Jornal Camaleão

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O CAMA EÃ Jornal Escolar - Ano XIII Nº 2— Março 2009 Escola E. B. 2,3 de Montenegro GLÓRIA Depois do Inverno, morte figurada, A primavera, uma assunção de flores. A vida Renascida E celebrada Num festival de pétalas e cores. Miguel Torga

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Jornal escolar da Escola EBIJI de Montenegro

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GLÓRIA Depois do Inverno, morte figurada, A primavera, uma assunção de flores. A vida Renascida E celebrada Num festival de pétalas e cores.

Miguel Torga

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Editor: Jornal Escolar– B.E./C.R.E.

Direcção Equipa Redactorial:

Colaboração Professor Cláudio Galego Equipa da BE/CRE

FICHA TÉCNICA

ENDEREÇO: Escola E.B.2,3 de Montenegro Rua José de Sousa Ferradeira Montenegro 8000-021-Faro

289818894 289818896

[email protected]

Continuamos, infelizmente, num clima de gran-de desconforto e descontentamento ao nível das Escolas. Após tanta luta (embora ela continue!), a maioria de nós sente-se defraudada pela actuação do Ministério da Educação, do Governo e mesmo do Presidente da República que conti-nuam cegos, surdos e mudos, perante a legítima exigência dos docentes em pôr um fim a este infeliz modelo de avaliação. No entanto, alguns progressos se verificaram. Os docentes e os Conselhos Executivos começa-ram a ser ouvidos quer pelos deputados da Assembleia da República, quer pelo Conselho Científico de Avaliação. No caso dos Conselhos Executivos, ficaram os senhores deputados surpreendidos com o conhecimento da lei demonstrado pelos presen-tes, bem como pela pertinência das questões colocadas, para as quais vieram, mais uma vez sem resposta. Quanto ao Conselho Científico de Avaliação, ini-ciou um périplo pelo país, para ouvir professores e membros dos Conselhos Executivos acerca das razões que nos opõem a este sistema de avalia-ção e que nos levam a continuar a pedir a sua suspensão. Reiteramos que os docentes se sentem engana-dos e defraudados por este governo que insiste nesta—que se tornou quase a última— sua ban-deira eleitoral, já que a sua imagem se encontra tão desgastada noutras!

editorial

Ana Paula St. Aubyn

João Paulo Matos

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Sabias que ... Cada tonelada de papel reciclado salva 17 árvores!?

Sabias que... Só num ano, teríamos lixo suficiente para encher uma fila de caixotes da Terra à Lua?

Sabias que... Na Hungria a decoração da árvore de Natal inclui sempre rebuçados recheados e embrulhados em papel brilhante?

Sabias que... A cor do fato do Pai Natal só começou a ser encarna-da em 1930, data em que a Coca-Cola contratou um publicitário para criar uma campanha e este utilizou as cores da marca, ficando assim associadas à figura do Pai Natal?

Sabias que... A quantidade de lixo que produzimos durante a nossa vida corresponde a 600 vezes o nosso peso na idade adulta?

Sabias que... Hoje em dia, numa casa comum, exis-tem mais químicos do que num laboratório há 100 anos atrás?

Sabias que... Se dormirmos, em média, 8 horas por dia, aos 40 anos teremos dormido 13 anos?

Sabias que... A floresta da Amazónia produz cerca de metade do oxigénio da terra? http://images.google.pt/images?rlz=1T4SUNA_enPT278PT292&hl=pt-PT&q=ci%C3%AAncia%20divertida&lr=lang_pt&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi

No dia 15 de Outubro de 2008 celebrou-se o pri-meiro dia Mundial de lavar as mãos, para que se lembrem de lavar bem as mãos com água e sabo-nete.

Sabias que? O prato típi-co de Natal, na Alemanha, são salsichas e salada de batata

Por que razão é que os queijos Suíços têm bura-cos? Os buracos são formados pela expansão dos gases emitidos por uma bactéria. Estas bactérias são coloca-das durante os primeiros estágios da produção do queijo e usam o ácido lácti-co do queijo para produzir dióxido de carbono, que se expande em bolhas de gás.

Camaleão ientífico

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Hoje vamos debruçar-nos sobre jovens, como tu, que fizeram algo na sua ainda curta vida e que são exemplo para todos. O primeiro destes é uma jovem escritora. Chama-se Inês Botelho e quem te vai falar dela é a tua colega Jéssica Jacinto, do 8º A, admiradora e leitora desta jovem talentosa. Inês Botelho é uma jovem de 23 anos que decidiu embarcar numa grande aventura, cheia de mistérios e maravilhas: a escrita. Desde tenra idade que se entendeu com as letras e se interessou pela música, tendo frequenta-do uma escola de música, onde aprendeu piano. Inês Botelho concluiu o 8º grau de formação Musical e Piano na Academia de Música de Vilar Paraíso. Quando era mais nova também se inte-ressou pela arte de representação e pelo cinema. A sua professora de português, Maria Luísa Pinto, incentivou-a a participar no concurso de litera-tura juvenil “Triângulo Jota”, organizado pelas edições ASA, durante o primeiro semestre de

2002, no qual obteve o 9º lugar na categoria Ensino Secundário. O seu primeiro livro, “A filha dos mundos”, foi iniciado nas férias grandes de 2002, entre o seu 10º e 11º anos, sendo que este era o primeiro de uma intrigante e fascinante trilogia “ O ceptro de Aerzis”. A este primei-ro livro seguiram-se “A senhora da noite e das brumas”, segundo livro da trilogia e “A rainha das trevas da luz”, último livro da trilogia. Estes livros foram escritos em 2003 e 2004. Em 2006, inicia um novo livro, “Prelúdio”, diferente da trilogia. Os seus livros foram publicados e chegaram à mão de muitos jovens leitores que se deliciaram com as suas sonhadoras histórias. Esta jovem escritora, a

convite da Associação Portuguesa do Fantástico nas Artes, participou na palestra “O fantástico feminino” e”Fórum fantástico”, conduzindo tam-bém e apresentando uma conversa com o autor W. J. Maryson. Licenciada em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, é fascinada por Ciências, mas decidiu seguir o caminho da litera-tura. Eu fui leitora da sua trilogia “ O ceptro dos Aerzis”, trilogia na qual me apaixonei por todas as personagens de todos os livros. Esta história fala da vida de três mulheres, fadas e elfos, cada

uma com as suas características e com a sua missão. A trilogia tem lugar num mundo que se tornou distante para nós, humanos, o Mundo dos Sonhos, dos elfos e das fadas, onde superamos os nossos medos e desco-brimos novas qualidades e sonhos. Pessoalmente, gostei muito de ler os seus três livros, porque me fizeram sonhar. Quanto a mim, estão muito bem escritos. A sua escrita é romântica e sensível, descrevendo os pormenores de tal for-ma como se os estivesse a ver. Toda a sua trilogia está envolvida numa atmosfera de ternura e sonho, que leva o leitor a partilhar as sensações e emoções das personagens em causa. Inês Botelho é uma jovem talento.

Jéssica Jacinto, 8º A

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Falar verdade a mentir No âmbito das disciplinas de Língua Portuguesa e Expressão Dramática, os alunos do 8º ano deslo-

caram-se a Lisboa, p a r a assistir à represen-tação da peça de t e a t r o “ F a l a r verdade a ment i r ” , de Almei-da Gar-

rett. Na mesma viagem aproveitaram para visitar o Museu do Teatro, também em Lisboa. A viagem decorreu da forma prevista e, mais uma vez, os nossos alunos primaram pela boa educa-ção e bom comportamento, o que só incentiva os professores a prosseguirem com estas iniciativas.

Desfile de Carnaval As turmas do 1º ciclo e do pré–escolar, com a voluntariosa ajuda dos seus pro-fessores, deram cor, alegria e entusias-mo, uma vez mais, às ruas de Montene-gro. Os pequenos alunos resolveram vestir-se de acor-do com os temas dos respectivos Projectos Curriculares de Grupo e Áreas de Projecto. Assim, apareceram dis-farçados de “mágicos da paz”, cozinheiros, árvores com frutos, mesas; outros, com grandes cartolas pretas, pre-tendiam lembrar a protecção que devemos prestar à Natureza e também os cuidados a ter na estrada. Parabéns aos alunos que encheram as ruas de alegria e aos docentes que continuam a mostrar que ser professor é muito mais do que uma profissão!

De 16 a 28 de Março de 2009 decorre, na nossa escola, a e x p o s i ç ã o i n t e r a c t i v a "Aventuras no País da Matemá-tica", composta por 17 módulos e que tem como objectivo prin-cipal divulgar, promover e esti-mular o gosto pela Matemática. Pretende também mostrar o lado mais lúdico e experimental desta ciência e a importância do seu contributo para a evolução da sociedade. Ao longo desta exposição será incentivada a curiosi-

dade dos visitantes, sendo apresentados diver-sos quebra-cabeças, enigmas, truques de

magia, jogos e experiências.

A poesia passou por aqui...e está por toda a parte!

Afonso Dias apresentou dois recitais de poesia sexta-feira, 20 de Fevereiro, na Biblioteca da nossa Escola, para os alunos do 6º ano de escolaridade. Comunicador nato, captou os olhares e a atenção dos nossos alunos, transportando-os nas asas do sonho e na magia da poe-sia!

Debate sobre Crise Econó-mica

No dia 15 de Fevereiro, no Anfiteatro da nossa esco-la, realizou-se um debate de ideias, entre alunos do nono ano, sobre a "Crise Económica". Esta actividade foi planificada no âmbito do concur-so “EntrePalavras”, dinamizado pelo Jornal de Notí-cias e visava seleccionar os alunos que iriam repre-sentar a escola no referido concurso.

O radar do Camaleão

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cansados de tanta activida-de só para ocupar. Além disso, a nossa autoridade dentro da sala de aula sofreu um grande revés: somos agora vistos como “amas-secas”, que ocu-pam os alunos quando estão desocupados e não como professores...”. Inquiridos alguns E. de Educação, estes têm opi-niões divergentes: “Como E. de Educação sou a favor porque prefiro saber que o meu filho está ocupado a que tenha horas livres, sem supervisão superior.”. Já outro nos diz: “Acho que, na maior parte das vezes, estas não têm qualquer proveito para os alunos, porque as actividades que lá se desenvolvem são apenas para ocupar o tempo e privam os alunos de um saudável convívio, que tanta falta lhes faz para um crescimento saudável e para a percepção e interiorização de regras de convívio.”. Porque a história desta polémica não foi apenas feita pelos que a vêem “por dentro”, procurámos na imprensa o que foi dito por alguns “especialistas” que se debruçam sobre o ensino e que podem ajudar à reflexão: Autor do Livro «Escola e Cidadania - Contributo para repensar o ensino em Portugal» e mestre em Educação, José Manuel Gonçalves considera que os «malefícios das aulas de substituição são deve-ras mais intensos do que os benefícios. Apesar de ter alguns benefícios, como os alunos estarem quase sempre ocupados, poderem estudar ou tirar

dúvidas, estas aulas acarretam um aspecto negativo: os jovens deixarem de ter tempo para conviver.». Acrescenta ainda: «Para quando fica a socializa-ção entre alunos, a coesão de grupo? Para os míseros cinco

ou dez minutos dos intervalos das aulas?». Um outro especialista, o mediático psicólogo Eduardo Sá acrescenta: (As aulas de substituição)“Não têm ponta por onde se lhes pegue. Porque razão os alunos não têm direito ao feriado?”. Destaca a importância da hora livre e do recreio, acrescentando que os alunos têm “imenso tempo de aula, são atropeladas com TPC e castigadas com trabalhos. Esta ideia de edu-cação já morreu. Nos outros países não consta que haja aulas das 8h às 8h. Porque é que têm que estar tanto tempo na escola? As crianças apren-dem a odiá-la.”. Acrescenta ainda que “O sucesso na escola passa também por ter sucesso no recreio, na relação com os amigos. O Ministério da Educação procura, com esta medi-da, diminuir o insucesso escolar e promover a qualidade do ensino.

É um facto que algum deste insucesso pode ser atribuído a alguns professores reinciden-

tes nas faltas, que, por causa disso mesmo, têm prejudicado a aprendizagem dos alunos. No entanto, como todos sabemos, o problema do

insucesso é muito mais vasto e complexo e não se resolve apenas com o fim das faltas dos profes-sores. Fazendo um ponto da situação, constatamos

que o Ministério fez uma lei, não deu orienta-ções para que esta se cumprisse e gerou, por um tempo, o caos nas escolas. Aplicar a lei como ela surgiu não fazia muito sentido, uma vez que era (e ainda é!) questionável colocar, por exemplo, um professor(a) de Matemática a substituir um outro de Língua Portuguesa ou um professor(a) de Francês a substituir outro de Educação Física. Nestas situações, os professo-res estão a fazer o papel de auxiliares de acção educativa, a ocupar os alunos. Já terá utilidade se o professor for da mesma área disciplinar, uma vez que pode reforçar ou rever conteúdos leccionados. Assim, o Ministério, vendo o ridícu-lo da questão, adaptou a lei e hoje as escolas têm, no seu horário, um professor disponível, para todas as horas do dia, de modo a “tapar o furo” que possa acontecer. Não é, na maior par-te das vezes, o professor da disciplina e o docente apenas vai servir de “ama-seca” e ocu-par os alunos. Para dignificar a função e de modo a ter utilidade prática para os alunos, algumas escolas (como a nossa) têm uma “bateria” de aulas que cada professor disponibi-liza, para serem leccionadas pelo professor substituto, em caso do primeiro faltar. Estas “actividades de substituição”, como agora o Ministério lhes chama, são, planeadas com ante-cedência e podem ser úteis para o sucesso dos alunos. Resta esperar pelos resultados, para saber se estas aulas aumentam, de forma clara, o sucesso escolar (se este não for inflacionado por outras vias…), como tem sido, ao longo des-tes últimos tempos, apregoado pelo Ministério, até à exaustão. Longe vão os tempos em que os “furos” eram espaços de crescimento e de brincadeira nos recreios, de crescimento no relacionamento interpessoal, onde se aprendia a conhecer os colegas, as regras, os namoros, as manhas e artimanhas para se singrar na vida. Talvez por isso, e apesar das vicissitudes da vida, nos pareça que estamos mais preparados afectiva-mente, para enfrentar as contrariedades da vida e para gozar aqueles pequenos/grandes momentos de felicidade. E eles estarão um dia?...

Grande reportagem

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Desentendimento existe Inocentes sofrem

Agressão na escola

Desesperam com medo Angústia sentimos

No nosso dia-a-dia Ajuda e compreensão necessitamos Ontem, hoje e amanhã Violência NÃO! Intriga NÃO! Obsessão NÃO! Luta NÃO! Exploração NÃO! Nunca desistam Chantagem NÃO! Impedir a Violência Afastemos o bullying da nossa vida

Poema do 6º E

Texto de opinião “Desigualdade, uma realidade” Desde que a humana gente existe, a desigualdade existe, especialmente em termos monetários e de qualidade de vida. Desde sempre que se ouve falar na exis-tência de pobres e ricos de gente que trabalha exaustivamente para comer, mas que nunca sai do buraco e de gente que explora e vive às custas dos outros, sem preocupação do que lhe vão servir para o jantar. Hoje em dia essa desigualdade é uma realidade cada vez mais presente e assustadora e que deve ser travada. Nós não escolhemos em que tecto nas-cemos ou sequer se temos um tecto! Mas, de facto, alguns afortunados aca-bam por nascer, por vezes, debaixo de mais do que um! A sociedade presentemente pode até ser dividida em pessoas que exploram e explorados, pessoas que enriquecem e pessoas que empobrecem, diabos e anjos de papéis trocados. Falam em travar a realidade presente, mas falar é barato (principalmente para quem é rico!). O mundo precisa de acções e é neste tempo de crise, em que a humanidade é posta à prova, que as acções devem tomar forma. Estes contrastes são imensamente nega-tivos e só provocam descontentamento. São precisos sacrifícios! É preciso esfor-ço! É preciso vontade! Sem isto, nada vai mudar. Está na hora de chamar o bom senso e fazer alguma coisa por quem necessita.

Nuno Guerra, nº13, 9º A

GLÓRIA Depois do Inverno, morte figurada, A primavera, uma assunção de flores. A vida Renascida E celebrada Num festival de pétalas e cores.

Retirado de “Árvore da Pesia”

Miguel Torga

Camale

ão Literá

rio

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14 De Fevereiro de 2009

Querido Sol Neste vazio escuro e infinito do espaço, tu és a minha

luz! És o centro do Sistema Solar, todos os planetas giram à tua volta. Neste vazio escuro e cheio de estrelas, tu destacas-te de

todas elas, porque para mim és a mais brilhante de todas. Sei que existem estrelas muito mais brilhantes do que tu e muito maiores, mas tu foste o único que me iluminou. Foste o único a dar luz a uma Lua cinzenta e cheia de crateras. Somos opostos, eu represento a noite, tu o dia; eu sou cinzenta, tu incandescente, tu tens luz própria e eu sou iluminada… mas os postos atraem-se! Esta é a metáfora perfeita para este amor. Um amor inocente, profundo, verdadeiro e puro. Uma Lua triste que descreve uma órbita em torno de um planeta azul, apercebeu-se que também descreve uma enorme órbita em torno do Sol. Quando penso em ti, todos os meus mares gelam e ficam mais brilhantes do que nunca, as crateras enchem-se de poeiras misteriosos e a cor cinza passa a azul. Quando penso em ti, sinto-me uma estrela verda-deira e não um astro sem luz própria. Amo-te, Sol! Amo-te, porque dás vida e fazes com que eu reflicta luz para outras pes-soas; amo-te, porque contigo descobri o melhor que havia em mim e amo-te, porque deixas-te de lado a aparência e percorreste o meu interior. O meu amor por ti é tão grande, que só podia ser comparado a algo tão grandioso como Sol e a Lua. Decerto que conheces o eclipse… É esse sentimento que para mim é o amor; quando duas pessoas parecem uma só e mesmo estando afastadas são fundamentais um para o outro. É esse eclipse breve e silencioso que faz toda a diferença; pode acontecer durante pouco tempo, mas não é indiferente e é um fenómeno astronómico! E porque não acontecem eclipses todos os dias? A Lua e o Sol são muito distintos… Por vezes, as pessoas não conseguem lidar com as diferenças e estas constituem uma barreira para o amor. As diferenças não devem ser barreira para o amor, por vezes são… O amor consegue voar mais alto do que qual quer obstáculo que cruze o seu caminho. Foi este voo que o nosso amor deu… Amo-te Sol! Para sempre tua iluminada, Lua P.S: Agradece a Mercúrio! a Aentrega da carta foi com uma rapidez incrível!

Jéssica Jacinto 8º A

Carta vencedora do Concurso Literário “A mais linda carta de amor”, 3º ciclo, prosa.

Camaleão Literário

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O site da nossa BE/CRE está lindís-simo e todos os dias há novidades, sobretudo ao nível da sala de estu-do, que continua a produzir a bom ritmo ou, como diriam os nossos alunos, a “bombar”! A sua Coorde-nadora, a professora Luísa Lima, está muito feliz com a eficiência

dos seus “subordinados”, diríamos mesmo “completamente babada”! A neces-sitar de formação e infor-m a ç ã o sobre a Platafor-ma Moo-dle está-v a m o s b a s t a n -tes, tanto que nos inscreve-mos na d i t a acção ministrada pelo professor Manuel Mil-Homens! O certo é que nem o próprio está feliz com a mesma, já que os impedimentos motivados pelo tal prometido “choque tecnológico” e do qual só temos um carrega-mento de cabos a adornar o átrio da escola, são de facto desesperantes. Ele é a lentidão no acesso à Internet, ele são os computadores que não estão carregados, ele são os ratos que não funcionam... Enfim, a maior parte do tempo TENTAMOS trabalhar, mas assim é difícil! O professor Chimeno tem-se revelado um aluno muito aplicado e exemplar e já sabe importar imagens de hominídeos e colocá-las na Plataforma!

Falha nossa, que já no primeiro jornal devía-mos ter feito referência à nova disposição da Secretaria da nossa Escola. Agora passea-mo-nos muito mais facilmente entre os vários sectores e o

acesso é muito mais fluido. Para além disso, temos um contacto mais directo com as caras bonitas e sim-páticas que nos atendem. Outro aspecto muito positi-vo é, de facto, a decoração que valorizou muito o espaço, tornando-o mais arejado e mais alegre, com cores vistosas e vibrantes. Agora até apetece fre-quentar o espaço!

Os alunos continuam a não saber estar e com-portar-se dentro da BE/CRE! Confrontada com o procedimento pouco

correcto de uma turma, a sua Coordenadora, professora Luísa Lima, teve esta frase brilhan-te: - Oh meninos, não consigo ouvir o meu pensa-mento e quando isso acontece... é grave!!! Na cantina, para além da barulheira infernal, que ape-nas abranda quando a profes-sora Lisette Costa Lima lá aparece, os alunos continuam a ignorar ostensivamente o balde com saco de lixo azul, colocado no meio dos outros com sacos de lixo pretos, que deveria servir para a recicla-gem de papel! Será que os meninos são sim-plesmente ignorantes ou não sabem mesmo

ler? Ape sa r de todas as pro-messas do “choque tecno-lógico” feitas p e l o E n g . Sócrates, na nossa escola só se for o da ins-talação eléctri-ca, que de vez em quando resolve dispa-rar e deitar abaixo o traba-lho que se está a realizar! A não ser que,

pela proximidade da Ria Formosa, tenham confundido com os chochos mesmo... Esses preferimos com tinta! Depois de tantas ses-sões de esclarecimen-to, palestras e demais “sermões” por parte dos professores e directores de turma, num apelo aos valores de cidadania e respeito pelo próximo, o com-portamento discriminatório por parte de alguns alunos em relação aos “outros”, como lhes chamam, apenas chama a atenção para a sua mediocridade enquanto seres humanos e para a sua pequenez de espírito. Coitados!...

O Camaleão Linguarudo

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Destinada a ser utilizada por crianças a partir dos seis anos, o trabalho com esta aplicação informática é fácil e intuitivo, permitindo às crianças promover a sua cria-tividade e, ao mesmo tempo, desenvolver a aprendizagem de conceitos matemáti-cos e de lógica. Esta aplicação possui, no entanto, potencialidades de programação muito comple-

xas, que podem servir de suporte a uma grande diversidade de projectos sem limite de idades ou de níveis de ensino.

“Portugal vai ser o primeiro país no mundo a ter uma aplicação local do Scratch, a ser distribuída gratuitamente através do Portal Sapo,

já durante o mês de Janeiro, pelo que pode ser utilizado em todos os países de língua oficial portuguesa.” (retirado de http://www.cienciahoje.pt/) Com o scratch podes criar um jogo, uma apresentação interactiva, fazer animações em fotos dos teus amigos e isto tudo sem dificuldade nenhuma. A adaptação do Scratch na língua portuguesa vai ser instalada no "Magalhães" e está inserida no novo "Sapo Kids", canal dedicado a crianças dos quatro aos dez anos, que disponibiliza conteúdos de entretenimento, informação e educação. Par instalar o Scratch no teu computador basta acederes à página da Biblioteca da tua escola e seguires as instruções existentes na secção notícias. Podes visualizar e utilizar os trabalhos desenvolvidos por crianças portugue- s a s no site: http://kids.sapo.pt/scratch/ No youtube existem imensos vídeos onde podes ver todas as funcionalidades deste software.

“O Scratch é uma nova linguagem gráfica de progra-mação, inspirada no Logo, que possibilita a criação de histórias interactivas, animações, jogos e músicas e a partilha dessas criações na Web.

Scratch Programação para crianças

TECNOlogias

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CAMALEÃO DIVERTIDO

Metro cúbico Quantos cubos peque-nos faltam para comple-tar o cubo

Soluções Cubos: faltam 62 cubos Confusões de moradas: 8º Carlos 7º Duarte 6º António 2º Simões

Partilhar: vê a solução em:

http://www.mat.uc.pt/zefiro/

Confusão de Moradas

Quatro irmãos chamados António, Simões, Carlos e Duarte vivem no mesmo prédio. O António vive no sexto andar. O Simões mora quatro andares abaixo do

António. O Carlos não tem ninguém a morar por cima. O Duarte é vizinho do Carlos e do António. Em que andar vive cada um?

A escada Uma pessoa encontra-se no degrau do meio de uma escada. Sobe 5 degraus, des-ce 7, volta a subir 4 e depois mais 9 para chegar ao último. Quantos degraus tem a escada?

Partilhar O Zéfiro e outros cin-

co amigos querem

dividir entre eles um bolo

com cobertura de chocolate, com

a forma

de um cubo com 18 centímetros

de lado. De que modo hão-de os seis amigos repar-

tir o bolo, sem que nenhum fique prejudi-

cado? Há uma maneira única

de fazer esta partilha?

Lembra-te que todos querem igual

quantidade de cobertura!

Dica: Pensa que se seis pessoas querem

comer bolo, então cada grupo

de três irá partilhar uma

metade.