Jornal da UNISC

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C K M Y JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, ANO XIV, NÚMERO 75, SETEMBRO DE 2007 JORNAL DA i Rudinei Kopp Luciano Pereira WWW.UNISC.BR Os alunos interessados em obter o Financiamento Estudantil do Governo Federal (Fies) têm até o dia 28 de setembro para fazer a sua inscrição. Na Unisc Com mais de três séculos, Rio Pardo vivenciou boa parte da história do Rio Grande do Sul e do Brasil. Muitos dos registros que marcaram esse período estão hoje guardados no Arquivo Histórico do Município, que agora está sendo revitalizado por meio de um projeto desenvolvido pela Unisc PÁGs. 8 e 9 Em agosto, mais duas redes de cooperação foram lançadas na região pela Sedai, em parceria com a Unisc. Desde 2001 já foram criadas 22 associações nos vales do Rio Pardo e do Taquari, envolvendo 450 empresas e gerando em torno de 4 mil postos de trabalho PÁG. 12 Seminário apresenta os 42 grupos existentes na Universidade PÁG. 11 Unisc firma convênio com Instituto Superior de Psicologia Aplicada de Portugal PÁG. 6 Estudante de Direito participa dos Jogos Pan-Americanos de Surdos, na Venezuela PÁG. 14 As atividades do Programa Unisc-Escola e o Telecentro Comunitário de Rio Pardo PÁG. 3 QUAL É O SEU EVEREST? Waldemar Niclevicz, primeiro brasileiro a escalar o Everest, faz um comparativo entre os desafios de uma grande escalada e a vida pessoal e profissional PÁG. 7 ENTRE O BOM E O RUIM Colunista Adriano Silva escreve sobre dois estilos de chefe: um que sufoca pela presença e outro que sufoca pela ausência PÁG. 15 FINANCIAMENTO ESTUDANTIL foram solicitadas, no termo de adesão, 800 novas vagas. Nesta edição são apresentadas as vantagens do Fies, as etapas do processo e seus respectivos prazos PÁG. 3 HISTÓRIA RENOVADA REDES DE COOPERAÇÃO GRUPOS DE PESQUISA INTERCÂMBIO VIDA DE ALUNO INCLUSÃO SOCIAL Fernanda Mallmann Divulgação Fernanda Mallmann

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Jornal da UNISC - Nº 75 Setembro de 2007

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JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL,ANO XIV, NÚMERO 75, SETEMBRO DE 2007

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Os alunos interessados em obter o Financiamento

Estudantil do Governo Federal (Fies) têm até o dia

28 de setembro para fazer a sua inscrição. Na Unisc

Com mais de três séculos, Rio Pardo vivenciou boa parte da história do Rio Grande

do Sul e do Brasil. Muitos dos registros que marcaram esse período estão hoje

guardados no Arquivo Histórico do Município, que agora está sendo revitalizado

por meio de um projeto desenvolvido pela Unisc PÁGs. 8 e 9

Em agosto, mais duas redes de cooperação foram lançadas na

região pela Sedai, em parceria com a Unisc. Desde 2001 já

foram criadas 22 associações nos vales do Rio Pardo e do

Taquari, envolvendo 450 empresas e gerando em torno de 4 mil

postos de trabalho PÁG. 12

Seminário apresenta os 42 grupos existentes na Universidade PÁG. 11

Unisc firma convênio com Instituto Superior de Psicologia Aplicada de Portugal PÁG. 6

Estudante de Direito participa dos Jogos Pan-Americanos de Surdos, na Venezuela PÁG. 14

As atividades do Programa Unisc-Escola e o Telecentro Comunitário de Rio Pardo PÁG. 3

QUAL É O SEU EVEREST? Waldemar Niclevicz, primeiro brasileiro a escalar o

Everest, faz um comparativo entre os desafios de uma grande escalada e a vida pessoal e profissional PÁG. 7

ENTRE O BOM E O RUIM Colunista Adriano Silva escreve sobre dois estilos de chefe: um que sufoca pela presença e outro que sufoca pela ausência PÁG. 15

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL foram solicitadas, no termo de adesão, 800 novas vagas.

Nesta edição são apresentadas as vantagens do Fies, as

etapas do processo e seus respectivos prazos PÁG. 3

HISTÓRIA RENOVADA

REDES DE COOPERAÇÃO

GRUPOS DE PESQUISA

INTERCÂMBIO

VIDA DE ALUNO

INCLUSÃO SOCIAL

Fernanda Mallmann

Divulgação

Fernanda Mallmann

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NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007 PÁGiNA

CARTA AO LEITOR

Como presidente da Associação Pró-Ensino em Santa Cruzdo Sul (Apesc), mantenedora da Unisc, do Cepro, da Escola Educar-se e também do Hospital Santa Cruz, queremos manifestar nossapreocupação com a atual situação dos hospitais filantrópicos doRio Grande do Sul. No dia 27 de agosto, respaldados pela aprovaçãounânime do Conselho Superior e da Assembléia Geral Comunitáriada Apesc, apoiamos o Movimento Mais Saúde para os Hospitaiscom um ato simbólico realizado em frente ao Hospital Santa Cruz,mas sem aderir à paralisação proposta pelo Movimento. Entendemosque o único hospital geral da região não poderia deixar de prestarseus serviços à comunidade, deixando desatendido, justamente, osegmento social mais necessitado de atenção e de cuidados.

Nessa data, mais de 200 hospitais filantrópicos do Estadoparalisaram por 24 horas em protesto contra a falta de definição defatores que poderiam resultar em mais recursos para o setor, que éresponsável pela grande maioria das internações pelo Sistema Únicode Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul. Os hospitais filantrópicosestão pedindo socorro. Os profissionais e usuários do sistema desaúde estão sendo prejudicados e, por isso, é necessário encontraruma solução o quanto antes.

O Brasil possui um dos melhores e mais abrangentes sistemasde saúde pública do mundo, mas as diferentes esferas de governodevem cumprir seus compromissos legais, pagando os serviços desaúde com base na produção realizada e a partir de tabelas justas.Todos os dados devem ser claros e transparentes, para que a socie-dade, através de seus órgãos de representação, possa acompanhara destinação dos recursos públicos. Assim também deve ser com aCPMF, cuja destinação deve ser a manutenção da saúde pública,objetivo para o qual foi criada.

A atual tabela do SUS paga menos de 60% dos custos dosserviços e está deixando os hospitais sem condições de poder conti-nuar prestando os mesmos, sem com isso comprometer perigosa-mente sua viabilidade econômico-financeira. No Hospital SantaCruz, mesmo com todos os controles de gestão que vimos efetuandonos últimos anos, em média cada paciente SUS nos deixa quase 600reais de prejuízo, o que representa perto de 4 milhões de prejuízoanual. É fácil entender a razão dessa situação se considerarmos quehá mais de doze anos, desde o Plano Real, o valor dos serviços daTabela SUS teve em média 33,7% de reajuste, enquanto a inflaçãodo setor hospitalar foi de quase 400% no mesmo período.

Se não houver uma substancial alteração, essa situação vaise agravar ainda mais. Há anos a direção do hospital, assessoradapelos setores técnicos vinculados à Apesc, está trabalhando parareduzir os déficits, mas a tarefa se torna impossível dentro das atuaiscondições, sem o ressarcimento do custo dos serviços. Atualmente,64% dos pacientes de nosso hospital são encaminhados via SUS.

No Rio Grande do Sul são sete milhões de pessoas que têmatendimento unicamente pelo SUS. As santas casas e os hospitaisfilantrópicos, que são os responsáveis por 70% desse atendimento,estão pedindo socorro. Alguns já fecharam. Outros estão frente a umdilema cruel: fechar suas portas aos pacientes SUS, e assim deixardesatendida a parcela mais carente da população, ou fechar o hospital.

Queremos lembrar que o objetivo desse Movimento, e de ape-los como este, é manter a continuidade do sistema público de saúde,sem que os prestadores de serviços de saúde tenham de comprometera qualidade e a resolutividade dos atendimentos. Para o bem de nossopaís, esperamos que logo uma solução seja encontrada.

Vilmar ThoméReitor da Unisc

Um trecho importante da históriado Rio Grande do Sul e do Brasil passouperto daqui. Rio Pardo, cidade situada aquase 30 quilômetros de Santa Cruz doSul, serviu de ponto estratégico nas lutasentre os impérios espanhol e português,sediando várias batalhas e assinaturasde acordos diplomáticos, militares e políti-cos. O município é hoje um museu a céuaberto, contando um pouco dessa histó-ria por meio da sua arquitetura, da suacultura ou mesmo pelos registros que lápodem ser encontrados.

E boa parte desses registros estãono Arquivo Histórico do Município deRio Pardo. Para ser mais específico, sãocerca de 120 mil peças, constituindo-seem um dos mais importantes acervosdocumentais do Estado. E essa histórianão poderia cair no esquecimento, elaprecisava ser recontada. Por isso, um gru-po de estudantes e de professores dos

Onde encontrar o Jornal da UniscA Banca

Aquarius Hotel Flat Residence

Biblioteca Municipal

Casa das Artes

Colégio Luiz Dourado

Escola Ernesto Alves

Escola Willy Carlos Fröhlich

Escola Goiás

Escola Santa Cruz

Galeria Farah

Hospital Santa Cruz

Iluminura Livraria Café

Loja do Posto do Gordo

Shopping Center Santa Cruz

Sine

Virtua House

Zaffari

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PALAVRA DO REITOR

Conselho Editorial:

Reitor: Prof. Vilmar ThoméVice-Reitor:

Prof. José Antônio Pastoriza FontouraPró-Reitora de Graduação:

Profª Carmen Lúcia de Lima HelferPró-Reitora de Pesquisa

e Pós-Graduação:

Profª Liane Mählmann KipperPró-Reitor de Extensão e

Relações Comunitárias:

Prof. Luiz Augusto Costa a CampisPró-Reitor de Admi-

nistração: Prof. Jaime LauferPró-Reitor de Pla-

nejamento e Desenvol-

vimento Institucional:Prof. João Pedro Schmidt

Editor:

Luciano Pereira, reg. prof. 9234

Reportagem e Redação:

Fernanda Mallmann, reg. prof. 10.208;Luciano Pereira, reg. prof. 9.234;

Bruna Ortiz Lovato; Eliana Stülp;e Greice Guilhermano

Projeto Gráfico e Capa:

Agência da CasaEditoração Eletrônica:

Assessoria de ImprensaRevisão: Roque Neumann e

Beatriz Menezes Sperb

JORNAL DA UNISC: ÓrgãoInformativo da Universidade de

Santa Cruz do Sul. Entidade filiadaao Consórcio das Universidades

Comunitárias Gaúchas (Comung), aoConselho de Reitores das

Universidades Brasileiras (Crub) e àAssociação Brasileira das

Universidades Comunitárias (Abruc)

Tiragem: 11 mil exemplares

Versão On-Line:

Erion da Silva Lara

Site:

www.unisc.br/jornaldaunisc

Endereço:

Av. Independência, 2293, bloco 3, sala309. Santa Cruz do Sul/RS. CEP:

96.815-900. Telefone: (51) 3717-7466.

E-mails: fernandm@unisc. brou lpereira@ unisc.br

Este material é produzido empapel reciclável.

EXPEDIENTE

Ouvidoria completa nove anos

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A Ouvidoria da Unisc completou, em2007, nove anos. Conforme os dados dosetor, desde a sua criação, a Ouvidoria járecebeu mais de 6,8 mil solicitações (entrereclamações, sugestões, consultas e elogi-os). A iniciativa de criação, em 1998, partiudo reitor da época, Luiz Augusto Costa aCampis. A Unisc foi a primeira Universidadecomunitária gaúcha a criar uma Ouvidoria.

O órgão pode ser utilizado para: re-clamar de qualquer aspecto que seja con-siderado pelo usuário como insatisfatório;sugerir alternativas que possam melhorar ofuncionamento da Unisc; elogiar os aspec-tos positivos - como um bom serviço, umbom atendimento, o espaço físico; consul-tar, quando o usuário tiver qualquer dúvidasobre o que fazer, como fazer, a quem procu-rar e como proceder nessa ou naquela situa-ção, dentro da Universidade. A Ouvidoria,em resumo, funciona como um elo entre ousuário e as diversas unidades da Unisc.

O próprio usuário é quem, pela Ou-vidoria, pode contribuir para o aperfei-çoamento da instituição universitária. Oaluno, o professor, o técnico administrati-vo e a comunidade tornam-se protagonis-tas de mudanças por meio da Ouvidoria.

A Ouvidoria recebe as demandas (re-clamações, sugestões, consultas, elogios)e as encaminha às unidades. As unidadesrespondem ao ouvidor que tem o dever denão deixar o usuário sem resposta. Essaresposta pode ser a resolução de um pro- Andrea Pinto Fava e Elisandra Baierle

blema, a aceitação de uma sugestão, a expli-cação referente a um determinado tema,dependendo de cada assunto. Cabe men-cionar que nem todas as solicitações po-dem ser atendidas, nem todas as suges-tões podem ser aceitas pela intervençãoda Ouvidoria. O que ela faz é encaminharas solicitações para as unidades respon-sáveis pelo assunto, que podem promoveras mudanças, quando for possível.

Para que o serviço possa manter sualegitimidade, é necessário que o usuário seidentifique para a Ouvidoria, que garanteque as solicitações são encaminhadas damelhor forma possível e com o devido sigiloquanto à identificação dos solicitantes.

Os serviços prestados pela Ouvido-ria contribuem para o processo de melho-ramento contínuo, aperfeiçoamento da de-mocracia e transparência administrativa. Oserviço tem como principais objetivos as-segurar a participação da comunidade,buscando promover a melhoria das ativida-des desenvolvidas, e reunir informações so-bre diversos aspectos da Unisc, buscandocontribuir para a gestão institucional.

A Ouvidoria atende na sala 105A, nobloco 1 do campus sede. O serviço podeser procurado pessoalmente ou pelo tele-fone (51) 3717-7313, pelo e-mail [email protected] e ainda por meio do formulárioon-line, disponível no site www.unisc.br.

Campus Venâncio Aires

Campus Sobradinho

Campus Capão da Canoa

Campus Santa Cruz:

Central de Informações

Centro de Convivência

Clínica de Fisioterapia

Blocos 8, 12, 18 e 53

Reitoria

departamentos de Comunicação Social ede História e Geografia da Unisc, em par-ceria com a Prefeitura de Rio Pardo, inicia-ram um trabalho de restauração, revitali-zação e modernização do Arquivo Histó-rico de Rio Pardo.

Modernizar o Arquivo Históricopode soar estranho, mas significou criarum banco de dados informatizado que iráagilizar e facilitar o acesso ao acervo, aber-to a toda a comunidade, sejam pesquisa-dores ou, simplesmente, amantes da His-tória. Mais detalhes sobre o trabalho quevem sendo realizado por esse grupo po-dem ser vistos nas páginas 8 e 9 destaedição do Jornal da Unisc, que traz tam-bém a opinião de professores e de alunosenvolvidos.

Cada dia produz uma nova páginana história, e a Unisc está contribuindopara que essa história continue sendo lem-brada pelas gerações futuras.

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NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007

FIES RECEBE INSCRIÇÕESInteressados devem acessar o site www.mec.gov.br até 28 de setembro

ENSiNO / EXTENSÃO 3

Estão abertas até o dia 28 desetembro as inscrições para o pro-cesso seletivo do FinanciamentoEstudantil (Fies) 2007/2, do Gover-no Federal. Na Unisc foram solici-tadas, no termo de adesão, 800 no-vas vagas. As inscrições devemser feitas no site www.mec.gov.br.

Podem se candidatar ao Fiesos estudantes regularmente matri-culados em cursos de graduaçãoda Unisc. O candidato deve pre-encher a ficha de inscrição, dis-ponibilizada no site, imprimir o pro-tocolo em duas vias e entregá-lono Setor Financeiro – Atendimen-to ao Aluno, sala 616, bloco 6 docampus de Santa Cruz do Sul. Oprotocolo deve ser entregue até odia 1º de outubro para que a inscri-ção seja validada no Sistema doFinanciamento Estudantil daUnisc.

No dia 5 de outubro será di-vulgada a relação dos inscritos noprocesso seletivo do Fies 2007/2.Após o período de análise e con-firmação de eventuais recursos, se-rá divulgada a relação final dos ins-critos, no dia 15 de outubro. No dia22 sairá a lista dos alunos pré-clas-sificados chamados para entrevis-ta, que deverá ocorrer entre os dias22 de outubro e 23 de novembro.

Entre os destaques do Fiesestá o percentual de financia-mento, que é de 50% independente

Projeto Inclusão Social formou 22 alunos em sua primeira turma, que encerrou as atividades em agosto

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atoNo dia 3 de agosto, foram

encerradas as atividades da pri-meira turma do Projeto InclusãoSocial, oferecido pelo ProgramaUnisc-Escola. Segundo a coorde-nadora do Programa, Liane Roos,o objetivo principal é prepararalunos do ensino médio para oExame Nacional de Ensino Médio.“A intenção é que esses alunostenham um bom desempenho noEnem, condição necessária paraingressar na universidade pormeio do Prouni”, ressalta Roos.

O convite foi feito para alu-nos de 3° ano do ensino médiodas escolas estaduais de SantaCruz do Sul. Cada escola estabe-leceu um critério de seleção paraos estudantes participarem doProjeto. Foram contemplados 22alunos que participaram, desde odia 20 de abril, de um total de 15encontros. “Não podemos deixar deressaltar a importância dos pro-fessores da Unisc que ministraramas aulas voluntariamente”, diz Roos.

A estudante Aline Weiss,uma das participantes do projeto,

considera a iniciativa boa. “É mui-to bom nós termos este contatocom a Unisc; além de aprendermuito, também possibilitou ver-mos como funciona uma universi-dade. Penso que este projeto deveser feito outras vezes para daroportunidade para outros alunos”.Já a estudante Débora Ferreira afir-ma que o aprendizado foi válido.“Sinto-me mais preparada, os

professores são ótimos e me aju-daram na hora de relembrar conteú-dos importantes para o vestibular”,ressalta.

No encerramento os alunosfizeram um Unisc-tour, para conhe-cerem a Instituição, e após tiveramum coquetel com a fala do pró-rei-tor de Extensão e Relações Comu-nitárias da Unisc, Luiz AugustoCosta a Campis. (B.L.)

A primeira turma do Unisc-Escola

do número de créditos matricula-dos. O prazo máximo de utilizaçãoé igual ao período remanescentepara a conclusão do curso peloestudante, à época do seu ingres-so no Programa, observada a dura-ção regular do curso, podendo serdilatado por dois semestres. Alémdisso, a taxa de juros está fixadaem 3,5% a 6,5% ao ano, de acordocom o curso pretendido. O prazode restituição é de até uma vez emeia o tempo de utilização e, noprimeiro ano de devolução, o alu-

O curso de Engenharia deProdução da Unisc recebeu notamáxima (5) na avaliação periódicarealizada em 2007 pelo InstitutoNacional de Estudos e PesquisasEducacionais Anísio Teixeira(Inep), do Ministério da Educação.A renovação de reconhecimento dagraduação é feita a cada quatro anos.O outro curso da Unisc avaliado es-te ano, o Superior de Tecnologiaem Assistência e Segurança Prisio-nal, atual Gestão da Segurança Priva-da, foi reconhecido com nota 4.

Na avaliação periódica doInep/MEC, assim como na avalia-ção de reconhecimento dos cur-sos de graduação, são analisadostrês aspectos: corpo docente, in-fra-estrutura e projeto pedagógi-co. O curso de Engenharia de Pro-dução da Unisc obteve a nota 5 nostrês itens. A visita dos dois in-tegrantes da comissão de avaliaçãodo Inep ocorreu no final de junho.

Fique atento para os prazosAté 28 de setembro: inscrições no site www.mec.gov.br

Até o dia 1º de outubro: entrega do protocolo de inscrição na Unisc

5 de outubro: divulgação da relação dos inscritos

De 8 a 10 de outubro: recursos de estudantes inscritos e não confirmados

De 8 a 11 de outubro: análise e confirmação dos recursos

15 de outubro: divulgação da relação final dos inscritos

22 de outubro: lista de alunos pré-classificados para entrevista

De 22 de outubro a 23 de novembro: entrevistas com os classificados

De 26 de novembro a 7 de dezembro: entrevistas com os reclassificados

De 22 de outubro a 14 de dezembro: contratação

no paga o valor equivalente àmensalidade (parte não financia-da) que pagou para a Unisc noúltimo semestre em que utilizou ofinanciamento.

A concessão do financia-mento Fies é retroativa ao mês dejulho de 2007. Mais informaçõespodem ser obtidas no Setor Finan-ceiro – Atendimento ao Aluno,sala 616, bloco 6 do campus deSanta Cruz do Sul, telefones (51)3717-7434 e 3717-7436 e e-mailnú[email protected].

� Financiamentos com recursos externos: Programa Estadual de Crédito Educativo (Procred)

e Crédito Municipal Venâncio Aires (Credim/VA)� Financiamento institucional: Crediunisc� Bolsas de Ensino (Prolab e Probae), de Pesquisa (Puic) e de Extensão (Probex)� A Unisc também aderiu ao Programa Universidade para Todos (ProUni)

Outros financiamentos e bolsas na Unisc

Engenharia de Produçãorecebe nota máxima

O coordenador do curso naInstituição, professor Flávio Thier,atribui o sucesso do curso, princi-palmente, à qualificação do seucorpo docente. Dos 22 professo-res da graduação, 13 são mestrese nove são doutores. “Grande par-te desses professores atuam tam-bém fora da Instituição, na inicia-tiva privada, e estão sempre emcontato com profissionais da á-rea”, afirma Thier.

Outro ponto destacado peloprofessor é a infra-estrutura docurso da Unisc, que conta com oi-to laboratórios específicos. “Tam-bém é importante dizer que, geral-mente, os alunos já saem do cursoempregados, pois a maioria já co-meça a realizar estágios ou trabalhacomo auxiliar durante o curso”, a-crescenta Thier. “Muitos profis-sionais graduados aqui estão co-locados no mercado de trabalhoem diversos estados”, conclui.

Cerca de 900 crianças e ado-lescentes de baixa renda do municí-pio de Rio Pardo terão a oportuni-dade de fazer parte do universo vir-tual. Por meio de uma parceria firma-da entre a Prefeitura, a Unisc, o Ban-co do Brasil e o Governo Federal,foi inaugurado, no dia 15 de agosto,o Telecentro Comunitário SãoFrancisco, no centro de Rio Pardo.

O projeto é uma iniciativa lo-cal que contou ainda com o apoiode empresas e entidades do muni-cípio, responsáveis pela disponi-bilidade do espaço físico e peladoação de 10 computadores. O Se-tor de Informática da Unisc presta aassistência técnica, configurando oservidor com um projeto de terminalgratuito por meio de software livre.

O Telecentro Comunitárioatenderá a uma média de 32 crian-

ças e adolescentes por dia, poden-do se estender, futuramente, paraa terceira idade. “Agradecemos àUnisc pela gentileza e pela totaldisponibilidade prestada desde osprimeiros contatos que tivemoscom a Instituição”, elogiou a secre-tária municipal Ilse Pritsch.

Para o reitor da Unisc, VilmarThomé, colaborar para o desenvol-vimento da região é o principal papelda Universidade. “Sempre que tiver-mos que prestar um serviço que levequalidade e desenvolvimento a RioPardo, estaremos à disposição dacomunidade”, enfatizou. A soleni-dade também contou com a pre-sença do pró-reitor de Extensão eRelações Comunitárias da Unisc,Luiz Augusto Costa a Campis, edo coordenador de Extensão, Ân-gelo Hoff.

Inclusão digital em Rio PardoRocha, à esquerda, Thomé e Ilse, à direita, descerraram a fita de inauguração do Telecentro Comunitário

Luciano Pereira

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NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007

PRÊMIO PARA A MEDICINA

360º4

FESTIVAL DE BANDAS DA UNISC

A Unisc TV estevepresente na 35ª edição doFestival de Cinema de Gramado.As estagiárias FernandaAlmeida, Mariane Selli, PolianaPasa e Roseane Bianca Ferreira,e os cinegrafistas Junio Nunes eRodrigo Bilheri, subiram a Serrapara cobrir o evento, queocorreu de 12 a 18 de agosto. Oestande da equipe estavainstalado, juntamente com osdemais veículos da imprensa, noCentro de Eventos da Ufrgs.Foram produzidas matérias eentrevistas diárias e o trabalhofinal foi veiculado no UniscNotícias especial de Gramado,dia 24 de agosto.

Unisc TV

UNISC-ESCOLAO Programa Unisc-Escola está com duas novas turmas desde

agosto. Os objetivos principais do projeto são constituir um espaçopermanente de atividades de apoio, para alunos de 3º ano do EnsinoMédio, nas diferentes áreas do conhecimento, visando a um bomdesempenho nas provas do Enem e de outros processos seletivos,além de oportunizar aos alunos visitação em diferentes cursos daUnisc, para que conheçam o perfil de cada curso. Mais informaçõespelo telefone (51) 3717-7686 ou pelo e-mail [email protected].

Eliana Stülp

De 27 a 30 de agosto, aUnisc promoveu a 1a JornadaAcadêmica de Enfermagem, como tema A Enfermagem nocontexto atual. O evento trouxeprofissionais que atuam emdiversos campos, desde adocência até enfermeiros quetrabalham em hospitais, progra-mas de saúde da família e emcargos de coordenação de açõesde saúde. Entre os assuntosdiscutidos estavam temas comoa autonomia do enfermeiro, aresidência multiprofissional, asperspectivas do trabalho emsaúde, entre outros.

Enfermagem

A Incubadora Tecnológica Unisc (Itunisc) esteve presente naExpointer deste ano, de 25 de agosto a 2 de setembro, por meio daSigma – Rastreabilidade e Sistemas Agropecuários Ltda., empresaincubada na unidade da Itunisc em Vera Cruz. A Sigma é uma empresaque une agronegócios e tecnologia de informação. Em 2004, aempresa desenvolveu o software Sigma-Agro para atender àdemanda por rastreabilidade bovina, com funcionalidades quegerenciam as demais atividades da propriedade rural. A Ituniscparticipou da Expointer por meio do apoio de um projeto aprovadopela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) com o Centro deEmpreendimentos do Instituto de Informática da Ufrgs (CEI-Ufrgs).

ITUNISC NA EXPOINTER

O professor LucianoNunes Duro, do curso deMedicina da Unisc, foi premiadoem 1º lugar no 2º CongressoGaúcho de Medicina de Família eComunidade e com a MençãoHonrosa no Epiprêmio 2007,promovido pelo Ministério daSaúde, na categoria Dissertaçãode Mestrado. A Menção Honro-sa será entregue durante a 7ªMostra Nacional de ExperiênciasBem-Sucedidas em Epidemiolo-gia, Prevenção e Controle deDoenças (Expoepi), em Brasília,entre os dias 21 e 23 de novembro.

A dissertação premiada foidefendida no Mestrado emEpidemiologia, em novembro de2006. Basicamente, o trabalhoavaliou a adequação da solici-tação dos exames de colesterol,

e suas frações, em uma amostrarepresentativa da população dePelotas, de acordo com algumasvariáveis, comparando essaadequação entre o SistemaPúblico e o privado/convênios.

“Era perguntado àspessoas se, nos três anosanteriores, algum médicosolicitou exames de colesterolpara elas”, explica o professor.“Depois eu as separava emgrupos com riscos de doençasdo coração e analisava se assolicitações ou não-solicitaçõesforam adequadas”, acrescenta.Como resultado, Lucianoconcluiu que pelo SUS pede-semenos os exames, mas, quandose faz, há menos erros, secomparados aos particulares ouconveniados.

REVISTA DO DIREITO É QUALIS A

O curso de Medicina daUnisc promoveu, de 28 a 31 deagosto, o 1º Ciclo de PalestrasLiga da Dor. O evento teve comoobjetivo divulgar os novosconhecimentos sobre dorcrônica e enfocar a importânciado atendimento multiprofissionalno seu tratamento, incluindofisioterapeutas, enfermeiros,psicólogos e odontólogos, alémde médicos das diversas espe-

cialidades clínicas e cirúrgicas. Ociclo buscou ainda entender ograu de limitação provocadopela dor crônica, promover adivulgação dos novos conceitosde dor como o quinto sinal vital,compreender os mecanismosgerais da gênese da dor nacriança e no idoso e da dorrelacionada ao câncer e conhe-cer algumas formas de condutase tratamento da dor crônica.

CICLO DE PALESTRAS SOBRE A DOR

O Programa de Pós-Graduação em Letras - Mestradoestará promovendo, no dia 14 desetembro, o workshop Lingua-gem, cultura e cognição, com oprofessor Chis Sinha. O minis-trante é professor de Psicologiada Linguagem na Universidadede Portsmouth, Inglaterra, elecionou nos Departamentos deEducação, Psicologia, Lingua-gem e Comunicação no ReinoUnido, na Holanda e na Dina-marca. Possui vasta publicaçãonas áreas de Antropologia,

LINGUAGEM, CULTURA E COGNIÇÃOLingüística, Educação, BiologiaEvolutiva, Psicologia Cultural edo Desenvolvimento.

O workshop será realizadona sala 5328, bloco 53, das 8h30às 10h30 e das 14h às 16h, comtradução simultânea. À noite, oprofessor Sinha ministrarápalestra aberta aos alunos dagraduação e comunidadeacadêmica com o tema Lingua-gem nas Ciências Cognitivas,das 19h30 às 21h. Mais informa-ções pelo e-mail [email protected] pelo telefone (51) 3717-7322.

A Unisc, por meio do Programade Pós-Graduação em Direito -Mestrado, teve a Revista do Direitoclassificada como Qualis A pelaCapes. Concebida para atender àsnecessidades específicas deavaliação do Sistema Nacional dePós-Graduação, Qualis é o resultadodo processo de classificação dosveículos utilizados para a divulgaçãoda produção intelectual de docentese de alunos dos programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado edoutorado).

Tal classificação passa porprocesso anual de atualização. Os veículos de divulgação citadospelos programas são enquadrados em categorias indicativas daqualidade - A, B ou C - e do âmbito de circulação dos mesmos - local,nacional ou internacional. As combinações dessas categoriascompõem nove alternativas indicativas da importância do veículoutilizado e, por inferência, do próprio trabalho divulgado.

A banda Sexto Sentido, de Sobradinho, foi a campeã do 5º Festival de Bandas da Unisc, realizado nodia 26 de agosto. O júri, formado por profissionais da música e convidados, fez seu julgamento a partir decritérios como arranjo, afinação, ritmo, interpretação, equilíbrio sonoro, entrosamento e harmonia/acordes.A Sexto Sentido é composta por Elisauer (vocal), Alan (bateria), Luciano (guitarra) e Patrick (contrabaixo).Ao ritmo de Led Zeppelin, com a música Immigrant Song, e da canção própria Vale a pena, o grupoconquistou a premiação de R$ 1,5 mil. O 2º lugar, Outhouse Birinight Band, de Santa Maria, recebeu aquantia de R$ 800, e o 3º lugar, banda Easy, também de Santa Maria, de R$ 500. O júri ainda escolheu comomelhor instrumentista o baterista Felipe Kuentzer, da banda Sistem, de Santa Cruz do Sul. Já ElisauerLopes, que comandou a banda campeã, foi eleito o melhor vocalista. Cada um recebeu R$ 200.

Desde 1º de julho, a LeiComplementar 123/06 permite aospequenos e microempresáriosaderirem ao Simples Nacional,regime diferenciado de tributa-ção. Para falar sobre a novaregulamentação, o curso deCiências Contábeis promoveu, nodia 4 de setembro, uma aulainaugural para os cursos docampus de Sobradinho. Apalestrante foi Célia Regina

Domingues Mendonça, que écontabilista, advogada, consulto-ra de empresas, ex-consultora naárea de Imposto de Renda eContabilidade, instrutora decursos da Legislação Fiscal epalestrante do Conselho Regio-nal de Contabilidade do RioGrande do Sul. O tema da aula foiO Impacto do Simples Nacionale o evento ocorreu na Câmara deVereadores de Sobradinho.

AULA INAUGURAL EM SOBRADINHO

Page 5: Jornal da UNISC

NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007360º 5

CONVÊNIO UNISC E CORE/RS

Espaço AbertoApoio: Charrua HotelLocal: Centro de Convivência

Dia 19 de setembroAngela KarlPiano

MúsicaDia 15 de setembro - 20hOrquestra Jovem UniscLocal: Casa de Cultura Érico Verís-simo, em Capão da CanoaEntrada Franca

Dia 29 de setembro - 20hOrquestra Jovem UniscLocal: Igreja Matriz Santa Teresa,em Vera CruzEntrada Franca

Dia 28 de setembro - 20hSarau com professores e alunosda Escola de Música da UniscLocal: Capela do HSCEntrada franca

ExposiçãoDe segunda a sábado - 9h às 12hTelas e estudos de Regina SimonisExposição permanenteCasa das Artes Regina SimonisAgendamento para grupos: tele-fone (51) 3056-2086

De 11 a 28 de setembroUnisc: um olhar para o passadoLocal: bloco 1 da Unisc

FeirasDe 12 a 15 de setembroFeira de Livros de Rio PardoLocal: Centro de Rio Pardo

De 19 a 21 de setembroFeira de Livros da Arquiteturae das EngenhariasLocal: Bloco 53 da Unisc

PoesiaTodas as quartas-feiras - 18h às 19hEncontros com a PoesiaXVI MóduloLocal: Sala de Conferências da Bi-blioteca CentralRealização: Grupo de PesquisaEstudos PoéticosAbertos à comunidadeEntrada franca

Cursos e AteliêsEscola de Música da UniscPrograma Uniarte 10 anosPrograma DançarInscrições: Secretaria de Pós-Gra-duação e Extensão, sala 110, bloco1 do campus de Santa Cruz do SulInformações: telefones (51) 3717-7346 ou 3717-7343, site www.unisc.brou MSN [email protected]

Thomé e Canarim assinaram termo que possibilitará a oferta de cursos com ênfase em representação comercial

Luciano Pereira

O reitor da Unisc, Vilmar Thomé, e o presidente do ConselhoRegional dos Representantes Comerciais do Estado do Rio Grande doSul (Core/RS), Uriel Canarim, assinaram, no dia 10 de agosto, um termoparticular de convênio entre as duas instituições. O objetivo éimplantar e executar cursos superiores de formação específica, emuma ou mais áreas do conhecimento, com ênfase na atividade derepresentação comercial.

Os cursos irão envolver programas de cooperação acadêmica,tecnológica, científica e pedagógica entre a Unisc e o Core/RS nasáreas de atuação e de interesse comuns. Esses programas serãodefinidos em termos aditivos ao convênio, estabelecendo osobjetivos específicos e o planejamento dos trabalhos a serem desen-volvidos. A estrutura curricular e o projeto pedagógico dos cursosserão elaborados pela Unisc. Também participaram da solenidade oprofessor Vanderlei Becker Ribeiro, e o tesoureiro do Core/RS,Roberto Salvo.

Planejamento e saneamento ambientalInscrições até 6 de setembroCadastro mobiliárioInscrições até 21 de setembroIntrodução à restauração do patrimônio arquitetônicoInscrições até 11 de outubroDiagnóstico rápido urbano e econômico participativo – DruepInscrições até 11 de outubroAvaliação de imóveis urbanosInscrições até 1º de novembroControle interno e externo da administração públicaInscrições até 16 de novembro

Cursos e prazos de inscrição

O Núcleo de PlanejamentoUrbano (NPU) promoverá seiscursos de extensão para aqualificação da gestão pública.O objetivo é capacitar e trocarexperiências técnicas e profissio-nais, voltadas à gestão pública,nas áreas de Administração,Contabilidade, Cultura, Direito,Habitação, Saneamento, Saúde,Serviço Social, PlanejamentoUrbano e Gestão Participativa. Opúblico-alvo são gestores etécnicos municipais, estudantese profissionais das áreas de

CURSOS DE GESTÃO PÚBLICAAdministração, Arquitetura,Engenharia, Direito, Sociologia,Geografia e Serviço Social.

Ao fim de cada curso, seráconferido um certificado para osalunos. As inscrições podem serfeitas em www.unisc.br ou naSecretaria de Pós-Graduação eExtensão, que fica no bloco 1 docampus, sala 110. Maisinformações na Secretaria dePós-Graduação e Extensão pelotelefone (51) 3717-7343 ou [email protected] [email protected].

Já estão abertas as inscri-ções para o 4º Congresso Sul-Brasileiro de Fisioterapia Res-piratória e Fisioterapia em TerapiaIntensiva (Sulbrafir), que ocorrerána Unisc de 5 a 7 de outubro. Oevento é realizado pela Associa-ção Brasileira de FisioterapiaCardiorrespiratória e Fisioterapiaem Terapia Intensiva (Assobra-fir) e é promovido a cada doisanos. Paralelamente ao congres-so, também ocorrerá a 5ª JornadaGaúcha de Fisioterapia Respira-tória e Fisioterapia em TerapiaIntensiva, vinculada à Assobra-fir, regional Rio Grande do Sul.

Os eventos contam com aparticipação de renomadospalestrantes que vão tratar detemas como fisioterapia hospita-lar, reabilitação pulmonar,músculos respiratórios e fisio-terapia respiratória ambulatorial.Também serão discutidasevidências rumo à integralidadee à qualidade de vida.

As inscrições podem serfeitas até 5 de outubro no sitewww.unisc.br/sulbrafir2007. Paraenvio de resumos, a data limite é20 de agosto. Mais informações ea programação do evento podemser obtidas também no site.

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

UNIARTE COMPLETA 10 ANOSUm espaço destinado à

prática e ao pensar em artesvisuais na região - isso é oUniarte. O programa, desenvol-vido pela Unisc por meio doDepartamento de Educação e daPró-Reitoria de Extensão eRelações Comunitárias, estácompletando 10 anos nestesegundo semestre.

Nesses 10 anos, o Uniartejá matriculou mais de 2 milalunos e realizou mais de 100exposições. Nos ateliês, osalunos são incentivados não sóà prática - individual e coletiva -,mas também à análise das

O Portal A4, da Agência Experimental do Curso de ComunicaçãoSocial da Unisc, realizou a cobertura on-line do 35º Festival deCinema de Gramado, de 12 a 18 de agosto. O siteera atualizadodiariamente com notícias, galerias de fotos e depoimentos em áudio.

A cobertura foi feita por alunas do curso de Comunicação queestagiam na A4, com supervisão do professor de Jornalismo On-line,Paulo Pinheiro. Participaram da cobertura as alunas Daniela Baroni eFernanda Zieppe. O Portal também acompanhou todos os detalhes da15a edição do Gramado Cine Vídeo, considerado o mais completoevento do audiovisual do país.

PORTAL A4 NO FESTIVAL DE GRAMADO

A Unisc foi convidada paraparticipar, no dia 8 de agosto, daReunião do Comitê Metal-Mecânico dos Vales do Taquarie do Rio Pardo, realizada nasdepedências da AssociaçãoComercial e Industrial de SantaCruz do Sul. O objetivo foiapresentar aos participantes aIncubadora Tecnológica daUnisc (Itunisc) e os projetos doPólo de Modernização Tecnoló-

ITUNISC E PMT/VRP

pesquisas de outros artistas.Nesse sentido, são promovidasdiscussões teóricas e visitas amuseus, galerias de arte eexposições, como a 27ª Bienal deSão Paulo, em dezembro de 2006.

O programa investe aindana organização de mostras e deexposições de trabalhos dealunos em diferentes espaços.Para comemorar os 10 anos, porexemplo, o Uniarte promoveu,em agosto, exposições noMemorial das Artes de SantaCruz do Sul (Masc) e naAssembléia Legislativa doEstado, em Porto Alegre. gica do Vale do Rio Pardo (PMT/

VRP). Estiveram presentes nareunião o reitor, Vilmar Thomé; apró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da Instituição, LianeMählmann Kipper, querepresentou o PMT-VRP; eLuciane Dahmer, coordenadorada Itunisc. Também estavampresentes os sócios da empresaincubada Supernova Playware,Rafael Burgos e Paulo Albrecht.

O aluno do 6º semestre do curso de Ciência da Computação daUnisc, Luiz Henrique do Nascimento Souza, participou do DesafioEmpreendedor Telefônica, que premia propostas de negócio inovado-ras na área de telecomunicações. O acadêmico, que mora em Rio Pardoe trabalha no Departamento de Ciências Contábeis, foi selecionadoentre os 20 participantes de todo o Brasil que concorrerão na 2ª fase.

O julgamento foi realizado na sede da Telefônica e contou com apresença de três executivos da empresa e de dois convidadosexternos, todos especialistas em negócios em estágios preliminares.Os 20 melhores projetos selecionados, em cada categoria, deverãoentregar o plano de negócios completo até o dia 15 de outubro.

Os participantes selecionados também têm direito ao curso e-learning do A+ Elaborando um Plano de Negócios, da HarvardBusiness School. Os aprovados na 2ª fase serão premiados emevento a se realizar no início de dezembro.

DESAFIO EMPREENDEDOR

Page 6: Jornal da UNISC

NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007 GERAL6

NOVO CONVÊNIO LEVA ALUNOS A PORTUGALUniversidade firmará parceria com o Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa

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Eleição ocorreu durante a 15a Assembléia Extraordinária da Abruc, em Minas Gerais

Os alunos e professores docurso de Psicologia da Unisc têmuma nova oportunidade para ad-quirir ou para complementar co-nhecimento. A Universidade, pormeio da Assessoria para Assun-tos Internacionais e Interinstitu-cionais (AAII), vai firmar convê-nio para intercâmbio com o Insti-tuto Superior de Psicologia Apli-cada de Portugal (Ispa).

E a primeira parceria com oIspa ocorre já no mês de setembro.A aluna do 3º semestre de Psico-logia Edna Lima, 20 anos, irá parao instituto, onde deve ficar estu-dando por um ano. “É uma oportu-nidade. Vou para um país europeupara estudar, para conviver comuma nova cultura. Acho que essaexperiência que terei como estu-dante e como pessoa vai fazer to-da a diferença na minha formação”,afirma Edna.

Para a coordenadora do cur-so de Psicologia da Unisc, EdnaLinhares Garcia, a importância danova parceria está na possibilida-de de conhecer a formação em Psi-cologia numa cultura e sociedadediferentes, observando o que a-proxima e o que diferencia em rela-ção à estrutura curricular, a pes-quisas e projetos de extensão, do“fazer Psicologia”. “Trabalhamoscom a idéia de uma Psicologiatransformadora da realidade so-cial. Nesse sentido, os intercâm-bios viabilizam a socialização deexperiências, favorecem novaspropostas de trabalho. Nossaidéia de intercâmbio vai além do‘conhecermos e darmo-nos a co-nhecer´. Pretendemos criar parce-rias para trabalhos interinstitucio-nais”. A professora destaca aindaque o convênio com o Ispa deve

A Associação Brasileira dasUniversidades Comunitárias (Abruc)elegeu, em agosto, o seu novo pre-sidente e a nova diretoria. O reitorda Universidade São Francisco(USF), de São Paulo, Gilberto Gon-çalves Garcia, foi eleito presidenteda entidade. Já o reitor da Unisc,Vilmar Thomé, ocupará o cargo de1º vice-presidente da associaçãoe o reitor do Centro Universitáriode Votuporanga (Unifev), MarceloLourenço, o de 2º vice-presidente.A eleição e posse dos novos dire-tores ocorreu em Belo Horizonte,na sede da PUC Minas.

A eleição foi durante a 15ªAssembléia Extraordinária daAbruc e reuniu reitores e repre-sentantes das Instituições de En-sino Superior (IES) filiadas. Atual-mente, 52 universidades comuni-tárias de todo país compõem aAbruc.

Conforme o reitor da Unisc,entre as metas da nova gestão estátrabalhar por programas que favo-reçam os alunos e as instituiçõescomunitárias. Entre os objetivos,a Abruc irá buscar a defesa e amelhoria do Programa Universida-de para Todos (ProUni) e a amplia-ção no número de vagas do Pro-grama de Financiamento Estudan-til (Fies), para que mais alunospossam ser beneficiados.

Em relação à avaliação dasIES, Thomé salienta que as univer-sidades comunitárias apóiam acontinuidade de processos comoo Sistema Nacional de Avaliaçãoda Educação Superior (Sinaes).

Thomé é eleito 1º vice-presidente da Abruc

Quanto à Reforma Universitária, aAbruc deverá permanecer acom-panhando o processo, especial-mente os capítulos que fazem re-ferência às universidades comu-nitárias. “Em todas as metas, aAbruc irá apresentar sugestões econtribuições junto ao MEC. Tra-balharemos para auxiliar a qua-lificar ainda mais o trabalho que jávem sendo feito”, ressalta o reitor.

A nova diretoria da Abruc

permanecerá à frente da associa-ção pelos próximos dois anos. Nocargo de 1º vice-presidente da as-sociação, Thomé estará represen-tando o Consórcio das Universi-dades Comunitárias Gaúchas (Co-mung), composto por 12 institui-ções do Rio Grande do Sul, queabrangem mais de 400 municípiosem suas áreas de influência e pos-suem, aproximadamente, 120 milestudantes.

A Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), fundada em

1995, tem sede em Brasília e reúne, atualmente, 52 instituições de Ensino Superior sem

fins lucrativos, voltadas para ações educacionais de caráter social. Com esse perfil, elas

destinam parte de sua receita a atividades de educação e de assistência social, como

bolsas de estudo, atendimento gratuito em hospitais, clínicas odontológicas, assistência

jurídica, entre outras. Essa forma de atuar é o fundamento principal das filiadas à

Abruc, na medida em que estabelecem um compromisso social dos seus estudantes e

professores com a comunidade onde estão inseridas.

Sobre a Abruc

Asse

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e Co

mun

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a Ab

ruc

favorecer a formação, pois repre-senta a possibilidade de profes-sores e de alunos, das duas insti-tuições, durante um período leti-vo, realizarem suas atividadesacadêmicas na outra instituição.

O Ispa oferece curso de gra-duação, mestrados e doutoradosem Psicologia.

Experiência internacionalEm setembro, também o aca-

dêmico do 8º semestre do cursode Ciências Econômicas, JosephLaughinghouse, 21, viajará paraPortugal para estudar por um pe-ríodo de seis meses. Joseph cursa-rá um semestre na Faculdade deEconomia e Gestão, da Universi-dade Nova de Lisboa. “Acho queserá uma oportunidade para a-prender e compreender sobre Eco-nomia Internacional. Como souamericano, conheço a realidade domeu país. Também conheço a rea-lidade brasileira. Em Portugal tereicontato com uma nova situação evisão”, acredita.

Além de Portugal, três alu-nos da Unisc também farão inter-câmbio com a Univerdidade deTübingen, na Alemanha. AdilsonHirsch, estudante do 5º semestredo curso de Direito, e FabrícioKappel, do 5º semestre de Enge-nharia Ambiental, viajarão para aAlemanha em setembro. Já a aca-dêmica do 5º semestre de Adminis-tração, Caroline Fernandes de Oli-veira, irá para Tübingen no mêsde outubro. Os acadêmicos farãodisciplinas em Tübingen que se-rão equivalentes àquelas que cur-sariam na Unisc.

Atualmente, a Unisc mantémconvênio com 21 instituições deensino superior, em nove países.

Alemanha

Eberhard Karls Universität Tübingen

Chile

Centro de Ecologia Aplicada (Santiago) e

Universidad Tecnológica Metropolitana –

UTEM (Santiago)

Espanha

Universidad da Curuña (La Coruña),

Universidad de Murcia (Murcia),

Universidade de Sevilla e Asociación

Andaluza de Derecho, Médio Ambiente y

Desarrollo Sostenible (Sevilla)

Estados Unidos

Purdue University (Indiana)

Itália

L´Università degli Studi di Lecce,

L´Università degli Studi di Napoli,

L´Università degli Studi di Roma Tre e

Edna, do curso de Psicologia, e Joseph, de Ciências Econômicas, viajam em setembro para Portugal, onde realizarão intercâmbio

L´Università degli Studi di Salerno

México

Universidad Autonoma de Tlaxcala

(Tlaxcala) e Universidade Nacional

Autônoma de México

Portugal

Instituto Politécnico de Tomar – Escola

Superior de Tecnologia de Abrantes

(Tomar e Abrantes), Universidade de

Lisboa (Lisboa), Universidade Nova de

Lisboa (Lisboa), Instituto Superior de

Psicologia Aplicada – ISPA (Lisboa)

Uruguai

Instituto de Marketing del Uruguay –

IMUR e Universidad de Montevideo

Paraguai

Universidad Nacional de Assunción –

UMA

Para onde é possível ir

Page 7: Jornal da UNISC

NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007ENTREViSTA 7

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Vencendo desafios econquistando o Everest. Este foio tema da palestra promovidapelo Projeto DiálogosUniversitários, da empresaSouza Cruz, e pela UniJr comWaldemar Niclevicz, o primeirobrasileiro a escalar o Everest, oK2 e os sete cumes do mundo.No dia 22 de agosto, o alpinis-ta, fotógrafo e escritor, que jáministrou mais de 200 palestraspara grandes empresas, estevena Unisc para contar um poucodas experiências emocionantesque teve e para tratar de temascomo superação de desafios,planejamento estratégico,gerenciamento de riscos eespírito de equipe para sechegar ao topo, relacionando avida com as alegrias e osimprevistos encontrados numagrande escalada. Em entrevistacoletiva, antes da palestra, elerevelou ser um apaixonado pelanatureza: “eu procuro entendera natureza e levar para aspessoas o entendimento dessanatureza, como ela funciona”.

Jornal da Unisc - De onde equando surgiu a idéia de escalarmontanhas?

Waldemar Niclevicz - Eunasci no meio do mato, onde nãotem montanhas. Era um típico me-nino do interior, adorava a naturezae, com 12 anos, nos mudamos praCuritiba. Aí eu fui morar numa ci-dade, mesmo, e fui reencontrar anatureza quando peguei o tremque sai de Curitiba e vai até Para-naguá, e desci na estação do Ma-rumbi que fica bem no meio da Ser-ra do Mar. Lá eu me deparei com aminha primeira montanha, o Picodo Marumbi. Talvez eu tenha her-dado da minha infância esse gostopela aventura, pelo desafio, e a pri-meira coisa quando olhei pro Ma-rumbi foi: “Puxa, será que eu con-sigo chegar lá em cima? Dá pra

CONQUISTANDO O SEU EVERESTGREICE GUILHERMANO

Todo mundo tem um

Everest na sua vida,

que pode ser o seu

negócio, a sua

profissão, a sua

família. E a primeira

coisa que temos que

pensar é: “qual é o

seu Everest?”

Toda pessoa

deveria

investir na

sua motivação.

Uma pessoa

que não

estiver

motivada não

chega a lugar

nenhum

Eu não estava

lá para ser o

primeiro, e

sim porque eu

tenho uma

paixão mesmo

pelas

montanhas e

pela natureza

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reir

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chegar até lá? Alguém chega lá emcima?” Aos poucos eu fui ingres-sando nas técnicas do alpinismoe comecei a viajar em busca dasmontanhas.

JU - Mas o que exatamenteo levou a enfrentar esse tipo dedesafio?

Niclevicz - Eu gosto de es-tudar o homem no seu meio, prin-cipalmente o homem na montanhaque é o que me atrai. A montanhaé o lugar onde a natureza se man-teve intacta, e onde ela não estáintacta ela está bem preservada.Da mesma forma, o homem que vi-ve na montanha está com sua cul-tura preservada, seus costumes,suas tradições. E eu gosto disso,eu acho isso fantástico.

JU - Como é ter o título deprimeiro brasileiro a escalar oEverest?

Niclevicz - Eu nunca quisser o primeiro brasileiro. Eu fui oprimeiro aqui e ali porque nuncaoutro brasileiro esteve lá antes. Sealgum brasileiro já tivesse ido es-calar uma montanha na Georgia euiria continuar querendo muito es-

calar, nem que eu fosse o segundo,o décimo, o centésimo brasileiro.Eu não estava lá para ser o primei-ro, e sim porque eu tenho uma pai-xão mesmo pelas montanhas e pe-la natureza.

JU - Quais as principais li-ções que você tirou dos desafiosque enfrentou para sua vida pes-soal?

Niclevicz - Que toda pessoadeveria investir na sua motivação.Uma pessoa que não estiver moti-vada não chega a lugar nenhum.Ela não vai ter ânimo para terminara faculdade, nem para buscar su-cesso na sua carreira, ou pra sal-var o seu relacionamento. Ela temque estar sempre motivada, entu-siasmada por aquilo que ela estáfazendo. Assim conseguimos a-gregar as coisas boas à nossa ati-vidade.

JU - Que paralelos você tra-ça entre o desafio de uma esca-lada e os desafios da vida pessoale profissional?

Niclevicz - A vida, por si só,é uma grande escalada, é umagrande montanha. Então a tuavida, a tua profissão, a tua famíliaou o teu negócio, pra quem temou sonha em ter o seu próprionegócio, são grandes montanhas.E o sucesso é o topo da monta-nha. Quem não gostaria de chegarlá no alto, de cravar a sua bandeirano alto dessa grande montanhaque é a vida? Como chegar lá? Eutento mostrar nas palestras comoeu cheguei no Everest e comovocê pode chegar por meio de umaanalogia da minha escalada e daescalada do seu Everest. Todomundo tem um Everest nasua vida, que pode ser oseu negócio, a sua pro-fissão, a sua família.E a primeira coisa que

temos que pensar é: “qual é o seuEverest?”. Onde você quer chegar,o que você quer para a sua vida,em quanto tempo você quer che-gar lá? Defina primeiro isso, de-pois você vai fazer o planejamentoestratégico, vai imaginar cadaparte dessa escalada, definir e a-tingir metas, traçar tarefas, ge-

renciar uma série de ações. Enfim,vai ter um plano estratégico e umplano de ação. São as regras doABC do planejamento estratégico.

JU - Depois de todo o esfor-ço e da concentração na subida,o que você pensou quandochegou ao topo do Everest?

Niclevicz - A dificulda-de é natural, então eu encarotudo isso com naturalidade.Eu sei que as pedras fazemparte do caminho, e às vezes aspessoas falam: são os ossos doofício. Enfim, tudo isso faz parte,

não é fácil. Eu gosto de quebrar omito do Everest. Para muitas pes-soas é um mito, mas não é, é ape-nas uma montanha. É muito difícilchegar lá, mas não é impossível.Depois de toda essa trajetória,passar por todas as fases que ine-vitavelmente tem que passar prachegar lá, você consegue. Vocêrealiza esse seu sonho, escala suamontanha, e é extremamente grati-ficante. É indescritível falar o queeu sinto. Cada montanha é umamontanha diferente.

JU - Do que você se orgulhahoje?

Niclevicz - Hoje, eu olho pratrás com muita satisfação e vejotudo o que eu fiz . Sempre fui muitocriterioso. Eu sou disciplinado,sou perfeccionista. Até em minhasviagens mais simples, como em1985, para a Bolívia, eu tinha umroteiro, sabia onde eu tinha que ir,que ruas seguir, que mercados,enfim, eu sempre fui muito metó-dico para poder aproveitar ao má-ximo cada experiência, pra podertrazer pra casa tudo isso que vi-venciei.

Page 8: Jornal da UNISC

9CENTRAL8 CENTRAL

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JORNAL DA i 9CENTRAL

C KM Y

JORNAL DA i NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007CENTRAL8 NÚMERO 75

SETEMBRO DE 2007

JORNAL DA i

LUCIANO PEREIRABRUNA ORTIZ LOVATO

REVITALIZAÇÃO DA HISTÓRIAProjeto da Unisc restaura e informatiza um dos mais importantes acervos documentais

do Estado, com cerca de 120 mil peças

Por estar intrinsecamente

ligada à história do Rio Grande do

Sul e do Brasil, Rio Pardo guarda

documentos, arquivos e objetos

desse período de lutas e conquis-

tas. E um dos mais importantes

acervos documentais do Estado,

com cerca de 120 mil peças, en-

contra-se no Arquivo Histórico

do Município, guardião de docu-

mentos datados desde 1760 com

uma variedade de tipologias que

incluem registros oficiais da Câ-

mara Municipal de Rio Pardo,

mapas, plantas, periódicos, ico-

nografia, cartas, registros sobre a

escravidão e legislações impe-

riais.

“Esse é, com certeza, um

patrimônio incontestável para a

memória e a cultura brasileiras”,

destaca o professor José Martinho

Rodrigues Remedi, coordenador

do projeto Memória, história e

educação patrimonial: revitali-

zação do Arquivo Histórico do

Município de Rio Pardo. Desen-

volvido por professores e estu-

dantes dos departamentos de His-

tória e Geografia e de Comuni-

cação Social da Unisc, o projeto

tem como objetivo pesquisar as

formas de identificação, de in-

ventário, de restauração, de con-

servação, de catalogação do acer-

vo e de criação de mecanismos de

divulgação e de educação patri-

monial.

Para isso, segundo Remedi,

foi necessário realizar o levanta-

Arquivo

Um dos grandes apoiadores do projeto para manter o

Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo vivo é o Depar-

tamento de Comunicação Social da Unisc. Os professores

envolvidos são Leonel Aires e Rudinei Kopp, juntamente com

dois acadêmicos do curso, Felipe Faleiro e Lázaro Fanfa.

Segundo Kopp, o trabalho principal foi de pesquisa e

criação da identidade visual e da sinalização do Arquivo

Histórico, visando orientar os visitantes; de elaboração de

material de divulgação e de material didático; de criação do

logotipo do Arquivo; de divulgação nos meios de comuni-

cação; de criação do site; e de outros meios de manter a comu-

nidade mais inteirada sobre o Arquivo Histórico.

Kopp ressalta ainda a importância desse projeto. “Nós

não tivemos apenas a preocupação com o tratamento técnico,

mas também queremos que o arquivo fique mais interessante”,

esclarece o professor. “Cada detalhe foi pensando para que o

acervo ficasse atraente e de fácil compreensão, para ser útil à

comunidade e que ela tenha interesse em visitar o local”. O

professor cita ainda o site do Arquivo Histórico do Município

de Rio Pardo. “Os textos serão compreensíveis e, quando

estiver pronto, terá um link no endereço eletrônico da Unisc”,

afirma.

Outro trabalho importante foi o dos acadêmicos que

trabalharam de forma voluntária no projeto. Lázaro Fanfa,

aluno do 6º semestre de Publicidade e Propaganda da Unisc,

atuou durante um ano e ajudou a criar a identidade do Arquivo.

“Foi um trabalho útil, um bom investimento”, avalia. “O mais

legal foi que envolveu a minha área e pude aprender mais, o

que foi fundamental para o meu desenvolvimento acadêmico”,

acrescenta o estudante.

Base de dados moderniza o acesso

A história estava à beira de ser esquecida. Em 2003, quando

foram feitos os primeiros contatos entre a Prefeitura de Rio Pardo e a

Unisc, as condições materiais e técnicas do Arquivo Histórico do

Município de Rio Pardo eram precárias. O acervo não apresentava

nenhum tipo de organização técnica arquivística, com graves proble-

mas de conservação física. A história precisava ser revitalizada.

A partir de um breve diagnóstico realizado no primeiro semestre

daquele ano, por uma equipe técnica composta por historiadores do

Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico de Rio Pardo e do

curso de História da Universidade, constatou-se a necessidade de uma

total reformulação e revitalização da estrutura e do funcionamento do

acervo. Um convênio firmado entre a Prefeitura e a Unisc deu, então,

início ao projeto, que tem ainda o apoio do Procoredes, da Fapergs e da

Secretaria de Estado da Cultura.

A acadêmica do 6º semestre do curso de História, Fábia Wink, é

estagiária do Arquivo Histórico de Rio Pardo desde 2004. Ela afirma

que a base de dados irá facilitar a pesquisa ao acervo de livros e

documentos. “Estamos finalizando a base de dados da biblioteca e, em

seguida, iniciaremos a parte documental”, explica. “Esta deverá levar

mais tempo, pois são mais de 100 mil documentos, uma grande parte

manuscritos, que exigem um trabalho mais minucioso”.

Fábia diz ainda que o software da base de dados possui padrão

internacional, dividido em dois tipos: para a documentação manuscrita

e para a biblioteca, que possui diversos livros raros e bastante antigos,

que podem ser consultados apenas no local. “A previsão é de que em

dois meses o site do Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo

esteja no ar, permitindo a busca de livros por meio da base de dados”,

adianta a estudante. Ela também está elaborando um guia do acervo,

com a ajuda de um arquivista e de um historiador.

Para a aluna Melina Kleinert Perussatto, que em breve irá

concluir o curso de História, o trabalho de um ano no projeto originou a

sua pesquisa para o trabalho de conclusão do curso. “Foi uma opor-

tunidade única. Lá iniciei minha pesquisa sobre a legislação do período

colonial”, destaca. “Outros bolsistas do projeto já desenvolveram

pesquisas a partir da documentação do acervo”, conta Melina.

As estudantes Melina e Fábia já apresentaram, inclusive, o

projeto do Arquivo Histórico de Rio Pardo no Seminário Nacional de

História, realizado no início de 2007, em São Leopoldo, e em outros

seminários e congressos no Rio Grande do Sul e em Santa

Catarina. Em 2005 e 2006, o projeto foi apresentado no

Seminário de Iniciação Científica da Unisc.

Conforme o coordenador José Marti-nho

Rodrigues Remedi, uma média de

quatro a cinco alunos estão

envolvidos no trabalho a

cada semestre.

Curso de Comunicação é parceiro no projeto

O Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo está localizado na Travessa Matheus Simões,

134, no Centro.

Fábia, à esquerda, é estagiária do arquivo histórico de Rio Pardo desde 2004

Restauração de acervo documental exige trabalho minucioso

mento e o diagnóstico do acervo

documental para atribuição de

valor à massa documental, se-

guida de inventário e cataloga-

ção do acervo em base de dados

informatizada. Atualmente o

trabalho se encontra na fase de

elaboração e implantação de sis-

tema de informação e de difusão

em mídia impressa e eletrônica.

“O projeto visa ainda esta-

belecer práticas e rotinas conser-

vacionistas no trato e armaze-

namento da documentação do

acervo, além da seleção dos do-

cumentos com problemas físicos

para restauro”, acrescenta o pro-

fessor. Alunos do curso de Co-

municação Social estão traba-

lhando ainda na pesquisa e cria-

ção da identidade visual e da si-

nalização do Arquivo Histórico,

com criação de site na internet e

elaboração de material de divul-

gação e de material didático.

A última etapa, explica Re-

medi, será a implantação de um

programa de educação patrimo-

nial, destinado a pesquisadores e

à comunidade regional. O espa-

ço ganhou ainda móveis novos,

como prateleiras, mesas de pes-

quisa e de limpeza do acervo,

dois computadores, um scanner,

impressora, entre outros. Mas

conforme o professor, a falta de

um espaço físico apropriado e

definitivo é o principal desafio

que se apresenta para o futuro do

arquivo.

Como uma das cidades mais antigas do Rio Grande do Sul,

Rio Pardo esteve envolvida, de alguma forma, em todos os pro-

cessos de formação do que viria a ser hoje o Brasil. A região foi

ponto estratégico nas lutas entre os impérios espanhol e portu-

guês, sediando batalhas e assinaturas de acordos diplomá-

ticos, militares e políticos.

Nos séculos 17 e 18, o município compreendia qua-

se 157 mil quilômetros quadrados, mais da metade do

território gaúcho, de onde se desmembraram mais de

200 municípios. A área era habitada pelos índios ta-

pes, que foram depois civilizados pelos jesuítas es-

panhóis das Missões Orientais, por volta de 1633.

Em 1715 chegaram à cidade os primeiros coloniza-

dores portugueses avulsos.

A construção do Forte Jesus Maria José, em 1752, marcou a

chegada dos primeiros açorianos, que foram povoando a cidade,

inicialmente, em volta do forte. Em 1807 foi criada a Capitania de

São Pedro e, em 7 de outubro de 1809, por meio do Decreto Real assi-

nado por D. João VI, Rio Pardo foi elevado à condição de vila, com o

nome de Vila do Príncipe. Em 31 de março de 1846, a vila de Rio

Pardo foi elevada à categoria de cidade.

Além da importante participação na conquista da região das

Missões, o município se destacou na Revolução Farroupilha (1835-

1845) e na Guerra do Paraguai (1865). Construída devido ao valor

estratégico da cidade, a Fortaleza Jesus Maria José sofreu vários ata-

ques no decorrer de sua história, aos quais sempre resistiu brava-

mente, nunca tombando em poder de inimigos. Por isso, ficou conhe-

cida pela legenda Tranqueira Invicta, que permanece presente no

escudo do município de Rio Pardo.

Em 1754, para reforçar a defesa dessa fortificação, foi enviado

de Rio Grande - ocupada pelos portugueses em 1737 - um contin-

gente do Regimento de Dragões sob o comando do coronel Thomaz

Luiz Osório. Esse regimento permaneceu na cidade por mais de 80

anos, celebrizando-se com a denominação de Regimento de Dragões

de Rio Pardo.

Page 9: Jornal da UNISC

9CENTRAL8 CENTRAL

C KM YC KM Y

JORNAL DA i 9CENTRAL

C KM Y

JORNAL DA i NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007CENTRAL8

C KM Y

NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007

JORNAL DA i

LUCIANO PEREIRABRUNA ORTIZ LOVATO

REVITALIZAÇÃO DA HISTÓRIAProjeto da Unisc restaura e informatiza um dos mais importantes acervos documentais

do Estado, com cerca de 120 mil peças

Por estar intrinsecamente

ligada à história do Rio Grande do

Sul e do Brasil, Rio Pardo guarda

documentos, arquivos e objetos

desse período de lutas e conquis-

tas. E um dos mais importantes

acervos documentais do Estado,

com cerca de 120 mil peças, en-

contra-se no Arquivo Histórico

do Município, guardião de docu-

mentos datados desde 1760 com

uma variedade de tipologias que

incluem registros oficiais da Câ-

mara Municipal de Rio Pardo,

mapas, plantas, periódicos, ico-

nografia, cartas, registros sobre a

escravidão e legislações impe-

riais.

“Esse é, com certeza, um

patrimônio incontestável para a

memória e a cultura brasileiras”,

destaca o professor José Martinho

Rodrigues Remedi, coordenador

do projeto Memória, história e

educação patrimonial: revitali-

zação do Arquivo Histórico do

Município de Rio Pardo. Desen-

volvido por professores e estu-

dantes dos departamentos de His-

tória e Geografia e de Comuni-

cação Social da Unisc, o projeto

tem como objetivo pesquisar as

formas de identificação, de in-

ventário, de restauração, de con-

servação, de catalogação do acer-

vo e de criação de mecanismos de

divulgação e de educação patri-

monial.

Para isso, segundo Remedi,

foi necessário realizar o levanta-

Arquivo

Um dos grandes apoiadores do projeto para manter o

Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo vivo é o Depar-

tamento de Comunicação Social da Unisc. Os professores

envolvidos são Leonel Aires e Rudinei Kopp, juntamente com

dois acadêmicos do curso, Felipe Faleiro e Lázaro Fanfa.

Segundo Kopp, o trabalho principal foi de pesquisa e

criação da identidade visual e da sinalização do Arquivo

Histórico, visando orientar os visitantes; de elaboração de

material de divulgação e de material didático; de criação do

logotipo do Arquivo; de divulgação nos meios de comuni-

cação; de criação do site; e de outros meios de manter a comu-

nidade mais inteirada sobre o Arquivo Histórico.

Kopp ressalta ainda a importância desse projeto. “Nós

não tivemos apenas a preocupação com o tratamento técnico,

mas também queremos que o arquivo fique mais interessante”,

esclarece o professor. “Cada detalhe foi pensando para que o

acervo ficasse atraente e de fácil compreensão, para ser útil à

comunidade e que ela tenha interesse em visitar o local”. O

professor cita ainda o site do Arquivo Histórico do Município

de Rio Pardo. “Os textos serão compreensíveis e, quando

estiver pronto, terá um link no endereço eletrônico da Unisc”,

afirma.

Outro trabalho importante foi o dos acadêmicos que

trabalharam de forma voluntária no projeto. Lázaro Fanfa,

aluno do 6º semestre de Publicidade e Propaganda da Unisc,

atuou durante um ano e ajudou a criar a identidade do Arquivo.

“Foi um trabalho útil, um bom investimento”, avalia. “O mais

legal foi que envolveu a minha área e pude aprender mais, o

que foi fundamental para o meu desenvolvimento acadêmico”,

acrescenta o estudante.

Base de dados moderniza o acesso

A história estava à beira de ser esquecida. Em 2003, quando

foram feitos os primeiros contatos entre a Prefeitura de Rio Pardo e a

Unisc, as condições materiais e técnicas do Arquivo Histórico do

Município de Rio Pardo eram precárias. O acervo não apresentava

nenhum tipo de organização técnica arquivística, com graves proble-

mas de conservação física. A história precisava ser revitalizada.

A partir de um breve diagnóstico realizado no primeiro semestre

daquele ano, por uma equipe técnica composta por historiadores do

Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico de Rio Pardo e do

curso de História da Universidade, constatou-se a necessidade de uma

total reformulação e revitalização da estrutura e do funcionamento do

acervo. Um convênio firmado entre a Prefeitura e a Unisc deu, então,

início ao projeto, que tem ainda o apoio do Procoredes, da Fapergs e da

Secretaria de Estado da Cultura.

A acadêmica do 6º semestre do curso de História, Fábia Wink, é

estagiária do Arquivo Histórico de Rio Pardo desde 2004. Ela afirma

que a base de dados irá facilitar a pesquisa ao acervo de livros e

documentos. “Estamos finalizando a base de dados da biblioteca e, em

seguida, iniciaremos a parte documental”, explica. “Esta deverá levar

mais tempo, pois são mais de 100 mil documentos, uma grande parte

manuscritos, que exigem um trabalho mais minucioso”.

Fábia diz ainda que o software da base de dados possui padrão

internacional, dividido em dois tipos: para a documentação manuscrita

e para a biblioteca, que possui diversos livros raros e bastante antigos,

que podem ser consultados apenas no local. “A previsão é de que em

dois meses o site do Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo

esteja no ar, permitindo a busca de livros por meio da base de dados”,

adianta a estudante. Ela também está elaborando um guia do acervo,

com a ajuda de um arquivista e de um historiador.

Para a aluna Melina Kleinert Perussatto, que em breve irá

concluir o curso de História, o trabalho de um ano no projeto originou a

sua pesquisa para o trabalho de conclusão do curso. “Foi uma opor-

tunidade única. Lá iniciei minha pesquisa sobre a legislação do período

colonial”, destaca. “Outros bolsistas do projeto já desenvolveram

pesquisas a partir da documentação do acervo”, conta Melina.

As estudantes Melina e Fábia já apresentaram, inclusive, o

projeto do Arquivo Histórico de Rio Pardo no Seminário Nacional de

História, realizado no início de 2007, em São Leopoldo, e em outros

seminários e congressos no Rio Grande do Sul e em Santa

Catarina. Em 2005 e 2006, o projeto foi apresentado no

Seminário de Iniciação Científica da Unisc.

Conforme o coordenador José Marti-nho

Rodrigues Remedi, uma média de

quatro a cinco alunos estão

envolvidos no trabalho a

cada semestre.

Curso de Comunicação é parceiro no projeto

O Arquivo Histórico do Município de Rio Pardo está localizado na Travessa Matheus Simões,

134, no Centro.

Fábia, à esquerda, é estagiária do arquivo histórico de Rio Pardo desde 2004

Restauração de acervo documental exige trabalho minucioso

mento e o diagnóstico do acervo

documental para atribuição de

valor à massa documental, se-

guida de inventário e cataloga-

ção do acervo em base de dados

informatizada. Atualmente o

trabalho se encontra na fase de

elaboração e implantação de sis-

tema de informação e de difusão

em mídia impressa e eletrônica.

“O projeto visa ainda esta-

belecer práticas e rotinas conser-

vacionistas no trato e armaze-

namento da documentação do

acervo, além da seleção dos do-

cumentos com problemas físicos

para restauro”, acrescenta o pro-

fessor. Alunos do curso de Co-

municação Social estão traba-

lhando ainda na pesquisa e cria-

ção da identidade visual e da si-

nalização do Arquivo Histórico,

com criação de site na internet e

elaboração de material de divul-

gação e de material didático.

A última etapa, explica Re-

medi, será a implantação de um

programa de educação patrimo-

nial, destinado a pesquisadores e

à comunidade regional. O espa-

ço ganhou ainda móveis novos,

como prateleiras, mesas de pes-

quisa e de limpeza do acervo,

dois computadores, um scanner,

impressora, entre outros. Mas

conforme o professor, a falta de

um espaço físico apropriado e

definitivo é o principal desafio

que se apresenta para o futuro do

arquivo.

Como uma das cidades mais antigas do Rio Grande do Sul,

Rio Pardo esteve envolvida, de alguma forma, em todos os pro-

cessos de formação do que viria a ser hoje o Brasil. A região foi

ponto estratégico nas lutas entre os impérios espanhol e portu-

guês, sediando batalhas e assinaturas de acordos diplomá-

ticos, militares e políticos.

Nos séculos 17 e 18, o município compreendia qua-

se 157 mil quilômetros quadrados, mais da metade do

território gaúcho, de onde se desmembraram mais de

200 municípios. A área era habitada pelos índios ta-

pes, que foram depois civilizados pelos jesuítas es-

panhóis das Missões Orientais, por volta de 1633.

Em 1715 chegaram à cidade os primeiros coloniza-

dores portugueses avulsos.

A construção do Forte Jesus Maria José, em 1752, marcou a

chegada dos primeiros açorianos, que foram povoando a cidade,

inicialmente, em volta do forte. Em 1807 foi criada a Capitania de

São Pedro e, em 7 de outubro de 1809, por meio do Decreto Real assi-

nado por D. João VI, Rio Pardo foi elevado à condição de vila, com o

nome de Vila do Príncipe. Em 31 de março de 1846, a vila de Rio

Pardo foi elevada à categoria de cidade.

Além da importante participação na conquista da região das

Missões, o município se destacou na Revolução Farroupilha (1835-

1845) e na Guerra do Paraguai (1865). Construída devido ao valor

estratégico da cidade, a Fortaleza Jesus Maria José sofreu vários ata-

ques no decorrer de sua história, aos quais sempre resistiu brava-

mente, nunca tombando em poder de inimigos. Por isso, ficou conhe-

cida pela legenda Tranqueira Invicta, que permanece presente no

escudo do município de Rio Pardo.

Em 1754, para reforçar a defesa dessa fortificação, foi enviado

de Rio Grande - ocupada pelos portugueses em 1737 - um contin-

gente do Regimento de Dragões sob o comando do coronel Thomaz

Luiz Osório. Esse regimento permaneceu na cidade por mais de 80

anos, celebrizando-se com a denominação de Regimento de Dragões

de Rio Pardo.

Page 10: Jornal da UNISC

NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007 PESQUiSA10

Curso da Unisc é umdos três recomen-dados no Brasil Fe

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ann

MESTRADO EM EDUCAÇÃO É APROVADO

Linhas de Pesquisa

A Comissão de Aperfeiçoa-mento de Pessoal de Nível Supe-rior (Capes), órgão responsávelpelo reconhecimento e pela avali-ação de cursos de pós-graduaçãostricto sensu - Mestrado e Douto-rado - recebeu, em 2007, em tornode 400 pedidos de novos cursos.Na área de Educação, foram apro-vados três em todo o Brasil, sendoum deles o da Unisc. Os outrossão os cursos da UniversidadeFederal de São João del Rei (MG)e da Universidade do Sul de SantaCatarina (Unisul). A Unisc atendeua exigências da Capes para apro-vação, como infra-estrutura, pro-posta do curso, produtividade do-cente e consolidação da capaci-dade de pesquisa, entre outras.

A aprovação do curso insereSanta Cruz do Sul e a região nomapa gaúcho e brasileiro dos cur-sos de mestrado em Educação. NoEstado, são nove universidadesque oferecem o curso. O professorMoacir Fernando Viegas é o coor-denador do novo curso. Doutor

Inscrições abertas para mestrados e doutorado

Viegas é o coordenador do novo mestrado da Unisc

em Educação, Viegas é co-autordo livro Fundamentos Filosóficosda Educação e autor de diversosartigos. O professor ainda partici-pa dos grupos de pesquisa Traba-lho e Tempo Livre: educação, tra-balho e humanização, na Unisc,e Formação de Professores noCone Sul/Mercosul, na Ufrgs.

A Capes e o MEC farão oacompanhamento e a avaliaçãoanual do curso. Para o reconheci-mento de um mestrado é necessá-ria a construção de uma ambiên-cia de pesquisa, o que se expressanuma trajetória de oferecimento decursos de especialização, desen-volvimento de projetos de pesqui-

Aprendizagem, Tecnologias e Linguagens na Educação

Estudos da aprendizagem, das tecnologias e linguagens no campo da educação.

Transformações e repercussões da leitura-escrita, da experiência poética e da complexidade

do par autonomia-rede na construção do conhecimento/sujeito. A aprendizagem como

processo vital. Educação, imaginação, tecnologias e sentidos na invenção de si e do mundo:

inseparabilidade do conhecer e do viver.

Educação, Trabalho e Emancipação

Estudos sobre as relações entre trabalho e educação na perspectiva da emancipação

humana e suas interfaces sociológicas e filosóficas, envolvendo o domínio da filosofia da

ação e do conhecimento, bem como da história da ética e do pensamento utópico.

Identidade e Diferença na Educação

Estudos sobre a produção da identidade-diferença no campo da educação.

Problematizações sobre a educação matemática, currículo e poder, identidade e etnicidade

e inclusão das diferenças na formação docente e nos demais espaços educativos.

Desenvolvimento Regional – 1º de setembro a 14 de novembro

Direito – 6 de agosto a 26 de setembro

Letras – 3 de setembro a 31 de outubro

Sistemas e Processos Industriais – 3 de setembro a 31 de outubro

Tecnologia Ambiental – 3 de setembro a 7 de janeiro

Educação – 3 de setembro a 8 de novembro

Estão abertas as inscrições para os processos seletivos dos mestrados e do

doutorado da Unisc. A Universidade possui um programa de pós-graduação em nível de

doutorado, em Desenvolvimento Regional. Em nível de mestrado, a Universidade oferece

seis programas: Desenvolvimento Regional, Direito, Letras, Sistemas e Processos

Industriais, Tecnologia Ambiental e Educação. Mais informações no site www.unisc.br.

sa, criação e desenvolvimento degrupos de pesquisadores, conso-lidação de linhas de pesquisa,

professores com doutorado e pu-blicações qualificadas e contí-nuas. A conquista do reconheci-mento pela Capes resulta, para oaluno, na garantia de realização deum curso que atenda aos critériosavaliativos da pós-graduaçãostricto sensu, bem como a valida-de do diploma alcançado.

O mestrado em Educação éo sexto programa reconhecido naUniversidade. Os demais são os

mestrados em Letras, Direito, Tec-nologia Ambiental, Sistemas eProcessos Industriais e Desen-volvimento Regional, que oferecetambém o nível de Doutorado. Ou-tras informações podem ser ob-tidas pelos telefones (51) 3717-7373 e (51) 3717-7543 ou pelo e-mail [email protected]. Em sua pri-meira edição, o curso oferecerá 20vagas. As inscrições já estão a-bertas.

Page 11: Jornal da UNISC

NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007PESQUiSA 11

Grupos mostram o que é pesquisado na Unisc

De 20 a 24 de agosto, a Uniscfez com que professores, alunos ecomunidade interagissem com apesquisa que é feita dentro da Ins-tituição. A Universidade promo-veu o 1º Seminário de Grupos dePesquisa. A avaliação do eventofoi positiva e a realização da se-gunda edição já está marcada.

A abertura do evento foi feitacom a participação da pró-reitorade Pós-Graduação da Ufrgs, Val-quíria Linck Bassani, e do pró-reitor de Pesquisa da Ufrgs, CesarAugusto Zen Vasconcellos. Osdois professores também são lí-deres de grupos de pesquisa naUfrgs. O reitor da Unisc, VilmarThomé, destacou na solenidade oinvestimento e os resultados dapesquisa na Unisc. “As condiçõesde pesquisa são um diferencial naUnisc em favor do aluno, do seuaperfeiçoamento, e da comunidadeque é beneficiada pela pesquisa”.

Durante os dias do evento,os 42 grupos de pesquisa existen-tes da Universidade, apresenta-ram os seus estudos. “Os grupospuderam se conhecer melhor e a-nalisar os seus pontos de conver-

Unisc realizou o 1º Seminário de Grupos de Pesquisa, no mês de agosto

Brun

a O

rtiz

Lov

ato

gência, buscando formas de apro-ximação”, ressalta o coordenadorde Pesquisa da Unisc, Rogério Limada Silveira. Os grupos estão sepa-rados em quatro grandes áreas doconhecimento: Ciências Humanas;Ciências Biológicas e da Saúde; Ci-ências Exatas, da Terra e Engenha-rias; e Ciências Sociais e Aplicadas.

Conforme Silveira, o seminá-rio também foi importante para osacadêmicos, que puderam partici-

par das apresentações e sabermais sobre temas referentes às suasáreas de interesse. Além de alunos,o evento também teve a participa-ção de pessoas da comunidade.

O próximo Seminário de Gru-pos de Pesquisa da Unisc será em2009, mantendo uma periodicidadebianual. Para as próximas edições,o evento deverá discutir tambémas políticas de pesquisa e de pós-graduação.

Reitor da Unisc destacou o investimento e os resultados da pesquisa na Instituição

O contato com a pesquisa, para a maioria dos estudantes, ocorrequando ingressam no Ensino Superior. Para incentivar os alunos àpesquisa e ao trabalho de campo, a Unisc promove o 13º Seminário deIniciação Científica e a 12ª Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão. Osdois eventos vão de 1º a 5 de outubro e irão divulgar a produção cien-tífica, as atividades de extensão e as atividades dos laboratórios deensino da Unisc e de outras instituições, promovendo a interação entrepesquisadores e extensionistas de diferentes áreas do conhecimento.

Os trabalhos inscritos estão divididos nas áreas de CiênciasHumanas; Sociais Aplicadas; Exatas, da Terra e Engenharias; e Bioló-gicas e da Saúde. Eles estão ainda separados nas categorias de Ini-ciação Científica; Extensão; e Graduação. Em todas as categorias, osalunos poderão concorrer ao prêmio Honra ao Mérito, que é umapremiação aos trabalhos que se destacarem no seminário e na jornada.

Iniciação científica

Dia 1º

Tarde: Oficina de elaboração de pôsteres

Noite: Conferência sobre Inovação e

empreendedorismo nos cursos de

graduação/Inserção e formação de

profissionais para o século XXI

Dia 2

Apresentação de trabalhos

Dia 3

Apresentação de trabalhos

Círculo de debates para bolsistas (tarde)

Dia 4

ProgramaçãoManhã: Painel sobre Empreendedorismo

e Inovação

Tarde: Apresentação de bolsistas e de

trabalhos

Noite: Sessão de Pôsteres

Dia 5

Manhã: Painel Olhares da Comunidade

sobre as Atividades de Pesquisa,

Extensão e Graduação

Tarde: Oficina de elaboração de

relatórios e apresentação de trabalhos

Noite: Apresentação de trabalhos

Page 12: Jornal da UNISC

NÚMERO 75SETEMBRO DE 200712 EXTENSÃO

Um balanço do que foi feitonos seis anos em que existe oPrograma Redes de Cooperaçãofoi apresentando a autoridades eparticipantes de redes, no dia 29de agosto. Foi realizado, na Unisc,o 1º Seminário de Avaliação e In-tegração das Redes de Coopera-ção. O programa é desenvolvidopela Unisc, em parceria com o Go-verno do Estado do Rio Grandedo Sul, por meio da Secretaria doDesenvolvimento e dos AssuntosInternacionais (Sedai).

No seminário, foram apre-sentadas as ações e os resultadosobtidos pelo Redes de Coopera-ção para desenvolver a culturaassociativa entre micro, pequenase médias empresas. O programatem como objetivo fomentar a co-operação entre empresas, estimu-lar o empreendedorismo e fornecero suporte técnico para a formação,consolidação e o desenvolvimen-to das redes. Por meio da Sedai, eem conjunto com dez universida-des, o programa disponibiliza me-todologia específica e consultoresque orientam a formação e a evo-lução da rede empresarial.

EMPRESAS QUE TRABALHAM EM REDEPrograma Redes de Cooperação realizou o 1º Seminário de Avaliação e Integração. Em seis anos de trabalho, 22

associações já foram criadas nas regiões dos vales do Rio Pardo e do Taquari

No mês de agosto, o progra-ma passou a contar com duas no-vas redes. No dia 24, foi criada aRede Reparasul, uma associaçãode oficinas reparadoras de veícu-los constituída por nove empresasdo segmento de funilaria e pinturados vales do Rio Pardo e do Ta-quari. Já no dia 29, foi lançada aRede Mel, composta por cincoassociações apícolas dos municí-pios de Santa Cruz do Sul, VeraCruz, Rio Pardo, Venâncio Aires eEncruzilhada do Sul.

A Rede Reparasul é o resul-tado de um ideal lançado por em-presários do setor, há mais de doisanos. Por meio do Programa Redesde Cooperação, o projeto começoua ganhar forma no ano de 2005.Desde então, empresários do ramodas cidades de Lajeado, Estrela eSanta Cruz do Sul participam dainiciativa. Fazem parte da Repara-sul as empresas Novacor Chapea-ção e Pintura, Estrela Serviços, Cha-peação Lauri e Luis, PJ Veículos,Topeva Veículos, Auto MecânicaWandré, Renovale, César Pinturase Pinturas Renato. A rede é pioneiradentro do setor de chapeação e depintura. Entre os objetivos estãorealizar compras em conjunto, pa-dronizar serviços prestados, capaci-

Nos Vales do Rio Pardo e do Taquari

Redes formadas: 22

Empresas envolvidas: aproximadamente 450 empresas

Postos de trabalho gerados: em torno de 4 mil

As Redes:

Agametal (Serralherias)

Apil (Laticínios)

Asflores (Produtores de Flores)

Artevales (Turismo)

Sulvest (Confecções)

Unimate (Ervateiras)

Agaeletro (Lojas de Material Elétrico)

Agrocon (Conservas)

Aflor (Floriculturas)

Beleza (Instituto de Beleza)

Central Sul (Supermercados)

Criança (Escolas Infantis)

Farmavale (Farmácias)

Hotel (Hotelaria)

Com a parceria com a Unisc,já foram desenvolvidas, nas re-giões dos vales do Rio Pardo e doTaquari, 22 redes empresariais, en-volvendo aproximadamente 450empresas, que geram 4 mil postosde trabalho. Além das redes desen-volvidas, foram expandidas, na re-gião, quatro redes de outras uni-versidades parceiras no projeto.

O seminário teve a presençade autoridades, entre elas a do re-presentante da Sedai, Carlos Al-berto Hundertmarker. Ele destacouo papel da Universidade para a for-mação das redes. “São redes quefaturam, que empregam, que geramdesenvolvimento. O Estado, ape-sar das dificuldades, mantém esseprograma pela sua importância”,destacou. Segundo o reitor daUnisc, Vilmar Thomé, a Universi-dade quer continuar a parceria.“São trabalhos conjuntos que ter-minam por beneficiar a comunida-de. E a Unisc sempre busca essainteração com a comunidade”, res-saltou Thomé.

No Estado, por meio do pro-grama, já foram criadas 220 redes,envolvendo mais de 4,7 mil empre-

Duas associações lançadas em agosto

tar mão-de-obra, balizar preços dosserviços e expandir a rede.

A Rede Mel é a mais novadas propostas de rede e nasceuda necessidade dos seus associa-dos em conquistar objetivos co-muns, implementado uma novaforma de trabalho das associaçõesde apicultores. Eles trabalham hámais de um ano numa metodologiaespecífica para o associativismo.

Fazem parte da Rede Mel aAssociação Santa-cruzense deApicultores (ASA), Associação

Hannemann de Apicultores de RioPardo (AHARP), Associação Ve-nâncio-airense de Apicultores(AVA), Associação de Apicultoresde Vera Cruz (AAPIVERC) e a As-sociação Encruzilhadense de Api-cultores (ASEAPIC). A rede, queconta com mais de 200 apicultores,pretende implementar ações con-juntas como marketing comparti-lhado, qualificação de produtores,gestores e colaboradores, inova-ções em técnicas, produtos e equi-pamentos, entre outras.

sas, que geraram cerca de 47 milpostos de trabalho e que apresen-tam um faturamento de R$ 5 bi-lhões anuais.

Foram apresentados, durante o seminário, as ações e os resultados do Programa Redes de Cooperação

Rede Reparasul foi criada no último mês, assim como a Rede Mel

Fernanda Mallmann

Divu

lgaç

ão

Balanço do Programa

No Estado

Redes formadas: 220

Empresas envolvidas: aproximadamente 4,7 mil

Postos de trabalho gerados: em torno de 47 mil

Faturamento anual: cerca de R$ 5 bilhões

Universidades envolvidas: Unisc, Unijuí, UFSM, UCS, Unicruz, Unisinos, UCPel, URI, PUC e

Feevale

Movat (Indústrias de Móveis)

CasaNova (Lojas de Material de Construção)

Rede do Bem (Entidades Sociais)

Ponto Pão (Panificadoras)

Reparasul (Oficinas de Chapeação e Pintura)

Rede Mel (Apicultores)

- Uma rede de academias e uma de lojas

de móveis serão lançadas em breve. Além

das redes desenvolvidas, também foram

expandidas, na região, quatro redes de

outras universidades parceiras no projeto

que são: Redefort, Auto Legal, Redemac e

Rede Construir.

InformaçõesInformações sobre o Programa Redes de Cooperação podem

ser obtidas na Unisc pelo telefone (51) 3717-7663 ou diretamente nasala 106a, bloco 1 do campus de Santa Cruz do Sul.

Page 13: Jornal da UNISC

NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007 13

Page 14: Jornal da UNISC

NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007 ViDA DE ALUNO14

O mês em que se festeja a Pátriacomeçou agora, em setembro. Mas, oestudante de Direito da Unisc efuncionário da Biblioteca daUniversidade, Pablo Tavares Schwelm, 25anos, já deu sua demonstração depatriotismo, no mês de agosto. Pablo fezparte da seleção de basquete querepresentou o Brasil nos 4º Jogos Pan-Americanos de Surdos, de 17 a 19 deagosto, na cidade de Carabobo, naVenezuela.

O gosto pelo basquete começou aos9 anos, quando Pablo morava emCachoeira do Sul, e começou a praticar oesporte em um projeto de inclusão socialpara surdos. Depois, continuou a jogarpela Sociedade dos Surdos de Caxias doSul. Os anos de treino, somados à paixãopelo esporte, fizeram de Pablo um dosselecionados, em uma eliminatória queocorreu no mês de abril, para a formaçãodo time de basquete de atletas surdos.

Da confirmação da sua classificaçãoaté a competição, Pablo enfrentou outramaratona: conseguir patrocínio parapoder participar. A ajuda não veio, masPablo foi competir pelo Brasil com o apoioda família.

Na Venezuela, em quadra, asensação de que valeu a pena adificuldade para ter chegado lá. “Me sentimuito feliz de representar o Brasil e de

ATÉ A VENEZUELA PARA REPRESENTAR O BRASILFotos: Divulgação

No mês de abril, Pablo participou de uma seleção para a formação do grupo que foi à Venezuela, na modalidade de basquete

encontrar surdos de diferentes países. Éuma coisa que vou levar para a vidatoda”, diz, com a ajuda da intérprete daLíngua Brasileira de Sinais (Libras),Ivanice Ferreira Azeredo, que trabalhajunto ao Núcleo de Apoio Acadêmico(NAAC), da Unisc.

Ao final dos jogos, o basquete doBrasil ficou em quarto lugar, atrás daVenezuela, dos Estados Unidos e doMéxico. O resultado não classifica oBrasil para a Olimpíada de Surdos, queocorrerá em Taiwan, na China, em 2009.“Eu não tenho vergonha de ter ficado emquarto lugar, de não ter conseguidomedalha. Eu sinto vergonha é da falta deapoio que o nosso país dá para atletassurdos. Lá, vimos atletas de outros paísesque conseguiram apoio e patrocínio comfacilidade”, afirma.

Mas não é porque o seu esportenão se classificou para a Olimpíada nemporque é difícil conseguir patrocínio, quePablo não sonha estar em Taiwan, daqui adois anos. Como também luta judô, é pormeio desse esporte que ele pretendedefender o Brasil em 2009. “Vou treinarmuito”, antecipa. No entanto, a vontadede estar lá é mais uma causa do que umcompromisso. “Não tenho interesse emser atleta profissional, mas quero mostrarque os surdos têm direitos, que elesprecisam ter espaço e podem conseguir as

Aluno e funcionário da Unisc começou a jogar basqueteaos 9 anos, em um projeto de inclusão social para

crianças surdas. No mês agosto, ele defendeu o Brasil nosJogos Pan-Americanos de Surdos, na Venezuela

coisas”.Se quer incluir os

surdos pela força doesporte, Pablo pretendeo mesmo com as suasações do dia-a-dia. Eleestá no 3º semestre deDireito, curso que escolheuporque entende que poderáfazer a diferença. “Eu achoque é o melhor que euposso fazer. Quero focarmeu trabalho para ossurdos”.

Além da faculdade edos esportes, outra atividadede Pablo é pesquisar nainternet as comunidades desurdos. Ele se junta a elas eprocura incluir outros que,assim como ele, não ouvem,mas buscam o seu espaço.“Eu acho importante essecontato com os outros. A inclusão écheia de dificuldades, mas minhapreocupação é que se dê estímulo,principalmente para as crianças surdas.É preciso que se percebam os surdos”,destaca.

Pablo já os percebeu, é um deles,e está ajudando a formar a pátria dosincluídos.Pablo é aluno do curso de Direito e trabalha na Biblioteca da Unisc

Fernanda Mallmann

Page 15: Jornal da UNISC

NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007E AGORA 15REFLEXÕES SOBRE

CARREIRA E PROFISSÃO

Tem um estilo de liderança que antecipa as situações. Planeja os andamentos,acompanha as execuções, dá retorno sobre os desempenhos, se importa com odesenvolvimento das coisas e dos sentimentos na equipe, administra os conflitos.Projeta os obstáculos e redefine os caminhos, abre as informações e as faz circular,prima por falar e escutar muito.

Tem um outro estilo de liderança que deixa as coisas rolar. Não quer saber dosconflitos, deixa que as pessoas se virem, estimula a competição e muitas vezes odegringolar das relações por força da omissão, não se importa comos meios que as pessoas estão usando para atingir os finspropostos. E não planeja – prefere deixar tudo acontecer para sóentão agir.

O curioso é que o primeiro estilo, que tende a ser maiscompulsivo, controlador, costuma gerar ambientes de trabalho maisíntegros e integrados. Basicamente porque, ao mesmo tempo emque é um jogo mais controlado, também é um jogo maistransparente. Todos sabem o que todos estão fazendo, sentindo,

QUE VENÇA O PIOR!

Os juros aparecem tanto nasdiscussões sobre o cresci-

mento econômico da naçãocomo em aspectos miúdosdo dia-a-dia. Neste livro, o

autor defende que a questãodos juros não se restringe ao

mundo das finanças, masatinge as mais diversas e

surpreendentes esferas davida prática, social e espiri-tual, desde o momento em

que aprendeu a planejar suavida. É desta maneira ori-

ginal que ele analisa o tema.

O antigo Grupo Gedai, hojeInstituto Eco-Existir, contribui

de forma relevante para areflexão jurídico-ambiental no

Brasil. Constrói, assim, umalente diferenciada para a

observação do Direito e meioambiente. O livro Ecodireito:

o Direito Ambiental numaperspectiva sistêmico-

complexa é uma possibili-dade para a construção de

novos horizontes para apesquisa de DireitoAmbiental no país.

O livro foi escrito paraquem gosta de filosofia ou

quer saber o que éfilosofia, mas não tem

tempo de ler os clássicos.O grande desafio para o

homem do século 21 ésuperar os medos,

principalmente o medo damorte, e aprender a amar.Luc Ferry acredita numanova sabedoria do amorcomo um dos elementosfundadores de um novo

humanismo.

Aprender a viver, de LucFerry, 302 p.Editora: ObjetivaLocalização: 100 F399a 2006

O valor do amanhã, deEduardo GiannettiEditora: Cia. das LetrasPreço: R$ 47 (à vista 10%)

Livraria da Unisc Biblioteca Edunisc

Adriano Silva

é executivo numa grande

empresa de mídia brasileira

[email protected]

DICAS PARA LER...

www.osfiguras.com.br

Ecodireito, organizado porLuiz Ernani Bonesso deAraújo e João TelmoVieira, 255 p. Preço: R$ 32

pensando. Há um norte declarado, um caminho que permite a todos marchar emuníssono, com senso de time. Esse estilo atrai gente que sabe jogar em equipe, que

assume responsabilidades, que não tem interesse em subir navida de qualquer jeito. Gente que prima por combinar o jogo, por prometer e cumprir,

por jogar limpo.

O segundo estilo, aparentemente mais solto e flexível, costuma gerar,contraditoriamente, ambientes de trabalho caóticos, inconstantes, lugares ótimos para

foras-da-lei e para todo tipo de caráter fracoou inexistente. Basicamente porque, ao

deixar tudo solto, sem regra, sem umaorientação mais clara, esse estilo permite oflorescimento de gente que se aproveita dafalta de controle para se esparramar, gente

que prefere pouca transparência para poderoperar na freqüência obscura das eminênciaspardas, gente que não gosta de jogar em time

porque não move uma palha em nome docoletivo, gente que não gosta de assumir

responsabilidades em público para não ter deprestar contas. Gente que não perde

oportunidade de dar uma sujada no jogo embenefício próprio.

Com isso, a regra que se estabelece noescritório é a do predador: vence quem tiver a

mordida maior, ganha quem tiver os dentesmais afiados, leva quem tiver o

comportamento mais parecido com umtubarão. A regra passa a ser: que vença o

pior.

São dois estilos de chefe: um que podesufocar pela presença. E outro que pode

sufocar pela ausência. No primeiro caso, oseu problema será o chefe em si. E o

esquema montado por ele. Sobretudo, seuproblema será visível. No segundo caso, o

seu problema não será o chefe – mas,potencialmente, todos os outros

profissionais do escritório. Você precisaráolhar para todos os lados, ao mesmo tempo, porque a

lei é da selva e você nunca vai saber de onde virá ogolpe. E o seu problema, como quase tudo naquele

ambiente, estará dissimulado, diluído, difícil de identificare resolver.

Perceba o estilo do lugar em que você trabalha ou está considerandotrabalhar. Defina que ambiente se afina mais ao seu estilo.

E boa sorte.

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NÚMERO 75SETEMBRO DE 2007 ESPORTE

JORNAL DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SULNÚMERO 75SETEMBRO DE 2007

PALESTRAS COM SABINEPoucos dias após a conquista da

inédita medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em julho, a

atleta Sabine Heitling, da equipe deatletismo da Unisc, iniciou um ciclo de

palestras em escolas para contar àscrianças um pouco de sua trajetória

vitoriosa. A primeira palestra foi naEscola Educar-se, onde Sabine concluiu o

Ensino Médio para, posteriormente,ingressar no curso de Ciências Biológicas

da Unisc. O ciclo de palestras com SabineHeitling terá seqüência e escolas

interessadas devem entrar em contatocom a Assessoria de Marketing Esportivo

da Universidade, telefone (51) 3717-7485.

HANDEBOLA segunda etapa do Campeonato Gaúcho

Masculino de Handebol Adulto 2007 serárealizada em Santa Maria, nos dias 29 e

30 de setembro. A chave da Unisc temainda os times da UFSM, campeã de

2006, e do 15 de Novembro/Feevale, deCampo Bom. Uma vitória nessa etapapode levar a equipe santa-cruzense à

inédita semifinal da competição.

VÔLEIA equipe de vôlei feminino da Unisc foi a

campeã do Torneio da Liga Jovemrealizado no dia 28 de agosto, no Colégio

Mauá. Ao todo, 99 atletas de 10 equipesparticiparam do evento, que tem caráter

beneficente e deverá ser repetido nopróximo ano.

TORNEIO DE FUTSALEstão abertas as inscrições para o

Torneio de Futsal comemorativo aos 14anos da Unisc. Podem participar alunos,

professores e funcionários daUniversidade, da Escola Educar-se, do

Cepro e do Hospital Santa Cruz, além deprestadores de serviços terceirizados. As

inscrições podem ser feitas até o dia 12 desetembro, junto ao Setor de Piscinas, nocampus sede. Os jogos serão no Ginásio

da Unisc e a primeira partida estámarcada para o dia 15 de setembro, às

13h. As equipes classificadas em 1º, 2º e3º lugares receberão medalhas. Também

serão premiados o goleiro menos vazado,o goleador e o destaque da competição.

Mais informações pelo telefone (51) 3717-7629.

JUDÔ NA COPAMENo dia 27 de agosto a

Universidade confirmou a presença doProjeto Unisc Judô na Associação

Comunitária Pró-Amparo do Menor(Copame), de Santa Cruz do Sul. As aulas

já são oferecidas também no bairroCohab e na Sociedade Ginástica.

A UNISC NO OUTRO LADO DO MUNDO

C M Y K

Fabiano Peçanha e Sabine Heitling disputamMundial de Atletismo em Osaka, no Japão

Dessa vez não veio o ouro,por apenas sete centésimos desegundo. Mas Fabiano Peçanhatrouxe de Bangkok, na Tailândia,a prata nos 800 e o bronze nos1.500 metros rasos da Universíade.Campeão da prova dos 800 metrosna edição anterior realizada naTurquia, em 2005, Fabiano viu oouro escapar por pouco para o ira-niano Ehsan Mohajersho Jaei. Oatleta da Unisc fez o tempo de 1min46seg11, contra 1min46seg04 deJaei. O bronze ficou com o italianoLivio Sciandra, com 1min46seg19.

Segundo o técnico e pai Jor-ge Peçanha, o clima foi um fatordeterminante na prova. “Os adver-sários eram fortes, mas o Fabianotambém correu cinco provas des-gastantes em cinco dias, com tem-peraturas perto dos 48 graus napista”, justificou. Apesar disso,garantiu o treinador, o filho estásatisfeito com as duas medalhasconquistadas nesta Universíade.

Fabiano Peçanha é o únicogaúcho a ganhar medalhas noatletismo na história da competi-ção. A prata nos 800 e o bronze nos1.500 metros somam-se ao ouro de2005 e aos dois bronzes de 2003.

MundialDa Tailândia Fabiano Peça-

nha viajou para o Japão, onde dis-putou os 800 metros do Mundial

Unisc é destaque emCopa Estadual de Judô

CBAt

No dia 18 de agosto ocorreumais uma etapa das copas esta-duais promovidas pela FederaçãoGaúcha de Judô, desta vez noginásio do Colégio Oliveira Cas-tilhos, em Venâncio Aires. A com-petição contou com cerca de 250atletas das categorias pré-mirim (5-6 anos) até super-master (acima de36 anos). A equipe da Unisc, re-presentada por 38 atletas, foi a cam-peã no masculino e vice-campeã nofeminino da classe especial.

Dos judocas da Unisc, fo-ram campeões em suas categoriasMaurício Hinterholtz, Pedro JuanRodrigues, Henrique Silva, Cristi-ne Pfaffenseler e Carlos EuricoPereira; vice-campeões: Viníciusdos Santos, Alexandre Baungar-ten, Lucas Soares, Dyonnathan daRosa, Tanara Simon, Milena Ra-chor, Franciele Machado e JulianoCampos; e terceiros lugares: Tia-go Souza, Igor Hoelser, Elvis daSilva, Diego do Nascimento e Jo-nathan Linhares.

Nos pódiuns dos absolutos,

onde não existe limite de peso,houve presença marcante dosprofessores da Unisc, com Henri-que Silva, campeão, e JulianoCampos, vice-campeão, da classeopen masculino (17-30 anos deidade). No feminino, a professoraCristine Pfaffenseler ficou com aterceira colocação, enquanto naclasse master (+ 30 anos) mascu-lino o professor Carlos Eurico Pe-reira foi o campeão.

Com essa competição, a e-quipe da Unisc já contabiliza 15participações em eventos em 2007,tendo conquistado medalhas emtodas elas, o que assegurou a pre-sença de seus atletas entre os dezprimeiros de suas classes noranking estadual divulgado pelaFederação Gaúcha de Judô. Osatletas que fazem parte dessa listasão Maurício Hinterholtz (3º doranking infanto-juvenil, 10-11 a-nos), Henrique Silva (7º no senior,20-30 anos), Carlos Pereira (1º nosuper-master) e Franciele Macha-do (8º no infanto juvenil feminino).

de Atletismo. Lá também estava acampeã pan-americana dos 3 milmetros com obstáculos, SabineHeitling. Eles foram dois dos 43brasileiros convocados para oCampeonato Mundial de Atletis-mo, em Osaka, ao lado de nomescomo Jadel Gregório, MaurrenMaggi, Keila Costa, Fabiana Mu-rer e Fábio Gomes, entre outros. OMundial reuniu cerca de 2 mil atle-tas de 200 países.

Para Sabine, o objetivo eraestar entre as 12 finalistas, mas elanão passou da disputa eliminató-ria dos 3 mil metros com obstácu-los. O que não deve pesar para aatleta, que tem apenas 20 anos.“As quenianas e as etíopes eramas favoritas, mas eu estava tran-qüila. Corri como no Pan, sempressão”, conta a atleta. “Não deu,mas aproveitei o alto nível das ad-versárias para tentar melhorar meutempo e obter experiência”. Apaulista Zenaide Vieira, bronze noPan, também foi eliminada na pri-meira fase.

Fabiano Peçanha disputouno Mundial a prova dos 800 me-tros rasos. Ele chegou à semifinal,mas não conseguiu se classificare terminou na 15a colocação, como tempo de 1min45seg95. Por iro-nia, a medalha de ouro foi conquis-tada com o tempo de 1min47seg09,pelo queniano Alfred Kirwa Yego.

Fabiano Peçanha ganhou duas medalhas na Universíade de Bangkok, na Tailândia

Ainda em julho, a atleta da Unisc Sabine Heitling e o reitorVilmar Thomé assinaram a renovação do contrato da atleta por maisum ano, seu oitavo na entidade. Thomé aproveitou a ocasião e desejouboa sorte nos desafios que ela enfrentaria em agosto. “Depois de umbom resultado, as cobranças aumentam. Mas o esporte e a vinculaçãocom a educação fizeram da Sabine uma pessoa madura. Com isso ecom a sua habilidade, os resultados serão uma conseqüência”, afir-mou o reitor.

RENOVAÇÃO DE CONTRATO

Fernanda Mallmann