Jornal Aldeia set 2014

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Edição 39 do Jornal Aldeia de Caboclos

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EditorialPrezados irmãos de fé e leitores, é chegada a hora da

Nação Umbandista vibrar intensamente, se confrater-

nizar e expandir seu universo cultural, pois estamos a

poucos dias do Grandioso e Agregador 5º Festival de

Curimba Aldeia de Caboclos “Um Grito de Liberdade”.

O relevantíssimo e fortalecedor evento ocorrerá no dia

21 de setembro de 2014, na casa de shows Expresso

Mix, localizada na Avenida Aricanduva, 11.500, Jar-

dim Aricanduva, São Paulo-SP. A abertura dos portões

ocorrerá às 11h:30min.

Importante relembrar a todos que os Festivais de

Curimba sempre foram uma grande marca de união,

talento e de forte expressão de nossa religião, grande

marca esta que por um razoável tempo ficou um pouco

esquecida, mas que nos últimos anos tem se renovado

e vem conquistando um excelente e harmônico espaço

novamente. Fato este que engrandece e enobrece ainda

mais a Nação Umbandista.

Os festivais de Curimba se apresentam como uma gran-

de fonte de união, divulgação e fortalecimento de nos-

sas tradições, e, igualmente, são uma eficaz forma de

conhecermos novos talentos, de apreciarmos a beleza

das altamente criativas coreografias relacionadas aos

Orixás, e de semearmos um valioso e produtivo terreno

para os ativos e exemplares Umbandistas de amanhã.

Isto é, os festivais são uma sólida forma de cultivarmos

firmes ao nosso lado as nossas crianças, pequeninos

que nos acompanham em vibrantes eventos como este

e que desde já se empolgam, participam efetivamente e

embelezam com sua pureza e alegria os nossos traba-

lhos e as nossas constantes atividades.

Por tais motivos, é sempre válido e salutar ressaltar a

importância da maciça presença dos nossos irmãos de

fé nos mais distintos e diversos eventos que envolvam a

nossa religião de alguma maneira, bem como é crucial

dar todo suporte, amparo e estimular com propriedade,

carinho e atenção a participação de nossas crianças nas

referidas atividades.

Desta forma estaremos construindo verdadeiramente

um futuro de maior valor, harmonia e respeito perante

toda a sociedade para a nossa amada Umbanda e para

os Cultos Afro-Brasileiros como um todo.

Tragam seus templos, familiares e amigos para este

maravilhoso momento de confraternização e união,

tudo ao som das mais cativantes vozes e atabaques!

Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Sal-ve Zambi!

Alexandros Barros Xenoktistakis

PREVISÃO BARALHO CIGANOCartas: Aliança- Crianças- Cruz

Amor - Período de cumplicidade, companheirismo e muito amor. Para quem deseja fir-mar um compromisso, ou uma união, setembro está bem favorável a isso. Sorrir e amar fazer parte da vida, faça isso intensamente, independente do problema que estiver pas-sando. Cuidado como atitudes um pouco infantis ou impensadas, isso poderá prejudicar um pouco a relação. Profissional e Financeiro - Possibilidades de sociedade ou até mesmo de parcerias nesse momento. Analise tudo muito racionalmente, sem se deixar mover pela ansiedade ou impulso. Recomeçar seria a palavra ideal para esse momento. Momento de começar a sair da estagnação no lado financeiro. Perseverança sempre! Saúde - Comece cuidando um pouco de você. Não deixe se mover pelo pessimismo ou até mesmo por uma negatividade energética. Cuide do corpo e da alma. Momento volta-do à fertilidade, a vinda de crianças. Cuidado apenas com a sua parte de coluna ou ossos, pois podem estar mais frágeis nesse período.

CURSO DE BARALHO CIGANO INTENSIVO: DIAS 12-13 e 14/09 (Final de Semana) - CONSULTA DE TARÔ E BARALHO CIGANO - ONLINE OU PRE-

SENCIAL - INFORMAÇÕES: 11-2369-4241 ou 99922-6794 ou WhatsApp 947393262

EXPEDIENTE

Diretor: Engels B. Xenoktistakis

Direção de Arte: Daniel Coradini

Redator: Engels B. Xenoktistakis

Colaboradores: Adriano Camargo /

Ronaldo Linares e

Alexandros Xenoktistakis

Assessoria Jurídica: Alexandros Barros

Xenoktistakis – OAB/SP 182.106

contato: [email protected]

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Ainda era inverno quando os alunos do 28o Barco do Curso Sacerdotal sentaram-se pela primeira vez na Casa de Pai Benedito de Aruanda para assistir a aula número UM do curso no dia 18 de agosto de 2012. An-siedade, nervosismo, curiosidade, calma, tranquilida-de, alegria, inquietação - estes eram apenas alguns dos sentimentos que pairavam no ar naquele sábado. Aos poucos essas sensações foram naturalmente sendo substituídas por conhecimento, apreensão, capacida-de, consciência, experiência e sabedoria, e que, como consequência, trouxe a calma, a lucidez e a razão, ou seja, os sentimentos que um sacerdote deve conservar em si para poder desempenhar sua missão.

Foram dois anos das mais diversas experiências: a cada aula um novo aprendizado; a cada obrigação um grau de elevação espiritual e um pouco mais do Orixá dentro de cada um. Oxalá, Iemanjá, Nanã, Abaluaiê, Ogum, Cosme e Damião, Oxum, Oxossi Xangô, Inha-çã, Exu, Consagração da Peneira, Ifá e, finalmente, os Brajás, ufa!

O curso de sacerdócio da F.U.G."ABC" não tem prova escrita, não exige entrega de trabalhos, pesquisas cien-tíficas, nem tampouco estipula nota de aproveitamen-to a seus alunos porque nesse curso a própria energia imaterial agrega ou distancia, desenvolve e capacita ou detém e inabilita, porque tudo tem seu tempo certo e é por isso, ao longo do percurso, alguns se ausentam para retornar no momento ideal.

Para os continuaram foram semanas de preceito, ba-nhos, orações, muita dedicação íntima e pessoal à re-ligião, que poderíamos traduzir numa única palavra: DEVOÇÃO! Devoção à Umbanda, devoção aos Orixás e às suas Entidades.

E isso será apenas o começo da longa jornada que se-guirão daqui por diante. Essa jornada é iniciada na ce-rimônia de formatura, um dia de festa, comemoração, alegria e celebração, mas, principalmente de aceitação, confirmação, recebimento e concordância com os ter-mos do Juramento que norteará, não só suas práticas religiosas, mas toda sua vida daqui por diante, pois o sacerdócio é um dom que carrega em si muitas respon-sabilidades. Um sacerdote responde ao chamado para

uma vida de amor e sempre encontrará dentro de si as palavras certas aos que dele se socorrerem; sempre terá a calma necessária na agitação dos necessitados e será sempre o porto seguro dos que se encontram em tormentas.

Após a chamada das autoridades para que tomassem seus lugares compondo a mesa Pai Ronaldo convidou a todos para que se voltassem à Bandeira e entoassem o Hino Nacional Brasileiro e, em seguida, pediu que, com o mesmo respeito, acompanhassem a curimba da Aldeia de Caboclos e cantassem juntos o Hino à Um-banda voltados a nossa Bandeira que estava hasteada no fundo do palco.

Formatura do 28° Barco da F.U.G. "ABC"GUERREIROS DE OXALÁ

Falando de UmbandaPai Ronaldo

Linares

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5° Semana da Umbanda na Cidade de

São Paulo comemoração a Lei 15323-2010

Dia da Umbanda e do Umbandista

na Cidade de São Paulo de Autoria do

Vereador Quito Formiga

Inscreva seu Templo e sua CurimbaEmail: [email protected] 2796-43747746-501194726-7609

Organização: Escola de CurimbaAldeia de Caboclos

Participe!

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Com uma gravação em cristal foram homenageados, por seus atos em favor da religião umbandista, o sr. João Avamileno (Secretaria de Direitos Humanos e Cultura da Paz de Santo André); Profa Heleni de Paiva (ex-vereadora de Santo André) e o dr. Vicente Paulo da Silva - Vicentinho (Deputado Federal).

A Aldeia de Caboclos homenageou os formandos com uma linda apresentação de Mamãe Oxum para que esta os abençoasse e ali deixasse suas energias.

Um a um os alunos foram chamados para que rece-bessem seus diplomas das mãos de Pai Ronaldo e pu-dessem, em seguida, estar com a Babá Dirce.

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Com uma gravação em cristal foram homenageados, por seus atos em favor da religião umbandista, o sr. João Avamileno (Secretaria de Direitos Humanos e Cultura da Paz de Santo André); Profa Heleni de Paiva (ex-vereadora de Santo André) e o dr. Vicente Paulo da Silva - Vicentinho (Deputado Federal).

A Aldeia de Caboclos homenageou os formandos com uma linda apresentação de Mamãe Oxum para que esta os abençoasse e ali deixasse suas energias.

Um a um os alunos foram chamados para que rece-bessem seus diplomas das mãos de Pai Ronaldo e pu-dessem, em seguida, estar com a Babá Dirce.

Adriana Francisco de Abreu;Adriana Gomes Verdi;Agenor Mário Bastos Filho;Alberto Octaviano Júnior;Alessandra Gazola Riga;Alessandro Roberto Alves;Alexandre Bertolassi Mellone;Alexandre Vancin Takayama;Ana Augusta Carneiro Coffani;Ana Cláudia Pace;Ana Lúcia Rodrigues Miranda;Ana Paula Gentil;Ana Paula Lozano; André Luís Dário de Carvalho;Andrea de Souza Silva;Andresa Mara Gentil; Ângela Pinto Agostinho;Anselmo Botter Júnior;Aparecida Faria de Oliveira;Áurea Maria dos Santos da Conceição; Benedita Ribeiro Ananias;Bruno Narvas BalbinoCaio Rodrigues Freire;Camila Câmara Nanci;Carina Midori Takayama Vancin;Carlos Antonio Loureiro da Silva;Carmen Lúcia Montenegro Rodriguez;Carolina Alves Ribeiro;Christian da Silva Gonzaga;Cibelle de Carvalho Baldo Maresca; Claudineide Germana de Oliveira;Cláudio Domingues;Cleber Valcezia;Cleide Aparecida Amador;Cleide Aparecida Gabriel Marcelino;Clodoaldo Ângelo;Cristina Akemi Montenegro Chiba;Daniel La Guardia Correia Mazzeu;Daniele Santiago Pereira;Debie Cristina Imenes;

Deise da Silva;Dênis Argentin;Eduardo Luiz Silvério Guardalbem;Eleonor Amaro Narvas;Eliane Honorata Freitas;Elza de Lourdes Fiuza Lobo;Érica Cristina Camarotto de Souza;Érica Wensch de Campos; Fabiana Belentani Pierro;Fabiana Pavesi;Fabiane de Almeida Egydio;Fabiana Rodrigues Leal;Fernanda Cristina de Souza Bardela; Fernando do Nascimento Porcidônio;Flávia Lombardi Caputto Agudo;Francine Christina França Simões;Francis Leal de Pontes; Francisco Maresca Júnior;Giseli de Campos Domingues;Henrique Nelson dos Santos;Higor Ruiz dos Santos;Ítalo Leonelo Júnior;Ivanise Boldrini Aureliano;Ivone Reginaldo Garcia de Souza;Izilda Arruda Amaral;Jaqueline Clara Silva Pinto;Joana Dantas Freirias;João Carlos Borges Martins;João Carlos de Godoy;João Carlos Serra Júnior;Jorge Estevam Manzano Galdeano;Jorge de Oliveira Simeão;Jorgina de Mello Santos;José Borges Freire; Juan Carlos Barreira Martins;Juliana Lopes Snell;Katya Cristiene Monteiro Oliveira;Leonardo Vendittelli Camargo Montanher;Lídia Pedroso; Luana Lanetzki Kozara;Luana Nascimento dos Santos;Luciana Graziela Gomes VerdiLuiz Eduardo Duarte Fernandes;Manoel Aparecido Pilissari;Mara Lúcia Sanvidotti Gurgel;Mara Rita Bastos Ribeiro Marcel Magnani LucasMarcelo Marques de Souza;Márcio Lauro Sanvidotti;Marcos Antonio Lourenço; Marcos Muniz de Oliveira;Maria Aparecida Dias;

Maria da Penha Cavalcanti;Maria da Penha Leone Gonsalez Rodrigues;Maria Inês Porta;Maria Neide de Santana;Maria Salette Valio FrançaMarisa Ferreira da Silva Nascimento;Marisa Machado;Maurício Salussolia; Mauro José Salvalaio Júnior;Michele Mateus Mello;Milla Petkevicius Felipone;Natália Barraça Cinacchi;Olímpia de Jesus Pedroso;Paulo Roberto Costa Claro;Paulo Roberto Galvani;Pedro Baptista da Silva;Priscila Câmara Alves Skappel;Priscila Fernandes Ferreira; Rebeca Botacini;Renan Emerson de Souza Polo;Renata Augusto Soares;Renata Guerra Machado;Renato Dário de Carvalho;Renê Ruiz;Richard Bermar;Roberto Guerreiro Rodrigues;Robson Roberto Landim;Rodrigo Previato;Rodrigo de Pieri;Romilda de Fátima Meskauckas;Rosana da Silva Monro Souza;Rosângela Mateus Rossini;Rosângela Nunes de Macedo de Vasconcelos;Rosemary Bruni;RoseMeire Penha Afonso Fernandes;Sandra Conti;Sandra Lúcia Ribeiro Gisolfi;Sandra Regina da Silva;Sandra Regina de Oliveira da Silva;Selma Letícia da Silva;Sérgio Augusto Rodrigues;Sérgio Gonçalves;Sérgio Rosa;Sheila Lopes Cunha;Silvio Francisco de Souza;Simone Castillo Simão da Silva; Simone Cícera Oliveira Ferreira;Simone Gonçalves Augusto Gomes;Solange Aparecida Grangeiro de Souza;Solange Cristina da Silva;Sônia Aparecida da Silva;Sônia Aparecida Pedroso;

Lista dos Formandos do 28° Barco da F.U.G. "ABC"GUERREIROS DE OXALÁ

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Sônia Regina Romano de Andrade;Sueli Aparecida Cordeiro Antonio;Tatiane Araújo Bicudo Pereira;Thiago Favaron;Vânia Nunes Rodrigues;Virgílio Macedo Fernandes;Virgínia Ferreira Torres de Godoy;Vitor Tadashi Takayama; Walkiria de Juli;Wellington Oliveira dos Santos;William Andreos;Yara Ribeiro; Na sequência, João Rodolfo Linares recebeu a Babá Jenifer Lanfredi de Paiva - do Templo de Umbanda Seara de Jesus, para entregar os diplomas aos forman-dos do curso por ela ministrado e reconhecido pela F.U.G"ABC":

Bruna Christiny Silva;Clarice Linda de Jesus;Cristiane Aparecida Alves;Darci Maziero; Elvete Joana Martorelli;Fernando Ferreira Bicudo; Luís Francisco Bicudo; Maria Neuma Santos;

Miriam Aparecida da Fonseca Martorelli; Renata Ferreira Bicudo;Roberto Higa Ribeiro;Valéria Rosim;E, finalizando a entrega dos diplomas, foram chama-dos os formandos da Babá Aleida de Almeida Teixeira (do Templo de Umbanda Pai Pena Branca e Baiano Zé Pilintra):

Ana Carla Pereira Ramos;

Andrea Alves Lobato;Daniel Fernando Marques;Douglas Martinez;Jefferson Mendes Tavares;Márcia Cristina G Almeida;Maria Cristina Bado Sansero;Maria Silva da Costa Moreno;Patrícia Boccalletti;Simone da Costa Moreno;Sueli Banzatto Perillo.Após o recebimento do diploma, os momentos mais aguardados pelos formandos, são, por ordem, o dis-curso do orador e o Juramento do Umbandista. O Ba-balaô Leonardo Vendittelli Camargo Montanher - ora-dor. Juntos, a Babá Sandra Conti e o Babalaô Sérgio Augusto Rodrigues fizeram o Juramento Umbandista, sendo acompanhados por todos.

Não poderiam faltar os "mimos" dos alunos para os

seus homenageados, além de Pai Ronaldo e Babá Dirce, que, ao microfone, passou sua mensagem de esperança e fé aos alunos nesse momento tão im-portante de suas vidas.

Na sequência e, finalizando os trabalhos da noite, os Médiuns da Casa de Pai Benedito de Aruanda fizeram uma linda apresentação com jogo de luz e sombra apresentando os três pilares da Umbanda:

o Caboclo o Preto-Velho e a Criança

Aos recém formados Babás, Babalaôs, Babalorixás e Ialorixás nossos votos mais sinceros de felicidades e de muita luz nesse novo caminho que é, sem dúvida, muito difícil, mas a beleza da caridade está na bele-za divina de fazer sentir-se mais feliz quem dá do que quem recebe.

Bom e agora,

já está na hora de ir...

Pai Ronaldo Antônio Linares, presidente da Federação Umbandista

do Grande ABC é responsável peloSantuário Nacional da Umbanda.

[email protected]

www.facebook.com/santuariodaumbanda.fugabc

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Estamos no século 21...será? Ás vezes tenho a im-pressão que ainda estamos na idade da pedra, tal o grau de ignorância de algumas pessoas.

O estudo, pra mim, sempre foi uma obrigação: pri-meiramente pra vencer a pobreza, passar em concur-sos e conquistar minha independência; depois, pra sair do marasmo religioso e acordar para as verda-des do espírito; e agora pra conhecer a religião a qual pertenço.

Mas estudar pra quê? Curso de teologia? Curso de sacerdócio? Curso de magia? Que profanação, o que os antigos e sábios babalorixás diriam se vissem isso? Umbanda se aprende do terreiro, com os guias, com os pais-de-santo, o resto é balela...

Agora pergunto eu: - porquê não estudar? Porquê não conhecer, não compreender?

É fato que a fé sem obras é morta, mas a fé sem en-tendimento, sem razão, sem explicação é igualmente morta; como se praticar o que não se conhece, não se compreende? Fazer por fazer, porque alguém man-dou, porque assim que é e pronto, não me parece inteligente. Não me parece plausível. Não me parece sensato.

No começo, não vi com bons olhos o estudo da Um-banda, pois pensava que queriam fazer com ela o mesmo que Alan Kardec fez com o espiritismo, que queriam codificar a Umbanda, até me dar conta que a maioria dos umbandistas não sabia sequer quando a nossa religião foi fundada, se é monoteísta, se tem dogmas, chegando ao cúmulo de não saber quem são os sagrados Orixás.

Cultuam por cultuar, oferendam e acendem velas porque mandaram, batem cabeça porque todo mun-do bate...mecanicamente, sem conhecimento algum sobre os reais motivos pelos quais estas práticas se fazem necessárias.

E eu fui. Confesso que, no início, empurrada pelo Sr. 7 da Lira, meu mentor, sem acreditar muito no que estava fazendo. Mas minha descrença caiu por terra quando comecei a prestar atenção ao que estava sendo dito, quando parei de julgar e passei a ouvir; aula por aula, Orixá por Orixá, mistério por mistério, e tudo passou a fazer sentido, e minhas perguntas, uma a uma, passaram a ter respostas.

Hoje percebo o quanto é fácil julgar, condenar e dar o veredicto contra aquilo que não se conhece. Porque o Umbandista não pode estudar? Porque não pode ter curso de Umbanda? O que há de errado nisso, qual o problema?

O Brasil é o berço da Umbanda, e se todas essas informações chegaram até nós é pra que tenhamos compreensão da nossa religião, conhecimento, en-tendimento, pra que possamos mostrar ao mundo que a Umbanda não se resume a um padê arriado nas

UmbandaLegalpor Valéria

Siqueira

ESTUDAR PRA QUÊ?

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Por Mãe Valéria SiqueiraTerreiro de Umbanda

Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechase Mestre Zé Pilintra

Críticas e sugestões:[email protected]

esquinas da vida...

Pai Benedito de Aruanda, através de Pai Rubens Saraceni, foi escolhido para tirar de nossos olhos os véus da ignorância. Nos ensina a grandeza dos Sagra-dos Orixás, e na magia nos mostra que o Poder Divino está ao nosso alcance, sem escalas, sem intermedi-ários, sem atravessadores, e com uma simplicidade que com certeza deixa muitos "mercadores da fé" de cabelos em pé...

Ninguém é dono da verdade, mas essas pessoas que-riam o quê? Que os umbandistas se calassem diante de alguma pergunta, sem saber defender a religião que praticam? Que aceitassem ver a Umbanda ser tratada como sub-religião ou até mesmo seita? Serem chamados de macumbeiros e abaixarem a cabeça, sem saber o que dizer? É isso que opositores do estu-do da Umbanda desejam?

Será que tal qual os governos humanos, essas pes-soas não querem que seus filhos-de-santo aprendam a voar sozinhos, por medo de perdê-los? Será que são ignorantes a ponto de querer soldados fracos e despreparados na guerra com as temidas "trevas"? A pior treva é a que esconde o conhecimento, que ma-nipula, que faz das pessoas marionetes, impedindo suas evoluções, usando sua falta de conhecimento contra elas mesmas.

Estudar é dever de todo Umbandista; ficou pra trás o tempo em que se dizia que não importa o que o mé-dium faz fora do terreiro, desde que o guia faça um bom trabalho nos dias de gira.

Outro dia um guia me disse que o termômetro da evolução de um terreiro é a assistência; comecei a prestar atenção e constatei que é de fato verdade. A espiritualidade encaminha os consulentes de acordo com o preparo dos médiuns; pessoas com problemas fúteis e banais procuram médiuns despreparados ou levianos o bastante para cobrar por trabalhos que não precisam ser feitos ou para dizer o que a pessoa quer ouvir, e não o que ela precisa...

E não me admiraria que muitos dos que julgam os cursos de Umbanda cobrem as consultas com os "guias", principalmente em giras de esquerda, como infelizmente existe muito hoje em dia; quem são eles pra julgar, se o que praticam nem pode ser chamado de Umbanda?

E quanto à magia, é uma ameaça para aqueles que cobram caro por uma lista imensa de "materiais", ne-cessários para desfazer trabalhos que os magos desfa-zem apenas com algumas velas e muita fé...

Eu falo com a propriedade de quem engoliu goela abaixo cada palavra de desdém proferida em rela-ção à magia...na verdade, até hoje me pego surpresa com a grandeza da magia, pois me pergunto se somos dignos de receber tamanha graça por parte de nosso criador.

A maioria dos meus filhos-de-santo são magos, for-mados por mim e por meu marido, e é uma luz tão grande, os resultados tão evidentes, que o único arre-pendimento que eu poderia ter é de não ter me dado a chance de conhecer a Magia Divina antes; mas não

tenho arrependimento algum, pois sei que tudo tem sua hora certa pra acontecer.

Por isso respeito o momento de cada um, inclusi-ve aqueles que não acreditam ainda, mas me revolto quando leio ou ouço coisas que atacam veemente-mente esses grandes mestres que, pela misericórdia divina, vieram até nós pra nos oferecer a oportunida-de de retomarmos os laços perdidos no tempo, onde o Divino tinha um lugar reservado na vida das pessoas.

Aos irmãos umbandistas, um conselho: - Es-tudem, estudem e estudem. Busquem, corram atrás, conheçam a nossa religião, pois a evolução não pára à beira do caminho, ela segue em frente, sempre...

Pensem o que quiserem, digam o que quise-rem, a Umbanda não vai parar de crescer, e os esco-lhidos não vão deixar de evoluir; graças à Pai Olorum é um caminho sem volta. Nenhuma ignorância resiste à luz do conhecimento.

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O culto aos gêmeos é muito antigo. Na mitologia grega encontramos os heróis gêmeos Castor e Pólux. Conta-se que as famílias romanas os invocavam por ocasião de doenças, principalmente em crianças.

Em quase todas as culturas, o nascimento de gêmeos sempre era considerado prenúncio de coisas boas. Em Togo, no Daomé e na Nigéria Ocidental, a ocorrência de dois ou três filhos no mesmo parto era motivo de grande júbilo, e a mãe recebia grandes ho-menagens. Ibeji são Orixás que representam os gême-os e simbolizam também a fecundidade.

Câmara Cascudo diz o seguinte: Ibeji são Ori-xás jeje-nagôs, representados nos candomblés pelos santos católicos gêmeos Cosme e Damião. Não há feti-che dos Ibeji, que em Cuba são os Jimaguas, estes sem qualquer semelhança com as imagens católicas. Os africanos católicos da Costa de Escravos costumavam batizar seus filhos gêmeos com os nomes de Cosme e Damião. O culto dos Ibeji nos nagô é uma homenagem à fecundidade. Nina Rodrigues identificou os Ibeji nas formas bonitas dos dois santos mártires, ligando-os à religião negra. Inexplicável é o desaparecimento dos ídolos Ibeji e a sobrevivência cristã de Cosme e Da-mião.

Para Renato Ortiz os Orixás Ibeji são as divindades tutelares dos gêmeos, idênticos ao deus Hoho das Tribos Ewe (jejes). Aos Ibeji está consagra-do um pequeno mono chamado Edon Dudu ou Edun Oriokun, e geralmente a um dos meninos gêmeos se chama também Edon ou Edun.

Na África, em geral, as crianças representam a certeza da continuidade, por isso os pais consideram os filhos como a maior riqueza. A palavra Igbeji signi-fica gêmeos e o Orixá Ibeji é o único permanentemen-te duplo. Forma-se a partir de duas entidades distin-tas que coexistem, respeitando o princípio básico da dualidade. Ibeji são os opostos que caminham juntos, a dualidade de todo ser humano.

Existe uma confusão corrente em determi-nados terreiros de Umbanda, onde se confunde os Orixás Ibeji com os eres. O ere não é uma Entidade e nem um Orixá, é um estado intermediário, de transe infantil, pelo qual o iniciado do Candomblé passa na regressão da manifestação do Orixá para a persona-lidade do indivíduo. O ere é o intermediário entre a pessoa e o seu Orixá. É o desabrochar da criança que cada um traz dentro de si.

O fruto do sincretismo dos Orixás Ibeji com os san-tos católicos São Cosme e São Damião decorre prin-cipalmente da representação plástica, através da es-cultura e da pintura, dos irmãos médicos sacrificados por Diocleciano, Imperador Romano. Na Umbanda há uma terceira imagem menor entre os dois santos e representa "DOU" (ou mais popularmente "DOUM"), o primeiro filho nascido após o parto gêmeo.

Os gêmeos árabes Cosme e Damião eram filhos de uma nobre família de cristãos. Nasceram por volta do ano 260 da era cristã, na região da Arábia e viveram na Ásia Menor, no Oriente. Desde muito jovens, am-bos manifestaram um enorme talento para a medici-

na, profissão a qual se dedicaram após estudarem e diplomarem-se na Síria. Tornaram-se profissionais muito competentes e dignos, e foram trabalhar como médicos e missionários na Egéia.

Amavam a Cristo com todo o fervor de suas almas, e decidiram atrair pessoas ao Senhor através de seu serviço. Por isso, não cobravam pelas consultas e atendimentos que prestavam, e por esse motivo eram chamados de "anárgiros", ou seja, “aqueles que são inimigos do dinheiro ou que não são comprados por dinheiro". A riqueza que almejavam era fazer de sua arte médica também o seu apostolado, para a con-versão dos perdidos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais. Seus corações ardiam por ganhar vidas, e nisto se envolveram através da prática da medici-na. Usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Confiando sempre no poder da oração, operaram ver-dadeiros milagres, pois em nome de Jesus curaram muitos doentes.

Para os africanos, geralmente o nascimento de gê-meos significa uma especial bênção divina, visto ser fato raro e isolado. O negro africano sempre viu no nascimento de gêmeos a vontade expressa de Deus, o que facilmente se compreende, pois seriam mais bra-ços para a lavoura é para a lida de todo dia, antecipada pela vontade divina.

Raramente conseguimos identificar, pela simples aparência, gêmeos na idade adulta; isto porque, com

IBEJI – OS ORIXÁS DO PARTO GÊMEO

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oArtigoPor Diamantino

Fernandes Trindade & Ronaldo Antonio Linares

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exceção dos gêmeos univitelinos (mais raros ainda), são exatamente iguais. Os gêmeos comuns só se parecem fisicamente até os sete (até dez) anos de idade. A partir de então, a diferença de personalidade leva os a vestir se de formas distintas, a ter corte de cabelo, roupas e hábi-tos diversificados. Daí, a primeira ideia que nos ocorre, sempre que falamos em gêmeos, é relaciona-los com crianças quando os pais os vestem da mesma forma e tudo fazem para que um seja cópia fiel do outro.

Quando o escravo africano via uma imagem de São Cosme e São Damião, esta, pelos trajes e pela própria forma de representação, lembrava mais duas crianças que dois adultos. Ora, os Orixás do parto gêmeo, Ibe-ji, já estavam consequentemente identificados com os santos católicos, e a religiosidade popular se encarre-gou de consolidar a crença de que Cosme e Damião eram crianças, embora saibamos que foram médicos e, consequentemente, adultos. Muitos pedidos de cura são feitos a Cosme e Damião pelo fato de terem sido médicos em vida.

Além de São Cosme e São Damião, os Orixás Ibeji são também sincretizados com outros santos, gêmeos ou não, desde que sejam representados em duplas, como por exemplo, São Crispim e São Crispiniano, padroei-ros dos sapateiros. Estes santos são também mártires cristãos, e sua data comemorativa é 25 de outubro.

Em todo o Brasil, a data comemorativa de Ibeji é a consagrada pelo calendário católico aos santos márti-res Cosme e Damião. Na realidade, a Igreja Católica homenageia São Cosme e São Damião em 26 de se-

tembro, mas popularmente a data mais festejada é 27 de setembro. Isso deve ao fato de a basílica construí-da em honra aos santos mártires Cosme e Damião ter sido inaugurada em 27 de setembro pelo papa Félix IV.

Além das guloseimas e refrigerantes ofertados as crian-ças (entidades espirituais que se manifestam na Linha de Ibeji), é comum, no dia 27 de setembro, no Candomblé, a "arriada", chamada de "caruru dos meninos".

O caruru dos meninos é uma festa realizada em 27 de setembro. O prato principal é o caruru (comida feita com quiabos cortados às rodelas, camarão seco, peixe, azeite de dendê e pimenta). Além desse prato, serve--se também feijão, abóbora, acarajé, acaçá, banana da terra em azeite de dendê, milho branco, inhame, farofa de azeite com camarão, pipocas etc.

Três vezes, em dias diversos, antes de sábado ou do-mingo, geralmente escolhidos para a festa, saem os santos em numa caixa de papelão cheia de pétalas de rosas, a pedir esmolas, de porta em porta: "Missa pe-dida para São Cosme e São Damião."

Este procedimento só é utilizado pelos devotos menos favorecidos pela sorte, mas em qualquer caso, os de-votos devem sair até a casa de amigos e pedir esmolas, desde alguns centavos até quantias maiores. O dinheiro das esmolas deve ser todo gasto com a meninada.

Alegria, sem sombra de dúvida, é a principal caracte-rística dos filhos de Cosme e Damião. Mesmo em cir-cunstâncias difíceis, os filhos de Cosme e Damião pare-cem sempre irradiar felicidade. São simples, generosos,

altruístas, embora um tanto inconstantes, sinceros e justos. Têm grande apego à família e aos amigos, não raramente fazendo grandes sacrifícios para beneficiar a outros. Gostam de participar e dividir tudo o que têm e contentam-se com pouco. Não admitem não serem considerados e se magoam quando acham que não fo-ram tratados com a devida consideração, embora não guardem rancor. Demoram um pouco para esquecer uma ofensa recebida. Exigem um pouco de mimo e de atenção em quase tudo o que fazem. Adoram ver seu trabalho reconhecido e admirado.

Os filhos de Cosme e Damião são bons pais e bons maridos. Amantes do lar são ainda calmos e tranqui-los. As filhas de Cosme e Damião são excelentes es-posas e mães, embora geralmente muito dependentes. Costumam estabelecer laços familiares muito fortes. Não raramente, mesmo com idade avançada, não to-mam quase nenhuma atitude sem consultar seus pais ou outros parentes ascendentes.

A saudação mais comum para Ibeji é:

Oni Beji (Ele é dois).Ashé Ibeji! Ashé Cosme e Damião!

Diamantino Fernandes TrindadeDoutor em Educação pela PUC-SP

Sacerdote da Cabana de Pai Benguela

Ronaldo Antonio LinaresPresidente da Federação Umbandista do Grande ABC

fone:2292-8296

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Ervas na Aldeiapor Adriano Camargo

O mundo mudou. Tem mudado a cada minuto, o que ontem era regra, hoje já não é mais. Estamos de ca-beça para baixo, e as coisas vão mudando de lado e direção o tempo todo.

A velocidade da informação tem ditado as regras. Impérios ditatoriais caindo, pessoas se reunindo em busca de um ideal político. Vimos nos últimos dias a queda do governo egípcio, entre outras transforma-ções políticas, terremotos e tsunamis que mudam a geografia física e espiritual do mundo.

A internet, email, redes sociais, tornam tudo muito mais rápido e próximo. O Google é o oráculo dessa era digital. Antes, os oráculos eram consultados para dar uma direção, um prisma do que fazer, e todos confia-vam nos seus mentores oraculares. Hoje se você preci-sar de uma informação imediata, o pai Google estará á disposição no ponto de acesso mais próximo.

Dia desses estava preparando uma aula e repassando o assunto oferendas e relembrando alguns pontos im-portantes desse assunto. Desde criança aprendi que oferenda-se o que podemos ter de melhor: a melhor bebida, o melhor charuto, etc.

Lembro de uma pessoa com quem trabalhei num terreiro, que todos os anos fazia uma oferenda à es-querda que era “invejável”. Isso mesmo, eu olhava a forma dela preparar aquilo e me achava um incom-petente com as minhas, pequenas e humildes ofertas.

Ela preparava as toalhas da entrega bordando e cos-turando-as à mão, charutos e cigarros das melhores marcas, bebidas importadas e taça e copos da melhor qualidade, todos dispostos de forma rigorosamente milimétrica, com a devida descrição do destinatário. Só faltava uma cartinha para cada Exu ou Pombagira, agradecendo formalmente pelo ano decorrido.

Eu via aquilo e imaginava... ano que vem faço as-sim... e no ano que vinha, lá estava eu correndo (pra variar) para fazer as oferendas, simples como sempre.

Vale lembrar que simplicidade não é simplismo, ou relaxo mesmo, falando claro. Nunca fiz minhas entre-gas de “qualquer jeito”, mas confesso, nunca fui um “designer de oferendas”.

Cada vez temos menos tempo e menos locais ade-quados na natureza para oferendarmos nossos Orixás. Ainda bem que ainda há locais, como o Santuário Na-cional de Umbanda, em Santo André SP, onde ainda podemos ter boa infra-estrutura e locais adequados para as práticas litúrgicas, assim como o Vale dos Ori-xás em Juquitiba, entre outros.

Dependendo do que se oferenda hoje, isso se torna o lixo de amanhã. Garrafas, pratos e copos, tecido, en-fim, vão virando um amontoado de material inorgâni-co de difícil decomposição.

Esse conceito de que trabalho bem feito, em termos religiosos, são as poderosas e ricas oferendas, em ta-

manho e capricho, vão dando lugar às bênçãos da sim-plicidade e vemos que cada vez mais a espiritualidade tem colocado condições em nossa vida para sermos práticos, objetivos e assertivos.

Dei esse exemplo das oferendas para falar da simpli-cidade que precisamos ao lidar com as ervas. Desde o conhecimento do simples até a forma de colhê-las ou adquiri-las e prepará-las.

Num passado não muito distante, tínhamos tantos terrenos desocupados apinhados de ervas boas para a prática ritualística, que nem nos preocupávamos quando um guia espiritual recomendava um banho, pois sabíamos que estava lá à disposição e que sempre tinha alguém que conhecia a erva solicitada.

Pois bem, o mundo mudou e hoje recorremos a maio-ria das vezes à produtos adquiridos nas casas de artigos religiosos, muitas vezes confiando apenas nos péssimos descritivos das embalagens artesanais, que acusam a erva pelos seus nomes populares e ritualísticos.

Vale lembrar que para fazer um bom banho, defuma-ção ou outros preparos não é preciso ser um expert no assunto. Se a exclusividade do uso das ervas fosse do pai de santo, elas cresceriam só no quintal dele, não é mesmo?

Nossa amada Mãe Natureza permite a nós essa fan-tástica ferramenta, mas é preciso alguns cuidados.

Mesmo que você adquira suas ervas num comércio de sua confiança, é impossível saber quem plantou,

... ASSIM COMO VOCÊ NÃO VAI COMER UM ALIMENTO ESTRAGADO, NÃO JOGUE NO SEU

CORPO ALGO INADEQUADO.

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página 24Ano 4 número 39

colheu e em que condições emocionais isso foi feito, quais cuidados seu manipulador teve, enfim, é impro-vável que essa erva venha “pronta” para seu uso.

Antes do preparo de um banho, procure olhar a erva para ver se não está mofada, com sujeiras, pedriscos, e se está com uma aparência agradável. Rejeite em-balagens amassadas e empoeiradas, sem etiqueta de validade e identificação do produtor. Mesmo que seja para defumação, use apenas ervas de boa qualidade e procedência. Lembro uma vez conversando com um lojista do ramo religioso, onde ele falava que não se importava com a qualidade do que estava vendendo, pois era pra banho mesmo...

Assim como você não vai comer um alimento estra-gado, não jogue no seu corpo algo inadequado.

Concentre-se nas ervas, espalme suas mãos sobre elas e faça uma oração para purificação do seu prepa-ro. Chame como quiser. Reza, prece, oração, evocação, determinação mágica, enfim, o importante é a ativação da força vegetal contida na erva.

Vamos lembrar do poder da palavra. Isso me remete a uma máxima oriental que diz que Deus, só diz uma palavra: SIM. Deus diz sim para todas as nossas afir-mações, positivas ou não.

Desde que nos dirigimos a Ele com Amor e Bom Sen-so, as realizações também se multiplicam.

A palavra tem tanta força que criou o mundo, de acordo com a gênese católica.

Nossa mente é extremamente poderosa e nossa pa-lavra também. Quando determinamos o rumo que a energia deve tomar, damos direcionamento a ela. Isso é respeito. Ao respeitar a energia, ela devolve como uma reação física: Para toda ação existe uma reação de igual ou maior intensidade. (Newton)

Quando rezamos, colocamos ali nossa Fé, e damos direcionamento para a energia.

As ervas têm alma, personalidade e sentimentos tão envolventes como qualquer ser vivente na natureza, inclusive o homem. É essa a energia, a força que evo-camos. O espírito vegetal.

Há muitas rezas e evocações maravilhosas, mas para o que pretendemos aqui, há uma evocação básica.

Eu evoco Deus, nosso amado Pai Criador, evoco a Mãe Terra, vossas forças vegetais, o sagrado espírito vegetal e peço que abençoe esse banho, defumação, chá, etc, para o meu beneficio e beneficio de meus se-melhantes, assim seja, e assim será.

Essa reza, bastante simples requer apenas mais duas coisas: Amor e Bom Senso.

Cada religião costuma envolver seus ritos em rou-pagens folclóricas e verbalizações incontestáveis, chamando-as de ciência oculta, sabedoria milenar do oriente ou de outro lugar místico, e tentam mostrar que as outras religiões, suas concorrentes, são falsas porque não têm o segredo dos mistérios. Seus místi-cos se consideram uma minoria privilegiada pelo es-clarecimento divino, superiores em compreensão e inteligência e rejeitam invariavelmente a crítica de su-persticiosas. Mas qual a diferença entre suas criaturas místicas e as da cultura popular?

Então, a reza tem efeito sim!

Perdoem-me os místicos de plantão, mas VIVA A SIMPLICIDADE!

Deus está e se manifesta nas coisas simples. Você não é obrigado a fazer a evocação dessa forma que está aqui. Mas use o bom senso. Desenvolva seu critério de oração.

São nos Sagrados Anjos que você ancora sua fé? En-tão reze a eles. São aos Orixás que você clama em suas preces, ótimo! Eles com certeza estarão presentes na ativação da erva. Clame aos Santos de sua conveniên-cia, e estará tudo certo.

Deus responde à sua criação da melhor forma que sua criação possa entender.

Para o negro africano, Deus será também negro. Para o oriental, terá feições orientais e assim por diante.

Suas divindades, representação viva de Deus, se apresentam da mesma forma, com variações culturais e regionais, mas sempre a mesma essência.

Não há magia sem ativação. É necessário desencade-

ar o processo de ação da erva.

Ao colher a erva, devemos mentalmente pedir licença ao espírito vegetal que a anima, dizer-lhe que esta sendo co-lhida e será útil a um ser vivente, parte da criação divina.

Esse espírito irá responder com toda sua força, e con-centrará na parte a ser colhida as essências necessá-rias para a cura. Desde que ele entenda que você se dirige com Amor e Bom Senso, as ervas se doam pela causa da criação.

Crendice popular? Duvido. Contra os fatos não há argumentos.

Fato é que a ação da erva comprovadamente aumen-ta se for ativada com uma oração.

Oração misturada, sem critério, é que nem raizeiro que não conhece raiz... Pode matar pela falta de co-nhecimento, ou tornar a raiz inerte, sem efeito.

O escritor Hugo Prata comenta que é mais fácil acre-ditar em lobisomem do que em Deus, "porque ninguém nunca viu Deus, mas lobisomem, muita gente já viu”.

E nós dizemos: “Qual o alcance que você quer em sua magia? Esse deve ser o tamanho da sua Fé!”

Pra não perder o costume, vamos dar algumas recei-tinhas de banhos, defumações e amacis na vibração dos nossos amados Orixás:

Ervas do Orixá Oxalá: boldo, folha da fortuna, folhas de oliveira, algodoeiro, anis Estrelado, alfazema, jasmim.

Ervas do Orixá Ogum: aroeira, quebra demanda, guiné, folhas de café, capim cidreira, cavalinha, pe-regun verde (dracena).

E isso turminha! Na próxima edição tem mais!

Que nossos amados Pais e Mães Orixás nos abenço-em hoje e sempre!

Sucesso, saúde e alegria a todos!

Adriano Camargo

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Page 25: Jornal Aldeia set 2014

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Page 26: Jornal Aldeia set 2014

página 26Ano 4 número 39

Uma das figuras mais tradicionais de nossa amada Umbanda, Sr Zé Pelintra ganha os corações de todos os filhos de fé que conhecem este malandro divino de muita Luz e muito amor.

Após aproximadamente vinte anos de trabalho como médium de Umbanda, sempre tive a companhia de Sr Zé Pelintra em todos os meus trabalhos espirituais pois ele é meu Pai e meu mestre tutelar nesta minha jornada umbandista nesta encarnação.

Um Pai bondoso mas muito rígido, que me ensinou a trilhar desde o começo um caminho reto e dedicado para que eu me tornasse um médium bom e uma pessoa plena e livre de dogmas e concei-tos atrasados em minha vida.

Mestre amado e querido que é, Sr Zé sempre diz que a vida é a liberdade de ser o que se é e enxer-gar na vida o Sagrado que é Deus em tudo e no todo.

Felicidade a minha de poder nestes anos estar acompanhado de Guia tão iluminado, agradeço a Deus todos os dias por esta oportunidade.

Depois de anos de trabalho, Sr Zé me incumbiu de uma missão que foi a de fazer um pequeno livro mas de grande valia, que revelasse como funciona a hierarquia e as falanges de Zé Pelintra em nossa religião de Umbanda, visto que nosso conhecimento acerca de Sr Zé se limita a história dele como mestre de Jurema e a vinda de Sr Zé na Umbanda pela esquerda ou pela linha de baianos.

Este livro esclarece muitas lacunas acerca de seus mistérios e coloca os médiuns de Umbanda em um outro patamar de relacionamento com Sr Zé Pelintra tendo ele em sua coroa ou não. Uma linguagem simples, objetiva assim como é Sr Zé Pelintra.

Acessem www.templomaedivina.com.br e baixem o livro gratuitamente em pdf . Forte abraço a todos e Saravá Sr Zé Pelintra!

Quem é Sr. Zé Pelintra?

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página 27Ano 4 número 39

Autografo do livro "Na Gira de Umbanda" deSeverino Sena - Tambor de Orixá, na Livraria Martins Fontes

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Eventos

Onde se reuniram os pais espirituais Sergio e Rafael, filhos e Amigos do reino de Aruanda.

Nesta noite de Alegria Aldeia de caboclos esteve presente!

CONSAGRAÇÃO NO REINO DE ARUANDA Obrigação de 03 anos de Coroação da Caboclo Jupiara

e 1 ano de Coroação do Caboclo Lírio Branco - Tatiana e Celia.

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Política

ELA É DIFERENTERENATA ABREU

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As eleições deste ano têm uma grande novidade: Renata Abreu, empresária, ad-ministradora de empresas e advogada. Renata, presidente licenciada do PTN-SP, não é simplesmente mais um ‘novo’ em ano eleitoral. Ela é o novo com conteúdo, que sabe o que quer e como fazer.

Aos 32 anos, casada e mãe de dois meninos, ela representa a força da mulher na política de renovação. E está preparadíssima para assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados.

Sua vida é pautada em fazer a política do bem, trabalhando por quem mais pre-cisa. Pertence a uma família que sempre esteve à frente de iniciativas exitosas de empreendedorismo social. É filha do ex-deputado federal José de Abreu, fundador da Rádio Atual e do Centro de Tradições Nordestinas, o CTN, ONG que há 23 anos preserva as tradições e a cultura do povo nordestino radicado em São Paulo, além de promover centenas de ações sociais voltadas à melhoria da qualidade de vida das comunidades paulistanas.

E Renata, não só assimilou com excelência esse ensinamento como foi em busca do conhecimento e do aperfeiçoamento, criando fórmulas e encontrando soluções eficientes na ajuda ao próximo.

Hoje, Renata entra para a disputa por uma cadeira no Congresso com uma plata-forma de trabalho voltada aos interesses da sociedade brasileira, tendo a reformu-lação da Educação como sua principal luta. “Entendo ser a Educação o principal caminho para um Brasil melhor e mais justo. Hoje não utilizamos nem 6% do que aprendemos na escola. Matérias essenciais para a vida em sociedade nem apare-cem na grade curricular de nossos ensinos Fundamental e Médio. Educação Moral

e Cívica, Primeiros Socorros, Política e Cidadania, Matemática financeira, Direito, Contabilidade básica são fundamentais para a formação do cidadão.”

Para ela, um povo seguro de suas convicções e confiante em suas reivindicações tem a força para mudar a sua realidade. Força essa que o torna capaz de transfor-mar o mundo ao seu redor, aprendendo, compartilhando e crescendo. Força que vem da Educação, que forma homens para mudar e transformar o mundo para melhor.

Além da Educação, Renata Abreu tem propostas fundamentadas para Esportes, Saúde, Idoso, Desenvolvimento Econômico, Segurança e tantas outras, que aten-dem ao interesse e à necessidade da população, que foi às ruas exigir mudança e renovação na política brasileira.

Nesta campanha, a petenista tem percorrido os bairros da Capital e os municípios do Estado apresentando-se, explanando suas propostas e, principalmente, ouvin-do os moradores, incrementando, com isso, sua plataforma de trabalho.

Como principal novidade destas eleições, a candidata do PTN tem conseguido apoios importantíssimos dos principais líderes políticos deste país, como Geraldo Alckmin e José Serra, que concorrem, respectivamente à reeleição ao governo de São Paulo e ao Senado. “Muito importante a participação da mulher na política. Quando a mulher participa, ela eleva a política. A participação de Renata Abreu, que é uma vocação de servir, que é uma mulher determinada, com garra, vai re-presentar muito bem o Estado de São Paulo, a Capital de São Paulo, no Congresso Nacional. Proposta de Educação, de Saúde, da área social, além do fortalecimento da representação nordestina aqui em São Paulo. Então, todo o nosso estímulo à nossa deputada federal Renata Abreu”, enaltece Alckmin.

A Aldeia de Caboclos apoia Renata Abreu, ela darácontinuidade em âmbito federal aos trabalhos do nosso sempre

vereador Quito Formiga.

RENATA ABREU, o novo com conteúdo

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página 32Ano 4 número 39

O primeiro bi na categoria campeão dos campeões foi para a curimba do Terreiro de Tio Antônio do Pa-raná. O estado, caçula no Prêmio Atabaque de Ouro, surpreendeu a todos, tendo os seus dois concorrentes entre os cinco primeiros classificados, na tarde que lotou a casa de espetáculo Rio Sampa. Eram treze ju-rados para eleger o campeão dos campeões, e algumas categorias que são eleitas no dia da disputa. Repre-sentantes do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná mar-caram presença equilibrada no júri. Os portões da Rio Sampa foram abertos pouco depois do previsto, ini-ciando o evento com um atraso de apenas 25 minutos. Com casa lotada, nesta edição que se tornou especial, por marcar os dez anos do evento, mais uma vez quem participou desta edição do Prêmio Atabaque de Ouro ficou emocionado por ter visto reunido as principais curimbas que se destacaram nos festivais do ano pas-sado. Um vídeo, com mensagens e imagens dos con-correntes abriu o evento que teve a participação es-pecial da curimba da T.U.F.O.Y do estado do Paraná. Comandada, com maestria, pelo Babá Edson de Oyá, o mesmo discursou sobre a emoção de estar ali, abrin-do um evento tão importante para a Umbanda.

O diretor do evento, Marcelo Fritz, entrou logo em seguida para agradecer e falar da satisfação de ver, por mais uma vez, a Rio Sampa lotada num evento que se realiza há dez anos e coroado com êxito. Represen-tantes de outros estados fizeram declarações de para-benização à iniciativa de Fritz, que contribui para o crescimento da música umbandista e da cultura afro--brasileira. Pai Renato e mãe Miriam foram os convi-dados que apresentaram os concorrentes da tarde. No palco da Rio Sampa reuniu-se o maior elenco, de to-dos os tempos, do prêmio Atabaque de Ouro. Mais de trezentas pessoas compuseram o elenco que levaram o público ao delírio. Uma trilha especial acompanhava as entradas e as apresentações dos participantes que, como num passe de mágica, montavam e desmonta-vam os quinze cenários do palco. Cada um com um particular fosse em cores, figurino, iluminação e ma-quiagem, dividiram-se em um segmento de três blo-cos de apresentação.

A escola de curimba Aldeia de Caboclos fez uma par-ticipação especial mantendo o termômetro aquecido da casa. Tião Casemiro e Marcelo Varanda deram uma boa canja de apresentação artística.

Padrinho com Sorriso de FelicidadeO intérprete, Neguinho da Beija Flor, foi o pradinho

dessa edição e deu um show acompanhado de sua ban-da, levando o público ao delírio. “Descobri que tinha

PARANÁ CONQUISTAO PRIMEIRO BI

NO 10º PRÊMIO ATABAQUE DE OURO

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página 34Ano 4 número 39

dom pra cantar num terreiro, iniciativa como esta é muito importante para a preservação de nossas tradi-ções” - declarou o cantor, que com sua simpatia recebeu um prêmio honorífico, em seguida agradeceu a todos.

Torcidas com Toques EspeciaisA direção do evento, este ano, centralizou as prin-

cipais torcidas à frente do palco, a fim de contagiar o público em geral. Estes, por sua vez, não perderam o fôlego, divertindo-se até o fim das apresentações que durou mais de quatro horas. Blusas personalizadas, bandeiras, tambores e cornetas foram os trunfos das torcidas que abrilhantaram a festa.

Premiação Equilibrada Entre os EstadosO primeiro bi-campeonato foi para o estado do Pa-

raná, com a curimba de Tio Antônio. Os filhos e par-ticipantes deste grupo encantaram o público com as homenagens aos pretos velhos. O segundo lugar ficou com José Carlos de Oxossi e Afonso de Xangô que ho-menagearam Molambo e Padilha. O terceiro lugar foi para os novatos no prêmio, oriundos de São Paulo, o Grupo Emoriô foi a curimba paulista que chegou mais perto das que estavam ali. A curimba da TUROMM do Paraná levou o quarto lugar, já a quinta colocação ficou para Márcio Barravento.

Melhor voz veterana foi para José Carlos de Oxossi, que junto com Afonso de Xangô, levou o prêmio de campeão de títulos da tarde.

Melhor festival foi para São Paulo, por mais um ano consecutivo – coroando o trabalho da Aldeia de Ca-boclos. O prêmio revelação foi também para o estado de São Paulo - para uma curimba estreante - o Lar de Luz.

Outra curimba estreante no prêmio foi a Tupinambá que levou o prêmio de melhor figurino. Melhor intér-prete foi para Márcio Barravento. Melhor letra foi para Léo Batuke. Melhor torcida foi para São Paulo com o Grupo Emoriô. Melhor curimbeiro foi para Maycon Koop, que com sua curimba levou o prêmio de melhor coreografia. E o campeão dos campeões foi a Curimba Tio Antônio. Os CDs dos anos passados estão à venda nas principais lojas do ramo.

Por: Clilton Paz.

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página 36Ano 4 número 39

Eventos

A T.U. Sr. Omulu Irmãos de Fé realizou no dia 16 de agosto de 2014 uma linda e singela homenagem ao Povo Cigano, ocasião na qual, igualmente, foi realizada a ceri-mônia matrimonial dos nossos filhos Rosenildo e Paula, recebendo à Benção da Tríade Sagrada da nossa querida Umbanda, e a energia e a alegria do povo Cigano.

Agradecemos a presença de nosso pai espiritual En-gels D' Xangô, aos nossos amigos, filhos e irmãos pela magnífica energia que pairou sobre nosso solo sagrado.

Saudamos os nossos Dirigentes Espirituais Kleber e Talita.

Salve a nossa queria Umbanda!Salve todo povo Cigano!

Um forte abraço a todos!Alex Martins

FOTOS CASAMENTO E HOMENAGEM AO POVO CIGANO POR T.U SR. OMULU IRMÃOS DE FÉ

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página 38Ano 4 número 39

Raízes

O que são raízes?

Uma semente num espaço, em um pequeno es-paço, onde um filho de fé, guerreiro de Ogum e de águas em movimento deixou fluir de dentro de sua alma os ensinamentos adquiridos, e dessa semente começou a surgir raízes, nesse chão, com firmezas, com imagens dos Orixás, um congá, uma tronquei-ra, um amor pulsante pela Umbanda, a abertura de uma porta para a caridade...

E raízes crescem, dão estrutura para uma árvore frutífera...

Nessa árvore, filhos de fé, seu dirigente, uma curimba, um axé que se expandiu...

E como em cada estação, troca de folhas, frutos, mas nunca perde sua essência, continua com sua beleza, pois sua essência é de amor, de caridade!

Uma história de luta, de caridade, de amor, difi-culdade, superação, esperança e perseverança.

Estas raízes deram a origem a esta casa de Cabo-clo que acolhe seus filhos e que humilde e orgu-lhosamente completa 25 anos e sua história se for-talece, permanece e cultiva cada vez mais a nossa Divina Umbanda!

Tenda de Umbanda Caboclo 7 Estrelas, PARABÉNS pelos 25 anos e muitos outros que estão por vir!

O que tem raiz se fortifica com a força de nosso

Divino Pai Olorum, Oxalá e de todos nossos Divi-nos Orixás!

Andréa de Souza Silva

AGRADECIMENTOS

A Família Caboclo 7 Estrelas agradece á todos os nossos irmãos de fé que compareceram na nossa festa de comemoração de 25 anos.

Os filhos da Tenda de Umbanda Caboclo 7 Estre-las agradecem ao Pai Luiz por todos os momentos

de aprendizado, dedicação, amor e carinho que teve por nós.

Pai Engels, Fernanda e família Aldeia de Cabo-clos, o nosso Muito Obrigado pelo carinho.

SARAVÁ A UMBANDA!

SALVE O CABOCLO 7 ESTRELAS, NOSSO MENTOR E MESTRE DO NOSSO TERREIRO!

Axé!

25 ANOS DA TENDA DE UMBANDACABOCLO 7 ESTRELAS

Eventos

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página 39Ano 4 número 39

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