empapel reciclável.

EXPEDIENTE

como

MANTER A QUALIDADE DE VIDANO AMBIENTE DE TRABALHO?

O trabalho, a cada ano, impõe aohomem uma jornada de trabalho mais lon-ga, mais automatizada, mais tensa. O tri-nômio indivíduo, trabalho e organização/instituição remete os pesquisadores aestudos que definam a qualidade de vidano trabalho, concluindo que um dos fato-res que influem na qualidade de vida notrabalho é a minimização da tensão mus-cular provocada pelos movimentos labo-rais nos diferentes setores/postos detrabalho. A qualidade de vida no trabalhonão deveria ser definida pelo que é feitopara as pessoas mas também pelo queelas fazem por si próprias na intenção detornar sua rotina laboral mais prazerosa eprodutiva.

Com essa preocupação, o programaASAS oferece sessões diárias de Ginás-tica Laboral em todos os setores da Unisc.As sessões têm a duração de quinze mi-nutos, caracterizando-se por sessões deintrodução no início do expediente, pre-parando de forma preventiva para a jorna-

São muitos os desafios, mas isso faz

com que a Unisc se torne mais forte

2

Sâmara BergerCoordenadora doProjeto de GinásticaLaboral da Unisc

da de trabalho; sessões compensatóriasdurante a jornada de trabalho, aliviandoa tensão muscular causada pelas posturaslaborais, por meio de um descanso ativo,exercitando os músculos menos exigidose relaxando os constantemente utilizados;sessões de relaxamento, oferecidas nofinal do expediente de trabalho, para des-contrair e relaxar a musculatura e a mente.

A qualidade de vida no trabalho po-de ser mantida a partir do momento que ofuncionário decide/opta por cuidar de siem seu ambiente de trabalho, participandoespontaneamente das sessões de Ginás-tica Laboral.

Hoje são 166 laboratórios na Unisc, utiliza-dos por estudantes, pesquisadores e tam-bém na prestação de serviços à comunidade.

Nas páginas centrais desta edição,abordamos o assunto de forma geral, poisseria impossível falar sobre cada laborató-rio em apenas duas páginas. Mas a jorna-lista Fernanda Mallmann e o estagiário dejornalismo Thiago Stürmer buscaram des-tacar alguns deles pela novidade e pelacuriosidade, mostrando o que fazem labora-tórios com nomes estranhos ou diferentes,como os de Entomologia e de Bromatologia.

A qualidade dos laboratórios daUnisc também está demonstrada nas pá-ginas deste jornal. Prova disso é o minibaja Unisc, produzido nos laboratóriosde engenharia e que, em março, competiuem São Paulo, como mostra a matéria dapágina 3. Também o Prêmio Honra aoMérito, na página 6, destacou 11 projetosde diversas áreas, muitos deles desenvol-vidos nos laboratórios da Universidade.

E tem muito mais! Confira nas pá-ginas a seguir! Uma boa leitura a todos!

Luciano Pereira

diagnóstico por áreas, pretende-se iniciar a análise da matriz curricu-lar dos cursos e está prevista a implantação de novos cursos namodalidade presencial e na modalidade de ensino a distância.

Também na pós-graduação lato sensu, vários novos cursosestão sendo oferecidos neste semestre, buscando atender às de-mandas da comunidade. Estão sendo redefinidas as políticas decada área e foram encaminhados dois projetos de programas deresidência médica, que dependem de recursos externos para suaimplantação. Na pós-graduação stricto sensu, o objetivo é a manu-tenção da oferta dos Programas existentes, enquanto três novaspropostas de programas estão em análise.

A Unisc também pretende avaliar, fortalecer e consolidar osgrupos de pesquisa, além de qualificar e expandir as ações voltadasà captação de recursos externos. Outras iniciativas na área dapesquisa objetivam a qualificação dos periódicos científicos institu-cionais, o incentivo à formação de redes de pesquisa por meio deconvênios e parcerias institucionais e a proteção e valorização dapropriedade intelectual.

Na área de extensão e serviços, pretendemos este ano ampliaras ações de extensão em bairros populares e nas zonas rurais daregião e buscar a qualificação e a auto-sustentação dos setoresprestadores de serviço. Além disso, queremos capacitar os recursoshumanos para captação de recursos externos por meio de editais,licitações, parcerias, pregões eletrônicos, convênios, entre outros.

São muitos os desafios, mas isso faz com que a Unisc se tornemais forte, buscando atender às demandas da comunidade com otrabalho conjunto de todos. A Unisc se consolida cada vez maiscomo uma Universidade comunitária, de qualidade e comprometidacom o desenvolvimento regional.

NÚMERO 70ABRIL DE 2007

A ESTRÉIADO MINI BAJAProjeto de estudantes de Engenhariaparticipa da 13a edição do BajaSAE Brasil-Petrobrás, em Piracicaba/SP

ENSiNO 3

A impossibilidade de escu-tar não foi barreira grande o sufi-ciente para que Cristiane RamosMüller, 35 anos, desistisse de teruma profissão. Surda desde o nas-cimento, ela alcançou no último dia10, uma das grandes vitórias desua vida: a formação em um cursosuperior. A conquista teve a parti-cipação do Núcleo de Apoio Aca-dêmico (NAAC), da Unisc.

Desde o início do curso, em2000, Cristiane, que se formou emPedagogia – Habilitação Séries Ini-ciais, teve a ajuda de uma intérpre-te de libras - a Língua Brasileira deSinais. A intérprete atuou comouma mediadora entre Cristiane e osprofessores. Todo conteúdo re-passado em sala de aula era trans-mitido em libras, simultaneamente,para Cristiane. De resto, a conclu-são do curso foi resultado demuito estudo. “Algumas discipli-nas foram bem difíceis, mas os pro-fessores sempre explicaram muito.Tive que me adaptar”, afirma Cris-tiane, por meio da língua de sinais.

No segundo semestre deste ano, o mini baja participará do Baja Sul. Meta da equipe agora é aperfeiçoar o protótipo para a sua segunda competição

Unisc forma primeira aluna surdaCom a ajuda doNúcleo de Apoio

Acadêmico, Cristianechegou à formatura

Os testes feitos com o minibaja Unisc no campus da Univer-sidade foram substituídos porpistas de verdade. Depois de novemeses de trabalho, o carrinho comestrutura tubular em aço, impulsio-nado por motor de 10 HP, e comos sistemas de suspensão, trans-missão, freios e chassi desenvol-vidos por alunos dos cursos dasengenharias Mecânica e de Pro-dução, estreou em competições dacategoria. O protótipo construídona Unisc participou da 13ª Com-petição Baja SAE Brasil-Petrobrás,em Piracicaba, São Paulo, de 15 a18 de março, juntamente com ou-tras 53 faculdades de todo o país.

Apesar de o mini baja Uniscnão ter se classificado entre osprimeiros colocados, os acadêmi-

cos consideraram a participaçãopositiva. “Devido a uma regula-gem mal feita no motor, não tive-mos um bom resultado. Mas nasprovas de conforto, segurança,produção em massa, conformaçãode projeto e manutenção, fomosmuito bem”, destaca o integranteda Equipe Baja Unisc José GasparWagner Junior.

No segundo semestre desteano, o mini baja participará de umanova competição, a Baja Sul, quereunirá equipes do Rio Grande doSul, de Santa Catarina e do Paraná.Até lá, a equipe quer aperfeiçoar ocarro com ajustes como redução depeso, diminuição das medidas etroca de materiais. “Vamos trabalhardaqui para frente para deixá-lo maiscompetitivo”, reforça José Gaspar.

Divulgação

O Centro de Educação Pro-fissional (Cepro) da Unisc estácom inscrições abertas para oscursos técnicos em Segurança noTrabalho, Higiene Dental - Auxiliarde Consultório Dentário, Informá-tica e Transações Imobiliárias -Corretor de Imóveis. Os cursosserão oferecidos à noite, de se-gunda a sexta-feira.

As principais vantagens deum curso técnico são a rápida for-mação e o baixo preço das mensa-lidades. O Cepro oferece aos alu-nos convênios com empresas ecom instituições, garantindo es-tágios gratuitos e toda a infra-es-trutura da Universidade.

O profissional formado emSegurança no Trabalho é respon-sável por atividades que atendamàs normas de higiene e segurançano trabalho, objetivando evitaracidentes e doenças profissionaistípicas do ambiente de trabalho.Já o técnico em Higiene Dental es-tá apto a realizar diversas ativida-des na área de saúde bucal, abran-gendo desde a prevenção e o tra-tamento de problemas odontoló-gicos até a recuperação da inte-gridade dentária. O técnico poderáainda desenvolver ações educati-

vas de prevenção da cárie e de do-enças dentárias, de acordo com aprescrição do dentista.

O curso técnico de Informá-tica forma profissionais para atuarna área de redes, manutenção, pro-gramação e criação de páginas pa-ra a internet. Ao concluir o curso,esse profissional estará apto a com-preender o funcionamento do com-putador, suas possibilidades deconfiguração, criação de progra-mas e integração com outras áreas.

O curso de Transações Imo-biliárias - Corretor de Imóveis visacomplementar a educação profissio-nal de nível médio, desenvolvendohabilidades, conhecimentos eposturas necessárias à qualificaçãodos serviços imobiliários. O cursoexplora o conhecimento acerca denormas e de legislações referentesa transações imobiliárias, de de-senho arquitetônico, de construçãocivil, formas de comunicação eestratégias de mudanças na práticada profissão de corretor de imóveis.

As inscrições podem serfeitas até o dia 16 de abril na sala110, bloco 1 do campus de SantaCruz. O início das aulas será nodia 24 de abril. Mais informaçõespelo telefone (51) 3717-7327.

Cepro inscreve paraquatro cursos técnicos

As dificuldades encontra-das, conforme Cristiane, foramdiminuindo com o passar do cur-so. Por isso, para quem tem algu-ma deficiência e pretende começarou voltar a estudar, ela recomendapersistência. “Eu pensava que es-tudaria para sempre, que nuncachegaria a me formar. Mas quandovi, chegou a formatura. É precisoprocurar ajuda e começar. Os pro-fessores e os colegas me aceitarame me respeitaram. Foi uma troca”,destaca. A experiência de Cristiane

com os estudos foi tão positivaque, inclusive, ela pensa em fazermestrado, trabalhando com aquestão da surdez. Além disso, ameta é continuar as atividades naEscola Estadual Gaspar Bartholo-may, onde Cristiane trabalha hádois anos.

Cristiane foi a primeira alunasurda formada pela Unisc. Nesteano, uma estudante do Centro deEducação Profissional (Cepro)também concluiu o curso com oauxílio do NAAC.

Cristiane (segunda da dir. para a esq.) formou-se com a ajuda de uma intérprete de libras

Fran

cisc

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Comprimento: 2,1 m

Largura: 1,2 m

Altura: 1,55 m

Velocidade média: 45 km/h

Medidas do Baja Unisc Componentes da equipeAntônio Jaci Quadros, Edson Ismael Rocha, Fabiano Auri Schwen-dler, José Gaspar Wagner Junior, Pedro Augusto Bottlender Machadoe Ricardo Silva Soares, da Engenharia Mecânica, e Daniel MiottoZuehl, da Engenharia de Produção. A coordenação é do professorJorge Luiz Rodrigues Marques.

NÚMERO 70ABRIL DE 2007

CENTRO DE LÍNGUAS

360º4

DJ FABRÍCIO PEÇANHA AGITA A VOLTA ÀS AULAS

SISTEMAS E PROCESSOS INDUSTRIAIS

O Centro de Línguas eCulturas da Unisc está cominscrições abertas para cursosde cinco idiomas, em diferentesníveis. Entre as opções estãoEnglish for Kids Basic (7-8anos), English for Teens Basic(12-13 anos), Let’s speakEnglish, Conversação em LínguaInglesa, Business English,Inglês Instrumental para leitura,Espanhol Instrumental paraleitura, Español para profesio-nales brasileños, Comunicaçãoem Língua Alemã Básico,Comunicação em Língua France-sa Básico e Comunicação emLíngua Italiana, este com valor

A Unisc transformou o seu Centro de Convivência em uma pista de dança no dia 21 de março.Completando as atividades de volta às aulas, a Universidade trouxe a Santa Cruz do Sul o renomado DJFabrício Peçanha. A festa contou ainda com o warm up do professor e DJ Marco Antonio Kothe. Logoapós, Fabrício assumiu as pick-ups e comandou o agito. Voltada à comunidade acadêmica, a festa teveentrada franca. O porto-alegrense Fabrício Peçanha é aclamado pelo público, por DJs e produtores comoum dos maiores nomes da cena techno/techouse da América do Sul.

No dia 29 de março ocorreu a aula inaugural do novo curso deEngenharia Civil da Unisc, com o tema Aspectos profissionais e aresponsabilidade técnica do engenheiro civil. Estavam presentes orepresentante da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos de SantaCruz do Sul (Seasc), Geziel da Silva, e o representante do ConselhoRegional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande doSul (Crea), Auro Schilling.

ENGENHARIA CIVIL

O diretor de cinemaGustavo Acioli e a produtora-executiva Lara Pozzobon falarampara os alunos dos cursos deComunicação Social, CiênciasSociais, Filosofia, Letras, Medi-cina e História, no dia 7 de março.A palestra foi sobre a produçãodo primeiro longa-metragem deAcioli, Incuráveis, que esteve emcartaz no Cine Santa Cruz.

A atividade foi a aula

inaugural do Curso de Comuni-cação Social. Acioli e Lara, elanatural de Santa Cruz do Sul eprodutora-executiva do filme,trabalham por meio da LavoroProdutora e têm assinado curta-metragens como Cão Guia(1999), Numa noite qualquer(2001), Nada a declarar (2003) eMora na filosofia (2004).Incuráveis (2006) é o primeirolonga da dupla.

AULA INAUGURAL NA COMUNICAÇÃO

Empatia no trabalho –saiba vender o seu peixe é otema da aula inaugural que ocurso de Automação deEscritórios e Secretariadopromoveu no dia 27 de março. Apalestra foi ministrada peloprofissional liberal Heitor JorgeLau, que abordou temas como aauto-estima, o marketingpessoal e da profissão, ainteligência emocional eintelectual, informação eliderança, entre outros.

Inicia-se no dia 10 de abrilmais um Grupo de Gestantes noServiço Integrado de Saúde(SIS) da Unisc. Os encontrosserão semanais, todas as terças-feiras, das 18h às 19h. O grupotem a participação de alunos docurso de Enfermagem, deNutrição, de Psicologia e deFisioterapia.

Além dos encontros, sãoagendadas consultas individuaisnas diferentes áreas. O serviço étotalmente gratuito e aberto atoda a comunidade. Maisinformações e inscrições pelotelefone (51) 3717-7480 oudiretamente no bloco 31, no SIS.

Uma palestra da ex-deputada Jussara Cony paraalunos do Curso de Farmácia daUnisc, seguida de uma reuniãoentre representantes da Uni-versidade e de entidades locais,deu início no dia 26 de março àanálise sobre a produção defitoterápicos na região. Confor-me o pró-reitor de Planejamentoe Desenvolvimento Institucio-nal, João Pedro Schmidt, Jussarafoi convidada para o evento porser farmacêutica e por ser umadefensora histórica de umapolítica voltada para essa área.

Na sua palestra, a ex-deputada abordou o temaPolítica pública de desenvolvi-mento de fitoterápicos, desta-cando a importância e aspossibilidades colocadas a partirda aprovação da Política Na-

Empatia no trabalho

Grupo de Gestantes

Fernanda Mallmann

cional de Plantas Medicinais eFitoterápicos, no ano de 2006.Logo após foi realizada umareunião entre representantes daUniversidade e de algumasentidades locais com JussaraCony. O objetivo foi analisar aviabilidade da produção defitoterápicos na região.

Segundo Schmidt, o êxitoalcançado em outras regiõesindica que se trata de uma áreapromissora. “A Universidadetem profissionais capacitados aorientar tecnicamente um projetode desenvolvimento de fitoterá-picos e o governo federal temrecursos para essa finalidade”,garante o pró-reitor. “Vamosaveriguar se há parceiros in-teressados e quais as condiçõesnecessárias para a produção defitoterápicos”, complementa.

FITOTERÁPICOS NA UNIVERSIDADE

Após a palestra, Jussara reuniu-se com representantes da Universidade e de entidades locais

O Programa de Pós-Graduação em Sistemas e ProcessosIndustriais - Mestrado da Unisc realizou no dia 30 de março a suaaula inaugural. O evento contou com a palestra do professorJarbas José Rodrigues Rohwedder, que é o atual chefe doDepartamento de Química Analítica do Instituto de Química daUnicamp e pesquisador com Bolsa Produtividade CNPq. Eleabordou o tema Automação e Instrumentação em QuímicaAnalítica.

Luciano Pereira

A professora da Universidade Federal de Santa Catarina, SôniaPereira Laus, esteve reunida no dia 30 de março com ospesquisadores da Unisc para apresentar os Editais da ComunidadeEuropéia (Editais - FP7) e falar sobre a captação de recursos externos,as possibilidades de parcerias com instituições da ComunidadeEuropéia, a característica dos projetos e a adequação aos editais. Aprofessora também conversou com representantes de diversossetores da Unisc para esclarecer as dúvidas quanto aos processos deencaminhamento de propostas, convênios, entre outros. O evento foipromovido pela coordenação de pesquisa e pela Assessoria paraAssuntos Internacionais e Interinstitucionais da Universidade.

COMUNIDADE EUROPÉIA

diferenciado devido à parceriacom a Associação CulturalItaliana do Rio Grande do Sul.

O pagamento dos cursospodem ser parcelados em atécinco vezes sem juros e, a partirde cinco alunos por curso, seráconcedido um desconto de 5% acada aluno excedente, benefici-ando todos os inscritos. O des-conto será limitado a 10 alunos eserá válido para todos aquelesque se inscreverem até o primeirodia de aula de sua turma. Maisinformações no Centro de Línguase Culturas, bloco 3, sala 301-B,pelo telefone (51) 3717-7381 oupelo e-mail linguas@unisc.br.

NÚMERO 70ABRIL DE 2007360º 5

CONVÊNIO CEPRO E COREN

SAÚDE MENTAL

GRUPO PRÓ-AMBIENTAL

Convênio assinado na Unisc irá proporcionar 30 bolsas de estudo para estudantes do Cepro

Luciano Pereira

Um convênio firmado no início de março entre a Unisc e oConselho Regional de Enfermagem (Coren) irá destinar 30 bolsas deestudo para os alunos do curso de Complementação do Auxiliar paraTécnico de Enfermagem, oferecido pelo Centro de EducaçãoProfissional (Cepro). Da turma que iniciou as aulas no dia 3 de março,24 alunos se habilitaram e foram contemplados com as bolsas de 50%.

Para receber a bolsa o aluno deve estar inscrito junto ao Corene em situação regular. “O conselho quer trabalhar com uma visãodiferente de qualificar a educação e, para isso, busca convênios cominstituições qualificadas”, apontou a enfermeira representante doCoren em Santa Cruz do Sul, Caroline Klotz.

Para a coordenadora geral do Cepro, Elisabeth Garcia Costa, “oconvênio efetiva a missão do Centro, que é qualificar os profissionaisda região”. O curso de Complementação do Auxiliar para Técnico deEnfermagem segue até fevereiro de 2008.

No dia 24 de março foirealizada a primeira reunião doGrupo de Trabalho Pró-Ambiental de Santa Cruz do Sul(GT-Verde). O grupo é umainiciativa de acadêmicos daUnisc e conta com o apoio daPró-Reitoria de Extensão eRelações Comunitárias. Noentanto, é autônomo, departicipação livre, independentede qualquer vinculação com aInstituição. O GT-Verde planejapromover encontros mensais

A palestra Guimarães Rosa: arte e pensamento brasileiro, coma professora do Departamento de Filosofia da Ufrgs KathrinHolzermayr Rosenfield, marcou a aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - Mestrado e Doutorado edo Programa de Pós-Graduação em Letras – Mestrado da Unisc.Kathrin é pós-doutora pela Ecole Normale Supérieure, ULM, França.O evento foi realizado no dia 1º de março.

O Programa de FormaçãoPedagógica Continuada daUnisc, visando à qualificaçãopedagógica dos professores daInstituição, realizou uma palestrano dia 8 de março sobreDocência e Empreendedorismona Universidade: o compro-metimento com a inovação, coma professora Marília CostaMorosini, da PUC-RS. Graduadaem Ciências Sociais pela Ufrgs,Marília possui mestrado emSociologia Educacional (Ufrgs),doutorado em Educação (Ufrgs)e Pós-Doutorado naUniversidade do Texas.

Sua produção atual estávoltada a estados deconhecimento, destacando-se aEnciclopédia de PedagogiaUniversitária, o Glossário dePedagogia Universitária e oprojeto da EnciclopédiaInternacional de EducaçãoSuperior para circulação nospaíses de língua portuguesa.Tem experiência na área deFundamentos da Educação,atuando em educação superior,ensino superior, formação deprofessores einternacionalização da EducaçãoSuperior.

QUALIFICAÇÃO DE PROFESSORES

PPGDR E MESTRADO EM LETRAS

para debater e criar meios deintegração e divulgação dacausa ambientalista por meio dainternet, colaborar para ocumprimento e aprimoramentoda legislação ambiental e aindarealizar estudos e campanhas emprol do meio ambiente, tendocomo base o pensamentoecologista de “pensarglobalmente e agir localmente”.Mais informações pelo e-mailcamilafrohlich@mx2.unisc.br oupelo telefone (51) 3717-7320.

A Central Analítica da Unisc, em parceria com o Jeep ClubeSanta Cruz do Sul, o curso de Ciências Biológicas da Instituição e aPrefeitura de Sinimbu, promoveu no dia 24 de março um passeio paraveículos 4X4 em comemoração ao Dia Mundial da Água. O passeioteve saída em frente ao ginásio da Universidade, no campus de SantaCruz, seguindo em direção a Sinimbu por estradas vicinais. No finaldo passeio houve plantio de árvores nas margens do Rio Pardinho ecoleta de amostra de água do rio para ser analisada nos laboratóriosda Central Analítica.

PASSEIO DAS ÁGUAS

Evento teve a participação de cerca de 70 competidores e marcou o Dia Mundial da Água

A Prefeitura de Santa Cruzdo Sul, em parceria com oConselho Municipal de Saúde ea Unisc, realizou no dia 28 demarço a 1ª ConferênciaMunicipal de Saúde Mental. Oevento ocorreu no Anfiteatro doBloco 18 da Universidade e foidestinado a gestores municipais,trabalhadores de hospitais eclínicas, escolas e univer-sidades, usuários dos serviçosde saúde, familiares, sociedadecivil, entidades governamentaise não-governamentais.

Com o tema Saúde Mentalna Rede de Atenção – FazendoAcontecer, a conferência foirealizada no ano em que omunicípio completa 10 anos deum novo enfoque em saúdemental, após a reforma psiquiá-trica. Dentre os objetivos estão

repensar os serviços de saúdemental oferecidos no município,estabelecer diretrizes, embasa-das na lei de reforma psiquiá-trica, e eleger uma comissão paraacompanhar as ações na área,junto ao Conselho Municipal deSaúde e Gestão Municipal.

As discussões dos gruposgiraram em torno dos temasPolítica de atenção em saúdemental para adultos; Políticade atenção em saúde mentalpara infância e adolescência; ePolítica de atenção em saúdemental para álcool e drogas. Oseixos tiveram como temastransversais gestão, formação econtrole social. A 1ª Con-ferência Municipal de SaúdeMental foi precedida ainda desete pré-conferênciaspreparatórias.

Estão abertas até o dia 2 de maio as inscrições para a 11ª edição doConcurso Banco Real Universidade Solidária. O concurso, promovidopelas duas instituições, incentiva a mobilização de universidades,professores, alunos e sociedade em projetos sociais que buscam aautonomia das comunidades pobres. Os dez melhores projetos serãoapoiados com R$ 40 mil para implementação, além de terem a execu-ção acompanhada por consultores da UniSol e por técnicos do BancoReal. O objetivo é contribuir para a formação cidadã do futuroprofissional. A participação é aberta a todas as Instituições de EnsinoSuperior do Brasil e o edital e a ficha de inscrição estão disponíveisnos sites www.unisol.org.br e www.bancoreal.com.br/universitarios.

UNIVERSIDADE SOLIDÁRIA

MúsicaDia 8 de abril - 20hConcertoOrquestra Jovem UniscLocal: Catedral São João BatistaEntrada franca

Dia 27 de abril - 20hSarau com professores e alunosda Escola de Músicada UniscLocal: Capela do Hospital SantaCruzEntrada franca

ExposiçãoAté 30 de abrilNas amarras do tempoTrabalhos dos alunos da EscolaEstadual Barro Vermelho,de Rio PardoOrientação das professorasDébora Andriola e Jane EidtLocal: Saguão do bloco 1

Programa UniarteAteliê Livre, Desenho e Pintura,Figura Humana, Uniarte Criança,Cerâmica, Monotipia,Xilogravura e Uniarte ProfessorLocal: Bloco 53 da Unisc, comexceção do ateliê de cerâmica,que ocorre na Casa das ArtesRegina Simonis

Escola de Música UniscViolão, violoncelo, violino, viola,trompete, trombone,flauta doce, flauta transversa,contrabaixo e teoria e percepçãomusical

Inscrições: Secretaria de Pós-Graduação e Extensão da Unisc,bloco 1, sala 110. Informaçõespelos telefones (51) 3717-7346 e3717-7343, no site www.unisc.brou por meio do MSNcentralinfo@unisc.br.

Cursos da SaúdeDez cursos da área da

Saúde realizaram a sua aulainaugural conjunta no dia 28de março, no auditório central.O evento envolveu os cursosda Unisc e do Cepro. Naocasião, a doutora em SaúdeColetiva e professora daUniversidade Federal Flumi-nense, Regina Benevides,palestrou sobre o tema De-safios dos trabalhos em equipena área da saúde. Tambémforam expostas as experiênciasdo projeto Ver-SUS Brasil, quetem a Unisc como Universidadeparticipante.

Divulgação

NÚMERO 70ABRIL DE 2007 GERAL6

Com o objetivo de qualificarainda mais o atendimento à comu-nidade, o Hospital Santa Cruzinaugurou, no dia 9 de março, asua nova recepção. Com 836 me-tros quadrados, a área foi cons-truída e reformada com o objetivode oferecer um espaço amplo ebem projetado aos usuários, commaior conforto e ambientes clima-tizados.

O HSC investiu cerca de R$750 mil em suas obras. Na recep-ção, foram construídas duas entra-das, devidamente identificadas,sendo uma para pacientes conve-niados e particulares e outra desti-nada aos atendimentos pelo Sis-tema Único de Saúde (SUS) ouàqueles que necessitem de aten-dimentos de traumatologia. Tam-bém os serviços de urgência eemergência receberam uma entradaexclusiva, o que tende a diminuira tensão e o fluxo no recebimentodos pacientes.

Além da nova recepção, aáera contempla dois consultóriospara o atendimento a pacientesadultos, um consultório paraatendimento pediátrico, uma salade observação adulta, uma sala deobservação pediátrica, duas salaspara traumatologia, três salas deprocedimentos e, ainda, salas derepouso para os funcionários emédicos plantonistas. Todos osmateriais utilizados na obra, des-

HSC INAUGURA RECEPÇÃOÁrea construída de 836 m² irá proporcionar maior conforto

e agilidade no atendimento aos usuários

Além do novo espaço destinado ao atendimento, o Hospital revitalizou sua identidade visual, com um layout diferenciado que marca a fase de mudanças na Instituição

Ana

Paul

a de

And

rade

de pisos até torneiras, foram sele-cionados de acordo com as e-xigências da vigilância sanitária.A responsabilidade da obra ficoua cargo do engenheiro Flávio Ro-gério Gomes e da arquiteta LúciaLisboa.

MarcaNa

inauguraçãoda novarecepçãotambém foilançada anova identidadevisual do HSC, com layout dife-renciado, marcando a fase de mu-danças que o hospital está implan-tando. A nova logomarca possuidiferentes tons de azul, o que a di-fere da anterior, vermelha e branca.

A solenidade teve a presen-ça do reitor da Unisc, Vilmar Tho-mé; do pró-reitor de Extensão eRelações Comunitárias e presi-dente da Apesc, Luiz AugustoCosta a Campis; dos demais pró-reitores, coordenadores de cursoe chefes de departamento da Uni-versidade; do prefeito municipal,José Wenzel; e do secretário esta-dual da saúde, Osmar Terra; alémde autoridades regionais, direçãoe coordenadores da casa e médi-cos do corpo clínico.

(Colaboração: Ana Paula deAndrade/Estagiária de Jornalismo)

NÚMERO 70ABRIL DE 2007ENTREViSTA 7

{ {

{ {

Graduado em Administra-ção e especialista em Gestão daQualidade Total pela Unisc, ocandelariense Hilton Kappaun,47 anos, ocupará, a partir domês de abril, um dos cargosmais importantes na diretoriada Alliance One, uma dasmaiores empresas do setorfumageiro mundial. Ele estásendo transferido para aCarolina do Norte, onde fica amatriz da empresa, e passará aexercer a função decoordenador das unidades emtodo o mundo.

Jornal da Unisc – O que sig-nifica para o senhor esse cargo?

Hilton Kappaun – Esse car-go é um desafio enorme. Trabalhohá 28 anos no setor fumageiro e,destes, 17 me dedico à AllianceOne, que tem operações em 32 paí-ses, sendo divididos em cincograndes regiões: a América do Sul,a América Central e o Norte do Ca-nadá, a África, a Europa e a Ásia.Na qualidade de vice-presidenteexecutivo de operações globais,eu assumo o segundo lugar den-tro da administração. Existem ou-tras vice-presidências, mas basi-camente todas as operações serãorepassadas para a minha pessoa.Isso facilita porque, dos 32 países,eu já conheço 26. O mais impor-tante, em qualquer função, e este,eu diria até que é o meu segredo, éque o sucesso da gente dependemuito da base e das pessoas quese reportam a você, do grupo detrabalho que você gerencia. Umtime bom, uma equipe que realmen-te trabalha motivada. Brinco queo meu sucesso está na mão deles,que eles são os responsáveis pelomeu sucesso. Eu me vejo como umlíder, não como um chefe. Ser líderé liderar as pessoas, saber mantê-las motivadas. A pessoa que éreconhecida, que é vista e que temimportância faz de tudo para que

DA UNISC AOS ESTADOS UNIDOSLILIAN TREMEA

Amor ao que faz e amor

às pessoas, na minha

experiência, são a chave

para o sucesso

Eu falo com

muito orgulho

que eu estudei

na Unisc e que

minha filha

estuda na Unisc

Você pode ter

os melhores

prédios, mas as

pessoas que

fazem essa

engrenagem

andar você não

compra, você

conquista

{ {

a organização vá bem e, quandoisso ocorre, automaticamente nós,como administradores, tambémvamos bem. A maior riqueza dentrode uma empresa não são os bensque ela possui. Você pode cons-truir os melhores prédios, compraros melhores equipamentos, osmais modernos, mas as pessoasque fazem essa engrenagem andarvocê não compra, você conquista.O segredo do sucesso é você sa-ber conquistar as pessoas quetrabalham com a gente para querealmente os resultados da orga-nização sejam positivos.

JU – Qual a influência quesua formação acadêmica tem emsua vida profissional?

Kappaun – Minha formaçãofoi a base de tudo. Eu trabalhavaquando fiz faculdade, por isso asexperiências que eu via em sala deaula aplicava no meu dia-a-dia. Euconseguia conciliar minha forma-ção com o meu trabalho. Minhaformação serve de base até hoje.

ponsáveis pelo meu sucesso. Eufalo com muito orgulho que eu es-tudei na Unisc, e que minha filhaestuda na Unisc. Em todos os lu-gares que eu vou eu reconheço aminha Universidade. Sempre fuimuito apaixonado pelo que eu fa-ço. Sou um apaixonado pela admi-nistração, curso que eu fiz, pelomeu trabalho e por poder compar-tilhar isso com muita gente. A gran-de riqueza de você trocar idéias éque você sempre aprende e é im-portante saber usar o aprendizado.Eu sou uma pessoa que ouve bas-tante e fala pouco. Escutando, vo-cê aprende muito mais.

JU – Quais as diferençasnas atividades que serão desen-volvidas?

Kappaun – As atividadessão as mesmas, mas em um nívelacima e em termos mundiais. Euacumulava duas funções até en-tão, a de presidente da AllianceOne no Brasil e a de presidenteregional para a América do Sul.Dois diferenciais que procurei tra-balhar e quero continuar dentroda organização são oportunizar ocrescimento das pessoas, prepará-las e ter recursos internos sufici-entes para o crescimento da orga-nização. Também reconhecer a for-ça feminina dentro das organiza-ções. Fui um dos primeiros presi-dentes a nomear dentro da minhaequipe mulheres para o cargo degerente, e tive o privilégio de no-mear uma mulher que será diretorana China. Percebe-se que no setorfumageiro isso é uma inovação,pois geralmente são homens queocupam cargos de chefia. Reco-nhecer a equipe interna, preparar,treinar para que estejam em condi-ções de assumir funções em níveisacima, é fundamental. Você só po-de promover se tiver alguém pre-parado para o lugar, senão eu vou

criar um problema e não uma solu-ção. Essa mentalidade, esse espí-rito que a gente cria dentro da em-presa, tem sido uma das nossasmarcas já aqui na região. Toda aequipe dentro da empresa tem quese sentir em condições de um diaalçar cargos mais altos. Eu inicieiminha carreira na função de con-tratado, de safreiro e, após cinco

meses, eu passei a fazer parte dogrupo de trainees. Fui crescendoao longo dos anos, passei portodos os níveis dentro da empre-sa. Por isso insisto em dizer quetodos são candidatos a exercerfunções mais altas dentro das or-ganizações. Eu sempre tento darminha demonstração que, pormeio da persistência, vontade, agente consegue chegar aos maisaltos níveis. Isso é sem dúvidauma motivação. Eu sou muito felizem poder deixar esse exemplo paraas gerações futuras. É muito gra-tificante eu saber que há pessoasque conhecem minha história etêm orgulho de trabalhar dentrode uma empresa onde a pessoaque a está dirigindo já esteve emtodos os cargos, em todos os lu-gares. Se eu for falar com cada umeu sei os procedimentos, o quepassa na cabeça de cada um, e is-so sempre me ajudou a entender

essas pessoas e poder achar ma-neiras de reconhecê-las e motivá-las. Você só consegue fazer algose você conhece a fundo a realida-de. Sem isso, você não vai atacarexatamente o ponto das aspira-ções daquela pessoa que está lá.Você tem que conviver a realidadedaquela função, daquele cargo, asatividades e, com isso, facilmentereconhecerá o trabalho de cadaum.

JU – Que dicas o senhor tempara deixar aos que estão come-çando a carreira profissional?

Kappaun – Para ter sucessoé preciso gostar do que faz, traba-lhar com paixão, com amor. É vocêtrabalhar como empregado, masfazendo de conta que é o dono daorganização, com aquele amor ededicação de querer fazer o melhorpara a empresa, porque com o cres-cimento da empresa você crescetambém. Ter muita persistência eboa vontade são qualidades indis-pensáveis para ter sucesso e, omais importante, saber trabalharcom pessoas. No momento quevocê sabe liderar as pessoas, vocêtem sucesso. Amor ao que faz eamor às pessoas, na minha experi-ência, são a chave para o sucesso.

JU – Que significa para opaís ter um brasileiro na diretoriade uma das maiores empresas dosetor fumageiro mundial?

Kappaun – Primeiramente,acredito que essa conquista é umgrande reconhecimento para to-dos os brasileiros, para os gaú-chos em especial. Vou estar semprepresente espiritualmente no meuchão, tenho muito orgulho em di-zer de onde eu venho e de ondeeu sou. Sinto-me honrado em dizerque sou a primeira pessoa nãoamericana a assumir esse cargo e,ainda mais, que sou brasileiro.

Tem que ter uma boa base teóricapara que você possa fazer um bomtrabalho. E a atualização precisaser constante. Só que não adiantater um ótimo nível educacional sevocê não souber transformar naprática a teoria. Eu tive ótimos pro-fessores que me oportunizavamdiscutir situações que eu viven-ciava na prática e isso me enrique-ceu muito. Eles também foram res-

O nome estranho não dá muita noção

do que se faz lá dentro. Mas, apesar da

denominação não soar familiar, no Labora-

tório de Bromatologia são feitos testes que

interferem diretamente no dia-a-dia das

pessoas. É lá que alunos dos cursos de

A Entomologia é o estudo de

insetos e de outros artrópodes e, na Unisc,

Com os avanços na microeletrônica,

torna-se imprescindível estar atualizado em

termos de infra-estutura. Por isso, no início

deste ano, a Unisc inaugurou o Laboratório

de Hardware e Robótica. Nesse laboratório,

os alunos dos cursos de Ciência da

O Laboratório de Fotografia é o su-

porte para a prática das técnicas e das

noções básicas que os alunos do curso de

Comunicação Social aprendem em sala de

aula. É lá, segundo o professor res-

Bromatologia

Os primeiros conceitos de Metro-

logia datam do ano 4800 a.C. A Metro-

logia é a ciência das medições e trata da

Metrologia

Fotografia

Hardware e Robótica

É trabalhando muito próximo à

realidade que os alunos de Odontologia

são preparados para lidar com o paciente

real. Durante todo o curso, os futuros

dentistas passam por mais de dez

Multidisciplinar 1 Laboratórios. Um deles é o Mul-

tidisciplinar 1. Lá, uma das disciplinas

ministradas é a Dentística Operatória.

É aí que os alunos aprendem a fazer as

restaurações dentárias. “A intenção é

simular o atendimento no paciente. A

estrutura é de um miniconsultório e

os manequins dão a noção real do

trabalho. Depois o aluno pode pas-

sar para a clínica, onde faz os pri-

meiros procedimentos restaura-

dores”, destaca o professor respon-

sável pela Dentística Operatória,

George Mundstock.

Outras disciplinas que utilizam

o laboratório são a Endodontia, a Pe-

riodontia e a Prótese. O Multidisciplinar

1 é equipado com manequins importa-

dos da Alemanha. A Unisc foi a primeira

Universidade no Estado a utilizar esse

tipo de laboratório.

Nutrição, Química Industrial e

F a r m á c i a a n a l i s a m a s

propriedades físicas e quími-

cas dos alimentos, por meio da

identificação dos nutrientes

que os compõem. Nesse labo-

ratório são também quan-

tificados os constituintes de ali-

mentos naturais e processados

como proteínas, gorduras, car-

boidratos, ferro, entre outros.

Todos os semestres, disciplinas

práticas são ministradas no local,

exercitando o que já foi visto na

teoria.

“Aqui podemos ver todo o

processo de como determinado ali-

mento age no organismo de uma pes-

soa. Acho importante a gente ver isso

tudo na prática”, destaca Silvana Al-

ves, 21 anos, aluna do terceiro semes-

tre do curso de Nutrição.

Entomologia

investigação, do desenvolvimento e da

aplicação dos meios apropriados para

medir as mais diversas grandezas exis-

tentes. Essa é a função do Laboratório

de Metrologia da Unisc, usado para

dar suporte às aulas da disciplina de

mesmo nome, nos cursos de Enge-

nharia Mecânica e de Produção.

Nesse local, os futuros enge-

nheiros são preparados para o manu-

seio de diferentes instrumentos de

medição que farão parte do seu dia-

a-dia, quando profissionais. Além

de equipamentos de medição, o la-

boratório possui instrumentos para

calibração como o rugosímetro - a má-

quina que realiza medições tridimen-

sionais -, microscópios de medição, me-

sas de controle, entre outros.

ponsável, Alexandre Davi Borges, que

os estudantes testam, entre outros, a

iluminação de fotografias. O labora-

tório de 90m² conta com equipa-

mentos de revelação e ampliação,

estúdio com fundo infinito, estrutura

de iluminação profissional, além das

dez câmeras reflex analógicas

profissionais, seis câmeras digitais

profissionais e seis digitais

semiprofissionais disponíveis ao

uso dos alunos. “Antes de

conhecer esse laboratório, eu

pensava que tirar uma foto era só

dar o click e pronto. Não tinha noção

de todo o preparo necessário para

produzirmos uma boa foto”, conta a

acadêmica do 4º semestre de Jornalismo,

Vanessa Behling.

9NÚMERO 70ABRIL DE 2007CENTRAL8 NÚMERO 70

ABRIL DE 2007 CENTRAL

THIAGO STÜRMER FERNANDA MALLMANN

JORNAL DA i

C KM Y

Eles são locais onde os estudantes aprendem na prática. Os laboratórios constituem espaços de treino, de teste e de experimentação do que espera os alunos em seguida, no mercado de trabalho

FEITOS PARA EXPERIMENTAÇÃO

Ceres Scheffer, desde 1997 os

cursos são avaliados periodica-

mente em relação à infra-estru-

tura. “Nos últimos cinco anos, a

Universidade se consolidou.

Desde 2002, a Unisc vem re-

cebendo conceito máximo por

sua infra-estrutura, indepen-

dentemente do curso. É um aval

de qualidade externo, feito por

uma comissão do MEC, sobre a

nossa realidade.”

Em dezembro de 2006, foi

instituída uma nova Portaria pelo

MEC. Ela regulamenta que os

cursos que sejam avaliados pelo

Exame Nacional de Desempe-

nho de Estudantes (Enade), no

mesmo ano, também tenham

verificada a sua infra-estrutura.

Segundo essa Portaria, em 2007

entrarão na avaliação os cursos

da área da Saúde.

Outro aval positivo à infra-

estrutura da Unisc veio no ano

passado, com a Avaliação Insti-

tucional, do MEC. A Universi-

dade recebeu conceito 5, a nota

máxima, no item Políticas de a-

quisição, atualização e manuten-

ção dos equipamentos e das for-

mas de sua operacionalização.

senvolvem, gratuitamente, ativi-

dades como atendimento a clien-

tes, ajuizamento de ações, acom-

panhamento de processos e audi-

ências. O trabalho pretende co-

locar os acadêmicos em contato

com situações reais, propici-

ando experiências práticas e pre-

parando o futuro profissional do

Direito. Em 2006, o GAJ prestou

9.388 atendimentos à população.

Trabalho semelhante ao do GAJ é feito pelo Gabinete de As-

Nem só equipamentos

Há momentos durante um

curso de graduação em que o es-

tudante fica muito próximo da-

quilo que ele vai encontrar logo

adiante, no mercado de trabalho,

quando começar a sua vida pro-

fissional. Esses períodos se pas-

sam dentro dos laboratórios,

quando os alunos têm contato di-

reto com a prática.

Hoje, a Unisc conta com

166 laboratórios, divididos nas

diferentes áreas do conhecimento

e atendendo à graduação e à pós-

graduação. É nesses ambientes,

nas aulas práticas, que os acadê-

micos podem trabalhar com

equipamentos que depois encon-

trarão em empresas, indústrias,

hospitais, agências, entre outros

locais de trabalho.

Somente no último ano, oi-

to novos laboratórios foram

inaugurados na Universidade.

Conforme a pró-reitora de Gra-

duação, Carmen Lúcia de Lima

Helfer, a ampliação tem a preo-

cupação de oferecer aos alunos

equipamentos e estrutura mo-

dernos. “Buscamos colocar o

aluno em prática com a inovação

e com a pesquisa, permitindo a

construção do perfil de um pro-

Antes de fazer vestibular, o

acadêmico Felipe Moraes Henes

fez vários cursos técnicos na área

de Informática. Isso contribuiu

para que sua escolha pela univer-

sidade fosse bem criteriosa. Fe-

lipe acabou optando pelo curso

de Engenharia de Computação,

onde hoje cursa o 4º semestre.

“Levei em conta que esse é um

curso novo aqui na Unisc e, por

isso, tem equipamentos de

ponta. Eu queria um lugar com

bons equipamentos, um cur-

rículo atual. O curso está

atendendo às minhas expec-

tativas", conta Felipe Moraes

Henes, 20 anos.

Para Andréia Porto, 20 anos,

aluna do 5º semestre de Nutrição,

o processo foi contrário. Quando

prestou vestibular, não conhecia a

estrutura do seu curso. “Agora já

tive aula em vários laboratórios.

Hoje eu acho isso importante. Um

curso como Nutrição precisa ter

aulas práticas”, avalia.

Quando se pensa em labo-

ratório, logo vem à mente um

lugar repleto de equipamentos.

De fato, a imagem corresponde

ao que a maioria deles é. No en-

tanto, há locais muito simples em

termos de estrutura, mas que são,

igualmente, laboratórios.

Um exemplo é o Gabinete

de Assistência Judiciária (GAJ).

No GAJ, estudantes de Direito,

matriculados nas disciplinas de

Prática Jurídica II, III, e IV, de-

sessoria e Consultoria Contábil (GAC). O gabinete é uma unidade do Departamento e do Curso de Ciências Contábeis que desen-volve atividades de extensão na área da contabilidade. O GAC tem como objetivos servir de local para orientação do estágio supervisio-nado dos acadêmicos, atender às questões comunitárias que dizem respeito à área contábil, ser campo de aplicação dos conhecimentos gerados pelas pesquisas na área, entre outros.

JORNAL DA i

Atenção para a escolha

Computação e de Engenharia da

Computação desenvolvem projetos

de circuitos integrados e protótipos

que serão utilizados na fabricação de

aparelhos eletrônicos como celulares,

DVDs, CD players, computadores,

entre outros. Para agregar ainda mais

peso ao ensino e à pesquisa feita

nesses cursos e nesse laboratório, no

ano passado a Unisc assinou um

convênio com o Centro de Excelência

em Tecnologia Eletrônica Avançada

(Cei tec) , de Porto Alegre , que

recentemente entregou o primeiro chip

custom comercial - chip que atende a

funções específicas determinadas pelo

cliente - desenvolvido no Brasil. Além da

Unisc, somente a Ufrgs e a PUC também

possuem convênio com o Ceitec.

há um local específico para trabalhar com

essa área. No Laboratório de Entomo-

logia estão cadastrados quase 220 mil

insetos. A riqueza de variedades serve

como base para a pesquisa de alunos

do curso de Ciências Biológicas.

Segundo o coordenador do labora-

tório, o professor do departamento de

Ciências Biológicas e Farmácia

Andreas Köhler, atualmente, 11

acadêmicos bolsistas trabalham no

local.

O laboratório também mantém

projetos em parceria com órgãos públi-

cos e com empresas do setor fumageiro,

fazendo a coleta e a identificação de

insetos que atacam o fumo, possibi-

litando o controle biológico para dimi-

nuir o uso de substâncias químicas no

plantio do tabaco. O laboratório está

aberto à comunidade para esclareci-

mento de dúvidas. Ele fica na sala 1508,

no campus da Unisc.

fissional competente e atualiza-

do, que possa fazer frente ao

mercado”, afirma.

Para a pró-reitora, o labo-

ratório reúne características que

fazem dele um meio para o

aprendizado e a formação. “Ele

une teoria e prática, possibilita a

pesquisa e a formação interdis-

ciplinar. É fundamental que se

ofereça isso porque as institui-

ções de ensino são formadoras de

pessoas e de profissionais”, re-

força.

As áreas com maior núme-

ro de laboratórios, atualmente,

são as da Saúde, da Química e

das Engenharias. A Tecnológica

está em fase de expansão.

Nota máximaNa avaliação do Ministério

da Educação (MEC), um dos de-

terminantes para conferir qua-

lidade a um curso é saber da in-

fra-estrutura que ele possui. Nes-

se quesito, são considerados as-

pectos como biblioteca, salas de

aula e, também, os laboratórios.

Segundo a coordenadora

do Núcleo de Avaliação Institu-

cional da Graduação na Unisc,

Ilustr

açõe

s: Si

lvia

Bitte

ncou

rt

Fernanda Mallmann

od go gê a m nn

R ri /A nci Ass a

h t eT iago S ürm r

Thiago Stürmer

hi g t rmerT a o S ü

Rodr go/Agência ssmanni A

O nome estranho não dá muita noção

do que se faz lá dentro. Mas, apesar da

denominação não soar familiar, no Labora-

tório de Bromatologia são feitos testes que

interferem diretamente no dia-a-dia das

pessoas. É lá que alunos dos cursos de

A Entomologia é o estudo de

insetos e de outros artrópodes e, na Unisc,

Com os avanços na microeletrônica,

torna-se imprescindível estar atualizado em

termos de infra-estutura. Por isso, no início

deste ano, a Unisc inaugurou o Laboratório

de Hardware e Robótica. Nesse laboratório,

os alunos dos cursos de Ciência da

O Laboratório de Fotografia é o su-

porte para a prática das técnicas e das

noções básicas que os alunos do curso de

Comunicação Social aprendem em sala de

aula. É lá, segundo o professor res-

Bromatologia

Os primeiros conceitos de Metro-

logia datam do ano 4800 a.C. A Metro-

logia é a ciência das medições e trata da

Metrologia

Fotografia

Hardware e Robótica

É trabalhando muito próximo à

realidade que os alunos de Odontologia

são preparados para lidar com o paciente

real. Durante todo o curso, os futuros

dentistas passam por mais de dez

Multidisciplinar 1 Laboratórios. Um deles é o Mul-

tidisciplinar 1. Lá, uma das disciplinas

ministradas é a Dentística Operatória.

É aí que os alunos aprendem a fazer as

restaurações dentárias. “A intenção é

simular o atendimento no paciente. A

estrutura é de um miniconsultório e

os manequins dão a noção real do

trabalho. Depois o aluno pode pas-

sar para a clínica, onde faz os pri-

meiros procedimentos restaura-

dores”, destaca o professor respon-

sável pela Dentística Operatória,

George Mundstock.

Outras disciplinas que utilizam

o laboratório são a Endodontia, a Pe-

riodontia e a Prótese. O Multidisciplinar

1 é equipado com manequins importa-

dos da Alemanha. A Unisc foi a primeira

Universidade no Estado a utilizar esse

tipo de laboratório.

Nutrição, Química Industrial e

F a r m á c i a a n a l i s a m a s

propriedades físicas e quími-

cas dos alimentos, por meio da

identificação dos nutrientes

que os compõem. Nesse labo-

ratório são também quan-

tificados os constituintes de ali-

mentos naturais e processados

como proteínas, gorduras, car-

boidratos, ferro, entre outros.

Todos os semestres, disciplinas

práticas são ministradas no local,

exercitando o que já foi visto na

teoria.

“Aqui podemos ver todo o

processo de como determinado ali-

mento age no organismo de uma pes-

soa. Acho importante a gente ver isso

tudo na prática”, destaca Silvana Al-

ves, 21 anos, aluna do terceiro semes-

tre do curso de Nutrição.

Entomologia

investigação, do desenvolvimento e da

aplicação dos meios apropriados para

medir as mais diversas grandezas exis-

tentes. Essa é a função do Laboratório

de Metrologia da Unisc, usado para

dar suporte às aulas da disciplina de

mesmo nome, nos cursos de Enge-

nharia Mecânica e de Produção.

Nesse local, os futuros enge-

nheiros são preparados para o manu-

seio de diferentes instrumentos de

medição que farão parte do seu dia-

a-dia, quando profissionais. Além

de equipamentos de medição, o la-

boratório possui instrumentos para

calibração como o rugosímetro - a má-

quina que realiza medições tridimen-

sionais -, microscópios de medição, me-

sas de controle, entre outros.

ponsável, Alexandre Davi Borges, que

os estudantes testam, entre outros, a

iluminação de fotografias. O labora-

tório de 90m² conta com equipa-

mentos de revelação e ampliação,

estúdio com fundo infinito, estrutura

de iluminação profissional, além das

dez câmeras reflex analógicas

profissionais, seis câmeras digitais

profissionais e seis digitais

semiprofissionais disponíveis ao

uso dos alunos. “Antes de

conhecer esse laboratório, eu

pensava que tirar uma foto era só

dar o click e pronto. Não tinha noção

de todo o preparo necessário para

produzirmos uma boa foto”, conta a

acadêmica do 4º semestre de Jornalismo,

Vanessa Behling.

9NÚMERO 70ABRIL DE 2007CENTRAL8 NÚMERO 70

ABRIL DE 2007 CENTRAL

THIAGO STÜRMER FERNANDA MALLMANN

JORNAL DA i

C KM YC KM Y

Eles são locais onde os estudantes aprendem na prática. Os laboratórios constituem espaços de treino, de teste e de experimentação do que espera os alunos em seguida, no mercado de trabalho

FEITOS PARA EXPERIMENTAÇÃO

Ceres Scheffer, desde 1997 os

cursos são avaliados periodica-

mente em relação à infra-estru-

tura. “Nos últimos cinco anos, a

Universidade se consolidou.

Desde 2002, a Unisc vem re-

cebendo conceito máximo por

sua infra-estrutura, indepen-

dentemente do curso. É um aval

de qualidade externo, feito por

uma comissão do MEC, sobre a

nossa realidade.”

Em dezembro de 2006, foi

instituída uma nova Portaria pelo

MEC. Ela regulamenta que os

cursos que sejam avaliados pelo

Exame Nacional de Desempe-

nho de Estudantes (Enade), no

mesmo ano, também tenham

verificada a sua infra-estrutura.

Segundo essa Portaria, em 2007

entrarão na avaliação os cursos

da área da Saúde.

Outro aval positivo à infra-

estrutura da Unisc veio no ano

passado, com a Avaliação Insti-

tucional, do MEC. A Universi-

dade recebeu conceito 5, a nota

máxima, no item Políticas de a-

quisição, atualização e manuten-

ção dos equipamentos e das for-

mas de sua operacionalização.

senvolvem, gratuitamente, ativi-

dades como atendimento a clien-

tes, ajuizamento de ações, acom-

panhamento de processos e audi-

ências. O trabalho pretende co-

locar os acadêmicos em contato

com situações reais, propici-

ando experiências práticas e pre-

parando o futuro profissional do

Direito. Em 2006, o GAJ prestou

9.388 atendimentos à população.

Trabalho semelhante ao do GAJ é feito pelo Gabinete de As-

Nem só equipamentos

Há momentos durante um

curso de graduação em que o es-

tudante fica muito próximo da-

quilo que ele vai encontrar logo

adiante, no mercado de trabalho,

quando começar a sua vida pro-

fissional. Esses períodos se pas-

sam dentro dos laboratórios,

quando os alunos têm contato di-

reto com a prática.

Hoje, a Unisc conta com

166 laboratórios, divididos nas

diferentes áreas do conhecimento

e atendendo à graduação e à pós-

graduação. É nesses ambientes,

nas aulas práticas, que os acadê-

micos podem trabalhar com

equipamentos que depois encon-

trarão em empresas, indústrias,

hospitais, agências, entre outros

locais de trabalho.

Somente no último ano, oi-

to novos laboratórios foram

inaugurados na Universidade.

Conforme a pró-reitora de Gra-

duação, Carmen Lúcia de Lima

Helfer, a ampliação tem a preo-

cupação de oferecer aos alunos

equipamentos e estrutura mo-

dernos. “Buscamos colocar o

aluno em prática com a inovação

e com a pesquisa, permitindo a

construção do perfil de um pro-

Antes de fazer vestibular, o

acadêmico Felipe Moraes Henes

fez vários cursos técnicos na área

de Informática. Isso contribuiu

para que sua escolha pela univer-

sidade fosse bem criteriosa. Fe-

lipe acabou optando pelo curso

de Engenharia de Computação,

onde hoje cursa o 4º semestre.

“Levei em conta que esse é um

curso novo aqui na Unisc e, por

isso, tem equipamentos de

ponta. Eu queria um lugar com

bons equipamentos, um cur-

rículo atual. O curso está

atendendo às minhas expec-

tativas", conta Felipe Moraes

Henes, 20 anos.

Para Andréia Porto, 20 anos,

aluna do 5º semestre de Nutrição,

o processo foi contrário. Quando

prestou vestibular, não conhecia a

estrutura do seu curso. “Agora já

tive aula em vários laboratórios.

Hoje eu acho isso importante. Um

curso como Nutrição precisa ter

aulas práticas”, avalia.

Quando se pensa em labo-

ratório, logo vem à mente um

lugar repleto de equipamentos.

De fato, a imagem corresponde

ao que a maioria deles é. No en-

tanto, há locais muito simples em

termos de estrutura, mas que são,

igualmente, laboratórios.

Um exemplo é o Gabinete

de Assistência Judiciária (GAJ).

No GAJ, estudantes de Direito,

matriculados nas disciplinas de

Prática Jurídica II, III, e IV, de-

sessoria e Consultoria Contábil (GAC). O gabinete é uma unidade do Departamento e do Curso de Ciências Contábeis que desen-volve atividades de extensão na área da contabilidade. O GAC tem como objetivos servir de local para orientação do estágio supervisio-nado dos acadêmicos, atender às questões comunitárias que dizem respeito à área contábil, ser campo de aplicação dos conhecimentos gerados pelas pesquisas na área, entre outros.

JORNAL DA i

Atenção para a escolha

Computação e de Engenharia da

Computação desenvolvem projetos

de circuitos integrados e protótipos

que serão utilizados na fabricação de

aparelhos eletrônicos como celulares,

DVDs, CD players, computadores,

entre outros. Para agregar ainda mais

peso ao ensino e à pesquisa feita

nesses cursos e nesse laboratório, no

ano passado a Unisc assinou um

convênio com o Centro de Excelência

em Tecnologia Eletrônica Avançada

(Cei tec) , de Porto Alegre , que

recentemente entregou o primeiro chip

custom comercial - chip que atende a

funções específicas determinadas pelo

cliente - desenvolvido no Brasil. Além da

Unisc, somente a Ufrgs e a PUC também

possuem convênio com o Ceitec.

há um local específico para trabalhar com

essa área. No Laboratório de Entomo-

logia estão cadastrados quase 220 mil

insetos. A riqueza de variedades serve

como base para a pesquisa de alunos

do curso de Ciências Biológicas.

Segundo o coordenador do labora-

tório, o professor do departamento de

Ciências Biológicas e Farmácia

Andreas Köhler, atualmente, 11

acadêmicos bolsistas trabalham no

local.

O laboratório também mantém

projetos em parceria com órgãos públi-

cos e com empresas do setor fumageiro,

fazendo a coleta e a identificação de

insetos que atacam o fumo, possibi-

litando o controle biológico para dimi-

nuir o uso de substâncias químicas no

plantio do tabaco. O laboratório está

aberto à comunidade para esclareci-

mento de dúvidas. Ele fica na sala 1508,

no campus da Unisc.

fissional competente e atualiza-

do, que possa fazer frente ao

mercado”, afirma.

Para a pró-reitora, o labo-

ratório reúne características que

fazem dele um meio para o

aprendizado e a formação. “Ele

une teoria e prática, possibilita a

pesquisa e a formação interdis-

ciplinar. É fundamental que se

ofereça isso porque as institui-

ções de ensino são formadoras de

pessoas e de profissionais”, re-

força.

As áreas com maior núme-

ro de laboratórios, atualmente,

são as da Saúde, da Química e

das Engenharias. A Tecnológica

está em fase de expansão.

Nota máximaNa avaliação do Ministério

da Educação (MEC), um dos de-

terminantes para conferir qua-

lidade a um curso é saber da in-

fra-estrutura que ele possui. Nes-

se quesito, são considerados as-

pectos como biblioteca, salas de

aula e, também, os laboratórios.

Segundo a coordenadora

do Núcleo de Avaliação Institu-

cional da Graduação na Unisc,

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NÚMERO 70ABRIL DE 2007 EXTENSÃO10

O Programa Redes de Co-operação promoveu, no dia 6 demarço, o 1º Encontro dos Presi-dentes de Redes dos Vales do RioPardo e do Taquari. O evento ocor-reu na sala de reuniões da reitoriada Unisc. O programa é desenvol-vido pela Secretaria do Desenvol-vimento e dos Assuntos Interna-cionais do Estado Rio Grande doSul (Sedai), com o apoio da Uni-versidade.

O Redes de Cooperação temcomo objetivo unir e fortalecer asmicro e pequenas empresas gaú-chas, ampliando o potencial dasmesmas. O programa é pioneiro noPaís. Até agora já foram criadasmais de 210 redes no Rio Grandedo Sul, envolvendo em torno de4,4 mil empresas e mantendo 42mil postos de trabalho, o que re-presenta um faturamento médiode R$ 5 bilhões anuais. Nos valesdo Rio Pardo e do Taquari, foramformadas 24 redes de cooperação,com 343 empresas envolvidas e3,5 mil postos de trabalho.

No encontro estiveram pre-sentes o reitor da Unisc, VilmarThomé; o diretor do Departamen-to de Desenvolvimento Empresa-rial da Sedai, Tiago Chanan Simon;o pró-reitor de Extensão e Rela-ções Comunitárias da Unisc epresidente da Associação Pró-

ENCONTRO REÚNE PRESIDENTES DE REDESNos vales do Taquari e do Rio Pardo já são 24 redes de cooperação, com 343 empresas gerando 3,5 mil empregos

Encontro permitiu a troca de informações e de experiências entre os presidentes das redes de cooperação dos vales do Taquari e do Rio Pardo

Uma aluna da Unisc e umestudante canadense, participan-tes do Projeto Rondon 2006, aju-daram a concretizar um sonho dosalunos da Escola Municipal deEducação Infantil Allgayer, deVenâncio Aires. Durante a etapabrasileira do projeto, realizada en-tre julho e setembro do ano pas-sado, a estudante de administra-ção Andressa Helena Eidt e DavidBroadhurst promoveram uma cam-panha com o objetivo de adquirirlivros e um computador para aescola.

Mas a resposta positiva deuma das empresas visitadas, aAlliance One, veio apenas no finalde fevereiro, dois meses após otérmino da segunda e última etapado projeto, desenvolvida no Ca-nadá. “Ficamos muito felizes portermos dado continuidade a esseprojeto, mesmo após o final dasatividades em grupo”, apontouAndressa.

A doação foi feita no dia 1ºde março, em Venâncio Aires, pela

Rondonistas levam computador à escola

Iniciativa de rondonistas iniciou-se em 2006 durante a primeira etapa do projeto, em Venâncio Aires

Divu

lgaç

ão

A Assessoria para Assun-tos Internacionais e Interinstitu-cionais da Unisc está com asinscrições abertas para os alunosinteressados em participar da ter-ceira edição do Projeto Rondon,em parceira com a OrganizaçãoNão-Governamental JeunesseCanada Monde. O programapossibilita que alunos da Uniscparticipem como voluntários ematividades de desenvolvimentoem comunidades socioeconomi-camente carentes, ao mesmo tem-po que passam por uma rica ex-periência intercultural entre Bra-sil e Canadá.

Aos alunos selecionadosda Unisc, cinco homens e quatromulheres, juntam-se nove cana-denses, em igual proporção. Osalunos devem estar na faixa etáriade 18 a 24 anos. Todas as infor-mações necessárias para se can-didatar podem ser encontradasno edital, disponível no site daUnisc; na Assessoria para As-

aluna da Unisc e pela represen-tante da empresa Alliance One,Deise Kanitz. Segundo Andressa,a campanha feita em Venâncio Ai-res envolveu visitas às empresase divulgação em uma rádio local.“Foi uma iniciativa pessoal quevaleu a pena, pois atendemos à

Ensino em Santa Cruz do Sul(Apesc), Luiz Augusto Costa aCampis; o secretário municipal doDesenvolvimento Econômico deSanta Cruz do Sul, Milton JoséTheisen; e os presidentes e repre-sentantes das redes de coopera-ção dos vales do Rio Pardo e doTaquari.

As redes representadas noencontro foram a Rede Agaeletro,a Apil, a Rede Agrocon, a RedeAflor, a Rede Mel (de Apicultores),a Asflores, a Rede Beleza, a RedeCasanova, a Rede Criança, a RedeFarmavale, a Rede de EntidadesSociais Gente do Bem, a Movat, aRede Ponto Pão, a AssociaçãoGaúcha de Oficinas Reparadorasde Veículos, a Regional RedefortSanta Cruz, a Rede Vídeo e a Redede Festas Infantis.

EncontroO objetivo do evento foi

compartilhar os benefícios obti-dos pelo trabalho realizado em re-de; aprimorar a metodologia deformação, qualificação e inovaçãode redes; fomentar a integraçãodas redes e da cadeia de forneci-mento; avaliar o processo de for-mação e o acompanhamento dasredes; e viabilizar encontros men-sais para o planejamento de açõesem conjunto. Os presidentes e re-

presentantes puderam conheceras redes trabalhadas nas duas re-giões e trocar informações, comoações realizadas, dificuldades, ex-pectativas, sugestões, críticas eelogios, além de expressarem a im-portância da continuidade do Pro-grama Redes de Cooperação paraessas empresas.

“Todos saíram com ótimasexpectativas para o próximo en-

contro, que será no dia 3 de abril”,resumiu a consultora Letícia Bor-ges. Para a presidente da Rede deEntidade Sociais Gente do Bem,Maria Noedi Frantz, o trabalho emrede abre novas perspectivas paraas Entidades Sociais. “O encontrode presidentes é importante paraa troca de informações e experiên-cias”, definiu ela.

Já a presidente da Rede Cri-

necessidade da escola”, disse.Em 2006, a primeira etapa do

Projeto Rondon iniciou no mês dejulho e foi realizada em VenâncioAires. A segunda etapa ocorreu apartir do final do mês de setembro,no Canadá, na província do Que-bec.

Rondon recebe inscriçõessuntos Internacionais e Interins-titucionais e nos protocolos daUniversidade.

As inscrições estarão aber-tas até o dia 13 de abril, sexta-feira, e devem ser feitas no Bloco2, Sala 206A em Santa Cruz ounas Secretarias de Graduação dequalquer campus da Unisc. Asatividades de seleção dos con-correntes ocorrem no período de23 a 28 de abril e os resultadosserão divulgados no dia quatrode maio de 2007.

O Projeto Rondon/Jeunes-se Canada Monde/Unisc prevêa participação do acadêmico emduas etapas. A primeira inicia nomês de julho e será realizada emSanta Cruz. A segunda etapaocorre a partir do final do mês desetembro, quando os acadêmi-cos viajam para o Canadá, ondevão desenvolver o projeto naprovíncia do Quebec, em cidadea ser definida pela Jeunesse Ca-nada Monde.

ança, Jovana Carlesso, comentousobre as negociações feitas emconjunto. “A participação em cur-sos, a troca de informações entreas escolinhas, a divulgação dasescolas associadas e a contrata-ção de profissionais pela Redecontribuem para a qualidade dasescolas associadas”, disse. “E tu-do isso só foi possível graças aoPrograma Redes de Cooperação”.

Luciano Pereira

NÚMERO 70ABRIL DE 2007PESQUiSA 11

MESTRADOS TÊMPRIMEIRA DEFESA

Convênio irá permitir um maior acesso aos cursos de especialização, mestrado e doutorado

Uma pesquisa realizada noPrograma de Pós-Graduação emDesenvolvimento Regional/Mes-trado e Doutorado da Unisc traz àtona a questão cultural que envol-ve o trabalho do agricultor. A dis-sertação O significado do traba-lho na terra do fumo, de Ari Rochada Silva, foi defendida no dia 16de março e visa encaminhar políti-cas e ações para o desenvolvi-mento local a partir de ênfases eentendimentos do conceito de tra-balho no setor.

Segundo o autor, o conceitotrabalho “tem valor intrínseco e ex-trínseco aludido pelas disposi-ções históricas e ideológicas deatores em determinado campo derelações sociais”. A realidade quese buscou ilustrar diz respeito aomunicípio de Santa Cruz do Sul,que abriga grandes indústriasprocessadoras de fumo in naturae que mantém forte relação comer-cial com agricultores em suas uni-dades produtivas por meio de umsistema industrial que os integra.

Dissertação abordacultura do fumicultor

Com o intuito de possibilitarque a comunidade acadêmica te-nha maior acesso aos cursos deespecialização, mestrado e dou-torado oferecidos pela Unisc, foifirmado em março um convêniocom o Sicredi. Trata-se de umanova linha de crédito para finan-ciamento dos cursos.

Para o presidente do SicrediVale do Rio Pardo, Mario Kuntz, aassinatura do convênio significaa continuação de uma grande par-ceria. “O Sicredi comemora umcrescimento cada vez maior, entãopara nós a assinatura do convênioé um passo muito importante emtermos de desenvolvimento regio-nal”, ponderou o presidente. “Es-tá surgindo aí uma nova oportu-nidade para que a comunidadeprospere, missão assumida porambas as instituições”.

“É com esses produtoresque se buscou entrar em contato,a partir de visitas e de nossa par-ticipação em seus espaços de con-vivência, onde foram realizadasentrevistas semi-estruturadas eobservações no campo de rela-ções do qual fazem parte”, explicaSilva. O horizonte em que se pre-tendeu entender a dinâmica dotrabalho, junto com os agriculto-res, foi configurado pela possibi-lidade de destacar como o agricul-tor percebe e significa sua trajetó-ria e orienta suas atividades labo-rais.

“Mediante nossa investiga-ção, observou-se que o agricultorsignifica historicamente seu traba-lho, representando-o como fatorde sofrimento”, coloca o autor.“Ao mesmo tempo, representa-ocomo mecanismo de luta, visandotranspor suas dificuldades diantedos ciclos de disposições os quaisreestruturam os mercados, o con-sumo e a vida dos sujeitos”, fina-liza.

Os mestrados em Letras e emSistemas e Processos Industriais(SPI) tiveram as defesas de suasprimeiras dissertações entre o fimdo ano passado e o começo doano letivo de 2007. A aluna ElianeArbusti Fachinetto defendeu, nodia 21 de dezembro, a primeiradissertação do mestrado em Letras.

Eliane apresentou o trabalhoLeitura e escrita em ambientedigital: o hipertexto e as autonar-rativas como potencializadores de

Unisc e Sicredi firmam convênio

A escolha da Cooperativa deCrédito pela Unisc não foi por aca-so. Conforme o reitor da Universi-dade, Vilmar Thomé, a Instituiçãojá tinha a idéia de procurar umaentidade financeira que possibili-tasse a seus alunos e à comunida-de interessada o ingresso nos cur-sos de pós-graduação, por meiode uma linha de crédito que cus-

teasse as mensalidades. “Procu-ramos o Sicredi e fomos muito bemacolhidos nessa proposta”, sa-lientou Thomé. “Inclusive as suastaxas de juros são um diferencialque nos fez decidir que o Sicrediera a entidade certa para firmarmosuma parceria”.

(Agência Ardentia/Assesso-ria de Imprensa do Sicredi)

Linha de créditopossibilitará

financiar cursos depós-graduação

Mic

hele

Am

ador

transformações cognitivo-afetivas.Os professores que compuseram abanca examinadora foram NizeCampos Pellanda (orientadora),Felipe Gustsack (co-orientador),Eunice Piazza Gai, professora daUnisc, e Cleci Maraschin, da Ufrgs.

O mestrado em SPI teve a suaprimeira defesa de dissertação nodia 9 de março. A aluna VivianeMüller defendeu o trabalho inti-tulado Otimização de LayoutsIndustriais através do Método

Enxame de Partículas e teve a ori-entação do professor João CarlosFurtado e a co-orientação de Ra-fael Ramos dos Santos. A bancaexaminadora foi composta pelosorientadores e, também, pelo pro-fessor da Unisc Geraldo LopesCrossetti e pelo professor da UfrgsDenis Borenstein.

Os mestrados em Letras e emSPI iniciaram suas atividades emmarço de 2005 e, atualmente, têmduas turmas em andamento.

Viviane Müller defendeu a primeira dissertação do mestrado em SPI no dia 9 de março Eliane: primeira defesa do Mestrado em Letras

Finep aprova projeto

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A Financiadora de Estudose Projetos (Finep) aprovou o pro-jeto Produção e Avaliação deBiodiesel de Óleo de Girassol emSistema Contínuo - Biosol, pro-posto pela Unisc, em parceria coma SUR - Engenharia, Máquinas eInstalações Industriais Ltda. O ór-gão liberou R$ 262.583,76 para aexecução do trabalho. Já a Univer-sidade investirá R$ 174.600,00 napesquisa.

O valor será aplicado naconstrução de uma planta-pilotocom um reator contínuo, com ca-pacidade de produção de 50 litros/dia. O reator é o equipamento quevai permitir a transformação doóleo de girassol em biodiesel. Aestrutura será construída no cam-pus da Unisc. O projeto prevêainda a compra de equipamentospara a avaliação da qualidade dobiodiesel e duas bolsas paraalunos de graduação e uma paraprofissional formado em Química.

Conforme Rosana Schnei-der, que é coordenadora do projetoe professora do Departamento deQuímica e Física e do Mestradoem Tecnologia Ambiental daUnisc, a pesquisa irá testar a viabi-lidade de produzir biodiesel empequena escala. “A intenção é queos produtores, de maneira asso-ciada, possam ter equipamentossemelhantes com o que teremosaqui. Assim, poderão plantar o

girassol, extrair o seu óleo e trans-formá-lo em biodiesel que será usa-do na sua propriedade”. A profes-sora destaca ainda que a Unisc vaitestar o reator de diferentes formaspara que ele resulte em maior eco-nomia aos produtores. A intençãoé que o equipamento seja colocadono mercado, após a pesquisa.

Além da transformação doóleo de girassol em biodiesel, o pro-jeto também prevê o aproveitamen-to do resíduo do girassol, o glicerol.A pesquisa irá estudar alternativasde transformação do glicerol emprodutos de maior valor agregado.

O projeto terá duração de 24meses e contará com a colabora-ção dos demais professores dosmestrados em Tecnologia Ambi-ental e em Sistemas e ProcessosIndustriais, e dos cursos de Quí-mica Industrial e de EngenhariaAgrícola, com apoio do Pólo deModernização Tecnológica doVale do Rio Pardo (PMT/VRP).

Analista da Finep na UniscO analista da Coordenação

Institucional da Financiadora deEstudos e Projetos (Finep), Ale-xandre Cabral, esteve na Unisc, nodia 20 de março, palestrando sobreo tema Instrumentos de Apoio àInovação. O objetivo do encontrofoi apresentar as formas de finan-ciamentos da Finep e esclarecer dú-vidas de professores e funcionários.

NÚMERO 70ABRIL DE 200712 GERAL

Onze trabalhos desenvolvi-dos por professores e alunos daUnisc receberam, no dia 15 demarço, o Prêmio Honra ao Mérito.Os projetos foram destaque no 12ºSeminário de Iniciação Científicae 11ª Jornada de Ensino, Pesquisae Extensão, realizados em 2006. Ostrabalhos são apoiados com bolsaPibic/CNPq.

Na abertura da solenidade,o reitor da Unisc, Vilmar Thomé,disse que o prêmio incentiva a pro-dução científica na Universidade.“O Honra ao Mérito qualifica ain-da mais o processo de universali-zação do conhecimento”, definiuo reitor. Também estavam presen-tes o coordenador de pesquisa, Ro-gério Leandro Lima da Silveira; opró-reitor de Extensão e RelaçõesComunitárias, Luiz Augusto Costaa Campis; e a coordenadora deGraduação, Maria Salette Sartori.

O 12º Seminário de IniciaçãoCientífica e 11ª Jornada de Ensino,

Unisc entrega Prêmio

Honra ao MéritoÁREA DE CIÊNCIASBIOLÓGICAS E DA SAÚDECategoria Extensão

Projeto de Extensão Diagnóstico Bucal:

perfil dos pacientes atendidos entre

agosto de 2005 e julho de 2006

Prof. Leo Kraether Neto, Ana Paula

Rossatto e Camila Kummer

Categoria Graduação

Estado nutricional e pressão arterial de

funcionárias de uma empresa fumageira

de Santa Cruz do Sul/RS

Profa. Silvia Isabel Rech Franke, Prof.

Daniel Prá, Cinara dos Santos

Categoria Iniciação Científica

Em processo de transição: do enfoque

curativo ao promotor de saúde – o que

isso implica no sofrimento das

trabalhadoras de saúde?

Profa. Suzane Beatriz Frantz Krug, Profa.

Jussara Maria Rosa Mendes, Fernanda

Beatriz Muller

ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAISAPLICADASCategoria Extensão

Meio impresso e novos paradigmas

educacionais: a construção de uma

Pesquisa e Extensão consolidam-se, a cada ano, como uma das ativi-dades mais importantes realizadasna Unisc, revelando-se um mo-mento privilegiado de divulgaçãoda produção científica e das ativi-dades de extensão e de ensino. Étambém uma oportunidade de in-tercâmbio entre pesquisadores eextensionistas das diferentes á-reas do conhecimento.

Em 2006 foram 547 trabalhosselecionados, sendo 232 concor-rentes ao prêmio Honra ao Mérito.Destes, 24 são da área de CiênciasSociais Aplicadas, 37 da área deCiências Exatas, da Terra e Enge-nharias, 51 da área de CiênciasHumanas e 120 da área de CiênciasBiológicas e da Saúde.

Os trabalhos foram avalia-dos em três etapas: avaliação doresumo do trabalho, da apresen-tação oral do acadêmico e, por fim,do relatório do trabalho. A premia-ção consiste ainda na publicaçãodo trabalho completo dos acadê-micos e do custeio da inscrição edo transporte de um representanteem um evento científico da es-colha do acadêmico.

revista em escola estadual

Profa. Mirela Hoeltz, Poliana Pasa

Categoria Iniciação Científica

Interação e autonomia em ambientes

digitais

Profa. Nize Maria Campos Pellanda,

Camile Martins, Eliana Isabel Stülp e

Marcelo André Bogorni Lopes

ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS, DATERRA E ENGENHARIASCategoria Extensão

Produção e avaliação de materiais

didático-pedagógicos - áreas Física e

Informática

Prof. Benhur Borges Rodrigues, Benony

Silva Bittencourt, João Gabriel Niemeyer

e Miguel Henrique Kirst

Categoria Graduação

Produção químio-enzimática de epóxidos

do óleo de girassol transesterificado

utilizando lipase de candida antarticta B

em sistema bifásico

Profa. Rosana de Cassia de Souza

Schneider, Luciano Roni Silva Lara,

Thiago Bergler Bitencourt, Maria da

Graça do Nascimento e Marta Regina

Nunes

Categoria Iniciação Científica

Correlação quimiométrica entre atividade

lipolítica e impressão digital metabólica

de diferentes espécies de aspergillus

através de espectroscopia de

infravermelho

Prof. Valeriano Antônio Corbellini, Prof.

Marco Flôres Ferrão, Profa. Rosana de

Cassia de Souza Schneider, Denise Inês

Puhl, Luisana Oliveira Vieira e Thiago

Rodrigues Bjerk

ÁREA CIÊNCIAS HUMANASCategoria Extensão

Círculo de cultura de paz como espaço de

formação docente

Profa. Susana Más, Paulo Roberto

Glasorester

Categoria Graduação

A importância de produzir marcas na

formação do educador

Profa. Sandra Regina Simonis Richter,

Michele Idaia dos Santos

Categoria Iniciação Científica

Escritas de si (e para os outros) na

docência em arte

Profa. Luciana Gruppelli Loponte, Deise

Catarine Schuck

Projetos premiados

Ao todo, 232 trabalhosdisputaram o prêmio

NÚMERO 70ABRIL DE 2007 VESTiBULAR14

COMUNICAÇÃO SOCIAL/PRODUÇÃO EM MÍDIA AUDIOVISUAL

Como já trabalhava fazendo freelancesem gravação e edição com equipamentospróprios, Eveline Weigel, 24 anos, sentiu-se atraída pela nova habilitação do cursode Comunicação Social. Ela cursava Publi-cidade e Propaganda mas aponta que “estecurso não traria o mesmo resultado profis-sional no qual pudesse aplicar os meusconhecimentos audiovisuais”.

Depois de ingressar no curso, Evelinetrabalhou em uma produtora de vídeo deSanta Cruz do Sul, na função de editora devídeos. Ao final da graduação cumpriu oestágio curricular na Cápsula Cinemato-gráfica, em Porto Alegre, empresa que aca-bou a contratando como assistente decoordenação.

Hoje, a produtora audiovisual Evelineé responsável pela ilha de cópias da produ-tora: faz edição de testes de elenco, monta-gem de portfólios, cópias de trânsito e con-tratos com a Ancine. “Sinto-me realizada porestar formada e com um emprego na área. Aárea de cinema me motiva bastante, gostotambém de escrever roteiros e dirigir curta-metragens”, conta.

A ex-aluna destaca que o curso oferece“excelente prática profissional para os alu-nos e equipamentos diferenciados de tra-balho”. Ela ainda aponta que é importante

POR TRÁS DO VÍDEOSemestres: 9

Turno: Noite

Campus em que é oferecido:

Santa Cruz do Sul

ter uma graduação, pois, em outras universi-dades, cursos dessa área são oferecidoscomo técnicos.

Para quem pensa em entrar no curso,Eveline aconselha pensar bastante “parater certeza de que gosta da área, seja emtelevisão, rádio ou cinema”. Além disso,

refere que é importante produzir, duranteos anos de curso, documentários, curtas,longas, programas de televisão e de rádio.“É na faculdade que temos o apoio deprofessores, funcionários e alunos para ad-quirir conhecimento, perguntar e errar”,comenta. (Y.F.)

Ilha de edição é o ambiente de trabalho da produtora Eveline Weigel, graduada na Universidade de Santa Cruz do Sul

O QUE FAZ?

MERCADO DE TRABALHO

INFRA-ESTRUTURA

O produtor audiovisual recebe capacitaçãopara trabalhar com técnicas utilizadas no

planejamento, na produção, na finalização ena distribuição de produtos audiovisuais. O

profissional dessa área desenvolve atividadespráticas e técnicas específicas como:

elaborar roteiros, adaptar textos, produzir,editar e dirigir documentários, programas

em rádio e televisão, dirigir atores emproduções audiovisuais, dominar as

linguagens e os gêneros relacionados àscriações audiovisuais.

Este profissional pode atuar em veículos de comunicação – especialmente em rádio e

televisão –, produtoras de vídeo, produtoras decinema, agências de propaganda e empresas que

desenvolvem produtos para hipermídia e web.Além disso, o produtor também está apto a

gerenciar empresas do setor audiovisual.

O aluno da Unisc tem acesso aoslaboratórios de informática, redação,

fotografia (digital e analógica), rádio etelevisão equipados para gravação e

edição. A Universidade também dispõe daUnisc TV, canal de televisão produzido por

estudantes do curso de ComunicaçãoSocial.

QUÍMICA / LICENCIATURA

A Química é a ciência que estuda acomposição, as propriedades e as transfor-mações da matéria e da natureza visando àcompreensão pelo homem. Os Licenciadosem Química estão habilitados ao exercíciodo magistério de ensino fundamental emédio.

Formar educadores competentes parao desenvolvimento de atividades pedagó-gicas, promovendo o entendimento de fenô-menos químicos e físicos, é o objetivo docurso de Química Licenciatura da Unisc.“Formei-me em 2004 em licenciatura plenaem Química com habilitação em Física peloregime de férias”, conta Gisele Bacarim, 27anos. “A Unisc tem um diferencial que é otratamento com os alunos, por parte dosfuncionários e professores. Todos são aten-ciosos e simpáticos”.

Para Gisele, que concluiu em 2005 aespecialização em Ensino de Química pelaUnisc e está cursando Mestrado em Tec-nologia Ambiental, também pela Universi-dade, a escolha pelo curso foi fácil. “Desde1997 trabalho em uma escola pública esta-dual para ensino médio”, afirma a profes-sora. Ela diz que escolheu a licenciatura emQuímica por já estar atuando na escola ondehavia feito o ensino médio até 1996. “Os

ENTENDER A NATUREZASemestres: 8

Turno: Noite

Campus em que é oferecido:

Santa Cruz do Sul

estágios foram fáceis em função de eu jáestar atuando desde o começo da gradua-ção”, acrescenta.

Em relação ao mercado de trabalho,Gisele destaca que “o mercado de trabalho

é bom”. Na rede estadual, segundo ela, sem-pre há vaga. “Para a rede particular é melhorter uma especialização e, para as universi-dades, mestrado e até doutorado são exigi-dos”, finaliza. (T.S.)

Gisele (de branco) formou-se em 2004 e hoje é aluna do Mestrado em Tecnologia Ambiental da Unisc

O QUE FAZ?

MERCADO DE TRABALHO

INFRA-ESTRUTURA

O curso forma professores de EnsinoFundamental e Médio, buscando atender àexigência de uma escola comprometida com aaprendizagem do aluno, oferecendo diferentesconhecimentos pedagógicos que alicerçam aformação docente. Oferece a seus alunosconteúdos específicos para a compreensão dosfenômenos químicos e físicos e bases culturaisque permitam ao aluno identificar e posicionar-se frente às transformações sociais, científicas ehumanísticas.

O profissional formado no curso de QuímicaLicenciatura da Unisc poderá atuar em escolas dasredes pública e privada. O graduado nessa áreatambém pode trabalhar como pesquisador e realizaratividades técnicas como autônomo.

A Unisc oferece 15 laboratórios de apoiodidáticos: Laboratório de Química Analítica,Química Orgânica, Química lnorgânica, Físico-Química, Física Básica, Análise de Água,Ensaios Físico-Químicos e Mecânicos emMateriais, Química Tecnológica, Bromatologia,Cromatografia e Infravermelho, VidrariaCientífica, Análise Foliar, de Adubos eCorretivos, Microbiologia, Análise de Solos eInformática.

Fotos: Arquivo Pessoal

NÚMERO 70ABRIL DE 2007E AGORA 15REFLEXÕES SOBRE

CARREIRA E PROFISSÃO

As pessoas têm horas certas ou, pelo menos, horas melhores, paraacontecer na vida. Essas janelas de oportunidade são os cavalos encilhados decada um. Há entre nós uns poucos que cavam esses momentos, têm acapacidade de construí-los para si. Outros sabem correr barbaramente atrás dasoportunidades quando elas aparecem. A maioria de nós, no entanto, vai sedesenvolvendo pela vida, torcendo para que as chances, quando aparecerem,tenham o tamanho que alcançamos erigir até aquele determinado momento.Desejamos que as janelas, ao se abrirem para nós, tenham uma bitolacompatível com a competência que construímos até ali – o que nem sempreacontece.

As pessoas também têm lugares certos para desabrochar. Há muitostalentos que só vingam quando mudam de ares, que só brilham quando trocamde emprego, de ambiente. Vi isso acontecer algumas vezes. Uma delas, bem aomeu lado.

Precisava de um editor. E, como aprendi a fazer nessas horas com umvelho mestre jornalista, perguntei aos melhores editores que trabalhavamcomigo quem eles conheciam no mercado que fosse o mais parecido possívelcom eles. Acabei optando por um profissional que estava um pouco estagnadona carreira, apesar do talento que todos afirmavam que ele possuía.

QUANDO A CULPA É DO CHEFE

Um compêndio dos efeitosque a atual estrutura social eeconômica, com base no queé descartável e efêmero, gera

na vida, seja no amor, nosrelacionamentos profissio-

nais e afetivos, na segu-rança pessoal e coletiva, no

consumo material e espi-ritual, no conforto humano e

no próprio sentido daexistência. Em ‘Vida líquida’,

Zygmunt Bauman volta aotema da fluidez da existência

contemporânea.

Coletânea de artigos quereúne os textos Maternida-de e feminismo, de Cristina

Stevens; Maternidade ecidadania: uma mulher

marcada para (sobre)viver,de Lourdes Bandeira; O

Édipo brasileiro: a duplanegação de gênero e raça,

de Rita Laura Segato; Umamor outro: ensaio psica-

nalítico sobre feminilidade,criação e maternidade, deTânia Rivera; Meu corpo éum útero?, de Tania Swain.

Hemingway, que é conhe-cido pelo gênero depressivoe prêmio Nobel de literatura

pelo brilhante O Velho e oMar, escrito em 1953,

escreveu O Verão Perigosoem 1959, quando, a convite

da revista Life americana, foicobrir o circuito de touradasna Espanha. Seu ‘não ficção’

relata a saga dos toureiros,os desafios e o contato

constante com a morte. Esteé o último livro do brilhante

escritor inglês.

O Verão Perigoso, deErnest Hemingway, 240 p.Editora: Bertrand BrasilLocalização: 818 H467v 2006

Vida líquida, deZygmunt BaumanEditora: Jorge ZaharPreço: R$ 32,40 (à vista)

Livraria Biblioteca Edunisc

Adriano Silva,

36 anos, é jornalista

DICAS PARA LER...

www.osfiguras.com.br

ruim joga para baixo, mata o talento na raiz, afogado em silêncio e escuridão.

Em suma: do ponto-de-vista do colaborador, a responsabilidade pelo êxito oupelo fracasso, por sua vida ser pontuada por dias felizes ou por jornadas infernais, é

exclusivamente sua. Essa responsabilidade, sempre individual, não pode sertransferida a ninguém. Do ponto-de-vista de um chefe que gerencia um time com

alguma pretensão de fazê-lo bem, grande parte dos casos de insucesso talvez nãose deva ao profissional, mas ao gestor que o administra mal, que não teve

sensibilidade para achar o lugar certo e o tempo certo para as coisas acontecerem damelhor forma possível.

Eu já estava desistindo daquele editor, a ponto mesmo de demiti-lo, quandoresolvi alocá-lo noutra posição. Que bom que o fiz. Ele correspondeu

brilhantemente. Aconteceu ali como o profissional que todos queríamos que eletivesse sido desde o início. O talento certo no lugar certo na hora certa. Esse é o

nome do jogo. Tanto para você na posição de talento quanto para você na posiçãode chefe de talentos.

Primeiro ponto: nem todo talento ocupa sempre as posições maisbrilhantes do mercado. Era o caso dele. Segundo ponto: nem todotalento é auto-evidente, deixa-se perceber abertamente pelo mundo numprimeiro momento. Também era o caso dele. Terceiro ponto sobre ele (emuitos de nós): nem todo talento tem o poder de desabrocharindependente das condições que estão postas ao seu redor para queisso aconteça. Último ponto: a deficiência muitas vezes não está nodesempenho do colaborador mas no olhar do chefe, na incapacidade dolíder de tirar o melhor de cada um da sua equipe.

Esse editor tinha uma hora certa para acontecer. No seu caso, quejá tinha trinta-e-tantos, pode-se dizer que esse momento chegou até umpouco tarde. Sua hora começou a acontecer quando veio trabalharconosco. Mas não de modo completo. Ele ainda tinha um lugar certopara florescer. E esse não foi o lugar que nós lhe oferecemos logo deinício.

Não estou sugerindo que somos vítimas inertes do destino ou queestamos à mercê de decisões tomadas pelos outros. Cada um de nóstem a capacidade e a obrigação de carpir seu próprio lugar no mundo,de batalhar as condições para nos desenvolvermos pessoal eprofissionalmente. O que quero dizer é que, do outro lado da mesa, umchefe tem um bocado de responsabilidade no melhoraproveitamento de um profissional, no espocar de umnovo talento. Um bom chefe impulsiona para cima e parafrente um colaborador, tira o máximo do seu potencial –potencial que às vezes ninguém mais enxerga, nemmesmo o próprio colaborador em questão. Um chefe

Maternidade e Feminismo:diálogos interdisciplinares,de Cristina Stevens (Org.)Preço: R$ 45

NÚMERO 70ABRIL DE 2007 ESPORTE

JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SULNÚMERO 70ABRIL DE 2007

JUDÔ UNISCA equipe de Judô da Unisc esteve

representada por 10 atletas na CopaEstadual Manoel Cação, realizada em

Porto Alegre no dia 10 de março. Elesdisputaram uma única vaga em cada

peso nas categorias infanto- juvenil, pré-juvenil e júnior para representar oEstado no Campeonato Brasileiro

Regional, que é classificatório para oCampeonato Brasileiro.

Cinco judocas da Unisc chegaram àsfinais de suas respectivas categorias.

Destes, dois conquistaram vaga: Mau-rício Hinterholtz, na categoria infanto-juvenil, e Bruno Hermes Leal, na júnior.Eles irão representar o Estado nos dias

20 e 21 de abril, em Florianópolis.Maurício, praticante de Judô há três anos

por meio do projeto social desenvolvidopela Unisc na escola Rosário, bairro

Cohab, vai para a sua 3ª participaçãoconsecutiva no brasileiro regional.

TAEKWONDOSanta Cruz do Sul foi sede do 17º Cam-peonato Estadual de Taekwondo, reali-

zado dia 25 de março no Ginásio Polies-portivo. O campeonato fez parte da 2ª

etapa do Circuito Gaúcho de Taekwondo,seletiva para o Campeonato Brasileiro

nas modalidades infantil, juvenil, adultoe master, e do Campeonato Gaúcho de

Poomse (seqüência de movimentos contraum adversário imaginário). O evento

teve o apoio da Unisc, do Rotary ClubeSanta Cruz do Sul, do Corpo de Bombei-ros, da Valecross, da Vacopel, da Secre-

taria Municipal de Turismo e Esporte, daRefeições Ao Ponto e da Academia Lobo.

UNISC E CREDICARDA Unisc e a Credicard Citi firmaram, no

dia 16 de março, uma parceria quedestinará recursos para o desenvolvi-

mento do projeto Judô Unisc em 2007.Em parceria com a Associação dos

Moradores da Cohab, o projeto contacom mais de 100 crianças nas aulas de

Judô e de Jiu-Jitsu, três vezes porsemana, gratuitamente. O objetivo é

ampliar esse número para 300 criançaseste ano. Para isso, estuda-se a implan-tação do projeto no bairro Beckenkamp.

GINÁSTICAAs aulas de Ginástica Rítmica já estão

recebendo novos interessados para a tem-porada 2007. As aulas são ministradas

pelas ginastas Cristiane Metzger e NatáliaEidt e ocorrem no ginásio da Unisc. A

participação é gratuita e aberta a meninasde 6 a 10 anos, de qualquer escola. Mais

informações pelos telefones (51) 3717-7485, 3717-7564 ou 3717-7401.

A FORÇADO FUTSAL

Assaf (vermelho) e Assoeva fizeram a partida inaugural da Copa Unisc de Futsal 2007, no Ginásio Poliesportivo de Santa Cruz do Sul

Rodrigo / Ag. Assmann

Quatro equipes da regiãolevarão o nome da Unisc nasérie prata do CampeonatoEstadual 2007. E todas têmum só objetivo: aclassificação para as finaisda série ouro

Unisc/Kappa/Sobradinho,Unisc/Kappa/25 de Julho, Assoe-va/Unisc e Assaf/Miller/Unisccomeçam em abril a disputa na sé-rie prata por uma das três vagas àsfinais da série ouro, em setembro.Quem sabe, as três vagas sejamocupadas por equipes da Universi-dade. Se depender da vontade decada uma delas, o número de trêsvagas será insuficiente.

Antes do Estadual, porém,os quatro times disputam a terceiraedição da Copa Unisc, que come-çou no dia 30 de março. As equi-pes de Sobradinho e de Arroio doTigre fazem duas partidas na serra,enquanto os times de Santa Cruzdo Sul e de Venâncio Aires com-petem por outra vaga à final. O tí-tulo da Copa Unisc também serádecidido em dois jogos entre osvencedores de cada playoff.

EstadualA Associação Sobradinho

foi a primeira equipe a renovar seucontrato de patrocínio com aUnisc, ainda em janeiro. Em se-guida foi o 25 de Julho, de Arroiodo Tigre, que em fevereiro foi até

a Unisc firmar a parceria para 2007.Ambas as equipes terão o apoioda Universidade pelo terceiro anoconsecutivo. A parceria com aKappa também será mantida.

Já a Assoeva, de VenâncioAires, renovou o contrato com aUnisc no dia 12 de março. Serátambém o terceiro ano de parceria.O reitor da Unisc, Vilmar Thomé,salienta que a inclusão social pro-movida pelas quatro equipes éfator fundamental para a manu-tenção das parcerias. Segundo odiretor de futsal do 25 de Julho,Marcelino Rech, o clube mantémhoje cerca de 100 crianças de seisa 15 anos em suas escolinhas.Destas, 40 são carentes. “Essa par-ceria promove a educação, o lazere a inclusão social”, destacouThomé.

Para o diretor de futsal daAssoeva, Vianei Batista Hammes,e o presidente João Alceu Ilha, aexpectativa é de uma boa campa-nha na série prata. “Esperamos

chegar em primeiro lugar na chavepara obter a classificação diretapara as finais da série ouro”, disseHammes.

No novo sistema de disputa,o primeiro colocado de cada umadas duas chaves da série prata iráse juntar às principais equipesgaúchas para a disputa das finaisda série ouro, a partir de setembro.Os dois segundos colocados dis-putam outra vaga em dois jogosextras.

AssafCom o apoio da Unisc em

2006, a equipe da AssociaçãoSanta-Cruzense de Futsal (Assaf)conquistou a vaga para a disputada série prata. A partir deste ano,passará também a ter o nome daUniversidade. A parceria foi firma-da no dia 19 de março.

Em 2006, a Assaf obteve ovice-campeonato da série bronze,perdendo a final para a Unisc/Kappa/Sobradinho, o que mostra

que as parcerias no futsal estãodando resultado. A partir de agora,com a consolidação do patrocínio,a meta é chegar às finais da sérieouro.

A assinatura do contratocontou com a presença do reitorda Unisc, Vilmar Thomé; do coor-denador de marketing esportivo daUnisc, Éverson Carvalho de Bello;do assessor de marketing espor-tivo, Ângelo Luz; do presidenteda Assaf, Altair Muller; e do se-cretário da Associação e professorda Unisc, Oli Limberger.

Fique atentoO quê: Copa Unisc de Futsal

Quando: de 30 de março a 14 de abril

O quê: Estadual Série PrataQuando: a partir de 14 de abril

O quê: Finais da Série OuroQuando: a partir de setembro

Contato: telefone (51) 3717-7485.

O Projeto Cestinha Sesi/Unisc voltou às atividades no dia15 de março. Mais de 700 crianças,com idade entre 9 e 14 anos, par-ticipam do projeto implantado em2001 pelo Sesi com o apoio daUnisc. Atualmente, o Cestinhaconta ainda com o apoio da EscolaEducar-se.

Os treinamentos são realiza-dos nos ginásios do Sesi, São Ca-nísio, Unisc, Poliesportivo/Apae,Margarida/Aurora e no pólo Me-nino Deus, além do município deVera Cruz. Monitores do curso deEducação Física trabalham comotreinadores e os alunos das disci-plinas de basquetebol praticam os

Cestinha retoma atividadesconhecimentos adquiridos atuan-do na súmula e na arbitragem dostorneios internos.

O reinício dos treinamentosfoi marcado com uma espécie deaula inaugural, no Ginásio daUniversidade, com a presença daimprensa e de representantes daUnisc, do Sesi e da Escola Educar-se. “Hoje é um dia especial para oProjeto Cestinha”, afirmou o co-ordenador de marketing esportivoda Unisc, Éverson Carvalho deBello. “Abrimos a temporada de2007 registrando um acréscimo de150% no número de crianças desdea sua criação”. Mais informaçõespelo telefone (51) 3717-7675.

Pólo Menino Deus:Terças e quintas-feiras, das 8h30 às 11h30e das 13h30 às 16h30Sesi:Segundas e quartas-feiras, das 8h30 às11h30 e das 13h30 às 16h30Bom Jesus:Quartas e sextas-feiras, das 8h30 às 11h30e das 13h30 às 16h30Unisc:Terças e quintas-feiras, das 8h30 às 11h30e das 13h30 às 16h30Vera Cruz/Ferraz:Sexta-feira, das 8h30 às 11h30Margarida/Aurora:Quartas-feiras, das 8h30 às 11h30 e das

13h30 às 16h30Poliesportivo/Apae:Terças e quintas-feiras, das 8h30 às 11h30e das 13h30 às 16h30São Canísio:Sextas-feiras, das 8h30 às 11h30 e das13h30 às 16h30Vera Cruz/Poli:Terças e quintas-feiras, das 8h30 às 11h30e das 13h30 às 16h30Vera Cruz/Linha Henrique D’Ávila:Segunda-feira, das 8h30 às 11h30 e das13h30 às 16h30Vera Cruz/Linha Progresso:Quarta-feira, das 8h30 às 11h30, e quinta,das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30

Horários