Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa...

20
Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego Número 8 Direcção: Biblioteca/Mediateca Preço: 0,50 flores Junho 2007 Publicação Trimestral

Transcript of Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa...

Page 1: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - LamegoNúmero 8 Direcção: Biblioteca/MediatecaPreço: 0,50 flores Junho 2007 Publicação Trimestral

Page 2: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 DESTAQUE 2

As visitas de estudo quebram a rotina.São divertidas e interessantes e, por issomesmo, atractivas.

A visita realizada pelos alunos das turmasD e C, respectivamente dos 8º e 9º anos, nopassado dia 18 de Abril, acompanhados dasprofessoras Lúcia Viegas (responsável pelaBiblioteca/Mediateca), Maria Inês Gomes eMaria Amélia Bernardo (docentes de LínguaPortuguesa) não foi excepção.

O primeiro lugar a ser visitado foi o ParqueFlorestal de Vila Real. Este é, sem dúvida,aprazível, acolhedor e apaziguador deansiedades e do stress.

Logo de seguida, deslocámo-nos aoMuseu de Vila Real. Fomos recebidos pordois guias. Estes conduziram-nos através dassecções de numismática e arqueologia. Asinformações adquiridas revelaram-se degrande interesse cultural. Ficámos a saberque na época dos romanos já havia moedas“ falsas”. Eram fabricadas em bronze, combanho em ouro e prata. As verdadeiras eramem prata e ouro. No entanto, as primeiraseram consideradas autênticas em termos decunhagem.

Ficámos ainda a saber que, na região deVila Real, os vestígios pré-históricos sãonotórios. Referimos dois exemplos: osantuário de Panóias e numerosos indíciosde antas.

Posteriormente, visitámos uma exposiçãoreferente aos “Meninos Gordos”. Tratava-sede dois irmãos, Ana e Mateus. Este, com 11anos de idade, pesava 204 kg; a irmã, de 9anos, pesava 120 kg. Naturais do Pie monte(Itália), em pleno séc. XIX, percorriam toda aEuropa num carro de bois, cobertos companos para não serem vistos pelaspopulações, pois eram exibidos em público,constituindo, assim, uma fonte de lucro. Osceramistas da época, impressionados comestas crianças, retrataram-nas em váriaspeças. A recriação de algumas dessas obrasforma uma exposição itinerante magnífica quevisa colaborar na luta contra a obesidadeinfantil.

O almoço foi divertido e um bom pretextopara o convívio.

À tarde, já em S. Martinho de Anta,encontrámo-nos com o Sr. Padre Avelino,

amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nosnuma visita a alguns marcos históricos doescritor: o exterior da casa onde viveu; oLargo do Eirô (onde observámos o tronco donegrilho já seco e o busto em homenagem aMiguel Torga); a escola frequentada peloescritor; o Santuário de Nossa Senhora daAzinheira, espaço onde decorreu a acção doconto “Natal”.

O nosso companheiro revelou-se umapessoa disponível, simpática, culta,eloquente e bem-disposta.

À medida que vários textos de Torga iamsendo lidos por alunos das turmasparticipantes, o grande amigo do escritor iafazendo algumas reflexões: “Reunidosaprendemos mais, reunidos saboreamosmais”. Recordou, ainda, afirmações de Torga:“Quem me quiser conhecer que me leia, masque me entenda!” e “Lá vai o diabo a cavalono pai!”, a propósito do Dr. Mourão quepassava de moto, a alta velocidade, na estradafrente à escola primária. O nosso companheiroapreciou a leitura dos poemas “Convite” e “A um negrilho”, para além de excertos retiradosde “ A criação do Mundo” e “ Diário XVI”,referentes aos locais visitados, a episódiosneles ocorridos e a si próprio.

Por fim, oferecemos-lhe uma pequenaimagem de Nossa Senhora dos Remédios,como sinal da nossa gratidão.

Regressámos mais conhecedores esatisfeitos. O balanço é, portanto, muitopositivo.

Por essa razão, gostaríamos de continuara aprender, através de visitas de estudo.

Alunos e professora de LínguaPortuguesa do 8.ºD

A Equipa de trabalho da Biblioteca, reconhecendo que o Livro e a Leitura são fundamentais para o desenvolvimentointelectual e cívico dos indivíduos e de uma colectividade, agradece as ofertas efectuadas à Biblioteca da nossaEscola por parte de alguns membros da comunidade escolar.

Page 3: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 DESTAQUE 3

“Amai-vos uns aos outros como eu vós amei…” Jesus Cristo transmitiu –nos, assim,uma das primeiras lições que nos mostram que o respeito pelos outros levaria a um mundomelhor.

Na nossa opinião o entendimento entre todos é fundamental para o bem da humanidade.Para chegar a esse ponto, é necessário fomentar a paz, a liberdade, o respeito e combatertudo o que incentive à violência, à discriminação e à desigualdade. É, portanto, indispensávelcompreender as culturas, os costumes e as tradições dos diferentes povos.

Em suma, a sociedade terá de aprender com os seus erros rumo a um mundo melhor. Estaevolução é como uma escada: é necessário subir degrau a degrau, com prudência. Caso

contrário, a humanidade ficará cada vez mais ameaçada por si própria.

Alunos e Professora de Português do 10.º B

No Ano Europeu da Igualdade deOportunidades para todos, a EscolaSecundária/3 da Sé, em parceria com a CâmaraMunicipal de Lamego e a Escola Superior deEducação – Pólo de Lamego (ESE), promoveuno passado dia 11 de Abril de 2007, ummomento intenso de reflexão e debate sobreuma temática actual, pertinente e ao mesmotempo fascinante para quem se interessa emactualizar os seus conhecimentos eultrapassar os problemas actuais dos váriossegmentos da nossa sociedade.

Tratou-se de uma iniciativa que procurouconcretizar uma das linhas de actuação doProjecto Educativo da escola e insere-se nareal preocupação na promoção da saúde dosseus alunos, funcionários e professores.

O Salão Nobre encheu-se departicipantes, estando presentes,professores dos vários grupos disciplinaresda escola organizadora, a médica do Centrode Saúde que faz o apoio à escola, outrosprofessores, alunos da ESE (curso deRecreação e Lazer), técnicas (os) da CML,psicólogos, ajudantes familiares e técnicosde diferentes instituições – Lar de Ferreirim,Lar da Santa Casa da Misericórdia deLamego, APITIL e Centro Paroquial de Lalim.

A Prof. Doutora Mª Dolores Monteiro(professora da UTAD) e Dr. José ManuelConstantino (Presidente da OeirasViva)foram os prelectores convidados e falaram-nos de actividade física em populações

especiais, tais como, jovens,idosos e mulheres pós-menopausicas, salientando aimportância da existência deprogramas específicos paraestes sectores da sociedade ede uma preocupação constantena elevação do seu índice departicipação desportiva.

Para encerrar estes momentos de reflexãoe debate, a Tuna de Estudantes da EscolaSuperior – Pólo de Lamego, tocou algumasmúsicas que encheram de alegria o SalãoNobre e surpreenderam todos osparticipantes.

Este workshop culminou com aapresentação do último livro do Dr. JoséManuel Constantino, a cargo da Dr.ªMargarida José Duarte e do Prof. DoutorAntonino Pereira que em conjunto fizeram umretrato desta personalidade que a ambosinfluenciou nas suas formações académicase que no país desenvolveu e aindadesenvolve um trabalho pioneiro no âmbitodo Desporto nas Autarquias mostrando ser “um intelectual de combate”, com uma grandefirmeza e uma grande independência deespírito.

No seu livro “ Geometria deEquívocos”J.M.Constantino, faz uma reflexãocrítica da situação actual do Desporto emPortugal, que pretende contribuir para adiscussão sobre o universo dos temasdesportivos e numa linguagem clara, concisa,objectiva e muito bem definidos os váriosconceitos, apresenta uma dialéctica entre asvárias dicotomias possíveis entre o Desportoe a mulher, a saúde, as autarquias, oespectáculo desportivo, a política, ascidades, os espaços, a comunicação social,a Europa, etc.

Neste livro, o autor deixa bem claro que

“O Desporto precisa de ser menos umdiscurso e mais um investimento corporalde TODOS” e alerta para o grande desafioque se coloca à governação que terá de “ seadaptar a esta dinâmica plural e o deconseguir passar de um corpo de políticasque se dirigiam às necessidades colectivasde alguns para políticas que respondam àsnecessidades individuais de muitos”.

O Presidente da Câmara Municipal deLamego, Eng. Francisco Lopes, fez questãode sublinhar que tem para com o Dr. JoséManuel Constantino uma dívida de gratidão,pois aquando da sua campanha política aquiem Lamego, foi ele que se disponibilizou aajudá-lo na Conferência sobre o Desporto esimbolicamente, ofereceu-lhe a chave dacidade de Lamego “ para voltar sempre quequeira…”.

Todos estes gestos contribuíram paraque fossem vividas emoções fortes, a talponto que o Dr. José Manuel Constantinonão pôde ficar imune e afirmou que este diaseria um dia inesquecível para ele, pois tevesurpresas sensacionais que o marcarammuito positivamente para toda a vida.

A organização agradece a todos osparticipantes a sua colaboração para queeste Workshop fosse mais um momentoexcepcional de reflexão e debate, esperandoque para a próxima iniciativa deste géneroapareçam mais professores de EducaçãoFísica e elementos dos Clubes desportivosdesta cidade.

Pela Equipa Organizadora

Margarida José Duarte

Page 4: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 ÚLTIMO DIA 4

de tantos outros. As turmas acima referidas ea turma D do 8º ano empenharam-semarcadamente nesta actividade, chegando amemorizar todos os textos e apresentandotambém uma postura de algum à-vontade eresponsabilidade. Os espectadores, comovem sendo hábito, mostraram o seuentusiasmo aplaudindo, brincando com oscolegas e fazendo silêncio quando a acção o

exigia. Os diferentes fundos de ecrã queconstituíram as diversas cenas dos trabalhos,foram bem adaptados aos textos, tal como ojogo de luzes, cujo efeito nos transportou aum jardim florido povoado de poesia.

A equipa da biblioteca parabeniza todosos intervenientes, agradecendo-lhes todo oempenho colocado nesta acção.

A comemoração do dia mundial dapoesia, que decorreu no auditório, teve comoponto alto a apresentação pela turma C do8º ano, de um quadro vivo relacionado coma obra “O Mostrengo” do poeta e escritorFernando Pessoa. A turma A do mesmo anodramatizou uma pequena história onde umjardim servia de cenário. António Gedeão foioutra grande figura homenageada no meio

Page 5: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 COISAS de VER, PENSAR e ANDAR 5

No âmbito do projecto Comenius,recebemos, de 25 a 29 de Abril, a visita detodos os parceiros europeus para a reuniãofinal do projecto. O objectivo principal eraapresentar o resultado da pesquisa e dotrabalho realizados durante todo o anolectivo sobre as “Lendas e Histórias daminha Terra”, além da possibilidade decontacto real com os colegas estrangeirosque conhecíamos apenas através daInternet.

Concluímos que esta actividade foiindiscutivelmente enriquecedora, na medidaem que nos deu a conhecer outras realidadesde países e gentes que, connosco, fazemparte da União Europeia.

Durante a estadia dos nossos parceiros,sentimos que tínhamos muito a aprenderrelativamente a outros tipos de culturas ecostumes.

Assim, para nós, esta iniciativa constituiuuma oportunidade única de aperfeiçoarmos odomínio da língua inglesa, para além de termosalargado o nosso leque de conhecimentos etrabalhado vários outros saberes: o saber ser,o saber estar e o saber fazer. Verificou-se umareciprocidade interessante - tentámos sempretransmitir um sentimento de bem-estar e dehospitalidade que temos a certeza de ter sidoentendido e apreciado pelos nossos colegas.

Explorámos a nossa terra e cultura,sentimos que, agora, valorizamos mais ashistórias e belezas da nossa região (queorgulhosamente demos a conhecer) e osnossos hábitos.

Conseguimos dar a cada um uma visão donosso quotidiano, o que provocou umencantamento que sabemos nunca seráesquecido e será responsável pela

divulgação, em cada país, do Portugal quesomos.

Em suma: crescemos numa dupladimensão – como pessoas e como cidadãosda Europa e do mundo. Consideramos,portanto, que o balanço da actividade foimuito positivo.

O Grupo Comenius

Ângelo, Ana Catarina, Andreia,Joana, Eduardo - 10.º B

Joana, Ana Soraia - 11.º CAmílcar- 11.º D

Hugo, Paulo , Pedro - 12.º A

Page 6: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 6COISAS de VER, PENSAR e ANDAR

Gostaria de fazer referência a duasactividades realizadas neste ano lectivo: avisita dos parceiros alemães, polacos edinamarqueses à nossa escola e adeslocação de um grupo, que eu integrei, àAlemanha. Da primeira, só tenho aspectospositivos a apontar. Todos os colegas forammuito bem educados, divertidos etransmitiram-nos diferentes aspectos da suacultura. Demonstraram igualmente umgrande gosto e admiração pela nossa.Dispuseram-se a fazer tudo o que nóssugerimos, dando sempre a sua opinião.Acolhi em minha casa colegas de todas asnacionalidades; assim, pessoalmente, aexperiência foi ainda mais enriquecedora.

Relativamente à deslocação aAschaffenburg, só ficaram boasrecordações. Fui muito bem acolhida pelafamília que me alojou. Todos tentavam falarcomigo, mesmo quando não sabiam muitobem como. Depareime com uma cultura ecom hábitos totalmente diferentes dos meuse aos quais não estava habituada. Foi umaexperiência ainda mais enriquecedora emotivante e que deixou uma grande vontadede repetir.

Joana Pereira – 10.º B

A visita à escola parceira alemã emAschaffenburg foi de extrema importânciapara o grupo participante, pois pudemosverificar grandes diferenças a níveleconómico e cultural e que comprovam quea Alemanha é um país bastantedesenvolvido. A mensagem que passo é aseguinte:

Participem neste tipo de projectos,conheçam outras culturas, mas o maisimportante é trazerem para o nosso paísideias novas , de modo a que alguma coisamude

Paulo Ricardo 12.º A

No âmbito do projecto Comenius 1levamos a cabo actividades muito importantespara a nossa formação como cidadãos. Esteano a escola recebeu a visita de todos osparceiros para o encontro final e apresentaçãodo trabalhos. A troca de culturas, a amizadeque se estabeleceu entre nós e a facilidadecom que se transpôs a barreira da língua foramfundamentais. Além disso, tive o privilégiode integrar o grupo que se deslocou aAschaffenburg e conhecer outra cultura. Viveruma forma de estar diferente, tanto na escolacomo em casa, foi para mim muitoenriquecedor. Com o projecto pudemos ir maislonge e alargar o nosso leque deconhecimentos.

Ana Catarina - 10.º B

No âmbito do projecto Comenius 1 foramdesenvolvidas actividades que contribuírammuito para a minha formação global. Queriadestacar a visita a Lamego dos parceirospolacos, alemães e dinamarqueses e a visitado grupo português a Aschaffenburg,Alemanha. A visita a Lamego reforçou aamizade que já se tinha vindo a desenvolveratravés de contactos pela Internet, ajudou aultrapassar as barreiras da língua eproporcionou aos nossos parceiros umavisão da nossa realidade. A viagem aAschaffenburg foi muito enriquecedora e,para mim, uma possibilidade única deconhecer outra cultura e viver outros hábitose formas de estar na vida. Veio também reforçara importância de ser cidadão europeu. Foi umaoportunidade única que todos devemosagarrar, pois a participação neste tipo deprojectos contribui, sem sombra de dúvida,para a abertura de novos horizontes.

Amílcar Guedes – 11.º D

O desafio foi lançado e apareceram 75inscrições para o Clube de Voleibol quecomeçou a funcionar no 3º Período.

Os treinos decorreram às 3ª, 4ª e 5ª feirase todo o grupo de Educação Física foienvolvido.

Pela 1ª vez esta Escola participou noTorneio do CTOE (ex-CIOE) com 3 equipas:2 Masculinas e uma Feminina e apesar dosjogos terem sido muito difíceis, o ambienteque foi criado entre os atletas foi fabulosoe o fair-play uma constante….

Para o ano teremos que começar maiscedo para os resultados serem aindamelhores!!!!!!!

PARABÉNS A TODOS OSPARTICIPANTES.

Page 7: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

7Escola Aberta 2007 COISAS de VER, PENSAR e ANDAR

Em 9 de Maio de 1950, Robert Schuman,Ministro dos Negócios Estrangeiros daFrança, apresentou uma proposta decriação de uma Europa comunitáriaorganizada, requisito indispensável para aconstrução efectiva e duradoura derelações pacíficas no Velho Continente.

Esta proposta, conhecida como“Declaração Schuman”, é considerada oinício daquilo que é hoje a União Europeia.

Assim, como tudo começou nesse dia,os Chefes de Estado e de Governo,reunidos na Cimeira de Milão de 1985,decidiram celebrar o 9 de Maio como “Diada Europa”. Este dia torna-se, então, umsímbolo europeu (Dia da Europa) que,conjuntamente com a Bandeira, o Hino e aMoeda Única (o Euro), constituem aidentidade política e económica da UniãoEuropeia. O Dia da Europa é, assim, umaoportunidade para desenvolver actividadese festejos que aproximem a EuropaComunitária dos seus cidadãos efortaleçam os laços que unem os seuspovos.

Foi comungando deste espírito que, nopassado 9 de Maio, os alunos do 12ºB danossa Escola, levaram a cabo um conjuntode actividades relacionadas com o “Dia daEuropa”. Estas actividades traduziram-sena realização de uma exposição que tevelugar no átrio da Escola, onde foi afixadainformação alusiva à criação e evoluçãohistórica da União Europeia e onde tambémforam disponibilizados, para consulta porparte da comunidade educativa, ostrabalhos realizados pelos alunos noâmbito das “questões europeias”.

Com esta iniciativa, deu-se divulgaçãoaos trabalhos desenvolvidos ao longo dealgumas aulas da Área de Projecto,pretendendo-se sensibilizar toda acomunidade educativa para a importânciae para o significado deste dia, no sentidode que Portugal, sendo um dos países-membros da União Europeia, vai ter, a breveprazo, a seu cargo, a Presidência da UniãoEuropeia. A par desta actividade, os alunosda Escola Secundária/3 da Sé tiveram aindaa oportunidade de ouvir o Hino da Alegria,que foi reproduzido no intervalo das 10:30,no átrio da escola.

Foi um dia memorável, com aparticipação interessada de alunos eprofessores desta Escola que, mais uma vez,mostrou o seu dinamismo e a suacapacidade de envolver e enriquecer todosos actores da Comunidade Educativa.

Egídio Pina Rodrigues n.º8 12.ºB

As diferenças, somos nós que as fazemos

Todos os dias nos deparamos com diversas situações que demonstram a falta derespeito para com os outros.

Decerto que o leitor concorda connosco e até pergunta: será infalível que assim seja?Porquê? Que é feito dos valores transmitidos pelos nossos pais? A sociedade está, comodizem alguns, irremediavelmente podre?

Falamos primeiro consigo, Sr. Condutor. Certamente não se esqueceu que, antes de serum automobilista, é um peão! Mas... poucas vezes cede a passagem àqueles que atravessama rua, utilizando a passadeira. Pelo contrário, muitas serão as ocasiões em que resmungacom quem se atravessa no “seu” caminho.

Não pensemos, porém, que a falta de respeito pelo “outro” se limita à estrada. E naescola? Evitamos agredir os nossos colegas, verbal e/ou fisicamente? Ouvimos os nossosprofessores e os funcionários? O espírito de entreajuda, esse... talvez esteja debilitado...

A inportância dada ao estatuto económico das pessoas é também exemplo desta ausênciade solidariedade e respeito. Vejamos a forma como são cumprimentados, atendidos emestabelecimentos comerciais e encarados pela sociedade em geral os indivíduospertencentes às classes sociais mais favorecidas. E aqueles que menos têm, mas maisprecisam da nossa atenção? Já reflectiu nestas situações? Parecem-lhe justas as diferençasverificadas?

Vejamos agora o caso dos nossos idosos. Tantas vezes nos passam ao lado! A nossaindiferença causa-lhes dor e aviva a certeza de estarem cada vez mais sós, no meio de tantagente!

Mas estas não são as únicas formas que a discriminação assume. Pensemos no racismoe na xenofobia. Perante os alertas lançados, qual a reacção da sociedade? Muitos são ospassivos. E nós? Já é positivo o facto de não marginalizarmos alguém por a cor da sua peleser diferente. No entanto, que reacções temos perante estes problemas? Deixamos quecontinuem…

Sinceramente, pensamos que devemos reflectir profundamente para alterarmos os nossoscomportamentos, tornando-nos mais intervenientes. E assim, unidos, estaremos a construiruma sociedade mais justa, tolerante e aberta às diferenças. Desta forma, todos seremosdiferentes, todos todos seremos iguais.

Alunos e professora de Português do 10.º anodo Ensino Recorrente por Módulos Capitalizáveis

Page 8: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 CLUBE de LEITURA 8

O livro serve para nos tornar mais qualquer coisa emais tudo: para sonhar; para estudar, para colocarobjectos em cima, disfarçar defeitos dos móveis,pesar na mochila, para alguém fazer boa figura, paraenriquecer as editoras, os autores.

Parece uma gaveta, um tampo de uma mesa, umacasa, uma caixa com folhas.

Livros: três por mês; gostava de ter tempo paramais.Feitos de papel, de papiro, de arroz, com cola, demadeira, plástico, ouro, prata, ferro, de borracha,com tinta, ouro, prata, bronze…Haverá livros de vidro? Poderão chamar-se«lividros»?Diz-se que alguns foram escritos com sangue… enem sempre de animais…Sabe-se que neles foramusados diversos pigmentos naturais.Fabricam-se nas editoras, grandes, pequenas, boas,más, marginais, e também em lojas artesanais. Osantigos eram manuscritos, depois apareceuGuttenberg e recentemente o ciberespaço.

Adquirem-se nas livrarias, simples, sofisticadas,virtuais, nos alfarrabistas, nas feiras do livro …Ler livros: nos tempos livres, nas aulas, quandoestudamos, em horas de lazer, em locais silenciosos,com boa estabilidade, na praia, na piscina, no rio,no campo, na casa de banho, na sala, no quarto, nacozinha, no sótão, no carro, no avião, no autocarro,no comboio, no barco, na livraria, no centrocomercial, no café, num restaurante, em bares,na biblioteca, no aeroporto, nas finanças, nocabeleireiro, no hospital, no lar de terceira idade,em certas lojas, dentro de um barco parado, numarede, no sofá, na banheira, debaixo dos lençóis,num colchão de ar, na relva, no jardim, num localem que se esteja à vontade.

Numa livraria podemos encontrá-los arrumados emdiferentes áreas / categorias: Poesia, Teatro, Ficçãocientífica, Aventuras, Romance Histórico, Medicina,Direito; Informática, Arte, Desporto, Música,Decoração / Bricolage, Cinema, Dicionários eEnciclopédias, Viagens, Gastronomia, Mecânica,Novidades, Ensaio, etc.

Calhamaço, alfarrábio, infólio, cartapácio, tomo, volume, obra. De bolso, de bordo, decabeceira, de notas, de ocorrências, de ponto, de protocolo, de honra, proibidos,apetecidos, censurados, desejados: há tantos tipos de livros! E há a Bíblia!

Leiam-se estes pensamentos sobre livros:

Um dos principais deveres do homem é cultivar a amizade dos livros.Desconfio do homem de um só livro (Santo Agostinho)Um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós (Franz Kafka)Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro.(HenryThoreau)Acontece com os livros o mesmo que com os homens: um pequeno grupo desempenhaum grande papel. (Voltaire)Os livros são o alimento da juventude. (Marcus Cícero)O livro é um alimento. Alguns são provados, outros, devorados, mas pouquíssimosmastigados e digeridos. (Francis Bacon)Os livros são como espelhos: olhando-os, descobrimos quem somos. (José Luís deVilallonga)Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto quevive. (Padre António Vieira)Uma casa sem livros é como uma casa sem janelas. (Horace Mann)A máquina tecnologicamente mais eficiente que um homem jamais inventou é o livro(Northorp Frye)Não basta ler os livros úteis, é necessário estudá-los. (Thomas Atkinson)Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém quelhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo(Hermann Hesse)Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou daaranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno (Friedrich Nietzsche)Agora, livro meu, vai, vai para onde o acaso te leve. (Paul Verlaine)Um livro só vive enquanto tiver o poder de nos emocionar. (D. H. Lawrence)De livro fechado, não sai letrado.Um burro carregado de livros é um doutor.Aquela pessoa é um livro aberto.

Tantos livros na estante. E acabo folheando o coração. (Eugénio Leandro)Um livro é tudo porque foi durante milénios o meio mais seguro de preservar a memóriada Humanidade.

O que se aprende com os livros e sobre os livros!

Catarina e Jéssica, 8.º C;Sofia, 8.º B;

Christofe e Rafael, 9.º B.

Às Duas da Tarde

Às duas horas da tardePasseia-se no shoppingMostra-se gente no shopping,Namora-se no shopping,Vêem – se montras… e montrasObserva-se e é-se observado,Comenta-se e é-se comentado no shopping.Às duas horas da tarde,Vêem-se filmes no shopping,Sorri-se e chora-se.No Inverno é quentinho no shopping,No verão é fresco no shopping.Às duas horas da tarde,No shopping, zangam-se comadres,Fica-se frustrado com as verdadesE tira-se o carro do shopping.

Daniela, Liliana e Rute – 8.º C

Page 9: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

9CLUBE de LEITURAEscola Aberta 2007

À maneira de Alexandre O’Neill

Um suporte com trinta cruzetasOito peças de roupa penduradasUm caixote de lixo cheio de tretasUm placard com fotografias variadas

Um aquecedor absolutamente desligadoUma tomada muitíssimo vulgarUm armário bem arrumadoDemasiados papéis a avisar

Um extintor bastante vermelhoOutro armário ali jornaisQuase nada aqui é velhoE também nada é demais

Ainda uma campainha de incêndioDuas úteis janelas e uma portaUm aluno distrai-se num compêndioUma fotografia um pouco torta

Na sala dita dos computadoresOnze alunos claramente a navegarUns procuram – dizem -amoresOutros parecem estar a trabalhar

Numa parede, um mapa de PortugalNoutra uma pequena bandeiraUma mesa simplesmente banalQuatro quadros mesmo à beira

Três vasos com belas plantasUm quadro de electricidadeUm aluno lento que às tantasMostra surpreendente capacidade.

Muitos livros em vinte estantes,Trabalho de muitos autores.Dez mesas, onze estudantesNa secretária dois professores.

Uma única fotocopiadoraManobrada pela funcionária.As mochilas ficam lá fora,Que esta é uma pequena área.

Alguns vasos com flores,Uma aluna que está à seca,Um ambiente com muitas cores:Eis a nossa estimada biblioteca!

Daniela, Liliana e Rute – 8º C

Page 10: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

10COISAS de VER, PENSAR e ANDAREscola Aberta 2007

Page 11: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

11DESPORTO na ESCOLAEscola Aberta 2007

A exemplo de anos anteriores, realizou-seno dia 7 de Junho de 2007, quinta-feira, feriado,Dia do Corpo de Deus, a VII Edição –Intercâmbio de Escolas da Raia, provas deatletismo, Estafeta e Grande Prémio: Portasde Almeida – Fronteira de Vilar Formoso, umaorganização conjunta das Escolas EB 2,3/ SDr. José Casimiro Matias, de Almeida e daEscola EB 2,3/ S de Vilar Formoso. Este ano, amadrinha foi a conhecida campeã nacionalInês Monteiro, na foto com Serafim Bastos(Cepões).

A participação na prova estava aberta aatletas federados e não federados, de ambosos sexos, quer em representação individualquer colectiva.

Para além do espírito da participação nestetipo de provas de atletismo, também osprémios constituíam uma importante aliciante.Desde vales de refeição em restaurantes daregião, passando pelas tradicionais taças,troféus, medalhões e medalhas, até um “PrizeMoney” muitíssimo interessante a rondar os2 mil euros.

A Estafeta e o Grande Prémio de Atletismo,numa distância aproximada de 16,5 km, compartida em Almeida, junto às Portas de S.Francisco e chegada na Fronteira de VilarFormoso, apresentava um percurso poucosinuoso e relativamente plano, integralmentefeito na Estrada Nacional 332, a ligar aquelasduas localidades, com bom piso, em asfalto.

A manhã apresentava-se quente, e aausência de vento com a presença de um solabrasador, apesar da curta distância e do bomcaminho a percorrer, adivinhava uma provadifícil para todos os atletas em ambas asvariantes: Estafeta e Grande Prémio.

A Escola Secundária/ 3 da Sé, de Lamego,fez-se representar por onze atletas (duasequipas de Estafeta, cada uma com cincoatletas, e um atleta sénior para participar noGrande Prémio), orientados pelo Dr. AntónioMiguel Simões, secretariado por DanyMachado e acompanhados pelo Dr. OrlandoMarinho.

Serafim Bastos, em seniores, com o dorsalnúmero 111, classificou-se em 13.º lugar, tendofeito o percurso de 16,5 km, em 1:03:45, commais 14’21’’ do que o vencedor, AntónioSalvador, atleta federado, dos ServiçosSociais da Câmara Municipal de Ovar.

Em Estafeta, a Escola Secundária/ 3 daSé classificou-se em 5.º (equipa B), e 7.º(equipa A), lugares, com os tempos de 1:04:02e 1:10:33, respectivamente.

A equipa B era constituída por PauloSilvério, João Medeiros, Maurício Botelho,Nelson Teixeira e Luís Almeida, e a equipa Apor Fábio Pereira, Rafael Pinto, Filipe Lima,Yuan Juan e Pedro Moreira. A equipavencedora, representada pela Escola EB 2,3/S de Vilar Formoso, gastou apenas 1:00:02.

No final da prova, depois de um merecidobanho, nas instalações do Sporting Clubede Vilar Formoso, a organização brindoutodos os participantes com um almoçoconvívio no Parque, situado junto daRibeira, em Vilar Formoso, local onde tambémforam entregues os prémios.

Para a história desta primeira participaçãona VII Estafeta e Grande Prémio Portas deAlmeida – Fronteira de Vilar Formoso daEscola Secundária/ 3 da Sé, de Lamego, ficaaqui a foto da respectiva delegação bemcomo a freguesia a que cada elementopertence. Em 2.º Plano: Maurício Botelho(Sé), Nelson Teixeira (Cepões), Fábio Pereira(Almacave), Paulo Silvério (Valdigem), LuísAlmeida (Sé), Dany Machado (Penude),Pedro Moreira (Sé), Dr. Orlando Marinho, eem 1.º Plano: Yuan Juan (Sé), Filipe Lima(Cepões), Dr. António Miguel Simões,Serafim Bastos (Cepões), João Medeiros(Figueira), Rafael Pinto (Sé).

Resta-nos apenas agradecer a todas asentidades que tornaram esta participaçãopossível, nomeadamente às freguesias doconcelho de Lamego envolvidas: Almacave,Cepões, Figueira, Sé e Valdigem, e às câmarasmunicipais de Almeida, Vilar Formoso eLamego, que asseguraram o transporte.

Um agradecimento muito especial aosresponsáveis pela Associação RecreativaCultural e Social de Aldeia de São Sebastião,que asseguraram a estadia e nosproporcionaram momentos inolvidáveis deactividades de lazer no seu “campus” comvalências tão díspares como piscina, ténis,canoagem, pingue-pongue, entre outros, eque recomendamos vivamente uma visita.

A todos o nosso bem-haja.Prof. Orlando Marinho,

Escola Secundária/ 3 da Sé.

No dia 13 de Abril, sexta feira, na aula deEd. Física, a nossa turma do 7º A teve umaaula diferente – uma aula radical, pois fomosàs comemorações do Dia da Unidade, juntoao Museu de Lamego!

Fomos fazer escalada e slide: primeirovesti equipamento apropriado e quando fuifazer escalada usei a regra dos trêsapoios…depois fiz slide e senti muitaadrenalina!!!!!

Eu tive um bocado de medo, quando tivede dar um salto ou um passo em frente, paracomeçar o slide, mas compensou…aliás foia parte que eu mais gostei!

Samanta Ferreira Xavier, n.º 22, 7.º A

A convite de uma ex-professora da nossaescola, Drª Manuela Gama, o Clube deOrientação e Pedestrianismo desta escolaparticipou com alguns alunos do 11º A, 7º Fe 9ºC, na 27ª MARCHA JUVENIL DEMONTANHA, no dia 2 de Junho de 2007,em Fafe, organizada pelo Clube de Ar Livreda Esc. Básica de Canelas-Fafe.

O dia esteve maravilhoso e osparticipantes eram 2.500 de todas as escolasda DREN….

Houve tempo para caminhar, deliciarmo-nos com as paisagens, aprender os nomesda vegetação, pois estava muito bemsinalizada e até tempo para assar umchouriço, numa aldeia onde as pessoas nosacolheram super entusiasmadas por veremtanta juventude junta!!!!

No final houve a entrega dos diplomas eregressámos muito satisfeitos por termosconvivido com a natureza.

André César Ferreira, 7.º F

Page 12: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 12MAIS COISAS

A Escola Secundária/ 3 da Sé é a primeiraescola a acolher a exposição de fotografiaintitulada “Acontecimentos Históricos noDouro na era da fotografia,” da AssociaçãoAI – Arquivo da Imagem. A exposição foiinaugurada no dia 4 do corrente mês e iráencerrar no próximo dia 22 de Junho,coincidindo igualmente com o terminus dasactividades escolares no presente ano lectivo.

Depois de ter passado, com grande êxito,no que refere ao número de visitantes, pelosmunicípios do Peso da Régua, Santa Martade Penaguião, Lamego e Vila Real, chegouagora a vez de uma comunidade escolar inteirapoder apreciar sete temas históricosrelevantes para a Região do Douro, na áreados quatro municípios referidos.

A “Questão do Douro”, despoletada em1915 pelo Tratado do Comércio e estritamenterelacionada com o comércio do vinho do Porto.

A “Festa da Árvore”, iniciativa do Jornal“O Século” de Lisboa, tinha como objectivo aplantação massiva de árvores de norte a suldo País. Em Lamego, em 1914, os jovens dasescolas plantaram centenas de árvores umpouco por todo o lado.

A “Monarquia do Norte”, uma derradeiratentativa de restauração da Monarquia,liderada por Paiva Couceiro, e com predomíniogeográfico no norte de Portugal, daí o nome.

Em 1913, a Região do Douro assistiu à“invasão” de um conjunto de excêntricos comas suas máquinas - “A 90 à Hora”, era umaespécie de “rally” ou talvez o seu percursor.

“As Festas Religiosas”, desde a NossaSenhora dos Remédios, em Lamego, passandopela Nossa Senhora do Socorro, no Peso daRégua, até à Senhora do Viso, em Santa Martade Penaguião e a Festa dos Pucarinhos, emVila Real.

“As Presidenciais de 1958”, ondeinevitavelmente se foca a figura do ilustreGeneral Humberto Delgado, mais conhecidopor “O General Sem Medo.”

A exposição termina com a visita, em Abrilde 1965, à Região do Douro, do presidente darepública, Américo Tomás. Uma visitadevidamente preparada pela máquina dapropaganda, como era apanágio do regimeditatorial de então. Este tema apenas seencontra no pequeno filme inédito, de cercade 20 minutos, que o AI – Arquivo da Imagemrealizou e preparou para apresentar nasinaugurações.

A utilização das imagens agora expostassó foi possível graças ao uso da informática,e de aturada pesquisa em jornais, revistas,folhetos..., uma vez que muitos dos originaisnão se sabe do seu paradeiro, presume-seque estejam irremediavelmente perdidos.

Todos aqueles que tiverem ainda outiveram a oportunidade de ver estaexposição, devem, acima de tudo, para alémde apreciar a fotografia, naquilo que aqualidade o permitir, apreciar a fotografiacomo um documento histórico, que marcouuma época e uma região.

O professor Orlando Marinho gostariade agradecer às pessoas que tornaram estaexposição uma realidade na EscolaSecundária/ 3, da Sé, manifestando destaforma uma enorme sensibilidade e interessepor questões históricas relevantes na

Região do Douro, contribuindo assim parao enriquecimento cultural e histórico dosalunos sobre uma área geográfica ondehabitam e que nem sempre conhecem o seupassado, mesmo que recente.

Orlando Marinho

No dia 22 de Janeiro de 2007, participei numa aula de Formação Cívica, da turmaC, do 7.º ano, iniciativa integrada no projecto curricular de turma. O objectivo era dialogarcom os alunos sobre a importância de um bom comportamento na escola.

Foi muito gratificante ter a oportunidade de conversar com os vinte e cincoalunos da turma sobre como se devem comportar dentro da sala de aula. Tambémrecomendei que estudassem mais para virem a ter uma boa vida, quando forem maiorese puderem escolher uma profissão decente.

Fiquei contente com o 7.º C pela sua atenção, participação e colaboração.

A Encarregada de Educação de EducaçãoMaria Felicidade Gonçalves

NOTA: Acho que os outros encarregados de educação devem fazer o mesmo.

Page 13: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 13MAIS COISAS

Vem esta reflexão a propósito deduas situações completamentedistintas, mas porque convivemoscom as duas, provocam em nóssensações contrárias que nos fazemparar para pensar ainda mais sobre opapel e a importância que a escolaexerce sobre as nossas crianças ejovens a médio e longo prazo.

Há já algum tempo que temosvindo a observar alguns cartazesque mostram figuras públicas, bemsucedidas em algumas profissõesque dizem “eu não concluí osestudos”. Ficamos com a ideia quese faz a apologia da improvisação,da “escola da vida”, valorizandooutras formas de aprender emdetrimento de uma escola organizada,de um ensino sistematizado eprogramado.

Pensamos que a escola não é oúnico local onde se aprende e que àescola ainda não são dadas todas asferramentas para rentabilizar ascapacidades dos alunos, mas cremosque é aqui que os alunos devemaprender, é aqui que os alunosdevem adquirir conhecimentos ecompetências que em mais ladoalgum poderão adquirir, de forma tãosólida e tão segura. Não descuramoscontudo as experiências vividasnoutros contextos; todas sãoenriquecedoras, mas na escola, ofactor risco é menor, porque háprogramação, há objectivosdefinidos e metas delineadas, mesmoque essas metas nos pareçam irreaise que muitas vezes estejam algodistantes e que façam esmoreceralunos e pais menos perseverantes,mas existe realmente um sistemaeducativo, que embora imperfeito,consegue fazer mais pelas crianças ejovens do que qualquer outra“escola”, mais virtual ou mais real.

Nós também duvidamos.Também questionamos o nossopapel enquanto professores e

também educadores,educadores sim, porque, énossa opinião de que não háformação sem educação.

Muitas vezes observamosatitudes ou comportamentosque nos fazem pensar serealmente conseguimostransmitir a mensagem aosalunos. Não raras vezes issonos acontece e nos deixa

abatidos por não vermos o nossotrabalho transformado em “obra feita”.

Mas há momentos de glória quenos fazem bem, que nos renovamenergias e nos dão alento paracontinuarmos a ser quem somos e afazer o que é da nossa competência eresponsabilidade mas também aempenhar-nos numa tarefa que contémmuito de paixão e de emoção, porquetrabalhamos com pessoas, pequenasou grandes.

São estes momentos, comoaconteceram recentemente durante oTorneio de Voleibol do CTOE, quemostram algum do nossomultifacetado trabalho e nos mostramque a nossa dedicação e empenhovaleram a pena.

A participação da nossa escola notorneio envolveu três equipas, duasmasculinas e uma feminina. Osresultados foram-nos sendodesfavoráveis, pois jogámos contraequipas organizadas, com treinosregulares. Mas foi gratificante receberos elogios de muitos treinadores,árbitros e público atento aos nossosjogos. Saber que os resultados foramalcançados apenas pelo trabalhodesenvolvido nas aulas, é motivo deorgulho e motivador para novosdesafios. Quando os nossos alunosvestem o equipamento da escola, étoda a comunidade educativa que aliestá representada, e por isso, aresponsabilidade é muita, o desafio égrande, e foi tudo isso que os nossosalunos fizeram, representando de formadigna a nossa escola, não só pelaquestão técnica, mas sobretudo pelasimpatia e fair play espalhado pelotorneio.

Cremos firmemente que ainda valea pena terminar os estudos.

Professor Jorge Reis

Milhares de jovens tomaram, pela primeira vez,conhecimento da oferta formativa (cursos de nível superior,profissionais e de educação) disponibilizada pelosestabelecimentos de ensino de vários pontos do país,durante a I Montra de Oportunidades do Município deLamego, realizada a 12 e 13 de Abril último. Esta iniciativa,de características inéditas na região, foi organizada pelaCâmara Municipal de Lamego, tendo como principalobjectivo a apresentação de propostas de formação porparte dos actores locais na área do ensino e da formação ea avaliação do seu impacto no público-alvo. A adesão e ointeresse manifestado pelos jovens indicam que estesobjectivos foram plenamente alcançados.

Ao longo de dois dias, a Escola de Hotelaria e Turismode Lamego acolheu um leque diversificado de actividadesrealizadas no âmbito da Montra de Oportunidades:simpósios, workshops e exposições de orientaçãovocacional, dinamizadas por mais de uma dezena deinstituições de ensino. Em simultâneo, a Câmara de Lamegoprocurou incentivar o interesse dos jovens por novastemáticas que neste momento registam um significativodesenvolvimento no nosso país, nomeadamente astecnologias de informação, energias renováveis e turismo.Os simpósios, por exemplo, conseguiram despertar umelevado interesse por parte do público presente, queescutou atentamente os especialistas de cada área, dada arelevância e actualidade dos debates realizados

A nossa Escola também esteve presente, onde tivemosoportunidade de divulgar o que de melhor fazemos assimcomo dar a conhecer a toda a comunidade a oferta curricularexistente para o ano lectivo de 2007-2008..

Page 14: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 14MAIS COISAS

3 Dias Magníficos…… pois transportaram-nos para um mundo

enigmático;

3 Dias Mágicos…… fizeram-nos pensar, reflectir, imaginar…

3 Dias Maravilhosos…… transfiguraram a nossa realidade.

Enfim…… foram, simplesmente, 3 Dias da

Matemática.Apesar de algum “esforço”, no fim só

tivemos recompensas. Aprendemos novos evariados métodos de resolver problemas, divertimo-nos na resolução de actividades, …

Os números são importantes no nosso dia-a-dia. Vivemos e convivemos com eles.

Vive a Matemática a brincar… diverte-te,aprende e cresce!!

3DM foi uma boa iniciativa, aliás muito boa.Devia ser mais vezes repetida, para as pessoasaprenderem a comunicar e a conviver com o “bicho-de-sete-cabeças”…

… a MATEMÁTICA!

É importante, para ti, saber encará-la de frente.Ser-te-á muito útil na tua vida futura! Se brincarescom a Matemática e se aproveitares asoportunidades que a escola te propõe aprenderáscoisas novas e ficarás por ela fascinado!

Trabalho elaborado pelas alunas do 11.º A:Rosana Oliveira, Daniela Ferreira, Mónica

Marques e Vanessa Silva

No dia 27 de Abril, as turmas do 12º ano partiram em busca de um dia diferente,numa viagem à antiguidade e ao ambiente.

A partida teve lugar por volta das 6h30m, na nossa escola, com chegada, aomesmo local, pelas 24h.

A viagem constou de uma visita ao Convento de Mafra, durante a manhã,com início às 11h, tendo a duração de, aproximadamente, 3 horas. Esta visita foimuito gratificante, uma vez que, agora, podemos ter uma imagem mais nítidasobre a obra “Memorial do Convento” e os seus fundamentos históricos. Nestavisita, fomos acompanhados por um guia que nos levou à basílica, aos aposentosdo Rei e à parte exterior do Convento.

Durante o percurso no interior do palácio pudemos inferir de todo o esforçonecessário para a construção deste edifício, por parte dos trabalhadores, e ascondições a que estes se tiveram de submeter, de modo a cumprir os caprichosde um Rei absolutista.

De seguida, partimos para Óbidos, logo após o almoço.Aqui, fomos confrontados com um espírito tipicamente medieval, muito

agradável e acolhedor, com uma imagem de fundo que nos permitiu constataruma Natureza preservada e bem cuidada. Na vila de Óbidos tivemos oportunidadede percorrer as muralhas, visitar a parte exterior do Castelo e a própria vila,cercada por essas muralhas. Esta vila tem um grande património histórico-culturale é um importante marco na nossa História Nacional. Para além disso, é muitoagradável visitá-la e os seus habitantes recebem os turistas com muito apresso.

Por volta das 18h30m, partimos de regresso a casa.No geral, todos os alunos e professores se divertiram bastante, e apesar do

enorme cansaço que nos importunava, nenhum de nós se deixou vencer por ele.Foi um dia diferente e digno de ser relembrado para sempre.

A turma do 12.ºA

Page 15: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 15MAIS COISAS

O consumo de tabaco é prejudicialpara os fumadores activos e fumadorespassivos. Se fosse possível motivar todasas pessoas que fumam a abandonar o hábitotabágico e as pessoas não fumadoras a nãose iniciarem nesse comportamento nocivopara a saúde, teríamos uma população cadavez mais saudável e a longo prazo no mundonão haveriam mortes provocadas pelotabaco. Deixar de fumar é fundamental. Nãoé fácil. Muitos já o tentaram fazer e nãoconseguiram. Há duas condiçõesfundamentais para se ter êxito. O fumadortem de ter uma grande força de vontade, estarmuito motivado e ter consciência da decisãoque pretende tomar e é necessário haverapoios no âmbito dos serviços de saúde,nomeadamente consultas de cessaçãotabágica.

Há muitas razões para se deixar defumar. As pessoas jovens e não só, gostam dese sentir em boa forma física. O tabacoprejudica esse desejo de bem estar físico emesmo psíquico e social. A prática regular deexercício físico como nadar, correr, caminhar edançar é indispensável para uma vidaequilibrada e saudável e é uma boa alternativaaos hábitos tabágicos. Hoje ninguém temdúvidas que o consumo de tabaco éresponsável por uma elevada morbi-mortalidade nas populações e por um grandesofrimento. A consciência desta realidade éum forte motivo para se deixar de fumar. Otabaco é uma droga poderosa, criadependência e escravidão. A libertação destaditadura dá ao fumador uma sensação deliberdade, de auto domínio, de poder individuale de conquista sendo um forte motivo paradeixar de fumar. Ao deixar de fumar também sepoupa/ganha dinheiro. Deixa-se de compraros cigarros, fósforos, isqueiros, cinzeiros,boquilhas, charutos e não se fazem despesasem doenças provocadas pelo consumo dosprodutos do tabaco. Há ainda outros motivospara se deixar de fumar. O fumador liberta-sedo cheiro do tabaco, deixa de ter os dedos e asmãos amareladas, recupera os sentidos do

gosto e do olfacto e deixa de ter conflitoscom os não fumadores.

Os ganhos em saúde são enormese ao tornar-se um ex-fumador vai viver maisanos e com mais qualidade de vida. Tomadaa decisão de deixar de fumar é fundamentalque o fumador e a equipa de saúde elaboramum plano de acção conducente a se obtero máximo êxito possível, ou seja, não maisvoltar a fumar. Além da terapêuticafarmacológica e do apoio psicológico éfundamental criar um programa de exercíciofísico e de alimentação fraccionada eequilibrada. O apoio da família, amigos,colegas e de um ambiente liberto do fumode tabaco também são cruciais para sedeixar e fumar.

A motivação pessoal, o saber eempenhamento da equipa de saúde e umambiente sócio-familiar e laboral positivosão as traves mestras na libertação dofumador contra a tirania do tabaco.

A Coordenação Distrital do Programa dePrevenção e Desabituação Tabágica

Subregião de Saúde de Viseu

Desde o ano lectivo de 2004/2005 aoano lectivo de 2006/2007 funcionou, naEscola Secundária/3 da Sé, o CursoTecnológico de Administração. De acordocom a legislação que regulamenta estescursos, o Decreto-Lei nº 74/2004 de 26 deMarço e a Portaria 550-A/2004 de 21 de Maio,o plano de estudos integra uma componentede formação prática em contexto de trabalho.Esta formação iniciou-se no presente anolectivo no dia 2 de Janeiro e terminou no dia31 de Março.

Atendendo a que a área deespecificação escolhida foi de contabilidade,os alunos foram distribuídos por diversosGabinetes de Contabilidade existentes nacidade.

É de salientar o alto nível dedesempenho destes alunos traduzido naavaliação atribuída pelos monitores deestágio.A avaliação atribuída foi excelente em termosde aquisição de novos conhecimentos,qualidade na execução das tarefas,participação, colaboração, interesse, sentidode responsabilidade e autonomia no exercíciodas funções propostas.

Para os alunos, o estágio foi uma boa vivência em situação real, proporcionando umaformação particularmente prática e concreta, facilitadora do desenvolvimento de competênciasadequadas ao exercício de profissões enquadradas no domínio técnico-contabilístico.

Aos alunos que concluírem o curso com aproveitamento será atribuído um certificadode qualificação profissional de nível 3 e um diploma de conclusão do nível secundário.

A Directora do curso

Page 16: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 16MAIS COISAS

Ao 25 de Abril de 1974sucede a ruptura revolucionária,abrindo-se depois um complexoprocesso de transição para ademocracia parlamentar.

Foram dois anos de luta atéà aprovação da nova Constituiçãopolítica em 1976.

O processo revolucionáriopõe em causa a descolonização e omodelo de sociedade e de regime

politíco.Foram estas algumas das vertentes

abordadas pelos alunos das turmas do 9º ano doensino básico, que com rigor, criatividade e algumapaciência, elaboraram um conjunto de cartazes, selos,jogos didácticos, cravos de papel, inquéritos e aindaa história curiosa que fez do CRAVO o símbolo darevolução.

Neste produto final procurou mostrar-se umpassado a muitos dos seus intervenientes, que nãotiveram a possibilidade de vivenciar estesacontecimentos. Esta exposição esteve patente, emsimultâneo, na nossa escola e na Câmara Municipalde Lamego, que teve a gentileza de convidar as escolasdo concelho a participar, com os seus trabalhos nestaefeméride.

Embora a nossa escola fosse a única aresponder ao convite formulado pela autarquia,sabemos ter sido apreciada a exposição pelo públicopresente, e ainda por todos os que a visitaram até aodia 2 de Maio.

Não pode o grupo de docentesda disciplina de História deixar demanifestar a sua satisfação aos alunosque colaboraram dedicadamentenestes trabalhos.

O Grupo Disciplinar de História

A participação é um elemento chave navida democrática, nos partidos políticos, nascooperativas, nas associações humanitárias…nas ESCOLAS, etc. A participação empenhadafaz de nós cidadãos de corpo inteiro, usufruirde plena cidadania. Pelo contrário, oalheamento do que se passa em redor, faz denós espectadores passivos das mudanças, ouda falta delas. Não é, no entanto, fácil o cidadãocomum participar e ter voz activa.

São variadíssimas as razões/obstáculos para que tal suceda. Acentralização decisória vem-nos logo à ideiacomo o obstáculo primeiro; o receio de seexpor publicamente; a ausência de motivaçãoe o comodismo instalado, são igualmentecausas desse afastamento dos cidadãos davida pública.

Falemos do primeiro obstáculo - acentralização; a falta de autonomia, que issoacarreta, desmotiva os dirigentes de váriosníveis. Estes, por sua vez, têm dificuldade deabrir mão de parte dessa autonomia,delegando. Aqui chegados, outra questão secoloca. Será que a (pouca) autonomia é bemutilizada? Ou a falta de imaginação e o receiode a ultrapassar paralisa os serviços e impedea inovação? E a delegação de poderes ecompetências não seria uma forma dedescentralização executiva, útil para asorganizações e um incentivo para aparticipação?

A participação, a diferentes níveis,envolve em si potenciais conflitos, porquecoloca em presença interesses de grupo, deindivíduos e variadas perspectivas de gestãodesses interesses. Para uma intervenção

capaz, seria necessário reunir algumascondições:

- uma política de informação- uma estrutura que garanta o processo

de participação- uma formação para a participação- métodos de trabalho conducentes á

participação.Um sistema de comunicação e informação

rápidos, em vários sentidos, dentro dasinstituições, ligando os vários sectores e entreas estruturas periféricas e centrais.

Maior selectividade no processo deescolha/eleição dos responsáveis de direcção,a sua representatividade, o poder de decisão,a natureza da autoridade que exercem, etc.

A introdução de métodos nasorganizações, que proporcionassem correctasexperiências de participação na gestão dasEscolas.

A formação em gestão democráticapressupõe o desenvolvimento de capacidadede diagnóstico, programação, realização,coordenação e de avaliação. Estascompetências adquirem-se e fomentam-se aolongo da vida. “Aprende-se a participar,participando”, e isso pressupõe um processode educação/formação contínuo.

Sendo disponibilizadas certas condiçõesde participação como projectos-piloto,experiências pedagógicas e campanhastemporárias, por exemplo, levariam, com otempo, ao hábito da intervenção pública nosmais variados fóruns.

Pensando nas estruturas existentes nasnossas Escolas - a sua dimensão, o nível deensino, a imagem tradicional de gestão comomera actividade administrativa, odesenvolvimento das competências de

participação e o estilo de liderança dasescolas e a percepção que cada gestor temdo seu papel na organização – percebe-se adificuldade e o tempo que esta situaçãolevará a corrigir.

Se ao contrário, as organizações/escolas forem e, são muitas vezes, geridaspor líderes que usam o poder e a autoridadecom bom senso; Que utilizam eficazmenteos métodos e os meios ao seu dispor e sãoportadores de competências relacionais [osrecursos mais valiosos das organizaçõessão as pessoas], caminharemos no bomsentido.

A tomada de consciência, destassituações, pelos gestores e líderes, permiteque tenhamos alguma esperança em diasmelhores.

A vós: alunos, pais, docentes, auxiliares,administrativos e operários, deixo o meualerta

Participem .. caramba!

Francisco Sousa

PS: Este artigo, escrito há vários meses,mantém apesar disso, toda a actualidade.Não por mérito próprio, mas por motivoscircunstanciais. Então não é, que apesar denos ter saído na rifa (sem termos jogado)um agrupamento em cima da hora, de nãoterem ouvido os órgãos da Escola(Assembleia de Escola, ConselhoPedagógico, Executivo e Pais) a nossaparticipação/indignação foi diminuta?“Consummatum est”, pois.

Bibliografia (GEP- M. Educação, RevistaDirigir)

Page 17: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 MAIS COISAS 17

A um soldado que queria um cigarro, ofereceu - lhe Celeste Martins, na manhã de 25 de Abril de 1974, um cravo. O militar enfeitou a arma.Foi o baptismo da mais pacífica das revoluções portuguesas.

Baixinha e saltitante, enfiada numa roupa primaveril, cinco centímetros de tacões acrescentados à altura, entra calmamente no edifícioFranjinhas, ali na esquina da Castilho. São sete da manhã. No armazém do self-selvice onde Celeste trabalha, dúzias de cravos vermelhos ebrancos aguardam a hora de serem distribuídos pela clientela feminina da casa que naquele dia comemora o seu primeiro aniversário.

Mas os planos da festa, a oferta de flores às senhoras e do cálice de “Porto” aos cavalheiros, goraram-se. O restaurante à cautela nãoabriu, algo de inusitado acontecia em Lisboa que acordara estremunhada com as notícias do exército na rua e a “Grândola” de Zeca Afonsosempre a passar na rádio, tudo aquilo cheirava a esturro. Ah, os cravos, tanto dinheiro gasto, pelo que o gerente convida os empregadosa levarem-nos, evitando que definhassem amarfanhados no caixote do lixo.

Acabam, afinal, gloriosamente associados a uma revolução caída do céu. Abraçada ao seu ramalhão de cravos, Celeste Martins descede metropolitano até ao Rossio onde estranhos movimentos de tropas anunciam a revolta.

O gerente aconselhara o pessoal a ir para casa. Celeste ignora o conselho. Quer saber o que se passa. Sem saber porquê, sente umaalegria inexplicável a invadir-lhe o coração que, feito um louco, pula em ritmo desgovernado.

“Os militares pareciam simpáticos. Sorriam para a gente. Um deles pediu-me um cigarro. Eu não tinha cigarros...Dei-lhe um cravo e elemeteu-o no cano da espingarda fiquei tão contente...” Horas depois, já no Largo do Carmo, Celeste distribuiu os cravos que lhe restam. Osinal propaga-se. Há mais gente à procura de cravos.

Estava criado o emblema do 25 de Abril de 1974.Fonte: “Tempo Livre”- Edição Inatel

N.º 94-Abril 1999

Page 18: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 18FALAR a SÉRIO

O Sol é indispensável à Vida. A sualuminosidade gera alegria de viver. Sol eSaúde devem ser, cada vez mais, duas facesda mesma moeda. Desfrutar dos raios solaresé agradável, mas deve usar-se de conta, pesoe medida, sob pena de o corpo correr riscosdesnecessários.

Os adeptos incondicionais de um corpobronzeado aproveitam cada raio de sol, pormais ténue que seja, para se e exporem. Umcorpo bronzeado é, para muitos, um corposaudável, todavia, o bronzeado pode iludir e,por trás dele, podem esconder-se algumasmarcas nocivas de uma exposição excessivae desprotegida aos raios solares.

Todos sabemos que precisamos do solpara crescer, que ele ajuda a sintetizar avitamina D que contribui para odesenvolvimento ósseo.

Porém, este é um efeito que se conseguecom escassos minutos ao ar livre, o que, nainfância a altura da radiação solar em que estafunção da radiação solar é mais importante –se obtém sem grande esforço.

Muita gente não sabe ainda distinguirentre exposição solar benéfica e exposiçãosolar excessiva perniciosa. A luz do Sol écomposta de raios com comprimento de ondae energia variáveis.

O perigo advém de um certo tipo de raiossolares, os ultravioleta. Deles entram emcontacto com a nossa pele dois tipos – osUVA e os UVB, embora haja ainda um terceirotipo, os UVC, mas, por serem completamenteabsorvidos pelo azoto e oxigénio daatmosfera não atingem a superfície terrestre.Quanto ao UVA não são filtrados, pelo quetodos eles chegam até nós.

Os UVB são cada vez menos absorvidospela camada de ozono, uma vez que ela está aficar menos espessa nalgumas regiões doMundo.

Os ultravioletas (UVA e UVB)representam apenas uma pequena parte dosraios solares e são os responsáveis pelosdanos que o Sol causa na nossa pele.

Há alturas do dia em que a radiação é maisintensa, aumentando o risco; ao meio-dia,quando o Sol está mais alto no horizonte, osultravioletas incidem mais a pique, poroposição ao que acontece ao início da manhãe ao fim da tarde, em que o caminho até àterra é mais oblíquo, o que suaviza aintensidade da radiação. Por outro lado, aintensidade da radiação ultravioleta é maior

nos meses de Verão. Daí a necessidade dereforçar a protecção nesta época do ano.

Também a altitude e a latitude (distânciade um ponto à linha do Equador) e o índice depoluição, condicionam a intensidade daradiação solar: assim, quanto mais alto e maisperto do Equador se está maior é o risco. Èque à medida que a altitude aumenta diminuio espaço entre a atmosfera e o nosso corpo,pelo que os raios percorrem um caminho maiscurto até nos tocarem, fazendo-o com maiorintensidade.

Por outro lado, no Equador, o Sol estámais alto no Céu, com os raios a desceremnuma linha recta até nós.

O risco está sempre presente. A exposiçãosolar nunca é completamente benigna, masos seus perigos podem ser minimizados seforem adoptadas as necessárias e adequadasmedidas de protecção. E o primeiro órgão aproteger é a pele, pois esta vai aumentando aespessura da sua camada córnea, sob a acçãoda radiação ultravioleta.

As células que fabricam a melanina, opigmento castanho da pele, activam-se e apele começa a bronzear-se. O bronzeamentojuntamente com o espessamento confere àpele uma certa protecção contra os malefíciosdo Sol, mas apenas durante um certo períodode tempo. Uma dose demasiada intensa deUVB provoca cancros da pele, de que omelanoma è o mais perigoso.

A consequência menos visível daexposição excessiva ao Sol è oenvelhecimento da pele, que deixa de sermacia para criar rugas.

Mais imediatos e flagrantes são outrosefeitos da acção dos raios solares: asqueimaduras ou escaldões.

O excesso de exposição solar interferecom a capacidade do organismo se refrescar,a temperatura corporal aumentaexponencialmente, a transpiração deixa de sersuficiente para manter o equilíbrio.

Resultado: a pele fica vermelha, dolorosae muito quente. O que há a fazer é permanecernum local fresco, humedecendo o corpo eingerindo bastantes líquidos.

A radiação interfere ainda com o ADN – aestrutura molecular que armazena o códigogenético de cada pessoa – fazendo com quehaja mutações. O cancro cutâneo resulta,precisamente deste processo, e os númerosapontam para um crescendo de casos.

PROTEGER é a palavra de ordem a cadaVerão. O que passa pelo uso de protectorsolar, o melhor amigo da pele perante o sol.Mas não um protector qualquer: há queescolher um adequado ao fototipo, ou seja, àcor da pele, dos olhos e do cabelo. È quecada fototipo corresponde uma sensibilidadediferente à exposição solar, exigindoprotecção diferente. A norma que se considera

para calcular o Indíce de Protecção Solar (IPS)estabelece uma escala gradativa, em que amaior necessidade de protecção é das pessoasde pele clara, olhos azuis e cabelos louros emenor necessidade está associada a pessoasde pele morena, olhos e cabelos castanhos.Contudo não há fototipo que dispenseprotecção porque ninguémé imune ás consequências da exposição solar.

Naturalmente que pessoas mais sensíveisà radiação solar, com as crianças, requeremuma protecção acrescida.

Deve aplicar correctamente o protectorsolar, para dele retirar o máximo benefício.Assim, há que aplicá-lo meia hora antes daexposição prevista ao Sol e há que sergeneroso na aplicação, cobrindo toda asuperfície corporal que vai estar exposta.

Esta primeira aplicação deve ser renovadaregularmente, na medida em que os banhosde mar e o contacto com a areia vãodesgastando a camada inicial.

Proteger é, no que toca à saúde, sinónimode prevenir. O que, perante o Sol, passa –além do uso de protector solar – por outrospequenos grandes gestos como:

* Evitar as horas de maior incidência daradiação solar, das 11 às 16 horas;* Ingerir líquidos regularmente e comabundância, para evitar o risco dedesidratação;* Usar vestuário leve, de cores claras emateriais naturais;* Proteger os olhos com óculos cujas lentestenham protecção anti-UV;* Usar chapéu de abas largas quando ao sol.

Dr.ª Filomena ViegasCentro de Saúde de Lamego

Page 19: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 19PASSATEMPO

Page 20: Jornal da Escola Secundária/3 da Sé - Lamego · amigo de Miguel Torga. Aquele guiou-nos numa visita a alguns marcos históricos do escritor: o exterior da casa onde viveu; o Largo

Escola Aberta 2007 ÚLTIMA 20

Ficha Técnica:

Propriedade:

Esc. Sec. /3 da Sé – Lamego

Quinta da Cerca

5100-104 Lamego

Tlf – 254 600 280

Fax – 254 615 049

E-mail

[email protected]

Edição:

Escola Aberta

2.ª edição 2006/2007

Coordenação:

Equipa da Biblioteca e

Clube de Leitura

Composição Gráfica:

Paulo Coelho

Escola Aberta Online:

http://esslamego.prof2000.pt

Tiragem:

200 exemplares

Impressão:

Tipografia Voz de Lamego

Aprender também pode ser divertido ................................................................ 2Degrau a degrau...se constrói uma sociedade mais justa .................................. 3A Escola Secundária/3 da Sé promoveu Workshop .......................................... 3Actividades da Páscoa ....................................................................................... 4Dia Mundial da Poesia - 21 de Março ................................................................ 4Projecto Sócrates/Comenius - Visista dos parceiros Europeus ......................... 5Intercâmbio com os parceiros Europeus ............................................................ 6Clube de Voleibol ................................................................................................ 6Dia da Europa ..................................................................................................... 7Tempos Modernos ............................................................................................. 7Livros Lês, livre serás ........................................................................................ 8Um Inventário da Biblioteca .............................................................................. 9Latitude 60 ......................................................................................................... 10Convivío Inter-Turmas ....................................................................................... 10Uma aula de Educação Fisíca no exterior ........................................................... 11Escola Sec./3 da Sé representa Município de Lamego no distrito da Guarda ... 11Acontecimentos Históricos no Douro na era da fotografia .............................. 12Escola e Família - Testemunho de Encarregada de Educação ........................... 12Na Escola também se aprende ........................................................................... 13Montra de Oportunidades ................................................................................. 133 Dias da Matemática ......................................................................................... 14Em busca de um dia diferente ............................................................................ 14Uma Vida sem tabaco ......................................................................................... 15Curso Tecnológico de Administração ................................................................ 15Portugal e a transição para a Democracia .......................................................... 16Participem, caramba ............................................................................................ 16A Madrinha do 25 de Abril ................................................................................. 17Viver o Sol com Saúde ........................................................................................ 18Do Autoritarismo à Democracia ......................................................................... 19