JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA - sboportal.org.br · tar trabalho voluntário. PÁGINAS 8 E 9...

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Sol, mar e imersão na oftalmologia D urante o XVIII Congresso Internacional, oftalmologistas de todo o país e do exterior desfrutam da hospitalidade carioca, aliando às atividades científicas, um programa social típico da cidade, com muita alegria e humor. D urante o XVIII Congresso Internacional, oftalmologistas de todo o país e do exterior desfrutam da hospitalidade carioca, aliando às atividades científicas, um programa social típico da cidade, com muita alegria e humor. NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959 JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Nº 163 - MAI-JUN - 2014 Sol, mar e imersão na oftalmologia Dificuldades não devem prejudicar trabalho do médico, afirma Marcus Safady Nassim Calixto é o au- tor do depoimento sobre a fundação do Hospital São Geraldo, publicado na se- ção Tempo e Memória. Professor emérito da UFMG, onde, ingressou como estudante em 1947, prefere o título de Profes- sor de Clínica Médica Oftalmológica da Faculda- de de Medicina da UFMG, onde continua a pres- tar trabalho voluntário. PÁGINAS 8 E 9 Prof. Nassim Calixto, entrou para a Faculdade de Medicina da UFMG em 1947 Para o presidente da SBO, apesar das recentes mudanças na legislação federal confirmar o descaso do Governo com a situação real da saúde no Brasil, os médicos, mas do que nunca, devem buscar exer- cer seu trabalho da melhor maneira possível. Às críticas de que tudo é intriga da “elite branca”, os médicos devem responder com competência pro- fissional, ética e dedicação ao paciente, “ocupando um espaço que governo nenhum pode tirar de nós”. EDITORIAL PÁGINA 2 Breve história da fundação do Hospital São Geraldo, da Universidade Federal de Minas 23 a 26 de julho de 2014 - Windsor Barra Hotel - Rio de Janeiro - RJ Dias 23, 24, 25 e 26 de julho 19:00 - Coquetel 20:00 - Stand-up comedy “Lente de Aumento” - Leandro Hassum Mais de 170 horas de atividades científicas abrangendo praticamente todos os temas da especialidade. E ainda: Fórum de Residentes, II Encontro Nacional de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia, Cursos da SBAO e muito mais... 18:45 - Cerimônia Oficial de Abertura do XVIII Congresso Internacional Entrega do 42º Prêmio Varilux Homenagem ao “Médico Oftalmologista” Homenagem “Personalidades SBO 2014” Após a Cerimônia Oficial de Abertura, Coquetel de Botequim e Happy Hour “SBO Você É Show 3” Dia 24 de julho - Quinta-feira Dia 25 de julho - Sexta-feira Homenagem ao “Médico Oftalmologista” Homenagem “Personalidades SBO 2014” PÁGINA 3 Leandro Hassum na stand-up comedy “Lente de Aumento”

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Sol, mar eimersão naoftalmologiaDurante o XVIII Congresso Internacional,

oftalmologistas de todo o país e do exteriordesfrutam da hospitalidade carioca, aliando àsatividades científicas, um programa social típicoda cidade, com muita alegria e humor.

Durante o XVIII Congresso Internacional,oftalmologistas de todo o país e do exterior

desfrutam da hospitalidade carioca, aliando àsatividades científicas, um programa social típicoda cidade, com muita alegria e humor.

NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIARECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959

JORNAL BRASILEIRO

DE OFTALMOLOGIANº 163 - MAI-JUN - 2014

Sol, mar eimersão naoftalmologia

Dificuldades não devemprejudicar trabalho do médico,afirma Marcus Safady

Nassim Calixto é o au-tor do depoimento sobre afundação do Hospital SãoGeraldo, publicado na se-ção Tempo e Memória.Professor emérito daUFMG, onde, ingressoucomo estudante em 1947,prefere o título de Profes-sor de Clínica MédicaOftalmológica da Faculda-de de Medicina da UFMG, onde continua a pres-tar trabalho voluntário. PÁGINAS 8 E 9

Prof. Nassim Calixto, entroupara a Faculdade deMedicina da UFMG em 1947

Para o presidente da SBO, apesar das recentesmudanças na legislação federal confirmar o descasodo Governo com a situação real da saúde no Brasil,os médicos, mas do que nunca, devem buscar exer-cer seu trabalho da melhor maneira possível. Àscríticas de que tudo é intriga da “elite branca”, osmédicos devem responder com competência pro-fissional, ética e dedicação ao paciente, “ocupandoum espaço que governo nenhum pode tirar de nós”. EDITORIAL PÁGINA 2

Breve história da fundaçãodo Hospital São Geraldo, daUniversidade Federal de Minas

23 a 26 de julho de 2014 - Windsor Barra Hotel - Rio de Janeiro - RJ

Dias 23, 24, 25 e 26 de julho

�19:00 - Coquetel� 20:00 - Stand-up comedy“Lente de Aumento” - Leandro Hassum

�Mais de 170 horas de atividades científicas abrangendopraticamente todos os temas da especialidade. E ainda:

Fórum de Residentes, II Encontro Nacionalde Ligas Acadêmicas de Oftalmologia,Cursos da SBAO e muito mais...

�18:45 - Cerimônia Oficial de Abertura doXVIII Congresso Internacional

�Entrega do 42º Prêmio Varilux�Homenagem ao “Médico Oftalmologista”

�Homenagem “Personalidades SBO 2014”�Após a Cerimônia Oficial de Abertura, Coquetelde Botequim e Happy Hour “SBO Você É Show 3”

Dia 24 de julho - Quinta-feira

Dia 25 de julho - Sexta-feira

Homenagem ao “Médico Oftalmologista”Homenagem “Personalidades SBO 2014”

PÁGINA 3

LeandroHassum

na stand-upcomedy

“Lente deAumento”

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Marcus Safady*

Tudo é intrigada “elite branca”

2

Todos conhecemos o momen-to conturbado por que passa asaúde em nosso país. O poder pú-blico, através de suas decisões,tenta banalizar o atendimentomédico, assumindo que profissi-onais, com uma formação desco-nhecida e não coomprovada pelosórgãos de fiscalização da medici-na, possam cuidar de nossa popu-lação.

Se isto fosse verdade, por queentão o governo, de forma auto-ritária e ditatorial, precisou mu-dar a legislação federal e dar aoMinistério da Saúde o poder le-gal para autorizar o trabalho mé-dico no país, passando por cimade todas nossas entidades e des-respeitando toda uma história deseriedade e compromisso com asaúde pública construida porelas.

O que se conclui é que os pro-fissionais chamados de “médicos”pelo Governo Federal não teriamcondições técnicas de serem apro-vados no programa Revalida.

Muitas foram as tentativas dedialogar com o Governo e mos-trar que esse não seria o caminhocorreto para melhoria da assistên-cia médica no Brasil.

Tudo em vão. Hoje vemos oprograma “Mais Médicos” comoa principal bandeira politica dasautoridades federais e entendemosmelhor a estratégia do Governo.Criou-se uma situação onde, a

PÁGINA PÁGINA

Confira ............................................ 2

Editorial .......................................... 2

XVIII Congresso Internacional

da Sociedade Brasileira

de Oftalmologia .............................. 3

Fique De Olho -

Questões tributárias ....................... 4

Fique De Olho -

Seguros para oftalmologistas ......... 6

Lançamento do livro

“Toxoplasmose & Toxoplasma” ....... 6

Ações Sociais -Instituto Ver e Viver 7

“Visão Social” na Escola de

Música e Cidadania ........................ 7

Tempo e Memória ........................... 8-9

Conta-Gotas ................................... 13

Filiadas À SBO .............................. 14

Congresso de Prevenção da Cegueira. 14

princípio, o problema estaria re-solvido com a chegada de milha-res de “médicos”, dando a im-pressão que tudo iria melhorar.Em marketing, essa estratégiadenomina-se “cortina de fuma-ça”. As aparências confundem osobservadores e, quando a fumaçase dissipar, a situação será exata-mente a mesma. Mas aí, as elei-ções já terão passado.

Nenhum destaque se dá aosinúmeros relatórios que mos-tram as calamitosas condiçõesde saúde em nosso país. Tudo éintriga da “elite branca”, comoa Presidente Dilma Rousseffchamou os que a vaiaram naabertura da Copa do Mundo e,provavelmente, considera, semtrocadilho, as críticas dos mé-dicos brasileiros ao programaimplantado de forma totalmen-te antidemocrática e claramen-te de cunho eleitoreiro.

No entanto, apesar dos pesa-res e, talvez por causa deles, maisdo que nunca nosso papel,comomédicos comprometidos com asaúde da população brasileira, écontinuar , cada vez mais, a exer-cer nosso trabalho da melhormaneira possivel. Com compe-tência profissional, ética e dedi-cação ao paciente, ocupando umespaço que governo nenhum podetirar de nós.

*Presidente da SBO

“Visão Social” atende 172, entre crianças, jovense adultos, na Escola de Música e Cidadania

Parceria da Unimed-Rio com o Lions Club e Agência do Bem, com apoio daEssilor e Ótica Teles, sob a coordenação de Sérgio Fernandes, ex-presidente daSBO, a ação “Visão Social” realizou uma campanha na Escola de Música e Cidada-nia, unidade Cidade de Deus (RJ), com o objetivo de detectar problemas de visão.Foram atendidas 172 pessoas, entre crianças, jovens e adultos. PÁGINA 7

Além das parcerias com as prefeituras de inúmeras cidades, o Instituto Ver eViver está implementado as parcerias com a ONG Lions Clubs, presente em maisde 500 cidades no Brasil e comunidades, realizando campanhas de acuidadevisual com o objetivo de fornecer óculos a preços acessíveis para quem nuncapode ter essas facilidades. Recentemente, o Instituto promoveu uma campanhana comunidade do Pereirão, na Rua Pereira da Silva, em Laranjeiras.

PÁGINA 7

Instituto Ver e Viver implementaparcerias com Lions Clubs

Ricardo Reis, cooperado da Unimed, realiza examede fundo de olho em um dos adultos examinadosna ação, que se estendeu por três dias

Ladeando o banner institucional do Instituto Vere Viver, Sérgio Fernandes e Marcos Reis, técnicoque preparou parte dos óculos distribuídos

Fotos divulgação

3Maio - Junho - 2014

Na cerimônia de abertura, as homenagens especiaisCinco médicos e um engenheiro mecânico de formação serão homenageados dia 24 de julho

HOMENAGEM “MÉDICO OFTALMOLOGISTA”

HOMENAGEM “PERSONALIDADES SBO 2014”

Com o Hino Nacio-nal executado pelocarioca João Dal-

tro, especializado em vi-olino, viola e música decâmara, que durantemais de 20 anos ocupouo cargo de lº violinista spalla da Orquestra SinfônicaBrasileira, terá início a cerimônia de abertura do XVIIICongresso Internacional da Sociedade Brasileira de Of-talmologia, dia 24 de julho, às 18h45m, no WindsorBarra Hotel, sede de todas as atividades do evento.

-O ponto alto da cerimônia serão as homenagensao “Médico Oftalmologista” e às “Personalidades SBO2014”, além da entrega do tradicional Prêmio Varilux,já na sua 42ª edição, destaca o presidente MarcusSafady, que aposta também na happy hour posterior,com direito ao “”SBO Você É Show 3" e o Coquetelde Botequim, para atrair todas as “tribos” da Oftal-mologia.

-Nas homenagens buscamos o equilíbrio, dosan-do a contribuição que cada um vem dando à nossaespecialidade, tanto na área acadêmica e científicaquanto na defesa dos interesses dos oftalmologistasque, como os demais médicos, enfrentam um perío-do conturbado, agravado pelas recentes medidasgovernamentais.

Como “Médico Oftalmologista” homenagearemosAna Luisa Hofling de Lima, presidente da AssociaçãoPan-Americana de Oftalmologia, professora titular deOftalmologia da Escola Paulista de Medicina (Unifesp),especialista em córnea, doenças externas e infecçõesoculares; Roberto Abdalla Moura, ex-presidente da So-ciedade Brasileira de Retina e Vítreo, vice-presidenteda SBO (MG) no biênio 2011-2012, ex-professor ad-junto de Oftalmologia da Baylor College of Medicine,Houston, Texas; e Osvaldo Travassos de Medeiros, vice-presidente da SBO (PB) no biênio 2011-2012, pro-fessor titular de Oftalmologia da Universidade Fede-ral da Paraíba, especialista em refração.

Na categoria “Personalidades SBO 2014”, o pri-meiro homenageado será Mário Heringer, médicoortopedista, formado pela Universidade Federal de Juizde Fora, eleito deputado federal por Minas em 2002,representou Minas Gerais durante três mandatos con-secutivos (no Congresso Nacional dedicou-seprioritariamente na melhoria da saúde, educação, agri-cultura e segurança).

O segundo, o cardiologista Alosio TibiriçaMiranda, formado pela UFRJ, vice-presidente doConselho Federal de Medicina, na atual gestão co-ordenador do Departamento de Processo-Consulta,

■ Ana Luisa Hofling de Lima, presidenteda Associação Pan-Americana de Oftal-mologia, professora titular de Oftalmolo-gia da Escola Paulista de Medicina(Unifesp)

■ Roberto Abdalla Moura, ex-presiden-te da Sociedade Brasileira de Retina eVítreo e ex-vice-presidente (MG) daSociedade Brasileira de Oftalmologia,gestão 2011-2012

■ Osvaldo Travassos de Medeiros, pro-fessor titular de Oftalmologia da Univer-sidade Federal da Paraíba, ex-vice-pre-sidente (PB) da Sociedade Brasileira deOftalmologia, gestão 2011-2012

além das Comissões Pró-SUS e de Saúde Comple-mentar (COMSU).

João Fernandes (João de Almeida Fernandes Filho),é o terceiro homenageado “Personalidades SBO 2014”.Com formação em Engenharia Mecânica, especializa-ção em Engenharia de Produção e Economia, JoãoFernandes atua na área médica desde 2000 (Central de

Convênios) e depois na Cooeso e FeCooeso. Represen-ta a SBO e o CBO em todas as reuniões que tratam deSaúde Suplementar.

Programação Social e Programa Científicocompletos no site www.congressosbo.com.br e noPrograma Final

■ Mário Heringer, médico ortopedista,deputado federal por Minas Gerais, elei-to pela primeira vez em 2002, com for-te atuação nas áreas de saúde e edu-cação

■ Aloisio Tibiriça Miranda, vice-pre-sidente do Conselho Federal de Me-dicina, conselheiro do Conselho Re-gional de Medicina do Estado do Riode Janeiro

■ João Fernandes, engenheiro por for-mação, atua na área médica desde2000,através da Cooeso e FeCooeso re-presenta a SBO e o CBO nas reuniões deSaúde Suplementar

Fotos de arquivo SBO

Divulgação Divulgação

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia4

A OAB informa que para esta aprova-ção do texto tem 99% de acordo entre aCâmara, Senado e Governo.

O texto aprovado terá a inclusão, natabela de tributação acima, anexo V, ati-vidades médicas como medicina, enfer-magem, odontologia, psicologia, terapiaocupacional, fonoaudiologia, nutrição,vacinação, fisioterapia.

Quando estiver em vigor a partir dejaneiro/2015, os médicos deverão ver jun-to ao seu contador o melhor planejamen-to tributário para sua empresa.

Toda atenção dos médicos do municí-pio do Rio de Janeiro deve estar voltadapara a regulamentação da lei 5.739 de 16/05/2014, que trata dentre outros assun-tos, da anistia total e parcial de auto deinfração e da normatização dos critériosobjetivos para a sociedade uniprofissional.Se desejar obter maiores informações a res-peito, contatar o Grupo Asse.

Atual legislação beneficia advogados e prejudica médicos

RECORTE E GUARDE

NÚMERO 6

Questões tributárias, contábeis e fiscais na área de Saúde

As únicas atividades médicas inclusasno simples nacional, são laboratórios deanálises clínicas ou de patologia clínica,serviços de tomografia, diagnósticos mé-dicos por imagem, registros gráficos emétodos óticos, bem como ressonânciamagnética e serviços de próteses.

Estas atividades médicas são tributa-das na forma do anexo V da LC nº 128/2008, que só é interessante quando temum fator r=salário (folha pagamento +encargos sociais) acima de 40%. Se formenor, estas atividades médicas para umfaturamento de 15 mil reais mensal, te-rão uma alíquota de 17,5% sobre a emis-são das notas fiscais de serviços.

No dia 08/05/2014, a OAB aprovouno Senado e na Câmara, projeto de lei doSuper Simples, passando a incluir a ad-vocacia entre as categorias simplificadaspara as micro e pequenas empresas (até3,6 milhões de reais anual) e agora irá paraa sanção presidencial.

Para esta atividade de advocacia, aOAB conseguiu incluir no anexo IV, di-ferentemente do anexo V para atividade

médica, sendo de-vida uma alíquotade 4,5% para omesmo fatura-mento de 15 milreais mensal.Anexo IV não levaem consideração ofator “r”.

Porque esta di-ferença de trata-mento tributárioentre estas duasprofissões regulamentadas?

A OAB defende a causa dos advoga-dos informando que há milhares de ad-vogados, principalmente em início de car-reira, que se encontram em situação dearrecadação de menor porte, e necessitamde um olhar mais igualitário. A Ordemdos Advogados do Brasil colocou todo oseu peso institucional em favor desses va-lorosos colegas, que são os mais necessi-tados, observou o presidente da Ordemdos Advogados do Brasil, Marcus ViniciusFurtado Coelho.

A OAB acreditaque os benefícios damudança de tabelade tributação serãopercebidas na roti-na dos advogados,determinantes para817 mil advogadosbrasileiros. Hojesão 40 mil socieda-des de advogados eesperamos que comesta tributação, que

aumente para 100 mil.Observamos que para os médicos tudo

é muito difícil por falta derepresentatividade, senão vejamos.

Para os advogados, a tributação fede-ral no anexo IV para faturamento até 180mil reais anual, será de 4,5%, já incluso oISS e a CPP – Contribuição PrevidenciáriaPatronal.

Para os médicos, a tributação federalno anexo V para faturamento até 180 milreais anual, será de 17,5% + 2% de ISS,estando incluso a CPP.

Vitor MarinhoDiretor do Grupo Asse

[email protected]

Advogados já podem ser enquadrados no Super Simples, médicos ainda aguardam definição

5Maio-Junho - 2013

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia6

O seguro de vida deve ser visto comoum gesto de carinho e amor aos nossosfamiliares.

A experiência mostra, segundo omercado segurador, explica WaltonMcComb Bizantino, da SegnaConsultoria em Seguros, que a partir domomento em que as pessoas seconscientizam da importância de prote-ger seus filhos e cônjuges elas adquiremum seguro.

É fato que o seguro de vida não subs-titui ninguém. Mas a questão básica doseguro é prestar uma proteção financei-ra no caso de uma perda, ou no caso dealgum acontecimento que possa abalara família. O seguro de vida, mais doque proteger financeiramente, permiteque em horas de abalos ou tristezas, afamília seja poupada de mais desconfor-tos e preocupações.

Cada pessoa tem suas necessidades esonhos. Por isso precisamos contratar umseguro adequado, garantindo que mes-mo que não estejamos mais aqui por al-guma fatalidade, tudo aquilo que pla-nejamos se realize.

Embora a vida não seja um bemque possa se medir o valor, como acon-tece com um automóvel, imóvel ou

equipamento, a contratação de um se-guro de vida, normalmente passa poruma avaliação, sobre qual o montantede recursos necessários para garantir arealização dos projetos idealizados pelosegurado.

Pergunte: Quais as minhas neces-sidades hoje? Quem depende de mimfinanceiramente? Qual o montante ne-cessário para manter o padrão de vidada família pelo menos nos próximoscinco anos.

Por tais razões, não é surpresa quan-do nos deparamos com histórias como:“a de um bem sucedido empresário quepelo simples fato de seu pai, já faleci-do, ter contratado um bom seguro vida

Seguros para oftalmologistas

proporcionou a sua mãe recursos sufi-cientes à manutenção do nível educa-cional que seu pai em vida proporcio-nava a ela e seus irmãos”. A atenção deseu pai a este detalhe fez toda a dife-rença na vida de seus filhos e esposa; emais, fez diferença na vida dos netosque, vivendo em uma famíliaestruturada financeiramente, estarãobem preparados para viver neste mun-do tão competitivo.

O investimento do segurado é com-pensado pela tranquilidade de que o in-fortúnio não mudará seus planos; é paraos beneficiários, uma demonstração amais de quão importantes são para o se-gurado; para a sociedade, a manutençãode famílias estruturadas financeiramen-te, e para o corretor de seguros, a certe-za do dever cumprido.

O seguro de vida não deve ser atre-lado à morte, mas sim, a uma forma demanter o padrão de vida dos seus fami-liares, como uma preocupação que o se-gurado teve de não deixar sua famíliadesamparada financeiramente.

Walton McComb BizantinoE-mail: [email protected]

(21) 3045-3966 / (21) 9966-13159

Fiocruz lançana Academia livro

sobre toxoplasmoseOrganizado

por Wanderleyde Souza e Ru-bens Belfort Jr.,com a colabora-ção de 25 reno-mados especia-listas, a EditoraFiocruz lançouToxoplasmose &To x o p l a s m agondii” no dia 10 de julho, em cerimô-nia na Academia Nacional de Medici-na, no Rio de Janeiro. O lançamento foiprecedido do Simpósio “Toxoplasma eToxoplasmos, coordenado pelos acadê-micos Rubens Belfort Jr. e Wanderleyde Souza.

Estruturada em 16 capítulos, a cole-tânea cobre praticamente todos os cam-pos do conhecimento sobre o agenteetiológico e a doença, apresentando no-vos aspectos, particularmente em rela-ção à bioquímica, à interação entre oparasita e a célula hospedeira e à respos-ta imunológica à infecção.

A obra conta com a participação dedois dos maiores especialistas mundiaisno assunto, Jeffrey L. Jones e JitenderP. Dubey,que fizeram a mais ampla re-visão sobre o tema, de acordo com o aca-dêmico José Rodrigues Coura, chefe doLaboratório de Doenças Parasitárias doInstituto Oswaldo Cruz.

Seguro de vida, uma forma de mantero padrão de vida de seus familiares

7Maio - Junho - 2014

Instituto Ver e Viver (IVV): a visão para todosAtravés de parcerias, IVV leva correção visual para a população

2.5 bilhões de pessoas no mundo ain-da não tiveram acesso à correção visual éo que estima o Vision Impact Institute,organização dedicada a estudar os impac-tos socioeconômicos dos problemas rela-cionados à visão. Como líder no segmen-to de lentes corretivas o grupo Essilor lan-çou mundialmente o projeto 2.5 NVG(2.5 New Vision Generation) que tem pormissão criar novos modelos de negóciossociais que levem acesso a essa popula-ção. O programa disponibiliza um pro-duto exclusivo com lentes para óculos empolicarbonato e resistentes à quebra, pré-cortadas e com formatos simétricos, quese encaixam facilmente em armações es-pecíficas, possibilitando assim a entregados óculos logo após a consulta com o of-talmologista. No Brasil quem opera-cionaliza esse projeto é o Instituto Ver eViver (IVV), que já promove há um anocampanhas com a missão de levar umamelhor qualidade de vida através da vi-são à população brasileira que nunca vi-sitou um oftalmologista.

“São estudantes, idosos, motoristas etrabalhadores ou seja brasileiros que atu-am em diferentes setores da nossa socie-dade. Só conseguimos atingir todo essepúblico formando parcerias diversificadasque tenham entrada em cada uma dessasesferas” diz Diana Paes, da área de ex-pansão do projeto. Uma dessas parceriasé com a ONG Lions Clubs, que está pre-sente em mais de 500 cidades do Brasilrealizando campanhas de cuidados com avisão. “A entrega dos óculos na hora va-loriza a campanha, a pessoa não precisaretornar, pois já tem sua necessidade aten-dida ali mesmo na ação”, elogia PedroAurélio Gonçalves, ex-presidente de Con-selho do Lions.

Em fevereiro, em parceria com a pre-feitura de Mangaratiba (RJ, foram aten-didas mais de 900 pessoas na praça cen-tral da cidade, a repercussão foi tão posi-tiva que rendeu ao Instituto convites decidades vizinhas. O IVV também já for-mou parcerias com várias associações demoradores que disponibilizam espaço,fazem a comunicação da campanha e jun-tos promoveram atendimento nas comu-nidades do Borel, Pereirão, Cantagalo,Pavão-Pavãozinho e Cruzada São Sebas-tião no Rio de Janeiro: “Estamos abertosa promover mais campanhas como essa,muitos dos moradores nunca haviam fei-to um exame”, ressalta Luis Bezerra, pre-sidente da Associação de Moradores doCantagalo.

Outro modelo de campanha é com ainiciativa privada, estudos do VisionImpact Institute mostram que a correçãovisual pode aumentar em 20% a produti-vidade de um trabalhador. A Carbografite,empresa de equipamentos de proteção,mobilizou seu chão de fábrica em uma cam-panha de visão e se surpreendeu com o re-sultado: “O mais interessante é que 70%de todos os colaboradores, que passaram aser usuários, desconheciam essa necessida-de”, disse em carta de agradecimento en-viada pelo seu Departamento de RH aoInstituo Ver e Viver.

Se cada parceiro atinge uma parte dasociedade, a parceria médica atende a to-das. Para cada campanha, o IVV vem con-tando com médicos e jovens residentesque ajudam a mudar para melhor a vidade muita gent., “ È uma ótima oportuni-dade para o residente estar em contatoíntimo com a realidade do nosso país” dizGabriel Sena, residente do Hospital Fe-deral de Bonsucesso.

A partir da esquerda, Rodrigo Silva, Diana Paes (jaleco branco), Sandra Abreu, Kelly Martinsagachada, Eneida Ribas, Alexander Rossi, Marcos Reis e Paulo Silva em campanha na Comunidadedo Pereirão, na Rua Pereira da Silva, em Laranjeiras, Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro (RJ)

Pedro Aurélio Goçalves, ex-presidente do conselho doLions Club e um dos moradores da comunidade do Pereirãojá com seus óculos

Gabriel Sena, residente do HospitalFederal d Bonsucesso, colaboradordas campanhas do IVV

“Visão Social”, na Escola de Música e Cidadania, na Cidade de Deus (RJ)

Na entrada da Escola de Música e Cidadania (EMC), SérgioFernandes, ex-presidente da SBO, cooperado da Unimed-RJ,idealizador da ação “Visão Social”

Intitulada “Visão Social”, a Unimed-Rio em parceria com o Lions Club e aAgência do Bem, promoveram uma cam-panha na Escola de Música e Cidadania,unidade Cidade de Deus (RJ), uma dasinstituições apoiadas pela cooperativa.Idealizada pelo médico oftalmologistacooperado, Sérgio Fernandes, ex-presi-dente da Sociedade Brasileira, a iniciati-va teve por objetivo tratar os participan-tes da Escola que apresentam problemasde visão.

Sérgio Fernandes explicou que essetipo de campanha reveste-se de especialimportância porque diminui falhas naaprendizagem, uma vez que contribuipara diagnosticar problemas de refração,evitando a evasão escolar. Todas as crian-ças diagnosticadas com dificuldades vi-suais receberam os óculos gratuitamen-te, destacou, informando que os pais e ir-mãos também foram contemplados.

-Um total de 172 pessoas foram aten-didas em três dias- 46 adultos e 34 crian-ças tiveram indicação para exame. Osmédicos cooperados atenderam em con-sultório improvisado, montado na própriaEscola de Música e Cidadania, informouSérgio Fernandes, que ressaltou o fato doprograma ter alcançado maiores propor-

Numa das salas da Escola de Música e Cidadania, unidade Cidade de Deus, criançasjovens e adultos aguardam o atendimento oftalmológico realizado por cinco médicosoftalmologistas no próprio local

ções com a abertura para a comunidade.A triagem foi feita previamente por

voluntários do Lions Club e, além de Sér-gio Fernandes, o atendimento foi reali-zado pelos médicos cooperados RobertoMitrau, Ricardo Reis, Carlos FernandoFerreira, ex-presidente da SBO, MarcusSafady e Gilberto dos Passos, presidentee tesoureiro da Sociedade no biênio 2013-2014.

O Instituto Ver e Viver montou umestande onde era possível adquirir ócu-

Fotos divulgação

los para longe ou para perto, logo após areceita ser prescrita. Sob a coordenaçãodo técnico Marcos Reis, todas as medi-ções foram feitas na hora e os óculosmontados no próprio local. Para os ca-sos mais específicos, como os das lentesprogressivas (multifocais ou bifocais), asmedidas foram encaminhadas para a sededa Essilor.

Os modelos infantis, de diversos for-matos e cores, que podiam ser escolhidosna hora pelas crianças, foram doados pela

Ótica Teles. As outras armações, paraadultos, foram doadas também pela em-presa, ou compradas pela Unimed-Rio.Algumas foram adquiridas por SérgioFernandes.

Além dos médicos oftalmologistas, dopessoal de apoio, a iniciativa teve a parti-cipação de Lilian Lima, representante daEssilor, Diana Paes, do Instituto Ver eViver, e de Mariana Lima e Tiago Padilha,respectivamente analista e estagiário desustentabilidade.

Fotos divulgação

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia8

Nossa história tem marcos expressi-vos que antecederam a fundação do Hos-pital São Geraldo.

I – 04/03/1911 – Fundação da Facul-dade de Medicina de Belo Horizonte (12fundadores acrescidos de Aurélio Pires*o varão mais importante de sua criação).Entre os fundadores estava HonoratoAlves, responsável pelas ClinicasOftalmológica e Otorrinolaringológica.

II – Em 1915 - A diretoria da Facul-dade pressentindo a falta de professoresdas duas áreas (parece que Honorato Alvesnunca exerceu efetivamente as duas espe-cialidades) abriu dois concursos (para asduas áreas), sendo que para a ClinicaOftalmológica o concurso foi para Profes-sor substituto (com direito a sucessão).

III –Em janeiro de 1916- Dr. RenatoBrancante Machado (candidato único) con-quistou a cátedra de Otorrinolaringologiaem 24/01/1916, empossado em 09/07/1916. Instalou seu serviço em “Cômodo dapoliclínica da Santa Casa que lhe fora ce-dido por força do contrato em vigor”.

IV- Em 27, 28 e 29/01/16 realizaram-se as provas para Professor Substituto deClinica Oftalmológica sendo aprovadosos 3 candidatos:

Dr. Linneu Silva, Professor substitu-to classificado em primeiro lugar.

Livre docentes, os Drs. Edilberto Cam-pos e Joaquim Santa Cecília classificados

em 2º e 3º lugares, respectivamente. Oprofessor Linneu foi empossado em 16/07/1916.

(*) Há uma feliz coincidência entre o númerodo Colégio Apostólico (12) do Novo Testamentoacrescido de São Paulo, apóstolo dos gentios e os 12fundadores também acrescidos da figura ímpar deAurélio Pires, paladino da criação de uma Facul-dade de Medicina em Minas Gerais (desde 1896ainda na antiga capital do Estado).

Onde instalar a Clinica Oftalmo-lógica?

Na Santa Casa impossível pela existên-cia de serviço similar e dirigido por SantaCecília (desde 1914) rival de Linneu Sil-

SBOTempo e Memória

João Diniz

Breve história da fundação do Hospital São Geraldo Um marco na história da medicina brasileira, o Hospital São Geral-

do, primeira instituição hospitalar da então Faculdade de Medicina deBello Horizonte, foi fundado em 1920. Às vésperas do seu 90º aniversá-rio, em 2009, prof. Nassim Calixto escreveu “História do Hospital SãoGeraldo (Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia”, uma“opinião pessoal de quem viveu e ainda vive como voluntário no Hospi-tal São Geraldo”, como fez questão de destacar.

O texto que publicamos abaixo, especialmente preparado para Tempoe Memória, é um breve resumo desse original, que integra o livro docentenário da Faculdade de Medicina da UFMG, fundada em 1911.Professor emérito da UFMG, com mais de 60 anos de vivência noHospital São Geraldo, Nassim Calixto é uma referência nacional emglaucoma, subespecialidade que abraçou convidado pelo prof. HiltonRocha, em 1953.

viveu no porão do edifício da Faculdadede Medicina, onde funcionava exclusiva-mente um Ambulatório de ClínicaOftalmológica, quase lhe alquebraram acoragem de lutar. Mas a boa estrela deLinneu Silva ganhou a batalha.

O Presidente do Estado e o seu Secre-tário do Interior, Affonso Penna Jr., fo-

ram sensíveis ao pedido do professor daClínica Oftalmológica.

“Olhos fitos na meta almejada – quebrilhava muito longe, ouvidos surdos aosclamores dos eunuchos de acção, e sóli-das perneiras contra os dentes aguçadosdas ameaças traiçoeiras e dia a diaapproximavamos mais o nosso fim”.

“E m b a r a ç o s accidentaes adestra-vam-nos, os passos principiantes, tropeçospropositaes estimulavam-nos, sobremodo,o espírito de luta, perfídias (que as houvee bem feitas) era o tempero humorísticoao amargor das dificuldades de toda hora.”

Reformado o prédio da Diretoria de

va. Seguem-se alguns trechos da aula inau-gural de Linneu Silva em 1920

“Isolada num vão subterrâneo do edi-fício da Faculdade de Medicina vivia apar-tada do restante da assistência hospita-lar do ensino médico, a clínica de olhos -mais completando a organização dos pro-gramas exigidos que podendo satisfazeraos fins de seu futuro funcionamento –não melhor em sua eficácia que umaprótese de porcelana mantida fora do cor-po e que só figurasse no vazio da órbitapara os fins de composição estética em diade festa e ainda assim sob os óculosenfumaçados de compassiva benevolên-cia – tão mal feita era ela”.

Renato Machado trabalhou até mea-dos de 1918 quando, em agosto desse anoele se junta a Borges da Costa e outrosmédicos para integrar a missão médicabrasileira que se uniu aos aliados na Pri-meira Grande Guerra (1914-1918). Re-gressando em março de 1919 RenatoMachado se une à Linneu Silva na lutaingente para obter local apropriado paraas duas clinicas de vez que ao regressarda Europa seu serviço foi manipulado poroutros médicos da Santa Casa.

Em 1919 vagara um prédio próximoà Faculdade de Medicina onde o governodo estado mantinha um anexo da Direto-ria de Higiene dirigida então pelo prof.Samuel Libânio.

Pouco antes o presidente ArthurBernardes recebia um pedido dramáticode Linneu para instalar sua clinicaoftalmológica em condições mais dignas.O presidente prometeu estudar o assun-to com muito empenho.

Os quatro anos em que Linneu Silva

Prof. Renato B. Machado, empossado na cátedrade Otorrinolaringologia em 9 de julho de 1916. Oconcurso foi em 24 de janeiro de 1916

Prof. Linneu Silva,classificado em primeiro lugarna prova para professor substituto de Oftalmologiatambém realizada em janeiro de 1916

Trabalho do prof. Linneu no concurso para acátedra de professor substituto de Oftalmologiada Faculdade de Medicina de Bello Horizonte

Na Santa Casa impossível pela existência deserviço similar e dirigido por Santa Cecília(desde 1914) rival de Linneu Silva. Seguem-sealguns excertos da aula inaugural de Linneu Silvaem 1920

Primeiro concurso paracatedrático da clínica

oftalmológica foirealizado em 1916.

Linneu Silva,professor substituto,foi classificado em

primeiro lugar

No início,com dificuldade para

instalar a clínicaoftalmológica, Linneu

Silva fez um apelodramático ao

PresidenteArthur Bernardes

Fotos arquivo UFMG

Conclusão da página anterior

9Maio - Junho - 2014

Higiene, pelos esforços conjugados doGoverno do Estado, da Escola de Medici-na, e graças a donativos e subscrições deprofessores da própria Escola, de médi-cos e pessoas da sociedade.

Pela lista parcial de donativos trans-crita no anexo da página 8, pode-se bemaquilatar a luta ingente que desenvolve-ram os dois professores, inicialmente, nosentido de obter o local apropriado paraa instalação das duas clínicas e, depois,os esforços despendidos na captação deverbas e doações para adquirir os equipa-mentos adequados.

E Linneu Silva prossegue: “A encora-jar-nos, tínhamos o exemplo, confortadorsobre todos, de Cícero Ferreira na creaçãodessa obra admirável de fé, sacrifício e te-nacidade – a Faculdade de Medicina deBello Horizonte, e a palavra serena de ami-zade e animação de Affonso Penna Junior

esclarecido secretario do Interior e dignocollaborador da obra patriótica do actualPresidente de Minas Gerais, que emcontingencias amargas de realisação denossa idea valera - nos como bemfazerjasinjecções de óleo camphorado – que deeminente collapso levantavam o enfermo.”

O Hospital São Geraldo foi solene-mente inaugurado no dia 04 de Julho de1920, sendo orador na solenidade o Pro-fessor Aurélio Pires. O Diretor da Facul-dade de Medicina Professor CíceroFerreira não compareceu à solenidade porestar enfermo, vindo a falecer pouco tem-po depois ( 14 de Agosto de 1920 ). É anota triste da inauguração do Hospital.

Assim, se fundou a primeira institui-ção hospitalar da Faculdade de Medicinade Belo Horizonte, orgulho de todosaqueles que lá mourejam na esperança demanter a tradição, serviço à comunidade,

extensão e pesquisa nas áreas de atuação,sem desmerecer o amor ao trabalho, man-têm-se na busca do progresso, de serviçoao próximo, da formação de novos espe-cialistas, ideais que sangraram a vocaçãoaltruística de seus fundadores.

Por que Hospital São Geraldo?A rigor não sabemos exatamente a ra-

zão do nome, mas pelas informações oraistransmitidas através de pessoas da épocaparece que São Geraldo era o “Santo”muito falado ao tempo da inauguração.Referências:1. PIRES, AURÉLIO – Faculdade de Me-dicina de Bello Horizonte (Subsídios e do-cumentos para a história da fundação damesma). Belo Horizonte. Imprensa Ofi-cial. 19272. CAMPOS, MÁRIO MENDES –Cinqüentenário da Faculdade de Medi-cina da Universidade de Minas Gerais.

Em 1920, depoisde funcionar em

instalaçõesimprovisadas,Hospital São

Geraldo passa afuncionar no

reformado prédioda Diretoria de

Higiene

Enfermaria demulheres doHospital SãoGeraldo, antesde sertransformadosem clínicaexclusivamentededicada àoftalmologia

1911-1961. Notas – Informações – Co-mentários. Belo Horizonte – Minas Ge-rais – Brasil. 1961.3. Universidade Federal de Minas Gerais.Faculdade de Medicina. Departamento deOftalmologia. Cinqüentenário do Hospi-tal São Geraldo. Belo Horizonte. 1970.(Apesar de não aparecer o seu nome, esteopúsculo foi escrito pelo Prof. HiltonRocha)4.ROCHA, H. – Sexagésimo aniversárioda Faculdade de Medicina da UFMG(1911-1971). Notas – Informações – Co-mentários.5. CORRÊA, E.J. e GUSMÃO, S.N.S. – 85anos da Faculdade de Medicina daUFMG.

Nassim CalixtoProfessor de Clínica Oftalmológica

da Faculdade de Medicina daUniversidade Federal de Minas Gerais

15Março - Abril - 2014

Palestra alertapara importância

da prevençãoPara alertar sobre os riscos do

glaucoma e a importância da visitaregular ao oftalmologista com o ob-jetivo de evitar inclusive outras do-enças oculares, Renata Rezende, dostaff do Hospital São Vicente de Pau-lo (RJ), fez a palestra gratuita“Olhos: o que devemos saber ?”, nodia 22 de maio, quando também deuinformações sobre vários tipos detratamento.

Aberto à comunidade, que podeesclarecer suas dúvidas, RenataRezende falou sobre os principaisproblemas que acometem os olhos,tais como conjuntivite, catarata, alémde glaucoma e outras doenças ocula-res, aproveitando para desmistificarinformações disseminadas sem crité-rio pela internet, entre as quais de quea pressão intraocular elevada semprecausa dor.

Renata Rezende durante sua palestra“Olhos: o que devemos saber?” no HospitalSão Vicente de Paulo, na Usina (RJ)

Realizado de 2 em 2 anos, Simpósio Internacional de Glaucomada Unicamp reúne mais de 500 no Hotel Maksoud Plaza em SP

Nos dias 23 e 24 de maio passado,no Hotel Maksoud Plaza em São Paulo,foi realizada a edição comemorativa de20 anos do Simpósio Internacional deGlaucoma da Unicamp, coordenado porVital Paulino e pelos membros da co-missão organizadora constituída por JoséPaulo Vasconcelos, Rui Schimiti, EmyrArcier, Rodrigo Avelino, Vanessa Vidottie Fernanda Cremasco.

Com a participação de mais de 500especialistas, o evento contou com apresença de praticamente todos os pro-fessores de glaucoma do Brasil, alémde especialistas de diversos estados dopaís e também representantes interna-

cionais, como os professores daDalhousie University do Canadá,Balwantray Chauhan e MarceloNicolela, brasileiro que há´16 anosvive em Halifax.

Ao término do X Simpósio Interna-cional, que teve ainda a participação deFrancisco Lima, novo presidente da So-ciedade Brasileira de Glaucoma, e RemoSusanna Jr., professor titular da USP,Vital Paulino afirmou que se sentia hon-rado em organizar um simpósio duran-te 20 anos e ter sempre auditórioslotados, destacando também o fato de osimpósio ter se tornado uma referênciaem glaucoma.

Vital Paulino, coordenador há 20 anos doSimpósio Internacional de Glaucoma daUnicamp, na abertura da edição de 2014

Francisco Lima, de Goiânia, que preside aSociedade Brasileira de Glaucoma, desde julhodo ano passado

13Maio - Junho - 2014

Remo Susanna Jr., professor titular da USP,elogiou a iniciativa da Unicamp para difundir osconhecimentos sobre o glaucoma

No estande da SBO,divulgação do XVIII

Congresso Internacional

Durante o Simpósio, no estande da SBO,onde foi feita a divulgação do XVIII CongressoInternacional, secretário executivo MarceloDiniz recepciona congressistas Roberto Pinto(PB) e Rômulo Pereira (RR)

Fotos divulgação

Divulgação

14

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DIRETORIABiênio 2013-2014

PresidenteMarcus Vinicius Abbud Safady (RJ)

Vice-presidentesElisabeto Ribeiro Goncalves (MG)Fabíola Mansur de Carvalho (BA)

João Alberto Holanda de Freitas (SP)Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ)

Tania Mara Cunha Schaefer (PR)Secretário Geral

André Luis Freire Portes (RJ)1º Secretário

Sérgio Henrique S. Meirelles (RJ)2º Secretário

Giovanni Colombini (RJ)Tesoureiro

Gilberto dos Passos (RJ)Diretor de Cursos

Arlindo José Freire Portes (RJ)Diretor de PublicaçõesNewton Kara-Junior (SP)

Diretor de BibliotecaArmando Stefano Crema (RJ)

Conselho ConsultivoMembros Eleitos

Jacó Lavinsky (RS)Paulo Augusto de Arruda Mello (SP)

Roberto Lorens Marback (BA)Conselho Fiscal

EfetivosFrancisco Eduardo Lopes Lima (GO)

Leiria de Andrade Neto (CE)Roberto Pedrosa Galvão (PE)

SuplentesEduardo Henrique Morizot Leite (RJ)

Jorge Alberto Soares de Oliveira (RJ)Mizael Augusto Pinto (RJ)

Jornalista Responsável:Eleonora Monteiro - M.T. 12574

[email protected]@sboportal.org.brConselho Editorial:

Marcus Vinicius Abbud SafadyNewton Kara-Junior

Arlindo PortesJoão Diniz

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Sociedade Brasileirade Oftalmologia

JORNAL BRASILEIRODE OFTALMOLOGIA

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SBCPO comemora 40 anos com eventoem Búzios (RJ) e lançamento de livro

A Sociedade Brasileira de CirurgiaPlástica Ocular, que comemorou 40 anosde fundação em maio passado, homena-geou seu sócio fundador, Eduardo Soa-res, durante o XXI Congresso Interna-cional de Oculoplástica, realizado emBúzios, no Estado do Rio de Janeiro,ocasião em que foi lançado o livro, “ACirurgia Plástica Ocular no Brasil:1974-2014-Marcos Da Sua História”.

A edição bilíngue, português-in-glês, conta a história da plástica ocu-lar desde os primórdios, ainda em2250 a.C: o Código de Hammurabitraz a primeira referência à cirurgiaplástica ocular. Os primeiros relatosdocumentados de procedimentosreconstrutivos em cirurgia plásticageral e ocular datam de 600 a.C, obrado médico indiano Suhruta.

No livro, Eduardo Soares escreve so-bre os pioneiros,ainda no século XIX,como J.F. Dieffenbach, considerado o paida cirurgia plástica geral. Mas foi naSegunda Guerra Mundial, quando a ci-

Eduardo Soares com o diploma de MembroHonorário, tendo a sua esquerda Hélcio Bessae Ana Rosa Pimentel, ex-presidentes da SBCPO,e Guilherme Herzog Neto

Grupo de ex-presidentes da SBCPO, a partir daesquerda, Suzana Matayoshi, Euripedes MotaMoura (com diploma de Sócio Honorário) eRaquel Rocha Almeida Dantas

rurgia plástica foi reconhecida como umasubespecialidade da oftalmologia, quecomeçou o ensino e a formação de cirur-giões, escreve o autor, que destaca a im-portância do escocês John ClarkMustardé, palestrante de um curso pro-

Palestra de Eduardo Soares sobre História daCirurgia Plástica Ocular no Brasil, baseada nolivro que lançou durante o XXI Congresso,distribuído gratuitamente para os congressistas

Capa do livro sobre os 40 anos da cirurgiaplástica ocular no Brasil, que faz referência àsessão científica realizada na SBO em 1974,origem da atual SBCPO

No Recife, cidade conhecida por suas tradições culturais, o próximo Congresso de Prevenção da Cegueira

Recife, capital de Pernambuco, quar-ta maior em área urbana brasileira, comuma população de 3,7 milhões de habi-tantes, considerado o segundo pólo mé-dico do país e o primeiro da região Nor-te-Nordeste, sedia o próximo Congressode Prevenção da Cegueira.

Os presidentes do evento, AfonsoMedeiros e Liana Ventura, prometem que osparticipantes terão não só oportunidades ci-entíficas especiais, como também momen-tos inesquecíveis de convivência social,marcada pela hospitalidade pernambucana.

Além da programação científica, estãoprevistos mais de 600 palestrantes nacio-nais e 31 internacionais, Liana Venturadestaca, dentre as novidades culturais, doisconcursos: um de fotografia, com o tema“Um dia na vida do oftalmologista” e outro“Casos e prosas curiosas em Oftalmologia”.

Liana Ventura destaca ainda a localiza-ção do congresso, no Centro de Convençõesde Pernambuco, que se encontra “estrategi-camente” localizado entre Olinda e Recife,duas cidades ricas em tradições e cultura.

movido pela Sociedade Brasileira de Of-talmologia.

Durante esse curso, foi fundado oCentro de Estudos de Plástica Ocular.John Clark Mustardé esteve presente nafundação do Centro de Estudos de Plás-tica Ocular (Cepo), núcleo original daSBCPO, em 27 de novembro de 1974,quando lhe foi dado o título de presi-dente de honra.

Presidida por Guilherme HerzogNeto, a Sociedade Brasileira de Cirur-gia Plástica Ocular homenageou tam-bém os demais ex-presidentes com umamedalha e diploma de Membro Hono-rário, durante o XXI Congresso, quereuniu mais de 300 oculoplásticos de15 a 17 de maio passado.

- Foi o maior congresso dasubespecialidade até hoje em nosso país,o que demonstra o aumento substancialdo interesse em cirurgia plástica ocular,comemorou Guilherme Herzog Neto,que não esperava mais do que 200 par-ticipantes.

Fotos divulgação