Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

16
ANO VIII Nº 98 Setembro de 2009 Romeiros Rumo à Terra Prometida São Pio di Pietrelcina Modelo de santidade para o sacerdote e para todo cristão Encontro com Dom José Mês da Bíblia – Lições da Carta de Paulo aos filipenses Catequese Sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes Pastoral Carcerária Alegrias e Tristezas na Campanha da Fraternidade 2010 Conselho Missionário Preparemos o Mês Missionário, Outubro Adiada a Romaria, não se enfraquecerá nosso entusiasmo em realizá-la PÁGINA 2 PÁGINA 3 PÁGINAS 4 E 5 Família, Igreja Doméstica Caminho para o Discipulado PÁGINAS 12 E 14 PÁGINA 7 PÁGINA 11 PÁGINAS 2, 8 E 9 Semana da Família

description

Jornal da Diocese de Blumenau Edição 98, setembro de 2009

Transcript of Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

Page 1: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

ANO VIII Nº 98 Setembro de 2009

Romeiros Rumo à Terra Prometida

São Pio di PietrelcinaModelo de santidade para o sacerdote e para todo cristão

Encontro com Dom JoséMês da Bíblia – Lições da Carta de Paulo aos filipenses

CatequeseSede praticantes da Palavra e não meros ouvintes

Pastoral CarceráriaAlegrias e Tristezas na Campanha da Fraternidade 2010

Conselho Missionário Preparemos o Mês Missionário, Outubro

Adiada a Romaria, não se enfraquecerá nosso entusiasmo em realizá-la

PÁGINA 2

PÁGINA 3

PÁGINAS 4 E 5

Família, Igreja DomésticaCaminho para o Discipulado

PÁGINAS 12 E 14

PÁGINA 7

PÁGINA 11

PÁGINAS 2, 8 E 9

Semana da Família

Page 2: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

2 Setembro de 2009 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

EDITORIAL

EXPEDIENTE

DIRETORIA

Diretor Geral: Pe.Raul Kestring, Jornalista Responsável: José Roberto Rodrigues SC 00241 JPDiretor Comercial: Pe. Almir NegherbonRevisão: Pe. Raul Kestring

CONSELHO EDITORIAL

D. José Negri, Pe. José Carlos de Lima,Pe. Idonizete Krüger

CORRESPONDÊNCIA

Redação e Administração

Rua XV de Novembro, s/nº Centro- Fone/Fax: (47) 3322-4435

Caixa Postal 222 Cep: 89.010.971 - Blumenau - SC

FICHA TÉCNICA

Fotolito e impressão: Jornal de Santa CatarinaDistribuição: GratuitaTiragem: 36.600 exemplares

COLABORAÇÃO DE ARTIGOS:NO MÁXIMO 30 LINHAS EM ESPAÇO DUPLO. NOTÍCIAS, NO MÁXIMO 5 LINHAS.

E-mail para enviar matérias: [email protected]

NB: Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores. Matérias entregues depois do dia 12 de cada mês serão publicadas no mês seguinte.

PARA ANUNCIARFONE : (47) 9985-3672 ou (47) 3322-4435 - Manoel

SANTO(A) DO MÊS

São Pio de Pietrelcina

P io foi o nome que este santo escolheu quando fez sua profissão reli-

giosa na Congregação Francisc ana Capuchinha. Pietrelcina, em Benevento, Itália, é o lugar onde ele nasceu, no dia 25 de maio de 1887, recebendo o nome de Francisco Forgione. Seus pais, Grazio e Giuseppa eram agri-cultores pobres. Na sua casa, porém, rezava-se, toda noite, o rosário em família, todos jun-tos, num clima de grande e filial confiança em Deus e em Nossa Senhora.

Muito cedo, ainda pequeno, nele revelaram-se sinais de um futuro santo. Ele recebia visitas freqüentes de Jesus e Maria, via demônios e anjos. Achando que todos tivessem essas experiên-cias, não as contava a ninguém. Com a idade de 16 anos, entrou no convento franciscano, tornando-se sacerdote no dia 10 de agosto de 1910. Queria par-tir para as missões estrangeiras, mas Deus tinha sobre ele outros desígnios, especialíssimos.

Amargos foram seus primeiros anos de sacerdócio por causa de suas péssimas condições de saúde. Seus su-periores mandaram-no para a casa de seus pais, onde o ambiente lhe era mais propício à recuperação. Pe. Pio sofria gravemente dos pulmões. Os médicos deram-lhe pouco tempo de vida. E se não bastasse a doença, vinha-lhe o demônio e submetia-o a terríveis vexa-mes, sem deixar em paz o pobre frade, torturado no corpo e no espírito.

Milagres, filas de con-fissões, estigmas

No ano de 1916, transferido para o convento de São Giovanni Roton-do, em Gargano, perto de Roma, co-meçou sua aventura de taumaturgo e apóstolo do confessionário. Um número incalculável de homens e mulheres, de Gargano e de outras par-tes da Itália, começaram a acorrer ao seu confessionário, onde ele passava até quatorze, dezesseis horas por dia. Resultados que Padre Pio conseguia

não sem grandes sofrimentos físicos e morais.

No dia 20 de setembro de 1918 o capuchinho recebeu os estigmas da Paixão de Cristo, que permanecerão abertos, doloridos e sangrando por quase cinqüenta anos. Grande número de médicos, então, visitam-no. Sofre incompreensões e calúnias, motivo que o obrigava a submeter-se a infa-mantes inspeções canônicas; o frade dos estigmas se declara “filho da obe-diência” e suporta tudo com paciência. Chegou a ser suspenso do ministério. Só depois de diversos anos, absolvido das acusações caluniosas, foi reinte-grado no ministério sacerdotal. A sua pequena cela, de número 5, trazia, fixada à porta, uma célebre frase de São Bernardo: ”Maria é toda a razão da minha esperança”. Maria é todo o segredo da grandeza do Padre Pio. A ela, em 1956, dedicou a “Casa Alívio do Sofrimento”, hoje, uma das estru-turas sanitárias mais qualificadas em âmbito nacional e internacional, com 70 mil internações por ano.

Na década de 1940, para comba-ter com as armas da oração o flagelo da segunda guerra mundial, Padre Pio fundou os Grupos de Oração, realida-de eclesial atualmente muito difundi-da no mundo, com um total de mais de 200 mil membros.

Maria, segredo da sua santidade

Na sua luta cotidiana contra o demônio, a quem chamava de “troço” (em italiano, “cosac-cio”), encontrava proteção na Virgem Maria . Por duas vezes, ela o curou milagrosamente, em 1911 e em 1959. Os médicos desenganaram-no e, improvisa-mente, entre espanto e alegria de seus devotos, foi curado.

Ele tinha sempre o rosário na mão. Rezava-o, sobretudo, de noite. “Esta oração – dizia – é a nossa fé, o sustento da nossa esperança, a explosão da nossa caridade”. O seu testamento es-piritual, no fim da sua vida, foi: ”Amai Nossa Senhora e fazei

que seja amada. Rezai sempre o Ro-sário”.

Presume-se que mais de 200 bio-grafias foram escritas sobre Padre Pio só em italiano. É chamado de São Francisco do Sul. Assim explica Pe. Raniero Cantalamessa: ”Se todo mun-do corre atrás de Padre Pio – como um dia corria atrás de Francisco de Assis – é porque intui vagamente que não será a técnica com todos os seus re-cursos e nem a ciência com todas as suas promessas que vão nos salvar, mas só a santidade. Isso é como dizer “o amor”.

Quando morreu, no dia 23 de setembro de 1968, aos 81 anos de idade, os estigmas desapareceram e diante de mais de 120 mil pessoas de todos os lugares, vindas para os seus funerais, teve início o processo de canonização. Bem antes que a Igreja o elevasse à glória dos altares, colo-cava-o na devoção dos fiéis de todo o mundo como um dos santos mais amados do século XX.

Com o Santo Cura D´Ars, o Papa Bento XVI propôs São Pio de Pietrel-cina como modelo para os sacerdotes. A memória litúrgica deste grande san-to comemora-se no mesmo dia da sua morte, 23 de setembro.

Pe. Raul Kestring

T ínhamos pronto todo o nosso Jornal da Diocese, quando, às vésperas da impressão, soube-

mos que a Romaria da Terra e da Água estava prestes a ser cancelada ou adiada. Motivo: a Gripe A. Em atitude de expec-tativa, íamos pensando outro tema forte que pudesse inspirar nossa edição de setembro. Naturalmente, não era difícil mudar. Setembro tem a marca tradicio-nal do mês da Bíblia. No dia 30, celebra-se a memória litúrgica de São Jerônimo, padroeiro dos amantes e estudiosos da Palavra de Deus.

Na reunião com as lideranças da Romaria, dia 24 de agosto, ocorrida na Cúria, em Blumenau, com represen-tantes do governo estadual e municipal (especialmente de Ilhota, sede da Ro-maria), com nosso Bispo Diocesano, Dom José, tomamos a decisão de adiar o evento para 15 de novembro. Na ver-dade, era inacreditável que chegaríamos a esta decisão. Foi uma reunião sofrida. O imperativo do cuidado com a vida, fortemente acentuado pelas nossas au-toridades públicas de saúde, no entanto,

convenceu-nos de que não podíamos agir de modo diferente.

Esse valor máximo da vida revigo-rou-nos a certeza de que o entusiasmo das paróquias, movimentos, grupos, dessa forma, não arrefeceria. Pelo con-trário, tomaria novo fôlego, novo alento. Dia 23 de novembro, domingo seguinte ao da Romaria, completa um ano desde a inesquecível catástrofe. Então, a recor-dação da morte gerará vida. A lembran-ça da destruição vai nos impulsionar ainda mais para construir, reconstruir as pessoas e o mundo.

Não diverge, de forma alguma, da Palavra de Deus esta perspectiva de dor e esperança. É a Páscoa de Jesus atuali-zando-se na vida do povo, especialmen-te dos mais sofridos, dos que perderam entes queridos, a terra, a colheita, a ale-gria de viver. É o gemido, o grito, da na-tureza clamando por libertação.

Recolocamo-nos de novo na pere-grinação de romeiros e romeiras, que somos todos, em busca da Terra Prome-tida, a Terra sem Males, a Pátria Defi-nitiva.

SONORIZAÇÃO DE IGREJAS E EM GERAL.

Romaria adiada, mas não enfraquecida

DAPAZCONSTRUTORA E INCORPORADORA

Rua Joinville nº 1018 - sala 02 - Bairro Vila Nova - Blumenau -SC - Fone: 3323-2947018 l 02 B i Vil N Bl SC F 3323 2947

INCORPORADORA E EMPREITEIRA DAPAZ LTDA - Crea 062850-7

Page 3: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

3A mensagem dos Pastores

ENCONTRO COM DOM JOSÉ

Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Setembro de 2009

A Palavra de Deus, Fonte de Luz

A PALAVRA DO PAPA BENTO XVI

Omês de setembro, aqui na Igreja do Brasil, é celebrado como o mês da Palavra de Deus, mês da Bíblia. Nes-

te ano, em particular, o texto que foi sugerido para o nosso aprofundamento é a carta de Pau-lo aos filipenses .

Olhando para a experiência da comunidade dos filipenses podemos dizer que não existiram comunidades ideais nem ontem, nem hoje. Há, sim, um ponto em comum, um ponto de partida – a nossa fragilidade –, mas existe também uma meta, clara, a que nós todos podemos chegar, em virtude do nosso Batismo: “Viver como Cristo”.

A meta, portanto, é Cristo: realizar essa meta significa lutar para que tenhamos os mesmos sentimentos de Cristo Jesus. Esse é um empenho árduo a que nos devemos dedicar; não é sim-ples, mas possível. O Documento do Vaticano II, “Gaudium et spes,” n. 22, diz que “Cristo

pensou com a mente humana, agiu com vontade humana, trabalhou com mãos humanas, amou com coração humano”. Assim deveria ser a sua Igreja. Assim deveria ser pensada a sociedade. Assim deveriam configurar-se as nossas relações humanas. O estilo de Jesus deveria ser o nosso estilo, o coração dele deveria ser o nosso.

Outra característica que aparece na carta aos filipenses é o convite de Paulo à humildade, o que é um desafio para todas as nossas comunida-des: “Servir ao Senhor com toda a humildade”. Uma humildade que derruba as tentativas de so-berba que nos faz crer que somos “alguém su-perior”, em relação aos outros; que alimenta em nós um conceito exagerado sobre nós mesmos. São Paulo recomenda que sejamos humildes a ponto de considerar os outros superiores a nós mesmos.

Olhando para a comunidade dos filipenses

tem-se a impressão de se estar diante de cristãos bem comprometidos, generosos, disponíveis à partilha e à acolhida. Esse pode ser um estímulo para “revisar” o estilo das nossas comunidades, onde hoje, mais do que nunca, torna-se neces-sária a prática de uma caridade operosa e inte-ligente.

Enfim, cabe examinar o papel das mulheres, decididamente marcante na comunidade dos fi-lipenses. A colaboração delas aparece de forma muito importante: Paulo diz que elas “lutaram pelo evangelho” e mostraram-se bem dispostas na generosidade e na solidariedade .

Parece-me que essas linhas traçadas na bre-ve carta de Paulo podem ajudar também a nossa Igreja, que se prepara para viver proximamente a Assembleia Diocesana, lugar em que são de-finidas as coordenadas orientadoras do nosso trabalho pastoral.

Os biógrafos atestam que São João Maria Vianney falava de Nossa Senhora com devoção e ao mesmo tempo com confiança e diretamente. “A Santa Virgem – costumava repetir – é sem mancha, ornada de todas as virtudes que a tornam assim bela e agradável à Santíssima Trindade. E ainda: “O coração desta boa Mãe não é outra coisa se-não amor e misericórdia; só deseja ver-nos felizes. Basta só dirigir-se a ela para ser ouvido”. Trans-parece destas expressões o zelo do sacerdote que, movido pelo anseio apostólico, alegra-se ao falar de Maria aos fiéis, e não se cansa nunca de fazê-lo. Também diante de um assunto difícil para os dias de hoje, como é a Assunção, ele sabia apresentá-lo com imagens eficazes, assim, por exemplo:”O homem era criado para o céu. O demonio quebrou a escada que para lá conduzia. Nosso Senhor, com sua Paixão, fez outra... A santíssima Virgem está no alto da escada e segura-a com as duas mãos”. (Angelus, 16 de agosto de 2009)

Na solenidade da Assunção

de Nossa Senhora

Preocupação com os jovens

A Bíblia revela-nos o Espírito

Santo

O Santo Cura d´Ars, “outro

Cristo”

Faço um convite para que as nossas comu-nidades, neste mês de setembro, se espelhem nas primeiras comunidades cristãs, fazendo da Palavra de Deus uma fonte inspiradora.

Dom José - Bispo Diocesano

Gostaria de confiar de modo particular à vos-sa solicitude os jovens, sobretudo os que vivem nos campos e são atraídos pelas cidades para nela prosseguir os estudos superiores e encontrar tra-balho. Seria desejável desenvolver uma pastoral apropriada para estes jovens migrantes internos começando por fortalecer, também nisto, a cola-boração entre as dioceses de origem e as dioceses de acolhimento e dispensando-lhes conselhos éti-cos e diretrizes práticas. (Aos bispos vietnamitas, em visita ad limina, 27 de junho de 2009)

A Sagrada Escritura revela-nos que a energia capaz de mover o mundo não é uma força anônima e cega, mas a ação do “espírito de Deus que se movia sobre a superfície das águas” (Gn 1,2) no início da criação. E Jesus Cristo “trouxe à terra” não a força vital, que já habitava nela, mas o Espírito Santo, ou seja, o amor de Deus que “renova a face da terra”, purificando-a do mal e libertando-a do domínio da morte (cf. Sl 103 [104], 29-30). Este “fogo” puro, essencial e pessoal, o fogo do amor, des-ceu sobre os Apóstolos, reunidos em ora-ção com Maria no Cenáculo, para fazer da Igreja o prolongamento da obra renovadora de Cristo. (Homilia de Pentecostes, 31 de maio de 2009)

“O Santo Cura d´Ars manifestou sempre uma altíssima consideração pelo dom recebido. Afirmava:”Oh! Que grande coisa é o Sacerdócio! Não poderá ser bem compreendido senão no Céu... se fosse compreendido sobre a terra, morrer-se-ia, não de espanto, mas de amor!” Ainda menino, ti-nha confiado à sua mãe: “Se fosse padre, desejaria conquistar muitas almas”. E assim foi. No serviço pastoral, tão simples quanto extraordinariamente fe-cundo, este anônimo pároco de uma perdida vila do sul da França, conseguiu, de tal forma, identificar-se com o próprio ministério, que se tornou também de maneira visível e universalmente reconhecido, “outro Cristo”, imagem do Bom Pastor, que diversa-mente do mercenário, dá a vida pelas próprias ove-lhas (Cf. Jo 10,11). A exemplo do Bom Pastor, ele deu a vida durante os decênios do seu ministério sa-cerdotal. A sua existência foi uma catequese vivente, que adquiria uma eficácia particularíssima quando o povo o via celebrar a santa Missa,prostrar-se em adoração diante do tabernáculo ou passar muitas horas no confessionário.” (Audiência geral de 5 de agosto de 2009)

Page 4: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

4 Catequese

MartinsIndústria Têxtil Ltda

Grande variedade em malhas confeccionadas nas Linhas Adulto e Infantil

Postos de Vendas:Blumenau: CIC Blumenau - Fone: (0xx47) 3323-3494

Brusque: FIP - Fone: (0xx47) 3350-4158

Indaial: CCI Vitória Régia - Fone: (0xx47) 3333-2875 - Ramal: 275

Rua Dr. Blumenau,10190 - Encano - Indaial - Fone:3328-0861-Fax:3323-3494

Setembro de 2009 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

A CATEQUESE E O MÊS DA BÍBLIA – SETEMBRO

INTRODUÇÃO

O Concílio Vaticano II, ao proclamar que a “Igreja sempre venerou as Divinas Escrituras da mesma for-

ma que o próprio Corpo do Senhor” (DV 21), não só valorizou a Palavra de Deus, como também estimulou o acesso pessoal e comunitário ao Livro Sagrado. Hoje reco-nhecemos que a Bíblia está muito presente, tanto nas atividades da Igreja como no co-ração do povo (estudos da CNBB 86).

A fonte na qual a catequese busca a sua mensagem é a Palavra de Deus. Jesus mesmo nos deu o exemplo. “A catequese há de haurir sempre seu conteúdo na fon-te viva da Palavra de Deus, transmitida na Tradição e na Sagrada Escritura, porque a Sagrada Tradição constitui um só depósito inviolável da Palavra de Deus confiada à Igreja” (DNC 106a). No centro das Escri-turas estão os Evangelhos que apresentam Jesus, sua vida mensagens e suas ações.

1 . O Magistério vivo da Igreja “evi-dentemente não está acima da Pala-vra de Deus, mas a seu serviço” (DV

10). Por isso, são tarefas de quem tem autoridade na Igreja (DV 10):

✓ ensinar de acordo com o que foi trans-mitido;

✓ escutar a Palavra de Deus;✓ guardar santamente e expor fielmente

a Palavra.

2 . Tradição, Escritura e Magistério da Igreja têm de estar entrelaçados, uni-dos, em harmonia. Um não tem con-

sistência sem os outros e todos juntos precisam ser instrumentos de salvação, voltados para o bem que Deus quer re-alizar na vida de seus filhos e filhas. (Ler a Bíblia com a Igreja, p.22).

3 . Uma das grandes conquistas da ca-minhada bíblica em nosso país foi a descoberta de que a Bíblia é o mais

importante livro que temos. “Nossa re-cente tradição catequética tem valori-zado a Sagrada Escritura como “livro” de catequese por excelência; os textos

catequéticos lhe servem de comple-mentação (cf TM 24; CR 154), em sintonia com o DGC”: A Igreja quer que em todo o ministério da Palavra, a Sagrada Escritura tenha uma posição pró-eminente” (127).

4 . Na catequese procuramos critérios para o uso da Bíblia a serviço da edu-cação de uma fé esclarecida e enga-

jada; as circunstâncias locais hão de inspirar adaptações apropriadas a cada realidade. Dois objetivos gerais se im-põem no uso da Bíblia na catequese:

4.1Formar comunidade de fé. Por toda parte, pessoas reúnem-se

para refletir e rezar a Palavra de Deus e atuar na Igreja e na sociedade. Esses grupos muitas vezes evoluem, chegan-do a formar pequenas comunidades, ou

“Sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes” (Tg 1,22)!

Entre os vários métodos de leitura da Bíblia queremos destacar o da Leitura Orante, que é a palavra-chave. A Bí-blia LIDA, MEDITADA, REZADA E CONTEMPLADA. É um método que possibilita à pessoa fazer a experiên-cia de encontro com Jesus. É a Palavra Viva que extrapola os livros da Bíblia (Jo 20,30-31). É o eixo gerador da ca-tequese. O Verbo de Deus esteve, está e estará revelando o Pai em todas as regiões, épocas e culturas. A Bíblia é um instrumento para ajudar a perceber onde e como Deus falou e fala ainda hoje. Ela não só revela Deus. Ela re-vela também o ser humano com muito realismo

6.. A Leitura Orante da Bíblia chama a atenção para os seguintes elementos importantes e indispensáveis, na nos-

sa prática pastoral. Escutar Deus hoje fazendo: a) leitura feita em comuni-dade; b) respeito ao texto; c) partir da realidade. Ela indica a prática de leitura que os cristãos fazem da Bíblia para alimentar a sua fé, a sua esperan-ça, o seu amor e compromisso com a vida.

7. A descoberta da Leitura Orante da Bíblia inspira uma espiritualidade bí-blica. O estudo e a leitura dos textos

sagrados, mais do que conhecimentos, nomes, capítulos, e outros detalhes, ultrapassam o nível do conhecimento intelectual e sinaliza para uma leitu-ra Orante, que nos compromete com a vida dos nossos irmãos e irmãs so-fridos, empobrecidos, destituídos dos meios de sobrevivência, e com a pre-servação da natureza, dom de Deus.

8. A Bíblia não caiu do céu pronta. Ela nasceu dentro da história vivida e es-crita por grandes e pequenos, opres-

sores e oprimidos, em épocas e luga-res diversificados. Pode-se dizer que a Bíblia, experiência sagrada de Deus na história de um povo, é um paradigma da humanidade santa e pecadora (Di-cionário de Catequética, p. 673).

reforçando as que já existem. Esses grupos ou círculos bíblico, quando são bem organizados, ajudam as pessoas a se integrarem no contexto social em que vivem e a buscarem um encontro com Deus na comunidade

4.2 . Alimentar a identidade cristã. Nós cristãos, colaboramos para

a construção de uma sociedade sadia com aquilo que nos é próprio. A Bíblia alimenta nossa identidade, ajudando a formar nosso quadro de referência e assim, a darmos “razão da vossa espe-rança” (cf 1Pd 3,15).

5. LEITURA ORANTE DA BÍBLIA

Page 5: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

5Jornal da Diocese de Blumenau w Setembro de 2009 Catequese

Irmã Anna Gonçalves - Coordenadora Diocesana de Catequese

12. ACONTECENDO NA CATEQUESE: COMARCAS EM

AÇÃO!

3322-3950Informar-se é Prevenção

Prevenção = Atendimento Digno + Redução dos Custos

[email protected]

CEMITÉRIO?

Há uma grande expectativa nas comarcas e no coração dos e das ca-tequistas em relação às Concentrações Comarcais. Há empenho, dedicação na preparação, estudo, reflexão do tema: ANO CATEQUÉTICO. Quere-mos, com as concentrações, predispor nossas lideranças para uma nova pro-posta de catequese em nossa diocese, vislumbrando o “novo” que emergirá da 3ª Semana Catequética Nacional em relação à Iniciação Cristã, um itinerário de fé e de caminhada, para catequistas, lideranças, crianças, ado-lescentes, jovens e adultos.

9. PASSOS DA LEITURA ORANTE: 10. O consagrado método da Leitura Orante não é absoluto, nem único a trazer bons frutos. Ele comporta adaptações, con-vive bem com outros tipos de oração. É uma ajuda valiosa na catequese e na formação de catequistas e lideranças

11. PRÁTICA CATEQUÉTICA.

Amigos e amigas catequistas! Empenhemo-nos, neste mês de setem-

bro, no estudo e reflexão da Palavra de Deus com crianças, adolescentes, jovens e adultos, utilizando este método de Leitura Orante. A CNBB enfatiza-o e dispõe de material para a reflexão sobre a Carta de Paulo aos Filipen-ses, com o tema: “Alegria de Servir no amor e na gratuidade” e o lema: “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus”.

“Situar-se diante da Palavra de Deus, com a certeza de que ela - escutada e assimilada em silêncio - é vida, força, energia, presença de Cristo, é dom para os irmãos e irmãs”

(Carlo Martini).

A contemplação é patamar para um novo começo. À medida que sobe, a visão se apro-funda, a paisagem fica mais ampla, mais real e se pode, daí, enxergar a situação da vida que precisa ser transformada e partir para a missão. Carlos Mesters, no livro “Tua Palavra é vida”, nº 1, diz de modo muito humano e singelo: A leitura leva a comida sólida à boca, a meditação

a mastiga e rumina, a oração prova o seu gosto e a contemplação a saboreia, e quer significar que é a própria doçura que alegra e recria. As-sim, fortalecidos pela Palavra não podemos ficar de braços cruzados. Ela nos joga para a ação na comunidade, no trabalho, na família, junto às pessoas que precisam de nossa colabo-ração, partilha e de nosso testemunho.

Os passos da Leitura Orante, que abordare-mos agora, têm como objetivo facilitar a uti-

lização do método nos momentos em que rezamos a Palavra de Deus pessoal ou comunitáriamente ou

orientamos o estudo da mesma em nossas pastorais.

Há uma forma prática represen-tada na subida dos degraus de uma escada. Simbolicamente quer, em sua dinâmica, expressar que o pro-cesso é gradativo, e que devem apa-

recer as características principais de cada uma dessas atitudes, pois nas-cem uma da outra. O importante, nesta reflexão, são as atitudes que, juntas, integram a Leitura Orante.

O primeiro passo para se co-nhecer e amar a Palavra de Deus é a

leitura. Não se ama o que não se co-nhece. A mística da Leitura Orante supõe disposição para escutar a Pa-lavra, preparar-se na docilidade ao Espírito, criar um ambiente de re-colhimento, sentir-se comunidade com toda a Igreja

LEITURA: conhecer, respei-tar, situar. Perceber o que o texto diz. É o primeiro passo do processo de apropriação da Palavra: ler, ler, ler! Ler muito para familiarizar-se com a Bíblia, para que ela se torne nossa palavra, capaz de expressar nossa vida e nossa história, pois ela “foi escri-ta para nós que tocamos o fim dos tempos” (1Cor 10,11). É uma leitura atenta, para assimilar o que o texto diz, em atitude de escuta, confiança, entrega e silêncio interior. A Leitura da Bíblia ajuda a criar em nós os olhos certos para ler a vida do povo e vice-versa.

MEDITAÇÃO: ruminar, dialo-gar, atualizar. A leitura res-pondeu o que o diz o texto. “Vou ouvir o que o Senhor nos tem a dizer” (Sl 85,9). A meditação vai responder à per-gunta: O que diz o texto para mim, para nós, hoje? A ques-tão central que se coloca é esta: o que é que Deus, através desse texto, tem a dizer hoje, aqui na nossa comunidade, paróquia, diocese, para nós, cristãos? Re-petir frases, palavras, passando o texto da boca para o coração. Pela ruminação, a Palavra de Deus vai entrando aos poucos, vai tirando as máscaras, vai re-velando e quebrando a aliena-ção em que vivemos.

ORAÇÃO: suplicar, louvar, recitar. A atitude de oração está presente des-de o começo da Leitura. A oração provocada pela meditação inicia por uma atitude de encontro e adora-ção ao Senhor. A partir daí brota a nossa resposta à Palavra de Deus. Descobrir o que o texto me leva a dizer a Deus. É o momento de diálo-go íntimo e pesso-al com Deus.

CONTEMPLAÇÃO: enxergar, saborear, agir. É seu pon-to de chegada para saborear a presença ativa e criativa da Palavra de Deus e, além disso, procura comprometer-se com o processo de transformação que esta Palavra está provocando dentro da história. A contem-plação ensina e anima; é força e luz. Aí também é a hora de formular um compromisso de vida e partir para ação.

Page 6: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

6 Setembro de 2009 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

Av. Armação, 4000 – Gravatá – 893750-000Navegantes – SC

Gravatá – 3342 7075 – MatrizPenha – 3347 1131 – Filial

BORTOLATTOVINICIOVB

MCMATERIAIS P/ CONSTRUÇÃOMATERIAIS P/ CONSTRUÇÃO

Fone: (47) 3342-7075

Ecumenismo

Responsáveis do Ecumenismo nas Dioceses de SC reuniram-se em Lages

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO NA UNIVALI

Dom José Negri fala de Encontro Ecumênico na Suiça

Entre os professores do Curso de pós-graduação em Ciência da Religião que a Univali está promovendo, está o Padre Dr. Elias Wolff, do Instituto de Teologia de Santa Catarina – ITESC. As inscrições já estão abertas. O mesmo curso é indicado para profissionais gra-duados nas áreas de Ciências Humanas e Sociais, além de pessoas que se interessam pelo tema e atuam no trabalho religioso em escolas e instituições de educação. S ob a inspiração da mensagem

do Evangelho do dia, que manda “perdoar setenta vezes

sete”, no dia 13 de agosto, em Lages, reuniram-se membros das Comissões Diocesanas de Ecumenismo e Diá-logo Inter-religioso (CODEIRS) do Regional Sul IV, que abrange o Es-tado de Santa Catarina e que formam a Comissão Regional de Ecumenis-mo e Diálogo Inter-religioso (CRE-DEIRS) do mesmo Estado. Naquele dia ensolarado do planalto serrano, D. Oneres Marchiori, Bispo de Lages e referencial do Movimento Ecumê-nico em SC, e o Pe. Dr. Elias Wolff, assessor do setor de ecumenismo da CNBB, coordenaram e animaram o encontro, que iniciou com troca de experiências sobre esta dimensão da evangelização.

Dentre outros projetos para os próximos meses, destacaram-se: a celebração dos 10 anos da Declaração Conjunta sobre a justificação, dia 31 de outubro; participação catarinense no V Sulão e XIV Encontro Ecumê-nico do Regional Sul I, dias 28 a 30 de agosto próximos, em Indaiatuba, SP, onde também será celebrado o cen-tenário do Movimento Ecumênico,

Nos dias que passei na Suíça com os bispos do mundo inteiro, tive a oportunidade de encontrar o bispo luterano Christian Krause, já presidente da Federação Lute-rana Mundial e diretor do Luther-zentrum em Wittenberg. Ele me disse que já esteve, tempo atrás, em Blumenau e que nos conhece. Ao longo do seu discurso descre-veu a situação de 10 anos depois da Declaração Conjunta sobre a Justificação, assinada no ano de 1999 em Augsburg. Constatou que em todo o mundo se perce-be uma grande sede de unidade e paz. Por isso a Igreja Católica e a

Igreja Luterana iniciaram o diálogo há 40 anos. “No ano de 1965, em Stras-burgo, com a presença do Cardeal Willebrands, vol-tamos a dialogar depois de quase 500 anos de divisão; eu estava ali como tradutor (ainda estudante). Não po-dia imaginar que 34 anos depois, junto com o Carde-al Cassidy, teria assinado a Declaração, que inicia com as palavras ‘Juntos nós co-fessamos...‘”.

Continuou dizendo que de-vemos perguntar-nos seriamente

para onde nos conduziram estes anos de diálogo. “Assinando a Declaração, dei-me conta de que

líderes das Igrejas são importantes, mas o são igualmente os Movimentos. Chiara Lubich ali era uma pessoa muito impor-tante”. Alguns anos depois também a Igreja Metodista as-sinou a Declaração Comum. Segundo Krause este docu-mento pode tornar-se modelo para ou-

tros acordos. No encerramento convidou-

nos para o Encontro Ecumênico

nascido no Congresso de Edimburgo, no ano de 1910; Assembléia do CIER e Seminário sobre a Campanha da Fraternidade 2010 Ecumênica , de 9 a 11 de outubro, em Lages, com dele-gações por Dioceses.

Foi sugerido ao Pe. Elias que ela-

borasse texto para todas as Dioceses do Brasil sobre o 10º aniversário da Declaração Conjunta e o centenário do Movimento Ecumênico, em vista de serem valorizados esses dois mar-cos da caminhada ecumênica do nos-

so tempo.Momento importante da mesma reu-

nião foi a troca de coordenação da CRE-DEIR. Por muitos anos, com competência e dedicação, Pe. Elias Wolff coordenou a CREDEIR do Regional Sul IV. Ago-ra, com novos mais exigentes encargos, viu-se que é melhor outro padre assumir a coordenação. Então, o grupo reunido confiou esta tarefa ao Pe. Raul Kestring, explicitando também irrestrita correspon-sabilidade, em vista dos não pequenos desafios, nesse campo, na Igreja em Santa Catarina.

dos Bispos que se realizará em setembro, na cidade de Lutero: Eisleben (onde Lu-tero nasceu e morreu) e Wittenberg (onde ensinou teologia e publicou as 95 teses em 1517). O encontro acontecerá no mostei-ro católico de Helfta, reconstruído sobre as ruínas, depois do período comunista. Naqueles dias vamos nos confrontar com as dores da Igreja Evangélica na Alema-nha Oriental, que sofreu duramente, seja sob Hitler, seja sob o comunismo. Esta-remos portanto numa terra caracteriza-da agora pelo “nirvana religioso”. Dizia ainda Christian:”A minha esperança é de que este Encontro seja um novo passo no caminho da unidade. Por isso, peço-vos que nos recordeis nas vossas orações”.

Page 7: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

7Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Setembro de 2009 Pastoral

OSanto Padre, Papa Bento XVI, instituiu o Ano Sacerdotal em razão dos 150 anos do “dies

natalis” (dia do nascimento para o Céu) de São João Maria Vianney, pa-trono dos párocos do mundo.

Desejo promover em toda a RCC do Brasil, começando pelo Minis-tério de Intercessão que atualmente coordeno, uma grande e intensa rede de intercessão pelas vocações e pelos sacerdotes.

O Santo Padre sugere que esse ano seja de fomento no empenho da reno-vação interior de todos os sacerdotes para um testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo. Para tanto, peça-mos ao Espírito Santo que os confirme e os fortaleça neste chamado, que é di-vino, mas feito a homens. Que a iden-tificação com o seu ministério leve os sacerdotes a reconhecerem o próprio Cristo em sua Pessoa e Missão. Que sua busca de uma vida de santidade os faça harmonizarem corpo, mente e es-pírito como pessoas e como ministros ordenados.

Ao participarmos das missas, que nossas intenções sejam também por aqueles a quem Deus confiou e con-feriu a graça única de, ao proferir duas palavras, fazer descer do Céu Nosso Senhor e encerrar-se numa pequena hóstia. Que o momento doxológico seja um ato de intercessão por aqueles que atuam “in persona Christi”. Sem o sacramento da Ordem, não teríamos o Senhor. Oremos para que, como o Cura D´Ars, nossos sacerdotes tenham o costume de oferecer sempre o sacri-fício de sua própria vida. Como dizia ainda o santo padroeiro: ”Como faz bem a um padre oferecer-se em sacri-fício a Deus todas as manhãs!”

Sem o sacramento da Ordem,não teríamos a presença real do Senhor na Eucaristia.

Nossas orações se voltem, ao mes-mo tempo, para que o Espírito Santo crie nos sacerdotes o desejo ardente de passar momentos de profunda in-

Momento R.C.C.“O Sacerdócio é o amor do Coração de Jesus” (Santo Cura D’Ars)

Acontecerá nos dias 11, 12 e 13 de setembro de 2009, na ci-dade de Mafra/SC (Diocese de Joinville) o 17º Encontro Esta-dual da Pastoral Carcerária. O “Feminino no Cárcere”, “Tra-balho do preso”, o “Projeto De-fensoria Pública em Santa Cata-rina” e a “Lectio Divina: presos da Bíblia” serão os temas do encon-tro. Os assessores serão Heidi Na. Cerneka, da Pastoral Carcerária Nacional; Padre Zanella, de Cha-pecó; Dra. Maria Ap. Caovilla, da Unochapecó e o Pe. Ney Brasil, do ITESC, Florianópolis.

Na vindoura oportunidade, os agentes da Pastoral que atuam no Estado estarão avaliando os traba-

Encontro Estadual da Pastoral Carcerária

Agenda✓ No dia 12 e 13 de setembro, Re-

tiro Diocesano de Cura e Liberta-ção:

✓ O TEMA do retiro, neste ano, é: Seja feito conforme a tua fé... (Mt 8,13b).

✓ O inicio será às 13h30 (recepção a partir das 13h00) no Salão Porta Aberta - Catedral de Blumenau.

✓ O valor é de R$ 10,00 (dez reais) para a inscrição feita até o dia 06 de setembro, e R$ 12,00 (doze reais), no local do evento. O al-moço de domingo, dia 12, poderá ser adquirido somente no local do retiro, ao custo de R$ 5,00 (cinco reais).

✓ Os pregadores, Ir. Alexandre Ma-zalli e Everton Toresin, são da Co-munidade Dominus Sales (www.javesalva.com.br), de Jundiaí / SP.

✓ Maiores informações pelo e-mail zimauro.zimmermann@rccblu-

menau.com (Zimauro) ou com o Coordenador do Grupo de Oração de sua comunidade (Diocese de Blumenau).

✓ No dia 2 de setembro, feriado de aniversário de Blumenau, será realizada uma “Missa Carismá-tica”, na Catedral de Blumenau, às 19h. e será presidida pelo Pe. João. Você é nosso convidado.

✓ Participe do Grupo de Oração de sua comunidade. Lista completa no site, www.rccblumenau.com.br.

✓ Ouça, todos os sábados, na Rádio Blumenau AM (1.260), programa Fonte de Água Viva, das 12h00 às 13h00 horas, com oração, música e louvor.

✓ Zimauro Zimmermann - [email protected]

✓ MCS – R.C.C. Diocese de Blume-nau

timidade com o Senhor, junto ao sacrário e nos Ofícios Divinos. Assim, os fiéis certamente irão imitá-los e estes, indo a Jesus, alegrar-se-ão com o sacramento da Penitência que os reconcilia com o Senhor.

Seja também a nossa oração verdadeira Ação de Graças pelos sacerdotes. Eles se fazem presen-tes desde o nosso ingresso na vida de filhos de Deus pelo sacramen-to do Batismo, passando pelo ali-mento espiritual da Palavra e da Sagrada Eucaristia, até o momento em que preparam nossa alma para comparecer diante de Deus.

Que seu amor a Cristo, por

meio de seu Corpo, a Igreja, faça-os testemunhar a unidade com seu Bispo, entre eles próprios e com os leigos, ou seja, com todo o povo de Deus.

Por fim, mas não esgotando o tema (pois o Espírito Santo irá sus-citar outras formas de orarmos por todo o clero na nossa metodologia carismática), peçamos à Virgem Santíssima por aqueles que são seus filhos prediletos, um amor es-ponsal a Cristo e à Sua Igreja!

Vicente Gomes de Souza Neto, Coordenador Nacional do Ministério de

Intercessão na RCCFonte: http://www.rccbrasil.org.br

lhos realizados a partir da Cam-panha da Fra-ternidade 2009, que abordou a problemáti-ca presente no atual modelo de Segurança Pú-blica.

Contamos com a presen-ça das lideran-ças da Pastoral Carcerária das 10 Dioceses

do nosso Regional Sul IV e solici-tamos que cada Diocese faça um breve relatório, apontando alegrias e tristezas na CF 2009 da região. O mesmo deverá ser apresentado em data-show na noite do dia 11 de setembro, primeiro dia do encontro, com as atividades, desafios e con-quistas do ano de 2009.

Pe. Célio Ribeiro

Dormir de barriga para cima é mais seguro! Este é o tema da campanha lança-da dia 22 de ju-lho pela Pastoral da Criança, que traz, entre outros parceiros, o Mi-nistério da Saú-de, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Centro de Pesquisas Epide-miológicas da Universidade Fede-ral de Pelotas (UFPel), para preve-nir a morte súbita em crianças.

A campanha baseou-se em es-tudos brasileiros e outras publica-ções fora do país que enfatizaram e comprovaram a segurança dessa

posição para dormir. Segun-do a Pastoral da Criança, dife-rente do que os pais imaginam (que o bebê irá se afogar se vo-mitar e estiver de barriga para cima), a reação natural é ele tossir e, assim, chamar a aten-ção dos pais.

Retirado do site da revista crescer: http://revistacrescer.glo-bo.com/Revista/Crescer/

Pode ser consultado também:http://sig.pastoraldacrianca.

org.br/wordpress/

Maneira de dormir

Page 8: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

98

E-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.brE-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.br

Setembro de 2009 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau Setembro de 2009 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

Subsídio sobre a RomariaSubsídio sobre a RomariaA Romaria da Terra e da Água

em Santa Catarina é uma promoção da CNBB Regional Sul IV com ini-ciativa da Comissão Pastoral da Ter-ra, realizada com o apoio e a partici-pação dos(as) agentes de pastorais, religiosos(as), padres, membros de outras igrejas, romeiros e romeiras e das demais forças que nasceram desta luta: os movimentos sociais do campo e da cidade. Sendo assim, re-conhecer e valorizar o protagonismo do conjunto destes atores sociais, fa-zendo-os participar das decisões so-bre os rumos das Romarias da Terra e da Água é fundamental para garan-tir seu caráter ecumênico, popular, religioso, profético, tão necessário em tempos de refluxo na caminhada de nossas igrejas e dos movimentos, que retardam a conquista de uma sociedade justa e fraterna, sinal do Reino Definitivo. Para os Movimen-tos sociais e populares, a Romaria da Terra e da Água significa um im-portante espaço de animação da fé e da esperança e, por isso, reafirmam a necessidade e importância deste evento. Considerando todos estes aspectos, ficou determinado então que, a partir de 2007, as Romarias da Terra e da Água sejam realizadas em conjunto com os movimentos sociais do campo e da cidade.

Encontro com Deus

Entendemos que Romaria da Terra e da Água seja uma peregrina-ção, uma passagem, um espaço pri-vilegiado de encontro com Deus, um sinal de conversão e de transforma-ção da vida do povo pobre do cam-po. Na celebração litúrgica da Ro-maria da Terra e da Água atualiza-se o Mistério Pascal de Jesus Cristo – que acontece na vida das pessoas que lutam pela terra, dos que resis-tem na terra e de todos que se soli-darizam com a luta pela terra e pela justiça. Assim, as romarias possuem num primeiro momento um caráter religioso fundamental de expressão de fé e de manutenção da tradição.

A Romaria da Terra e da Água apresenta um elemento a mais nesta expressão de fé à medida que eviden-cia com força a dimensão política da liturgia. Numa profunda dimensão profética, a Romaria da Terra e da Água revela que os problemas funda-mentais como a vida dura e sofrida dos(as) camponeses(as), passam pela destruição, concentração, privatiza-ção e exploração da terra e da água (meio ambiente), e que isto tem tudo a ver com sua fé e expressão religio-sa. Celebrar as lutas e vitórias na bus-ca da terra prometida, da Terra sem Males e do sonho da reforma agrária, é recuperar e reorganizar a esperança do povo, levando-o ao engajamento consciente no exercício da cidadania, na luta pela terra e na terra, transfor-mando o mundo de injustiça e opres-são em sinal da presença do Reino de Deus.

Nesta perspectiva, a Romaria da Terra e da Água tem sido um espaço propício para celebrar a fé e a vida, forças dinamizadoras de um com-promisso libertador, e possibilita também o encontro, a animação e a articulação dos movimentos popula-res, das pastorais sociais e de outras entidades que lutam em defesa da vida, da terra e da água.

Data

A data da Romaria da Terra e da Água de Santa Catarina já está fixa-da no calendário litúrgico de nossas comunidades, que o povo aguarda como uma festa religiosa a ser cele-brada, associada à bênção das semen-tes e à Festa de Exaltação da Santa Cruz. Por isso, a Romaria da Terra e mais tarde também da Água, des-de 1986, há vinte anos, é realizada todos os anos (exceto 2002, 2006 e 2009, com o adiamento), sempre no segundo domingo de setembro. Esta tradição religiosa popular mobiliza a cada ano milhares de romeiros e ro-meiras a renovar a sua Aliança com o Deus dos Pobres e com os Pobres da

Terra no seu compromisso na defesa da terra e da vida. Considerando esta dimensão de renovação periódica de um compromisso com Deus, enten-demos que não podemos “inventar” romarias, assim como não podemos escolher arbitrariamente suas datas e lugares. Neste sentido é fundamental afirmar junto às comunidades, às pas-torais e aos movimentos populares uma data fixa e lugares simbólicos para as Romarias da Terra e da Água, fortalecendo assim uma tradição re-ligiosa e mantendo a esperança e a fé no Deus presente nas lutas de um povo sofrido, mas que não se cansa de caminhar em busca da conquista de uma terra sem males.

Mutirão

Neste mutirão pela Romaria da Terra e da Água, reforçamos o en-tendimento que ela não pode ser uma atividade isolada, mas parte e fruto de um processo de formação, orga-nização e mobilização junto aos(às) camponeses(as) articulado com as lutas dos(as) trabalhadores(as) da ci-dade. A Romaria da Terra e da Água deve ser realizada em área rural e não mais em centro urbano e parque de ex-posição. A equipe de preparação das Romarias da Terra e da Água cada vez se sente mias convocada para melho-rar e reforçar o seu trabalho de base, buscando uma ação e uma presença mais efetiva e profética junto aos(às) trabalhadores(as) rurais e se compro-meter a celebrar Romarias cada vez mais engajadas e libertadoras. No entanto, para que um bom trabalho de base seja realizado, é necessário o apoio das Igrejas locais.

Esta celebração é de fundamental importância para o fortalecimento da caminhada pastoral junto aos pobres do campo e reafirmação do compro-misso social da Igreja e sua preferên-cia pelos pobres.

Coordenação geral da Romaria da Terra e da Água - Fone: 48-3234 4766

XXI Romaria da Terra e da Água de Santa CatarinaXXI Romaria da Terra e da Água de Santa CatarinaRomaria é coisa antiga...

Quem de nós não conhece a his-tória de Abraão, que por sua fé deixou sua terra e foi em bus-

ca da terra prometida? Ou ainda, quem de nós não conhece a longa caminhada que fez pelo deserto o povo hebreu, li-bertado do Egito, no sonho e na utopia de receber a terra onde corria leite e mel? Estas histórias, e tantas outras, nos fazem afirmar: desde os tempos bíbli-cos, com certeza, se faz romaria!

Surgem as Romarias da Terra...

Dentro das Pastorais Sociais, mais especificamente da Comissão Pasto-ral da Terra, surgiu uma necessidade de se fazer uma Romaria um pouco diferente. Percebeu-se que, num certo momento da história de nosso país, o povo empobrecido das áreas rurais pre-cisava alimentar, em romaria, sua reli-giosidade popular, mas também carecia de um espaço e de um momento onde pudesse juntar sua fé com sua necessi-dade de gritar para a sociedade as dores que vinham passando. Além disso, era preciso um espaço sagrado onde o povo pudesse expressar sua alegria e agrade-cimento a Deus por suas conquistas e vitórias em suas lutas: no Sindicato, na Cooperativa, no Partido Político...

E foi assim que nasceu, no Rio Grande do Sul, em 1978, a primeira Romaria da Terra do Brasil. Oito anos depois, em Santa Catarina, a CPT or-ganizava a nossa primeira Romaria da Terra. Foi numa pequena comunidade, chamada de Taquaruçu, no interior do município de Fraiburgo, que romeiros e romeiras de várias partes do nosso esta-do tiveram esta primeira e marcante ex-periência. Na época escolheu-se como tema de fundo a Guerra do Contestado, resgatando a luta do povo sofrido e po-bre, vendo-se a história do ponto de vis-ta das minorias marginalizadas. Foi aí que se resgatou o costume dos monges do Contestado de plantarem cruzes de cedro, as quais, se brotassem, seria um sinal de esperança e vitória. Naquelas terras do Taquaruçu, fincou-se a cruz de

cedro pela primeira vez numa Romaria da Terra em Santa Catarina.

Em 2003, a Romaria passa a se chamar “Romaria da Terra e da Água”, para reforçar a necessidade do cuidado também com a nossa irmã água.

E chegamos à vigésima primeira!

Desde aquela primeira Romaria, lá no ano de 1986, quase todos os anos se fez Romaria da Terra em solo cata-rinense. Sempre se escolhe um tema atual, que está presente nas discussões das Pastorais e Movimentos Sociais. Nas Romarias já se falou de reforma agrária, de trabalho, do agronegócio,

barragens, sementes, agricultura fami-liar... e estes temas não são aprofunda-dos somente no dia da Romaria. É feito todo um trabalho anterior, quando mui-tos grupos, em muitas comunidades, se reúnem para estudar o Texto-Base – um subsídio preparado para ajudar no estu-do do tema escolhido.

Neste ano, 2009, escolheu-se como tema da Romaria a questão do cuidado com o meio-ambiente. Esta preocu-pação, que é de todo o povo (ou pelo menos deveria ser) se reflete no lema muito bem escolhido: “CUIDAR DA TERRA. GARANTIR A VIDA!

Em nenhum outro lugar do estado poderia representar melhor esta questão atualíssima e urgentíssima do que a co-

munidade do Braço do Baú, em Ilhota. Esta comunidade, escolhida para sediar a XXI Romaria da Terra e da Água, foi intensamente atingida pelas fortes chu-vas de novembro de 2008. Somente em Ilhota foram 47 as mortes causadas pela tragédia. Vários deslizamentos de terra sacudiram aquelas comunidades. Casas foram perdidas, terrenos e plantações, arrastadas; vidas se foram...

Cuidar da terra. Garantir a vida. Este anúncio se faz a partir do Braço do Baú, região do município de Ilhota que guarda no seu baú de memórias, gritos recentes de dor, desolação, abandono e morte. Desde este “vale de ossos se-cos” faz-se necessário ouvir de novo as palavras de consolação e Cuidado, este nome antigo e sempre novo de Deus:

Vou fazer com minhas ovelhas uma aliança de paz: acabarei com as feras, de modo que elas poderão deitar-se seguras no deserto e dormir tranqüilas no meio dos bosques. Farei do país e da minha montanha uma benção. Mandarei chuva no tempo certo, e será uma chuva abençoada. A árvore do campo dará o seu fruto, a terra produ-zirá e todos estarão seguros, morando na própria terra (...). Eu lhes darei uma lavoura farta, e não haverá mais mortos de fome no país (...). Então eles ficarão sabendo que Eu, Javé, estou com eles, e que eles são o meu povo. Vocês são minhas ovelhas, ovelhas do meu reba-nho. E Eu sou o Deus de vocês -Javé (Ez 34, 25-31).

Falando dos objetivosO que se quer com a XXI Romaria

da Terra e da Água é fortalecer o com-promisso de cuidar da vida, acreditando que CUIDAR DA TERRA é GARAN-TIR A VIDA. Também é objetivo des-ta Romaria fortalecer o compromisso na construção de uma sociedade justa e solidária, que respeita as pessoas e o meio ambiente. É fazer com que o povo conheça e discuta a realidade so-bre o meio ambiente. Acreditamos que esta é tarefa de todas e todos nós e não queremos nos omitir. É necessário “ar-regaçar as mangas”.

Queremos nesta Romaria denun-ciar os projetos, os problemas que fa-

zem sofrer as pessoas e que destroem o meio ambiente.

Desta forma, como um grande mu-tirão do cuidado da vida, teremos for-ça e coragem para resgatar as utopias esquecidas e reescrever o nosso sonho comum: re-criar uma Terra sem Males, terra onde corre leite e mel, sinal do Reino Definitivo.

Meio ambiente é o tema principal

Uma pequena citação, tirada do Texto-base desta Romaria, na página 14, ilustra muito bem a importância do

ma Romaria, cuja forma de realização foi avaliada como muito positiva, esta Romaria também será realizada em formato das “Festas das Tendas”, re-cordando os tempos bíblicos de partilha de vida, de reflexão, de desejos, de ali-mento, de acolhimento e de sonhos... O objetivo é exatamente o de resgatar o sen-tido de comunhão, de partilha, de troca de experiências solidárias como eram as primeiras comunidades cristãs como for-ma de contrapor-se ao projeto capitalista, baseado no mercado , na competição e no consumo desenfreado.

Para que possamos experimentar a força da verdadeira partilha e da união, cada tenda oferecerá, de forma gratuita, pratos típicos de nossa cultura, algum tipo de alimento para o almoço dos ro-meiros e romeiras, os quais também es-tão sendo orientados a trazer alimentos para partilha e refeição.

José Valmeci de Souza (Atta) Secretaria Estadual da CPT-SC.

cuidado que devemos ter com nosso planeta Terra. São palavras de sabedo-ria, ditas pelo jurista catarinense Osny Duarte Pereira (1912-2000):

“Assim como ninguém escava o terreno dos alicerces de sua casa, por-que poderá comprometer a segurança da mesma, do mesmo modo ninguém arranca as árvores das nascentes, das margens dos rios, nas encostas das mon-tanhas, ao longo das estradas, porque poderá vir a ficar sem água, sujeito às inundações, sem vias de comunicação, pelas barreiras e outros males conheci-damente resultantes de sua insensatez. As árvores nesses lugares estão para as

respectivas terras como o vestuário está para o corpo humano.”

Não podemos nos esquecer, no en-tanto, quando pensarmos em meio am-biente, em nos incluir neste espaço. Nada existe de forma isolada. Tudo interage continuamente, como um sistema vivo, integrado e dinâmico. Assim ,meio am-biente é tudo que existe ao nosso redor, a terra, água, as plantas, os animais, os pei-xes, o ar, as pessoas e suas obras como estradas, cidades, lavouras, etc..

Entendermo-nos, nós, seres humanos,como parte integrante do meio ambiente é reconhecer a nossa responsabilidade como um “ser so-cial”. Ainda mais quando levamos em conta que o meio ambiente é um bem comum, não pertence a alguém, nem a alguma empresa ou governo. Ele é de todos e todos têm direito a ele.

Romaria é partilha

Assim como aconteceu na vigési-

Será publicada na edição de novembro

O dia da Romaria – Nossa programaçãoO dia da Romaria – Nossa programação

Page 9: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

98

E-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.brE-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.br

Setembro de 2009 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau Setembro de 2009 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

Subsídio sobre a RomariaSubsídio sobre a RomariaA Romaria da Terra e da Água

em Santa Catarina é uma promoção da CNBB Regional Sul IV com ini-ciativa da Comissão Pastoral da Ter-ra, realizada com o apoio e a partici-pação dos(as) agentes de pastorais, religiosos(as), padres, membros de outras igrejas, romeiros e romeiras e das demais forças que nasceram desta luta: os movimentos sociais do campo e da cidade. Sendo assim, re-conhecer e valorizar o protagonismo do conjunto destes atores sociais, fa-zendo-os participar das decisões so-bre os rumos das Romarias da Terra e da Água é fundamental para garan-tir seu caráter ecumênico, popular, religioso, profético, tão necessário em tempos de refluxo na caminhada de nossas igrejas e dos movimentos, que retardam a conquista de uma sociedade justa e fraterna, sinal do Reino Definitivo. Para os Movimen-tos sociais e populares, a Romaria da Terra e da Água significa um im-portante espaço de animação da fé e da esperança e, por isso, reafirmam a necessidade e importância deste evento. Considerando todos estes aspectos, ficou determinado então que, a partir de 2007, as Romarias da Terra e da Água sejam realizadas em conjunto com os movimentos sociais do campo e da cidade.

Encontro com Deus

Entendemos que Romaria da Terra e da Água seja uma peregrina-ção, uma passagem, um espaço pri-vilegiado de encontro com Deus, um sinal de conversão e de transforma-ção da vida do povo pobre do cam-po. Na celebração litúrgica da Ro-maria da Terra e da Água atualiza-se o Mistério Pascal de Jesus Cristo – que acontece na vida das pessoas que lutam pela terra, dos que resis-tem na terra e de todos que se soli-darizam com a luta pela terra e pela justiça. Assim, as romarias possuem num primeiro momento um caráter religioso fundamental de expressão de fé e de manutenção da tradição.

A Romaria da Terra e da Água apresenta um elemento a mais nesta expressão de fé à medida que eviden-cia com força a dimensão política da liturgia. Numa profunda dimensão profética, a Romaria da Terra e da Água revela que os problemas funda-mentais como a vida dura e sofrida dos(as) camponeses(as), passam pela destruição, concentração, privatiza-ção e exploração da terra e da água (meio ambiente), e que isto tem tudo a ver com sua fé e expressão religio-sa. Celebrar as lutas e vitórias na bus-ca da terra prometida, da Terra sem Males e do sonho da reforma agrária, é recuperar e reorganizar a esperança do povo, levando-o ao engajamento consciente no exercício da cidadania, na luta pela terra e na terra, transfor-mando o mundo de injustiça e opres-são em sinal da presença do Reino de Deus.

Nesta perspectiva, a Romaria da Terra e da Água tem sido um espaço propício para celebrar a fé e a vida, forças dinamizadoras de um com-promisso libertador, e possibilita também o encontro, a animação e a articulação dos movimentos popula-res, das pastorais sociais e de outras entidades que lutam em defesa da vida, da terra e da água.

Data

A data da Romaria da Terra e da Água de Santa Catarina já está fixa-da no calendário litúrgico de nossas comunidades, que o povo aguarda como uma festa religiosa a ser cele-brada, associada à bênção das semen-tes e à Festa de Exaltação da Santa Cruz. Por isso, a Romaria da Terra e mais tarde também da Água, des-de 1986, há vinte anos, é realizada todos os anos (exceto 2002, 2006 e 2009, com o adiamento), sempre no segundo domingo de setembro. Esta tradição religiosa popular mobiliza a cada ano milhares de romeiros e ro-meiras a renovar a sua Aliança com o Deus dos Pobres e com os Pobres da

Terra no seu compromisso na defesa da terra e da vida. Considerando esta dimensão de renovação periódica de um compromisso com Deus, enten-demos que não podemos “inventar” romarias, assim como não podemos escolher arbitrariamente suas datas e lugares. Neste sentido é fundamental afirmar junto às comunidades, às pas-torais e aos movimentos populares uma data fixa e lugares simbólicos para as Romarias da Terra e da Água, fortalecendo assim uma tradição re-ligiosa e mantendo a esperança e a fé no Deus presente nas lutas de um povo sofrido, mas que não se cansa de caminhar em busca da conquista de uma terra sem males.

Mutirão

Neste mutirão pela Romaria da Terra e da Água, reforçamos o en-tendimento que ela não pode ser uma atividade isolada, mas parte e fruto de um processo de formação, orga-nização e mobilização junto aos(às) camponeses(as) articulado com as lutas dos(as) trabalhadores(as) da ci-dade. A Romaria da Terra e da Água deve ser realizada em área rural e não mais em centro urbano e parque de ex-posição. A equipe de preparação das Romarias da Terra e da Água cada vez se sente mias convocada para melho-rar e reforçar o seu trabalho de base, buscando uma ação e uma presença mais efetiva e profética junto aos(às) trabalhadores(as) rurais e se compro-meter a celebrar Romarias cada vez mais engajadas e libertadoras. No entanto, para que um bom trabalho de base seja realizado, é necessário o apoio das Igrejas locais.

Esta celebração é de fundamental importância para o fortalecimento da caminhada pastoral junto aos pobres do campo e reafirmação do compro-misso social da Igreja e sua preferên-cia pelos pobres.

Coordenação geral da Romaria da Terra e da Água - Fone: 48-3234 4766

XXI Romaria da Terra e da Água de Santa CatarinaXXI Romaria da Terra e da Água de Santa CatarinaRomaria é coisa antiga...

Quem de nós não conhece a his-tória de Abraão, que por sua fé deixou sua terra e foi em bus-

ca da terra prometida? Ou ainda, quem de nós não conhece a longa caminhada que fez pelo deserto o povo hebreu, li-bertado do Egito, no sonho e na utopia de receber a terra onde corria leite e mel? Estas histórias, e tantas outras, nos fazem afirmar: desde os tempos bíbli-cos, com certeza, se faz romaria!

Surgem as Romarias da Terra...

Dentro das Pastorais Sociais, mais especificamente da Comissão Pasto-ral da Terra, surgiu uma necessidade de se fazer uma Romaria um pouco diferente. Percebeu-se que, num certo momento da história de nosso país, o povo empobrecido das áreas rurais pre-cisava alimentar, em romaria, sua reli-giosidade popular, mas também carecia de um espaço e de um momento onde pudesse juntar sua fé com sua necessi-dade de gritar para a sociedade as dores que vinham passando. Além disso, era preciso um espaço sagrado onde o povo pudesse expressar sua alegria e agrade-cimento a Deus por suas conquistas e vitórias em suas lutas: no Sindicato, na Cooperativa, no Partido Político...

E foi assim que nasceu, no Rio Grande do Sul, em 1978, a primeira Romaria da Terra do Brasil. Oito anos depois, em Santa Catarina, a CPT or-ganizava a nossa primeira Romaria da Terra. Foi numa pequena comunidade, chamada de Taquaruçu, no interior do município de Fraiburgo, que romeiros e romeiras de várias partes do nosso esta-do tiveram esta primeira e marcante ex-periência. Na época escolheu-se como tema de fundo a Guerra do Contestado, resgatando a luta do povo sofrido e po-bre, vendo-se a história do ponto de vis-ta das minorias marginalizadas. Foi aí que se resgatou o costume dos monges do Contestado de plantarem cruzes de cedro, as quais, se brotassem, seria um sinal de esperança e vitória. Naquelas terras do Taquaruçu, fincou-se a cruz de

cedro pela primeira vez numa Romaria da Terra em Santa Catarina.

Em 2003, a Romaria passa a se chamar “Romaria da Terra e da Água”, para reforçar a necessidade do cuidado também com a nossa irmã água.

E chegamos à vigésima primeira!

Desde aquela primeira Romaria, lá no ano de 1986, quase todos os anos se fez Romaria da Terra em solo cata-rinense. Sempre se escolhe um tema atual, que está presente nas discussões das Pastorais e Movimentos Sociais. Nas Romarias já se falou de reforma agrária, de trabalho, do agronegócio,

barragens, sementes, agricultura fami-liar... e estes temas não são aprofunda-dos somente no dia da Romaria. É feito todo um trabalho anterior, quando mui-tos grupos, em muitas comunidades, se reúnem para estudar o Texto-Base – um subsídio preparado para ajudar no estu-do do tema escolhido.

Neste ano, 2009, escolheu-se como tema da Romaria a questão do cuidado com o meio-ambiente. Esta preocu-pação, que é de todo o povo (ou pelo menos deveria ser) se reflete no lema muito bem escolhido: “CUIDAR DA TERRA. GARANTIR A VIDA!

Em nenhum outro lugar do estado poderia representar melhor esta questão atualíssima e urgentíssima do que a co-

munidade do Braço do Baú, em Ilhota. Esta comunidade, escolhida para sediar a XXI Romaria da Terra e da Água, foi intensamente atingida pelas fortes chu-vas de novembro de 2008. Somente em Ilhota foram 47 as mortes causadas pela tragédia. Vários deslizamentos de terra sacudiram aquelas comunidades. Casas foram perdidas, terrenos e plantações, arrastadas; vidas se foram...

Cuidar da terra. Garantir a vida. Este anúncio se faz a partir do Braço do Baú, região do município de Ilhota que guarda no seu baú de memórias, gritos recentes de dor, desolação, abandono e morte. Desde este “vale de ossos se-cos” faz-se necessário ouvir de novo as palavras de consolação e Cuidado, este nome antigo e sempre novo de Deus:

Vou fazer com minhas ovelhas uma aliança de paz: acabarei com as feras, de modo que elas poderão deitar-se seguras no deserto e dormir tranqüilas no meio dos bosques. Farei do país e da minha montanha uma benção. Mandarei chuva no tempo certo, e será uma chuva abençoada. A árvore do campo dará o seu fruto, a terra produ-zirá e todos estarão seguros, morando na própria terra (...). Eu lhes darei uma lavoura farta, e não haverá mais mortos de fome no país (...). Então eles ficarão sabendo que Eu, Javé, estou com eles, e que eles são o meu povo. Vocês são minhas ovelhas, ovelhas do meu reba-nho. E Eu sou o Deus de vocês -Javé (Ez 34, 25-31).

Falando dos objetivosO que se quer com a XXI Romaria

da Terra e da Água é fortalecer o com-promisso de cuidar da vida, acreditando que CUIDAR DA TERRA é GARAN-TIR A VIDA. Também é objetivo des-ta Romaria fortalecer o compromisso na construção de uma sociedade justa e solidária, que respeita as pessoas e o meio ambiente. É fazer com que o povo conheça e discuta a realidade so-bre o meio ambiente. Acreditamos que esta é tarefa de todas e todos nós e não queremos nos omitir. É necessário “ar-regaçar as mangas”.

Queremos nesta Romaria denun-ciar os projetos, os problemas que fa-

zem sofrer as pessoas e que destroem o meio ambiente.

Desta forma, como um grande mu-tirão do cuidado da vida, teremos for-ça e coragem para resgatar as utopias esquecidas e reescrever o nosso sonho comum: re-criar uma Terra sem Males, terra onde corre leite e mel, sinal do Reino Definitivo.

Meio ambiente é o tema principal

Uma pequena citação, tirada do Texto-base desta Romaria, na página 14, ilustra muito bem a importância do

ma Romaria, cuja forma de realização foi avaliada como muito positiva, esta Romaria também será realizada em formato das “Festas das Tendas”, re-cordando os tempos bíblicos de partilha de vida, de reflexão, de desejos, de ali-mento, de acolhimento e de sonhos... O objetivo é exatamente o de resgatar o sen-tido de comunhão, de partilha, de troca de experiências solidárias como eram as primeiras comunidades cristãs como for-ma de contrapor-se ao projeto capitalista, baseado no mercado , na competição e no consumo desenfreado.

Para que possamos experimentar a força da verdadeira partilha e da união, cada tenda oferecerá, de forma gratuita, pratos típicos de nossa cultura, algum tipo de alimento para o almoço dos ro-meiros e romeiras, os quais também es-tão sendo orientados a trazer alimentos para partilha e refeição.

José Valmeci de Souza (Atta) Secretaria Estadual da CPT-SC.

cuidado que devemos ter com nosso planeta Terra. São palavras de sabedo-ria, ditas pelo jurista catarinense Osny Duarte Pereira (1912-2000):

“Assim como ninguém escava o terreno dos alicerces de sua casa, por-que poderá comprometer a segurança da mesma, do mesmo modo ninguém arranca as árvores das nascentes, das margens dos rios, nas encostas das mon-tanhas, ao longo das estradas, porque poderá vir a ficar sem água, sujeito às inundações, sem vias de comunicação, pelas barreiras e outros males conheci-damente resultantes de sua insensatez. As árvores nesses lugares estão para as

respectivas terras como o vestuário está para o corpo humano.”

Não podemos nos esquecer, no en-tanto, quando pensarmos em meio am-biente, em nos incluir neste espaço. Nada existe de forma isolada. Tudo interage continuamente, como um sistema vivo, integrado e dinâmico. Assim ,meio am-biente é tudo que existe ao nosso redor, a terra, água, as plantas, os animais, os pei-xes, o ar, as pessoas e suas obras como estradas, cidades, lavouras, etc..

Entendermo-nos, nós, seres humanos,como parte integrante do meio ambiente é reconhecer a nossa responsabilidade como um “ser so-cial”. Ainda mais quando levamos em conta que o meio ambiente é um bem comum, não pertence a alguém, nem a alguma empresa ou governo. Ele é de todos e todos têm direito a ele.

Romaria é partilha

Assim como aconteceu na vigési-

Será publicada na edição de novembro

O dia da Romaria – Nossa programaçãoO dia da Romaria – Nossa programação

Page 10: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

10 Setembro de 2009 ◗ Jornal da Diocese de BlumenauPastoral

Nossa Diocese-Irmã de Humaitá, AM, agradece grande ajuda

Celebração Eucarística encerrou Semana da Família em Blumenau

Movimento de Cursilhos de Cristandade

“A qui estamos muito felizes, t r a b a l h a n -

do em prol das nossas crianças, adolescentes, pais e idosos. Foi com muita alegria que rece-bemos a doação da Dio-cese de Blumenau – uma grande carreta com rou-pas e material didático. Quinhentos e sessenta crianças e adolescentes do nosso Projeto Sócio-Educativo – Apae, comunidades ribeiri-nhas de Auxiliadora, Manicoré, presídio, estradas, comunidades de Santa Luzia (no km 180), receberam o material didático e uma grande quantidade de roupas, em du-zentos sacos.

Na cidade de Humaitá, durante os meses de fevereiro e março, realizamos a “feira de roupa”. Como diz o profeta Isaías, “vão buscar de graça leite e mel”. Como era bonito ver as mães, pais, idosos e jovens escolhendo roupas, nos dois ho-rários, de manhã e de tarde, e uma equipe

de atendimento, com muito amor, carinho e dedicação. Um preço simbólico somen-te eles pagavam, R$ 1,00 e R$ 2,00 por até 5 peças.

As camisetas do Colégio Universitá-rio foram transformadas em fardamento para as crianças do citado Projeto – 300 camisetas. Com as doações recebidas, fi-zemos melhoramento na lojinha – “gera-ção de renda”- provendo-a de prateleiras, balcão de atendimento – concretização de um “sonho”: ter um local permanente de modesta e sobretudo educativa “ge-

ração de renda”. Fizemos um total de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Graças ao esforço de Tereza, voluntária vinda da Bahia, morando conosco e de 3 senhoras amazonenses, o trabalho tem perspectiva de Futuro.

Durante todo o tempo, re-zamos pelas famílias catari-nenses, vítimas das enchentes.Era uma só prece: nós, daqui, vestindo os pobres com a doa-ção de vocês; e o povo de Hu-

maitá rezando por vocês. Sinto – como diz o profeta – que “uma nova terra é possível onde existe o amor e a solida-riedade.

A todos o nosso muito obrigado! Ao amigo e bondoso João Ernesto, que Deus o abençoe!

Humaitá, AM, 06 de abril de 2009 Assina: Irmã Raquel Oliveira LealOBSERVAÇÃO: Devido à dificulda-

des de comunicação na região amazôni-ca, esta carta chegou em nossas mãos há poucos dias.

Presidida pelo Bispo Diocesano, Dom José Negri, a Missa de Encerra-mento da Semana da Família em Blume-nau, ocorreu no Domingo, 16, às 19h, na Catedral São Paulo Apóstolo.

À homilia, o Bispo lembrou a afir-mação do saudoso e venerável Papa João Paulo II:”A família é um patrimônio da humanidade”. Portanto, não só a Igreja deve preservá-la, mas todos os que dese-jam uma sociedade melhor.

Referindo-se à ocasião do encerra-mento da Semana da Família, felizmente coincide com a solenidade da Assunção de Nos-sa Senhora, Dom José ressaltou a importância da oração. Explicou ele que a mulher grávida, apresentada pelo Livro do Apocalipse (Primei-ra Leitura), significa a Igreja. Continuamente, o Dragão, isto é, o Demonio e tudo o que se opõe ao Plano de salvação de Deus, ameaça matar o filho. Este filho é Jesus, o Libertador e Salvador,

A finalidade específica do Movimento do Cur-silho de Cristandade é a chamada“fermentação evangélica dos ambientes”; tornem-se ambientes dignos de hospedar os filhos e filhas de Deus. Três pontos são importantes aqui:

✓ 1. Conversão: o agir humano seja pautado pelas orientações da Palavra de Deus.

✓ 2. Organização: sabemos muito bem, através da prática do nosso cotidiano, que é absolutamente verdadeiro o conhecido ditado “uma andorinha só não faz verão”. E, em se tratando de anunciar e tornar presente no mundo o Reino de Deus, esse ditado, mais uma vez se confirma. Mais do que em outros tempos, nos dias de hoje, de tanta organização do mal (o mal no mundo é organi-zado: Jesus já nos advertiu que os “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz” ( Lc 16,8). E quando esses renovados grupos ou essas pequenas comunidades estiverem presen-tes nos “ambientes”, então, na linguagem do do Movimento de Cursilho, denominamo-los de “Núcleos Ambientais”.

✓ 3. Núcleos Ambientes: agir como cristãos nos

ambientes em que cada um vive, seja na família, no trabalho, no lazer ou na sociedade. Percebe-se, pois, que é ali, nos ambientes mais diversificados das atividades humanas, que o cristão, individu-almente, têm que ser fermento, sal e luz. Mas a eficácia da sua presença será tanto maior, mais resultados para o Reino de Deus vai apresentar quando, ali, os cristãos souberem se organizar. Em pequenas comunidades (dois, três, quatro... com o mesmo objetivo); em pequenos grupos, em núcleos, eles tornarão presente o Reino de Deus, isto é, a justiça, a fraternidade, o amor, a solidariedade, o perdão.

Na Diocese de Blumenau, o Cursilho de Cris-tandade tem como assessor o Padre Francisco Mafra e como coordenador, Euclides Rampe-lotti. As Escolas de cursilhistas acontecem em Gaspar, Ilhota, Luis Alves e Blumenau (Cate-dral e Itoupavazinha). Em agosto aconteceu o Cursilho Masculino de adultos nos dias 28 a 30 e, de 11 a 13 de setembro, acontecerá o Cursi-lho Feminino.

Padre Francisco Mafra - E-mail: [email protected] - Fone: (47) 3322069

Ir. Raquel Oliveira Leal, de Humaitá, AM, escreveu-nos:

de quem necessitamos sempre em nossas famílias . A imagem do deserto, onde a mulher busca abrigo, significa a oração. Pois o deserto, para os profetas, para a Bíblia, é o lugar onde Deus fala ao coração.

Terminou a sua homilia o Bispo de Blumenau relatando a experiência de um casal que viu a fi-lha e o genro em crise matrimonial e dispostos a se separarem. Vendo a pequena neta angustiada,

afligem-se também os idosos. Não sabendo mais o que fazer, recorrem à oração fervorosa, à missa, ao terço. Reconcilia-se, assim, o casal em crise, voltando não só à união, mas tam-bém aos sacramentos, a Deus, enfim, o celeste alimento e a verdadeira fonte da unidade.

Transmitida por um canal televisivo e duas rádios da cidade, a celebração certamen-te alcançou muitos lares. Igualmente a ence-nação sobre a família, preparada pelo Pe. Frei Pascoal Fusinato, com os jovens da sua Paró-quia São José Operário, da Itoupava Central, foi apresentada com esmero. A comunidade pôde, assim, refletir ainda mais sob o impacto

das diversas cenas, referindo-se à realidade e aos desafios da família de hoje.

Um belíssimo cartaz, ao lado do presbitério, com o desenho de um grande e bonito coração, enunciava o tema da Semana da Família deste ano de 2009:”Família, Igreja Doméstica; Cami-nho para o Discipulado”.

Page 11: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

VEM AÍ O OUTUBRO MISSIONÁRIO!VEM AÍ O OUTUBRO MISSIONÁRIO!

11Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Setembro de 2009 Pastoral

Cama- Mesa - Banho - Calçados - Uniformes escolaresConfecções em geral - Roupas para Toda a Família

Fone/ Fax: (047) 3323 3339

Anacleto Dagnoni e Isolde B. Dagnoni

Rua Bahia, n° 136 – Itoupava Seca – Blumenau – SC

VIDA MISSIONÁRIA EM HUMAITÁ

A MISSÃO CONTINENTAL E O EVANGELHO

Assim ela nos escreve:

“Nesta Comunidade somos três irmãs e estamos no Km 180 da Transamazôni-

ca, a 180 Km de Humaitá. O nome da vila é Santo Antônio do Matupi. Ain-da não é Paróquia; é quase-Paróquia de Santa Luzia. Não temos Pároco. A última visita foi feita por um Padre de Apuí, na Semana santa.

Trabalhamos na organização e acompanhamento das CEBs, nas diferentes pastorais: PJ, Pastoral da Criança: temos dois grupos de In-fância Missionária, ...e estas crianças sabendo também do que aconteceu em Santa Catarina, mandaram para a Diocese de Blumenau, através do Administrador da Diocese de Humai-tá, uma colaboração, um gesto bonito que nasceu das crianças.

Até no ano passado, acompanha-mos as aldeias indígenas de Tenharim

Ir. Olga Estela Sánches Caro, traballhando como missionária Comboniana na Diocese de Humaitá, envia-nos notícias da “quase-Paróquia” aonde ela, com mais duas irmãs, desenvolve sua missão.

e Diahoi, mas neste ano houve um problema que precisamos resolver. Não dá para fazer tantas coisas com poucas pessoas.

Desde o ano passado, estamos promovendo as Missões Populares e pensamos em concluí-las no tempo do Intereclesial, quando duas das nossas lideranças lá estarão participando.

Junto com a Associação de Pais, em defesa da cidadania, está se orga-nizando um Forum da Cidadania. Rei-vindicar os direitos deste povo torna-se exigência humanitária. Proliferam graves e diferentes conflitos agrários, ambientais, escolares, etc.”

Ir. Olga, com poucas palavras, comunica-nos o seu ardor missionário e, com o seu testemunho, obriga-nos a rever a nossa vida de Comunidade.

Nós precisamos da Missão para nos converter e construirmos uma Igreja significativa para o homem de hoje.

Estamos no Mês da Bíblia. A gente precisa, então, perguntar-se: “Quais os relatos do Evangelho que, hoje, seriam mais são significativos para alimentar a nossa vida com uma espiritualidade missionária e com um projeto pastoral característico dos “Discípulos missionários” de Jesus Cristo para que nossos povos tenham vida?

Escolhemos alguns textos da pró-pria V Conferência latino-americana e caribenha de Aparecida.

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” ( Jo 14,6) - É o ponto cen-tral da Missão: Jesus Ressuscitado é o caminho para chegar à vida com a Ssma. Trindade, suprema realidade de amor, na qual se sustentam e inspiram todas as formas de comunhão e soli-dariedade que brotam do Evangelho.

A evangelização acontece para criar comunhão dos homens com Deus e dos homens entre si, restabe-lecendo a grande família cósmica de Deus.

“Façam tudo o que ele vos dis-ser” (Jo 2, 5) - À luz do milagre de Caná, entendemos que é necessá-rio, na nossa catequese, mobilizar o amor de Maria e a família para que aconteça a transformação da socie-dade. A devoção a Nossa Senhora deve sempre ser Cristocêntrica, deve levar-nos a Jesus e revelar Jesus. Com ela, a humanidade, que perdeu a alegria de viver, (“eles não tem mais vinho!”) reencontrará o valor da família como escola de amor, sa-crifício e gratuidade.

“Deixaram tudo e o seguiram” (Lc 5,11); “ Em teu nome lançarei as redes“ (Lc 5,5) - As palavras de Pe-dro, em resposta ao convite de Jesus, revelam uma grande humildade. Ele se sente indigno para seguir a vocação de Apóstolo. A partir desta humildade e confiança no Mestre, ele e os outros, lançam as redes e, depois, tornar-se-ão pescadores de homens.

Os escolhidos aceitam remar mar-a-dentro e lançar as redes somente por causa do “teu nome”. O resultado é uma abundancia milagrosa. Come-çam, então, o caminho do seguimento como discípulos. É evidente, nos nos-sos dias, a carência de “confiança” da nossa Igreja”. Vivemos numa época de poucos resultados pastorais. Urge lançar as redes com novas maneiras.

As atuais e profundas mudanças que estamos vivendo exigem criatividade e confiança, humildade e radicalismo: “deixar tudo...” - Deixar tudo para nos tornarmos discípulos missionários . Os resultados virão...

“ Dêem-lhes vós mesmos de co-mer” (Mt 14,16) - A multiplicação dos pães aconteceu na primavera, pois havia muita relva onde se sentou a multidão. Cristo estende o poder de sua misericórdia fazendo abundante o escasso alimento existente, cinco pães e três peixes. Não é Ele, porém, quem entrega o pão à multidão. “Dêem-lhes vós mesmos a comer” – manda o Senhor. Os discípulos têm a tarefa de atender aos necessitados. È uma urgência inadiável. É o imperativo da Igreja latino-americana e caribenha, o de atender aos pobres e marginaliza-dos, “seja no socorro de suas necessi-dades mais urgentes, como também na defesa de seus direitos”.

“Como arde o nosso coração” ( Lc, 24, 32) - Dizem os Discípulos de Emaús, naquele maravilhoso Encontro com Jesus. Este fato mostra como Je-sus mesmo entra no dinamismo pere-grinante da Igreja. Durante o caminho, Ele explica as Escrituras. E na mesa de Emaús, o Ressuscitado parte e com-partilha o pão.

Palavra e Eucaristia, escuta, con-versão e anúncio.. na angústia dos pro-blemas que angustiam... No episódio dos Discípulos de Emaús, resume-se todo o dinamismo da vida missionária da Igreja.

“Todos ficaram cheio de Espírito Santo” (At,2,4) - A vinda do Espírito Santo. É o nascimento da Igreja. Os

Apóstolos congregam-se em torno de Maria Mãe. No Pentecostes estão os Apóstolos e as mulheres. Unidade na comunhão do Espírito Santo na varie-dade de carismas. Somente pela força do Espírito Santo poderemos assumir a missão que nos é confiada. O Espíri-to, hoje, apela fortemente para a valo-rização da mulher em todos os níveis; e a Espiritualidade é fundamental para quem é discípulo missionário.

“ Vocês serão minhas testemunhas” (At.1,8) - Os discípulos de Jesus evan-gelizam. Eles entram na vida do “nos-so povo”. A evangelização acontece no diálogo cotidiano. Nas lidas de todos os dias, no cotidiano . A evangelização é para viver a vida de todos os dias com o Espírito de Jesus Ressuscitado. Ser missionários é ser testemunhas.

Os discípulos missionários do sé-culo XXI prolongam o amor e o com-promisso que vivia São Juan Diego de Guadalupe, o Índio escolhido por Maria. Com a Bíblia na mão e Nos-sa Senhora no coração, ele tornou-se missionário evangelizador do seu povo mexicano. Exemplo a ser seguido por qualquer um, na simplicidade da vida cotidiana, mas com o espírito do Res-suscitado e com Maria.

Estes textos, cada um deles, é um programa de vida missionária. Nes-te mês da Bíblia, eles se tornarão um abundante alimento espiritual . Faça esta experiência, e verá como a luz do Senhor iluminará a sua vida e abrirá horizontes de ação.

Pe. Carlo Faggion coordenador do COMIDI da Diocese de

Blumenau [email protected]

✓ DIA 25 - Missa de abertura da Missão Continental ✓ Na Catedral, às 17h, presidida pelo nosso Bispo Dom José e transmitida pela TV Furb,

Rádio Blumenau e Rádio Clube.

Convidados:✓ Os jovens, os missionários das missões populares, as lideranças (especialmente os/as

catequistas)✓ CELEBREMOS COM ALEGRIA A NOSSA VIDA MISSIONÁRIA

Rua Progresso, 2900 - Bairro Progresso - Blumenau - SC

[email protected] www.metalirmaosbarbosa.com.br

Page 12: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

12 Setembro de 2009 w Jornal da Diocese de BlumenauNotícias diocesanas

A Casa de Convivência de Idosos Santa Ana, no Garcia, Blumenau, seriamente danificada pela enxurrada de novembro passado, graças à solidariedade recebida, está novamente fun-cionando. Atualmente, somam 40 os internos e internas, ainda, metade da capacidade da casa, sob os cuidados das Irmãs da Congregação de Santa Elisabete.

O Apostolado da Oração da Paróquia de Santo Estêvão, no dia 26 de julho, Domingo, realizou animado encontro na Capela de São João Batista, no Badenfurt.

A Confraternização dos Padres, em comemoração ao Dia do Sacerdote, aconteceu no Fazzenda Park Hotel, em Gaspar, no dia 11 de agosto. Teve significativa celebração, “amigo secreto”, comunicações de Dom Jose, almoço festivo e muita alegria fraterna.

A “Cidade de Deus”, nova sede da Comunidade Católica Arca da Aliança, será instalada neste belo recanto do Bairro Itoupava Central, em Blumenau. No próximo dia 30 de agosto, com missa solene, às 11h, presidida pelo Pe. João Bachmann, Vigário Geral da Diocese, será inaugurada. Maiores informações, pelos telefones: (47) 3035-2214 e (47) 3037-2214.

O Conselho Missionário Regional (COMIRE), Regional Sul IV da CNBB, reuniu-se na Cúria Diocesana de Blumenau, no dia 12 de agosto.

Reuniu-se o Conselho Diocesano de Pastoral no sábado, 08 de agosto, na Salão Porta Aberta, em Blumenau. O assunto principal foi a preparação da Assembléia Diocesana de Pastoral, agendada para o próximo dia 17 de outubro.

O Grupo de Jovens Emanuel, da Catedral São Paulo Apóstolo, animado pelas Irmãs Carmelitas, no dia 7 de agosto, promoveu en-contro festivo em homenagem aos pais. Na ocasião, foi apresentada bonita encenação alusiva à família. Dom José Negri também se fez presente e dirigiu sua palavra de saudação aos pais e a todos os presentes.

A Capela São José, na Toca da Onça, Blumenau, dura-mente atingida pelos deslizamentos de novembro último, com a ajuda de uma máquina cedida pela empresa Electro Aço Altona e bonito mutirão da comunidade, recebeu verdadeira recuperação no sábado, dia 15 de agosto.

A Equipe Cáritas da nossa Diocese, no dia 30 de julho, na Paróquia São Domingos de Gusmão, em Navegantes, realizou entrega de donativos a mais de 400 famílias atingidas pela ca-tástrofe de 2008.

Page 13: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

Jornal da Diocese de Blumenau ◗ Setembro de 2009 13

SETEMBRO 2009 - AGENDA DE DOM JOSÉ NEGRI

1. Ao escutar a Palavra de DEUS e ao celebrar a Eu-caristia como memorial da morte e ressurreição de Jesus Cristo até que ele venha, a Igreja se edifica e cresce.

2. Os fiéis, ao escutarem a Palavra de DEUS, reconhe-çam que as maravilhas anunciadas atingem o ponto alto do mistério pascal, cujo memorial é sacramentalmente celebrado na Missa.

3. Acolhendo a Palavra de DEUS e dela se alimentan-do, os fiéis são levados a uma participação frutuosa nos mistérios da salvação.

4. A Igreja sempre venerou as divinas Escrituras, da mesma forma como o Corpo do Senhor.

5. A Palavra de DEUS está viva e atuante hoje na co-munidade eclesial. DEUS continua a falar aos seus filhos em Jesus Cristo pelo Espírito Santo. Vale-se da comunida-de dos fiéis que celebra a liturgia, para que sua Palavra se propague e seja conhecida, e seu Nome seja louvado por todas as nações.

Diácono Elói Corrêa Gomes (falecido repentinamente dia 04 de julho de 2009)

Opinião

DIVINOS LEMBRETESA voz de um eremita do século XIX - “Tende confiança que Deus vos dará o melhor destino para a sua glória, o melhor para avossa alma, o melhor para a pessoa dos outros, porque vós não pedis outra coisa que isso, porque tudo o que ele quer vos o quereis, plenamente e sem reservas”. (Charles de Foucauld)

A voz de um Padre do deserto - Um irmão interrogou o an-cião: “O que devo fazer? O orgulho me atormenta”. Respon-deu-lhe o ancião: “É bom que te orgulhas. Foste tu, de fato, que fizeste o céu e a terra?” Disse o irmão, tomado de compunção: “Oh, eu não fiz nada disso”. O ancião respondeu: “Se Aquele que tudo fez veio na humildade, porque te orgulhas, tu que nada fizeste?”

A voz de uma jovem mulher “Doutora da Igreja”“Sou muito pequena para cultivar vaidade espiritual, ou

para elaborar frases sobre a humildade, fazendo-me crer que sou humilde. Prefiro dizer que Deus fez grandes coisas na mi-nha alma, e a maior é a de ter mostrado a minha pequenez, no poder e ao lado da onipotência do seu amor”. (Santa Terezinha do Menino Jesus)

A voz de um fundador da vida monástica“Aqueles que temem o Senhor não se vangloriam da sua

reta observância: eles reconhecem bem na vem de si mesmos, mas do Senhor; glorificam aquele que age neles, dizendo com o profeta: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória!” (São Bento)

“Espírito Santo, Espírito consolador, felizes aqueles que se dirigem sempre para ti! E quando, mesmo sem falar, nós te confiamos a nossa existência e aquela dos outros, a nossa expectativa encontra uma resposta no Evanlho”. (Irmão Roger de Taizè)

“O amor de Deus nos chama a sair do que é limitado e não definitivo; dá-nos coragem de trabalhar, prosseguindo na pro-cura do bem de todos, mesmo se isso não se realiza de imediato; mesmo se aquilo que conseguimos colocar em prática, nós, as autoridades políticas e os economistas, é sempre menos do que esperamos. Deus nos dá a força de lutar e de sofrer por amor do bem comum, porque Ele é o nosso Tudo, a nossa maior es-perança”. (Bento XVI – Carta Encíclica A Caridade na Verdade, n. 78)

“O que tornou santo o cura d´Ars foi a sua humilde fideli-dade à missão para a qual Deus o havia chamado; foi seu cons-tante abandono, cheio de confiança, nas mãos da Providência divina. Ele conseguiu tocar o coração do povo não com a força dos próprios dons humanos, nem somente com o empenho da vontade, embora isso seja louvável; ele conquistou as almas, também as mais refratárias, comunicando-lhes o que vivia inti-mamente, isto é, a sua amizade com Cristo”. (Bento XVI – Audi-ência Geral de 5 de agosto de 2009)

Page 14: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

14 Setembro de 2009 ◗ Jornal da Diocese de Blumenau

PASTORAL DA SOBRIEDADEPASTORAL

APastoral da Sobriedade quer trabalhar nas Paróquias com uma Equipe. Todos sabemos

que vai funcionar a Pastoral da Sobrie-dade quando tivermos uma Equipe de 3/ 4 pessoas, no mínimo. Estas pesso-as devem começar a estudar a depen-dência química e suas conseqüências, bem como refletir sobre tão urgente assunto. Assim, quando as pessoas, as famílias, nos procurarem, nossa porta esteja aberta. Esta Equipe pode traba-lhar nestas frentes:

a) PREVENÇAO: Ao uso das dro-gas para quem nunca experimen-tou. Com Encontros, Palestras, Se-minários, Fóruns, Caminhada pela Vida, Pedalando pela Vida.

b) INTERVENÇÃO: Para quem já experimentou, porém não faz uso freqüente - conversar com a pessoa - atendimento psicológico - orien-tar, participar de Grupo de Autoa-juda.

c) RECUPERAÇÃO: Refere-se ao atendimento de pessoas, nas quais já se instalou a dependência quí-mica. O dependente é um doente

que necessita de ajuda para obter a cura. Ele foi roubado no uso de sua liberdade e da razão; assim, esses dependentes precisam de um trata-mento. Não dá pra afirmar que um Programa é melhor do que o outro. Dependentes diferentes necessi-tam, muitas vezes, de diferentes formas de tratamento.

✓ Alguns conseguem iniciar sua recu-peração, com tratamento ambula-torial, ou em Grupo de Autoajuda.

✓ Outros precisam de internações hospitalares para desintoxicação ou afastamento inicial do álcool ou outra droga.

✓ Alguns precisam de atendimento psicológico ou psiquiátrico.

✓ Outros necessitam de um tratamen-to em uma Comunidade Terapêu-tica. O modelo de atendimento a dependentes passa geralmente por duas Etapas: Desintoxicação, que visa a retirada da droga, e Manu-tenção que visa a reorganização da vida do indivíduo sem o uso preju-dicial da droga.

✓ É sempre bom relembrar que a pos-sibilidade de sucesso em um trata-mento é maior quando o paciente procura tratamento voluntariamen-

Remédio natural contra a Gripe Suína (H1N1)

Anis Estrelado / Erva-doce O Anis Estrelado, ampla-mente cultivado na China, é o extrato-base (75%), da pro-dução do compri-mido TAMIFLU, da Roche (empresa do antigo Secretário de Defesa dos EUA Donald Runsfield).

Como é um pouco difícil en-contrar o Anis Estrelado aqui no Brasil, podemos usar o nosso Anis mesmo, a ERVA DOCE, pois esta erva possui as mes-mas substâncias, ou seja, o mesmo princípio ativo do Anis Estrelado, e age como anti-inflamatório, sedativo da tosse, expectorante, digestivo, contra asma, diarréia, cólicas, cãibras, náuseas, doenças da bexiga, ga-ses gastrointestinais, etc ...

Seu efeito é rápido no orga-nismo e baixa um pouco a pres-são, devendo ser feito o chá com apenas uma colher de café das sementes para cada 200ml de água administrado uma a duas vezes ao dia, de preferência após uma refeição em que se tenha in-gerido sal.

Se você está lendo esta in-formação, ajude a divulgar o uso da ERVA-DOCE como preven-tivo do H1N1, ou mesmo como remédio a ser tomado imediata-mente após os primeiros sinto-mas de gripe, pois seu princípio ativo poderá bloquear a reprodu-ção do vírus e mesmo evitar seu

maior contágio. Porém, pouco ou nada adiantará utilizá-lo após 36 horas do possível contágio pelo H1N1, pois ele não terá mais força substancial para bloquear a propagação do vírus no sistema respiratório.

Efeitos colaterais: pequena sonolência nas duas primeiras horas - evitar dirigir e/ou operar máquinas.

OBSERVAÇÃO : - O uso da erva-doce é alternativo e poderá ser até eficaz, mas não substitui a assistência médica necessária;

Veja: Donald Rumsfield compra 90% da produção mun-dial do Anis Estrelado da China desde 1997, quando surgiram os primeiros casos de gripe aviá-ria H5N1 (uma das variáveis do H1N1. (... seria por acaso ???)

Dica da Pastoral da Saúde

Paroquianos de São Ludgero, em Pomerode, celebraram Dia dos Pais e Semana da Família

Em Pomerode, na Paróquia São Ludgero, a Semana da Família foi organizada pela Pastoral Familiar da paróquia, com o envolvimento das ou-tras pastorais. A abertura foi feita no Dia dos Pais, com animada missa pa-roquial às 9h, no pavilhão municipal de eventos. A partir das 8h, serviu-se um gostoso café, preparado com muito carinho por uma equipe de agente pastorais. Durante a celebração, diversos grupos paroquiais apre-sentaram encenações. No Ato peni-tencial, os jovens colaboraram com

bonita apresentação. Os grupos de re-flexão animaram o hino do louvor e os catequizandos e catequizandas deram verdadeira vida à procissão das ofe-rendas. Os casais da Pastoral Familiar emocionaram a todos com a dramati-

zação da passagem bíblica dos discípulos de Emaús.

Todas as comunidades da paróquia tiveram missa na Se-mana da Família. Utilizava-se o subsídio elaborado pela Pastoral Familiar da comarca. Houve muito envolvimento da Cate-quese e também de outras pas-torais; para a ocasião, as equipes de canto elaboraram folhas com 30 cantos apropriados, que fo-

ram gravados em cd e ensaiados em todas as comunidades.

Confraternizadora partilha en-cerrava a programação.

Pe. Ademar Gadotti

te e quando ele participa da escolha e do desenvolvimento do projeto terapêutico.

d) REINSERSÃO: falar de reinser-ção do dependente químico em so-briedade é lembrar o amor pródigo do Pai que acolhe o filho de cora-ção aberto. Para que a recuperação aconteça de forma completa, faz-se necessário que o dependente em sobriedade reconquiste seu lugar na família, no mercado de trabalho e na sociedade.

e) ATUAÇÃO POLÍTICA: É de-senvolver reflexão e atividades junto aos organismos que atuam na sociedade (Conselhos, Fóruns...), defendendo sempre uma política “antidrogas” que seja eficaz, práti-ca e que gere vidas.

CONVITE Encontro de formação para novos

agentes da Pastoral da Sobrieda-de - Dia 20 de setembro, das 8h às 17h, no Salão Porta Aberta, em Blumenau.

Page 15: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

15Notícias da IgrejaJornal da Diocese de Blumenau w Setembro de 2009

Igreja no MundoAprovação do Acordo Brasil-Santa

Sé será “gesto de lucidez”, diz arcebispoO arcebispo de Belo Horizon-

te, Dom Walmor Oliveira de Aze-vedo, considera que será um “gesto de lucidez” dos deputados aprovar no Plenário da Câmara o Acor-do Brasil-Santa Sé. O Acordo foi aprovado no dia 12 de agosto pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Poderá agora ser apreciado por outras Co-missões da Câmara ou seguir dire-to para a votação em Plenário.

“Há quem aponte, por limita-ção no uso de conceitos e princí-pios, que um Acordo internacio-

nal desta ordem seja um simples privilégio para a Igreja Católica em detrimento de outras opções confessionais” – diz Dom Walmor. “Este tipo de consideração nivela o que precisa ser considerado na di-ferença para não se perder a rique-za própria de cada contribuição, ou conjunto de contribuições próprias, que vem do exercício singular de cada confissão religiosa”, afirma.

A proposta do Acordo Brasil-Santa Sé “põe em evidência a herança ética, espiritual e religio-sa de uma história - como frisa o

Papa Bento XVI, herança nascida da fé”. O arcebispo de Belo Hori-zonte considera que “desconhecer ou desconsiderar esta herança da fé como alavanca é cometer um gran-de crime contra a própria cultura”.

Dom Walmor destaca que “es-pera-se a aprovação deste Acordo, no plenário da Câmara dos De-putados, como gesto de lucidez, garantia de diferenças, direitos, reconhecimento da fé na busca dos equilíbrios que só ela oferece - não como privilégio, mas como trunfo e alavanca”.

Dom Geraldo comemora 25 anos de bispo com missa na Catedral de Colatina

Fortaleza (CE) reúne 1 milhão de pessoas na 7ª Caminhada com Maria

No próximo dia 23 de agos-to, o primeiro bispo da diocese de Colatina (ES), dom Geraldo Lyrio Rocha, irá celebrar uma missa em ação de graças pe-los seus 25 anos de ordenação episcopal. A celebração será na Catedral de Colatina, às 19h. Ao lado de dom Geraldo, concelebra a missa o atual bispo da diocese, dom Décio Sossai Zandonade, e o clero local.

“Clareza, lucidez e profundi-

dade” são as qualidades mencio-nadas por dom Décio ao se referir ao irmão no episcopado. “Os mais de 10 anos de episcopado de dom Geraldo deram solidez à diocese de Colatina e foram essenciais para a edificação de uma base só-lida. Hoje, colhemos os frutos de seu trabalho”, avalia dom Décio.

Dom Geraldo, que atualmen-te é arcebispo da arquidiocese de Mariana (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos

do Brasil (CNBB), ficou 12 anos à frente da diocese de Colatina, de 1990 a 2002. Após esse perí-odo, assumiu a diocese de Vitória da Conquista (BA) e depois foi transferido para Mariana (MG), onde permanece até o momento.

Ele vem ao Espírito Santo neste mês de agosto para parti-cipar também do encerramento do Sínodo da arquidiocese de Vi-tória. Dom Geraldo é natural de Fundão (ES).

Aproximadamente um milhão de pessoas, conforme a organiza-ção do evento, lotaram a Avenida Leste-Oeste, na tarde de 15 de agosto, sábado, durante a 7ª Cami-nhada com Maria, organizada pela arquidiocese de Fortaleza. Com o tema “Fidelidade de Cristo, fide-lidade de Maria”, a multidão de fiéis refletiu sobre os mistérios do Rosário e cantou louvores durante todo o percurso, de oito quilôme-

tros, compreendidos entre a Ponte do Rio Ceará, e a Catedral Metro-politana de Fortaleza, no Centro.

Ao meio-dia teve missa no Santuário de Nossa Senhora de Assunção, seguida de procissão até a Ponte do Rio Ceará, de onde o cortejo saiu, pontualmente, às 16 horas, culminando com a co-roação da imagem da padroeira de Fortaleza, no pátio da Catedral.

A Caminhada contou com a

presença do arcebispo de Fortaleza dom José Antônio Aparecido Tosi, do bispo auxiliar dom José Luís, do bispo emérito dom Edmilson da Cruz e de mais de 100 padres e seminaristas. “Essa caminhada é uma manifestação de fé naque-la que nos ensina como devemos proceder nessa vida, e que nos deu exemplo de dignidade e de com-promisso”, disse o arcebispo, dom José Antônio.

Igreja no Brasil

Fundação papal para a América Latina aprova 193 projetos

Com o tema “Fidelidade de Cristo, fi-delidade do sacerdote”, já tem data marcada o Congresso Mundial de Padres, que deve acontecer em Roma, entre os dias 9 e 11 de junho de 2010. O evento vai encerrar o Ano Sacerdotal.

Segundo informações da Rádio Vati-cano, o Congresso vai consistir em teste-munhos sacerdotais, momentos de oração, confissões e adoração, conferências, música e uma missa presidida pelo papa.

A programação do encontro começa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. Ali, haverá oração, seminário sobre “Conversão e Missão”, a exposição do Santíssimo Sa-cramento e espaço para a confissão e a cele-bração da missa.

Logo no segundo dia o evento será trans-

ferido para a Basílica de Santa Maria Maior. Pela manhã os padres se reúnem ao redor do tema “Cenáculo: invocação ao Espírito Santo com Maria, em comunhão fraterna”. Uma vigília com testemunhos, momentos musicais e de adoração devem acontecer no fim da tarde. O papa Bento XVI já confir-mou presença nesse dia.

No último dia, encerramento do Ano Sacerdotal e solenidade do Sagrado Coração de Jesus, o papa presidirá uma missa na Ba-sílica de São Pedro. O tema da reflexão será “Com Pedro, em comunhão eclesial”.

A Congregação para o Clero é dirigida pelo cardeal brasileiro dom Claudio Hum-mes, arcebispo emérito de São Paulo.

Para participar, acesse a página web (www.orpnet.org).

O Santuário de Fátima acolhe, até fi-nal de setembro, a exposição “Milagres Eucarísticos no Mundo”, da responsa-bilidade do Instituto de São Clemente, de Milão. O evento acontece na sala do topo norte da galilé dos Apóstolos Pedro e Paulo, contígua à capela da adoração permanente ao Santíssimo Sacramento, no complexo da igreja da Santíssima Trindade.

“Esta mostra, traduzida para portu-guês, já esteve patente em diferentes ci-dades de vários países e é composta por mais de uma centena de referências a Mi-

lagres Eucarísticos dos cinco continentes e de diversas cronologias (desde a Idade Média à contemporaneidade)”, grantiu o responsável pelo Departamento de Arte de Património (DAP) do Santuário de Fátima, Marco Daniel Duarte.

Na organização do material a expor no Santuário de Fátima, destacaram-se, num primeiro setor, os milagres eucarís-ticos relacionados com Portugal (Fátima, Santarém, Balazar), sendo os restantes distribuídos por ordem alfabética de pa-íses e, dentro destes, por ordem crono-lógica.

O Conselho de Administração da Fundação Populorum Progressio apro-vou na reunião que manteve de 27 a 31 de julho, na localidade alemã de Pader-born, 193 projetos de ajuda ao desenvol-vimento integral a favor de comunidades indígenas, mestiças, afro-americanas e camponesas da América Latina e do Caribe.

Um comunicado firmado por Dom

Segundo Tejado Muñoz, oficial do Con-selho Pontifício Cor Unum, informa que os fundos destinados para o finan-ciamento dos projetos superam os dois milhões de dólares.

A maior parte das iniciativas apro-vadas pela fundação será realizada no Brasil com 39 projetos, Colômbia com 35, Peru 27 e Equador com 18.

Programação do Congresso Mundial de Padres em 2010

Santuário de Fátima acolhe exposição sobre milagres eucarísticos

Page 16: Jornal da Diocese de Blumenau 09.09

16 História das Comunidades Setembro de 2009 w Jornal da Diocese de Blumenau

Comunidade Eclesial São Cristóvão – Baixo Máximo - Luis Alves

Especializada em Sonorização para Igrejas

Comunidade Eclesial Nossa Senhora de Fátima – Morro da Edith - Blumenau

A década de 1990 viu aumentar sig-nificativamente

os moradores do Morro da Edith, situado no ali bairro Velha Central, em Blumenau. Entre eles, iam se encontrando ali mui-tas famílias católicas. Viviam seus costumes de reza em casa e em eventuais encontros, no-venas. Frequentavam as igrejas de Santa Cruz e igreja São Pedro, ambas, distantes, mais ou menos 3 km.

Sr. João França e seus filhos, moradores da-quela localidade puseram-se à frente do enca-minhamento de uma comunidade católica orga-nizada naquele morro, onde mais necessidade havia da presença da Igreja porque eram sem-pre migrantes os novos moradores. Como tais, não tinham muito boas condições de instalar-se em áreas mais nobres da cidade.

No ano de 1997, Pe. Lauro Nunes começou a visitar as famílias do Morro da Edith e a cele-brar missas nas residências. Do mês de maio de 1977 a novembro de 2002, as missas mensais passaram a ser realizadas na Creche que a As-

A capela São Cris-tóvão, na locali-dade de Baixo

Máximo, município de Luis Alves, foi fun-dada no mês de agosto de 1995. Marcos des-te histórico momento constituíram-se a bên-ção da imagem do pa-droeiro São Cristóvão e a primeira festa popular que lhe foi dedi-cada. Naquela ocasião, a grande procissão saiu de Baixo Máximo para a comunidade Nossa Senhora Aparecida, de Ribeirão do Padre, pois ali aconteceu a grande festa. Pe. José Rodolfo Hess presidiu aquela fes-tiva celebração.

O primeiro presidente eleito pela co-munidade foi Marcolino Ranghetti, tendo como auxiliares João Reichert, Plásio Sch-mitt e Gelásio Schmitt.

O terreno da Capela São Cristóvão foi

Na primeira semana de julho de 2005, da “Associação de Costureiras Estrela Azul”, através das coordenadoras, Maria Teresinha e Laureci de Andrade, a comunidade ganhou um terreno junto com uma casa de madeira, onde, ainda hoje, são feitas as celebrações e outras ati-vidades comunitárias.

Atualmente, possuindo adequado terreno, bastante material doado para a construção da futura igreja e, sobretudo muita esperança e boa vontade, aquela gente lutadora e devota, em breve, com certeza, verá seu sonho realizado: ter um local próprio para louvar a Deus e ouvir sua Palavra de paz e alegria.

Aquelas famílias católicas guardam muita gratidão aos padres e demais lideranças que participaram desta perseverante e progressiva caminhada: Pe. Lauro Nunes, Pe. Pedro Bastos, Pe. Candinho Cândido Velho e Pe. José Nor-bey Zuluaga Botero (atual pároco); Loni Soa-res (hoje, ministra), Nilo Schmitz, João França (verdadeiro patriarca da família França e pai da comunidade, já falecido), Juvêncio Correia (já falecido), Maria Nelcy França, José França, José Lima (hoje, também ministro), Nilza Fran-ça, José França, Jorge França, Antonio Verlim e Rose ,

sociação de Moradores do Morro Dona Edith mantinha. Sr. José França era o presidente da mesma Associação.

No ano de 1999, foi criada e instalada a Paróquias de Santa Cruz, na Velha Central, tendo sido Pe. Pedro Bastos seu primeiro páro-co. Este continuou dando apoio à formação da

nova comunidade. De dezembro de 2002 até início de abril de

2005, a santa missa foi rezada na residência do Sr. Jorge França que, naquele tempo, era minis-tro extraordinário da Comunhão. Em seguida, mudou-se o local de celebrações novamente para as residências das famílias.

de São Cristóvão é a maior do município. Cerca de trinta famílias integram a co-

munidade São Cristóvão, de Baixo Má-ximo: Tironi, Ranghetti, Schmitt, Weber, Cordeiro, Reichert, Bachmann, Kremer e Gesser.

Reza a significativa tradição que Cristóvão era um generoso condutor de peregrinos de uma margem a outra de um grande rio. Certa ocasião, carregou em seus ombros o Menino Jesus, reco-nhecendo-o no final da travessia. Assim, aquelas famílias católicas, há quase 15 anos, caminham também na luz do mes-mo Cristo. Mas é preciso ter muito pre-sente que, mesmo antes da fundação da nova comunidade, não se mediam esfor-ços para alimentar a sua vida, suas lutas, seus filhos, com a Eucaristia e a Palavra de Deus no templo católico mais próximo ou, ainda, promovendo rezas e novenas nas suas casas, especialmente por oca-sião da Páscoa, do Natal, junto aos doen-tes e enlutados.

comprado de Elias Tironi. E a imagem do escolhido padroeiro foi generosa doação das famílias de Frederico Benedito Tironi e João Batista Ranghetti.

Pároco Pe. Artur Betti

Pároco Pe. José Nor-bey Zuluaga Botero

No dia 19 de fevereiro de 2003, a co-munidade comprou o terreno onde encon-trava-se a escola, com a intenção de, ali, construir a capela. Atualmente, a procissão