Jornal 8 em Dia - No. 3

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Entendendo a crise dos Estados Unidos. Pág. 3 Projeto social Preparando para o Futuro. Pág. 2 Utilização da tecnologia com moderação. Pág. 5 Professor e alunos formaram uma banda de rock. Pág. 6 Nasce uma nova consciência

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Jornal do Colégio 8 de Maio

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Entendendo a crise dos Estados Unidos.

Pág. 3

Projeto socialPreparando para o Futuro.

Pág. 2

Utilização da tecnologia com moderação.

Pág. 5

Professor e alunos formaram uma banda de rock.

Pág. 6

Nasce uma nova consciência

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EDITORIAL

Quando pensamos em ter um jornal, pensamos em es-timular nossos alunos a partici-parem com liberdade e respon-sabilidade do mundo em que vivem. Assim, esperamos que desenvolvam o senso crítico por meio da busca da informação e da produção textual.

Assuntos como econo-mia, política, impactos sociais, projetos sociais com a comuni-dade local, atividades artísticas e literárias dos alunos, e orienta-ção pedagógica serão tratados em nosso jornal, pois faz parte do projeto pedagógico do Colé-gio 8 de Maio a formação seres pensantes e críticos. Queremos também, e principalmente, que nossos alunos saibam agir através de seus melhores sen-timentos, para que se tornem seres humanos que almejem a ética e a felicidade em suas vidas e as transmitam aos seus semelhantes.

Para fi nalizar, o jor-nal também será um meio de mostrar à comunidade do Colé-gio 8 de Maio a grandiosa obra da criação, para que assim val-orizemos toda e qualquer busca da perfeição, a qual, no espaço pequeno de nossa existência, pode ser alcançada através de nosso agradecimento ao Grande Criador.

Luiz Henrique F. BeraldoMantenedor

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Projeto Social Preparando para o Futuro

Colaboração de Marina Beraldo e Bianca Graziano

“Preparando para o Futuro” é um pro-jeto social realizado no Colégio 8 de Maio que oferece aulas de música para 60 alunos de duas escolas públicas da região. O projeto é coordenado pelo professor e maestro Márcio Demazo, que recebe apoio do mantenedor do Colégio para promover o desenvolvimento destes jovens através da arte. Além das aulas de leitura e idiomas ministradas pela fi lósofa, intérprete e tradutora Heloísa Beraldo. “A aprendizagem da música refl ete positivamente no rendimento escolar destes alunos. Ajuda na concentração e na disciplina, mas principalmente, na auto-estima que é ele-vada e refl ete no cotidiano deles”, disse o pro-fessor. Experiente em projetos sociais, o maes-tro já atuou como músico na Febem e em co-munidades carentes, como a Favela Naval, em Diadema, e no Jardim Angela, em São Paulo - locais que já foram considerados dentre os mais violentos do país. Formado em Educação Artística e Com-posição e Regência, o professor Márcio desen-volveu sua carreira artística e atua profi ssional-mente com a música. O objetivo do projeto é proporcionar a mesma oportunidade aos alunos para que tenham a opção profi ssional na arte. Assim o Colégio 8 de Maio cumpre sua missão de ser “um preparo para vida” desses alunos.

Prof. Márcio Demazo

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pois as receitas arrecadadas pelo o gov-erno central não cobrem todas as dívidas realizadas. Assim só restam duas opções. O governo americano pode aumenta as re-ceitas com o aumento de impostos, medida muito impopular junto ao eleitor, ou aumen-ta o nível de endividamento. As duas me-didas são paliativas, porque a raiz da crise é o enorme gasto do governo americano - algo que ainda está sem solução.

Jornal: O que você pensa das atitudes que Barack Obama diante da crise? E da nossa presidenta?

Joabe: O presidente Barack Obama her-dou a dívida do governo anterior, mas para manter o seu governo funcionando, ele deve tomar medidas extremamente impop-ulares ante aos eleitores e aos credores. Porém, não basta tomar as decisões, as medidas adotadas necessitam do aval do congresso americano, que possui a maio-ria de congressistas de oposição ao gover-no de Barack Obama. Assim, com o foco nas eleições de 2012, os congressistas da oposição tentam atrapalhar todas as me-didas tomadas pelo governo Obama para

Entendendo a crise dos Estados Unidos e suas perspectivas para 2012

Colaboração de Thays Campos

Apesar de previsões pessimis-tas sobre a economia e a perda de lide-rança global para a China, a economia dos Estados Unidos ainda se mantém produtiva. Porém, a recuperação é muito lenta. Por isso alguns observa-dores temem que os problemas fi nan-ceiros da Europa ameacem a economia americana e mundial provocando mais uma recessão. Para entender melhor essa situ-ação o professor Joabe Pires (Geogra-fi a) esclarece ao jornal 8 em Dia os fatos que envolvem o declínio americano.

Jornal: Como essa crise começou?

Joabe: Não existe apenas uma resposta para esta pergunta, porém podemos apon-tar algumas situações que agravaram as contas do governo americano. Em primeiro lugar estão as duas guerras do pós 11 de setembro de 2001, onde os EUA invadem o Afeganistão e o Iraque na suposta luta contra o terrorismo. As duas guerras, iniciadas no governo de George W. Bush causaram impacto de trilhões de dólares nas contas do governo federal. Um outro fator que podemos apon-tar, também, para atual piora da crise foram as grandes somas de dinheiro gastos na crise imobiliária de 2008, onde o governo dos EUA teve que agir para salvar grandes corporações que estavam à beira da falên-cia, ameaçando toda a economia ameri-cana e mundial. Os gastos com as guerras e com a crise imobiliária de 2008 elevaram o en-dividamento ao limite da inadimplência,

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que este não venha a reeleger-se nas próximas eleições presidenciais. A crise ainda não atingiu diretamente a economia brasileira. Portanto, as medidas tomadas pelo governo da presidente Dilma foram pontuais, sem grandes impactos em nossa economia.

Jornal: Qual a gravidade da crise para o mundo? E para o Brasil?

Joabe: Em uma economia globalizada a crise em um único país pode contaminar facilmente a economia dos demais países do mundo. Quando se trata de um país do tamanho dos Estados Unidos, responsável por 1/3 de todo o PIB mundial, a crise pode ter efeitos devastadores na economia mun-dial como um todo. Grande parte das ex-portações brasileiras vão justamente para os EUA. Portanto, com o agravamento da crise por lá, teremos uma diminuição das nossas exportações, afetando a produção e o emprego em nosso país.

Jornal: Qual país sairá mais prejudica-do?

Joabe: Todos os países serão afetados em menor ou em maior grau pela crise ameri-cana. Entretanto, os países mais pobres serão os mais afetados, pois estes pos-suem menos recursos para combater a crise. Jornal: O que você espera da situação econômica dos EUA para 2012?

Joabe: Esperamos uma piora da situação econômica, pois todas as medidas toma-das não combatem o problema da econo-mia americana que gasta mais do que se arrecada. Assim, os efeitos da crise são sempre adiados para futuro e não solucio-nados.

Jornal: Já houve alguma crise parecida antes?

Joabe: O capitalismo é composto por fases de expansão e fases de retração das ativi-dades econômicas, assim o sistema vem passando por diversas crises desde seus primórdios. Podemos citar como exem-plos de fases de retração as crises de 1929 (Crash da bolsa de Nova Iorque) e 1972 (1° choque do petróleo). Ambas tiveram início nos EUA e afetaram grande parte da economia do planeta.

Jornal: Quais as providencias você acha que devem ser tomadas pelo governo americano?

Joabe: O modelo econômico vigente tem sua raiz pautada no consumo. Este con-sumo não leva em conta a fi nitude dos recursos naturais do planeta. Mudar os parâmetros do consumo, principalmente os das economias mais desenvolvidas (como a dos EUA por exemplo), pode tornar o mundo mais justo socialmente, ambiental-mente mais sustentável e menos sensíveis às crises. Porém não devemos nos iludir, pois esta é uma atitude que contraria toda uma ordem econômica mundial, não sen-do fácil sua implementação. Como somos seres pensantes e ativos custa pouco pen-sar e apoiar esta ideia.

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Prof. Joabe Pires

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Tecnologia e Moderação

Colaboração de Ana Carolina Soares

A ciência avança muito em di-versas áreas, principalmente em tecno-logia. O que proporciona cada vez mais recursos para a sociedade que são in-corporados no cotidiano do ser huma-no, no âmbito profi ssional e pessoal. Mas com isso surge o questionamento sobre o limite entre a utilidade prática e o exagero no uso destas tecnologias. Para esclarecer essa questão o profes-sor Anderson Schmeing (ciências) ce-deu entrevista ao jornal 8 em Dia.

Jornal: O que acha da tecnologia?

Anderson: A tecnologia é fundamental, porque a demanda humana de melhor qualidade de vida existe e com a veloci-dade com que as coisas acontecem, sem tecnologia as necessidades não seriam supridas.

Jornal: Até que ponto a tecnologia traz benefícios?

Anderson: Até o ponto que seja praticada com responsabilidade.

Jornal: Dentro da escola a tecnologia é bem-vinda ?

Anderson: Sim, é bem-vinda, porque oti-miza os processos didáticos, proporcionan-do aceso a fontes diversos de informação.

Jornal: A maioria das crianças têm muito contato com a tecnologia, com acesso a diversas informações, sendo que nem sempre são benéfi cas. Você acha que o acesso deve ser monitorado?

Anderson: Certamente, porque não ex-iste controle de acesso, nem legislação ou fi scalização governamental para isso. Por-tanto, esse controle depende dos respon-sáveis pelas crianças.

Jornal Afi nal, a tecnologia causa malefí-cios ou benefícios?

Anderson: Só causa malefícios se uti-lizada com irresponsabilidade ou excesso. Quando bem utilizada, promove o desen-volvimento da criança e estimula a apren-dizagem.

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Prof. AndersonSchmeing

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A Banda que uniu professor e alunos

Colaboração de Felipe Pugas

A seguir o professor Jardeson Plácido-fala sobre a banda para o jornal 8 em Dia:

Jornal: Quais atividades a banda já re-alizou?

Jardeson: A banda surgiu em 2008, com o nome Credial. Depois mudamos para Ge-neral Ace. General (no sentido de coman-dante) e Ace (Ás do baralho) dão ideia de força, o que traduz a sonoridade da banda. Após alguns meses de ensaio fi zemos nos-so 1º show em uma casa de Itapecerica da

O professor de matemática Jardeson Plácido é músico e encontrou essa paixão musical em outros alunos do Colégio 8 de Maio. A identifi cação artística os uniu e formaram a banda General Ace, com repertório de rock clássico e heavy metal tradicional. O que começou como uma brincadeira acabou se tornando sério. Atualmente, eles tocam em eventos, festivais e bares da região. A formação da banda: Mauro Ferreira Torres, 17 anos (Guitarra Solo), Riby Scottfi eld, 17 anos (Guitarra Base), Raul Ferro, 18 anos (Vocal), Pedro Henrique, 18 anos (Baixo) e Jardeson Plácido, 27 anos (Bateria), com participação especial de Ton (Teclado).

Serra, tocamos também em alguns eventos do Colégio 8 de Maio, no Festival Rock das tribos, no Chaparral rock bar em Embú, no Capella pub, no pub Jack Stone, no festival Guara Rock da Etec Guaracy de Pinheiros e em alguns eventos particulares. Nessas férias estivemos em estúdio gravando uma Demo pra divulgação da banda, a fi m de conseguir mais locais para apresentação e espaço defi nitivo no atual cenário rock de nossa região. O colégio é de extrema im-portância na história do General Ace, pois foi cenário para nossa trajetória, uma vez que sou professor aqui e os demais inte-grantes são alunos e ex-alunos.

General Ace

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Jornal: Qual é o repertório da banda?

Jardeson: Tocamos músicas próprias e covers. Passamos de ZZ Top, Withesnake, Ozzy Osbourne, Bad Company e Johnny Cash, a Pantera, Metallica e Megadeth en-tre outros. Além das composições próprias, que são intercaladas entre os covers para serem apresentadas ao público. A banda é um hobby com fortes pretensões de se tornar profi ssional, por isso trabalhamos bastante todo esse tempo em que tocamos juntos. Algumas músicas já podem ser ou-vidas no Myspace (http://www.myspace.com/572607617).

Jornal: Quais os objetivos e pretensões da banda?

Jardeson: A banda é um hobby com fortes pretensões de se tornar profi ssional, por isso trabalhamos bastante todo esse tem-po em que tocamos juntos.

Jornal: Qual a importância e o recon-hecimento em se fazer arte no Brasil?

Jardeson: Fazer arte no Brasil é um de-safi o, afi nal tudo tende para que o artista desista do que faz. Falta espaço, incentivo, valorização e reconhecimento. Para quem não produz nada comercial esse problema é ainda maior, como é o caso de vários ar-tistas dessa região que acabam desistindo de produzir frente a tantas difi culdades.

Jornal: Dia: Arte e educação têm alguma relação?

Jardeson: Essa relação é estreitíssima, afi -nal fazer arte requer percepção, disciplina, aplicação, pesquisa, dedicação, raciocínio e muita criatividade, habilidades fundamen-tais para a formação do Ser mais Humano e atuante no espaço em que vive.

Jornal: Tem alguma mensagem fi nal?

Jardeson: O espaço do Colégio 8 de Maio é repleto de violões, violinos, cantores e crianças que gostam ou estão aprendendo a gostar de música e outras expressões artísticas. Os integrantes do General Ace são frutos desse espaço. E quantos mais ainda aparecerão? Cada um em seu gênero, com suas pretensões, mas todos atuando e treinando os olhos e ouvidos para desfrutar os benefícios de produzir algum tipo de arte. Espero que apareçam mais bandas, dançarinos, desenhistas, escritores, atores, editores e apreciadores dessas atividades que estão aos montes preenchendo os espaços da escola todos os dias. É nosso dever estimulá-los!

Prof. Jardeson Plácido

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Situação ambiental da região de Embú

Colaboração de Gabriela Parra

A situação ambiental de Embú das Artes é delicada. Um projeto divide as opiniões da população. Trata-se do “Corredor Industrial”, um projeto que prevê a construção de empresas e indús-trias em área verde de Embú. A questão agora está nas mãos da Justiça. Ainda não há prazo para a decisão sobre o as-sunto.

A polêmica gira em torno da questão ambiental versus crescimento econômico. Por um lado o corredor trará desenvolvi-mento a região, mas o impacto ambiental é critica por alguns que acreditam que o prejuízo ecológico será grande.

Alguns moradores e lideranças comunitárias criaram até um site sobre o tema, cujo endereço é www.salveembu-dasartes.com.br. A polêmica já foi até tema do programa de televisão CQC que ouviu os moradores de Embu sobre o projeto.

GALERIA DE ARTE DOS ALUNOS

de Alice Pedroso de Vinícius dos Santos

PARCEIROS