Jornal CRMV Abr-2010 · r ef oç and img p t v daM eic nV t rá Zootecnia na sociedade. “Nossa...

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Rio de Janeiro prepara Conbravet comemorativo a datas históricas PÁGINAS 8 e 9 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO RS - ANO XV Nº 65 - JAN/ABR 2010 PÁGINAS 4 e 5 Veterinária & Zootecnia Veterinária & Zootecnia PÁGINAS 6 E 7 PÁGINA 10 Divulgação PROGRAMA É EXIBIDO PELA TVE NO ESTADO TODAS AS TERÇAS-FEIRAS, ÀS 22H30 Divulgação Impresso Especial 9912233864/2009 DR-RS CRMV/RS CORREIOS Negócio próprio Presença feminina Seminário celebra Dia do Zootecnista Seminário celebra Dia do Zootecnista Mundo em Sintonia leva Veterinária e Zootecnia à TV A cada ano, dezenas de novos profissionais concluem sua graduação e buscam colocação no mercado de trabalho e muitas vezes encontram poucas vagas. Partir para um negócio próprio sempre é uma opção - bastante frequente para pro- fissionais liberais -, porém, o empreendedorismo exige preparação e perfil adequado. Se há algumas décadas eram poucas pioneiras, hoje as mulheres são maioria em muitos cursos de Medicina Veterinária e modificam o perfil da profissão com suas características. A trajetória profissional de duas mulheres reproduz esse quadro em constante transformação. s médicos veterinários e zootecnistas estão em evidência na televisão gaúcha. Desde o início de abril, está no ar o programa de TV Mundo em Sintonia. Todas as terças-feiras, às 22h30, os teles- pectadores de todo o estado têm a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as atividades que esses profissionais desenvolvem e, principalmente, os benefícios que trazem para a sociedade, seja por aspectos de saúde pública como pelos benefícios econômicos. Produzido em parceria pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-RS) e o Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa-RS), a atração enfoca temas relacionados à saúde pública, produção de alimentos de origem animal, cuidados com animais, agronegócio e preserva- ção do meio ambiente. Nas reportagens do Mundo em Sintonia, médicos veterinários, zootecnistas e especialistas de diversas áreas da saúde abordam temas como os sistemas de produção de carnes, os cuidados com pets ou doenças que são transmitidas dos animais para os homens. O O programa é apresentado pelo médico veterinário Luiz Carlos Pascotini. “Apostamos em uma linguagem coloquial para levar informações importantes para o cotidiano das pessoas, colaborando com a melhoria da qualidade da saúde pública”, diz. Para realizar as reportagens, Pascotini tem se deslocado a diversos municípios gaúchos e entrado em contato com profissionais de várias especialida- des. Dessa maneira, o Mundo em Sintonia consegue mostrar à população toda a gama de áreas nas quais os profissionais atuam, reforçando a imagem positiva da Medicina Veterinária e da Zootecnia na sociedade. “Nossa intenção é que o programa também seja um canal de marketing da profissão, pois muitas vezes ainda percebemos um grande desconhe- cimento sobre as atividades do médico veterinário”, ressalta. Leia mais na página 3 Veja como sintonizar a TVE

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Rio de Janeiro prepara Conbravet comemorativo a datas históricasPÁGINAS 8 e 9

PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO RS - ANO XV Nº 65 - JAN/ABR 2010

PÁGINAS 4 e 5

Veterinária& ZootecniaVeterinária& Zootecnia

PÁGINAS 6 E 7PÁGINA 10

Divulgação

PROGRAMA É EXIBIDO PELA TVE NO ESTADO TODAS AS TERÇAS-FEIRAS, ÀS 22H30

Divulgação

ImpressoEspecial

9912233864/2009 DR-RSCRMV/RS

CORREIOS

Negóciopróprio

Presençafeminina

Semináriocelebra Dia

do Zootecnista

Semináriocelebra Dia

do Zootecnista

Mundo em Sintonia levaVeterinária e Zootecnia à TV

A cada ano, dezenas de novos profissionais concluem sua graduação e buscam colocação no mercado de trabalho e muitas vezes encontram poucas vagas. Partir para um negócio próprio sempre é uma opção - bastante frequente para pro-fissionais liberais -, porém, o empreendedorismo exige preparação e perfil adequado.

Se há algumas décadas eram poucas pioneiras, hoje as mulheres são maioria em muitos cursos de Medicina Veterinária e modificam o perfil da profissão com suas características. A trajetória profissional de duas mulheres reproduz esse quadro em constante transformação.

s médicos veterinários e zootecnistas estão em evidência na televisão gaúcha. Desde o início de

abril, está no ar o programa de TV Mundo em Sintonia. Todas as terças-feiras, às 22h30, os teles-pectadores de todo o estado têm a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as atividades que esses profissionais desenvolvem e, principalmente, os benefícios que trazem para a sociedade, seja por aspectos de saúde pública como pelos benefícios econômicos.

Produzido em parceria pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-RS) e o Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa-RS), a atração enfoca temas relacionados à saúde pública, produção de alimentos de origem animal, cuidados com animais, agronegócio e preserva-ção do meio ambiente. Nas reportagens do Mundo em Sintonia, médicos veterinários, zootecnistas e especialistas de diversas áreas da saúde abordam temas como os sistemas de produção de carnes, os cuidados com pets ou doenças que são transmitidas dos animais para os homens.

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O programa é apresentado pelo médico veterinário Luiz Carlos Pascotini. “Apostamos em uma linguagem coloquial para levar informações importantes para o cotidiano das pessoas, colaborando com a melhoria da qualidade da saúde pública”, diz. Para realizar as reportagens, Pascotini tem se deslocado a diversos municípios gaúchos e entrado em contato com profissionais de várias especialida-des. Dessa maneira, o Mundo em Sintonia consegue mostrar à população toda a gama de áreas nas quais os profissionais atuam, reforçando a imagem positiva da Medicina Veterinária e da Zootecnia na sociedade. “Nossa intenção é que o programa também seja um canal de marketing da profissão, pois muitas vezes ainda percebemos um grande desconhe-cimento sobre as atividades do médico veterinário”, ressalta.

Leia mais na página 3

Veja como sintonizar a TVE

HUMOR

2 janeiro a abril 2010

Veterinária& ZootecniaVeterinária& Zootecnia

EDITORIAL

OPINIÃOOPINIÃO

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o caso específico da Medicina Veterinária como explicar isso às novas gerações de profissionais? Ou melhor, como justificar tal questionamento, considerando

que o exercício profissional de médico veterinário existe no Brasil há 200 anos. Desembarcou por aqui com Dom João VI e sua comitiva, em 1808, pela necessida-de inicial de ter um profissional que cuidasse da saúde dos equídeos. Vale lembrar que o cavalo, em particular, para a época, era importante meio de transpor-te e lazer, além do que representava como recurso nas guerras. Ainda, em 2010, comemoram-se os 100 anos de ensino da Medicina Veterinária no Brasil e os 90 anos de associativismo, nascido com a criação da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária. Se não bastasse, sabemos que o perfil socioeconômico e cultural do nosso país sempre esteve voltado para o setor primário, graças à expressiva participação da criação de animais de interesse econômico, reforçado pela grande contribuição dada pela Medicina Veterinária, desde o início do século 20, para o surgimento e crescimento do parque industrial de produtos de origem animal, para a melhoria da sanidade animal, da saúde pública e da pesquisa científica etc.

A Medicina Veterinária, mesmo assim, sob a ótica de grande parte dos consumidores e de alguns veículos de comunicação, continua sendo vista como ocupante da base da pirâmide das profissões regulamentadas, por ignorân-cia ou desconhecimento da população da totalidade das atividades realizadas pelos seus profissionais. Portanto, desta dura constatação nasceu um grande desafio

NAir Fagundes dos Santos*

* Presidente do CRMV-RS

O jornal Veterinária & Zootecnia é um veículo de divulgação da classedos médicos veterinários e dos zootecnistas, editado pelo ConselhoRegional de Medicina Veterinária do RS (CRMV-RS). Os textos sãode responsabilidade dos autores.

DIRETORIA EXECUTIVA DO CRMV-RS

PresidenteAir Fagundes dos Santos

Vice-presidenteJosé Arthur de Abreu Martins

Secretário-geralRosane Maia Machado

TesoureiroMauro Gregory Ferreira

JORNAL VETERINÁRIA & ZOOTECNIA

Conselheiros efetivos: Elci Lotar Dickel, Vera Lúcia Machado Silva, Carlos de Lima Silveira, Angélica Pereira dos Santos Pinho, Rodrigo Marques Lorenzoni e Margarete Maria Paes Iesbich.

Conselheiros suplentes: Maristela Lovato Flores, Juliana Iracema Milan, Eduardo Amato Bernhard, José Braz Mariosi, Hélvio Tassinari do Santos e Waldívia Tereza Pacce Lehnemann.

Comissão de Comunicação: José Arthur de Abreu Martins, Luiz Carlos Pascotini, Zilah Maria Gervasio Cheuiche, Bruna Koglin Camozzato e Leandro Brixius.

Projeto gráfico: Rodrigo Vizzotto

Redação e edição: Jorn. Leandro Brixius – RP 9468

Colaboração: Estagiária de Jornalismo Hosana Aprato

Charge: Méd. Vet. Hudson Barreto Abella

Diagramação e impressão: Gráfica RJR Ltda

Tiragem: 12 mil exemplares

não somente da Medicina Veterinária, mas também da Zootecnia, no alvorecer do século 21, de mostrar à sociedade o que seus profissionais fazem e o que representam para os interesses coletivos.

Para atender parte dessa arrojada pretensão, o CRMV-RS foi à cata de parcerias com veículos de comunicação de massa para poder difundir de forma clara e objetiva informações científicas e tecnológicas, visando o grande público consumidor de produtos e serviços médico-veterinários e zootécnicos. Desta incessante busca, desde 2005, surgiu recentemente uma parceria com a TVE, importante meio de comunicação e informação no Rio Grande do Sul. Como o público alvo era o cidadão comum, dona de casa, trabalhador, estudante, a forma de comunicação teria que ser a mais simples e direta possível, mas, com a preocupação de manter a conotação técnica e acadêmi-ca em alto nível. Por esta razão, o programa está sendo direcionado por uma Comissão de Comunicação do CRMV-RS e apresentada por um comunicador médico veterinário.

Nesta mesma linha, a montagem da programação semanal do Mundo em Sintonia está tendo o cuidado de mostrar o leque de opções no campo de ocupação das duas profissões e, ao mesmo tempo, como pano de fundo, introduzir marke-ting profissional para que o trabalho e o campo de ocupação do médico veteriná-rio e do zootecnista seja mais conhecido e valorizado perante a sociedade. Que cada profissional assista ao programa e faça críticas e sugestões para sua melhoria.

A Medicina Veterinária e a Zootecniasão profissões desconhecidas?

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NOTÍCIASNOTÍCIAS janeiro a abril 2010

ATRAÇÃO GAÚCHA É O PRIMEIRO PROGRAMA DE TV PRODUZIDO POR UM CONSELHO DO SISTEMA CFMV/CRMVs

Mundo em Sintonia é o primeiro programa de TV produzido por um conse-lho de fiscalização do

exercício profissional da Medicina Veterinária e da Zootecnia no país. Esse pioneirismo do CRMV-RS foi ressaltado durante o lançamen-to oficial da atração, no dia 5 de abril, no restaurante da Farsul, em Porto Alegre. As autoridades presentes ressaltaram a iniciativa da autarquia gaúcha em criar, juntamente com o Fundesa-RS, um canal de comunicação entre os temas da Medicina Veterinária e da Zootecnia e a população.

Segundo o presidente do CRMV-RS, Air Fagundes, esse é um marco na história da autarquia no Rio Grande do Sul. “Essa é uma forma eficaz que encontramos para atuar na qualificação da informa-ção difundida pelos meios de comunicação e dar maior amplitu-de a nosso programa de educação continuada”, ressaltou Fagundes. “O CRMV-RS está fazendo um trabalho de extrema qualidade, levando informações pertinentes à sociedade”, disse o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.

O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, ressaltou a adequação

do programa aos temas atuais. “O programa veio ao encontro das propostas que o mundo exige em relação aos produtos de origem animal. Este ato se torna impor-tantíssimo, pois se louva a tecnologia e a busca de mercados externos. É um programa muito bem estruturado e estamos ao lado do CRMV-RS para ajudar neste projeto”, afirmou.

“O programa conseguiu fazer com que o conhecimento chegue de maneira clara, não só esclare-cendo a população, mas multipli-cando o conhecimento. O progra-

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ma qualifica a programação da TVE e o Rio Grande do Sul ganha muito com este projeto”, ressaltou o presidente da TVE, Ricardo Azeredo. “Já me apaixonei pela ideia do programa. É muito importante levar ideias e educação ao consumidor final. Esta iniciati-va é pioneira e gostaria que outros conselhos a copiassem”, concla-mou o diretor corporativo do Instituto Quallitas, Francis Flosi. O lançamento do Mundo em Sintonia foi realizado com o apoio da Farsul e da Fetag, que custea-ram as despesas do coquetel.

Mundo em Sintonia simbolizapioneirismo do CRMV-RS

Neco V

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Lançamento reuniu diversas autoridades em coquetel na sede da Farsul

Governo quer erradicar febre aftosa em 2010A um ano do prazo estipulado para erradicar

a febre aftosa do rebanho, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dá atenção especial a 11% do rebanho nacional, formado por 200 milhões de cabeças de gado. Os 89% restantes, ou 180 milhões de cabeças, estão em regiões livres da doença. Para o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inacio Kroetz, elevar o Brasil ao status de país livre de aftosa com vacinação dará uma condição melhor à comercialização da carne bovina no mercado internacional.

Os dados apontam que 174 milhões de animais encontram-se em área livre de aftosa com vacinação, enquanto 22 milhões estão localizados em zona não livre. Apenas Santa

Catarina é reconhecida como área livre sem vacinação. A maior parte do Amazonas e Amapá são classificados como área de risco desconhe-cido. Roraima e o Norte do Pará são avaliados como regiões de alto risco. O nordeste do Pará é classificado como nível médio e a outra metade está livre da doença com vacinação.

Recentemente, Paraíba e Piauí foram elevados na classificação sanitária de áreas de risco desconhecido para áreas de risco médio. O Ceará também obteve este status, assim como Maranhão, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas. Os demais estados erradicaram a doença, mas precisam seguir imunizando seus rebanhos pelos menos duas vezes ao ano. Em março, o governo do Paraná solicitou ao Mapa a abertura de um processo para a suspensão da

vacinação no estado. Uma auditoria será realizada e até o final do ano o resultado será divulgado. No Rio Grande do Sul não há, no momento, uma discussão entre governo e entidades sobre a suspensão da imunização do rebanho.

Outra meta do Mapa diz respeito ao número de propriedades livres de brucelose e tuberculo-se. A intenção é chegar a 3 mil até o ano que vem. Para isso, serão intensificadas as parcerias com o setor privado no estabelecimento de políticas de incentivo à adesão dos fornecedores à certificação. Os produtores de leite tipos A e B precisam da certificação, mas para os demais não há obrigatoriedade. Hoje, há 126 proprieda-des livres da brucelose e tuberculose e 80 em processo de certificação.

Alimentação animalO registro de estabelecimen-

tos produtores de farinhas e de produtos gordurosos destinados à alimentação animal foi regulamentado pela Instrução Normativa Nº 9, publicada no Diário Oficial da União de 9 de março. O texto traz também as regras para registro e comércio desses produtos, fabricados por estabelecimentos que proces-sam resíduos in natura, não comestíveis, de animais (carne, peixe e ossos). A partir de agora, se a produção ter comercializa-ção interestadual ou internacio-nal a indústria só poderá funcionar com o registro no Dipoa do Mapa.

PassaporteCães e gatos que acompa-

nharem seus donos em viagens internacionais vão ganhar passaporte. É o que determina um decreto publicado do Diário Oficial da União de 30 de março. O documento poderá ser usado no lugar do certificado sanitário internacional e do atestado de saúde para trânsito de cães e gatos - caberá ao dono do animal decidir se prefere aderir ao passaporte ou não. A expedição do Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos ficará sob responsabilidade do Mapa. O decreto prevê a implantação de microchips no animal, como forma de identificação eletrôni-ca. O microchip já é obrigatório para a entrada de cães e gatos na União Europeia e no Japão.

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janeiro a abril 2010

MERCADO DE TRABALHOMERCADO DE TRABALHO

Apostar no empreendedorismo é umaboa opção para os profissionais

formatura é um momento esperado por todos os estudantes de graduação e marca uma importante

passagem para a vida profissional. No entanto, a conclusão da faculda-de coloca novos desafios aos jovens profissionais e encontrar um rumo a seguir é o principal deles. Para os médicos veterinários e zootecnistas abrem-se várias portas. Alguns escolhem buscar empregos públicos, outros seguir na vida acadêmica. Há, ainda, oportunidades em empresas privadas, como indústrias de alimentos, laboratórios e criatórios. Como profissionais liberais, a abertura de consultórios e clínicas também é uma opção que soma muitos adeptos. O certo é que cada vez mais há inovações e oportunida-des para os recém-formados ou para os profissionais já estabelecidos e o empreendedorismo é um deles.

Muito se fala do número cada vez maior de médicos veterinários e zootecnistas que disputam espaço no mercado de trabalho, mas para o gerente de agronegócios do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS), João Paulo Keffler, sempre há lugar para cada um atuar, mas para alcançar o sucesso e a realização pessoal e financeira é preciso se conhecer e apostar na realização de um serviço qualificado e diferenciado. “O autoconhecimen-to leva ao reconhecimento das características empreendedoras do profissional e mostram se ele tem perfil para ser dono de seu próprio negócio”, afirma.

Keffler diz que os mercados são competitivos e por isso é preciso estar preparado para a possibilidade de correr riscos, e esse é um dos principais pontos que deve ser avaliado no perfil do profissional que deseja empreender. “Você está preparado para conviver com uma renda variável ou esperar o negócio começar a dar lucros?”, questiona o gerente do Sebrae/RS. Por isso, ensina o especialista, é preciso adotar alguns atitudes bem antes de efetivar a abertura da empresa.

Uma delas é ampliar sua rede de contatos, pois assim será possível conhecer melhor a realidade do mercado no qual se quer atuar. Também é fundamental ter boas informações sobre a região na qual vai atuar e quais são suas necessida-des. De nada adianta abrir mais um pet shop em uma área na qual já há vários outros funcionando. Além disso, deve haver sintonia com o perfil socioeconômico dos consumi-dores. Uma loja requintada não terá sucesso em uma região de classe mais baixa, com menos recursos financeiros para gastar com seus animais de estimação, por exemplo.

Além disso, Keffler ressalta outros pontos fundamentais: a qualidade do serviço realizado e a inovação. “O grande ‘boom’ da Medicina Veterinária aconteceu com a expansão dos pet shops, mas todos eles devem continuar inovando em seus produtos e serviços, pois não se pode parar de ofertar novidades para uma demanda cada vez maior”, diz. Creches para cães, por exemplo, é um novo serviço que começa a surgir

A

em Porto Alegre, favorecendo proprietários que ficam longos períodos fora de casa durante o dia e não querem deixar seus animais sozinhos. “A inovação é importante quando se entra em um mercado mais saturado; é preciso agregar coisas novas para se diferenciar com relação aos demais”, destaca.

A qualidade dos serviços também diferencia os profissionais e pode destacar os iniciantes. “O bom serviço sempre é um diferencial e é onde os médicos veterinários podem ganhar mais, já que a margem na venda dos produtos sempre é bastante pequena”, explica. Para Keffler, quanto mais conseguir se aproximar dos proprietários, melhor, já que os animais atualmente são

tratados como membros das famílias. “O profissional que mostra preocupação com o cão ou gato ganha mais”, afirma.

Porém, Keffler faz algumas ressalvas que são fundamentais para garantir o sucesso do negócio. O primeiro deles é o estabelecimento de metas muito bem definidas. São elas que irão orientar toda a estruturação da empresa e sinalizar se algo não está indo bem. Além disso, um negócio demora um pouco a começar a apresentar resultados. Segundo o especialista, o tempo médio para que o empreen-dimento comece a dar lucros é de dois anos e é preciso estar preparado financeiramente para se manter durante esse período.

ABRIR SEU PRÓPRIO NEGÓCIO PODE TRAZER SUCESSO MAS TAMBÉM EXIGE PREPARAÇÃO E PERFIL ADEQUADO

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Sebrae realiza cursos e assessora novos empreendedores em todo o estado

Oportunidade e planejamentoDepois de 20 anos atuando na área avícola, o médico veterinário Sadi

Marcolin avaliou que estava na hora de mudar sua posição no mercado de trabalho. De funcionário passou a empresário. “Eu tinha uma boa experiência, então percebi que havia uma oportunidade e poderia fazer meu próprio negócio”, conta. Para realizar seu projeto de montar um frigorífico de aves no Noroeste gaúcho - empreendimento que não existia na região - buscou a parceria com outros médicos veterinários. Foram três anos de preparação até que em outubro do ano passado começaram os abates do frigorífico Mais Frango. Nesse tempo, Marcolim se deparou

com as dificuldades que todos empreendedores enfrentam no Brasil: burocracia, falta de informações e dificuldades de obter financiamentos. “Grandes empresas têm profissionais especializados para cada área, mas em negócios pequenos é preciso fazer tudo, do financeiro ao jurídico”, relata. Além disso, Marcolim alerta que é preciso estar preparado para enfrentar anos sem ou pouco faturamento. Mas toda perseverança traz sucesso e hoje os produtos com a marca Mais Frango chegam aos pontos de venda na região Sul, em São Paulo e no Rio de Janeiro. “Sempre vale a pena”, resume o médico veterinário.

MERCADO DE TRABALHOMERCADO DE TRABALHO5

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janeiro a abril 2010

Omercado pet está uma fase de grande expansão no país. Prova disso são os espaços cada vez maiores na mídia para informações sobre os cuidados com

animais. Além disso, o Brasil é o segundo país do mundo em número de animais de estimação e Porto Alegre é a capital brasileira com maior quantidade de pets por domicílio. Tudo isso forma um cenário auspicioso para investir nesse segmento, mas o médico veterinário e conselheiro do CRMV-RS Rodrigo Lorenzoni faz uma ressalva.

“As faculdades nos capacitam para sermos bons técnicos, mas não nos ensinam a enfrentar o mercado”, diz o responsável pela administração do Hospital Veterinário Lorenzoni. O profissio-nal chama a atenção para a importância de desenvolver habilidades de gestão empresarial. Por isso, quando assumiu a administração do hospital da família buscou qualificação neste aspecto e levou a ideia adiante, montando uma

empresa de ensino direcionada a ensinar gestão aos médicos veterinários, a Idea. Lorenzoni defende que vai se diferenciar no mercado aquele que oferecer um serviço de qualidade e isso passa por equipes qualificadas e inovação. “A experiência dentro do estabelecimento tem que ser boa para o proprietário do animal”, diz.

No entanto, é preciso ser cauteloso com alguns modismos. “É importante entender esses movimentos e saber o que realmente pode dar certo, pois muitas vezes a clínica realiza investi-mentos em serviços que acabam se mostrando sem apelo para os consumidores”, aponta. Para isso, é fundamental conhecer bem o perfil dos proprietários de animais e suas peculiaridades. “Os gatos por exemplo, estão em crescimento pois se adaptam melhor a espaços reduzidos e à ausência dos donos, por isso têm aceitação de casais jovens e pessoas que moram sozinhas. No entanto, os proprietários têm um perfil mais minucioso”, exemplifica o profissional.

Cuidados com a gestão da empresasão essenciais para sua manutenção

Em dia com a inovaçãoO uso de células-tronco mobiliza

pesquisadores no mundo todo e na Medicina Veterinária não é diferente. Já há boas experiências com a utilização de células-tronco autólogas, com estudos mostrando a recuperação de lesões em tendões e articula-ções de equinos. Em cães e gatos, podem ser tratadas lesões ortopédicas como osteoartri-tes, bem como lesões tendíneas e ligamenta-res. Cientes de que essa nova tecnologia encontra cada vez mais espaço nos tratamen-tos veterinários, três profissionais se associaram e fundaram o CellVet, um laboratório especializado no uso de células-tronco adultas no tratamento regenerativo. O negócio é tocado pela médica veterinária Luisa Maria Gomes de Macedo Braga (diretora clínica), associada a duas biólogas, Nance Beyer Nardi (diretora científica) e Melissa Camassola (diretora de tecnologia e desenvolvimento). Em parceria com outros médicos veterinários, o laboratório CellVet pode prestar serviços em todo o estado, já que a retirada do tecido adiposo do animal é bastante simples.

Atenção às necessidadesespeciais dos clientesO destino adequado dos corpos de

animais de estimação é motivo de dor de cabeça para os médicos veterinários. Além de se preocuparem em evitar a contaminação do meio ambiente, é preciso lidar com o sentimento de perda dos proprietários, que muitas vezes desejam que seu animal seja enterrado em um local no qual possam realizar homenagens e visitas. Na Serra gaúcha, uma opção é o Cemitério Parque e Crematório Saúde Animal, criado em 1999 pelo médico veterinário Álvaro Cézar de Abreu. Há dois anos, o local foi transforma-do em um parque, localizado entre Gramado e Nova Petrópolis. Abreu destaca que são observadas as normas técnicas e ambientais, com a impermeabilização das covas, e informa que o cemitério Saúde Animal é o único devidamente licenciado no estado. Além disso, esse é mais um exemplo de empreendedorismo.

Mais informações podem ser obtidas no site www.cemiteriosaudeanimal.com.br.

Dicas para ser um empreendedorColocar em execução é a premissa básica do

conceito de empreendedorismo, que é o ato de criar e gerenciar um negócio, assumindo riscos em busca de lucro. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.

O empreendedor deve reunir algumas das seguintes características:• Estar sempre em busca de oportunidades Iniciativa Persistência Comprometimento Exigência de qualidade e eficiência Correr riscos calculados Saber estabelecer metas Buscar informações Planejar e monitorar sistematicamenteCapacidade de persuasão e de formar rede de

contatos Independência e autoconfiança

Dificilmente uma pessoa reunirá todas estas características em perfeito equilíbrio, mas é importante estar consciente de quais são suas qualidades e deficiências.

O conceito de mercado é a relação entre a oferta – pessoas ou empresas que desejam vender bens e serviços – e a procura – pessoas ou empresas que querem comprar bens ou serviços. Quando alguém abre uma empresa, passa a desempenhar um novo papel no mercado, atuando do lado da oferta.

Para desempenhar com sucesso seu novo papel, o empreendedor precisará de informações

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que o ajudem a mapear com a maior clareza possível três vertentes do mercado:1. O mercado consumidor, do qual fazem parte os clientes que comprarão suas mercadorias ou utilizarão os serviços prestados por sua empresa. Para obter dados sobre o mercado consumidor é necessário fazer pesquisas de mercado.2. O mercado concorrente, que produz e vende mercadorias ou presta serviços idênticos ou similares aos que você pretende oferecer. Preste atenção em características como qualidade, preço, acabamento, durabilidade, funcionalida-de, embalagem, porte, qualidade no atendimento, facilidade de acesso, forma de apresentação da mercadoria.3. O mercado fornecedor, que oferece equipa-mentos, matéria-prima, embalagens e outros itens de que você necessita.

Inovar é um investimento em novas ideias e estratégias que irão agregar valor aos negócios. Pode ser aplicada em negócios de qualquer porte e está presente em todos os setores: comércio, serviço, agronegócio e indústria. Existem cinco possibilidades de inovação: de produto, com a inclusão de algo novo ou melhorado no mercado; de serviço, que parte do mesmo princípio da inovação de produto; de processo, quando o empresário passa a utilizar uma nova ferramenta de produção ou gestão; de marketing, ao aplicar novas formas de colocar em prática estratégias de concepção, apresentação e comercialização de um produto; e organizacional, que possui caráter gerencial, com foco em gestão de pessoas e otimização de produção.

Fonte: Sebrae/RS

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6 janeiro a abril 2010

NOTÍCIASNOTÍCIAS

Mulheres conquistam cada vez maisespaço na Medicina Veterinária

Ahistória da Medicina Veterinária é marcada por constantes desafios e pela superação das dificuldades. A inserção das mulheres nessa

atividade é uma delas. Ao longo de muitas décadas, poucas eram as profissionais que buscavam a formação. Hoje, a situação é totalmente inversa e a mudança no perfil da profissão se evidencia nas faculdades de todo o país: o número de alunas já é maior do que o de alunos nas faculdades de veterinária. Essa trajetória é marcada por histórias particulares e para ilustrá-la,

o CRMV-RS dá voz à primeira profissio-nal inscrita no Rio Grande do Sul e à última a solicitar seu registro 40 anos depois, em 2009.

Lia Maria Saldanha Fernandez é a pioneira, sob o número 0090. Sabrina Lopes Mota é a mais recente, com o registro profissional 10.857. Seus depoimentos representam as palavras de cada uma das 4.023 médicas veterinári-as e zootecnistas do Estado, segundo dados do CRMV-RS. Na década de 1970, inscreveram-se 246 veterinárias.

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Reconhecimento e sucesso profissional são os principais objetivos de Sabrina

Uma escolha profissionalque vem desde a infância

Comissão da Mulher Veterináriapromove a valorização da profissão

esde criança ela já sa-bia que seria médica veterinária. Adorava os animais e a opção pela

profissão não foi uma escolha, mas sim uma certeza. Na infância, por incentivo dos pais, sempre conviveu com os animais e no dia 21 de julho de 2009, Sabrina Lopes Mota recebeu o diploma de médica veterinária pela Universidade da Região da Campanha (Urcamp), de Bagé. Neste dia ela viu seu sonho ser idealizado. Com 23 anos, Sabrina foi uma das últimas mulheres a se inscrever no CRMV-RS, em dezembro de 2009.

Sabrina, natural de Piratini, é a primeira médica veterinária da família e espera servir de exemplo para outras pessoas. Seu foco durante a faculdade foram os equinos, sua paixão desde a infância. Na faculdade o que mais a chamava atenção eram as aulas práticas. “Nelas tínhamos momentos de descon-tração, com brincadeiras entre colegas. Também havia o contato com os animais, onde podíamos conhecer um pouco mais de cada paciente, ao mesmo tempo aplicando o que se aprendia em sala de aula”

comenta a veterinária. Para ela, as disciplinas dos semestres iniciais foram as mais difíceis e por isso pegou exame. “Para mim foi quase o fim do mundo. Era um absurdo. Fui chorando da faculdade até minha casa, não me perdoava”, desabafa. Mas com muito estudo e aplicação, Sabrina fez as provas finais e passou com boas notas. “Isso tudo só me serviu para me trazer maturidade para enfrentar o que viesse pela frente no restante dos cinco anos de faculdade” conta.

O reconhecimento e o sucesso profissional são os principais objetivos de Sabrina. Ela pretende ser reconhecida no meio da veterinária equina, acima de tudo como mulher e excelente profissional. “É claro que também almejo uma boa estabilidade financeira” comenta. Atualmente atua em clínica e cirurgia de equinos, na área de especialização da Clínica Hípica, na Sociedade Hípica Porto-Alegrense, desde que registrou-se no CRMV-RS. Para garantir a constante atualização, Sabrina pretende fazer cursos e especializações na área. E para este ano já está agendado um curso de pós-graduação focado em equinos.

Uma vida dedicada ao campo e à pesquisa

DUAS PROFISSIONAIS RELATAM SEUS DESAFIOS, CONQUISTAS E EXPECTATIVAS QUE MARCARAM A PROFISSÃO EM QUATRO DÉCADAS

Em 1980, já houve um aumento signifi-cativo no número de mulheres que ingressaram no mercado de trabalho médico-veterinário, somando 682 profissionais. De 1990 para os anos 2000, o saldo da participação das mulheres na área foi de mais de 240%, de 877 para 2.167 veterinárias. Somente em 2009, foram emitidos 261 registros profissionais a médicas veterinárias. Entre médicas veterinárias e zootecnis-tas, o CRMV-RS contabiliza cerca de 3 mil profissionais atuantes.

entada no jardim da casa onde mora desde 1980, Lia Maria Saldanha Fernandez relembra sua infância, a passagem pela

faculdade, o casamento, os filhos e a aposentadoria com muito bom humor e simpatia. Na década de 1950, enquanto as mulheres casavam-se cedo, dedicavam-se as atividades do lar, eram boas esposas e mães, Lia era uma mulher moderna e com o pensamento a frente do seu tempo.

A médica veterinária aposentada de 78 anos nasceu em Bagé rodeada por uma família de pecuaristas. Seus pais muda-ram-se para Santa Maria para que ela e sua irmã pudessem estudar. Lia fez parte da primeira turma do Colégio Centenário, onde concluiu o científico. Já era 1951 e ela precisava decidir o rumo de seu futuro. Partiu com uma amiga rumo a Capital para prestar vestibular. Lia estava decidida a cursar Odontologia, mas dias antes teve uma conversa que mudou seus

planos. “Minha mãe sempre deixou a decisão de escolher o que faria por minha conta, mas meu primo que era veterinário me motivou repensar minha escolha”, revela. Mesmo assim inscreveu-se para Odontologia, e teve uma grande surpresa. “Passei na segunda chamada para Medicina Veterinária na Ufrgs. Eu estava muito mal preparada e rodei em física. Naquela época a procura era muito pouca para o curso de veterinária”, conta.

Durante a faculdade, Lia teve uma vida completamente diferente da que levava em Santa Maria. Em sua turma na faculdade eram apenas seis homens e três mulheres. Apesar de Lia ter vivido ótimos momentos na faculdade, ela lamenta não ter tido a oportunidade de fazer estágios para adquirir experiências ou de ter tido aulas práticas. “Antigamente os veterinários saíam muito crus da faculdade. Tínhamos pouco contato com os animais, diferente de hoje em dia. A Medicina Veterinária

Hoje aposentada, Lia relembra sua atuação na pesquisa e se dedica às plantas e à leitura

Assessorar a diretoria executiva do CRMV-RS nos assuntos culturais ligados à Medicina Veterinária e à Zootecnia é tarefa da Comissão da Mulher Veterinária, criada em março de 2009 pela autarquia. A Comissão tem como principal objetivo promover a ascensão profissional da mulher veterinária por meio de ações sociais, políticas e econômicas. Atualmente a comissão é composta pelas médicas veterinárias Vera Lúcia Machado da Silva (presidente da comissão), Marilisa Costa Petry, Maria Angélica Zollin de Almeida e Berenice de Ávila Rodrigues. As reuniões ocorrem a cada dois meses e as integrantes debatem assuntos sobre

Academia e CRMV-RS realizaram homenagensA Academia Riograndense de Medicina

Veterinária parabenizou, na noite do dia 08 de março, as mulheres médico-veterinárias ao realizar uma homenagem póstuma a Elinor Fortes, acadêmica recentemente falecida. Na sessão plenária solene realizada no auditório Adriana Pereira Druck, do CRMV-RS, a médica veterinária Clotilde de Lourdes Branco Germiniani, das Academias Brasileira e

Perfil da zootecnista exigepró-atividade e empreendedorismo

O mercado de trabalho para a zootecnista há muito tempo não se limita apenas às áreas clássicas ligadas à produção animal. Os desafios a serem enfrentados pelas futuras profissionais englobam ênfase na formação humanística, no desenvolvimento de perfil empreendedor e de postura ética profissional. Os desafios atuais contrapõem a formação profissional e a ocupação que a zootecnista deverá enfrentar e assumir em seu futuro. Uma sólida formação técnica é a base, porém não é o objetivo final que as profissionais devem perseguir.

A zootecnista e conselheira efetiva do CRMV-RS Angélica Pereira dos Santos Pinho explica que hoje o mercado de trabalho exige uma profissional que venha, basicamente, resolver problemas de natureza técnica, que envolvem relacionamentos interpessoais. “Para isso, seria importante que as profissionais desenvolvessem grande capacidade de lideran-ça, no sentido de influenciar positivamente o desempenho das pessoas que estão ao seu redor, e que tivessem habilidade em trabalhar em

os direitos e deveres da mulher, discrimina-ção, mercado de trabalho, princípio de igualdade, valorização e exercício profissio-nal das médicas veterinárias. “Sempre somos convidadas a representar a classe e o CRMV-RS em eventos e congressos de grande expressividade no Brasil”, comenta a presidente da comissão. Para este ano, estão programadas diversas atividades para promover a valorização da mulher junto à profissão, entre elas palestras durante a Expointer e um painel no 37º Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbra-vet), no Rio de Janeiro.

Paranaense de Medicina Veterinária, fez um relato da trajetória de Elinor, estendendo sua abordagem às mulheres médicas veterinárias. Na oportunidade, o presidente do CRMV-RS, Air Fagundes dos Santos, entregou à médica veterinária Lia Maria Saldanha Fernandez, primeira mulher a se inscrever na autarquia, o diploma em reconhecimento a sua contribui-ção para a Medicina Veterinária.

equipe. Estas duas últimas características, aliadas à necessidade do desenvolvimento de um perfil pró-ativo, que sabe e anseia encontrar soluções, resumem o que se busca no mercado de trabalho e na construção e manutenção de novas empresas”, comenta a zootecnista.

Na busca por novos espaços e mercados, a profissional de zootecnia também pode atuar nas áreas de biotecnologia, engenharia genética, sistemas de produção de alta precisão - englobando as diversas áreas básicas e profissionalizantes afins, área de serviços rurais - consultoria especializada, esporte, lazer e turismo, além de processa-mento e comercialização. Todos esses campos de atuação profissional dependem, no entanto, de uma formação profissional com desenvolvimento de perfis individuais que venham buscar eficácia e produtividade aliada à habilidade pessoal, persistência, trabalho, coragem para correr riscos e dedicação à profissão.

está muito avançada. Os alunos saem muito bem preparados”, relata.

Lia formou-se em dezembro de 1954, aos 23 anos, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Logo após sua formatura teve uma breve experiência com pequenos animais, mas não deu muito certo. Com isso, fez concurso para o Ministério da Agricultura e foi designa-da para o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, no setor de diagnóstico de doenças de aves e raiva. Ela conta que, na época, atravessava o rio Guaíba de balsa para poder trabalhar. Após cinco anos em Eldorado do Sul e o nascimento de seus filhos, solicitou transferência para o Serviço de Inseminação Artificial, na Secretaria da Agricultura, em Porto Alegre, sendo umas das primeiras mulheres a trabalhar no setor. Mais tarde, transferiu-se para o Laboratório de Nutrição Animal, também na Secretaria da Agricultura, onde trabalhou até se aposentar.

A médica veterinária aposentada tem quatro filhos e cinco netos. Desses, somente uma filha seguiu sua profissão. Viúva há 11 anos, hoje acorda cedo, por volta das 6h da manhã, e aproveita o tempo livre cuidando da casa, das plantas e lendo, além de passar as férias em sua propriedade rural em Cacequi. Com a ajuda de sua filha e de seu genro, mantém uma plantação de soja, cria gado de corte e ovelhas.

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37º Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet) quer ficar marcado na história entre

os eventos científicos ligados à área. E não faltam razões para crer que esse objetivo será alcançado. Neste ano, comemoram-se os 150 anos de criação do Ministério da Agri-cultura, os 100 anos do ensino da Medi-cina Veterinária no Brasil e os 90 anos da Sociedade Brasileira de Medicina Veteri-nária, datas significa-tivas que serão cele-bradas de 26 a 30 de julho, no Rio de Janeiro. Além disso, o presidente da Socie-dade de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro e vice-presi-dente da Sociedade Brasileira de Medici-na Veterinária, Lucio Tavares de Macedo, ressalta que o Con-bravet 2010 terá um caráter multiprofissional, abrindo as portas para a participação dos diversos profissionais ligados às Ciências Agrárias.

Macedo também se impôs outro desafio: dar um aspecto efetivamente nacional ao evento. Para isso, tem dedicado os últimos meses a percorrer o país em busca de sugestões de temas e palestran-tes, além de mobilizar os profissio-nais para que participem do

e v e n t o . N o R i o Grande do Sul, onde esteve no início de março, o veterinário carioca encontrou apoio no CRMV-RS e em outras entidades, como o Simvet/RS, a Sovergs e a Academia Rio-Grandense de Medicina Veterinária, que formaram uma comissão de apoio ao Conbravet.

Macedo ressalta que uma das principa-is metas do evento deste ano é destacar o avanço do agrone-gócio brasileiro nas ú l t imas décadas . “Esse extraordinário

crescimento tem permitido ao Brasil se transformar no maior produtor e exportador de proteínas nobres do mundo”, afirma. Além disso, o organizador diz que o

UMA DAS PRINCIPAIS METAS DA

EDIÇÃO DESTE ANO É

DESTACAR O AVANÇO DO

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

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Veterinária& ZootecniaVeterinária& Zootecnia

janeiro a abril 2010

NOTÍCIASNOTÍCIAS

Conbravet 2010 comemora datasespeciais da Medicina Veterinária

OConbravet será uma oportunidade de apresentar o país como o maior produtor mundial de biocombustí-veis renováveis alternativos, contribuindo para a redução da emissão de gases do efeito de estufa, assim como desmistificar acusações que o Brasil vem sofrendo de concorrentes estrange-iros preocupados com o avanço do agronegócio nacional.

O Conbravet 2010 será realizado no Centro de Conven-ções SulAmérica, moderna estrutura localizada no centro do Rio de Janeiro e que permite a

realização simultânea de diversas atividades. A escolha do local levou em conta sua facilidade de acesso, como a proximidade com as estações Estácio e Cidade Nova do metrô, e a curta distância dos aeroportos Santos Dumont (15 minutos) e do Galeão (20 minutos). A empresa Havas Creative Tours foi credenciada pela comissão organizadora para atuar no evento, realizando, inclusive, bloqueios em hotéis para garantir diárias especia-is. As informações completas sobre o evento estão disponíveis no site www.conbravet2010.com.br.

37ª EDIÇÃO DO CONGRESSO SERÁ REALIZADA DE 26 A 30 DE JULHO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

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Evento terá caráter comemorativo e mais nacional, garante Macedo

O Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet) é o mais antigo evento científico da área e também o mais generalista. Tradicionalmente ocupam suas mesas de discussão uma extensa gama de assuntos, representando a ampla cobertura da Medicina Veterinária. Sanidade animal, saúde pública, produção de alimentos, saúde animal e bem-estar são tradicionais temas em debate, que neste ano receberão o aporte de outras questões como mercado, meio ambiente e energia. Para o presidente do CRMV-RS, Air Fagundes, o caráter generalista do Conbravet é seu principal diferencial. “Somente no Conbravet podemos encontrar tantos assuntos pertinentes à profissão em debate em um único lugar e concomitantemente. Acaba até mesmo ficando difícil escolher de qual palestra participar”, afirma Fagundes.

A intenção de Lucio Tavares de Macedo é, além de oferecer esse panorama de temas para discussão, criar um espaço especial para a valorização da Medicina Veterinária brasileira. “Participamos de importantes ações em benefício da saúde pública, da defesa de nossos rebanhos, do agronegócio, da proteção à biodiversidade e ao meio ambiente, tudo isso com reflexos expressivos para a economia do país”, resume. Macedo acrescenta que a intenção dos organizadores é que, a partir de julho de 2010, a profissão médico-veterinária brasileira seja melhor reconhecida e respeitada pela sociedade.

Valores de InscriçãoGrande diversidade de temas em debate

As inscrições antecipadas (até 31/05/2010) poderão ser parceladas, no cartão de crédito, em até três vezes sem juros.

Mais detalhes em www.conbravet2010.com.br

Categorias Até 31/05/2010 No local

R$ 360,000

R$ 420,000

R$ 600,000

R$ 175,000

R$ 300,000

R$ 350,000

R$ 500,000

R$ 150,000

R$ 250,000

R$ 300,000

R$ 450,000

R$ 120,000

R$ 100,000

R$ 150,000

Até 15/07/2010

Estudante degraduação

Profissional sóciode Sociedadede Veterinária

Outros profissionais

Acompanhante

Mini-curso 4 horas

Mini-curso 8 horas

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Veterinária& ZootecniaVeterinária& Zootecnia

CONBRAVETCONBRAVET

Programação preliminar

janeiro a abril 2010

ConferênciasEvolução do Currículo de Veterinária em Relação à Evolução da Profissão Veterinária na Europa Prof. Stéphane Martinot, diretor da Escola de Veterinária de Lyon, França

O conceito: uma só medicina a serviço de uma única saúde Prof. André Laurent Parodi, diretor honorário da Escola Naciobnal Veterinária de Alfort, Paris, França

O Agronegócio Brasileiro no Mundo Marcus Vinicius Pratini de Moraes, ex-ministro da AgriculturaVeterinary Reproduction Education in USA versus Brazil Prof. Dra. Elizabeth Martinsen, Ohio State University, BVED, Ohio, USA

Pesquisas em Sanidade Suína no Brasil Dra. Janice C. Zanello, LABEX (USA), Pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves

Brasil Exportador de Proteína Animal para o Mundo Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef)

PalestrasIndicadores de Impactos Econômicos e Socioambientais em Medicina Veterinária: como entender, medir e relatarProf. Dr. Márcio R. Costa dos Santos, MV, Consultor, AMVERJ, RJ

Equine Reproduction and Embryo TransferProf. Dra. Elizabeth Martinsen, Ohio State University, BVED, USA

Produção e Destinação do Leite Caprino no BrasilDr. Paulo Roberto Celles Cordeiro, CCA & Caprilat, RJ

Ética, Ciência e AnimaisProfa. Dra. Rita Leal Paixão, IB, UFF, RJ

Obtenção e Conservação de Germoplasma de Animais SilvestresProf. Dr. Alex Rodrigues Silva, DCA, UFERSA, RN

Educação e Mídia em Vigilância SanitáriaProf. Dr. Ismar Araujo de Moraes, IB, UFF, RJ

Experimentação Animal: qualidade, biossegurança e ambienteDr. Carlos Alberto Muller, IOC/FIOCRUZ, RJ

Papel dos Médicos-Veterinários nas Unidades de ConservaçãoDr. Leo Nascimento, RJ

Animais Ameaçados de Extinção no BrasilDr. Sávio Freire Bruno, FV, UFF, RJ

Mutações genéticas em carrapatos e moscas para o controle e erradicação de pragas Dr. Felix Guerrero, USDA-ARS Kinipling-Bushland U.S. Livestock Insects Research Laboratory, Kerrville, TX, USA

Controle de Moscas de Chifre Dr. Lane Foil, University of Louisiana, Louisiana, USA

Mastite Bovina e Qualidade do LeiteProf. Dr. Helio Langoni, FMVZ, UNESP-Campus Botucatu, SP

Ambiência e Qualidade do LeiteDra. Juliana Rodrigues Pozzi Arcaro, Centro de Pesquisa em Pecuária de Leite, Instituto de Zootecnia, Nova Odessa, SP

Influeza nos Animais DomésticosDra. Janice C. Zanello, LABEX (USA), Pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves

Doenças Carenciais na Bovinocultura no BrasilProf. Dr. Diomedes Barbosa, Universidade Federal do Pará, PA

Brasil: o Desafio da Sanidade AnimalDr. Iveraldo Santos Dutra, UNESP, Araçatuba, SP

Produção Animal com Energia Limpa: barreira ou oportunidade?Dr. Luís Fernando Laranja da Fonseca, Instituto Ouro Verde, RJ

Pecuária Sustentável no PantanalDr. Ivens Teixeira Domingos, WWF-Brasil

Principais Causas de Mortalidade no Brasil: mitos e verdadesProf. Dr. Paulo Fernando de Vargas Peixoto, UFFRJ, RJ

Produção Animal versus Produção de DoençaProf. Dr. Jose Renato Junqueira Borges, Universidade de Brasília, DF

Programa de Certificação da Pecuária de LeiteDra. Mara Zag, Tecpar, PR

Análise de Custo do Preço do LeiteDr. Artur Quinelato, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirós, SP

Avanços da Inseminação Artificial em Tempo Fixo no BrasilProf. Dr. Luiz Altamiro Garcia Nogueira, Rio Genética, SEAPPA, RJ

Futuro da Medicina VeterináriaDr. Moyses Natan Honigman, MV, Consultor, RJ

Radiotraçadores em Pesquisa e Diagnóstico Médico VeterinárioProf. Dr. Carmelindo Maliska, AMVERJ, RJ

Boas Práticas e Gestão Sanitária na Produção de Ovinos e CaprinosDr. Carlos Frederico de Carvalho Rodrigues, Pesquisador, APTA/SSA, SP

Doenças Infecciosas e Parasitárias em Caprinos e OvinosDra. Maristela Vasconcellos Cardoso, Pesquisadora Instituto Biológico/APTA/SAA, SP

Resistência Anti-Helmíntica de Nematóides Gastrintestinais de OvinosDra. Cecília José Veríssimo, Pesquisadora, Instituto Zootecnia/APTA/SAA, SP

Poliencefalomalacia em Pequenos RuminantesProf. Dr. Paulo Henrique Jorge da Cunha, Professor Adjunto, Escola de Veterinária, da Universidade Federal de Goiás, GO

Biotecnologia da Reprodução de Ovinos e CaprinosProf. Sony Dimas Bicudo - UNESP, Botucatú, SP

Proteção RadiológicaDr. Carmelindo Maliska, AMVERJ, RJ

Bem-Estar de Peixes (a confirmar)Profa. Dra.Carla Molento, UFPR (a confirmar)

Dor em Animais de Produção (a confirmar)Dr. Stelio Pacca Luna (a confirmar), UNESP, SP

Situação Atual e Tendências da Comercialização de Pescado e DerivadosDr. Roland Wieffels, INFOPESCA, Montevideo, Uruguai

Resistência AntimicrobianaProfa. Dália dos Prazeres Rodrigues, FIOCRUZ, RJ

Produção de Biocombustíveis e seu impacto na diversidade de insetosProf. Dr. Avelino José Bittencourt, UFRJ, RJ

Desempenho EquinoProf. Fernando Queiroz Almeida, UFRRJ, RJ

Novos Conceitos em Assepsia e Cicatrização de Feridas: a história de sucesso das moléculas PHMBProf. Dr. Malouri Curié Cabral, IMPPG, UFRRJ, RJ

CONBRAVET37ºCONGRESSO INTERNACIONAL

COMEMORATIVO

Ministério daAgricultura

150ANOS

Ensino deVeterináriano Brasil

100ANOS

Sociedade Brasileira deMedicina VeterináriaANOS

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Rio de Janeiro

Alimento e Bioenergiapara o Brasil e o Mundo

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Veterinária& ZootecniaVeterinária& Zootecnia

janeiro a abril 2010

NOTÍCIASNOTÍCIAS

Estudantes realizam projetode repovoamento de represasTRABALHO SE DESENVOLVE EM RESERVATÓRIOS DA CEEE-GT NO PLANALTO MÉDIO

preservação de recursos naturais é uma preocupação de todos e a conscientiza-ção sobre sua importância começa muitas vezes na escolas, integrando a

grade curricular de instituições de ensino. Alunos de ensino fundamental de escolas públicas e particulares da região do Planalto Médio estão engajados nesta luta. Desde 2007 é realizado um trabalho de educação ambiental através do repovoamento de represas por meio do Programa de Monitorização da Fauna Íctica dos Reservatórios Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT). Essa iniciativa prevê a monitori-zação da fauna de peixes com o objetivo de buscar informações mais precisas sobre as comunidades ícticas que vivem nesses locais.

O programa atende uma das condições e restrições estabelecidas nas licenças de operação das usinas hidrelétricas da empresa. O trabalho de monitorização da fauna de peixes acontece desde 2003 em 15 reservatórios distribuídos nos dois Sistemas de Geração da

ACEEE-GT, o sistema Salto e o Jacuí. Segundo o zootecnista responsável técnico e gerencial da estação de piscicultura da CEEE-GT, Pedro Drügg, no processo de repovoamento são introduzidos alevinos de espécie nativa com a participação de alunos do ensino fundamental.

“Durante o período de soltura nos locais contemplados, o trabalho com os estudantes envolve cerca de duas horas. Eles é que soltam os peixes nas represas. Só passamos as orientações e esclarecimentos.”, comenta Drügg. A ação educativa promove a integração entre escolas e comunidades, através da disseminação de conceitos ambientais que impactam na qualidade da água, além de sensibilizar os estudantes e as populações ribeirinhas quanto à necessidade da preserva-ção ambiental. “Esse trabalho me recicla e me estimula para seguir adiante. Faz com que a gente realmente acredite no mundo e nas crianças. Acho importante a união da socieda-de com a verba do governo”, diz Drügg, entusiasmado.

Divulgação

Alunos de escolas da região são os responsáveis pela soltura dos alevinos nos sistemas Salto e Jacuí

Dedução de despesa médico-veterinária no

Imposto de Renda beneficia profissionais

O Projeto de Lei 6.631/2009, proposto pelo deputado federal Vanderlei Macris (PSDB/SP) e em tramitação na Câmara dos Deputados, propõe a dedução no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) das despesas veterinárias que o contribuinte tiver com seu animal. O presidente do CRMV-RS, Air Fagundes, avalia que essa proposta se apresenta como grande evolução para a Medicina Veterinária e seus produtos, mas, principalmente, para seus profissionais estabelecidos e com “situação registral e fiscal regular”, que assim poderão permitir que o contribuinte proprietário de animais usufrua do benefício. O projeto de lei incentivará o consumo dos serviços médico-veterinários, pois somente os gastos comprovados com esses profissionais permitirão as deduções de IR. Entretanto, o projeto de lei, se aprovado, também será importante instrumento social, pois aquelas pessoas que recolherem animais de rua e os receberem como seus, os registrando desta forma, poderão deduzir de seu IR os pagamentos de despesas veterinárias com eles. “Certamente haverá aumento do uso dos serviços veterinários e, consequente-mente, a elevação da importância econômica da profissão médico-veterinária no cenário nacional, ficando ao final o saldo do crescimento econômico e profissional da classe; e isso também é um dos objetivos de suporte e de fiscalização do CRMV-RS”, ressalta o presidente.

Seminário sobre mercado de trabalho em 11 dejunho marca comemoração do Dia do Zootecnista

O Dia do Zootecnista - 13 de maio - terá comemoração em junho neste ano no Rio Grande do Sul. No dia 11, a Comissão de Zootecnia do CRMV-RS e o Sindicato dos Zootecnistas (Sindizoot/RS) realizarão o Seminário de Mercado de Trabalho para Zootenia, em Dom Pedrito. A atividade será realizada com o apoio do curso de Zootecnia da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) – campus de Dom Pedrito e tem como objetivo oportunizar aos acadêmicos e profissionais um panorama acerca da profissão e do mercado de trabalho. As palestras serão realizadas pelos zootecnistas Edgar Mores, da Perdigão, e Ângelo Marion, da Bunge. O evento será realizado à tarde, a partir das 14h. À noite, a programação prossegue com a solenidade de entrega do Prêmio Destaque da Zootecnia e o jantar-dançante.

HomenageadosPolítico - Francisco Alves Dias, prefeito de Dom Pedrito

Extensão - Zoot. Luciana Potter

Reconhecimento - Zoot. Luis Cadorin

Técnico - Zoot. Cláudio Marimon

Pesquisa - Zoot. Ivan Luiz Brondani (UFSM)

Administrativo - Zoot. Edgar Moraes (Perdigão)

Ensino - Zoot. Ana Gabriela Saccol

Emérito - Zoot. Fernando Menezes

Destaque Nacional - Zoot. Ângelo Mario (Bunge)

Destaque Especial - Med. Vet. Ony Lacerda Silva

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Veterinária& ZootecniaVeterinária& Zootecnia

ARTIGOARTIGO janeiro a abril 2010

a academia, somos preparados exclusivamente para curar, evitar sofrimento, salvar vidas. Em geral, nossa formação em Medicina

Veterinária é bastante técnica. Aliás, como ocorre nas outras profissões da área da saúde. O problema é que os desafios que enfrentamos ao deixar para trás os bancos universitários vão muito além desse campo do conhecimento, especialmente para aqueles que, de uma forma ou outra, optam pelo caminho do empreendedorismo, seja montando uma clínica para pequenos animais, prestando serviços para diversos clientes no meio rural ou atuando como consultor.

O mercado está cheio de oportunidades. Para ficarmos apenas em serviços para pets, é bom lembrar que Porto Alegre é a capital brasileira que mais tem animais de estima-ção, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal. Por outro lado, a concorrência é cada vez mais acirrada. Quantas pet shops há no seu bairro, na sua rua, na sua quadra, talvez? Em um ambiente competitivo assim, diferenci-ar-se é fundamental.

Pertenço a uma família de médicos veterinários. Nos tempos do meu avô, que montou uma das primeiras clínicas na Capital, a qual hoje tenho o orgulho de dirigir, e mesmo na época do meu pai, ser bom fazia toda a diferença. Com poucas opções na cidade - e o mesmo vale para outros municípios do estado -, bastava ser um dos melhores que a freguesia era garantida.

Hoje já não é assim. Por um lado, há muito mais profissionais qualificados no mercado. Há mais e melhores equipados cursos de graduação. E os cursos de especialização são praticamente um pré-requisito para atuar. Se antes ser bom era

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CONVERSAR COM OS CLIENTES É UMA BOA MANEIRA DE SABER MAIS SOBRE A QUALIDADE DO SEU SERVIÇO

Escutar é precisoRodrigo Lorenzoni*

um trunfo para vencer a partida, hoje é apenas a primeira condição para entrar no jogo. Por outro lado, as ferramentas de marketing são cada vez mais utilizadas, criando novos diferenciais na busca de atender o consumidor.

Embrenhar-se um pouco nesse mundo do marketing - e já há uma série de obras voltadas para aplicação dos conceitos no negócio veterinário, como o livro Marketing Veterinário, de Francis Flosi - é quase uma obrigação para quem quiser se dar bem por conta própria, seja no campo, seja na cidade. Uma primeira aproximação com o tema mostrará que a base para qualquer ação na

área é prestar atenção na clientela e definir um público alvo. Nesse sentido, há medidas simples que podem ser tomadas antes mesmo de se estudar ou buscar uma consul-toria que trará conceitos básicos de marke-ting de serviços, como o dos seis Ps - ponto, preço, physical evidence, promoção, pessoas e processos.

Conhecer quais são não apenas as necessidades do seu público, mas também os seus desejos para poder atendê-los já é um grande passo para se diferenciar. Para explicar, de forma bem resumida, a diferen-ça entre os dois conceitos, usemos o prosaico exemplo do cliente que leva seu

animal para ser vacinado na clínica. Sua necessidade é a vacina no animal, mas ele também pode ter o desejo de ser atendido rapidamente, de ter seu pet tratado com afeto, de receber explicações detalhadas sobre o procedimento... E para conhecer a fundo o que seu cliente quer, nada melhor do que escutá-lo.

Que tal perguntar, na consulta, como ele conheceu a clínica, se foi bem atendido na entrada, se tem alguma dúvida ou sugestão? O ideal seria mesmo contratar uma consul-toria especializada em pesquisas e marke-ting, mas essa é muitas vezes uma opção inacessível para quem está começando, e a conversa com o cliente na hora do atendi-mento é um excelente radar. Treinar as recepcionistas para ficarem atentas aos comentários dos clientes sobre o atendimen-to é outra boa opção - é na sala de espera que os clientes mais se manifestam. E, acima de tudo, é importante estar aberto, e gerar em todo o pessoal do estabelecimento um clima de abertura a críticas.

Pesquisa do instituto Altera indica que apenas 4% dos insatisfeitos reclamam. Essa é uma fonte inestimável para melhoria dos serviços e conhecimento das demandas do público. Acredite: aquele cliente que em vez de ir à clínica da esquina (ou chamar outro veterinário) prefere dizer o que o desagra-dou no seu estabelecimento, ainda que às vezes exagerando na dose, tem muito a contribuir com o seu negócio.

Escutar pode não ser a solução para se dar bem e resolver os seus problemas. Mas com certeza é um primeiro - e fundamental - passo para isso.

*Médico veterinário, diretor do Hospital Veterinário Lorenzoni e conselheiro do CRMV-RS

“CONHECER QUAIS SÃO NÃO APENAS AS NECESSIDADES DO SEU PÚBLICO, MAS TAMBÉM

OS SEUS DESEJOS PARA PODER ATENDÊ-LOS JÁ É UM GRANDE

PASSO PARA SE DIFERENCIAR.”

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EXPEDIENTE - 30/04

ATENDIMENTO - PASSO FUNDO

MUNDO EM SINTONIA

PEQUENOS ANIMAIS

AVICULTURA

DEFESA SANITÁRIA

EQUINOS DE TRAÇÃO

SUINOCULTURA

PESQUISA

OUVIDORIA RESPONDE

ENTREVISTA: Valney Souza Corrêa

CURSOS E EVENTOS

CONCURSOS

CONTASCONTAS12

Veterinária& ZootecniaVeterinária& Zootecnia

janeiro a abril 2010

Período: Janeiro / 2009 a Dezembro / 2009

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