Jornal Canal de Integração

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  • Julho/Agosto/Setembro 2014

    Volume 1, Edio 1

    Por que um jornal feito por ns?

    Bem, talvez por acreditarmos que

    pouca coisa do que est a represen-

    te nossos interesses, aquilo de que

    precisamos, do que gostamos ou

    que desejamos.

    Quem d voz para dizermos o que

    pensamos ou como nos sentimos?

    Quem nos conhece o suficiente para

    entender quais as coisas que acha-

    mos importantes, quais os proble-

    mas que enfrentamos todos os dias

    ou quais foram nossas conquistas e

    alegrias recentes?

    Ningum melhor do que ns, pesso-

    as da comunidade das regies do

    Jardim Corisco, do Jardim Flor de

    Maio e do Jardim Fontlis, para

    falar sobre isso. Nem sempre conse-

    guimos nos identificar com o que

    vemos na televiso, nas manchetes

    dos grandes jornais e nas capas das

    revistas. Precisamos falar daquilo

    que faz parte do nosso cotidiano,

    daquilo que nos faz chorar, sorrir e

    sonhar. Enfim, precisamos falar

    sobre ns, para ns.

    Portanto, a partir de agora, conta-

    mos com este veculo de interao

    que apresenta uma proposta de unir

    interesses, integrar os bairros e re-

    gistrar nosso dia a dia, imprimindo

    nossa marca, a partir da nossa lei-

    tura de mundo.

    Utilizamos como ncleos de integra-

    o as escolas da regio a EMEF

    Cel. Hlio Franco Chaves, a

    EMEF Jardim Fontlis e a EMEF

    Hiplito Jos da Costa.

    A partir destes locais, faremos reuni-

    es e planejaremos nossas pautas. Por

    isso, convidamos alunos, professores,

    pais, funcionrios, direo, estagi-

    rios, vizinhos, enfim, todos os que fa-

    zem parte deste cenrio para colabo-

    rarem e participarem com suas suges-

    tes, reinvindicaes, dvidas e crti-

    cas.

    No importa a sua idade, sua religio,

    sua orientao sexual, sua etnia, se

    voc gosta de poltica ou no. O que

    realmente conta o desejo de constru-

    irmos, juntos, a partir da troca de

    ideias e da busca de novos caminhos,

    uma histria... A nossa histria!

    Equipe de redatores

    NESTA EDIO

    Notcias rpidas.......................2

    Acontece ..................................2

    Eu Fui! .....................................3

    Fique de olho ...........................4

    Utilidade pblica .....................5

    Fala A ......................................6

    Todo dia dia de ler ................7

    Nossa Escola ........................7-8

    Crnicas ...................................9

    Tnel do Tempo .....................10

    Meu lugar, minha histria.......11

    Rir o melhor remdio ..........12

    Poeme-se ................................13

    EDITORIAL

    Reviso: Hervy Vicente da Silva

    Edio: Deborah Lopes

    Diagramao: Liamara Caruso

    Esportes: Luciano Corsino

    Cultura: Rodrigo Pignatari

    Colaborao: Grmios Estudantis

    Agradecimentos: Assoc. Amigos do

    Jardim Fontalis, alunos e pais das UEs

    Tiragem inicial: 300 exemplares

    Apoio: Amanda Pes

    Nasce o nosso jornal! Agora a vez e a voz da nossa regio...

    Contamos com a sua colaborao nas

    prximas edies.

    Envie suas sugestes para

    [email protected]

  • Casa de cultura Jaan/Trememb promove sarau

    A Subprefeitura Jaan/Trememb convida voc a participar do ''Sarau

    ltero-musical'' na Casa de Cultura Trememb, que acontece sempre no

    ltimo sbado de cada ms, com entrada FRANCA.

    O Projeto iniciou-se em Agosto de 2003, a partir de um grupo de poe-

    tas. Com objetivo de valorizar e estimular a cultura da populao, o p-

    blico compartilha suas emoes por meio da arte, descobrindo e reve-

    lando seus dons em benefcio da comunidade. O programa conta com

    temas livres que envolve a arte, tais como: poesias, msicas, contos,

    trovas e tudo que faz parte da cultura popular.

    Para participar basta ir at a Casa de Cultura do Trememb nos dias e

    horrios estipulados, para descobrir seu talento, fazer novas amizades,

    perder a timidez, conhecer um pouco mais da

    cultura, entre outros benefcios.

    A Casa de Cultura Trememb promover seu

    prximo ''Sarau ltero-musical'':

    Dia: 30 de agosto Horrio: das 17 s 19 horas. Local: Avenida Maria Amlia Lopes de Azevedo, 190 Telefone: 2991-4291

    Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/

    CONEXO DE WI-FI LIVRE NO JAAN E NO TREMEMB

    SARAU NA CASA DE CULTURA

    Conexo de wi-fi livre se instala na re-

    gio de Jaan/Trememb a partir de

    julho.

    A Zona Norte de So Paulo ganhou mais dois

    pontos de internet livre, instalados nos locais

    abaixo:

    Praa Dr. Joo Batista Vasques - Jaan

    Praa Mariquinha Sciascia Trememb

    Trata-se de um programa da Prefeitura de So

    Paulo que visa tornar a internet acessvel ao

    usurio, em locais pblicos, por meio de sinal

    WIFI (sem fio) LIVRE E GRATUTO. Os usu-

    rios tero direito a velocidade de 512 KBIT/S,

    estvel e de qualidade suficiente para assistir

    vdeos, baixar arquivos e navegar pela inter-

    net.

    A conexo de banda larga, que pode atender

    em velocidade mxima at 150 pessoas simul-

    taneamente, oferece acesso irrestrito e gratui-

    to a qualquer cidado, que poder fazer o uso

    da rede por meio de notebooks, tablets, smar-

    tphones ou qualquer outro dispositivo.

    Para a implantao do Sistema, a Subprefeitu-

    ra liberou o espao e a disposio de um poste

    de energia permitindo a instalao do rack ex-

    terno e da antena para atender a rede sem fio

    possibilitando-a de prover o sinal de Internet

    para os usurios. No necessrio nenhum

    cadastro para navegar na internet, basta estar

    em uma destas duas praas e navegar tranqui-

    lamente na internet.

    CIRCUITO POPULAR DE

    CORRIDA DE RUA

    Acontece no ms de setembro o CIRCUITO POPULAR DE CORRIDA DE RUA DA CIDA-DE DE SO PAULO'', etapa Jaan/Trememb e Santana/Tucuruvi. Para se inscrever e participar basta comparecer no: Antigo Sacolo - Av. Paulo Lincon do Valle Pontin, 800 Departamento de Esporte Tel: 2243-4522

    A corrida ser no dia 14 de setembro, s

    07:30hrs.

    2

  • 23A BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO

    No dia 27/08 (quarta-feira) visitamos a 23 Bienal do

    Livro de So Paulo com os alunos do Fundamental I, II e

    EJA da EMEF Hiplito Jos da Costa. Eles se divertiram

    muito e ficaram encantados com a variedade de livros e

    histrias que esto ao alcance das mos, que permitem conhecer vrias cultu-

    ras diferentes da nossa e at mesmo conhecer melhor a nossa. maravilhoso

    ver o brilho nos olhos dos alunos em contato com o mundo dos livros.

    A primeira Bienal Internacional do Livro de So Paulo aconteceu entre 15 e 30

    de agosto de 1970, no Pavilho da Bienal, no Ibirapuera. Foi resultado de um

    projeto que nasceu em 1951, com o objetivo de introduzir no pas a tradio

    europeia das feiras de livros encontradas na Frana, na Alemanha e na Itlia, a

    CBL promoveu a primeira Feira Popular do Livro, na praa da Repblica.

    Fonte: CBL.org.br Professora Liamara, POIE

    EMEF Hiplito Jos da Costa

    Saiba mais sobre a Bienal do Livro... Quando acontece? De 22 a 31 de Agosto de

    2014 Onde? Pavilho de Exposies do Anhembi Av. Olavo Fontoura, 1.209 - Santana - CEP 02012-021 So Paulo - SP Qual o horrio de Visitao? Segunda sexta-feira, das 9h s 22h (com en-trada at as 21h) Sbados e domingos, das 10h s 22h (com entrada at as 21h) Dia 31 de agosto, das 10h s 21h (com entra-da at as 19h) Embarque/Desembarque Rua Marechal Odylio Dennys, oposto ao n 70.

    Legenda da imagem ou do elemento grfico

    3

    Fo

    to: P

    rofa

    . Lia

    mar

    a

  • O Programa Fbrica Aberta promove shows, apresentaes de grupos de teatro e dana,

    encontros de trocas culturais, eventos de difuso juvenil, entre as mais diversas atraes.

    Programao

    Teatro Iniciao Artstica Tarde (7 a 14 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Teatro Manh (8 a 11 anos) 4a e 6a feiras das 9h s 12h Teatro Manh (8 a 14 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Teatro Tarde (12 a 21 anos) 4a e 6a feiras das 14h s 17h Msica Cordas Manh (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Cordas Manh (8 a 12 anos) 4a e 6a feiras das 9h s 12h Cordas Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Iniciao Musical Manh (7 a 11 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Iniciao Musical Tarde (7 a 11 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Msica Vocal Manh (8 a 12 anos) 4a e 6a feiras das 9h s 12h Msica Vocal Tarde (12 a 21 anos) 4a e 6a feiras das 14h s 17h Percusso Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Percusso Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Sopros Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Sopros Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Multimeios Multimeios Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Multimeios Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Literatura Literatura Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Literatura Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Artes Visuais Artes Visuais Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Artes Visuais Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Desenho e Grafite 4a e 6a feiras das 14h s 17h

    A FBRICA DE CULTURA MORA NO JAAN!

    O Jaan recebeu a oitava unidade

    das Fbricas de Cultura em maro

    de 2013. Inaugurada para realizar

    atividades culturais com moradores

    dessa regio de alta vulnerabilidade

    social, o local conta com ampla gra-

    de de atividades de Atelis de Cria-

    o e Trilhas de Produo, abor-

    dando as linguagens artsticas de

    teatro, circo, msica, artes visuais,

    literatura, multimeios, dana e ca-

    poeira. Tambm oferece uma bibli-

    oteca dotada de acervo selecionado

    e computadores para consultas na

    internet.

    Alm de atender jovens e adultos da

    regio nos cursos e oficinas, pro-

    porciona sesses de contaes de

    histria, encontro de leitores e exi-

    bies de filmes.

    O equipamento tem rea de 4,4 mil

    m, 16 salas equipadas, biblioteca

    com um acervo de 2.200 livros e

    computadores conectados inter-

    net. O local ser administrado pelo

    Poiesis - Instituto de Apoio Cul-

    tura, Lngua e a Literatura, que

    tem convnio com a Secretaria de

    Cultura do Estado de So Paulo.

    4

    Circo Circo Manh (8 a 12 anos) 4a e 6a feiras das 9h s 12h Circo Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Circo Tarde (12 a 21 anos) 4a e 6a feiras das 14h s 17h Circo Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Capoeira Cultura Popular Manh (8 a 18 anos) 4a e 6a feiras das 9h s 12h Cultura Popular Tarde (12 a 21 anos) 4a e 6a feiras das 14h s 17h

    Dana Dana Contempornea Manh (8 a 12 anos) 4a e 5a feiras das 9h s 12h Dana Urbana Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Dana Urbana Tarde (12 a 21 anos) 4a e 6a feiras das 14h s 17h Dana Urbana Tarde (12 a 21 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h Danas Brasileiras Manh (8 a 12 anos) 3a e 5a feiras das 9h s 12h Danas Brasileiras Tarde (8 a 18 anos) 3a e 5a feiras das 14h s 17h

  • A gente no quer s dinheiro A gente quer dinheiro e felicidade

    A gente no quer s dinheiro A gente quer inteiro e no pela metade.

    Comida, Tits

    O que voc faz quando precisa tirar Car-

    teira de Trabalho ou 2a via de RG?

    Talvez voc responda rpido: Vou ao Poupa Tempo na S. Esta uma alterna-tiva. Mas, e se voc tivesse oportunidade de providenciar estes e outros documen-tos mais perto da sua casa? Isso poss-

    vel!

    O Centro Integrado de Cidadania um programa que procura levar para as regi-es mais distantes do Centro diversos ser-vios pblicos essenciais garantia dos direitos bsicos, cidadania e acesso Jus-tia. E tem um deles bem perto da gente,

    no Jova Rural.

    Nas unidades do CIC a populao pode participar de aes para o desenvolvi-mento local, por intermdio de palestras informativas sobre temas diversos, como oficinas culturais, orientaes sociais e jurdicas, mediao comunitria de con-flitos, reunies do Conselho Local de In-tegrao da Cidadania (CLIC) e ativida-des educativas de promoo e conscienti-zao acerca de direitos humanos e cida-dania, focadas no Programa Estadual de

    Direitos Humanos. Vale a pena conferir!

    Emisso de documentos: RG, carteira

    de trabalho, segundas vias de certi-

    des de casamento, nascimento e bi-

    to e atestado de antecedentes crimi-

    nais.

    Alm disso, esto disponveis:

    Acesso internet grtis, com o pro-

    grama Acessa So Paulo;

    Cmara de Mediao (preveno e

    resoluo de conflitos);

    Sala de leitura, com livros, jor-

    nais e revistas;

    Orientao social;

    Posto de atendimento do Procon-

    SP;

    Posto de atendimento da CDHU;

    Posto de Atendimento ao Trabalha-

    dor (PAT);

    Delegacias (atendimento a pequenas

    ocorrncias e orientaes);

    Defensoria Pblica;

    Juizado Especial Cvel (antigo pe-

    quenas causas);

    Juizado Especial Federal (resoluo

    de problemas com INSS, FGTS e Cai-

    xa Econmica Federal);

    Procuradoria de Assistncia Judici-

    ria (orientao jurdica).

    Os CICs funcionam de segunda a

    sexta-feira, das 9 s 17 horas.

    CIC Norte - Jova Rural

    Rua Ari da Rocha Miranda, 36 -

    Jova Rural Jaan

    Fones: 2249-5384/2249 - 7083/2249 -

    6372/2249 - 7431

    Fica perto da Fbrica de Cultura, da EE

    Felcio Tonetti, da EE Gustavo Barroso e

    do Clube de Mes.

    VOC CONHECE O CIC NORTE?

    O QUE O CIC NORTE OFERECE?

    5

    Regulamentada em 1932, a Carteira de Trabalho garante o acesso a al-guns dos principais direitos trabalhis-tas, como seguro-desemprego, benef-cios previdencirios e Fundo de Garan-tia do Tempo de Servio (FGTS), Pro-grama de Integrao Social (PIS). Pas-

    sou a ser obrigatria em 1934.

  • AGOSTO INDGENA

    Um pedido de socorro

    Durante este ms, houve a I

    Mostra Cultural Agosto Indgena

    nos CEUS que integra um pro-

    grama de polticas pblicas de

    valorizao e reconhecimento

    dos povos originrios do Brasil.

    Segundo ltimo Censo, estima-

    se que 800 mil ndios estejam

    espalhados pelos estados brasi-

    leiros. Parte deles encontra-se

    em reservas muito pequenas e

    sem nenhuma infraestrutura.

    Cerca de 700 ndios so

    acomodados numa rea corres-

    pondente a um estdio de fute-

    bol. Nessas condies, no

    possvel manterem seu estilo de

    vida cultivando a terra, caando

    e pescando para sobreviverem.

    Em virtude das dificuldades,

    muitos decidem abandonar suas

    aldeias e morar nas zonas urba-

    nas, buscando melhores condi-

    es de vida. Contudo, tarefa

    difcil. Eles sofrem discrimina-

    o, abusos e violncia, alm de

    serem vtimas de preconceito.

    comum ouvirmos afirmaes de

    que so brbaros, preguiosos e

    atrasados. No sendo dignos,

    portanto, de gozarem dos mes-

    mos direitos dos outros cidados.

    No entanto, a verdade que

    governo e a sociedade tm com

    eles uma dvida histrica, sendo

    preciso reconhece-los e respeit-

    los em sua diversidade cultural,

    com seus dialetos e suas tradi-

    es. urgente conversarmos a

    respeito, pensarmos em solues

    e construirmos possibilidades.

    Em uma das palestras no CEU

    Jaan, o pblico que ali estava

    teve oportunidade de ouvi-los e

    dar-se conta de que eles no fa-

    zem parte do passado, mas so

    nosso desafio no presente. Eles

    esto se mobilizando, frequen-

    tando cursos superiores e partici-

    pam das discusses sobre a

    questo indgena. Como vimos

    no incio deste ano, esto articu-

    lando esforos para irem s ruas

    a fim de serem vistos e ouvidos.

    No possvel que continuemos

    ignorando suas vozes, que seja-

    mos coniventes com a excluso

    social, com a violncia e o des-

    caso dos quais so vtimas.

    preciso conhecer e cobrar daque-

    les que recebem nosso voto pro-

    postas e medidas a serem adota-

    das, com urgncia, para garantir

    a demarcao de suas terras, as

    condies de exercerem efetiva-

    mente sua cidadania e de conti-

    nuarem preservando suas tradi-

    es, enquanto, ao mesmo tem-

    po, haja acesso sade, tecno-

    logia, ao emprego, educao,

    enfim, vida com dignidade.

    inadmissvel que usemos como

    libi para um massacre social o

    isolamento, com a justificativa

    de evitarmos que sejam contami-

    nados por nosso estilo de vida

    capitalista e consumista. Essa

    questo deve ir para alm do dia

    09 de agosto, dia Internacional

    dos Povos Indgenas. At quando

    vamos continuar permitindo esta

    situao? At quando viveremos

    como se isto no nos dissesse

    respeito?

    Deborah Lopes, Coordenadora

    Pedaggica da EMEF Hiplito Jos

    da Costa

    Cena do filme Terra Vermelha (2008). Produo

    talo-brasileira, retrata os conflitos de posse de terras

    enfrentados por ndios guarani kaiow, cuja maioria

    encontra-se no Mato Grosso do Sul e prximo fron-

    teira trplice Paraguai/Argentina/Brasil.

    Conhecemos pouco sobre nossos ndios e, por isso,

    fica fcil cometermos equvocos. Ensinamos as

    crianas a fazerem perninha-de-ndio ao se sen-

    tarem em crculo, mas este costume algo perten-

    cente cultura dos ndios norte-americanos e no

    cultura dos nossos ndios brasileiros. Normalmen-

    te, eles se agacham ou sentam-se com as pernas

    para frente.

    Apresentao de dana dos ndios Pankarar na

    abertura do ltimo dia I Agosto Indgena no CEU

    Jaan (Foto: Marcela Sacoman)

    Aldeia Demini uma das retratadas na

    Mostra de Cinema Indgena

  • Como ensinar aos nossos filhos que ler um prazer

    Pesquisas do mundo todo mostram que

    a criana que l e tem contato com a

    literatura desde cedo, principalmente se

    for com o acompanhamento dos pais,

    beneficiada em diversos sentidos: ela

    aprende melhor, pronuncia melhor as

    palavras e se comunica melhor de forma

    geral. Por meio da leitura, a crian-

    a desenvolve a criatividade, a imagi-

    nao e adquire cultura, conhecimen-

    tos e valores, diz Mrcia Tim, profes-

    sora de literatura do Colgio Augusto

    Laranja, de So Paulo (SP).

    A leitura frequente ajuda a criar familia-

    ridade com o mundo da escrita. A proxi-

    midade com o mundo da escrita, por sua

    vez, facilita a alfabetizao e ajuda em

    todas as disciplinas, j que o principal

    suporte para o aprendizado na escola

    o livro didtico. Ler tambm impor-

    tante porque ajuda a fixar a grafia cor-

    reta das palavras. Quem acostumado

    leitura desde bebezinho se torna

    muito mais preparado para os estudos,

    para o trabalho e para a vida. Isso quer

    dizer que o contato com os livros pode

    mudar o futuro dos seus filhos. Parece

    exagero? Nos Estados Unidos, por

    exemplo, a Fundao Nacional de

    Leitura Infantil (National Childrens

    Reading Foundation) garante que, pa-

    ra a criana de 0 a 5 anos, cada ano

    ouvindo historinhas e folheando livros

    equivale a 50 mil dlares a mais na

    sua futura renda.

    Fonte: http://livrosepessoas.com/

    Pesquisas mostram que quanto mais

    cedo se comea a ler, maiores so as

    chances de se tornar um leitor assduo

    A EMEF Jardim Fon-

    tlis est localizada no

    bairro Jardim Flor de

    Maio e sua existncia

    resultado de uma im-

    portante e efetiva mo-

    bilizao da comunida-

    de. A escola foi inaugurada no ano de 2009 e hoje atende

    centenas de crianas e adolescentes da comunidade. No

    mesmo ano, os professores de Educao Fsica, visando

    atender as necessidades da comunidade, implantaram o Pro-

    grama de Incentivo ao Esporte, que busca criar um espao

    diferenciado de integrao, orientao, conscientizao das

    crianas e adolescentes, com circuitos de atividades diversi-

    ficadas, voltadas para a incluso social, mobilizao, articu-

    lao, ampliao e participao popular dos jovens.

    Ao longo desses cinco anos, o projeto aumentou considera-

    velmente, atualmente, os trs professores de Educao Fsi-

    ca atendem centenas de alunos e alunas no contra turno es-

    colar, oferecendo diversas modalidades esportivas como

    futsal, basquetebol, handebol, voleibol, atletismo, tnis de

    mesa, tnis de campo, xadrez, ginstica rtmica, ginstica

    artstica, rugby e kung-f. Essas atividades buscam a pro-

    moo da valorizao da autoestima, construo da autono-

    mia a partir de um maior vnculo com a escola e maior qua-

    lidade de vida. Uma das misses do projeto o combate

    violncia, excluso social, resgate de valores e transforma-

    o social.

    Ao oferecer um espao para tirar crianas e adolescentes do

    cio e das ruas e proporcionar hbitos e atitudes positivas

    para o empoderamento e protagonismo juvenil, considera-se

    a implementao dos projetos imprescindvel para atender

    os ideais da comunidade, pois promove a formao integral

    dos alunos e alunas por meio das atividades, a fim de que as

    mesmas tornem-se prticas habituais no cotidiano dos edu-

    candos e assegure um trabalho de constante aprimoramento

    na iniciao das prticas esportivas.

    Prof. Luciano Corsino Ed. Fsica EMEF Jardim Fontalis

    O esporte como um instrumento de aprendizagem e interao social

  • RELATO DE PRTICA

    Meu trabalho como AVE

    Eu trabalho na EMEF Hiplito Jos da

    Costa e exero a funo de Auxiliar de

    Vida Escolar AVE, onde desenvolvo e

    auxilio as crianas com necessidades

    especiais em sua locomoo, alimenta-

    o e higienizao. Trabalho h trs

    anos e meio nesta escola onde fui muito

    bem acolhida. Posso dizer que gosto e

    que me orgulho do que fao. Essas tro-

    cas de experincias me fazem refletir

    sobre as minhas atitudes e procuro a

    cada dia melhorar como ser humano.

    Cuidar dessas crianas o mnimo que

    gostaria que fizessem com a minha filha.

    No uma misso fcil, mas tem suas

    recompensas. Foi atravs delas que vol-

    tei a estudar. Atualmente, estou termi-

    nando o curso de Pedagogia, e pretendo

    estudar uma especializao em deficin-

    cia intelectual, onde creio que poderei

    contribuir mais para o crescimento des-

    sas crianas e me sentir mais til, com a

    sensao de dever cumprido, porque

    isso me faz muito bem. S tenho que

    agradecer a Deus e a todas as pessoas

    que contriburam para este crescimento.

    Selma Regina de Moura Nascimento

    AVE na EMEF Hiplito Jos da Costa

    Foto: Revista Crescer

    PALESTRA SOBRE

    GRAVIDEZ NA ADOLESCNCIA

    Agradecemos equipe da UBS Fon-

    talis pela excelente palestra que foi

    proferida pelas profissionais da sa-

    de Maria Regina e Lucilene no dia 03

    de agosto sobre gravidez na adoles-

    cncia e as implicaes do sexo no-

    seguro.

    A palestra foi solicitada pelo 9o ano

    B em virtude da realizao do Traba-

    lho Colaborativo de AutoriaTCA

    que trata deste assunto. Os alunos e

    as alunas demonstraram muito inte-

    resse e participaram com vrias per-

    guntas.

    As prximas palestras sero sobre os

    temas Dengue e Obesidade Infan-

    til.

    Contamos com a presena de todos

    para mais este evento especial.

    Aguardem! RELATO DE PRTICA

    Projeto de Teatro

    Desde que estou na rede municipal de educao 1997 projetos os mais variados foram desenvolvidos com alunos e alunas pelas escolas nas quais lecionei.

    Nas duas ltimas gestes Kassab e Haddad estes projetos tomaram maior intensidade.

    H muito no fao a Jornada Especial Integrada de Formao, no participando dos projetos de forma direta. Mas este ano, a partir do segundo semestre, venho acompanhando os projetos do professor de arte Rodrigo Pignatari Fotografia e Vdeo e Teatro.

    A experincia tem sido de uma vivacidade impressionante, para alm das cadeiras e carteiras enfileiradas e para adiante dos contedos engessados.

    Bom seria se tivssemos nas salas de aula a mesma dinmica sem as fronteiras das fileiras e com os horizontes da ao criativa.

    Eduardo Terra Coelho

    Professor de Histria do Ens. Fundamental e EJA

    EMEF Hiplito Jos da Costa

  • MEMRIAS DE UM PASSADO NEM TO DISTANTE:

    20 anos sem o eterno Ayrton Senna

    Falar sobre Ayrton Senna sem dvida uma tarefa muito

    gratificante e emocionante para um indivduo como eu, que

    nasci no incio dos anos 80 e pude acompanhar grande parte

    de sua carreira, com suas grandes glrias at aquele fim de

    semana trgico naquele 1 de maio de 1994. Durante os 10

    anos em que correu na Frmula 1, Ayrton Senna participou

    de 162 provas (161 largadas), vencendo 41 delas e marcando

    65 poles positions, por quatro equipes: Toleman, Lotus,

    McLaren e Williams. Amado e admirado por milhes, odia-

    do por alguns, Senna definitivamente foi o piloto mais queri-

    do do Brasil e aclamado entre os melhores da histria do

    automobilismo. Sendo uma das poucas personalidades a

    atingir o status de heri nacional, em um pas onde no se

    preserva seus dolos e que vivia um momento histrico

    (1980-1990) onde no havia o que se comemorar.

    Ayrton Senna da Silva, nascido em So Paulo, no dia 21 de

    Maro de 1960, filho do Sr. Milton e Dona Neide, comeou

    a competir oficialmente aos treze anos idade em provas de

    Kart. Foi campeo de vrias categorias de acesso at ingres-

    sar na F-1 em 1984. Desde bem sedo, Senna demonstrou o

    seu enorme talento e sua maior ainda vontade de vencer na

    categoria mais importante do automobilismo mundial.

    Com a bandeira do Brasil em punho e embalado pelo Tema

    da Vitria Senna transformou as manhs de domingo em

    um momento nico e especial para os brasileiros. Pois, mes-

    mo aquelas pessoas que no entendiam nada de automobilis-

    mo queriam saber se o Senna estava na frente, se o Senna

    ia ganhar ... Os inesquecveis duelos com Prost e Mansell,

    culminando com o Tricampeonato Mundial (1988, 1990 e

    1991) emocionavam boa parte dos brasileiros, fazendo Sen-

    na parecer um parente prximo de todos aqueles que acom-

    panhavam sua carreira ou apenas ligavam a televiso para

    assistir suas corridas naquelas manhs de domingo.

    A sua morte em 1994, no apenas o eternizou como o maior

    dolo do esporte brasileiro (que me desculpem, Pel, Eder

    Jofre, Oscar, Hortncia e Giba) mas deixou um enorme sen-

    timento de vazio naqueles que o admiravam. Oficialmente,

    Ayrton Senna da Silva foi declarado morto as 13:40 minutos

    no horrio de Braslia no Hospital Maggiore, na provncia

    italiana de Bolonha (na regio da Emlia-Romanha), oportu-

    namente horas depois do final do trgico GP de San Marino

    (que um dia antes vitimou o piloto austraco Roland Ratzen-

    berger).

    Nesses 20 anos sem Ayrton Senna, o Brasil nunca mais pro-

    duziu um dolo que chegasse prximo da quase unnime ad-

    mirao que o povo brasileiro tinha por Senna. Vinte anos

    depois, crianas e jovens que nunca o viram correr citam o

    piloto como exemplo a ser seguido, baseados nas Histrias

    que seus pais contavam, como a inesquecvel e inacreditvel

    vitria no GP-Brasil de 1991, no longnquo dia 24 de maro

    do mesmo ano em uma tarde escura de outono.

    Possivelmente, os especialistas em Poltica, Antropologia ou

    Sociologia classificaro o Instituto Ayrton Senna como seu

    maior legado. Todavia, como esse texto est sendo produzido

    por um f incondicional de Ayrton Senna, declaro que seu

    maior legado de Senna tenha sido o prprio Ayrton. Senna

    foi um homem que extrapolou os limites do esporte, superan-

    do as virtudes de um esportista. Ele fez pessoas acreditarem

    que elas podiam ser pessoas (por mais redundante que pos-

    sa parecer), que grande parte das dificuldades que a vida nos

    impe podem ser superadas por ns mesmos, que nada termi-

    na antes do fim (lembram do GP- Japo de 1988).

    Por fim, encerro essa pequena encenao de minhas mem-

    rias sobre Ayrton Senna citando o refro de uma msica

    composta em 2005 pelo cantor italiano Cesare Cremonini que

    diz Ahh! Desde que Senna no corre mais no mais do-

    mingo".

    Referncias: Instituto Ayrton Senna

    Prof. Hervy Vicente da Silva - POIE EMEF Jardim Fontlis

  • 30 ANOS DO SERIADO CHAVES

    H 30 anos, no Brasil, as televises eram bem diferentes

    das atuais. LCD? No tinha. Nem TV a cabo. TV digital

    ento... E controle remoto era item de luxo. Popular mesmo

    s a famigerada palha de ao pendurada na antena. Chacri-

    nha estava no ar. Xuxa ainda era apresentadora da extinta

    Rede Manchete e namorava Pel. O SBT se chamava TVS

    e existia h apenas trs anos. Foi nesse contexto que

    Chaves chegou ao Brasil, em 24 de agosto de 1984. A

    televiso mudou. Vieram realities shows, interatividade,

    canais segmentados, superprodues... Mas o seriado do

    menino rfo louco por sanduche de presunto segue at

    hoje, com seu formato simples, idntico ao da estreia, ar-

    rancando risadas dos fs e sendo um eterno curinga na pro-

    gramao da emissora de Silvio Santos.

    Chaves foi ao ar pela primeira vez numa sexta-feira, s

    18h, no TV Pow que teve, entre os apresentadores,

    Bozo e Mara Maravilha , com o episdio Caando

    lagartixas. J Chapolin estreou quatro dias antes. No

    demorou para os seriados ganharem vida prpria na progra-

    mao do SBT. Ao longo dos anos, eles foram retirados do

    ar algumas vezes, mas sempre voltavam, graas s reclama-

    es dos fs. O heri da marreta binica saiu da grade do

    canal oficialmente em 2000, mas volta e meia faz a alegria

    do pblico numa exibio inesperada no horrio de

    Chaves e, desde tera-feira, suas aventuras so trans-

    mitidas no site do SBT no horrio da propaganda eleitoral.

    Todos ns (atores) somos responsveis pelo grande su-

    cesso de Chaves e Chapolin. O grupo foi muito bem

    entrosado afirma Carlos Villagrn, de 70 anos, que at

    hoje faz turns interpretando Quico: Muitos pases tm

    os programas no corao, mas, realmente, o Brasil um

    dos mais apaixonados.

    Quem gosta a, levanta a mo!!!

    Fonte: http://extra.globo.com

  • JARDIM FONTLIS:

    Como tudo comeou...

    O bairro do

    Jardim Font-

    lis est localizado na Regio Norte da

    capital paulista, prximo da Rodovia Fer-

    no Dias. A origem do nome foi por cau-

    sa da fonte de gua Fontlis (desde 1932),

    que abasteceu o bairro at o comeo da

    dcada de 80.

    Um grupo de mulheres, liderado por dona

    Lourdes Moreira Santos, iniciou trabalhos

    junto Sabesp, at conseguir que fosse

    enviado ao bairro caminho-pipa. A fonte

    que existia no bairro e servia populao

    acabou sendo coberta por terra por causa

    da eroso do solo. A antiga Estrada do

    Campo Limpo, que d acesso ao bairro,

    por solicitao do vereador Kamia, ga-

    nhou o nome de Ushikichi Kamiya.

    Nos anos 70, no haviam ruas asfaltadas,

    s picadas no mato, que eram cuidadas

    pelos prprios moradores, ou seja, por

    meio da capinao. Por volta de 1975, as

    casas eram barracos de madeira. Quando

    chovia, muito barro, os veculos no subi-

    am. Dentre os moradores que viveram

    essas dificuldades: Alzira Valdete Maria

    de Oliveira, Manoel Pereira Rosa, Anto-

    nio Moreira dos Santos, Alade Ferreira e

    Silvio da Silva. A energia eltrica chegou

    ao bairro em 1982. O asfalto, em 1988.

    A Associao Amigos do Jardim Fontlis

    foi fundada no dia 8 de maro de 1981. O

    um dos presidentes da entidade, Dino Au-

    gusto, conta que o local se assemelhava

    uma grande fazenda de eucaliptos do

    esplio de Eugnio Bruno Severino, em

    12 de maro de 1931 at 7 de fevereiro de

    1966, a fazenda passou a outorgante sra.

    ngela Maria Filomena Brometi Severi-

    na, em 1964. A rea foi loteada pela

    imobiliria Secap, sem autorizao da

    Prefeitura de So Paulo, de acordo com

    histrico da Associao.

    Datas da histria Em 1981, fundao

    da Associao dos Amigos do Jd. Font-

    lis. Em 1982, extenso domiciliar nas Ru-

    as A, B e C. Em 1983, rede de gua no

    bairro. Um ano depois, iluminao das

    Ruas A, B e C. Em 1986, a comunidade

    ficou esquecida por falta de liderana na

    Associao Amigos do Jardim Fontlis.

    Em 1987, renasceu com a volta de Dino

    Augusto e forte diretoria. No mesmo ano,

    foi inaugurada a escola EMEF. Hiplito

    Jos da Costa (6 de novembro). Veja o qua-

    dro ao lado.

    PARA NO ESQUECER...

    Em 1987, foi instalado, na Rua B (hoje Augusto Rodrigues), o primeiro telefone comunitrio. A pavimentao asfltica chegou s Ruas A, B e C, Manoel Pereira Rosa, Fausto Domin-gues e Augusto Rodrigues, respectiva-mente, em 1988. E tambm na Estrada do Campo Limpo at a Rodovia Fer-no Dias.

    Em 1990, a empresa de transporte Naes Unidas colocou disposio trs nibus: ligando o Jd. Fontlis ao bairro de Santana, ou seja, s 6, s 6h30 e s 7 horas.

    Em 1992, A Associao e moradores se mobilizaram no sentido de libera-o da documentao do loteamento do Jardim Fontlis. No mesmo ano, as ruas A, B e C tiveram nomes alterados para: Manoel Pereira Rosa, Fausto Domingues e Augusto Rodrigues, respectivamente. No mesmo ano, a Estrada do Campo Limpo teve seu nome mudado para Ushikichi Kamia. Um ano depois, chegava a rede de esgoto. A feira livre teve incio no bairro em outubro de 1995. Em 2002, a sede da Associao dos Amigos do Jardim Fontlis, que estava com laje pronta, foi invadida por uma famlia que veio do Interior que no tinha onde morar.

    Fonte: Jornal Brasil Raiz e famili-

    ares de alunos da EMEF Hiplito

    Jos da Costa

    Na prxima edio, a histria do

    bairro Jardim Flor de Maio.

    Colabore com informaes e fotos

  • Criao: Fbio Josias 8C EMEF Hiplito Jos da Costa

  • Casa Arrumada

    Casa arrumada assim:

    Um lugar organizado, limpo, com espao

    livre pra circulao e uma boa entrada de

    luz.

    Mas casa, pra mim, tem que ser casa e no

    um centro cirrgico, um cenrio de novela.

    Tem gente que gasta muito tempo limpan-

    do, esterilizando, ajeitando os mveis, afo-

    fando as almofadas

    No, eu prefiro viver numa casa onde eu

    bato o olho e percebo logo:

    Aqui tem vida

    Casa com vida, pra mim, aquela em que

    os livros saem das prateleiras e os enfeites

    brincam de trocar de lugar.

    Casa com vida tem fogo gasto pelo uso,

    pelo abuso das refeies fartas, que cha-

    mam todo mundo pra mesa da cozinha.

    Sof sem mancha?

    Tapete sem fio puxado?

    Mesa sem marca de copo?

    T na cara que casa sem festa.

    E se o piso no tem arranho, porque ali

    ningum dana.

    Casa com vida, pra mim, tem banheiro

    com vapor perfumado no meio da tarde.

    Tem gaveta de entulho, daquelas que a

    gente guarda barbante, passaporte e vela

    de aniversrio, tudo junto

    Casa com vida aquela em que a gente

    entra e se sente bem-vinda.

    A que est sempre pronta pros amigos,

    filhos

    Netos, pros vizinhos

    E nos quartos, se possvel, tem lenis re-

    virados por gente que brinca ou namora a

    qualquer hora do dia.

    Casa com vida aquela que a gente arruma

    pra ficar com a cara da gente.

    Arrume a sua casa todos os dias

    Mas arrume de um jeito que lhe sobre tem-

    po pra viver nela

    E reconhecer nela o seu lugar.

    Carlos Drummond de Andrade

    Contribuio de Suzane Maruca Jovem Tec

    (manh)

    EMEF HIPLITO JOS DA COSTA

    So Paulo, 20 de agosto de 2014

    Cara Branca de Neve

    Eu estou aqui, mandando essa carta para te alertar sobre o plano de sua madrasta, para te prejudicar.

    Sua madrasta est planejando encher uma fruta de agrotxico. S uma dica, ela estar vestida de velha. Fuja de

    casa, pelo perodo da manh, pois ela estar a logo aps o meio dia ou, se puder, quando ela estiver passando

    por a, voc tranque a casa e finja que no h ningum. Se ela tentar invadir, bata em sua cabea com uma pa-

    nela, de preferncia, de presso.

    Branca de Neve, voc to bela, ela recalcada, pois no tem essa sua beleza estupenda.

    S uma pergunta, por que os sete anes trabalham, trabalham pra no ganhar dinheiro?

    Obrigada pela sua ateno, ento vou deixar-te descansar, pra no cansar a minha beleza.

    Paulo Henrique de Lima, 5 ano D,

    EMEF Hiplito Jos da Costa

    Este projeto desenvolvido nos 5o anos. Os alunos aprendem sobre as caractersticas do gnero textual e sua funo social e trocam cartas entre si e redigem cartas para outros destinatrios escolhidos. Sob orientao da professora Maricene.

    Os desenhos ao lado so do autor da carta mencionado acima. Reproduzido mediante autorizao.

    PROJETO CARTA

    Carta Branca de Neve