Jornal Cultural MUH! #12

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PERFIL ZÉ ALFREDO CIABOTTI O escritor vira-lata E D I Ç Ã O P A S S E E S T E J O R N A L A D I A N T E U B E R A B A / M G BAMBOLÊ CONTRAPONTO LITERAL ILUSTRA OPNIÃO #12 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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Décima segunda edição do Jornal Cultural MUH!, capa com o escritor Zé Alfredo Ciabotti.

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PERFIL ZÉ ALFREDO CIABOTTIO escritor vira-lata

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O • PASSE ESTE JORNAL ADIANTE • UBERABA/M

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BAMBOLÊ CONTRAPONTO LITERAL ILUSTRA

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Nossa cidade cresceu. Os mil exemplares do Jornal Cultural MUH!, que imprimimos todo mês, aos tropeços, não são mais suficientes. O jornal ficou pequeno para o público que, para nosso deleite, cada vez mais apreciava o projeto quixotesco. Mas Uberaba, grande em tamanho e protuberância, parece que se esqueceu de expandir horizontes e continua com mentalidade interiorana.

O projeto da onomatopeia cultural nasceu da mente criativa do escritor Zé Alfredo e, hoje, termina também com ele. Dessa vez não integrando a equipe, mas estampando a nossa capa, como homenageado. Nada mais justo que começar e terminar com o mesmo nome. É um ciclo que se fecha.

O Jornal Cultural MUH!, por enquanto, não será mais publicado. Os tropeços foram muitos, por várias vezes trocamos os pés pelas mãos, ficamos tontos diante da ingrata felicidade de louvar a cultura uberabense, recebemos inúmeros nãos ao solicitarmos patrocínio e colaboração, e ainda assim continuamos tentando.

Se tentamos tudo? Improvável. Sempre fomos poucos diante das possibilidades. Uberaba nos engoliu, temos que admitir. Mas isso não é, em nenhum momento, uma acusação. Não temos nenhum dedo para apontar para ninguém. Sabemos que, enquanto diretores de grandes empresas (daquelas que se propõe a serem promotoras de cultura, inclusive) não tiveram um pingo de receio de deixar claro que o importante é o dinheiro e não a cultura, outros nos deram as mãos quando puderam. Por isso, só podemos expressar gratidão.

A equipe do jornal, agora individualmente, continua sonhando com uma cidade que tenha tanta cultura quanto concreto, que perceba a enorme dívida que tem com a cultura, os artistas, e a memória uberabense. Que seja uma percepção coletiva, movimentada pelos eternos agentes de nossa cidade, que nunca cansam de nadar contra a corrente. À esses, o nosso muito obrigado.

A equipe do Jornal Cultural MUH! se despede, já saudosa dos saraus e dos momentos deliciosos que trabalhar com cultura proporciona. E torcendo para que se for para esse projeto continuar por outras mãos, que sejam mãos que podem alcançar o longe. Aos nossos fieis leitores, que nos acompanharam, a distância ou de pertinho, fica o nosso carinho e os votos de que estejamos novamente juntos em outro momento.

Jornalista responsável Ana Márcia de Lima MTB 12.724 – MG | Direção de redação Bruno AssisDireção de arte Law Cosci | Edição e coordenação de conteúdo Natália Escobar

Diagramação Jefferson Genari | Projeto gráfico Mari Comunicação Fotografia Guilherme de Sene | Apoio Livraria Alternativa Cultural

| Impressão Novatta | Tiragem Mil Uberaba/MG . #12muhcultural [email protected] desta edição: 5/5/2014

Editorial

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Literal

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O Fim

A multidão passa. Batem os relógios. Passam as horas.

A tempestade ainda não cessou.Os homens lutando entre a fumaça e a poeira

Desafiando a si mesmos.

Uma nuvem cinza impediu a visão da estrada. Erra-se o caminho

Persegue-se o destino em vãoE no vácuo propagam-se obstáculos invencíveis.

Hoje, apenas hoje, para-se para ver as árvoresTristemente

Porque se via todos os dias.

Os homens pararam de respirar. Os rios secaram

A terra não mais frutificouAcabaram-se as estradas

A terra se abriu num grande buracoAfundou-se nos precipícios e nos abismos.E os homens passam ao bater dos relógios.

- Anelise Escobar

um tênis a maisum pé a menosvou descalço

- Lorraine Zanutim @CasaCaos

Grito Noturno

No grito noturno.Me escorro sobre territórios.

Me transbordo em um banho metamórfico.E me coloco diante infinitos devires.

Me deito barata.Me acordo um Deus.

Me deito sujeito.Me acordo número.

E porque me prendem?Me dão um nome, que nem mesmo sei o

significado.E todos esses fantasmas, com agulhas e pílulas.

Assim me deito gente.Acordo pesadelo em puro pesadelo.

No grito noturno.

- Guilherme Fernandes

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Bambolê

É notório pra todo mundo que aqui na Alternativa Cultural nós amamos os livros! E lutamos por eles com todas as nossas forças! Além do varejo de livros novos, que continua sendo uma das nossas (perdão pelo trocadilho) “alternativas” para aqueles que desejam comprar livros e desfrutar da sensação de passear por uma livraria, uma das nossas apostas é a de oferecer um sebo rico em livros conservados e de valor justo.

Antes de tudo, visitar um sebo, não é buscar livros numa lógica utilitarista e imediata, mas é se permitir encontrar com passado e presente caminhando lado a lado, para que pensemos num futuro onde os livros existam e sejam parte fundamental da história da humanidade.

Muitas pessoas não conhecem nosso sebo, muito menos sabem de sua importância! Os livros usados são uma oportunidade de consumo para aqueles que não podem pagar pelo livro novo, ou que estão afim de ler obras que não são do circuito. Livros que,

LIVROS, LIVROS, LIVROS! MUITO AMOR POR ELES!embora amarelados, resistem ao tempo e às inventices modernosas.

Neste momento, estamos realizando no Casarão um enorme saldão de livros, com mais de 2.500 exemplares vendidos por apenas R$3 ou dois por R$ 5. Livros de todas as áreas, para leitores de todas as idades.

Já realizamos muitos “Sebos Especiais”, mas é a primeira vez que fazemos um saldão assim: tanto para renovar nosso estoque, quanto para divulgar de modo acessível os títulos que temos. Convidamos todos para conhecer o acervo do sebo em promoção e garimpar boas histórias e momentos.

A Livraria Alternativa Cultural funciona de segunda a sexta, das 10h às 19h, e no sábado, das 10h às 13h. O endereço do casarão é Rua Major Eustáquio, 500, Centro.

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Promover um evento cultural é uma saga. Enquanto as cortinas estão fechadas existe muito trabalho intrincado, desde a concepção até a estreia. Um afazer labirintado, que passa por cronogramas, orçamentos, aspectos legais, documentação, contratos, divulgação e ainda alguns belos imprevistos que surgem sem cerimônia.

Em Uberaba não é diferente. Os desafios começam na falta de mão de obra qualificada, passam pela ausência de profissionalismo dos atuantes e vão até a batalha pela arrecadação de verba. Existe alguma vontade de promover eventos culturais, mas também a falta de preparo. A cidade acaba por ser palco de manifestações culturais reunidas em eventos concretizados pela intuição de quem faz. Não que isso desmereça o resultado final, até pelo contrário, mas alguns sofrimentos poderiam ser poupados caso houvesse melhor planejamento.

Uma das principais dificuldades dos eventos culturais na cidade é a falta de percepção de seus idealizadores de que, se o público não sabe que o evento existe, não haverá plateia. Sem ela, todo e qualquer objetivo do evento vai por água abaixo.

O MUH! Jornal Cultural, que sempre esteve à disposição para divulgar a Cultura uberabense, raramente recebia informações sobre qualquer evento. Se quiséssemos saber e divulgar, que corrêssemos atrás. E mesmo quando fomos nós que fizemos questão de tomar conhecimento, não foi fácil.

Não foi só uma vez que entrei em contato, por exemplo, com a Fundação Cultural de Uberaba para saber sobre a agenda de eventos do mês, e recebi desinformação como resposta. “Nós não temos agenda cultural”, foi dito uma vez. No roteiro de

programação da FCU, impresso e distribuído em alguns pontos,

apenas tópicos com nome, data e horário de alguns eventos, sem mais detalhes, sem intenção de seduzir o público para que ele esteja presente, sem fazer muita questão.

Mesmo assim, sou otimista. Acredito que a tendência é que os eventos sejam multiplicados e profissional izados cada vez mais. Ficam os votos de

que os promotores e gestores culturais de Uberaba percebam que um evento só pode se engrandecer ao se difundir e se

democratizar.

- Natália Escobar

CENA ANTAGÔNICA: A PRODUÇÃO DE EVENTOS CULTURAISOpiniÃo

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Zé AlfredoCiabotti

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Reportagem Bruno Assis

Fotografia Guilherme de Sene

O escritor vira-lata

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Provavelmente você, caro leitor, não saiba, mas nas páginas deste modesto jornal, que têm em mãos, contêm o gene do homenageado com o perfil desta edição. O idealizador deste projeto, que carrega consigo o sonho de ser um veículo divulgador da cultura local, atende pelo nome de Zé Alfredo Ciabotti, um entusiasta das artes e cuja história é contada nestas linhas.

Do seio de uma família abundante na cidade, de imigrantes italianos, nasceu o fundador do MUH! Jornal Cultural. Até os cinco anos de idade, ele morou em uma casa com mais 20 pessoas, todas compartilhando as características que são peculiares aos emigrados da Velha Bota. Amorosos, brigões, beberrões, falam alto, passionais ao extremo, mas, em resumo, uma família unida.

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O DISCRETO CHARME DE UM AUTOR

DESPUDORADO

Os pais incentivaram-no a ler, munindo-o de revistas em quadrinhos. “Costumo dizer que fui alfabetizado pelo Maurício de Souza”, comenta. Passou a infância em uma casa com quintal grande. Era uma criança pacata, gostava de desenhar e colorir, além de ouvir as histórias de Dona Nêga, sua avó materna.

Sua primeira experiência em uma escola ficou marcada pelo despreparo de uma professora. Por não saber lidar com uma dificuldade natural em crianças, a educadora chegou a dizer para a mãe do menino que ele seria incapaz de aprender, e até sugeriu a ela procurar

um médico. Apesar dessa passagem, sua vivência nas duas únicas escolas onde estudou foi muito feliz.

Dentre as professoras que teve nesse período da infância, uma tem lugar especial em suas

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lembranças. Mariza Idaló que, com suas atividades em sala de aula, despertou-lhe o gosto pela redação e, quando seu texto foi distribuído por toda a turma, aflorou nele a vontade de repetir essa sensação: ser lido por outras pessoas.

Aquele tinha sido seu marco zero como escritor.

A partir disso, passou a escrever com mais afinco. Pouco tempo mais tarde, Zé viria a ganhar seu primeiro concurso literário, de poemas, promovido pelo já extinto jornal Lavoura e Comércio. Foi um grande ano para o promissor escritor de sete anos.

Terminando o Ensino Médio, Zé Alfredo ainda não tinha claro em sua mente o que fazer de seu futuro e passou a trabalhar no saudoso jornal Cidade Livre, momento considerado por ele como um divisor de águas em sua vida. Lá começou como um ajudante geral e conheceu profissionais de quem guarda especial admiração até hoje, como é o caso dos polêmicos jornalistas Edson Santana e Cacá Silveira.

Depois de algum tempo sem estudar, entrou para o curso de História. “Tive bons professores e péssimas aulas, hoje eu tenho pra mim que

a faculdade é uma convenção social”, relembra, com ceticismo, a importância de um curso universitário. Novamente o que foi mais marcante nessa passagem de sua vida foram as amizades que ali fizera. “Na faculdade, conheci o Gustavo Palma, o cara mais inteligente que conheci e grande mentor intelectual. Indicou-me livros e filmes que mudaram minha concepção de mundo. Conheci também Alessandro Basaka, o maior poeta de Uberaba, e meu melhor amigo, João Flávio. Através do Gustavo conheci Bárbara, com quem hoje sou casado”.

Ainda durante o período de sua juventude, leu muita Literatura beatnik. Leu tanto que acreditou que também era um beat. “Quando eu li On The Road, surtei”. E por um tempo viveu como um deles, vagando pela noite, de boteco em boteco. Nessa mesma fase de boemia aventurou-se

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como letrista, travando uma parceria elétrica com o guitarrista Mateus Graffunder. Entre conversas até o sol nascer, nasceram músicas que renderiam bons frutos. Como é o caso da música “Sonhos na Mochila”, que viria a classificar a banda de Mateus no festival Triângulo Music. Bebiam com os malucos da rua; hoje, Zé não bebe mais, a fase beat passou.

Todas essas vivências, que ficaram em um pretérito não tão perfeito, contribuíram para formação de seu perfil literato. Sua vida errante lhe rendeu histórias de personagens marginalizados. Em muitos de seus contos, retrata pessoas cujos rostos não vemos e as vozes não escutamos. Com um estilo de leitura rápida, textos curtos, muito influenciado por escritores como Dalton Trevisan e Marçal Aquino, um de seus maiores objetivos é atingir um público que não tem o costume de ler. Em sua

temática encontramos desde elementos do escritor pernambucano Nelson Rodrigues (seu livro de cabeceira é A Vida Como Ela É...) até inspirações dos programas de Goulart de Andrade.

Ao todo, Zé já tem três livros publicados, todos de forma independente: Doses da Vida em 2010, Histórias Invisíveis em 2011 e Instantes Quaisquer em 2013. Participou com êxito de diversos concursos pelo Brasil. Seu nome percorreu coletâneas desde o Rio Grande do Sul à Bahia, passando por cidade do interior de São Paulo e chegando até

ao Peru. Em suas obras, coloca as coisas em seus devidos lugares. Trata o mundano como mundano. Fala com naturalidade das coisas triviais, quando estas seriam tabus para maioria das pessoas. Tal peculiaridade de sua arte já quase o levou a ser processado quando um leitor se sentiu ofendido por achar o conteúdo de um de seus livros um tanto quanto pornográfico e violento. O acontecido não abalou o escritor, que segue interpretando e escrevendo sobre a vida de maneira franca, como para quem faz mais sentido as músicas de Odair José que as de Chico Buarque.

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ACONTECE NA LIVRARIA ALTERNATIVA CULTURAL

Rua Major Eustáquio, 500Centro – Uberaba/MG

(34) 3333-6824alternativacultural.com.br

Clube dos Desafinados Afinados

13/05 - terça-feiraEncontro das turmas de Desafinados do professor Daniel Lopes

Evento fechado para convidados. Informações: [email protected]

Manhã Musical com o Maracanã Canto Coral

17/05 – sábado - 11hCafé Sabor & SaberEntrada Franca

Manhã Musical com o Coral Canta Marista 24/05 - sábado - 11hCafé Sabor & SaberEntrada Franca

Tradições Nórdicas - Runas de Odin: Um oráculo para o seu autoconhecimento, com Denis Magnus.

Aos sábados, das 9h às 12h. R$45,00.

Duração da leitura: aproximadamente 1h. É necessário agendamento prévio. Maracanã Canto Coral Infantil - Coordenação das musicistas Rosana Caetano e Cristina Arruda.

Ensaios aos sábados, das 9h às 10h30. Público-alvo: Crianças de 8 a 13 anos.

Interessados em participar podem agendar entrevistas pelo telefone (34) 3333-6824. Leitura de I Ching – O livro das Mutações é um antiquíssimo livro-oráculo (muito utilizado por Carl Jung) que clareia dúvidas, abre caminhos e estabelece rotas em harmonia com a natureza profunda em nós e no Todo. Por Laura Louise Richardson. Agende seu horário pelo telefone (34) 3333-6824.

+ Cultural + Divertida Ilustra

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Por que investir em Cultura? Por ser um caminho para a promoção da cidadania, a empresa que tem compromisso em incentivar a cultura contribui para o bem coletivo e agrega valor à sua marca. Os motivos para investir em cultura vão desde a importância social da atitude até a diferenciação diante dos concorrentes. Para o produtor e gestor cultural Rômulo Avelar que, entre outros, produz o Grupo Galpão, “é preciso perceber que as razões do investimento das empresas no setor vão muito além da eventual obtenção de benefícios fiscais”.

Investir em Cultura acarreta a difusão do conceito de responsabilidade social, cada vez mais difundido. Além disso, vincular uma empresa à iniciativas culturais aproxima o público, por mais diverso que ele seja. Afinal, quem não gosta de Cultura? Ainda de acordo com Rômulo, “o patrocínio cultural se apresenta como uma das estratégias mais

eficazes de aproximação de uma organização com seus públicos e com a comunidade. Ponto para o investimento em cultura, que agrega valor a uma marca como poucas outras ferramentas de comunicação”.

Além disso, existe a saturação dos canais tradicionais de publicidade e promoção, que oferecem poucas alternativas de diferenciação das mensagens frente aos concorrentes. O patrocínio cultural rompe resistências e oferece um canal de comunicação direto e privilegiado com o público-alvo.

Associar imagem a um projeto como o MUH! Jornal Cultural, que mostra a diversidade cultural de Uberaba de uma forma única, é, com certeza, um bom negócio. A cultura merece recursos especialmente num momento em que a competitividade entre

as empresas aumenta; os diferenciais dos produtos concorrentes e a comunicação se igualam.

Os acionistas ao cobrar retorno, exigem empresas mais bem administradas e bem vistas nas comunidades em que atuam. Analisando o real papel e potencialidade da cultura, o que justifica o investimento empresarial é seu aspecto social, sua capacidade de transformar o mundo à sua volta. É isso que deve perceber a empresa que investe ou tem interesse em investir em cultura.

- Ana Márcia de Lima

Contraponto

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