Jornal Bem Estar Zona Sul Junho 2011

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A primeira relação a gente nunca esquece! A nossa primeira relação com um ser do sexo oposto - mãe ou pai - deixa gravações psíquicas e emocionais que ficam registradas para sempre em nosso inconsciente. Elas serão as matrizes de nossas relações amorosas posteriores. PERIGO MASCULINO Pesquisa encontra o vírus HPV em 50% dos homens ALIMENTAÇÃO BICHO DE ESTIMAÇÃO 4 respostas para quem vai a um self-service Vantagens e desvantagens de levar seus animais de estimação para viajar JORNAL DE COLEÇÃO • Ano 3 • nº 33 • JUnHo 2011 • 10.000 ExEmp. • TEl. (51) 3268.4984 • ZONA SUL D i s t r i b ui ção gr a t u i t a

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Jornal Bem Estar Zona Sul Junho 2011

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A primeira relação a gente nunca esquece!

A nossa primeira relação com um ser do sexo oposto - mãe ou pai - deixa gravações psíquicas e emocionais

que ficam registradas para sempre em nosso inconsciente. Elas serão as matrizes de nossas relações amorosas posteriores.

PERIGO MASCULINO

Pesquisa encontrao vírus HPV em 50%

dos homens

ALIMENTAÇÃO

BICHO DE ESTIMAÇÃO

4 respostas para quem vai a um self-service

Vantagens e desvantagens de levar seus animais de

estimação para viajar

Jornal de Coleção • Ano 3 • nº 33 • JUnHo 2011 • 10.000 ExEmp. • TEl. (51) 3268.4984 •

zonasul

Distribuição gratuita

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Lições de Vida

Q uando eu for bem velhinha, espe-ro receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona

da biblioteca e, bebendo um cálice de vinho do Porto, dizer a minha neta:

- Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra te contar.

E assim, dizer apontando o indicador para o alto:

- O nome disso não é conselho, isso se chama corroboração!

Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frá-geis, a pele mole e os cabelos brancos, mi-nha alma é o que me resta saudável e forte. Por isso, vou colocar mais ou menos assim:

É preciso coragem para ser feliz. Seja valente. Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão.

E satisfaça seus desejos. Esse é seu di-reito e obrigação.

Entenda que o tempo é um paciente

professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser uma grande me-nina ou uma menina grande, vai depender só de você.

Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim.

Aproveite sua casa, mas viaje bastante, a lugares bem diferentes do que você nor-malmente vê.

C u i d e bem dos seus dentes.

Experimente, mude, corte os ca-belos. Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro. Não corra o risco de en-velhecer dizendo “ah, se eu tivesse feito...”

Tenha uma vida rica de vida. (Vai que o carteiro ganhe na loteria - tudo é possível, e o futuro é imprevisível).

Viva romances de cinema, con-tos de fada e casos de novela.

Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer

amor.

E tome conta sem-pre da sua reputação,

ela é um bem inestimável. Porque sim, as pessoas co-

mentam, reparam, e se você der chance elas inventam também de-

talhes desnecessários. Se for se ca-

sar, faça por amor. Não faça

por segurança, ca-rinho ou status. A sa-bedoria convencional

recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco! Prefira a reco-mendação da natureza, que com a justifi-cativa de aperfeiçoar os genes na repro-dução, sugere que você procure alguém diferente de você.

Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o as-sunto é paixão.

Preste atenção nas atitudes e não nas palavras de uma pessoa.

Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação. Leia. Pinte, desenhe, escreva.

E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim.

Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fize-ram o melhor que puderam, e sempre farão.

Cultive os amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais ra-ras de amor.

Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.

Era só isso minha querida. Agora é a sua vez. Por favor, encha mais uma vez mi-nha taça e me conte: como vai você?

Da minha precoce nostalgia Maria Sanz MartinS

Sentada na poltrona da biblioteca, assim direi à minha neta...

E-mails

CENTRAL BEM ESTAR

BEM ESTAR me chamou atenção pelo nome, chegou a minhas mãos por acaso, adorei! Vejo que é um jornal mui-to consciente que vai despertando inte-resse natural de cada ser, a medida do que esta vivendo no seu momento.

lourdes

Eu sou muito fã do Jornal BEM ES-TAR! Me ajuda muito, principalmente as matérias que são muito bem escritas e o jeito especial, que faz a diferença dos outros jornais!

laura Silveira

Um jornal de layout leve e que sem-pre aborda temas de muita importância para o nosso cotidiano. Parabéns!

nara porto

Excelente fonte de conhecimento, distração, informação e, porque não, de conscientização!

mayara Boeno

Adoro o jornal BEM ESTAR! De forma simples o jornal busca mostrar a importância da qualidade de vida.

Gabriel aguiar dias

Sou fã deste jornal! Esta linha adota-da é essencial e se solidifica como uma filosofia para vida longa e feliz! Dicas im-portantes com parceiros confiáveis.

Vera lucia dalpiaz

Bem estarBem estarPessoas inteligentes adoram ler. E anunciar.

PRÓXIMA

EDIÇÃO CRIANÇAS SOLITÁRIAS

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3 • Nº 33 • Junho 2011 • Bem estarInformações importantes

para sua saúde e bem-estar

Dois estudos feitos por cientistas ja-poneses descobriram que a tange-rina pode reduzir dramaticamente

o risco de câncer de fígado, doenças cardía-cas e diabetes. As substâncias chave para os benefícios da fruta são os componentes da vitamina A que dão às tangerinas a sua cor laranja, os carotenóides.

A equipe do Instituto Nacional de Es-tudos das Árvores Frutíferas acompanhou 1.073 moradores da cidade japonesa de Mikkabi, em Shizuoka, que comiam gran-des quantidades de tangerinas. Eles encon-traram marcadores químicos nas amostras sanguíneas das pessoas estudadas que são li-gados a um risco mais baixo para uma série de problemas de saúde sérios, como arte-riosclerose, infartos e resistência à insulina.

SUco dE TAngErinAA segunda pesquisa, feita pela Universi-

dade Provincial de Medicina de Kyoto, des-cobriu que a tangerina pode evitar que pes-soas com hepatite viral desenvolvam cân-cer de fígado. Após um ano de acompanha-

mento, nenhum dos 30 pacientes que con-sumiam diariamente uma bebida contendo carotenóides e suco de tangerina desen-volveu câncer. Num grupo de 45 pacientes com a mesma condição, mas que não be-beram o suco, 8,9% desenvolveram câncer.

Os pesquisadores admitiram que mais estudos têm que ser feitos para que se chegue a resultados conclusivos e preten-dem continuar o trabalho pelos próximos cinco anos.

corES E frUTASPara a enfermeira cardíaca Cathy

Ross, da British Heart Foundation, “a pes-quisa reforça a recomendação de que se deve comer pelo menos cinco porções de frutas e vegetais por dia para reduzir o ris-co de doenças cardiovasculares. Frutas e vegetais de cores diferentes contêm dife-rentes vitaminas e minerais. Logo, quan-to mais tipos você incluir na sua dieta, me-lhor”, afirma Ross.

Salada de fruta, portanto. Todos os dias, especialmente no verão.

Tempo Sem programaSTalvEz TE ParEça EsTranho disPor dE EsPaços dE TEmPo

na Programação dE Tua vida agiTada, mas isTo é um rEcurso naTural muiTo valioso.

Durante séculos, os artistas e os inovadores conhecem a inspira-ção que trazem consigo o tem-

po livre. É o período de premeditar - uma fase crucial em qualquer processo criativo. Quando chegues a uma passagem estrei-ta e sem saída e julgares que fizeste tudo que podias em um projeto, o melhor cami-nho a ser tomado pode ser uma boa sequ-ência de respiração, sair para passear, dor-mir uma boa sesta e deixar que chegue a inspiração.

Thomas Edson tinha uma cama em seu laboratório e dormia uma sesta cada vez que necessitava de uma perspectiva nova. Em sua cabana do bosque, Henry David Thoreau escreveu: “Há muitas vezes em que não é possível sacrificar a exuberância do momento presente por nenhum traba-lho, nem mental nem manual. Quero que minha vida tenha margens amplas”. Virgi-nia Woolf disse que todas as mulheres ne-cessitam de uma habitação própria em que possam retirar-se do mundo para pensar, escrever e renovar-se.

Siga o exemplo dessas pessoas. Cons-trua margens, espaços na vida para a con-templação e renovação. Deixe espaço para a inspiração - momentos de quietude que levam a novas possibilidades. Assim ganha-rás mais poder e paz.

Diane Dreher

Tangerina É o máximo!EsTE TiPo dE laranja PodE rEduzir

dramaTicamEnTE o risco dE câncEr dE fígado, doEnças cardíacas E diabETEs, diz EsTudo.

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A metade dos homens saudáveis está infectada com HPV, foi o que re-velou um dos maiores estudos já

feitos sobre a incidência da doença, publi-cados na prestigiada revista “Lancet”, de março. O HPV (papiloma vírus humano) é transmitido por relações sexuais na maio-ria das vezes, e pode causar lesões na pele e nas mucosas.

A pesquisa acompanhou por qua-tro anos 4.074 homens de 18 a 70 anos do Brasil, dos EUA e do México. Eles tive-ram amostras recolhidas do pênis e do es-croto submetidas a análise. Dos 50% com HPV, 30% tinham o vírus que pode levar a câncer, 38% tinham o não cancerígeno, e o restante tinha mais de um tipo de HPV. Há mais de cem tipos de HPV, mas a maioria é inofensiva e assintomática.

As altas taxas de contaminação nos homens, superiores às das mulheres, sur-preenderam os cientistas. Na população fe-minina, mais associada ao HPV, a taxa mé-dia de contaminação é de 14%, compara a pesquisadora Luisa Villa, do Instituto Lu-dwig, responsável pelo estudo no Brasil. “Antes, acreditava-se que os homens ti-

perigo maSculinoPEsquisa EnconTra o vírus hPv Em 50% dos homEns. ElEs são o vETor, mas Elas Têm mais doEnças rElacionadas.

nham menos HPV, que as infecções ocor-riam em menor proporção. Mas eles tam-bém têm infecções, e em taxas mais eleva-das do que as mulheres.”

Apenas recentemente é que começou a se estudar sobre o HPV no homem. Um dos motivos para isso é que, nas mulhe-res, as consequências das contaminações são mais graves, como o câncer de colo de útero, o segundo tumor mais frequente, depois do de câncer de mama.

sabe o porquê dessa diferença, mas há hi-póteses. Uma é que o número de parcei-ras sexuais do homem é constante por toda a vida, o que faz com que aumente sua exposição. Por outro lado, essa maior exposição poderia criar uma resposta imu-ne que os protege de outras infecções subsequentes.

VAcinAO estudo frisa a importância da va-

cinação contra HPV em homens de to-das as idades, como prevenção. Estudo re-cente publicado no “New England” e fei-to em mais de 18 países, incluindo o Bra-sil, mostrou que a vacina contra o HPV pode ser eficaz também em homens. Mas sua aplicação em homens só foi apro-vada em alguns países, como EUA, Panamá, Equador e Austrália.

O Brasil usa dois tipos de vacina con-tra o HPV, só em mulheres. São encontra-das em clínicas particulares e indicadas a meninas e mulheres entre nove e 26 anos, mas não excluem a necessidade do papani-colau para prevenção do câncer.

O risco aumenta com o número eleva-do de parceiras e com a prática de sexo anal.

pErigo conSTAnTEOutro dado novo que trouxe a pes-

quisa é que, entre os homens, o risco de adquirir o vírus é constante, dos 18 a 70 anos. Entre as mulheres, o risco é maior até os 25 anos e tende a diminuir com o tempo. Segundo o estudo, ainda não se

“as altas taxas de contaminação pelo hPv nos homens, superiores

às das mulheres, surpreenderam os

cientistas. O estudo também frisa a

importância da vacinação em homens de todas as

idades, como prevenção.”

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Janeiro de 1853. De tempos em tempos há ma-nhãs, tanto no inverno como no verão, que o mundo parece começar de novo, manhãs detrás

das quais a memória não necessita ir, pois depois de-las não estão o ontem e nossa vida passada; quando como nas manhãs de geada, são visíveis os efeitos de certa energia criativa...

O mundo tem sido visivelmente recriado duran-te a noite. Manhãs de criação, as chamo.

No meio desses sinais de uma potencialidade criadora recentemente ativa, quando o sol se levanta com maior esplendor que o habitual, olhos às minhas costas... O tempo dessa criação não foi para a noite, mas para um amanhecer para o qual nenhum homem se levantou bastante cedo. Uma manhã que nos leva mais além da criação mosaica, onde as criações são frescas e totais.

É a hora do poeta. Manhãs nas quais os homens renascem, homens que têm neles as sementes da vida.

O s sofistas nos aconselham a falar somente depois que nossas palavras tenham passado por três portas. Na primeira por-ta, perguntamos: Estas palavras são corretas? Caso sejam, as

deixamos passar; caso não sejam, devemos dar meia volta.Na segunda porta, perguntamos: Elas são necessárias? Elas po-

dem ser corretas, mas, talvez, não precisem, necessariamente, ser pronunciadas. As palavras devem carregar um propósito que tenha sentido. Elas esclarecem uma situação ou ajudam alguém? Ou pos-suem um tom discordante ou irrelevante?

Finalmente, na última porta: Elas são amáveis? Se continuamos a pensar que devemos dizê-las, precisamos, então, escolher palavras de apoio e de afeto e não palavras que molestem ou firam o outro. Todos nós sabemos o dano que um tapa pode causar, mas não nos damos conta de que as palavras podem provocar uma ferida mais dolorosa, que pode durar anos. E, além de tudo, não compreende-mos o impacto, terrivelmente destrutivo, que as palavras podem exercer sobre a consciência das pessoas que as pronunciam.

sta é a verdadeira felicidade da vida: ser utilizado para um propósito que para você é sublime. Ser uma força da natureza, ao invés de um febril, ego-

ísta e insignificante feixe de enfermidades e sofrimentos que se queixa de que o mundo não se preocupa em fazê-lo feliz. Eu opino que minha vida pertence à comunida-de e que, enquanto viva, tenho o privilégio de fazer por ela tudo o que possa.

Quero haver sido bem utilizado quando morra, posto que quanto mais duro trabalho, mais vivo me sin-to. Desfruto da vida em si mesma. A vida não é para mim uma chama breve, é como uma magnífica tocha que ago-ra sustento na mão, que desejo que arda em todo seu esplendor antes de entregá-la às gerações futuras.

George Bernard Shawin-teiro está nele o tempo, o es-

paço, a terra, a chuva, os mi-nerais do solo, o Sol, a

nuvem, o rio, o ca-lor, a mente. To-

das as coisas co-existem com

esta folha de papel que você tem nas mãos.

tich nhat hanh

AS PORTAS DAS BOAS PALAVRAS

Eknath EaSwaran

A

CN

Manhãs de criaçãoDaviD hEnry thorEau

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Bem estar • Nº 33 • Junho 2011 • 6

Alimentação

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7 • Nº 33 • Junho 2011 • Bem estar

BICHOS NA MALA

Bicho de Estimação

Quem tem animal de estimação sabe que viajar é um dilema. Deixar o bichinho na casa de um amigo, em

um hotel para animais ou levá-lo junto? Uma dica fundamental é checar as op-

ções bem antes para viajar. Quando vai es-colher o hotel, ligue antes para saber se eles aceitam animais. Antes de se agendar, veja o que exigem as empresas aéreas.

As companhias aéreas brasileiras pedem, basicamente, a mesma docu-mentação para embarcar cães e ga-tos. Toda elas exigem o certificado de vacinação antirrábica e o atestado de saúde dado por um veterinário.

Três empresas deixam animais pequenos viajarem na cabine - em uma caixa de transporte de plástico rígido com espaço suficiente para o animal dar uma volta completa em torno de si. Delas, apenas a Gol reserva um local separado, especial para le-var os animais. Pergunte o limite de peso estabe-lecido pelas companhias e o valor da taxa de trans-porte.

BICHOS NA MALAVantagens e desvantagens de levar seus animais de estimação para viajar.

PARA O EXTERIOR É MAIS COMPLICADODependendo do destino, é reco-

mendável começar a programar a via-gem seis meses antes. Países da União Eu-ropeia, por exemplo, exigem que o ani-

mal tenha um microchip e que seja reali-zado um teste de anticorpos contra rai-va no máximo 90 dias antes do desem-barque. Para o Japão, a espera deve ser de seis meses após o teste de anticorpos. Além disso, todo animal que vai fazer uma viagem internacional precisa estar acompa-nhado do certificado zoossanitário inter-nacional, emitido pela Vigiagro [Vigilância Agropecuária do Ministério da Agricultura.

A emissão é gratuita.Mas a burocracia não termina

aí. Para voltar ao Brasil, a histó-ria se repete: será necessário

um certificado emitido pelo Ministério da Agricultu-

ra do país de onde o animal estiver

saindo. Por isso, é extremamen-

te importante saber quais são os trâmites em cada destino afora.

Nos preparativos para a viagem, come-ce escolhendo a caixa de transporte correta a seu animal de estimação. Saiba que a ideal é a que permite que o animal consiga virar em seu próprio eixo. Se o animal nunca via-jou antes, a recomendação é ambientá-lo na caixa antes da longa viagem. Por exemplo, andando com ele na caixa dentro do car-ro, de forma de condicioná-lo ao ambiente que irá encontrar no avião. Pode-se utilizar recursos para acalmar seu animal. Existem calmantes naturais, à base de camomila que podem ser dados antes da viagem.

Se você estiver disposto a enfrentar es-sas provas de resistência, boa viagem para você e seu bichano. Caso contrário, um bom hotel de animais ou a casa de amigos e/ou familiares é a solução.

“Comece escolhendo a caixa de transporte correta para seu animal de estimação.

Saiba que a ideal é a que permite que o animal consiga virar em seu próprio eixo.”

©ISTOCKPHOTO.COM/ERIK LAM

O LADO AnimAL DO bEm ESTAR

51 3268.4984 [email protected]

a nossa nova seção: fundamentalpara quem gosta dos bichinhos.

é imprescindível para quem ofereceprodutos/serviços para animais.

Bicho de Estimação

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matéria dE Capa

POR QUÊ, POR QUÊ?Uma pergunta é recorrente entre to-

dos: por que algumas relações dão certo e outras não? Por que algumas fluem com fa-cilidade e outras são ‘pedreiras’ cotidianas? Por que somos atraídos por certos tipos de pessoas e não por outras? O que nos leva a viver histórias semelhantes, mesmo com pessoas diferentes? Por que parece que os deuses, ou deusas do amor, brindaram so-mente alguns com suas dádivas e outros sempre penam neste campo?

Explicações não faltam. Afinidades, temperamentos complementares, ‘sa-ber levar’ etc. influenciam, mas não determinam. A Astrologia oferece

seus préstimos com as sinastrias, conjunção de mapas que oferece um desvendamento das tramas astrais. As terapias de Vidas Pas-sadas trazem aportes de campos mais am-plos que os contidos em nossa existência atual. A Constelação Familiar mostra que desígnios de nossa família interferem dire-tamente nas nossas relações atuais. A visão que prioriza os arquétipos básicos - terra, água, fogo e ar - mostra que certos elemen-tos combinam-se melhor com uns que com outros (e cada um de nós tem uma predo-minância em algum elemento). Algumas psi-cologias falam de encontros entre pessoas de características semelhantes e diferentes, ora mostrando que um é o melhor cami-nho que o outro. As visões esotéricas nos

A nossa primeira relação com um ser do sexo oposto - mãe ou pai - deixa gravações psíquicas e emocionais que ficam registradas para sempre em nosso inconsciente.

Elas serão as matrizes de nossas relações amorosas posteriores.

ralph viana

A primeira relação a

©ISTOCKPHOTO.COM/IMAGES By BARBARA

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GUArde e consUlte sempre!

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matéria dE Capa

a

gente nunca esquece!embevecem com a noção de ‘alma gêmea’ ou ser complementar. E não podemos es-quecer a ‘química’ corporal, às vezes avas-saladora, que coloca nossa condição instin-tiva, animal, no centro da equação.

E por aí podemos seguir, citando várias possibilidades e hipóteses sem jamais esque-cer este terreno tão vasto quanto importan-te, o do Mistério, porque muito se passa por aí. Afinal, por mais que expliquemos e com-preendamos, sempre vai haver muito mais para entender ou desvendar.

Assim, este texto não busca dar res-postas nem oferecer explicações, mas tra-zer para o foco questões regidas por uma instância fundamental, o inconsciente, con-ceito trazido à tona por Sigmund Freud e adotado por várias correntes terapêuticas, inclusive a do meu campo pessoal de traba-lho, a Bioenergética.

ESSA FORÇA ESTRANHA...Apesar da noção de inconsciente já ser

quase de domínio público, muito poucas ve-zes, em nossas ações cotidianas, nos damos conta que estamos agindo regidos por essa

“Quando nos apaixonamos ‘perdidamente’ acreditamos

que seja realmente pela pessoa que está à nossa frente. Nem nos passa, neste momento,

que estejamos “perdidos” (fora da consciência) de nosso eixo

temporal atual e remetidos a estados pra lá de infantis, buscando reviver sensações

de simbiose que um dia desfrutamos... com nossa mãe.”

“força” interna. Quando nos apaixonamos “perdidamente” acreditamos que seja real-mente pela pessoa que está à nossa frente. Nem nos passa, neste momento, que este-jamos “perdidos” (fora da consciência) de nosso eixo temporal atual e remeti-dos a estados pra lá de infantis, bus- SE

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GUArde e consUlte sempre!

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Bem estar • Nº 33 • Junho 2011 • 10matéria dE Capa

cando reviver sensações de simbiose que um dia desfrutamos... com nossa mãe.

O encontro da mulher ou do homem “ideal”, que satisfará plenamente nossas ne-cessidades em todos os momentos, nos pro-vendo de amor, segurança, prazer, acolhi-mento, é uma fantasia que acalentamos ma-gicamente, incentivados, é claro, pelas ins-tâncias culturais: novelas, literatura e filmes melosos, e por todo um imaginário coleti-vo que reaviva continuamente o tema mági-co “e foram felizes para sempre”. Esta pro-cura da ‘outra metade da laranja’, que mui-tas vezes dura uma vida inteira, gerando frus-

trações constantes (afinal, este ser ideal que é buscado não está no futuro, mas no pas-sado...), raramente é percebida como uma solicitação inconsciente, desejante de preen-cher lacunas afetivas primordiais, quase sem-pre acontecidas na primeira infância.

Outros exemplos da força do incons-ciente: o homem que busca o poder a todo custo desenvolve um discurso lógico para tanto investimento de tempo e esforço a fim de alcançar um lugar de destaque e su-premacia. Dificilmente associará este desíg-nio ao seu oculto e contínuo sentimento de impotência (afinal, porque tanto esforço

para se sentir com poder? Bandeirosamen-te, os políticos declaram com frequência que ‘o poder é afrodisíaco’ - ora pois, pois), ou à sua imperiosa necessidade de ser amado (ser o centro das atenções, o egocentrismo, é uma forma de obter admiração e afeto)...

Ou ainda, aquele que acumula bens em excesso e tem uma relação de avareza com o dinheiro (e frequentemente é constipado intestinalmente), jamais se dará conta que esta característica tem a ver com seu trei-no precoce de esfíncteres, ou dito de outra forma, com sua relação com seu cocô, lá no tempo das fraldas. Ah, o inconsciente... Ele está no corpo e é capaz de cada coisa para se satisfazer...

Impérios são construídos ou destruídos por vinganças infantis, por frustrações e carências básicas, e/ou por uma série de motivações

que não são claras à pes-soa (lhes são inconscien-tes). Como bom exem-plo o famoso filme de

Orson Welles, “Cidadão Kane”, que expôs na tela o desvendamento des-ta trama a que estamos todos submetidos. Um império de comunica-ções e poder erguido na

busca retorcida por um trenó,“Rosebud”, que sim-

bolizava quase tudo que faltara na dimensão infantil para o pro-

tagonista, Hearst. Sem levar em conta a força do

inconsciente, por aí vamos, tentan-

“O encontro da mulher ou do homem ‘ideal’, que satisfará plenamente nossas necessidades em todos os momentos,

nos provendo de amor, segurança, prazer, acolhimento, é uma fantasia que acalentamos magicamente, incentivados

pelas instâncias culturais e por todo um imaginário coletivo que reaviva

continuamente o tema mágico ‘e foram felizes para sempre’.”

“A procura da ‘outra metade da laranja’, que muitas vezes

dura uma vida inteira, gerando frustrações constantes (afinal, este ser ideal que é buscado não está no futuro, mas no

passado...), raramente é percebida como uma solicitação

inconsciente, desejante de preencher lacunas afetivas quase sempre acontecidas

na primeira infância.”

©ISTOCKPHOTO.COM/ALA CHARNySHOVA

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Bem estar • Nº 33 • Junho 2011 • 12matéria dE Capa

do enfrentar a violência como se fosse só um problema de polícia - e não, também, de amamentação (falta de amor, em última ins-tância). Analisa-se a pocilga política nacional somente sob o ponto de vista econômico, racional, deixando de identificar o óbvio psi-cológico/afetivo que está à nossa frente, na cara (ou na máscara) dos grandes poderosos nacionais. O fato é que sem a ajuda do olhar psicológico não é possível ver os fundamen-tais aspectos histórico-familiares que susten-tam esta doentia infraestrutura ética que vi-gora em nosso país. Reich, ao escrever “A Psicologia de Massas do Fascismo” escanca-rou mecanismos psicológicos submersos uti-lizados pelo nazismo para a inacreditável do-minação do povo alemão. Precisamos de um olhar semelhante para entender melhor nos-so país.

É claro que não podemos nem deve-mos reduzir tudo à expressão desta “for-ça oculta”, o inconsciente. Esta psicologiza-ção também já serviu ao poder em outras épocas, ditatoriais, escamoteando aspec-tos políticos evidentes. Pessoalmente, já bri-guei muito contra este reducionismo simpli-ficador. Mas, por outro lado, não querer ver que também somos regidos pela instância in-consciente em nossos atos sociais é de uma ingenuidade enorme, uma ignorância básica que, infelizmente, é a que prevalece em nos-so ‘senso comum’.

PORQUE ESCREVO SObRE ISTO?

Somos seres multidimensionais e esta-mos submetidos a uma enorme complexi-

dade de influências, constantemente. A Psi-cologia Corporal, com sua leitura dos fa-tos humanos a partir de uma visão bioener-gética, pode acrescentar interessantes en-foques na tentativa de nos compreender-mos mais, centrando a reflexão em alguns

aspectos inconscientes das relações afeti-vas, sem desconsiderar as demais influên-cias – sociais, econômicas, culturais, e mes-mo espirituais. Claro que seria demais ten-tar sintetizar esta visão em um único artigo, mas, já pedindo desculpas pelas simplifica-

ções e incorreções, vou ousar discorrer so-bre algumas situações que tiveram origem na nossa boca e que hoje se espalham por toda nossa vida.

Os dois primeiros anos de vida, ou o período denominado “Fase Oral” é consi-derado por muitos como o mais decisivo de nossa existência, pois deixa registros in-deléveis em nosso inconsciente, marca nos-sa vida emocional e determina nossas es-colhas para sempre. É verdade. Vamos fa-lar sobre isso.

Freud, Reich e tantos outros já discor-reram sobre o tema com muito mais pro-fundidade, mas suas aberturas de caminho não aconteceram para cercear ninguém, muito pelo contrário, são fontes de estímu-los para que continuemos a ousar pensar o mundo saindo da mera superfície das apa-rências. Então, lá vou eu, mas de forma leve.

Mas a pergunta que não me quer calar: com tantos assuntos pedindo espaço, por que escolhi escrever justo sobre este tema, agora? Inconscientes me mordam, pensarei sobre isto mais tarde...

UM PERÍODO DECISIVO PARA NOSSAS VIDAS

Somos todos prematuros! Os seres humanos são muito peculiares.

Primeiro, nascemos todos ‘prematuros’. Se-gundo, também por isso somos seres essen-cialmente dependentes; terceiro, vamos ga-nhando forma – corporal e psíquica – a par-tir das primeiras relações que experimenta-mos na vida e, quarto, somos impressionan-temente plásticos, moldáveis.

“Os dois primeiros anos de vida, ou o período denominado “Fase Oral” é considerado por muitos como o mais

decisivo de nossa existência, pois deixa registros indeléveis em nosso inconsciente, marca nossa vida emocional e

determina nossas escolhas para sempre.”

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Anuncie 3268.4984

Que cuidam de sua

saúde edo planeta

Pessoasexperientese sensíveis

QUEM LÊ OBEM ESTAR?

boas ideias.

E que gostam e dissemi-nam

BEM ESTARum jornal para gente especial

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13 • Nº 33 • Junho 2011 • Bem estar matéria dE Capa

Explico melhor: quando saímos da bar-riga de nossa mãe não estamos corporal-mente prontos para a vida, diferentemen-te de várias outras espécies animais, que já nascem habilitadas a sobreviver de forma quase independente. Ao nascermos, nosso

sistema nervoso não está devidamente mie-linizado (com a capa de mielina que recobre as vias nervosas), o aparelho digestivo ain-da precisa de ‘finalizações’ para seu pleno funcionamento, e uma série de outras fun-ções também necessitam amadurecer para

“Homens insaciáveis na busca da mulher ideal também expressam situações inconscientes. Afinal, a mulher ideal foi aquela, que lhe

supriu de tudo, alimentou seu corpo, tirou suas dores: a mãe. Assim, não se vinculam, sempre na expectativa que a próxima tenha os

atributos de perfeição que ele busca incansavelmente, o ser maravilhoso, materno, que já tiveram.”

que passem a funcionar da maneira que fun-cionam hoje, quando somos adultos. Assim, quando bebês, dependemos totalmente do outro para sobreviver.

Esta ‘complementação’ vai acontecen-do após o parto, passando por etapas bem caracterizadas, chamadas ‘fases do desen-volvimento pós natal’. São etapas que co-meçam com uma dependência total da figu-ra materna e, à medida que vão se suceden-do, caminham para uma crescente autono-mia, à medida que nosso corpo vai amadu-recendo sua estruturação funcional.

A primeira destas fases é denominada fase oral. Ela dura até cerca de dois anos de idade. É assim chamada por haver um predomínio energético e funcional na re-gião da boca. Nas fases seguintes vai haver uma maturação progressiva de outras regi-ões do corpo, seguindo o caminho da mie-linização das vias nervosas, que acontece da parte de cima para as partes de baixo do corpo. Ou seja, vamos amadurecendo e nos “apropriando” de nosso corpo no sen-tido da cabeça para os pés.

EU SOU A MAMãE!A criança quando nasce está totalmen-

te identificada com o organismo materno. Durante os meses da gestação suas próprias sensações e as que vinham do corpo da mãe eram de tal forma integradas que ela não as diferenciava. O bebê era quase que um órgão do corpo da mãe, dois organismos fundidos energeticamente, especialmente sob o ponto de vista do bebê.

A partir da saída do corpo da mãe, o

seio materno substitui imediatamente o cor-dão umbilical e a criança vincula-se à sua mãe quase que organicamente através da boca. Ela ainda não se diferencia da mãe, só que agora tem uma vida externa. Sua identificação pre-dominante passa a ser com a parte que tem mais contato no corpo materno, o seio, de onde provém sua saciação e satisfação total. O seio, a mãe, é tudo, inclusive ‘eu’. É a cha-mada ‘fase Fusional’.

Estes sentimentos de fusão com o outro, com sensações oceânicas de prazer e segu-rança, são os que muitas vezes quando adul-tos “revivemos” em estados de paixão ine-briante. Apaixonados, vivemos a embriaguês ilusória que o outro nos suprirá de tudo o que desejamos e necessitamos, que ao seu lado teremos toda a segurança e prazer que almejamos, sem que tenhamos que fazer nada para isso, a não ser nos jogarmos de corpo e alma nas sensações de ‘encontro total’.

Qualquer pequeno desenlace nos provo-ca a interrupção do estado de fusão e, assim como num bebê, nos acomete o medo. Tan-to que a respiração do apaixonado se torna arfante, ansiosa, em caso da ausência do ou-tro. Deseja-se estar em simbiose constante. Após um dia inteiro de contato total, o afas-tamento, mesmo que por minutos, angustia e amedronta (“meu amor saiu há dez minutos, e já estou morrendo de saudades, nervosa, ansiosa,...”). E por aí vamos, arfando, ansiando o grude ancestral, telefonando a cada minuto para reafirmar a paixão mútua. Quase todos já vivemos isso alguma vez. Ou várias.

E há quem só queira isso – “Preciso viver apaixonada”, declaram. Para esses, passada a paixão, desvanecesse o transe, e com a neces-

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FEIRA DE ARtESANtO DA tRIStEzA

A Feira de Artesanto da Tristeza, inaugurada dia 7 de maio com 57 arte-sãos e com funcionamento todos os sá-bados, das 9h às 17h, já está prestes a dobrar de tamanho, pois está receben-do cerca de mais 50 novos artesãos, o que a deixará ainda mais atrativa e diver-sificada.

De acordo com o titular da Smic, Valter Nagelstein, o objetivo da secreta-ria é buscar parcerias para a qualificação e o crescimento da feira. “O mais impor-tante é que no limiar do Dia das Mães, podemos presenciar o nascimento de mais uma feira, que irá gerar desenvolvi-mento e renda para a região”, destacou.

Para eventuais interessados em par-ticipar como expositores, a Feira tem apenas três pequenas exigências : não possuir ponto comercial, ser morador da zona sul e possuir a carteirinha de arte-são, fornecida pela Casa do Artesão - Av. Julio de Castilhos, 144. Para tanto deve-rão ligar a partir do dia 6 de junho para agendamento : Fone 3226.30.55

Maiores informações poderão ser obtidas diretamente com a idealizadora do projeto, Sra. Margaret manzoli, pelo telefone 3024.14.31

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tRADIÇÃO NOgRANDE tERtúLIANo dia 17 de junho, às 21h30min, o

salão Pôr do Sol servirá de palco para um show de atrações nativistas do Grande Tertúlia. O evento, organizado pelo Gru-po de Cultura Gaúcha da AABB, tem como objetivo, sobretudo, o cunho beneficente. Para entrar na festa, basta realizar a doação de dois quilos de alimentos não-perecíveis, que serão entregues a instituições carentes auxiliadas pelo Grupo Bem-Me-Quer. Vale lembrar que o jantar não está incluído, e os ingressos podem ser adquiridos na Central de Atendimento do Clube, ou com a pa-tronagem do GCG, pelo valor de R$ 15,00. Para mais informações: (51) 3243.1000

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DARCy LUzzATTODia: 07 de julho, das 19h às 22h.Local: IPGS - Instituto de Pesquisas En-

sino e Gestão em Saúde.Rua Pedro Ivo, 891, Bela VistaPROGRAMAÇÃO:l A história da Oligoterapial A relação entre enzimas e catalizadoresl O que é Ion

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sidade da construção cotidiana do amor, o in-teresse cai, o relacionamento perde o brilho da ilusão. O que interessa é o estado hipnóti-co da simbiose.

Crimes passionais (de paixão), privações momentâneas de consciência, adesões afe-tivas inexplicáveis e violentas (como as que têm certas pessoas por times de futebol, por exemplo), falam de várias reações a um bura-co afetivo acontecido no começo da infância e que precisa ser preenchido de qualquer ma-neira, para que algum sentido aconteça ao afe-to perdido inexoravelmente.

OUTRAS TRAMAS COMUNSMas nem sempre as vias são tão simples.

Muitas vezes a dependência complementa-se. Por exemplo, mulheres maternais e in-seguras (que tiveram um pai negador de afe-to) buscam homens ‘órfãos’ (abandonados afetivos) para nutrir, orientar, controlar. Em troca recebem a deles a idolatria e fidelida-de devotada às mães, e o suprimento alme-jado de afeto masculino, negado na primei-ra relação (o samba masculino ‘Tudo o que eu desejo eu tenho em casa’ é o slogan dos homens complementares). O nirvana pode até durar, mas nenhum dos dois pode sair do papel estabelecido, ou a vingança será cruel. Como disse Osho: “Você se vinga-rá de quem você idolatrar”. A mulher/mãe pode sair do céu e entrar no inferno, literal-mente, se decepcionar ou abandonar o par-ceiro/filho novamente (para ele).

Homens insaciáveis na busca da mulher ideal também expressam situações incons-cientes. Afinal, a mulher ideal foi aquela, a

primeira, que lhe supriu de tudo, alimentou seu corpo, tirou suas dores, lhe perdoou os enganos e pecados: a mãe. Assim, não se vin-culam, sempre na expectativa que a próxima tenha os atributos de perfeição que ele bus-ca incansavelmente, o ser maravilhoso, ma-terno, que já tiveram.

Sobre este arquétipo há uma parábo-la deliciosa, de Nasrudin, aquele multifaceta-

do personagem sufi. Diz o conto que Nasru-din comentava com um amigo suas aventuras na busca da mulher ideal. “No Cairo encon-trei uma mulher lindíssima de corpo, mas de escassa inteligência. Não deu certo. Lá mesmo encontrei outra, divina na conversa, mas com um pequeno defeito no queixo, não a quis. Em Beirute, namorei uma prodigiosa na cama, mas ao falar, sua voz era como uma trombeta de-

safinada...” E assim prosseguiu desfiando um rosário de encontros e decepções. Ao final declarou: “Em Fez, por fim, encontrei a mu-lher perfeita: linda, inteligente, delicada, har-moniosa, compreensiva – totalmente maravi-lhosa”. O amigo saltou da cadeira e lhe per-guntou: “Então, ficaste com ela?” Ao que Nas-rudin respondeu, cabisbaixo: “Não. Ela tam-bém estava procurando o homem ideal!”

E quantas histórias já nos contaram de mulheres que se relacionam seguidamen-te com homens com problemas com álcool. A pergunta é quase óbvia: “seu pai bebia?”. Numa conversa com um amigo, sobre pre-dileções femininas, o escutei falar de vários aspectos que lhe atraiam e sua constatação surpreso que as suas últimas quatro relações foram com professoras. A pergunta que não queria calar, “Qual a profissão de sua mãe?” nem precisou ser formulada, pois ele ficou estupefato com o fato e falou: “Que coisa, todas como mamãe!”

A psicanálise chega a afirmar que, in-conscientemente, todos buscamos conquis-tar nas relações afetivas nosso progenitor do sexo oposto, simbolicamente. É a reedi-ção do mito de Édipo, que matou o pai e ca-sou com a mãe, na conhecida tragédia grega. Em proporções maiores ou menores, todos temos um tanto deste desígnio. Mas, como sempre, somos mais complexos que as teo-rias conseguem explicar.

Porém, sem dúvida, as gravações psí-quicas e emocionais da nossa primeira rela-ção com outro ser primordial do sexo opos-to, nossa mãe ou pai, estão registradas para sempre em nosso inconsciente. Ou seja, a nossa primeira relação é inesquecível. Ela é

“Mulheres maternais e inseguras (que tiveram um pai negador de afeto) buscam homens ‘órfãos’

(abandonados afetivos) para nutrir, orientar, controlar. Em troca recebem deles a idolatria e fidelidade devotada às mães, e o suprimento almejado de afeto masculino,

negado na primeira relação.”

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O livro “Celeiro – Culinária”das auto-ras Maria Rosa e Lu-cia Lacombe Herz. “Celeiro” é um li-vro rico em informa-ções sobre diversos ingredientes e tam-bém receitas práticas e deliciosas. Estas re-

ceitas serviram de base para a montagem do cardápio de saladas e sopas do Café Cereja. Tenho também duas dicas de li-vros disponíveis para locação no Café Cereja: Mil dias em Veneza (Uma história

ENQUEtE

Há quanto tempo você mora na Zona Sul? 21 anos

o que você mais gosta na Zona Sul? Aqui tem tudo que o morador pre-cisa, praças, lojas, serviços, etc.

o que pode melhorar? Seria bom termos aparelhos de ginástica colocados na Praça da Tristeza, programa de ginás-tica para idosos na praça, e também ben-feitorias na praça, para deixá-la mais bo-nita e atraente aos moradores.

Qual sua visão de ‘bem-estar’? Acordar cedo, fazer uma boa cami-nhada e, principalmente, estar de bem com a vida.

Você e a Zona Sul

Que livros a influenciaram

Que mensagem gostaria de dei-xar para os leitores do Bem Estar?

Cuidem-se, exercitem-se, mental e fisicamente e vivam com bom humor !

margaret manzoli

de amor irresistí-vel) e Mil dias na Toscana (Memó-rias de um peque-no vilarejo reple-to de comida, ro-mance e, acima de tudo, vida) – am-bos de Marlena De Blasi.

paula Brinckmann - café cereja

rua Almirante delamare, 247 esq. Wenceslau Escobar Tristeza (51) 3508.3957

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Dê sua opinião. Participe. comEnTE ESTA mATériA

[email protected]

sar de não seguirem um esquema tão sim-ples como o narrado agora.

COMO ISTO ACONTECE, QUANDO E COMO

SE INSTAURA?Assim como na relação com os alimen-

tos, nas relações com as pessoas temos ins-crito em nós um padrão, características (don-de “caráter”) “formatadas” nessas relações fundamentais com nossos pais. (De desejo, ódio, aversão, inveja, amor, traição, mágoa, ressentimento, desconfiança – toda a turma da tragédia humana). Na maioria das vezes re-petimos esses padrões com nossos parceiros atuais, outras vezes... repetimos também, mas fazendo tudo pelo avesso (uma forma diferen-te, reativa, de fazer o mesmo).

Muitas variantes são possíveis, além dessas duas, é claro, mas é certo que a re-lação “matricial” (de matriz) com nossos pais é parâmetro para nossas relações afe-tivas atuais. Ou seja, “a primeira relação a gente nunca esquece”, até porque ela não está gravada somente na nossa memória de conteúdos, mas na própria essência ener-gética que somos.

Outras instâncias, como dissemos, inter-ferem diretamente na nossa forma de nos re-lacionar: as culturais, sociais, antropológicas etc. Outras são fundamentais e ultrapassam as do âmbito do inconsciente pessoal, são as que dizem respeito à alma familiar, tão bem abordadas por Bert Hellinger em seus traba-lhos e livros sobre “Constelação Familiar”, os quais indico com ênfase.

“Em qualquer relação amorosa cada um leva suas matrizes relacionais, características pessoais, de família, sociais. Quanto mais consciente estivermos delas, maior será a possibilidade de

depuração e de encontro profundo entre duas pessoas, que buscam e aceitam suas essências, transcendendo suas limitações, e não fazem do outro um instrumento para curar suas dores infantis.”

Mas, terminando, o certo é que em qual-quer relação amorosa nunca se encontram duas pessoas, à sós. Cada uma leva suas matri-zes psíquicas/emocionais, características pes-soais, de família, sociais e mesmo de nacionali-dade. Quanto mais consciente estivermos de-las, maior será a possibilidade de depuração e de encontro profundo entre duas pessoas, que buscam e aceitam suas essências, transcenden-do suas limitações, e não fazem do outro um instrumento para curar suas dores infantis.

BOAS LEItuRAS SOBRE O tEMA

n MEDO DA VIDA – Alexander Lowen. Um livro de Bioenergética que aborda a questão edípica de forma profunda, numa linguagem simples e direta, descrevendo inúmeros casos clí-nicos. Para ser lido como um romance. Daqueles, envolventes e perturbadores.

n A SIMETRIA OCULTA DO AMOR e PARA QUE O AMOR DÊ CERTO – Bert Hellinger. Li-vros de Constelação Familiar, que des-crevem workshops com casais sobre o tema Relacionamentos. Impressio-nantes pela dinâmica da técnica e pe-las afirmações sobre as influências da “alma familiar” nos encontro amorosos.

a matriz de nossas relações posteriores. E se não trazemos para o nível da consciência uma série desses conteúdos, viveremos regi-dos pelos desejos de nosso bebê e/ou crian-ça interna, que demandará sempre ações ao nosso “ser adulto”, com o objetivo de saciar suas carências.

Recentemente uma aluna, já passada por incontáveis terapias, me contou que ao fazer

sua opção por um namorado, seu futuro ma-rido, levou bem em conta o fato dele não ser parecido com o seu pai. Após alguns pou-cos meses de casamento se deu conta “que ele tem as mesmas características que meu pai”, me disse, aturdida e impressionada. O inconsciente é mais arguto do que possa-mos imaginar. Ele sabe escolher! São incon-táveis os casos que demonstram isso, ape-

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