Jornal Canal da Serra

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A 3ª edição do Jornal Canal da Serra traz a receita campeã dos cafés especiais da região. Além da cobertura imparcial dos principais assuntos da região.

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Editor: Clint Paolo

Diagramação: Agência D.Vulg

Impressão: Sempre Editora

Tiragem : 3.000 exemplares

Circulação: Tombos, Pedra Dourada, Faria Lemos, Carangola, Divino, Miradouro, Rosário da Limeira, Manhumirim, Alto Jequitibá, Alto Caparaó, Caparaó, Espera Fe-liz e Caiana no estado de Minas Gerais. Nas cidadades de Laje do Muriaé, Natividade e Porciúncula no estado do Rio de Janeiro, e Guaçuí e Dores do Rio Preto no Espírito Santo.

Colaboradores: Abner Almeida, Danilo Dantas, Ricardo Machado e Steffano Ignachiti.

Os conceitos emitidos em artigos assinados, cercados por um fio e publicidades são de exclusiva responsabilidade de seus autores.

Opinião.No jornal Canal da

Serra impresso preza-mos por uma visão mais ampla dos acontecimen-tos da região, e nossa linha editorial não se baseia apenas em im-pressões políticas ou na necessidade de noticiar a tragédia para ganhar-mos visibilidade. Além do mais, com a perio-dicidade mensal, como temos, não teríamos notícias imediatas sobre as ações criminosas na região.

Mas, nos dias 30 de abril e 06 de maio aconteceram dois cri-mes que chocaram a região. O primeiro foi a explosão de um caixa eletrônico, na cidade de Faria Lemos, que nun-ca havia presenciado alguma ação do tipo. Seis bandidos chegaram em um carro, três deles armados com escope-tas, abriram o caixa eletrônico e, com dina-mite, explodiram todo o equipamento. A Polícia Militar acredita que o roubo tenha sido pla-nejado e executado por profissionais, que sa-biam exatamente onde colocar o explosivo, já que todo compartimen-to onde fica o dinheiro foi levado.

O segundo crime, foi um duplo homicídio, que aconteceu no dia 06 de maio, no no cór-rego do Lima, região de Cafarnaum, em Faria Lemos. Antônio Luiz da Silva (Tonhão), 45, e Luiz Vanderlei Belan da Silva (Lelei Belan),

51 anos, foram assas-sinados. Ambos foram mortos enquanto or-denhavam vacas. Dois homens passaram nas duas propriedades em um carro, possivelmen-te um Toyota Corolla e assassinaram os dois lavradores com tiros de escopeta calibre 12, os autores estavam en-capuzados e a Policia, até o fechamento desta edição, estava em ras-treamento para efetuar a prisão dos envolvidos.

O motivo de estas notícias estarem em um editorial, é para chamar a atenção para o cres-cimento da violência na região. Explosões de caixas eletrônicos, roubos em agências dos Correios e lotéricas, assassinatos cada vez mais cruéis e furtos as-sombram a população.

Qual o motivo do crescimento da violên-cia? Será que a Polícia não está trabalhando direito? É o fim dos tempos?

São perguntas que frequentemente rece-bemos em forma de comentários nas notí-cias da editoria policial. Mas, os motivos são diversos e podemos culpar a impunidade e a ineficiência da justiça, em fazer justiça. A Po-lícia Militar (PM) tenta fazer o melhor, mas falta de contingente, e como se não bastasse, os poucos policiais que po-deriam estar nas ruas, têm de ir até a cidade de Muriaé – que fica a mais

de 100 Km de algumas cidades da região – para fazer o registro de algumas ocorrências e conduzir presos. São horas preciosas que são perdidas na estrada que poderiam estar evitando crimes.

Infelizmente o preço que se paga pelo cresci-mento populacional e a amorosidade das leis e penas no Brasil é esse, ações criminosas cada dia mais ousadas e vio-lentas, além da certeza de alguns que sairão ilesos. A degradação moral a qual o país pas-sa, tem contribuído, e muito, para formar no-vos criminosos. O avan-ço do crack, apenas para citar um exemplo, nas cidades da região tem sido também um dos principais motivos para o aumento dos roubos, mortes e furtos.

O ser humano está se sentindo cada dia mais poderoso, e acre-ditando que pode tudo e que tudo é permitido. Temos de educar as crianças de hoje com muito mais cautela, resguardando-os de influencias nocivas, que estão por toda a parte, na TV, nas músicas, nos filmes e principalmente na internet.

Mas, ainda há espe-rança. Devemos firmar a visão em bons exem-plos e em histórias de sucesso. Nesta edição trouxemos algumas. Aproveitem a leitura e dias melhores a todos.

Editorial

Rua Beira Rio, S/nCentro - Pedra DouradaCEP 36847-000 (32) 3748 1050

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Fale conosco: [email protected]

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Prefeitura de Pedra Dourada entrega terreiros de café para produtores

A prefeitura de Pedra dourada já entregou, até agora, 36 terreiros de café, de um total de 50 que se-rão entregues à produtores rurais. Cada terreiro tem mais de 70m² e, além do espaço para a secagem do café produzido na região, a prefeitura, em parceria com a Empresa de Assis-tência Técnica e Extensão Rural (Emater), disponibi-liza também ajuda no esco-amento de toda a produção do município e transporte de insumos.

Neste projeto, a prefei-tura doa 10 metros de sai-bro e 25 sacos de cimento, além de disponibilizar um pedreiro e um ajudante para a execução da obra. A contrapartida do produtor é de apenas 25 sacos de ci-mento e o restante da mão

de obra, que foi conseguida através de mutirões, o que barateou ainda mais para os produtores. De acordo com algumas famílias, se não fosse através do pro-jeto da administração mu-nicipal, com certeza não teriam condições financei-ras para arcar com todas as despesas.

Até agora foram cons-truídos terreiros nas co-munidades do Pontal, dos Armindo, da Jacutinga, dos Favas e no assentamento Pedro Paulo. Este é apenas o início dos trabalhos, mais localidades e famílias serão beneficiadas com terreiros de café feitos de cimento, que proporcionam mais qualidade do café, opor-tunizando aos produtores vender o café por um preço melhor no mercado.

O Dia de Campo acon-teceu no último dia 17 de abril, e começou às 07h:00 no Clube Municipal, em cidade de Pedra Dourada, com um café da manhã e palestras para os mais de 138 produtores inscritos. Porém, durante todo o dia, estima-se que mais de 250 pessoas assistiram as pales-tras e participaram das ati-vidades na Fazenda Santa Clara (Estações).

O evento reuniu pales-tras e aulas práticas sobre as principais tecnologias e técnicas voltadas para a produção de alimentos e a importância da preserva-ção das reservas hídricas.

Além da qualidade no pro-duto final, a preocupação é também com o meio am-biente e a preservação das nascentes.

Além de autoridades lo-cais, como a prefeita Eunice Araújo Moreira Soares, do vice-prefeito Vandir Pedro-sa de Mendonça, também compareceram represen-tantes da Emater de várias cidades da região. O Dia de Campo foi realizado pela Prefeitura de Pedra Dou-rada, Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG), A Empresa de Assistência Técnica e Ex-tensão Rural (Emater-MG) e Produquímica.

Dia de Campo reúne produtorese técnicos da região

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Um dos clubes que mais cresceu no ano passado e este ano em Minas Gerais, o Tombense, se destacou não apenas por ter chegado até as semifinais do Campeo-nato Mineiro de 2015, mas também pela conquista do Campeonato Brasileiro da série D no ano passado. Para um time de capital, es-tas vitórias não seriam tão expressivas quanto de um clube que não deixa as ra-ízes centenárias e continua dando alegrias aos mais de dez mil habitantes de Tom-bos.

Apesar das duas campa-nhas memoráveis, o clube ainda é pequeno e tem as-pirações de crescer e busca, a tão sonhada Série A do Brasileirão, um dos mais disputados campeonatos de Futebol do mundo. O ca-minho é longo, mas a cami-nhada feita pelos atletas e diretoria do Tombense tem dado frutos e sem dúvidas alcançarão bons resultados, até porque o clube já está na Copa do Brasil e pretende crescer ainda mais.

Isso foi o que contou Lane Gaviolle, presidente do Tombense, á nossa equi-pe. Segundo ele, um bom planejamento sem pressa e

cobranças, é fundamental para o rendimento positi-vo dos jogadores. Todo o sucesso parte de uma boa administração do que cada atleta tem de melhor, com valorização e reconheci-mento, segundo ele.

“Planejamento bem feito sem ter presa e sem cobran-ça. Não tem um jogador que sai daqui sem receber, nunca estivemos na Justiça Trabalhista, isso é inédito. E o Tombense vai sobreviver desse jeito enquanto a gen-te puder levar com honesti-dade e com pagamentos em dia.” Contou Lane

Time do interiorTalvez o Tombense te-

nha ficado grande para a cidade natal, mas quando se trata de paixão e condi-ções para trabalho, nada melhor que a tranquilida-de de Tombos. O clube, em poucos anos, estruturou toda a área técnica e física. Hoje possui um dos melho-res estádios da região, onde jogou contra o time da Cal-dense em abril pelo Cam-peonato Mineiro. Mas, para alcançar este patamar, mui-to tempo, dinheiro e tra-balho duro tiveram de ser dispensados, além da ma-

nutenção de um bom rela-cionamento profissional. A cidade começou sediando a taça São Paulo e a Taça BH de Futebol Júnior. A partir daí o crescimento aconte-ceu de forma progressiva e contínua.

A realidade para o es-porte na região não é das melhores. Os altos custos de sair para jogar em gran-des centros e a dificuldade de conseguir recursos são obstáculos que são venci-dos dentro e fora de campo. Lane explicou que ainda é difícil conseguir ter uma boa renda nos jogos, até porque a casa do clube, o renovado Estádio Antônio Guimarães de Almeida – carinhosamente conhecido como Almeidão – comporta apenas 3,5 mil torcedores, e a região, que ainda é pobre, permite poucos frequenta-dores assíduos aos jogos do Tombense.

Mas apesar das dificul-dades, o time cresce e al-guns mimos são permitidos aos que comparecem aos jo-gos no Almeidão. “O públi-co tem que vir ver os jogos e ganhar uma coisa, tipo uma televisão, algum prê-mio. Tombense tem que ter festa, independente do re-

sultado tem que ter alegria, festa mesmo. Que toque um forró, ganhando ou perden-do, a intenção é fazer espe-táculo, tem os patrocinado-res que também vem pra ajudar. Nós já estamos no prejuízo, mas eu quero que encha o estádio. Nós somos de cidade pequena e esta-mos no prejuízo, e temos um time profissional, temos ingressos baratos e o povo tem de vir para o estádio.” Explicou Lanes.

CampeonatosOs objetivos imediatos

do Tombense é concentrar na Copa do Brasil e subir para a Série B do Brasilei-rão. O time pretende re-petir a campanha do ano passado e subir para a Se-gunda Divisão, daí os pas-

sos para disputar a Série A e ser campeão Brasileiro de Clubes serão mais lar-gos e trarão mais projeção ao clube mineiro que mais cresceu nos últimos anos. Hoje um time profissional, que já revelou grandes no-mes e tem causado alguns calafrios de medo nos tor-cedores de grandes times de Minas – apenas citando uma, a do Cruzeiro, que viu o time perder dentro do Mineirão no Campeonato Mineiro deste ano. Como disse o presidente Lane Ga-violle quando perguntado sobre os objetivos do clube: “O Tombense vai ter um grande time, e nós vamos chegar ao nosso objetivo.”

A região também acredi-ta e estará com o Tombense nessa caminhada.

Clint Paolo e Danilo DantasEsportes.

Tombense: A sensação mineira

O presidente do Tombense recebeu a equipe do Canal da Serra e contou com exclusividade como o clube se tornou um dos mais importantes do Brasil

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Canal Tech. Steffano Ignachiti

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Capa. Clint Paolo, Danilo Dantas e Ricardo Machado

Quando saiu do litoral paulista e chegou à Alto Caparaó, muitas pessoas lhe deram apenas algumas semanas para desistir da la-voura de café e voltar a pe-gar ondas. Em uma região onde o café era considerado ruim, em poucos anos, até os mais céticos tiveram de admitir que a região produz cafés especiais e campeões.

A primeira coisa que causou estranheza em Clayton foram os hábitos dos produtores. “eu achei muito estranho que os ca-fés vinham para o terreiro, o pessoal colhia e vendia. Quando começava a chover dava aquele café de “rapa” e no final quando limpava a última remessa, aquele pior café que tinha, os produto-res diziam, ‘deixa um saco aqui que é para eu beber durante o ano’. Eu achei estranho e absurdo, com tanto café bom ele pegou o pior para beber, tinha que colocar três dedos de açú-car para aguentar beber. Eu fiz o contrário, tirava as três melhores sacas para meu consumo aqui e para levar para São Paulo pra minha família.” Explica Clayton.

Segundo ele, essa é a principal diferença para identificar que o café pro-duzido por aqui tinha po-tencialidades, até então

nunca exploradas. Segundo ele em São Paulo, há apro-ximadamente dez anos atrás, com o boom das ca-feterias na capital paulista, Clayton visitou algumas e provou os cafés servidos como especiais e chegou á conclusão que na proprie-dade da família em Alto Caparaó também havia um grão com aquela qualidade, ou até melhor. Nesse mo-mento entrou a busca pela informação. “Eu não tenho alta produtividade por es-tar muito alto, em lavoura de 1350m, eu descobri que tinha um café diferente e re-solvi correr atrás disso. Eu acreditava que aqui pode-ria ter um café especial. Foi quando eu fiquei sabendo dos micro lotes, daí procu-rei a Emater para Certificar a propriedade.”

Talvez o maior segredo dessa receita esteja no pós colheita. Embora sem so-fisticação, e muito artesa-nal, o cuidado com a terra, a ausência de agrotóxicos, a catação feita grão a grão, a utilização de um terreiro suspenso e uma torra pre-cisa sejam de fato os prin-cipais motivos de um lote ter sido avaliado com até 92 pontos, que pode ser consi-derado café raro. Esses fato-res foram primordiais para a conquista do primeiro e

do terceiro lugar no evento nacional Coffe of the Year. As duas colocações aconte-ceram porque Clayton ins-creveu duas amostras, uma delas em nome do pai dele, que o ajuda na lavoura e conhece as terras como nin-guém.

O resultado é um café em pelo menos três continentes e comercializado nas prin-cipais cafeterias da Europa e América do Norte.

Como se faz um café campeão?Nós temos a receita!

Café da fazenda Ninho da Águia

PioneirismoA precursora na produção e comercialização de café

especial na região, foi Cecília Kazuko Nakao, proprie-tária da Pousada Vila Januária, que fica em Pedra Me-nina, distrito da Dores do Rio Preto (ES). Como todo pioneirismo vieram as dificuldades, como por exem-plo, na busca pela excelência no sabor e qualidade dos grãos e o acesso ao mercado. Com um grão orgânico, separado em micro lotes, a produção fica mais cara.

Daí veio ideia de vender ao consumidor final, hoje, na cafeteria é servido um dos melhores cafés da região. O segredo está totalmente na qualidade dos grãos e no preparo, feito por uma especialista. Cecília, é forma-da como degustadora Q Grader de café (certificação mundial dada a profissionais de classificação e degus-tação de cafés) e avalia com propriedade o café que produz e participa ainda de pesquisas de qualidade com Institutos Federais dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Isso faz com que, ao visitar a região turística, muitos ficam surpresos com a qualidade da bebida.“É muito interessante perceber a surpresa dos visitantes. Digo que é um caminho sem volta, que uma vez despertado para os cafés especiais, os clientes não desejarão retornar aos cafés convencio-nais. Promovo degustações sensoriais, onde os clien-tes provam às cegas os cafés de marcas do mercado e alguns dos nossos cafés da região – é notório o espanto causado pela completa diferença que a qualidade pro-voca. Na cafeteria ofereço os cafés de origem, que são os cafés de produtores da micro bacia de Pedra Meni-na. Há cafés de floradas distintas que resultam em

diferentes notas aromáticas na xícara e fazem os clientes se encantarem com a magia da bebida” Expli-ca Cecília Kazuko.

Clayton trocou o litoral paulista pela Serra do Capa-raó e hoje se aventura em uma onda bem mais dificil

de manobrar, mas está tendo sucesso de vetereano

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Já na divisa entre os es-tados de Minas Gerais e o Espírito Santo, ainda na Serra do Caparaó e mais precisamente no município de Espera Feliz, está o Sí-tio Santa Rita. Lá, também uma família cuida da pro-dução de um grão especial e com características de excelência. A família La-cerda produz um café que pode ser encontrado hoje no Japão, Holanda, Estados Unidos da América, China e Noruega e também é cul-tivado, colhido e preparado artesanalmente aplicando técnicas simples que tor-nam o grão especial. O pai Tarcísio Lacerda, o filho Jhone Milanez de Lacerda e o genro Frederico Aires Tagiba Gonçalves (Fred) se empenham em produzir os grãos especiais e ainda montaram uma cafeteria, que segundo eles tem a pro-posta de ser “A Cafeteria” – como sugere o nome do Negócio familiar – isso por-que eles tiveram uma cons-

tatação, que o café está na moda, “não é mais de pa-daria, servido em copo de ‘massa de tomate’. O café é bacana servido em um local com qualidade, e esse café é produzido para isso, ser consumido por pessoas que apreciam café”, Explicam.

Hoje eles ministram cur-sos e mostram para outros produtores que o preço do café produzido na região pode ser mais alto e o pri-meiro a provar a melhor safra é o produtor, só assim poderá ter uma ideia da qualidade real do próprio produto. Além de mostra-rem os quatro passos que consideram importantes para alcançar uma quali-dade ainda maior: 1º a pro-dução. 2º a seleção do café, que é a prova, uma questão mais sensorial. 3º a torra que se for mal feita pode comprometer em quase 100% da qualidade do grão. E 4º é o preparo, que tem de ser preciso e vai fazer a di-ferença na xícara.

Quando questionados sobre o preço do café, eles utilizam uma analogia sim-ples: o café é como cavalos. “Os produtores nos veem vendendo café e exportan-do, a primeira pergunta é: ‘Qual o preço que você ven-de?’. Usamos um exemplo, que é muito interessante: quanto é a arroba do boi? Com 20 segundos você vai no site e acha a cotação da arroba do boi, vai estar por volta de R$ 150. E para ca-valo? Não existe cotação exata para a arroba de ca-valo, tem de R$ 100, R$ 500 mil, depende do cavalo, com o café é exatamente as-sim. Não tem como mensu-rar, eu vendo por tal valor. São lotes únicos, cada lote é particular. Tem variáveis, as vezes o café fica bom, pior ou tão bom quanto o anterior. Dados precisos apontam que 2% é o cresci-mento de café Commodities, e 15% é o crescimento de cafés especiais, então esta-mos no caminho certo.”

Da lavoura à Cafeteria

O café deixou de ser apenas uma bebida e passou a ser incorpo-rado à pratos requin-tados. De acordo com o Chef Eliacir Fernandes Bezerra, o mundo inteiro já ade-riu as sobremesas e até pratos principais utilizando o grão. No Estância Gourmet, restaurante onde trabalha, na cidade de Alto Caparaó, Eliacir desenvolveu algumas receitas, e uma delas chama muito a atenção e tem atraído cada dia mais admiradores. O espaguete de café (foto) leva o fruto na composição da massa.“A massa leva realmente café, a elaboração deste prato durou meses até chegarmos ao ponto ideal e o prato leva cebola caramelizada, açúcar mascavo, ripas de filé mignon e queijo gorgonzola. Na gastronomia o café está ganhando espaço, principalmente no Brasil, e há um tempo não era utilizado.” Explica o Chef Eliacir.Ainda tem a qualidade do café. Quanto melhor o café, mais possibilidades de criações e combinações serão pos-síveis.

Drinks e bebidasDepois de perceber que os visitantes dos hotéis da cidade de Alto Caparaó procuravam um café da região, Alexan-dre Luiz do Nascimento aproveitou para fazer um curso de barista, fundou uma cafeteria e começou a utilizar o café Ninho da Águia no desenvolvimento de drinks e coquetéis, quando percebeu que a aceitação era muito boa e os grãos de grande qualidade.“A base de todos os meus coquetéis eu tenho que ter um bom café, às vezes na mistura a acidez do café pode interferir, então o café tem de ser de excelente qualidade. Nos primeiros três meses eu trabalhava com café de cap-sula, mas percebi que o meu turista queria tomar um café produzido na cidade, e como já conversava muito com o Cleyton sobre o café, e ele estava começando a produzir um café especial, no primeiro momento que coloquei já foi sucesso, as pessoas começaram a sentir a doçura do café, o público que já tomava café especiais começaram a perce-ber que aqui tinha bons cafés e hoje eu só trabalho com o Ninho da Águia.” Afirma Alexandre.Para o desenvolvimento do trabalho de barista é essencial um café especial e com qualidade, isso dá oportunidade de deixar a criatividade voar e encontrar boas combi-nações. Uma especialidade e criação da casa é o Nutella Cofee, que além do café, leva creme de avelã, chocolate e tem um sabor marcante que atrai turistas de várias partes do país para prová-lo, e até uma cafeteria de São Paulo utiliza a receita no cardápio. Em média são vendidos entre 100 a 120 xícaras em apenas um final de semana.“Um bom café é 80% do meu trabalho, porque uma cafeteria sem um bom café será apenas uma cafeteria e não vai ser ‘a cafeteria’”. Pontuou Alexandre. A qualidade é muito alta, as vezes um produtor tem um excelente café, bastante frutado, mas quando chega no terreiro ela destrói o café, deixa fermentar, o lance é que quanto mais cafés especiais aparecerem melhor para a região. Todo produ-tor tinha que fazer curso de prova, porque quando or provadores pro-varesm ele pode contestar, porque o provador prático não tem nada haver com frutado.

Mais que uma bebida

BARISTA, ALEXANDRE lUIZ DO NASCIMENTO

ESPAGUETE DE CAFÉ

FREDERICO AIRES, TARCÍSIO LACERDA E JHONES MILANEZ DE LACERDA

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Cultura. Abner Almeida

A portabilidade de diversos aparelhos, um número sem fim de apli-cativos de edição, redes sociais e a facilidade de operação são fatores que fizeram com que a foto-grafia esteja a cada dia mais presente em nossas vidas. São vários os gad-gets, que tem a finalidade de facilitar ou melhorar o desempenho do fotógrafo ao recordar suas emoções. Câmeras em diversos apa-relhos, subaquáticas, ce-lulares com dispositivos cada vez mais potentes, suportes extensores... Isso contribui para que todos possam registrar tudo, de todos, a qualquer momen-to.

A região tem re-velado excelentes profis-sionais e entusiastas, com cliques surpreendentes. O movimento ganhou tanta força que tivemos

nas últimas semanas dois concursos fotográficos, nas cidades de Espera Fe-liz e Pedra Dourada. As premiações são as mais variadas. Incluem desde máquinas de médio porte – conhecidas como super-zoom – até livros da área fotográfica, hospedagens e jantar nos hotéis da re-gião, acessórios para foto-grafia e muitos outros.

Maiores informa-ções sobre o concurso de Espera Feliz estão na Fan Page oficial do concurso: www.facebook.com/pa-ges/1º-Concurso-Fotográ-fico-de-Espera-FelizMG. Já as informações sobre o de Pedra Dourada podem ser obtidas na Fan Page SMTUR, da Secretaria de Turismo e Cultura da ci-dade.

Imagens dos eventos Com foco no fo-

tógrafo amador, ambos têm o objetivo de mostrar, através da visão da popu-lação as belas paisagens que circundam as cidades. Após uma seletiva, as fo-tos serão expostas para apreciação popular e vota-ção de júri especializado. As premiações são as mais variadas e contemplarão vários artistas.

Além das selfiesA fotografia pode ser

utilizada em diversos pro-cessos de investigação do cotidiano, mediante as imagens obtidas da escola, da família, da vizinhança, da cidade e das coisas que os cercam, sejam criados serem analíticos e obser-vadores, com senso críti-co e olhar maduro frente a belezas e dificuldades ao redor, até mesmo para

criar uma análise e estudo desses "momentos docu-mentados" e as correlações históricas, sociais, geográ-ficas, étnicas e econômi-cas.

Fotografias sociais, es-portivas, policiais, cultu-rais, de eventos, de pai-sagens, de produtos, de pessoas... Não há como listar aqui todas as possi-bilidades. Todo o univer-so, realmente está ao seu redor para ser registrado e possibilitando a criação de pontes com o passado de uma maneira, exclusi-va, pelo seu ângulo e sua

sensibilidade.Já fez algum clique

hoje? Repare no trajeto que faz todo dia de casa ao trabalho, à escola ou onde quer que seja. Procure no-tar algo interessante ou o olhar instigante de alguém por quem você passa to-dos os dias e nunca repa-rou e mostre pra gente! Envie sua foto para [email protected], com nome para créditos das fotos, idade e a cidade para postarmos em uma matéria especial no canal-daserra.com.br.

Fotografia:Cenas particulares de um mundo plural

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Uma instituição que precisa resistirHá milhares de anos as questões familiares são debates e

temas de assuntos diversos em todo o mundo. A estrutura familiar e os princípios que regem a família são alvos de discussões e ataques permanentes. Convivemos com isto quase diariamente. Mas nunca as instituições religiosas e a instituição familiar sofreram tantas agressões. Como conceito, podemos definir a família como a base de orga-nização da sociedade. Sabemos que o sucesso na vida não compensa o fracasso da família.

A família foi a primeira forma de organização da socie-dade. Sem regulamentos escritos e/ou formas prontas, a sociedade se organizava a partir de uma origem comum, sempre com um grau de parentesco. Os casamentos e a proliferação da espécie compartilhava o mesmo sobrenome e respeitava hierarquicamente os ascendentes de forma a ter um controle de toda uma grande família e que era a base da sociedade. Este foi o modelo que nós conhecemos e que deu certo durante centenas de milhares de anos.

Hoje, por questões financeiras, para venderem espa-ços em jornais, vender filmes pornográficos e aumentar audiência na TV, escandalizam o que era pacífico (a iden-tidade da família) e tentam nos impor o que afirmam ser um “novo modelo de família”. Os argumentos são os mais diversos. Foi assim também com o divórcio, lembram?

A mídia divulgava insistentemente casos de pessoas que reconstruíram suas famílias em uma segunda união e a questão precisava ser regularizada. Os casos eram algumas exceções. As instituições religiosas se defendiam dizen-do que não poderia se criar uma regra geral de divórcio porque isto ia enfraquecer as famílias. Esta defesa seguia orientação bíblica do “Novo Testamento” quando Jesus Cristo deixou claro que isto seria errado (Mateus 19:8).

Hoje querem nos impor o que chamam de “um novo modelo de família”. Isto mesmo! Não se contentam com o que afirmam ser liberdade sexual ou de expressão. Pode-riam criar uma forma de contrato, acordo, pacto. Qualquer coisa ou nome que pudesse pelo menos diferenciar do verdadeiro significado de família. NÃO! Querem chamar “isto” de família, para que possam acabar com o que restou da sagrada instituição religiosa, tradicional e protegida, celebrada em nome de Deus. O Papa João Paulo II chamou a família de “Santuário da Vida” (CF,11). O modelo de família é a Família de Nazaré.

O resultado, conforme disse bem o Professor Felipe Aquino (Canção Nova), são As mazelas de nossa socieda-de – especialmente as que se referem aos nossos jovens: crimes, roubos, assaltos, sequestros, bebedeiras, drogas, homossexualismo, lesbianismo, enfim, os graves problemas morais e sociais que enfrentamos – têm a sua razão mais profunda na desagregação familiar a que hoje assistimos, face à gravíssima decadência moral da sociedade.Digo mais: Digo que os frutos desta campanha desenfreada contra a base familiar da sociedade apresenta resultados irreversíveis. Nossos presídios estão lotados, nossas casas tem que ter grades, nossas praças tem que ter câmeras, nos-sas escolas tem que ter seguranças, nossos jovens estão se matando antes dos vinte anos, o governo cada dia contrata mais policiais. Os crimes se multiplicam, os fóruns estão lotados de processos, a prostituição e o consumo de drogas está fora de controle. Os professores não podem controlar os alunos e os pais já não podem corrigir os filhos. ONDE ESTÁ O ERRO? Resposta: NO ENFRAQUECIMENTO DA FAMÍLIA.

Na família tradicional que conhecíamos os filhos respei-tavam os pais e os avós, os alunos respeitavam (e admira-vam) os professores, os irmãos se respeitavam. Havia um controle natural da sociedade. Hoje, querem que os filhos sejam cuidados pelos Conselhos Tutelares. Querem que o promotor nos ensine a educar nossos filhos e querem que a polícia vigie nossos filhos. ESTÁ FUNCIONANDO?

De modo geral podemos dizer que a família vai mal, e por consequência as pessoas perderam seus princípios mo-rais e religiosos, o governo perdeu o controle e nós vivemos com medo. Vivemos em um país desgovernado e um povo insatisfeito.Precisamos resistir.

Defender que o certo vai dar certo e o que era errado vai continuar errado. A regra vale para o povo e para governan-tes. Para religiosos e para leigos. Sempre há gente querendo inovar fazendo leis. São centenas de milhares de Leis que não conseguem resol-ver o que Deus nos deixou em apenas DEZ MANDAMENTOS, que se aplicados, podemos rasgar todas as leis.

COLUNA:

Família:

**Cezar Ricardo é advogado, Ex-prefeito de Pedra Dourada, ex-Secretário Parlamentar da Câmara dos Deputados, Ex- Chefe de Gabinete SUDECAP (Prefeitura BH) – Prefeito de Carangola.

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Cidades.Clint Paolo

u

Apenas em Espera Fe-liz, mais 140 cães já morre-ram vítimas da Cinomose, deste número, 70 animais estavam recolhidos no Ca-nil Municipal. O surto na cidade já dura mais de três meses e pode ter propor-ções ainda maiores, já que os dados levantados pela Sociedade Protetora dos Animais de Espera Feliz (Spaef) não leva em conta os cães que acabaram mor-rendo em ruas dos bairros, ou que os donos não comu-nicaram nem procuraram algum veterinário. Como em 95% dos casos o animal morre, e o vírus se espalha rapidamente, o Canil não está recolhendo cães, isto porque, nesse momento uma aglomeração de ani-mais seria crueldade.

De acordo com o médico veterinário, Dr. Juan Carlos

Vargas Lobato, que atende ao canil de Espera Feliz, esse vírus pode ser disse-minado durante todo o ano, mas a contaminação acon-tece com mais força na épo-ca do calor, e é transmitido a partir de um cão doente. E a única forma de evitar a doença – que ataca apenas cães, mas é inofensiva para humanos – é através de uma vacina, que deve ser ministrada a partir do 45º dia de vida do filhote, com mais dois reforços com in-tervalos de 21 dias.

“Possivelmente entrou um animal doente no canil sem sintomas clínicos, isso automaticamente passou para outros cães que não es-tavam vacinados. a chance de contaminação é de 99% e se espalha rápido. Mes-mo quando diagnosticado no início, a chance de tra-

tamento é pequena, e, em muitos dos casos, é preciso fazer eutanásia do animal. O surto se espalhou por Es-pera Feliz, Carangola, Gua-çuí, Alegre, está na região toda.” Explica o médico.

Em nota a Sociedade Protetora dos Animais de Espera Feliz (Spaef) infor-mou que devido ao alto índice de contágio, os cães não estão sendo recolhidos ao Canil. “Apesar de ain-da haver animais nas ruas, a Spaef vem trabalhando para minimizar este pro-blema, mas, ainda é difícil conseguir acabar com os cães que vagam pelas vias públicas, já que pessoas de outras cidades e da zona rural os trazem para Espera Feliz e acabam soltan-do nas ruas. Aproveitamos para pedir a

colaboração da população em denunciar estes aban-donos. Se vir algum carro deixando animais em vias públicas fotografe, filme a ação e a placa do veículo para que este ato de cruel-dade possa ser punido e menos animais sofram nas ruas e fiquem doentes por causa do surto de Cinomo-se.” Diz a nota.

SintomasOs sintomas podem

demorar a aparecer, mas quando se manifestam po-dem ser identificados rapi-damente pelos donos. São eles: Perda de apetite, falta de coordenação motora, vô-mitos, diarreia, tosse, espir-ros, secreção ocular e febre.

Surto de Cinomose mata mais de 140 cães

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Maio de 2015 CANAL DA SERRA 13

O traumatismo dentário é um acontecimento de-sagradável e frequente, que acomete até metade das crianças. Atinge mais aos meninos, provavelmente por seus hábitos (mais brincadeiras e esportes com contato físico, brigas e etc.), e ainda necessita de esclarecimen-tos para a população em geral sobre o tratamento mais adequado.

A prática de esportes, acidentes de trânsito e agres-sões contribuem para o aumento dos casos de injúrias. Os procedimentos adotados após o trauma podem melhorar ou piorar a situação da vítima.

Mantenha-se calmo! Quem acompanha tem um pa-pel crucial para minimizar o dano.

Verifique sempre o local onde aconteceu o acidente e procure por pedaços do dente ou pelo próprio dente.

Não permita que o paciente lave a boca ou fique cuspindo (ele pode cuspir e perder um dente que esteja solto ou um pedaço que poderia ser colado).

O profissional treinado para o atendimento do pa-ciente com traumatismo dentário é o Cirurgião-Dentis-ta. Quando acontecer leve imediatamente o paciente a um consultório odontológico.

Os casos de traumatismo dentário podem ser entre outros:

Fratura de esmalte e dentina sem exposição da pol-pa (sem exposição do “nervo”): o tratamento também consiste somente na restauração ou colagem do frag-mento (preferencialmente).

Fratura de esmalte e dentina com envolvimento da polpa: nesses casos há um maior risco do dente evoluir com necessidade de tratamento de canal.

Envolvimento da polpa sem fratura: em alguns ca-sos a evolução se dará com necessidade de tratar o canal sem o dente ter sofrido fratura. O acompanhamento com radiografias periódicas é muito importante, pois o dente pode precisar de tratamento de canal, pode sofrer reabsorção interna ou reabsorção externa da raiz, e isso pode ser visível somente no r-x. Quanto antes for detec-tado o problema melhor será o prognóstico.

Avulsão dental Se encontrar um dente ou fragmento coloque-o em

um recipiente limpo com água, soro, leite ou na boca da mãe e leve o mais rápido possível ao consultório (o prognostico é melhor até duas horas para o reimplante do dente).

Outros tipos de trauma envolvem as estruturas de suporte fraturas de raiz extrusão, intrusão, e mais alguns.

O uso de protetores bucais durante práticas de espor-tes de contato e radicais pode prevenir em parte o dano dos traumatismos.

Os tratamentos dentários estéticos como: restaura-ções “invisíveis”, coroas cerâmicas, próteses,

implantes dentários e procedimentos cirúr-gicos são alguns dos procedimentos execu-tados com excelência pela nossa equipe no consultório odontológico

Gomes e Machado. Tel: (32) 3746-4303

É possivel se recuperar depois de um trauma dentário

COLUNA:

**Vinícius Gomes Machado é Implantologista no consultório Odontológico Gomes e Machado em Espera Feliz

A nova sede do Cartó-rio da 303ª Zona Eleitoral de Espera Feliz, foi inau-gurado no último dia 17 de abril. O prédio, origi-nalmente construído para servir como moradia para Juízes e Promotores, esta-va fechado há mais de dez anos, e foi completamente reformado para receber o Cartório Eleitoral, além de levar o nome da professora “Maria das Graças Rocha Rezende” – que era escru-tinadora, membro da mesa receptora de votos e auxi-liar de trabalhos eleitorais da 303ª ZE.

O vice-presidente e corregedor do TRE, De-sembargador Paulo Cézar Dias, presidiu a solenida-de e agradeceu aos ser-vidores do Tribunal pelo empenho que vêm de-monstrando na melhoria dos cartórios eleitorais no Estado. “A importância da sede própria, em zonas eleitorais por todo o estado é muito grande. Uma zona eleitoral equipada, como a nossa aqui de Espera Feliz, é o ideal, muito bem feita, com muito espaço e trará muitos benefícios para os eleitores.” Afirmou o de-sembargador.

O Juiz Eleitoral da 303ª ZE, Leonardo Curty Ber-gamini, presenciou e viu a necessidade de haver uma sede própria, uma vez que as instalações eram precá-rias e não comportavam os cidadãos que precisam utilizar os serviços do car-tório. Ele explicou que a equipe entrou em contato com o Tribunal de Justi-ça (TJ) e com o Ministério Público para ceder o imó-vel ao TRE e “fizemos esse acordo, e os municípios de Espera Feliz, Caparaó

e Caiana foram impres-cindíveis para a realização dessa instalação porque sempre foram parceiros, sempre foram solícitos em ajudar com gastos de re-formas. Então esse imóvel foi resultado de um traba-lho em conjunto do judici-ário do MP e dos Poderes Executivos.”

A Zona Eleitoral de Es-pera Feliz, que antes fun-cionava em uma sala no Fórum local, tem atual-mente 23.508 eleitores e 95 seções e abrange também os municípios de Caiana e Caparaó. Só o município-sede conta com 15.633 elei-tores.

Patrona A professora Maria

das Graças Rocha Rezende atuou como conciliadora perante o Juizado Especial Cível e Criminal da Comar-ca de Espera Feliz. Com a criação da 303ª Zona Elei-toral em fevereiro de 1994, participou ativamente dos processos de emancipação da cidade de Alto Caparaó, nos trabalhos de revisão e correição nos municípios de Espera Feliz, Caiana e Caparaó, colaborou dire-tamente nas eleições pro-porcionais e gerais nas fun-ções de escrutinadora e de membro da mesa receptora de votos na década de 2000.

Cartório Eleitoral de Espera Feliz ganha nova sede

Com mais espaço, os eleitores podem ser atendidos com mais eficiência e os servidores

trabalham com mais conforto

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Maio de 2015CANAL DA SERRA14

Meio Ambiente.Programa de Voluntariado é exemplo na região

Ricardo Machado

O voluntariado ambien-tal é muito importante para construir e fortalecer valo-res de cidadania ambien-tal. Não esquecendo que, tratando-se de ser humano, o meio ambiente é onde ha-bita, trabalha, estuda e etc. Portanto, para ajudar a pro-teger o meio ambiente, não é preciso ser especialista. Apenas faça sua parte! Você pode fazer parte dos “Vo-luntários em Ação” para mobilizar pessoas identifi-cadas com a causa do meio ambiente.

O diretor de meio am-biente de Espera Feliz, e gestor das APAS da Var-gem Alegre e Taboão, Ro-drigo Carrara Heitor, bus-ca ações e possíveis metas para melhorar a convivên-cia dentro do município, na tentativa de fazer com que a sociedade seja um pouco mais sustentável. No cen-tro disso tudo, o foco nos voluntários, que se preocu-pam com a integridade do meio ambiente, tanto em ações cotidianas, fazendo a sua parte, como em ações que movimentem toda a co-munidade. Parte desses vo-luntários são estudantes de biologia e simpatizantes. O programa tem parceria com UEM, UFV, UFES e Parque

Nacional do Caparaó. Pes-soas de outras cidades ao redor de Espera Feliz como Carangola, Divino, Itaperu-na, Porciúncula, Caiana e Caparaó ajudam neste pro-jeto que é simples.

Durante o programa são elaborados vários minicur-sos para estudos e conheci-mentos voltados à Biologia fazendo com que futuros biólogos ganhem experiên-cias, estendendo o conhe-cimento teórico adquirido dentro de sala, aplicando-o na prática. Os voluntários prestam serviços em duas Áreas de Proteção Ambien-tal (APAs) fiscalizando os atrativos turísticos, alertan-do os turistas que não dei-xem lixo pelas trilhas, não ligar som alto próximo aos atrativos, não fazer chur-rasco às margens das ca-choeiras, praticar esportes radicais sem a autorização de um órgão competente, tráfico de animais silves-tres, entre outras advertên-cias aos que frequentam os atrativos turísticos da re-gião. A secretaria leva o vo-luntário até o local turístico, onde tem o apoio do pro-prietário. O programa fez sucesso durante o verão, e por isso o Parque Nacional do Caparaó abriu o centro

de apoio ao turista (pela primeira vez), para que os voluntários possam passar tempo integral prestando serviços de informação, fa-zendo com que o turista fi-que mais tempo na região não só visitando o parque, mas os outros atrativos também.

Benefícios de ser um voluntário

Lutar por um mundo melhor é a bandeira levan-tada pela maioria dos mo-vimentos da sociedade civil organizada. Mas, nenhum deles usa esta frase com tanta propriedade do que aqueles que trabalham com o meio ambiente, isso por-que, trabalhar por esta cau-sa, significa trabalhar pela melhoria das condições de vida do planeta, e não ape-nas de uma comunidade.

A causa do meio am-biente reúne milhares de

pessoas ao redor do mun-do. Nunca se falou tanto em desenvolvimento sustentá-vel e na vida das gerações futuras, como agora. As-suntos como o aquecimen-to global, esgotamento dos recursos hídricos e aumen-to da emissão de carbono estão na agenda da popula-ção de todos os países. E o

que torna essa causa tão im-portante é a constatação de que os lucros da destruição do meio ambiente são de poucos, e os prejuízos, são compartilhados pela popu-lação de todo o planeta.

Não há limites para quem quer fazer o bem, seja um voluntário.

FOTO RODRIGO CARRARA

Os alunos participaram de um minicurso sobre vários temas relacionados ao meio ambiente.

FOTO: ROMEU CAMPOS

FOTO: MARIA JOVENTINA BENDIA

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Maio de 2015 CANAL DA SERRA 15

Foi concluída e entregue à população mais uma obra de calçamento, desta vez foi a Rua Alvina Guimarães, que fica no distrito de Ponte Alta de Minas. A obra era uma reivindicação antiga dos moradores e realizada pela Prefeitura de Carangola. No calça-mento foram utilizados bloquetes de cimento, que são mais duráveis, requerem menos manutenção e são ecologicamente corretos, porque facilitam a drenagem da água pelo solo.

A preocupação da atual administração com as comunidades rurais é grande, e o re-flexo disso, são os calçamentos feitos em todas as ruas do distrito de São Manoel do Boi.

Obras em Carangola

Mais uma rua calçada em Ponte Alta

Em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvi-mento da Educação (FNDE), a Prefeitura de Carangola concluiu mais uma etapa da construção da cobertura da quadra da Escola Municipal João Batista Grossi, que fica na comunidade de Conceição. A execução está avançada e cada dia mais próximo da conclusão da obra.

O objetivo do prefeito César Ricardo à frente da gestão municipal é investir mais recursos na educa-ção de Carangola. Até agora foram destinados mais de R$ 155 mil para o incentivo ao esporte, cultura e ao lazer, principalmente na zona rural.

Conceição:Cobertura de quadra está quase pronta

Foi entregue à população a ponte de concreto, que fica na Rua Antônio Lopes, em Lacerdina. A finalização desta obra foi importante porque, a ponte que havia no local caiu e causou transtornos aos moradores, isto porque ela é a principal ligação entre a comunidade e a BR 482.

Por causa de uma tromba d’água, a ponte que estava no local foi destruída no ano passado. A obra, realizada com recursos próprios, trouxe alívio para os moradores que precisam passar pelo local todos os dias, além de ser reforçada, para que não seja destruída novamente.

Lacerdina:Localidade ganha ponte reforçada

Mutirão da Defensoria Pública em Carangola

O mutirão de atendimento da Defensoria Pública da União acontecerá nos dias 26, 27, 28 e 29 de maio no Cras do bairro Ouro Verde. Os atendimentos são uma parceria entre a prefeitura de Carangola e a Defensoria Pública da União e tem como objetivo ajudar a pessoas que precisam de algum serviço de atendimento judiciário.

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