Jornal Batista

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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 47 Domingo, 18.11.2012 R$ 3,20 Ampliando a visão Igreja Multiplicadora Líderes foram motivados para a expansão do evangelho durante a Conferência Nacional de Igreja Multiplicadora, realizada entre os dias 25 e 27 de outubro, na Primeira Igreja Batista de Atibaia (SP). Analisando a missão da igreja no Brasil, os preletores plantaram nos corações dos participantes os conhecimentos necessários para a realização da tarefa de multiplicar discípulos e plantar novas igrejas (pág. 07). Boas notícias do Seminário do Sul Durante a reunião do Conselho Geral realizada no novo Centro Batista Brasileiro, pastor Davidson Pereira de Freitas, diretor do Seminário do Sul, anunciou o reconhecimento do curso de Teologia pelo MEC. Esta é uma grande vitória para os Batistas Brasileiros. É a 6ª Instituição de ensino teológico batista, afiliada à ABIBET que recebe este reconhecimento (pág. 10).

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1o jornal batista – domingo, 18/11/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 47 Domingo, 18.11.2012R$ 3,20

Ampliando a visão Igreja

MultiplicadoraLíderes foram motivados para a expansão do

evangelho durante a Conferência Nacional de Igreja Multiplicadora, realizada entre os dias 25 e 27 de outubro, na Primeira Igreja Batista de Atibaia (SP). Analisando a missão da igreja no Brasil, os preletores plantaram nos corações dos participantes os conhecimentos necessários para a realização da tarefa de multiplicar discípulos e plantar novas igrejas (pág. 07).

Boas notícias do Seminário do Sul

Durante a reunião do Conselho Geral realizada no novo Centro Batista Brasileiro, pastor Davidson Pereira de Freitas, diretor do Seminário do Sul, anunciou o reconhecimento do curso de Teologia

pelo MEC. Esta é uma grande vitória para os Batistas Brasileiros. É a 6ª Instituição de ensino teológico batista, afiliada à ABIBET que recebe este reconhecimento (pág. 10).

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E D I T O R I A L

des de Cristo. “E Jesus, mo-vido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo” (Marcos 1.41).

Como enfatiza Marcos 10.45, Jesus Cristo veio ao mundo para servir, e quem segue seu exemplo procura servir também. Como fez um outro pastor que tem uma alta condição social e financeira. Assim como to-das as tardes, foi na cafeteria em frente à sua igreja. Ao atravessar viu um morador de rua, diferente de outros, ele não pedia nada, mas a necessidade de um prato de comida estampava a sua face. O pastor entrou na cafeteria e em seguida saiu com uma sacola cheia de pães e um copo de café com leite. Abaixou para ficar pró-ximo ao morador de rua, sor-riu e estendeu a mão aberta: “Boa tarde senhor”, falou o pastor, bem vestido como sempre. Aquele morador de

sorriso, nenhum olhar. Se sentindo indignada, teve apenas que conviver com tal atitude. O que mais in-comodou o seu coração foi o fato de ser um pastor que escolheu não falar com ela, dando a entender que aque-la senhora era muito inferior e não merecia nem ao me-nos o seu “bom dia”.

Alguns podem até dizer que aquele pastor simples-mente não deve ter ouvido a senhora. Mas não, existem pessoas assim mesmo, até pastores, que desprezam as pessoas por sua condição financeira, pela cor da sua pele, pela posição social, até mesmo na igreja. Dentro da sociedade qualquer um, sen-do cristão ou não, precisa ter educação ao ponto de falar com todos ao seu redor, mas quando se destaca um servo de Cristo, o amor às pessoas precisa se expressar com ações, atitudes e palavras. Quem tem Jesus, tem atitu-

Uma dica para to-dos : abuse da educação em to-dos os momentos

e para com todas as pessoas. Muitas famílias estão dei-xando que o dia a dia crie seus filhos, a educação não é mais quesito de algumas famílias e com isso crescem e se formam adultos sem educação. “Bom dia”, “boa noite”, “como você vai?”, frases simples que fazem a diferença. E não é exagero, a educação, além de expressar os bons cuidados de uma família, também expressa atitudes de quem segue os mandamentos de Deus.

Um certo dia, dentro de um ambiente cristão, um pastor passou diante da se-nhora que trabalhava na limpeza do lugar. Ela, como fazia com todos, sorriu ao dizer: “bom dia”. Mas pa-receu que seu sorriso e seu bom dia ficaram soltos no ar, nenhuma resposta, nenhum

rua se assustou e ficou sem reação, o pastor teve que repetir o “Boa tarde senhor” para obter uma resposta. Deitado na rua, se levantou, apertou a mão do pastor e sorriu ao dizer: “Obrigado pelo lanche! Desculpa se não respondi logo, mas levei um susto, ninguém nunca me chamou de senhor!” Na-quele dia o “boa tarde” fez toda a diferença.

Olhar o próximo, se sen-sibil izar com o outro, é exercer os mandamentos de Deus, é seguir o exem-plo de Jesus, é viver uma vida verdadeiramente cristã. Nesta edição de O Jornal Batista você encontrará di-versos textos que destacam a relação do homem com o homem. Reflita nas suas ati-tudes com seus irmãos, com seus familiares e com aque-les que não fazem parte do seu relacionamento e avalie se você está conseguindo se-guir os passos de Jesus. (AP)

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 18/11/12reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A Casa firme do Cristão

A resistência de um prédio está direta-mente relacionada com a firmeza dos

seus alicerces. Foi baseado nisto que Jesus, após o Ser-mão do Monte, disse aos seus ouvintes: “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha” (Mateus 7.24).

A declaração é simples. Tão simples que, de tão ób-via, nós nos acostumamos com ela. E daí ela passa a perder o impacto espiritual e existencial que deveria ter sobre nós cristãos. Qual seria o cristão que, em sã consci-ência, diria em público que não procura pôr em prática as “bem aventuranças”? Ainda que, na vida prática, não se esforce em ser pacificador, em chorar com os que cho-ram, em ter fome e sede de justiça.

A cristandade atual cons-truiu sua casa religiosa sobre a areia. Sobre a areia das am-bições pragmáticas e opor-tunistas do mundo. Sobre a areia da lógica humana dos empresários e líderes “bem sucedidos”. Sobre a areia que declara que a igreja só é boa quando sua membresia atin-ge alguns milhares e os seus dízimos acumulam alguns milhões.

O alicerce do cristão são as palavras do Cristo. São as absurdas palavras de Cristo. Que de tão absurdas não te-mos coragem de obedecê-las. Felizmente, em tudo isso, temos um Espírito Santo que, diante da nossa fragilidade, simplesmente nos pergunta: “Você ama a Cristo?” Aí, se a resposta for positiva, Ele toma conta de nós, fortalece a nossa fé e vai construindo em nós, em nome do Cristo, a casa vigorosa do cristão. Do cristão que ama a Cristo.

Vilmar PaulichenPastor da PIB em Indaiatuba, SP

“Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda” (João 15.2).

Para a maioria das pessoas, basta fazer parte de uma igreja, e tudo bem. Muitos

pensam que a utilidade da igreja se limita a assistência espiritual em caso de nasci-mento, casamento e morte. Há exceções, mas a grande maioria das pessoas reli-giosas tem pouca noção do que realmente significa fazer parte de uma igreja.

Um grande problema que afeta muitos frequentado-res de igreja é o orgulho de considerar-se insubstituível e indispensável na igreja. É um tremendo engano pensar assim. Não existe membro de uma igreja com status de insubstituível, nem o pastor. Quem pensa ser insubsti-tuível e indispensável é or-gulhoso, pois esqueceu-se que nós é que precisamos da igreja.

É um absurdo pensar que Deus nos deve gratidão por-que nosso nome consta no rol de membros da igreja, como se nosso status, ca-risma, influência pudesse dar o “brilho” que a igreja necessita para atrair pecado-res. Engana-se quem entende que existe outra fonte, supe-rior a Bíblia, que possa dar a motivação correta e atrair pecadores para a igreja. Há igrejas oferecendo “pão e circo” aos pecadores, mas Deus diz para oferecer a

“Espada do Espírito” (Heb. 4.12; Mat. 28.19,20).

As razões que contribuem para que muitos vivam na igreja esperando gratidão e honra são várias, o motivo pode ser a voz “aveludada” que canta no louvor domi-nical, o tamanho do dízimo, o cargo público, o sucesso profissional e até o sobre-nome.

Se não frutificamos para a glória de Deus, acabamos “cortados” do tronco que é Jesus Cristo, dono e Senhor da Igreja. A ausência de fru-tos vai fragilizando nossa vida espiritual, cria dúvidas nos outros, elimina toda credibilidade e desqualifica nosso testemunho de con-versão. Mesmo seguindo para outra igreja, é só uma questão de tempo, para que tudo se repita. A vida cristã se torna um “pula-pula” de igreja em igreja.

Quem faz o “cor te” é Deus, obviamente que se utiliza de pessoas aprova-das, santificadas e humildes para fazer isso. Todo “corte” produz mal estar, porque a igreja existe para promover a paz e santificação, sem nunca abrir mão dos frutos do arrependimento. A igreja tem que vigiar e orar para se manter acima do engano dos homens. Deve aguardar e desejar ver os frutos do arrependimento de cada membro.

É importante frisar que, nem todos os que mudam de igreja são “cortados”. Há mudança positiva. Mudar pode não ter relação com o “corte” de Deus. Há pessoas que, de coração sincero, mudam, deixando saudades e alegria, quando vão para

outra igreja; serviu tão bem que nos alegra saber que poderá fazer mais e melhor onde estiver. Quem é “po-dado” deixa saudades e ale-gria; quem é “cortado” deixa tristeza e alívio; o “cortado” logo é esquecido.

Benção mesmo é ser “po-dado”. Não entenda “poda” do jeito errado, como se fosse sempre receber “não” do pastor e da diretoria. A poda aperfeiçoa a fé dos que frutificam. O propósito da poda é aperfeiçoar nossa fé; somos arrependidos, mas somos pecadores. A poda tira os “brotos” do pecado que nascem no coração e impedem a fé de crescer mais rápido. Por causa dos “brotos” a fé avança em “marcha lenta”, reduz nosso empenho e vigor espiritual no que realmente tem valor e glorifica a Deus. Assim como os brotos não podados na parreira prejudicam os bons frutos, assim também os “brotos” do pecado no coração prejudicam a fé, a oração, o testemunho, co-munhão, o estudo da Pala-vra. Os “brotos” do pecado no coração nos ensurdecem, quando o Espírito Santo fala.

A poda pode doer, por-que também é um corte; a diferença é que o “corte” da “poda” nos ajuda crescer. Podemos até ser “podados”, recebendo um “não”, depois de apresentarmos um proje-to que juramos ter nascido no coração de Deus. Quem aceita a “poda” de Deus pode até sentir-se sozinho, mas com tempo vai tendo mais convicção do lugar onde sua fé está firmada: nas pessoas, nas circunstâncias favoráveis ou em Jesus Cristo.

A poda cria desconforto, mas nos faz crescer e frutifi-car para Deus. A poda é para quem tem a graça de Cristo no coração. Graça e fé atuan-do juntas fazem a “poda” ser positiva. Se você está orando pedindo aperfeiçoamento, então aceite a “poda”; se doer

não recue, nem desanime. Depois do desconforto vem a força. Você se sentirá muito melhor e os frutos da fé glori-ficarão muito mais a Deus. A “poda” dá mais vida; o “corte” faz a fé “secar”. É melhor ser “podado” e viver, do que ser “cortado” e morrer.

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4 o jornal batista – domingo, 18/11/12 reflexão

Samuel Amaro dos SantosPastor da IB em Laje do Muriaé

Abandonem o cris-tianismo que se es-queceu da Bíblia, que não lê que

não ouve, que não medita e que não obedece a pala-vra de Deus. Abandonem o cristianismo que fez da ora-ção um negócio, uma troca, e não uma comunhão cons-

tante com o nosso Pai onde a maior benção é o próprio Deus. Abandonem o cristia-nismo da grande omissão, onde não há proclamação, não há testemunho, não há discipulado. Abandonem o cristianismo sem cruz, sem renúncia, sem perdas, sem entrega, sem morte. Abandonem o cristianismo de fim de semana, só dos domingos, só da aparência, o cristianismo teatral que

vai a igreja e que não sabe ser igreja.

Abandonem o cristianis-mo dos eventos que trazem novidades, mas não produ-zem santidade, que fazem movimento, mas não pro-duzem comprometimento. Abandonem o cristianismo que transformou o culto em show, que transformou o homem no centro e na ra-zão do culto. Abandonem o cristianismo onde Jesus não

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur NogueiraBacharel em Teologia pela FTBSP e ESTPresidente do COMEAN

Toda a história do cristianismo foi mar-cada por grandes perseguições aos

cristãos. Temos relatos de homens e mulheres que foram mortos, jogados nas arenas, degolados, apedre-jados e presos por defender os valores que Jesus Cristo

é mais o Senhor, a cabeça do corpo, onde quem manda são líderes mau intenciona-dos, as famílias mais antigas ou maiores da igreja, aban-donem o cristianismo onde as pessoas buscam títulos, cargos, posições privilegia-das, e não querem o mais nobre título “servos de Jesus Cristo”.

Abandonem o cristianis-mo onde as pessoas não são transformadas, não mu-

ensinou. O que leva um cristão não negar sua fé mesmo diante de tortura? A sua convicção, a base de sustentação de sua fé.

O apóstolo Paulo deixou bem claro a sua posição “eu sei em quem tenho crido”, ele não era levado por con-versas tolas. A sua convicção era notória, não tinha temor dos homens, enfrentou as lutas de cabeça erguida.

Porque os cristãos são tão destemidos, corajosos? A resposta é clara, os cristãos tem uma esperança, esta

dam seu jeito de falar, seu comportamento, suas ações e reações. Por favor, faço um apelo abandonem esse “cristianismo” vivido por pessoas quem querem ser chamadas de “evangélicas”, mas não mais de crentes, cristãos, discípulos, servos de Jesus Cristo, seguidores de Cristo. Abandonem esse Cristianismo, ou melhor, vol temos ao verdadeiro Cristianismo.

esperança não desaponta. O homem pode ferir o corpo físico, mas jamais conse-guirá atingir a sua alma. Se Deus é por nós quem será contra nós?

A nossa esperança não está limitada aqui nesta terra, a nossa esperança está nos céus. Vale a pena ser cris-tão, temos uma certeza que estamos seguros em Cris-to. Quem será contra nós? Ninguém, pois servimos ao Deus vivo e verdadeiro que tem todo poder nos céus e na terra.

Ismael Alves PiresDiácono e professor da EBD na IB em Jardim América, Paranaguá, PR

Pátria, é o solo onde a terra cheiraOnde os campos vicejam, como a bater palmas,Onde tudo é esperança – nada é besteira.

Pátria, é solidez, afeto e fraternidadeSatisfação, amor, alegria e progresso,Recordações, lembranças, infância – saudadeÉ vitória, ordem, labor, ação e sucesso.

Pátria é sonho, é vida, virtude e evoluçãoÉ crença, agilidade, amizade e poesia,É filhos perfilados, formados, angariando o pãoÉ técnica, personalidade, ética e maestria.

Pátria, lugar sagrado, ambiental e independenteOnde nascemos e firmamos os artelhos do nosso pé,Onde aprendemos a liberdade para ser decenteE a respeitar o próximo, e em Deus ter fé.

Nossa pátria é tudo – é amada e belaTambém a mais querida, e a mais gentil,Retratada em cores, nas ricas telasQuadros deslumbrantes, mostram seu perfil.

Pátria é o recanto ameno – oásis da graçaQue reflete um céu lindo de cristal anil,Onde só há atrativos, graça sobre graçaA mais bela pátria é o meu Brasil.

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5o jornal batista – domingo, 18/11/12reflexão

Wilson FrançaPastor e Missionário Emérito da 4ª IB em Rio das Ostras, RJ

uando leio Ma-teus 25.31 a 46, corre em minha mente a adver-

tência a Igreja de Cristo. Como a Igreja de Cristo está se comportando nos nossos dias com relação aos vários setores de sua vida social e assistencial? Como estamos? Como que esperando dela uma maior participação? É por isso que fico assusta-do, como crente no Senhor Jesus Cristo, há mais de 70 anos, sem ver uma ação mais ousada na evangeli-zação de idosos, presos, enfermos, sedentos, famin-tos, despojados de tudo o que se constitui o essencial para uma vida mais saudá-vel espiritualmente. Veja: Jesus virá acompanhado dos santos anjos e se assentará no trono da glória e todo o olho o verá assim. Ele fará uma separação das pessoas. Usando sua expressão “Ele apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas”.

Mas os bodes ficarão à esquerda e as ovelhas à di-reita. Depois de saudar os que ficaram à direita – as ovelhas, Jesus justifica as-sim: “Pois teve fome, e me deste de comer; teve sede e me deste de beber; era forasteiro e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; estive enfermo, e me visi-tastes; preso, e fostes ver--me”. É ai que, meu coração bate diferente, acelerado e inquieto. É neste ponto que meu pensamento chega à Igreja de Cristo.

Jesus disse: “Tive Fome” – A solidariedade humana muitas vezes não está na Igreja de Cristo – Isaías 58.7 é um incitamento a socorrer os necessitados. Justifica o comportamento evangélico da misericórdia e do amor. É também uma resposta a quase todas essas questões levantadas por Jesus na sua igreja. Ele diz: “Não é tam-bém que repartas o teu pão

com os famintos e não te escondas do teu próximo?” As pessoas estão morrendo de fome, enquanto estamos mergulhados em reuniões que viram noites a dentro em que nada de proveito é tirado delas. São encontros, discus-sões, palavras e nada mais que palavras. Os famintos jazem as nossas portas. E por fim, perguntamos: “Quando te vimos com fome?” Você já viu as pessoas que moram debaixo das pontes? Já viu a miséria a que estão entregues as drogas, as ditas Cracolân-dias? Você já desejou com-prar um pão e dar a essas pessoas? Ou foge, quando um deles se aproxima de você? Fome é um mal que aflige o Brasil.

O Senhor continua: “Tive sede”, o apostolo Paulo em I Coríntios 4.11 diz: “Até a presente hora, sofremos fome e sede”. Este é o clamor dos que sofrem sede física, e eu quero uma abertura para dizer algo da sede que mata a alma. A sede da Palavra de Deus. Temos que descobrir o Brasil. O Brasil está sedento da Palavra de Deus, e onde estão os obreiros? Onde es-tão os desbravadores de Deus para levar a mensagem de Cristo aos nossos brasis? A sede é uma sensação causada pela necessidade de beber. A falta de água em nosso orga-nismo nos leva a um desejo ardente e imoderado. Assim é a sede espiritual. Leva as pessoas ao desespero reli-gioso, buscando fontes que muitas vezes só produzem idolatria e outros malefícios para a alma. E a igreja res-ponderá: “Quando te vimos com sede?”

“Era forasteiro”. Como é difícil hoje abrirmos nossas portas para hospedar um desconhecido. Quando es-tava trabalhando em Goiás, hospedei um homem que bateu as portas da nossa casa. Dei-lhe toda a atenção, in-clusive espiritual. Depois de duas semanas, ele se foi em direção a Belém do Pará. Qual não foi minha surpresa, dois dias depois que ele atra-vessara o rio, uma caravana de homens armados bateu

em minha casa a procura daquele homem. Procuravam por um perigoso assassino. Só sabia dizer daquele ho-mem que ele se comportava calmo, amável e que tinha atravessado o rio Araguaia. Deus estava conosco. Isaías, no verso já citado, diz: “e recolhas em casa os pobres desterrados?” “Quando te vimos forasteiro?”

Disse Jesus: “Estava nu”. Isaías continua: “E vendo-o nu, o cubras, e não te escon-das do teu próximo?” Onde está a nossa compaixão pelos que sofrem frio e chuva sem ter com que se agasalhar? Em II Crônicas 28.15 en-contramos este exemplo de compaixão: “Os homens que foram designados nominal-mente se levantaram, foram aos presos e vestiram do des-pojo a todos os que dentre eles estavam nus. Vestiram--nos, e os calçaram e lhes deram de comer e de beber. A todos os que estavam pre-sos levaram, sobre jumentos, e os trouxeram a Jericó, a cidade das palmeiras, a seus irmãos. Depois voltaram para Samaria”. Que lição para os nossos dias.

“Quando te vimos enfer-mos?” Hoje a visitação em casas de saúde e hospitais estão mais difíceis, mas há modos de dar assistência aos enfermos. Os capelães já fa-zem este trabalho com muita eficácia, porém ainda é muito pouco para os milhares de leitos nos hospitais e casas de saúde. Mas quantos doentes estão em suas casas e não são visitados?

“Quando te vimos preso?” Leia Atos 28.2: “Os nativos usaram conosco não de pou-ca humanidade. Acenderam uma fogueira, e nos reco-lheram a todos por causa da chuva que caia, e por causa do frio”. Nessa ocasião, Pau-lo era um prisioneiro sendo levado para uma prisão ita-liana. Como será o juízo de Deus dentro da igreja. “Então lhes responderá: em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um des-tes meus pequeninos, a mim deixastes de fazer” (Mateus 25.45).

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

Faça um exercício. Pegue a sua agenda e verifique os com-promissos que você

tem marcado para os próxi-mos dias, semanas e meses. Quantos deles estão direta-mente relacionados ao tem-po que sua família precisa e deseja de você? Não vale contar o tempo destinado a compras mensais, consultas médicas. Vale somente os compromissos agendados, do tipo, “ir ao cinema com mi-nha esposa”, “passear com o Junior no parque”, “fazer um piquenique com a família”.

Pode parecer estranho, mas já pensou que eu e você só agendamos compromissos profissionais, ministeriais, denominacionais? Ora, todos esses compromissos são im-portantes e devemos agendá--los sim, mas se considera-mos o casamento, a família e os amigos também impor-tantes devemos ter o mes-mo cuidado. Pode parecer burocrático, é verdade. Não estamos acostumados agen-dar compromissos, como por exemplo “passear com a esposa” ou “soltar pipa com o Junior”. Compromissos familiares são, falando a ver-dade, quando der ou quando estivermos com vontade. Mas devemos mudar este conceito. Vou contar uma experiência que tive.

Um dia desses conversando por telefone com meu amigo, pr. Ailton Desidério, pastor da Igreja Batista do Lins de Vasconcelos, aqui no Rio de Janeiro, falamos da necessi-dade de nos encontrarmos, com nossas esposas, para bater um papo. Geralmente, nessas conversas, alguém diz “vamos marcar um dia”. Mas que dia? Então falei com ele para pegar a agenda e então marcamos esta saída para conversar. No dia anterior, por pouco não desmarcamos, devidos a outros compromis-sos, mas permanecemos fir-mes e saímos juntos. Foi uma

noite muito agradável onde colocamos nossas conversas em dia. Mas, pergunto, será que este encontro tão agradá-vel teria mesmo acontecido se ficássemos somente com a expressão “um dia vamos marcar para sairmos juntos”? Ele só aconteceu porque eu e ele anotamos em nossa agen-da e permanecemos firmes no propósito.

Em minhas palestras para pastores e líderes tenho enfa-tizado este aspecto. Por que somente os compromissos da igreja são anotados na agenda? Por que temos a tendência de permanecer firmes num compromisso que envolve a igreja, a de-nominação, e não somos tão firmes e estamos prontos a descartas os compromissos que fazemos com nossa es-posa, filhos e amigos?

Ir à praia com a família e ter momentos inesquecíveis com os filhos é tão santo, aos olhos de Deus, quanto o culto de vigília por missões. Ambas as instituições, família e igreja, foram criadas por Deus. Dedicar parte do nosso tempo para passear com a esposa, pescar com os filhos são tão importantes quanto o tempo que dedicamos à igreja que pertencemos.

Concluo citando dois pen-samentos que abordam e reforçam esta necessidade. A apresentadora Oprah Win-frey, num dos seus programas de televisão disse acerta-damente: “Se alguém não dispõe de uma noite, ou ao menos de uma hora por se-mana para se reunir com toda a família, então a família não é a sua prioridade”.

O escritor Stephen R. Co-vey, falecido recentemente, escreveu num dos seus livros: “As famílias bem-sucedidas planejam e colocam em prá-tica atividades familiares e se organizam para realizar tarefas diferentes”.

Por falar nisso, pegue a sua agenda ai...

Q

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6 o jornal batista – domingo, 18/11/12 notícias do brasil batista

No dia 29 de outubro ocor-reu um seminário na Es-cola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro

com o tema: Pedofilia e prostituição infantil. Como o Departamento de Ação Social da CBB vê a importância da participação nestes espaços pú-blicos de discussão, a assistente de coordenação Luciene Fraga esteve presente.

O assunto tratado neste evento foi de suma importância, discutiu-se sobre a história da criança no Brasil, a questão da pedofilia, como tratar o pedófilo, os crimes na internet, ofen-sa sexual, as três dimensões de inter-

O encontro “Pensar com a Igreja – Política de dro-gas, contribuições e de-safios para a Igreja Evan-

gélica Brasileira” foi promovido pela organização não governamental Viva Rio, no dia 26 de outubro de 2012, no auditório da Sociedade Bíblica do Brasil. Faz parte de uma série de eventos onde o tema principal é a participação ativa das instituições evangélicas no tratamento da depen-dência química, pois é de notório saber a importância da atuação da Igreja nas iniciativas de combate às drogas e promoção de ferramentas para o auxílio àqueles que querem tratar o vício em substâncias psico-ativas, fazendo, muitas vezes, um trabalho mais abrangente que o ofertado pelo Estado.

A programação contou com a par-ticipação de Missões Nacionais, por meio do pastor Daniel Camaforte,

venção na ofensa sexual, proposta de investir em prevenção, questão do crack, a prostituição infantil, dentre outros assuntos.

É fundamental que como cida-dãos e cristãos estejamos discutindo questões tão importantes na nossa sociedade.

“Não vos conformeis com este mun-do, mas transformai-vos pela renova-ção da vossa mente, para que proveis qual é a boa, prefeita e agradável vontade de Deus” (Romanos 12.2).

Luciene FragaAssistente de coordenação do

DAS-CBB

voluntário da Missão Batista Cris-tolândia, RJ; do antropólogo Rubem Cesar Fernandes, diretor executivo do Viva Rio; e do pastor Ariovaldo Ramos, da Visão Mundial.

Foi levantada a proposta de convidar os representantes do poder público a participar também deste debate à medida que não é possível a Igreja operacionalizar ações sem a partici-pação e parceria do Estado, com seu aparato legal e reconhecimento oficial. É necessário buscar equilíbrio e enten-dimento do que cabe a cada instituição e unificar os esforços e trabalhos em busca do bem comum e do ataque ao que realmente tem marcado profunda e negativamente a sociedade: as dro-gas e suas consequências.

Vládia MacriAnalista de Programa e

Projetos Sociais da Junta de Missões Nacionais da CBB

A Bíblia Ella é o seu melhor guia para desfrutar o que a

Palavra de Deus destina à mulher. Possui uma

reunião de estudos sobre lhos, casamento,

felicidade e trabalho.

www.geograficaeditora.com.br@geograficaed/geograficaeditora

Departamento de Ação Social da CBB

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7o jornal batista – domingo, 18/11/12missões nacionais

Ana Luiza MenezesRedação da JMN

Líderes foram motiva-dos para a expansão do evangelho durante a Conferência Nacio-

nal de Igreja Multiplicadora, realizada entre os dias 25 e 27 de outubro, na Primeira Igreja Batista de Atibaia (SP). Analisando a missão da igreja no Brasil, os preletores plan-taram nos corações dos par-ticipantes os conhecimentos necessários para a realização da tarefa de multiplicar discí-pulos e plantar novas igrejas.

Pastor Luiz Sayão, da IB Na-ções Unidas (SP), falou sobre a igreja como organismo vivo; pastor Gilberto Penido, gestor de Ministérios da PIB de Juiz de Fora (MG), destacou a importância do discipulado e pequenos grupos; e o pas-tor Sérgio Ney, missionário de Missões Nacionais em São José do Rio Preto (SP), dissertou sobre compaixão, que é um dos pilares da vi-são Igreja Multiplicadora. O evento também contou com nomes como Claudinei Car-neiro, que abordou a questão da oração como estratégia e vida devocional, e Antonio Mendes Gonçalves, que falou sobre formação de liderança e crescimento da igreja.

O diretor executivo de Mis-sões Nacionais, pastor Fer-nando Brandão, deixou uma palavra sobre a visão Igreja Multiplicadora e o pastor Sa-muel Moutta, gerente execu-tivo de Missões, falou sobre evangelização. Dando des-taque também para a evan-gelização e multiplicação entre os surdos, a missionária Marília Moraes Manhães, coordenadora do Ministério com Surdos, apresentou os desafios de seu trabalho.

Compartilhando seu pró-prio testemunho, baseado

nas experiências que teve no sertão da Paraíba, o pastor Cirino Refosco, gerente de Estratégias Missionárias da JMN, ajudou cada um dos presentes a compreender questões que envolvem a plantação de igrejas. Ele, que por muitos anos serviu com sua família em diversas cidades da Paraíba, sendo responsável pelo surgimento e desenvolvimento de líderes e igrejas, recebeu recente-mente, durante um momento solene da 87ª Assembleia da Convenção Paraibana, reconhecimento pelo seu trabalho. “Não temos dúvida de que ele é um homem de Deus, que dedica a sua vida ao trabalho missionário. O pastor Cirino é chamado, por todos nós, de apóstolo do ser-tão pelo trabalho, inclusive social, que ele fez. Em nome da Convenção, pedi perdão ao pastor Cirino e a toda a sua família, pelos momentos difíceis que ele passou. O plenário levantou e aplau-diu. Nós o amamos”, disse o pastor Fernando Rocha, presidente da Convenção Batista Paraibana (CBP). Para o pastor Robério Soares, se-cretário de Missões da CBP, aquele momento foi vitupé-rio à honra devida ao pastor Cirino pelo que ele realizou no estado. “Toda a Paraíba batista o ama. Ele é como um espelho para mim, uma refe-rência ministerial. Sempre vi Jesus nele.”

Enquanto esteve no cam-po, pastor Cirino não apenas plantou como revitalizou igre-jas, tornando-se, no Brasil, um exemplo contemporâneo da visão Igreja Multiplicadora. Assim que chegaram ao cam-po, em 1985, ele e sua espo-sa, Regina Refosco, iniciaram o trabalho de revitalização da IB de Piancó e, em seguida, abriram frentes missionárias

em outras cidades paraibanas como Boaventura, Aguiar, Co-remas, Igaracy, Nova Olinda, Santana dos Garrotes, Ibiara e Pedra Branca, entre outras. Eles foram responsáveis pelos batismos de mais de 700 pes-soas, além do treinamento de dezenas de irmãos, pastores, missionários e evangelistas na região, que hoje estão à frente de ministérios locais. Após longo período no Sertão, eles foram para João Pessoa (PB), onde plantaram igrejas em bairros como João Agripino e Brisamar, que apresentam crescimento e expansão da visão até os dias atuais.

Ao falar sobre a Conferên-cia, pastor Cirino também fez questão de destacar que “Igreja Multiplicadora é uma visão bíblica, que vai além da plantação de igrejas, incluin-do também o crescimen-to das igrejas locais, como aconteceu com a igreja de Jerusalém”. Ele afirmou que é tempo de os batistas traba-

lharem no despertamento das igrejas para crescimento e plantação de novos trabalhos, e citou outras participações importantes da Conferência, como os missionários Luiz Gonzaga e Auridéia Ferreira, que têm multiplicado com a abertura de várias frentes mis-sionárias até mesmo entre os ribeirinhos, além da Missão em Libras de Marituba (PA), hoje já sob a liderança dos missionários Ewerson e Keyla Corrêa, mas que teve início graças ao esforço deles.

Diante dos testemunhos que comprovam a impor-tância da aplicação da visão Igreja Multiplicadora, líderes aceitaram o apelo de serem multiplicadores em suas re-giões de atuação. “Ouvir a história de missionários, ver a maneira com que foram fiéis ao chamado do Senhor e perceber como a obediência produziu glória ao nome de Jesus me animou, ainda mais, para dedicar minha vida e motivar outros a fazerem o mesmo pela causa do nome de Jesus”, declarou o pastor

Joelsio Marciano, coordena-dor da área de Missões da PIB de Atibaia.

Também como parte da programação da Conferên-cia, as oficinas ministradas por missionários como o pastor Leandro Poçam, que desenvolve um ministério com tribos urbanas; Jaqueline Augusto da Hora Santos, co-ordenadora do programa de evangelização de crianças da JMN; Elaine Machado, que na Cristolândia SP desenvol-ve um ministério ligado às ações de compaixão; entre outros obreiros da JMN, im-pactaram as vidas, que deixa-ram o evento com a certeza de que é possível crescer e multiplicar. “Esta Conferên-cia inflamou mais ainda em mim que, se nosso Senhor Jesus afirmou que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja, podemos avançar”, afirmou o pastor Dário Sodré Júnior, que au-xilia na área de Missões e Novas Igrejas da IB Central de Campinas (SP).

Ampliando a visão Igreja Multiplicadora

Rendidos ao Senhor, participantes se comprometem a multiplicar

NoTA DE FALECIMENToFaleceu na manhã do dia 9 de novembro de 2012, a

missionária Zênia Birzniek, que completaria 95 anos de idade no dia 11.

A irmã Zênia atuou em Missões Nacionais por 34 anos e meio, de 1º de janeiro de 1957 a março de 1989 como missionária, e mais dois anos e seis meses já como apo-sentada, enquanto aguardava a chegada de uma substi-tuta para o campo. Desde então, a missionária reiniciou trabalhos abandonados e iniciou novas congregações em locais pouco evangelizados.

Incansável, Zênia Birzniek foi a prova viva de que nada pode deter um coração missionário.

Convite de ordenação ao Ministério

No dia 30 de novembro de 2012, às 19h30, serão examinados os irmãos Davi Menezes

e Eduardo Bernardo, bacharéis em Teologia pelo Seminário Betel, com vistas ao

Ministério Pastoral. Se aprovados, serão ordenados no dia 09 de dezembro às 19h00.

Primeira Igreja Batista em Parque Real

Rua Vieira e Araujo, 363 – Realengo – RJ

Pastor Albadias de Araujo Ferreira

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8 o jornal batista – domingo, 18/11/12 notícias do brasil batista

Pr. Ulisses Souza TorresCapelão Esportivo da Convenção Batista CariocaCoordenador de Esporte da Juventude Batista Brasileira

No dia 12 de agos-to, encerraram--se as Olimpíadas em Londres. Um

termo passará a fazer parte do nosso dia a dia, o “Ciclo Olímpico”. Mas o que signi-fica isso? O Ciclo Olímpico inicia-se no encerramento de uma Olimpíada e vai até a cerimônia de encerramen-to da próxima Olimpíada. Envolve, a preparação do país receptor do evento, a descoberta e qualificação de atletas, construção e melho-ria das dependências para prática de diversas modali-dades esportivas.

A próxima Ol impíada ocorrerá na cidade do Rio de Janeiro em 2016. E os evan-gélicos poderão ter grande participação em todo esse período de Ciclo Olímpi-co, servindo ao propósito de Deus nesta geração (At. 13.36a). A grande pergunta que surge é: Qual é a relação entre o evangelho e o Ciclo Olímpico?

Todo país que recebe as Olimpíadas necessita de uma estrutura determinada para realização dos jogos. Dessa necessidade, surge uns dos principais termos para que esse evento seja um sucesso: Voluntariado! Pessoas dispostas a partici-parem da organização dos eventos esportivos, sem re-ceber remuneração alguma, com o único objetivo de fazer com que o evento seja um sucesso.

Paulo afirma em sua car-ta aos Efésios 2.10: “Por-que somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos”. Enquanto Igreja de Cristo, precisamos nos engajar nes-se grande movimento e nos voluntariarmos para que a sociedade perceba o nosso desejo em servi-la. Como Pedro afirma em sua primei-ra carta, capítulo 4, verso 2: “Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fiel-mente a graça de Deus em suas múltiplas formas”.

Enquanto servos de Jesus, a igreja brasileira precisa se preparar para poder compar-tilhar do amor de Jesus atra-vés do serviço. As igrejas po-dem se organizar, ensinando línguas estrangeiras para sua membresia e comunida-

des antes da realização do evento. Podem preparar suas estruturas para receberem missionários. Despertar e en-viar líderes para capacitação em evangelização através dos ministérios esportivos. Nos dias de jogos, oferecer copos com água ou informa-ções através de missionários preparados para tais funções.

Além disso, teremos dois grandes eventos no decorrer

do Ciclo Olímpico onde poderemos começar um grande movimento de evan-gelização de nosso país: “a Copa das Confederações” em 2013, e a “Copa do Mundo” em 2014. Teremos a oportunidade de evan-gelizar o mundo, sem sair do nosso país. No nosso bairro, poderemos evange-lizar pessoas da Europa, da Ásia, da Oceania, da África

e das Américas. Deus está dando uma grande oportu-nidade para nossa geração. Precisamos nos preparar para compartilhar do amor do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo para aqueles “que aguardam com ardente expectativa a manifestação dos filhos de Deus” (Rom. 8.19).

Eu quero participar de tudo que Deus está fazen-

do nesse Ciclo Olímpico, e você? Vamos buscar a capa-citação da nossa igreja para participarmos desta ação di-vina em nosso país, cidade, bairro e igreja local. Estamos a disposição para auxiliar na capacitação e auxilio na estruturação deste ministério esportivo na sua igreja.

Entre em contato conosco, vamos fazer parte desse time que vai mudar a história.

O Evangelho e o Ciclo Olímpico

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10 o jornal batista – domingo, 18/11/12 notícias do brasil batista

Departamento de Comunicação da CBB

Durante a reunião do Conselho Ge-ral realizada no novo Centro Batis-

ta Brasileiro, pastor Davidson Pereira de Freitas, diretor do Seminário do Sul, anunciou o reconhecimento do curso de Teologia pelo MEC.

O Diário Oficial da União publicou a portaria 218 de 01/11/2012, no dia 07 de novembro, que determinou o reconhecimento do Curso de Bacharel em Teologia da Faculdade Batista do Rio de

Janeiro, instituição mantida pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Esta é uma grande vitória para os Batistas Brasileiros. É a 6ª Instituição de ensino teológi-co batista, afiliada à ABIBET que recebe este reconheci-mento.

“Quero expressar minha gratidão a todos os mem-bros da equipe do Seminá-rio do Sul, corpo docente, corpo administrativo, assim como aos alunos e ex-alu-nos que tem construído a história desta Casa. Quero expressar ainda a minha gra-tidão aos ex-reitores desta

Casa, que arduamente tra-balharam e semearam para que hoje pudéssemos viver este momento tão especial e importante”, declarou com alegria o pastor Davidson Pereira de Freitas.

Agora o Seminário do Sul começará um novo tempo, pois poderá oferecer, a par-tir de fevereiro de 2013, o curso de convalidação, para o qual estarão disponíveis 150 vagas. As inscrições estarão abertas de 21/11 a 21/12/2012. Os candidatos interessados devem acompa-nhar no Manual do Candida-to, Regulamento e no Edital

do Programa de Integraliza-ção de Crédito (PIC), através do site: www.fabat.com , a partir da data acima.

Além de relatar esta vi-tó r i a , pa s to r Dav idson também agradeceu todo o apoio recebido durante a sua gestão administrativa, que agora se encerra a pedi-do do próprio. Pastor Davi-dson estará se dedicando à sua igreja de forma integral, a Primeira Igreja Batista em Heliópolis, RJ.

Em seguida a diretoria da CBB anunciou o nome do novo diretor do Semi-nário Teológico Batista do

Sul do Brasil, pastor Luiz Sayão, conhecido teólogo, linguista e hebraísta bra-sileiro. Pastor Luiz Sayão é pastor titular da Igreja Batista das Nações Unidas, na capital paulista, e mes-tre em hebraico pela USP, conferencista internacional, professor de teologia (Ser-vo de Cristo, FTBSP, STEP, Gordon-Conwell), tradutor da Bíblia (NVI, Almeida 21) e consultor editorial. É casa-do com Celiz Elaine e pai de cinco filhos: Rachel, Israel, Deborah, Daniel e Miriam. Ele assumirá a direção no início de 2013.

Boas notícias do Seminário do Sul

Pr. Luiz Sayão, ao centro, é anunciado pelo pr. Sócrates,à esquerda, e pr. Paschoal, à direita, como o novo diretor do Seminário do Sul

Pr. Davidson anuncia o reconhecimento do curso de Teologia pelo MEC

fotos: Sélio Morais

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11o jornal batista – domingo, 18/11/12missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Missões Mundiais realizou no dia 31 de outubro um culto de gra-

tidão a Deus pelas vidas de três colaboradores que estão deixando oficialmente suas funções na agência missioná-ria. Shirlésia Maria de Souza e os pastores Luiz Carlos de Barros e Romeu Maciel de Azevedo, atuaram como coordenadora de Recursos Humanos, gerente Adminis-trativo-Financeiro e chefe do setor de Contabilidade, respectivamente.

Ailton de FariaRedação de Missões Mundiais

Khalil Samara – su-pervisor de obreiros da terra de Missões Mundiais para o

Oriente Médio – informa que a região vive momentos de muita angústia. São várias cidades destruídas e cente-nas de pessoas mortas pelos bombardeios entre milícias e facções de um mesmo povo.

Na Síria, onde temos mis-sionários em quatro cidades, a situação é muito crítica. Uma igreja, na cidade de Latakia, foi fechada. Por lá, o povo de Deus se reunia todos os dias em jejum e ora-ção pela situação do país e pelas famílias que perderam entes queridos. Nas cidades de Safita e Tartus há novos convertidos e os missionários trabalham com 75 famílias em suas igrejas. São mais de 45 crianças recolhidas nas ca-sas de membros e sustentadas por essas igrejas.

No Líbano, a situação não está melhor. Há um mês, o

O culto aconteceu na ca-pela do Seminário Teológi-co Batista do Sul do Brasil (STBSB) e contou com a presença de funcionários, ex-colegas de trabalho, mis-sionários efetivos, em trei-namento e mobilizadores, além de familiares dos ho-menageados.

O diretor geral da Conven-ção Batista Brasileira, pastor Sócrates Oliveira de Souza, foi o primeiro a falar durante a cerimônia. Ele agradeceu pelas vidas desses três cola-boradores, que ofereceram sua força de trabalho para a obra missionária.

“A expressão que mais cabe nesta hora é ‘Damos-te

país estava em clima de guer-ra civil. No centro de Beirute foi assassinado o chefe da polícia secreta, vítima de uma grande explosão que matou oito e feriu 70 pes-soas. Mas, no meio de toda esta situação, o nosso Deus tinha preparado uma grande bênção nas igrejas plantadas no sul do país. Ali, os irmãos estavam em campanha evan-gelística por quatro dias nas cidades de Rachaia, Mar-jeyoun e Ain Ebel. “Pastores batistas brasileiros, enviados por Missões Mundiais para nos ajudar nos trabalhos, foram usados por Deus na campanha. Por quatro dias, vimos a glória de Deus! De-zesseis almas se renderam aos pés de Cristo”, conta o pastor Khalil.

Na cidade de Duhok está sendo implantado o Projeto Norte do Iraque para Cristo. Nas congregações de Zakho e Berseva os missionários ti-veram momentos agradáveis pela presença do Senhor no meio de Seu povo. Segundo o pastor Khalil, o Senhor der-ramou grande bênção sobre

graças, ó Pai’”, disse. “Esta-mos celebrando não o fim, mas uma nova etapa na vida desses irmãos”, acrescentou o pastor Sócrates.

O diretor executivo da JMM, pastor João Marcos Barreto Soares, levou a mensagem, sobre o Salmo 23, explicando que este texto bíblico tão conhecido pode ser usado a qualquer tempo por qualquer cren-te, independentemente da situação.

O gerente de Missões, pa s to r L au ro Mand i r a , conduziu o momento de gra t idão e homenagens a Shirlésia, Luiz Carlos e Romeu.

eles. Foram realizados estudos e treinamento de líderes, que levaram o povo a viver em maior comunhão. Um dos alvos dessa união é que se faça oração e jejum para o começo da construção do projeto.

No Sudão, uma semana antes da chegada de nosso supervisor na cidade de Car-tum, aconteceu um ataque de aviões israelenses a uma ins-talação militar. O povo esta-va muito preocupado e com medo de uma guerra civil.

Luiz Carlos, que por 36 anos serviu como gestor adminis t ra t ivo da JMM, agradeceu a homenagem e deixou um recado àqueles que continuam trabalhando na sede.

“Vocês estão nesta obra transformando e preparando as pessoas para a volta do nosso Senhor Jesus”, disse. Ele se sentiu duplamente homenageado, já que na ocasião completou mais um ano de vida.

O pastor Romeu falou em seguida e também deixou seu recado aos presentes ao culto.

“Trabalhem com serieda-de, coloquem no coração

Além das dificuldades que o povo sudanês viveu com 53 anos de guerra – enfrentando fome, doenças e desemprego – o país foi dividido em dois: Norte e Sul. Essa divisão está causando vários problemas sociais, inclusive divisão en-tre famílias do próprio país.

“Mas, em meio ao caos, Deus está edificando almas, restaurando famílias perdidas e fortalecendo a Sua Igreja. A Palavra, no poder do Es-pírito de Deus, está sendo

aquilo que estiverem fazen-do porque o dono da obra é o Senhor”, afirmou.

Shirlésia também agrade-ceu a homenagem e fez suas as palavras de Luiz Carlos e Romeu. Os três também receberam uma placa em reconhecimento ao tempo que passaram servindo à obra missionária mundial.

Ao final, um coro formado por funcionários da JMM en-toou o hino “Como Agrade-cer a Jesus?” sob a liderança da ministra de música Mô-nica Coropos, da PIB Irajá, no Rio de Janeiro. Depois, o pastor Antônio Galvão, missionário há 40 anos, orou pelos homenageados.

semeada e o Evangelho de Cristo cresce naquela região. O Senhor nos concedeu o registro oficial das igrejas batistas no Sudão, aprovada pelo Ministério das Religiões do governo. Agradeço a Deus pela vida de cada crente e também pelo tempo que es-tamos juntos, guiados pelo Espírito de Deus. É ele quem nos dá forças para lutar pela expansão do Evangelho de Cristo no Oriente Médio”, fi-naliza o pastor Khalil Samara.

JMM homenageia antigos colaboradores

ORIENTE MÉDIOEvangelho cresce em meio ao caos

Pr. João Marcos B. Soares foi o pregador do cultoCoro formado for funcionários da JMM cantou durante o culto

Pr. Antônio Galvão orou por Luiz Carlos, Shirlésia e Romeu

Culto em igreja sudanesaO Evangelho avança no Sudão

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12 o jornal batista – domingo, 18/11/12 notícias do brasil batista

A Primeira Igreja Ba-tista de Três Rios (RJ) celebrou no último dia 3 de ou-

tubro, 97 anos de abençoada existência. Para marcar os 97 anos de organização a PIB de Três Rios realizou um grande culto de gratidão a Deus, lotando o seu santu-ário em plena quarta-feira, contando com a presença de vários pastores e igrejas convidadas, bem como um grande público de crentes e não crentes, que atende-ram o convite para assistir o Coro da Missão Batista Cristolândia Rio, e ver e ou-vir o que Deus fez na vida daquelas pessoas que eram consideradas lixo humano e foram resgatadas e transfor-madas pelo poder de Cristo Jesus. Faltou lugar na nave principal e na galeria que superlotou, fazendo com que muitos participassem do culto em pé nos corredores e até mesmo nas escadarias da igreja.

Pastor Diego Machado, líder da Missão Cristolândia Rio, projeto de resgate de pessoas das ruas da Cra-colândia na cidade do Rio de Janeiro, pregou um lindo e desafiador sermão, levando muitas pessoas a aceitarem

Jesus como Senhor e Salva-dor, e outras tantas que es-tavam afastadas, desviadas, a voltarem a viver uma vida de comunhão e santidade com Deus. Pastor Diego de-safiou jovens e adolescentes da igreja a serem um radical em sua casa, vizinhança e na escola, e ao fazer o desafio à igreja para a obra missio-nária, vários irmãos foram à frente se comprometendo a entregar suas vidas para mis-sões. Que noite memorável! “Parecia estarmos no céu”, exclamou o pastor Jeferson Assis da Silva, pastor Sênior da Igreja.

Muitos irmãos pegaram formulários de adoção do PAM para ajudar no sustento de missões. Um dos momen-tos mais significativos do culto foi quando três junio-res, Anna Júlia, Matheus e Camila cantaram o hino de missões “Deixa sua Luz Bri-lhar”, enquanto era realiza-do o ofertório para Missões. Nossas crianças cantaram e encantaram.

A PIB de Três Rios está em obras, realizando uma série de reformas necessárias ao bom desenvolvimento de suas atividades, atendendo assim suas necessidades, mas não foi possível, como

previsto, aprontar o novo altar do santuário para ser inaugurado nesse aniversá-rio, o que levou a igreja a estender uma imensa corti-na branca, o que diminuiu o espaço interno do santu-ário, mas nada que atrapa-lhasse o brilho e o sucesso do culto.

A igreja se preparou para esse evento realizando uma campanha para arrecadar 1/2 tonelada de arroz para ajudar no projeto Cristolân-dia. O momento da entrega foi incrível, pois enquanto o coro da Cristolândia cantava o cântico ‘Nada Além do sangue’, do pastor Fernandi-nho, adolescentes, juniores e jovens trouxeram os alimen-tos, formando um paredão de proteção, pois a igreja se comprometeu a sustentar aquela obra diariamente com orações, intercessões e clamores a Deus.

No transcurso desses 97 anos, a PIB de Três Rios foi

lideradas por preciosos ho-mens de Deus.

Otis Pendleton Maddox (1915-1916);

Joaquim Evangelista Maria-no Pereira (1916-1919);

Orlando Alves (1920-1923);

Pr. Joaquim Rosa (1923-1924);

Pr. Joaquim Evangelis-ta Mariano Pereira (1924-1925);

Joaquim Rosa (1925-1926);Cassiano Basílio de Souza

(1926-1929);Vital Rodrigues Cabral

(1930-1937);Ubaldino Faria de Souza

(1937-1946);Aristóteles Fontes de Quei-

roz (1946-1947);Emanuel Fonte de Queiroz

(1948-1949);J o sé de Souza Herdy

(1952-1961);Itamar Francisco de Souza

(1962-1997);Leyner de Albuquerque

Lima (1997-2000);

Robson Martins Ramos (2002-2007);

Jeferson Assis da Silva (2007- ).

O saudoso diácono Mano-el Juventino Sant’Ana dirigiu a PIB de Três Rios por várias ocasiões em que a igreja esteve em transição ministe-rial, bem como o seminarista Issac Carvalho Rangel, hoje pastor, a dirigiu de 2001 a 2002. No período de janeiro a agosto de 2007, dirigiu a igreja o diácono Pedro Soa-res Mattos.

Nesses cinco anos de mi-nistério do pastor Jeferson Assis da Silva a PIB Três Rios organizou a Igreja Batista Be-tesda em Três Rios (RJ), PIB de Penha Longa (Chiador, MG) Igreja Batista de Afonso Arinos em Com. Levy Gaspa-rian (RJ).

Muitos tem sido os desa-fios dessa operosa igreja, mas Deus que é o dono da obra tem nos sustentado com a sua mão forte.

PIB de Três Rios celebra 97 anos

A Igreja Batista Central em Teresópolis convida pastores e igrejas para formação de

Concílio de Exame ao Ministério da Palavra dos seminaristas Márcio de Souza e Gustavo

Marques de Freitas, no dia 24 de novembro de 2012, a partir das 16h. Já o Culto de

Consagração acontecerá às 20h.

Local: Igreja Batista Central em Teresópolis

Rua Waldir Barbosa Moreira, 40 – Várzea – Teresópolis / RJ

Josué CardosoPastor

CONVITE DE CONCÍLIO

Prezado leitor de o Jornal Batista,

Em nossa galeria de pastores da PIB de Três Rios, está faltando as fotos de alguns de nossos ilustres pastores, homens que foram notáveis em nossa igreja. Por isso precisamos homenageá-los colocando suas fotos em nossa galeria. Se você poder nos ajudar, caso tenha uma foto em bom estado que possa nos enviar uma cópia es-caneada, ou se sabe de quem tenha e possa nos ajudar, pode entrar em contato conosco.

Primeira Igreja Batista de Três RiosA/C: Pr. Jeferson Assis da SilvaRua Barão do Rio Branco, 438 – CentroCEP: 25.804-010 - Três Rios /RJTel: (24) 2252-2524 / 2252-4812 / 9942-6534E-mail: [email protected]

São eles:Pr. Otis Pendleton MaddoxPr. Joaquim Evangelista Mariano PereiraPr. Orlando AlvesPr. Joaquim RosaPr. Cassiano Basílio de SouzaPr. Vital Rodrigues CabralPr. Aristóteles Fontes de Queiroz

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 18/11/12

Daniel TorresMembro da PIB Presidente Prudente

Aprouve ao Senhor reco lher um de seus servos mais atuantes da Alta

Paulista, na região oeste do estado de São Paulo. Faleceu na sexta-feira, 26 de outu-bro, vítima de infarto agudo, o pastor da Igreja Batista de Parapuã (SP) e presidente do Conselho de Pastores local (ConPas), Sandro William da Silva, de 47 anos.

O pastor se encontrava em sua residência quando começou a passar mal e foi conduzido à Santa Casa local no fim da tarde. Após os primeiros socorros, foi encaminhado por familiares à Casa de Saúde Dr. Taves, em Osvaldo Cruz (SP), onde após diversas tentativas da equipe médica para reverter o quadro clínico agravado pelo diabetes, não resistiu e veio a falecer.

O corpo foi velado no templo da Igreja Batista de

Parapuã e trasladado na manhã do sábado, 27, para o Cemitério São João da Boa Vista, em Bebedouro (SP), onde foi sepultado.

O pastor Sandro deixa a esposa, Marizete, com quem era casado havia 13 anos e o pequeno Lúcio, de oito anos.

BiografiaNascido em Bebedouro

em 21 de junho de 1965, Sandro formou-se em Teolo-gia no Instituto Bíblico Ba-

tista de Bauru (SP) em 1989 e trabalhou como evangelis-ta nas cidades de Bebedou-ro e Hortolândia (SP).

Em 1998 assumiu o seu primeiro ministério pastoral, na Segunda Igreja Batista de Ourinhos onde, em janeiro de 1999, casou-se com a educadora religiosa Mari-zete Monteiro de Lucena Silva.

O casal chegou a Parapuã em abril de 2002 com o propósito de assumir o pas-torado da Igreja Batista lo-cal. No mesmo ano, Sandro passou a pertencer à Ordem dos Pastores Batistas da Alta Paulista, ligada à Associa-ção das Igrejas Batistas da Alta Paulista (Asibap).

Um dos fundadores do Conselho de Pastores de Pa-rapuã, exercia a presidência do órgão em 2012.

“Agradeço muito o apoio que tenho recebido das igre-jas, dos pastores, dos ami-gos, que estão fazendo uma enorme diferença nesse mo-mento de dor”, declarou Marizete.

Pr. Sandro – um servo fiel

notícias do brasil batista

Pastor Sandro William da Silva ao lado da esposa Marizete

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14 o jornal batista – domingo, 18/11/12 ponto de vista

Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

“O rei de Sodoma disse a Abraão: Dê-me as pessoas e pode ficar com os bens” (Gênesis 14.21).

No site do Dr. Jorge Pinheiro dos San-tos, li uma frase de Guimarães Rosa,

que o Dr. Jorge escolheu para colocar no site. Ei-la: “Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa existir para haver”. É notável como encontramos verdadei-ras pérolas nas palavras dos homens, que se dirá quando lemos a Palavra de Deus.

O texto que citamos acima é pouco conhecido. Ao longo de minha vida cristã, nesses sessenta e cinco anos, jamais ouvi um sermão, ou li algum

Esta crônica é mais choradeira que ou-tra coisa. Mas sejam pacientes. Exerçam a

misericórdia comigo. Li esta notícia que reproduzo ipsis literis, do jornal “O Globo”: “A música piorou nas últimas décadas. O que parece relati-vo quando dito por um crítico ganhou tons científicos com um estudo realizado pelo Conselho Nacional de Pesqui-sa da Espanha. Pesquisadores, através de programas de com-putador, analisaram 464.411 músicas populares do Oci-dente lançadas entre 1955 e 2010, incluindo pop, rock, hip-hop, folk e funk. Com os resultados obtidos, avaliaram tendências com o passar dos anos. As diferentes transições entre combinações de notas diminuíram de número nas últimas décadas. A variedade de timbres na música pop também caiu significantemen-te desde os anos 1960. Sobre este fato, a conclusão dos pesquisadores é que os com-positores tendem a se manter fiéis às mesmas qualidades de som obtidas anteriormen-te. O volume, porém, tem aumentado desde 1955, em uma ‘espécie de corrida pela música mais alta’”.

Em outras palavras: o vo-lume de decibéis tem substi-tuído a qualidade. O sentido da música não está mais na

artigo sobre o mesmo. Nos grandes comentários, como Lange, Mattew Henry, e ou-tros, há mensagens sobre ele, mas, já doei para um Seminá-rio essas preciosas coleções. Se lermos o capitulo 19 de Gênesis, saberemos qual era o caráter do rei de Sodoma, e porque ele queria ficar com as pessoas.

Neste mundo há muitas pes-soas que negam a existência do Diabo, mas não podem negar sua influência, suas obras, e seu domínio sobre a humanidade. Seu poder é tanto, que Cristo o chamou de príncipe deste mundo. Por que príncipe e não rei? Porque acima dele está o Rei Jesus. Todo aquele que desejar ser-vir ao demônio ele o aceita como servo. E pelas ações dos homens, ao longo da história, e, principalmente nos dias

letra nem na harmonia dos sons, mas na agitação. Isto me parece estar em consonância com a cultura atual em outros níveis. Nós não nos comuni-camos mais cognitivamente, mas gestualmente ou corpo-ralmente. A qualquer hora em que alguém ligar a televisão verá um grupo se sacolejan-do. A cognição cedeu lugar aos sentidos. A razão tem sido posta de lado em detrimento da sensação. O que importa não é o que se expressa ver-balmente, mas o que se sente.

Sempre ávidos por novida-des mundanas, alguns seg-mentos da igreja embarcaram nesta tendência. A música evangélica também tem sido empobrecida (e como!) e sua comunicação maior não está no que sua letra diz, mas no quanto faz as pessoas se sa-cudirem. Desta maneira, os sentidos prevalecem sobre a cognição. E quanto erro teo-lógico se canta! Avalia-se o culto por quanto as pessoas se mexeram, e não por quan-to aprenderam sobre Deus e como isto impactou sua vida. Pensei muito nisto nes-tes dias. Preguei duas noites no Congresso Inspirativo da COBAP (Convenção Batista Amapaense) e nas duas noites ouvi cantar o Quarteto Dom de Livre, de Campinas, que havia cantado três vezes em minha ex-igreja, a Cambuí.

de hoje, vemos como ele é servido pelos homens. O Dia-bo é como o rei de Sodoma. Ele não quer coisas, ele quer pessoas. Tendo as pessoas em suas mãos, ele as trans-forma em seres horrendos. Horrendos em todos os senti-dos. Ações, caráter, fisionomia (como me admiro quando vejo o que a droga faz nas pessoas nas vezes que colaboro com a comunidade batista Cristolân-dia, na Cracolândia!). Por mais que conviva com eles, não me acostumo. Dormem ao relento, na sujeira, no meio de fezes, perambulam sem desti-no, sem objetivo, sem ideal, sem propósito, diria, sem tudo. É preciso o Diabo existir para ele haver? Que frase feliz de Guimarães Rosa!

A resposta de Abraão ao pedido do rei de Sodoma é profundamente sábia. Ele

No domingo pela manhã, o Dom Livre cantou na Central de Macapá. Fiz o que nunca fi-zera em 41 anos de ministério pastoral: abdiquei de pregar para eles cantarem. A prega-ção foram seus cânticos. Tanto na COBAP como na Central, o auditório ficou extasiado. O Quarteto cantou hinos com-preensíveis e, o que está se tornando difícil de encontrar, hinos cristológicos. Cristo foi cantado, e não as sensações do adorador. O foco do culto foi Jesus e não o adorador.

À noite tivemos conosco a irmã Cristina Capareli, que foi membro da igreja. Seu espo-so, militar, foi transferido, há sete anos. O casal aproveitou o feriado prolongado para vir a Macapá para a filha ver a cidade onde nasceu. Foi outro grande momento: Cristina não grita, não tremelica a voz, não se pavoneia. Apenas canta. Não é artista, é serva. Que impacto espiritual ouvi-la em “Cidade Santa”.

Não se trata de rabugice de velho nem lamúrias de pastor cheirando a naftalina. Apenas uma constatação: o evangelho está se tornando cada vez mais matéria de sentimento, e o culto cada vez mais expressão de movimentos. O homem é o foco do culto. Deus foi glorifi-cado se as pessoas se sentiram bem ou se se expressaram. Por isso que hoje, quando

afirma que nada deseja, para que o rei de Sodoma venha, no futuro, a dizer que o enri-queceu. A primeira coisa que o Diabo oferece àqueles que lhe servem, é um prêmio, mas, como ele é o pai da mentira, logo depois os que lhe servem descobrem que o prêmio se chama morte. É esse o quadro que nos ro-deia. O prêmio do pecado é sempre a morte.

O desejo do Diabo é ter os homens em suas mãos para dominá-los, e dominá-los até o fim de suas vidas. O Diabo, servido pelos homens, levou Jesus a morte, e essa mesma morte, por estar nos planos do Pai e do Filho, foi o fim do domínio de Satanás. A morte de Cristo, resgatou-nos do poder do pecado, pois Cristo morrendo em nosso lugar, pagou o nosso pecado.

recebo convite de uma igreja para pregar, minha primeira pergunta é como é a liturgia da igreja. Muitas igrejas querem um pastor mais conhecido, para dar notoriedade ao culto e convidam um ou dois canto-res famosos. O que prego não faz diferença. O que importa é que eu vá, pois sou um pouco conhecido, e isso dá peso ao evento. E segue o culto: um cantor apresenta uns quatro hinos sem nexo um com o outro e sem conexão com o que prego. Após a mensagem, mais músicas, porque o inves-timento no cantor precisa ser recompensado. O culto vira uma colcha de retalhos com partes que não se tangenciam. O que o pregador expôs da Palavra de Deus é logo esque-cido, porque o cantor “levanta a galera”. A sensação triunfa sobre a reflexão.

Converti-me numa igreja em que Cristo era pregado com convicção, todos os do-mingos. O pastor se chamava João Falcão Sobrinho, e a igreja era Acari, no Rio de Janeiro. Aprendi a refletir so-bre a Palavra de Deus e a procurar internalizá-la. Minha família não era crente e eu era um menino de catorze anos. Morava com meu pai e um primo nos fundos de um bar, na Penha. Para um adolescen-te, era “barra”, como se diz. O culto me alimentava por

Quem já pagou, não pode ser cobrado novamente. Satanás, o acusador, não tem de que nos acusar, pois através da morte de Cristo, fomos jus-tificados perante Deus e sua Lei. Mesmo que o homem não creia em Deus, a sua obra realizada pela morte de Cristo, aí está. Ao longo da história temos provas de que ela aí está. Mesmo que muitos não creiam, milhões de vidas resgatadas do poder do Diabo, dão provas de que ele existe. Deus não deixa de existir porque os homens não creem. Ele não precisa da fé dos homens para existir. Suas obras aí estão. Elas são suas testemunhas. E, no futuro, serão elas que condenarão os que preferiram servir ao Diabo, mentor da morte, ao invés de crerem em Deus, o provedor da vida.

uma semana. E era aguarda-do sempre com expectativa porque no próximo eu iria aprender sobre Deus. Hoje, quando não prego e vou me congregar com irmãos de outra igreja, sempre me aflijo: aonde vou? Gosto de ouvir falar de Jesus, gosto de ver a Bíblia ensinada, e não te-nho paciência com barulho. Fiquei um ano e oito sem pastorear (por opção). Viajei muito. Em um ano e meio fiz sessenta viagens. Mas quando estava em casa e precisava me congregar (não consigo ficar sem ir à igreja prédio) me afli-gia. O que encontraria? Seria alimentado ou seria chamado por um animador de auditório a me sacudir?

Gente como o Dom Livre e como Cristina Capareli estão rareando (eles são jovens, diga-se). A música de qualida-de está escasseando. O culto com início, meio e fim, com uma mensagem progressiva, em que todas as partes cami-nham na mesma direção tam-bém está sumindo. A pobreza cultural do mundo se reflete na pobreza bíblica e teológica da igreja.

É, envelhecer é fogo. Mas ter senso analítico também. A gente nem sempre aceita se banalizar. E nossos cultos estão se tornando tão banais! Quando não puder mais pas-torear, para onde irei?

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15o jornal batista – domingo, 18/11/12ponto de vista

Pastor Matosalém da Rocha Lopes*

Sou do tempo em que os cristãos amavam ir a Escola Bíblica Do-minical, velhos tem-

pos, quantas saudades. Daí lembro-me do hino 545 CC intitulado “Vamos à escola” que diz: “Vamos, jovens alu-nos, à escola, A Palavra de Deus estudar, Boas-novas ouvirmos de Cristo, E favores reais alcançar...” Que hino! Isso me emocionava mui-to, e até os dias atuais me emociono ao cantar, e como sinto a falta dessa emoção, desse desejo em nossos ir-mãos, em nossas igrejas. É isso mesmo; uma velha e ao mesmo tempo uma nova dis-cussão bate à porta da Igreja pós-moderna, a existência da Escola Bíblica Dominical no contexto dos dias atuais, surgindo aí questionamentos como: Ela ainda existe? Ela tem atendido as necessidades da igreja hoje?

Tem evangelizado como foi assim sua proposta inicial com seu idealizador Robert Raikes em 1780? Em alcan-çar as crianças na Inglaterra organizando uma escola que funcionaria aos domingos, cuidando não apenas da edu-cação secular, mas daria tam-bém a educação religiosa e teria a Bíblia como livro texto. Parece-nos que estamos dis-tante disto, e principalmente no contexto de mundo em que vivemos. Gosto muito da frase do educador Paulo Freire que diz: “Sem a curiosidade que me move, que me inquie-ta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino”. Freire tinha plena consciência sobre a necessidade de uma busca constante no processo ensino aprendizado, acredito ser preciso resgatar essa cons-ciência se quisermos de fato termos uma educação cristã que atenda a necessidade do nosso povo. Daí acredito que é necessário também passar pela Escola Dominical essa discussão, percebendo que a mesma precisa urgentemente de um upgrade.

Tenho lidado há quase 30 anos com a EBD, ora como aluno, ora como professor e tenho concluído que infeliz-mente os crentes do mundo pós-modernos não demons-tram mais desejo de ir a Es-cola Bíblica Dominical; mas

será por quê? O tempo mu-dou? Deus mudou? A igreja está ultrapassada em suas estratégias? Precisamos refle-tir sobre isto. Percebo que há três fatores importantes que necessitam ser revistos dentro desta discussão. Vejamos:

I - Resgatar o desejo dos Cristãos em estudarem a Bíblia

“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”(Sal. 119.105). “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sal. 119.11).

No contexto de mundo em que vivemos hoje, a Palavra de Deus quando ministrada fará uma grande diferença na vida das pessoas. Há uma grande carência de Deus (Sal. 42.2). Cada dia o homem questiona sua existência, o eterno, a vida pós a morte, e outras questões; e é a Bíblia que tem as respostas. Ela di-reciona seu leitor, dirimindo suas dúvidas e questiona-mentos. Quando os cristão voltarem a ter o desejo de estudar a Palavra de Deus acredito que resgataremos a E.B.D., a melhor escola do mundo. Escola que edifica e doutrina a igreja do Senhor. Em minha experiência como cristão foi na E.B.D. que senti esse desejo de estudar a Bí-blia, de conhecê-la melhor, pois com toda certeza obtive o maior crescimento pessoal e ministerial.

II - Porque todos os crentes de faixas etárias diferentes tem oportunidade de estudar a Bíblia

“Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verda-de” (I Tim. 2.4).

Na E.B.D. todos podem es-tudar a Bíblia, os alunos das mais variadas faixas etárias vão construir com o seu pro-fessor o aprendizado. No cur-rículo da Igreja Batista, desde a mais tenra idade até a 3ª idade há uma classe voltada para atender essas deman-das. Daí não há desculpas para os cristãos não estarem presentes na Escola Bíbli-ca Dominical. Destacamos também que na E.B.D. as diferentes classes sociais se encontram, e juntas buscam aprender a Palavra de Deus que fará grande diferença na vida daqueles que reservam

esse precioso tempo para seu crescimento espiritual. Todos podem estudar a Bíblia, a criança, o adolescente, o jovem, o senhor, a senhora, o pobre, o rico; não importa a localização na escala hie-rárquica que as pessoas se encontram, pois todos são alunos do grande Mestre por excelência que é Jesus. E são seus ensinamentos que farão grandes transformações na vida daqueles que a buscam ardentemente crescerem na fé.

III - Porque a Igreja está sendo doutrinada

“Remindo o tempo; por-quanto os dias são maus” (Ef. 5.16).

É preciso que a igreja hoje esteja firme em sua fé e dou-trina, os tempos sãos maus (Ef. 5.16; I Tim. 1.10; II Tim. 4.2-3). Uma igreja forte dou-trinariamente está compro-metida em estudar a Bíblia visando fortalecer a vida es-piritual de seus membros. Vivemos hoje a “Religião do resultado”, os homens mandam em Deus rogando que o Ele os cure, lhes dê prosperidade. Porém não estão dispostos a obedecer aos mandamentos do Senhor para suas vidas, é preciso que a igreja seja fortalecida doutrinariamente para que as ovelhas não venham procurar “pastos” em outros campos que não inspiram confiança, daí muitos cristãos frágeis em sua fé devido não estarem aprendendo com a Palavra de Deus a sã doutrina men-cionada pelo apóstolo Paulo em Tito 1.9, que diz: “Reten-do firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutri-na, como para convencer os contradizentes”. Quando os cristãos descobrirem que na Escola Dominical estão sen-do doutrinados, se tornarão alunos assíduos, estudantes eternos das Sagradas Escritu-ras e estarão firmes e fortes para enfrentarem o mundo que jaz no maligno.

IV - Porque se ensina valores eternos aos crentes (Rom.12.10; Ef. 4.32; Prov. 2.24.).

“Antes sede uns para com os outros benignos, miseri-cordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como tam-

bém Deus vos perdoou em Cristo” (Ef. 4.32).

Valores como amor, per-dão, humildade são ministra-dos em nossa Escola Domini-cal. Cada crente é desafiado a vivenciar tais valores que o acompanharão em toda a sua vivência. Cada crente é desa-fiado não apenas a entender a Palavra, mas colocá-la em prá-tica como ensinado por Jesus em sua pedagogia afirmando que o homem prudente é aquele que pratica a Palavra. “Todo aquele, pois, que es-cuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edifi-cou a sua casa sobre a rocha” (Mat. 7.24).

É na E.B.D. que cada aluno está formando seu caráter espiritual, aprendendo a se relacionar com seu irmão, entendendo-se mutuamente dentro desse corpo que é a Igreja de Cristo, que propicia uma formação sólida com base nos valores da Palavra de Deus. Valores estes que quase inexiste na sociedade da lei do mais forte e do levar vantagem em tudo. Quando cada cristão refletir sobre essa oportunidade que a E.B.D. proporciona para ele, creio que vai olhar a Escola Bíblica Dominical com mais carinho posicionando-se de maneira diferente. Pois acredito que todo crente quer se asse-melhar com Jesus, o nosso exemplo maior, exemplo de amor, verdade, perdão e honestidade.

V – Porque se forma líderes que servirão a Igreja e ao Reino de Deus

“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (I Cor. 12.28).

Embora saiba que a Escola Bíblica não seja uma escola de treinamento para líde-res, pois não foi assim seu propósito inicial algo já dis-cutido por nós no início do nosso artigo, acredito que ela proporciona uma capa-citação importante a líderes em potencial. É na Escola Dominical que cada crente está sendo formado, seja no seu caráter como já vimos, seja em sua formação cristã ministerial que o levará se

tornar um líder na igreja des-cobrindo assim seus dons.

Tive uma experiência incrí-vel em minha vida de lideran-ça, fui aluno da Escola Domi-nical de uma igreja em minha cidade e tive o prazer de ter uma excelente professora em minha adolescência. Anos depois para minha surpresa reencontrei-a sentada na clas-se de senhoras e agora sendo o seu professor, que alegria para mim. Mas que grande responsabilidade; lembrei--me de tudo que aprendi com a mesma e como foi im-portante suas aulas ainda em minha adolescência e toda sua influência. Tornei-me um Ministro de Cristo graças aos ensinamentos de minha professora da E.B.D., foi isto que o apóstolo ensinou ao jovem pastor Timóteo: “E o que de mim, entre muitas tes-temunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idô-neos para também ensinarem os outros” (II Tim. 2.2).

Paulo tinha a visão de for-mação de liderança, a igreja precisa ter a mesma visão, e a Escola Dominical é uma grande aliada nessa formação de novos líderes. Concluímos esse momento, desafiando a você meu querido irmão, minha querida irmã, igreja de Jesus Cristo; a nos tornar-mos alunos dessa Escola que ensina a Palavra de Deus, a melhor escola do mundo. A buscar na E.B.D. lições riquíssimas para sua vida, e para seu crescimento espiri-tual, desfrutando a vida abun-dante que Cristo nos oferece, e só assim nos tornaremos padrão de integridade nos dias atuais.

*Matosalém da Rocha LopesPastor auxiliar da Igreja

Batista na Estrada do Curado, Recife-PE. Graduação em Te-ologia - Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, licenciado em História. Pós graduado em Ensino de His-tória das Artes e das Religiões pela UFRPE. Facilitador em Capacitações na área de Li-derança e cristã e secular e conferencista. Professor de História, Filosofia, Sociolo-gia, e Ensino Religioso das séries do Ensino Fundamental e Médio. Pesquisador com pré-projeto e mestrado sobre missões indígenas, e pes-quisador na área de Ensino Religioso.

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