Jornal 202011

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Pg 7,8,9,10 Pg. 2 PEDDPAPER Maio 2011 — EDIÇÃO 20 - 0.50 J.XXI [email protected] SARAU DA BIBLIOTECA Guia Prático pg.11 A EXPOSIÇÃO « MOMENTOS DA HISTÓRIA» Pg. 3 Pg.5 Pg.6 Pg.11 SEMANA da LEITURA Pg 12,13 S.Valentim pg.14,15 Jogos Florais pg 17,18,19 Educação para a Sexualidade pg20 Projecto Radiação Ambiente pg 21 pALAVRAS eSCRITAS p22 AFS Intercultura… pg24 Resultados da 1ª Olimpíada de Biologia: Gustavo Gal- veias 17º lugar e Miguel Bri- lhante 53º em 731 alunos a nível Nacional. Parabéns. Pelo quarto ano consecutivo, a Biblioteca Escolar realizou um Sarau Cultural que pretende ser uma mostra das actividades que decorreram na e com a Biblioteca Escolar ao longo do ano. Obrigada a todos.

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Pg 7,8,9,10

Pg. 2

PEDDPAPER

Maio 2011 — EDIÇÃO 20 - 0.50 J.XXI [email protected]

SARAU DA BIBLIOTECA

Guia Prático pg.11

A EXPOSIÇÃO « MOMENTOS DA HISTÓRIA»

Pg. 3

Pg.5

Pg.6

Pg.11

SEMANA da LEITURA Pg 12,13

S.Valentim pg.14,15

Jogos Florais pg 17,18,19

Educação para a Sexualidade pg20

Projecto Radiação Ambiente pg 21

pALAVRAS eSCRITAS p22

AFS Intercultura… pg24 Resultados da 1ª Olimpíada de Biologia: Gustavo Gal-veias 17º lugar e Miguel Bri-lhante 53º em 731 alunos a nível Nacional. Parabéns.

Pelo quarto ano consecutivo, a Biblioteca Escolar realizou um Sarau Cultural que pretende ser uma mostra das actividades que decorreram na e com a Biblioteca Escolar ao longo do ano. Obrigada a todos.

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Com as Comemorações do Centenário da República, representantes das Juventudes

Partidárias, Débora Santos - JCP, Duarte Marques - JSD e Pedro Delgado - JS estiveram na nossa biblioteca e conversaram sobre “ O Ideário da República: A participação e a Cidadania”. A sessão decorreu no dia 23 de Março com as turmas D e C do 12.º ano e D do 11.º ano, respectivamente, com os professores José Chambel, Luís Santos, Marta Ropio (organizadora) e Antónia Ferreira. A sessão foi muito interessante quer pela qualidade das intervenções dos convi-dados quer pela participação dos alunos e professores. Deixamos aqui, para reflexão, uma mensagem de um dos intervenientes (Duarte Marques) “A República é o que nós fizermos dela”.

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Juventude Activa

No dia 23 de Março realizou-se na nossa escola Secundária

um debate de extrema importância no que se refere à nossa

liberdade de expressão e de opinião. Membros da Juventude

Partidária fizeram questão de alertar e informar os jovens da

nossa escola, para uma participação activa na política. Uma

política saudável e participativa na vida dos cidadãos.

A Juventude Socialista, a Juventude Social Democrática e a

Juventude Comunista Portuguesa trouxeram os seus respectivos

princípios partidários para o debate escolar. No entanto, apesar

das suas contradições, acabaram por afirmar que o objectivo de

todos os partidos políticos passa pela satisfação das necessida-

des da sociedade, e que simplesmente existem vários meios para

atingir um fim. O que poderia parecer, de modo inicial, algo do

“mesmo” a que se assiste diariamente, mudou completamente

de configuração quando, os alunos começaram a participar no

debate e a adoptar um discurso de índole crítico e admirável, ao

responderem e explicitarem as dúvidas dos alunos, que incidi-

ram sobretudo sobre a educação, talvez por ser um elemento

bastante importante nesta etapa das suas vidas. Tal facto acabou

por se não se cumprir até ao fim do debate, e apesar de os alu-

nos terem feito sugestões pertinentes, tais como a adição de

uma disciplina que nos elucidasse para o que é a política e quais

os deveres dos cidadãos enquanto elementos de uma sociedade

democrática, este acabou por ganhar uma feição crítica e acele-

rada, devido as diferentes ideologias que os membros da juven-

tude partidária defendiam.

Com o desenrolar desta actividade o debate perdeu o seu in-

tuito de consciencializar os jovens da sua importância para o

futuro do país e do contributo que podem dar politicamente,

ganhando um formato muito semelhante às campanhas eleito-

rais, onde muito do que se vê e ouve são ataques constantes às

imagens dos partidos fazendo referência a muitos dos seus er-

ros no passado. Contudo os alunos mostraram-se conscientes e

interessados na “verdadeira política”, lançando assim críticas ao

rumo que o debate tomou e à semelhança que este teve com os

“verdadeiros ” debates políticos.

Os alunos acabaram assim por reforçar a sua própria opinião,

sem mostrar qualquer concordância com um dos partidos, exi-

gindo por parte destes uma maior compreensão para com os

cidadãos e os seus direitos como tal. Pode-se então dizer, que a

política de mais não passa de um tentar satisfazer as necessida-

des de toda a sociedade, no entanto os meios por vezes não são

os melhores para atingir certos fins. Foi isso mesmo que neste

debate se tentou pôr em “cima da mesa”, em que os alunos se

mostraram mais consciencializados do que se poderia pensar,

“apontando o dedo” à política que se vive em Portugal e abrin-

do caminho aos vários pontos de vista dos cidadãos.

Andreia Coelho 12º D

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A comunidade educativa da Escola Secundária de Vendas

Novas teve oportunidade de assistir a uma exposição de-

signada por « Momentos da História», que despertou de 9

a 16 de Maio, no espaço da biblioteca escolar, a atenção e

o gosto pelo conhecimento de épocas e por figuras histó-

ricas que marcaram fases do percurso das Histórias de

Portugal, europeia e mundial, contando para esse efeito

com trabalhos realizados pelos alunos. Foi, de facto, uma

experiência visual e narrativa enriquecedoras, a avaliar

pelo interesse manifestado pelos alunos e visitantes, recor-

rendo-se para esse efeito a obras em suporte de papel, com

consulta do espólio da biblioteca escolar e emprego das

tecnologias informáticas. Os momentos e temas apresenta-

dos neste ano – lectivo foram a expansão marítima (sécs.

XV e XVI), anos 50 e 60 em Portugal, símbolos, produtos

e marcas da nossa infância, a implantação da república em

Portugal, os direitos humanos no mundo do século XX,

em fotos de Sebastião Salgado. Uma nota de agradeci-

mento a diversas entidades locais que prontamente acede-

ram colaborar, quer na publicitação inicial da iniciativa

(Rádio Granada), quer na divulgação do balanço final

(Boletim da Biblioteca Escolar, Jornal Escolar «Geração

XXI»,Gazeta de Vendas Novas), em jeito de reflexão em

torno da mesma, junto da comunidade.

Esperemos, agora, que as próximas gerações sai-

bam colher os aspectos positivos desses ensinamentos pa-

ra preparar um melhor futuro. Afinal de contas, essa é a

grande finalidade da História. O querermos saber como

chegamos até aqui, como evoluímos ao longo dos tempos,

talvez para buscarmos o sentido e as respostas aos porquês

da vida, através de uma cidadania activa, ajuda-nos a per-

ceber a nossa identidade, o nosso viver como indivíduos e

como povo

A EXPOSIÇÃO « MOMENTOS DA HISTÓRIA»

Grupo de História

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Na Grécia Antiga cresceu a Democracia, cresceram os direitos, mas não cresceram as igualdades. Isso reflecte-se na Educação, a Educação Grega era imperfeita. Rapazes e raparigas cresciam jun-tos até aos sete anos. As crianças permaneciam em casa e eram educadas pelos pais. Entre os 7 e os 15 anos, os rapazes e as rapa-rigas seguiam caminhos diferentes. As raparigas continuavam em casa, no gineceu. Onde eram educadas pelas mães a fazer tudo o que fosse preciso em casa. Os rapazes seguiam caminhos diferen-tes. Iam para a escola, onde começavam por ser acompanhados pelo pedagogo, um professor que acompanhava a Educação Mo-ral e Física da criança. Aí, iniciavam as aprendizagens básicas: leitura, escrita e aritmética, tinham também aulas de música e de preparação física. Logo que aprendiam a ler, eram obrigados, pe-los seus mestres ( os gramáticos ), a decorar partes dos poemas de Homero e Hesíodo, para aprenderem com os heróis descritos nesses poemas e seguirem o seu exemplo. Depois dos 15 anos, os adolescentes do sexo masculino continu-avam a sua formação no ginásio, aprendendo gramática, retórica, música e dialéctica. Prosseguiam o desenvolvimento das suas apti-dões físicas, praticando várias modalidades num recinto ao ar livre

ao qual chamavam palestra. Aos 18 anos, iniciavam a preparação militar ( que durava 2 anos ), finda a qual eram considerados cidadãos de pleno direito. Durante estes treze anos, desde os 7 anos até aos 20 anos, a Educação feminina, era limitada, pois a educação das jovens gre-gas era crescer junto das mães, com quem aprendiam o desempe-nho das tarefas domésticas. Era esta, a Educação grega, apesar de politicamente viverem numa democracia. Actualmente, falemos neste caso em Portugal. Muita coisa mu-dou. Deveremos e somos tratados igualmente. Desde que nasce-mos, até morrermos. Mas, falando na nossa Educação. E neste caso a nível global, será que todos recebemos a mesma Educação? Os factos dizem que em certos países africanos o nível de Alfabe-tização é inferior a 35%. Na minha opinião muita coisa mudou, existem direitos a apren-der, apesar de ainda hoje existir descriminação, ainda existir a dife-rença entre seres da mesma espécie. A Educação é essencial, mas não só ir à escola, crescer Civicamente, crescer numa Sociedade. Saber estar no Mundo!

Educação Grega Miguel Romão 7º A

A democracia actual Susana Duarte 9ºA

A grave crise económica e social dos anos 30 facilitou o avanço de movimentos políticos de extrema-direita e de esquerda O primeiro país a adoptar um regime ditatorial de extrema-direita foi a Itália, com um regime fascista, implantado por Benito Musso-lini, em 1922. Os principais objectivos desta política eram restaurar a grandeza e o passado histórico da Nação e reconstruir o império romano. Na Alemanha também surgiram propostas ditatoriais que começaram progressivamente a ganhar mais apoiantes e a 30 de Janeiro de 1933, sob pressão de um grupo de conservadores, o Presidente da República, Von Hidenburg, nomeia Hitler chanceler (primeiro-ministro) da Alemanha. O principal objectivo desta polí-tica era restaurar a unidade nacional e a grandeza imperial da Ale-manha, conquistando o “espaço vital” aos povos considerados por eles inferiores. O nazismo caracteriza-se pela ideia de superiorida-de da sua raça em relação aos restantes povos: o racismo. Esta concepção nazi gerou o anti-semitismo, ou seja, a perseguição, a expulsão e até a morte de milhões de Judeus. Em Portugal já exis-tia uma ditadura militar desde 1926 e, face à grave situação econó-mica e ao clima de instabilidade que o país atravessava, Óscar Car-mona (Presidente da República na altura) convidou para ministro das finanças António de Oliveira Salazar, professor na Universida-de de Coimbra. Salazar ganhou algum prestígio por eliminar, rapi-damente, o défice financeiro e, por isso, em 1932, é nomeado Che-fe do Governo e em 1933 faz aprovar uma nova Constituição. Começava assim a ditadura Salazarista denominada Estado Novo. Todas estas ditaduras eram apoiadas por organismos de defesa do Estado que se encarregavam de perseguir, torturar e até matar os opositores políticos, como por exemplo: a OVRA, na Itália; a GESTAPO, na Alemanha e a PIDE, em Portugal. Existiam ainda organismos de censura e organismos que se destinavam a educar os jovens nos valores da Nação. Entretanto, a Rússia, governada pelo Czar Nicolau II, a sua economia era atrasada e a sociedade apresentava grandes desigualdades. Após as revoluções de 1917, Lenine assumiu a presidência do novo Governo e pôs em prática uma série de medidas, como a retirada da Rússia da 1ª Guerra

Mundial e a nacionalização da economia. Após uma contra-revolução da qual os comunistas saíram vencedores, Lenine adop-tou a NEP, uma Nova Política Económica de abertura e liberaliza-ção da economia. Com a morte de Lenine, Estaline tornou-se no governante absoluto da URSS. Estaline pôs fim à NEP e tomou uma série de medidas como a colectivização dos meios de produ-ção e estabeleceu uma economia planificada, dando prioridade à indústria pesada e privilegiando os sectores têxteis e alimentares. Em resultado desta política económica, a U.R.S.S transformou-se numa grande potência industrial e militar. Após estudar todas estas ditaduras penso que seja correcto afirmar que viver em ditadura é como viver numa “prisão”, política e ideológica, visto que, não havendo liberdade de expressão, as pessoas não podem partilhar as suas ideias publicamente; como também uma “prisão” cultural, uma vez que os artistas, os escritores ou os grandes intelectuais não podiam manifestar a sua arte livremente, sob pena de ser cen-surada e de os próprios serem presos, chegando mesmo alguns a exilarem-se. Actualmente, no nosso país, vivemos numa democra-cia que, apesar de eu não a considerar uma democracia “com todas as letras”, por diversas razões, mas existe liberdade de expressão e liberdade de partidos e ideias políticas, o que, na minha opinião, é essencial para que haja uma sociedade livre e aberta. Esta liberdade de partidos e ideias políticas origina a existência de partidos com diferentes ideologias, o que por sinal é bom. Mas nem sempre é fácil para uma sociedade escolher qual o melhor partido para go-vernar o seu país. É esta uma das principais dúvidas que assombra o nosso país actualmente. Por um lado, não queremos o comunis-mo nem partidos de extrema-esquerda mas, por outro lado tam-bém não pretendemos um partido mais à direita, sob pena de cair-mos numa ditadura semelhante à de Salazar. A solução seria, a meu ver, apostarmos num partido que estivesse entre a esquerda e a direita, mas nem mesmo esses estão a conseguir superar a crise e ajudar a população, por isso surge a questão: “Afinal, qual é o me-lhor partido para governar o nosso país?”. O ideal seria um partido que conseguisse sair desta crise económico-social e que fizesse tudo quanto fosse possível para melhorar a qualidade de vida da população, mas como, actualmente, não existe nenhum partido que preencha estes requisitos, a dúvida mantém-se.

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!2º Ano ArteInstal… Os alunos desenvolveram um projecto de instalação tendo como base a poética de Fer-nando Pessoa e Heterónimos num trabalho interdisciplinar...

EXPOSIÇÕES 11º E e 12ºD

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

1º PEDDY PAPER

No dia 8 de Abril, o Primeiro Peddy Paper do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, aconteceu. Co-mo sempre tudo partiu de uma ideia, mas só começou quando todos os professores do DCSH se empenharam a regulamentar e programar, desenhar percursos, actividades e jogos, e tanta coisa que foi primeira por sermos estreantes. Mas, quer as inscrições , quer a participação dos alunos, ACONTECERAM: 46 equipas, 186 alunos. A adrenalina disparou com esta adesão e foi necessário recrutar alunos não concorrentes, para ajudarem nas provas. A todos os participantes (a organizar e a concorrer) o nosso Obrigado.

1º Prémio: Pipacaligaquígrafo 2º Prémio: Tó pêras

3º Prémio: Pães de ló Prémio atitude: Família feliz

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Eco-Passeio de orientação – ―descobrir‖ Vendas Novas No dia 26 e 31 de Janeiro as turmas A e B do 7º ano efectuaram uma saí-da de campo à área envolvente da escola

Aprendi que existe mais para além do que pensamos e que o campo é um lugar

espectacular. Gostava imenso de repetir!

Este eco-passeio permitiu, através da observa-ção directa, aplicar os conhecimentos sobre ori-entação, e a leituras de mapas mas sobretudo a apreciar e preservar a Natureza. Referindo alguns alunos “O que aprendi ou gos-

tei nesta saída…”: aprendemos a ver como se

encontra o Sul através do sol, das flores e

do musgo das árvores…; conheci melhor

Vendas Novas…; aprendi a utilizar a bússo-

la…; aprendi a não poluir para o bem da Natureza…; gostei de observar bonitas

paisagens…; gostei de ir ao chafariz…; é sempre bom ter uma aula ao ar livre…;

gostei de “explorar” a Natureza…;

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Agricultura biológica – uma proposta de desenvolvimento sustentável No dia 1 de Abril a turma do 9º A realizou uma eco-visita de estudo à Herdade do Freixo do

Meio que é uma exploração que concilia a produção de alimentos saudáveis e tradicionais com a

preservação do mundo rural e dos sistemas naturais.

Na parte da manhã os alunos fizeram uma visita guiada à explora-

ção agrícola e puderam aprofundar os conhecimentos sobre a vi-

da no campo e a prática de uma agricultura sustentável. Todos

ficaram conscientes que respeitando os recursos naturais e os ciclos de natureza se podem obter

os produtos típicos da dieta mediterrânica, promover a saúde e reduzir a pegada ecológica.

Após o almoço, foi realizado um per-

curso pedestre, e com a ajuda dos ma-

pas e da sinalética, os alunos e profes-

soras puderam usufruir de um ambien-

te único - o ecossistema de montado.

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FlorestArte Concurso Escolar 2011

No âmbito da Comemoração do Ano Internacional da Floresta, O Governo Civil de Évora promoveu um concurso

escolar fotográfico intitulado do Concurso FlorestArte. A nossa escola participou com vários trabalhos de alunos de

diferentes ciclos e, num universo de 150 trabalhos do distrito de Évora, fomos distinguidos com os seguintes prémios:

1º PRÉMIO

Pedro Miguel Serrudo Leque

12º Curso Profissional Técnico Restauraçã0

“O Montado – Marca Registada do Alentejo”

Ecossistema mediterrânico, abriga uma biodiversidade

muito importante para a conservação da natureza a

nível Nacional e Europeu.

As Florestas de sobreiro, sobro ou chaparro (Quercus suber) pertencem à família dos carvalhos cultivados no

sul da Europa e a partir da qual se extrai a cortiça. Es-

ta, gera importantes rendimentos a nível local e regio-

nal e permite manter parte do emprego no mundo rural.

Destaca-se ainda a criação de espécies produtoras de

leite e de carne de elevada qualidade, da apicultura, a

recolha de cogumelos comestíveis e as actividades tu-

rísticas, como o Turismo Rural o Ecoturismo e o Agro-

Turismo.

“A Árvore - a Luz da Vida; a Floresta a Vida

do Planeta”

2º PRÉMIO João Filipe Coelho Santos

9º A

Menção Honrosa

Inês Alves Rodrigues 12ºC Alentejana” No nosso quotidiano traçamos um caminho rumo a uma felicida-de individual, procurando satisfazer os nossos interesses mais su-pérfluos. Para além disso, dedicamos maior parte da nossa vida construindo um ser laboral, vítima de stress, especulações, precon-ceitos e estereótipos. Assim, é-nos impossível observar o Mundo envolvente, especialmente a tranquilidade da paisagem alentejana,

tudo o que ela nos oferece e preservar a sua biodiversidade.

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No dia 30 de Abril, os alunos premiados e as professoras envolvidas ( Professoras Maria José Rodrigues e

Alda Farrica), deslocaram-se a Évora a fim de receberem os respectivos prémios que foram entregues pe-

los Exmºs Senhores Ministro da Agricultura, Governadora Civil de Évora e Director Regional de Educa-

ção do Alentejo.

Andreia Coelho, 12ºC

Substância inimiga

A verdade é que o álcool tem vindo a satisfazer, cada vez mais,

todas as exigências dos jovens actualmente. Ao contrário do que

por vezes se possa pensar, a resolução dos mais variados proble-

mas da adolescência não são, de forma alguma, resolvidos através

da ingestão do álcool. No entanto esta ilusória bebida tem sido

cada vez mais a escolha dos jovens como forma de divertimento e

de desinibição.

O alcoolismo é actualmente um grande problema, atingindo o

Homem, nas várias fases da sua vida, mas é na adolescência que a

sua procura é mais intensa e a sua ingestão muito mais elevada. O

consumo de álcool leva assim à euforia, à desinibição e a uma

maior sociabilidade entre os grupos de jovens, libertando-os da

sua controladora consciência. No entanto nem tudo acaba por ser

assim tão agradável quando a falta de coordenação motora, o des-

controlo, a sonolência e a diminuição sensitiva se manifestam. O

consumidor perde todas as suas faculdades físicas e psíquicas,

bem como o controlo das acções, a sua vontade própria e consci-

ente. O jovem é assim levado a aumentar a dosagem como forma

de mostrar um maior controlo sob o seu próprio organismo e de

revelar a sua resistência aos seus amigos, esquecendo as conse-

quências que daí virão.

Segundo alguns estudos, comprova-se que os alunos do ensino

secundário são os que mais consomem bebidas alcoólicas, sendo a

bebida privilegiada a imperial, consumida, em média, por cada

jovem uma a quatro vezes por noite. Foi constatado também que

existe uma maior ingestão de álcool entre os 15 e os 17 anos de

idade, sendo muitas vezes as raparigas maiores consumidoras do

que os rapazes.

A prevenção do consumo excessivo de álcool passa pelos pró-

prios familiares e amigos que deverão alertar para um estilo de

vida mais saudável e tranquilo, procurando sempre, evitar chegar

ao ponto onde surge a necessidade de tratamento do alcoolismo.

Contudo este tipo de ajuda está, cada vez mais presente na popu-

lação jovem, tendo como métodos a medicação e psicoterapia de

grupo.

Com o fim de prevenir este problema, pelo menos nas faixas

etárias mais jovens, surgiu uma lei que proíbe a venda de álcool

aos jovens menores de 16 anos. Apesar disto e de todas as san-

ções aplicadas, esta não se tem mostrado a melhor das soluções,

pois estes acabam por ter acesso às mesmas de uma forma facilita-

da e frequente sem quaisquer limitações seja de que tipo for.

Como tal, é cada vez mais latente, a necessidade de realizar ac-

ções como forma de alertar a população mais jovem para as gra-

ves consequências que advêm do consumo excessivo de álcool, e

levando-os a proteger, mais tarde, as gerações vindouras, criando-

lhes um ambiente mais saudável para que consigam divertir-se de

uma forma cada vez mais consciente.

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O novo Acordo Orto-gráfico entrou em vi-

gor em Ja- neiro

de 2009.

Mas, até 2015, decor-

re um perío-do de transi-

ção, duran- te o qual ainda se po- de utilizar a grafia actu-al.

Se qui-ser adoptar já a nova grafia do Por-

tuguês, veja aqui as princi- pais alterações de que foi objecto a

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DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS

Page 12: Jornal 202011

Este ano a Semana da leitura centrou-se na relação LEITURA –

ENERGIA – FLORESTA, conjugando-se, deste modo, a comemo-

ração do Ano Internacional das Florestas e a preocupação cres-

cente das nossas sociedades com o ambiente e a sustentabilidade.

Festejou-se a Semana da Leitura de 28 de Fevereiro a 4 de Março, mas ao longo de todo o mês decorreram várias actividades relacio-

nadas com a temática já apresentada e associadas às actividades do

Eco - escolas.

Durante a Semana da Leitura, nos livros de ponto colocaram-se

alguns poemas e solicitaram-se aos professores que fizessem a sua leitura nas turmas. Desenvolveu-se um programa,

todos os dias da semana, pretendendo-se que o maior número de turmas viesse à biblioteca. Durante três noites também

se ofereceram sessões à população e aos formandos do CNO. A Semana da leitura que envolveu 20 turmas do regime

diurno e grupos de adultos do CNO/comunidade, respectivamente, 450 alunos e 72 adultos.

Agradecemos a todos os professores que participaram na Semana da Leitura, quer dinamizando sessões, quer deslocando

-se à biblioteca com as turmas. Um agradecimento a todos os alunos que a título individual e/ ou inseridos na sua turma

colaboraram para que esta semana se tornasse um sucesso. Agradecemos também a todos os convidados entre os quais

destacamos os encarregados de educação, elementos da Biblioteca Municipal e da Biblioteca Escolar da Secundária de

Montemor - o - Novo.

Cartaz elaborado pela aluna Rita Silvestre do 12ºD, no âmbi-

to do concurso “O Cartaz da Minha escola” do Plano Nacio-

nal de Leitura.

Decorreu no dia 2 de Abril a fase distrital do Concurso Nacional de

Leitura na Biblioteca Municipal Almeida Faria em Montemor-o-

Novo. Do terceiro Ciclo participaram os alunos Henrique Silva e

Ricardo Lino ( 8ºano) e do Secundário, os alunos Fábio Prates

( 11ºano) e Filipe Marques ( 12ºano). A boa prestação do aluno Fili-pe Marques, do 12.º B, traduziu-se no terceiro lugar conquistado

pela nossa escola.

Estão de parabéns todos os alunos que participaram no Concurso e,

especialmente, o aluno vencedor.

Filipe Marques

( 12ºano

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Decorreu de 21 de Março a 25 a Eco-semana/Leitura na Escola. As actividades desta semana foram variadíssimas:

Exposições , Apresentações/Debates, Actividades com livros, Divulgação de recursos: Livros, Revistas e DVD, Recu-

peração da sinalética das espécies vegetais, Demonstração da estação meteorológica da EPA, Oferta de árvores, Mos-

tra e prova de mel de diferentes sabores, Degustação de chás de plantas, Vendas de plantas aromáticas. Comemora-

ram-se ainda Dia Mundial da Floresta e Poesia (21 de Março), Dia Mundial da Água (22 de Março) e o Dia Mundial da Meteorologia (23 de Março).

Durante esta semana esteve patente na Biblioteca da escola a Exposição Eco-Arte que envolveu os alunos do 12ºD e

11ºE.

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Page 14: Jornal 202011

Sobre o amor… O que é o amor? É uma qualidade? Um sentimento? Apreço? Devo-ção? Talvez seja tudo isso! A verdade é que não conheço ninguém que não ame nem seja amado. Antes mesmo de nascermos já o somos. Amar é algo que aprendemos instintivamente e que nunca depende só de nós. O amor está para além do simples gostar, pois gostamos de coi-sas mas apenas amamos as pessoas. Mas não é fácil amar! Amar pressupõe uma grande dose de tolerân-cia, paciência e sobretudo verdade! Porque é difícil relacionarmo-nos com as pessoas. Temos que saber lidar com os seus defeitos e quali-dades da melhor maneira possível. Somos muito altruístas com todas as pessoas que amamos, cedemos sempre por elas, fazemos tudo por elas, mesmo que isso implique um sacrifício pesso-al, pois a partir do momento em que amamos , quem amamos passa a ser uma extensão de nós próprios! É por isso que durante a nossa vida amamos um nú-mero muito restrito de pessoas, pois por vezes não há cedência e tolerância suficiente de ambas as partes. Perante este mundo cruel, talvez o amor seja a única coisa que temos. Pensar que exista alguém neste mundo que não saiba o que é o amor, entristece-me muito. O amor, que tantas vezes esquecemos, mas que nunca nos abandona é o que de mais precioso temos. Menosprezamo-lo muitas vezes porque sempre fomos amados e esse sentimento (se o amor for realmente um sentimento) está muito presente na nossa vida. Tão presente, que somos egoístas e hipócri-tas o suficiente para nos esquecermos dele. Pensemos agora em toda a nossa vida! Agora imaginemo-la sem amor. É tão horrível ver que todas aquelas memórias de infância se dissolvem, que aqueles abraços à família não existiram, que os risos com os amigos foram uma ilusão, que as confidências foram contadas, que as lágrimas foram cortadas, que não temos ninguém! Somos então um ser que vive só por viver, parasita do e no seu mundo. Talvez neste momento demos importância ao amor.” Mónica 10ºE

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O amor De um tempo antigo Ao meu tempo contigo Desde um tempo distante A única constante É um sentimento, Esse doce tormento Que há milhares de anos, Depois de tantos enganos, Depois de tanta dor, Me atingiu agora: É o amor!

João Gaudêncio, 10º C

Já o senti, já o vivi, no melhor e no pior, no entanto, não sei ao certo o que dizer sobre ele. Não o controlo, ele é irracional e muito mais forte que o mais forte dos homens e é dos mesmos o maior ponto fraco. É o amor o que os derro-ta com uma dor que nenhum remédio cura mas também nos dá a mai-or felicidade do mundo, uma felicidade insubstituível, capaz de sobrevi-ver a tudo. Ao longo da vida, sentimo-lo e vivemo-lo várias vezes, sem-pre de maneira diferente e sempre inesquecível, com coisas boas e más. É preciso saber vive-lo e dado que é ele que muitas das vezes nos controla, temos que aprender a respeitá-lo. João Grosso 11ºB

Amor

Não consigo imaginar maior dor Que a que gela o peito da gente, Onde batera um coração quente, A que resolveram chamar de amor.

Não conheço palavra nem cor Que consiga mostrar o que se sente, Nem ilustre sentimento ardente, Ou que ao homem dê tanto calor.

Se o houver em todo o mundo Digam-me (pois eu não vejo) Algo que possa ser tão profundo

Só saciado pelo desejo De tudo poder parar num segundo, Para sentir os teus lábios num beijo

Anónimo 10º A

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Amor de irmão É impossível amar de uma maneira per-feita sem desavenças, sem zangas, sem discus-sões, sem por vezes querer tentar fazer-te sen-tir mal, mas tu sabes o quanto me custa ver-te mal, em baixo, chateada com o que quer que seja, é difícil, impossível não intervir e fazer tudo para te ver bem. Chamas-me “irmão gali-nha”, dizes que sou protector de mais, mas o que digo e faço, juro que é apenas com o ob-jectivo de tu estares bem. Eu já tive a tua idade, nunca fui rapariga por isso não sei exactamente o que é estar no teu lugar, mas a única coisa que eu não quero é que tu cometas erros que eu já vi muitos cometerem e depois vires-te a arrepender e não poderes fazer nada. Eu quero que tu aprendas com os erros dos outros e não com os teus. Sempre foi assim que eu agi, mas compreendo que não me cabe a mim escolher a tua vida nem tomar as tuas decisões, e por isso é que ultimamente te tenho deixado em paz, faz o que quiseres que eu estou aqui. Cai que eu aparo a queda.

De quem te ama: o teu irmão

David Batista, 11º D

Lembra-te de mim, lembra-te de mim para sempre. Se eu estiver para sempre na tua lembrança é uma vitória adqui-rida, acredita. Lembra-te do meu gesto ao tocar-te na cara, inventei esse toque tão singelo porque eras tu. Lembra-te da forma como te abraçava com força, fi-lo impulsi-vamente para recordar cada traço do teu corpo. Lembra-te, simplesmente lembra-te de mim, hoje amanhã... Lembra-te de quantas vezes te olhei nos olhos e fui tão transpa-rente, devido à confiança que tinha e tenho em ti. Lembra-te de tudo isto e muito mais, quero que simplesmente te lembres. Lembra-te do sentimen-to que te dei, lembra-te do bom e do mau! Quero que te lembres de mim. Suzi Flamínio, 11º D

O dia de S. Valentim é o dia dos Namorados, é um dos momentos mais adequados para se escrever, fun-damentar, declarar, explicar-se, exprimir-se, simpati-zar, amar, …

As cartas que se escrevem no dia dos namorados para as caras metades, significam gestos de caridade, amor, amizade, que se tem por determinada pessoa a quem a mesma é dirigida.

“O amor é como a escrita”, quando se ama as pala-vras não acabam e quando se começa a escrever nun-ca mais se acaba.

Vicente Cabrinha – 11º F

Amor

O Amor não se define nem se procura Não se cheira nem se vê Não se ouvem os seus passos

Vem sorrateiramente Qual felino sobre um muro Pronto para saltar Ou fugir

Constrói corações Molda mentes Destrói barreiras

Não há chance de mudar o curso

Oriana Dias, 11º C

A vida corre, não muda, são fases Ela só cria mudanças e eu só queria que mudasses O amor é miserável, e eu sem outra forma De dizer que fazes falta, e que preciso de ti agora À espera que o tempo passe, não passa, eu passo-me... ...Destruo cada quilómetro que nos separa com este compasso... Admite logo, não fales, sou fraco Louco vagabundo à espera que isto dê resultado... Coragem, responde-me na cara àquilo que penso Amor louco que sonhámos, está por um fio suspenso Tanto Vento, dói não dói? Como te entendo… Só falamos bem em silêncio, eu já não controlo o tempo… Não precisamos de mais nada além de tudo, só restam Gritos e pesadelos que não me saem da cabeça Já nada interessa, chegamos a um ponto em que, Eu preciso de sair, e tu de ficares por aqui, pronto.

Ruben Ferreira, 12º C

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Prof.s Georgina Pinto e Luís Teixeira

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No dia 18 de Maio decorreu, no Auditório Municipal, a cerimónia de entrega dos prémios dos VII Jogos Florais, com a participação do Colégio Laura Vicuña, do Agrupamento de Escolas EBI 2/3 e da Escola Secundária c/ 3º Ciclo, e com a colaboração da Câmara Municipal de Vendas Novas.

1º ESCALÃO: Poesia: 1º Prémio – Ana Leonor Silva Barrete- EBI 2º Prémio – Cátia Alexandra Godinho Rocha - EBI 3º Prémio – Carina Candeias Pitta- EBI 3º Prémio – Ana Leonor Silva Barrete - EBI Menção Honrosa – Maria Inês Conceição - EBI Prémio Revelação: Pedro Gomes Esteves - EBI

Prosa: 1º Prémio – António de Almeida Gião - CLV 2º Prémio – Ana Rita Santos Oliveira - EBI 2º Prémio – Catarina Curto Mendonça - CLV 3º Prémio – Andreia Silva Azevedo – EBI 3º Prémio – Sara Machado Ribeiro – EBI 3º Prémio - Beatriz Candeias - EBI Menção Honrosa – Diogo Morato do Rosário - EBI 2ºESCALÃO Poesia: 1º Prémio – Melissa Castanho - EBI 2º Prémio – Mariana Petrucci Passarinho - CLV 3º Prémio – Ricardo Bilro – EBI Menção Honrosa – Joana Farrica - EBI Prémio Sátira Literária - Mariana P. Pas-sarinho - CLV Prosa: 1º Prémio – Diogo Rodrigues - CLV 2º Prémio – João Isaac Andrade - EBI 3º Prémio – Pedro Botas – CLV Menção Honrosa – Margarida Laranjo -

CLV

3ºESCALÃO: Poesia: 1º Prémio – Ana Rita Margaço - CLV 2º Prémio – Alice Alexandra Modesto - EBI 3º Prémio – Adriana Leonor Barrete - ESVN Prémio Revelação – Jorge Daniel Santos - CLV

Prosa: 1º Prémio – Mafalda Jorge - CLV 2º Prémio – Rita Maria Clara - CLV 2º Prémio - Bernardo Barreiros Ferreira -

CLV 3º Prémio – Joana Maria Romão - CLV Menção Honrosa – Natália Estanque – EBI 4º ESCALÃO: ESVN Reflexão Filosófica: 1º Prémio – Mónica Duarte 2º Prémio – Maria João Martins Poesia: 1º Prémio – Mónica Duarte 2º Prémio – Filipa Almeida 3º Prémio - Mónica Duarte Prosa: 1º Prémio – Miguel Loureiro 2º Prémio – Paula Cristina Silva 5º ESCALÃO: ESVN Reflexão Filosófica: 1º prémio – Francisco Chambel 1º Prémio – Rita Silvestre 2º Prémio – Joana Ferragolo 3º Prémio - Andreia Coelho Menção Honrosa – Neuza Silva Prémio Especial do Júri - Zaira Pellin Prosa: 1º prémio – Francisco Chambel 2º Prémio – Gonçalo Marques 3º Prémio – João Monteiro Prémio Sátira Literária - João Bentes Poesia: 1º Prémio – Francisco Chambel 2º Prémio – Carina Alves 2º Prémio - Francisco Chambel 3º Prémio – Carina Alves Menção Honrosa – Marina Pereira 6º ESCALÃO: ESVN - CNO Poesia: 1º prémio – António Almeida Roto 2º Prémio – Aurora Maria Florêncio 3º Prémio - António Francisco Fura Menção Honrosa – Maria Isabel Gomes

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4º ESCALÃO PROSA – 1º PRÉMIO – Miguel Loureiro

26/06/2005

Hoje foi um dia como outro qualquer. Apenas com uma ligeira diferença. As memó-rias do dia em que o Luís chegou pela primeira vez à turma invadiram-me o pensamento. Não consegui pensar, nem racionalizar qualquer tipo de problema matemático.

Tudo servia apenas para associar os pormenores das minhas acções a acontecimen-tos passados, sensações e cheiros familiares, todos relacionados com ELE.

Apesar da sua morte ser ainda recente, é-me difícil aceitar tal ideia, mencionando o facto de que nunca tive grandes amizades com o Luís. Apenas um “obrigado” ou um “com licença”, caso necessitasse de algo proveniente dele, mas nada de intimista, tudo apenas como colega de turma.

POESIA – 1º PRÉMIO – Mónica Duarte

Tempestade Naquele momento a chuva fustigava

tudo, As árvores eram brutalmente arranca-

das e atiradas para o mar Ela não sabia mais o que pensar!

Será que o tempo percebia o que esta-va a viver?

Até parecia que a natureza começava também

Aos poucos a morrer.

O mundo desabava sob o seu olhar O amor, o sentido e a vida como os

conhecia Estavam prestes a acabar.

Ela é resistente, ela quer lutar Mas a tristeza que sentia

Eram a força que a oprimia, Que a impediam de levantar.

REFLEXÃO FILOSÓFICA – 2º PRÉMIO – Maria João Mendonça

Vamos voltar ao princípio, quando eu ainda permanecia no ventre materno e tentava, inocentemente, adivinhar como seria o mundo exterior, fantasiando, talvez, uma realidade cor-de-rosa.

Com o tempo comecei a aperceber-me do que me rodeava, a decorar cada canto da casa, cada voz, cada expressão facial. Perguntei frequentemente o porquê disto e daquilo, brinquei e criei o meu próprio mundo. Acreditei na existência do príncipe encantado, que não possuía defeitos, apenas um sorriso enorme e um cora-ção doce, acreditei que a vida se tratava de uma equação simplificada, bastando dar um passo ou estalar os dedos para resolvê-la.

Assisti ao bater das asas de uma borboleta, ouvi o cacarejar de um galo anunciando mais um dia. Depois alcancei a idade fatídica, aquela em que cometemos erros dos quais na altura nos arrependemos, para

mais tarde reconhecê-los como construtivos. Amei e sofri, pensei que a dor que senti dilacerasse o peito, que me quei-masse a alma, mas não foi isso que aconteceu, apenas fiquei mais forte. Um dia olhei-me ao espelho, fitando-me nos olhos e vi apenas uma marioneta manuseada pela vida. – Quem sou eu? Sou apenas alguém igual a toda a gente diferen-ciando-me de cada um, tentando perceber o sentido de tudo e de nada.

Nasci e morri, deixando-me embalar pelas quimeras da vida, sonhei e acordei, levantei-me e lutei, fiz das lágri-

mas que derramei, armas. E finalmente caí. A cortina fechou e ouviram-se aplausos.

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PROSA – 2º PRÉMIO – Paula Silva

Vida de uma adoles-cente … Há muitas coisas que são difíceis quando se é uma adolescente. Uma delas é dizerem-nos para “sermos nós próprios”, quando o resto da mensagem – apesar de não ser dita ou verbalizada - é “desde que sejas bonita, alegre e magra”. Todas as pesso-as querem sempre ser perfeitas, em todos os sentidos e aspectos (só se esquecem que a per-feição não existe). Eu conheço muitas pes-soas que se “escondem” porque é difícil sermos como devía-mos ser. Tive muito trabalho a tentar ser perfeita e agradar a tudo e todos, mas, sabem uma coisa? Cansei-me! Quando me olho ao espelho, de manhã (ou a qualquer hora), ao espelho vejo tudo menos a “perfeição” – porquê? Porque ela não existe! Tentar ser perfeita quando sabia que não o era (nem sou) tornava as coisas piores. Fiquei deprimida. A depressão é uma coisa horrível. Sentia-me como se esti-vesse num buraco bem fundo e escuro, do qual, eu não con-seguia sair. Por isso, comecei a tentar que as pessoas não notassem a minha tristeza e então tentei ser simpática e di-vertida, para não se aperceberem o quão mal eu estava mes-mo, mas passado algum tempo não conseguia mais fingir, nem disfarçar mais. Depois os meus amigos começaram a dar-me grandes raspa-netes por estar sempre tão em baixo. Ninguém gosta de ou-vir outra pessoa dizer que essa pessoa está mal. É estranha a

maneira como isso acontece, mas é assim…

5º ESCALÃO POESIA – 1º PRÉMIO – Francisco Chambel Mar Revolto Rosto triste Porque choras? Porque dos teus braços me afastas E me espantas de onde já fui feliz. Nunca percebeste Que fui sombra do teu andar Luz do teu sorriso Beleza do teu olhar? Ventos sopraram E tudo mudaram. Já não sou a música favorita O bar das noites bem passadas Ou a viola que tocavas. Brinquedo a brinquedo Rosto a rosto, A memória da minha face Desvanece-se do teu pensar. Aquele que outrora ansiavas ouvir, É aquele que agora afastas do teu redor. Como folha a folha que cai no Outono, Despido, assim me sinto. Despido da tua protecção e sentimento, Despido da tua força. Como foi fugir de mim? Avançar pela areia inexplorada... Tiveste medo? Foste feliz? (…) Por ti espero. Talvez do mar revolto te canses, E de novo em terra seca descanses.

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POESIA – 3º Prémio – Carina Alves Passado Criaste um mundo só teu Onde eu era um mero pião Movido no meio de peças Sendo escrava do teu coração Para ti nada mais existia Eras tu, os teus sentimentos A tua magia E os meus tormentos Foste capaz de me tornar fra-ca Insensível, deslocada Na base do tudo No topo do nada Achavas-te digno de venera-ção Um deus grego no apogeu Tema de canção Nesse mundo que era só teu Tomaste como eterno O que tinhas de conquistar Esquecendo a razão que faz a vida girar Agora foi o fim Mas nunca te esqueças Se um dia ao acordares o sol não nascer

REFLEXÃO FILOSÓFICA – 1º PRÉMIO – Rita Silvestre

Dois dos lados

Há algum tempo atrás, comecei a aperceber-me que na escola, para onde quer que olhasse, via as raparigas vestidas com ténis timberland, jeans dennim de corte skinny, uma blusa simples e um casaco castanho. Cabelos soltos penteados para trás com a mão, num gesto que se repete sistematicamente ao ponto de no final do dia estarem oleosos. Todas tão iguais que quando se olha em panorama, parece um mar acasta-nhado, de tons escuros. O mesmo se aplica aos rapazes, apesar de variarem um pouco mais cromaticamente. Resumidamente: é tudo igual. Simpaticamente baptizei esta gente igual de “clones”. São iguais, vestem igual, pensam igual. Preocupam-se todos com os mesmos temas, ouvem as mesmas músicas, vêem os mesmos filmes, rejeitam ou aprovam os mesmos valores. Não, também não estou a recriminar ninguém, tenho pessoas das quais gosto muito que rara-

mente saem da sua zona de conforto: os carris da normalidade. Onde quero chegar é que conforme reparo neste imenso mar castanho de normalidade, também vejo que existem alguns di-ferentes. Têm ideias, vestem-se diferente, pensam por si, e des-tacam-se dentro de uma área pela qual são completamente afi-cionados. Muitas vezes o seu talento é discreto, só sabendo disso amigos mais chegados ou professores, mas qualquer coisa que estes façam brilha e destaca-se. Apresento-vos a excelência.

REFLEXÃO FILOSÓFICA – 1º PRÉMIO – Francisco Chambel Diagnóstico de uma Crise

Nos últimos tempos, numa ladainha que se adensa à medida que o tempo passa, não se fala de outra coisa senão da crise. Surgem várias perguntas às quais muitas vezes se evita dar resposta por serem demasiado incómodas ou por não se saber muito bem do que se fala. Mas essencialmente, perguntamo-nos “Como?”. Como é que chegá-mos a esta situação? Como é que ficámos nesta encruzilhada? É certo que vão surgindo respostas por todo lado, como cogumelos que germinam pelos prados. A crise de hoje, aquela que se faz sentir essencialmente na vida das pessoas, é uma crise económica. No entanto, esta crise é apenas um reflexo de uma crise muito maior, uma crise de valores e de identidade que assola a nossa democra-cia e a nossa identidade enquanto povo e país. (…)Não nos resignemos, a porta é estreita, mas abre um caminho!

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Frequentemente a sexualidade é apenas sentida como uma necessidade básica de satisfazer um impulso fisiológico, ou seja, do nosso corpo. No entanto, após a realização de di-versas actividades, como inquéritos e debates, todos chega-ram a conclusão que não se deve ver isso apenas como um acto mecânico, mas sim algo que mexe com sentimentos e entre outras coisas. Na maioria das vezes, esse “sexo pelo

sexo” não é de todo satisfatório em termos psicológicos e afectivos, ou seja, a nível dos nossos sentimentos…isto acontece porque, como somos seres humanos, para reali-zarmos ou vivermos completamente a nossa sexualidade, existe sempre a necessidade de criarmos laços ou relações afectivas e de cumplicidade com a pessoa que escolhemos como companheiro ou companheira. Por vezes, nós adoles-centes, esquecemo-nos de ver para além daquilo que já sa-bemos, o perigo das doenças sexualmente transmissíveis, a necessidade do uso de métodos contraceptivos, resumindo de tudo o que temos conhecimento através das aulas de educação sexual. Por isso, foi e é extremamente importante termos adquirido a noção de que a sexualidade não é algo banal, para além de uma função básica de satisfação é es-sencialmente o resultado da criação de laços afectivos im-

portantes, que, quando ignorados podem resultar em sofri-mento. Joana Ferragolo Turma 11ºD.

Educação Sexual… Que aprendizagens!!!

Ao longo do ano lectivo de 2010/2011 aplicámos na nossa turma o projecto de

educação sexual. Este obteve a duração de doze horas que foram distribuídas pelas diversas disciplinas ao longo dos três períodos e tinha como principal ob-

jectivo esclarecer dúvidas que os alunos tivessem dentro das diversas áreas en-

volvidas no projecto, quer seja a sexualidade em si, violência entre casais, gravi-

dez ou ate o próprio comportamento do ser humano face às sensações que o amor

ou o atracão podem trazer.

Durante o ano lectivo assistimos a diversas palestras, desde uma palestra com a

Dr.ª Amparo sobre doenças sexualmente transmissíveis, a uma outra com uma

Psicóloga do Centro de Saúde de Vendas Novas sobre “violência no namoro”.

Efectuamos ainda diversas pesquisas sobre a gravidez na adolescência, na disci-

plina de geografia que nos permitiu entender que este facto não é tão incomum

como esperávamos ou deveria ser, deparando-nos com dados elevadíssimos. Na palestra de “violência no namoro” tivemos o conhecimento de aspectos que não considerávamos que pudesse ser violência. Já na disciplina de inglês, assistimos ao filme

“precious”, que nos deu a conhecer temos como os abusos sexuais entre país e filhos ou drogas.

Estávamos a espera de outro tipo de projecto embora tenhamos aprendido diversas coisas com tudo o que foi realizado.

Cassia 11º C

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EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA… TESTEMUNHOS...

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Projecto Radiação Ambiente Profª Florbela Rêgo

Pelo quarto ano consecutivo a Escola Secundária de Vendas Novas participou no projecto radiação ambiente. Este ano o número de escolas envolvidas aumentou significativamente, participaram cerca de 50 escolas do ensino secundário e 30 do ensino básico. Durante o ano lectivo um grupo de alunos do 12º B, na disciplina de área de projec-to desenvolveram o projecto, com o apoio da professora de Física e Química de 12º ano, coordenadora do projecto na escola. Foram desenvolvidas diversas actividades, nomeadamente actividades experimentais, palestras apresentadas pelos alunos do 12º ano aos alunos do 9º ano, inquéritos à população, medidas de radiação ambiente na cidade de Vendas Novas, testes on-line efectuados pela organização do projecto e elaboração de uma página na plataforma moodle do projecto. Das actividades experimentais, destaca-se a detecção de partículas alfa emitidas da desintegração do gás radão na atmosfera. O estudo foi efectuado em diversas salas da nossa escola. Os Resultados obtidos foram os seguintes:

Conclui-se que a concentração do gás é maior na sala de professores, facto explicado pelo reduzido arejamento da sala, uma vez que o estudo foi efectuado durante o Inverno, período em que as janelas e as portas estão muito tempo fechadas.

No dia 30 de Abril de 2011, os alunos participaram no ―IV Encontro Nacional do Projecto Radiação Ambiente‖, realizado

em Penacova. Onde os alunos apresentaram um poster que resumia toda a actividade efectuada durante o ano lectivo. Os alunos representaram brilhantemente a Escola Secundária de Vendas Novas conseguido obter o 3º lugar entre as cerca de 50 escolas do Ensino Secundário participantes. Assim foi encerrado mais um ano do Projecto Radiação Ambiente, que durante os quatro anos de existência tem levado o nome da escola para além dos portões da e deixando-a sempre bem classificada. Nos quatro anos já conseguimos obter um 1º, um 2º e um 3º lugar e ainda uma menção honrosa. A coordenadora do projecto dá os parabéns a todos os alunos que tão bem têm defendido a escola, e que nos fazem acreditar que projectos como estes devem continuar a existir na escola e contri-buem para o sucesso educativo.

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pALAVRAS eSCRITAS

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Daquela pequena janela, de formas indistintas, de cor branca meio desmaiada, conseguia-se ver um mundo recheado de cores difusas e indiferenciadas, de onde sobressaíam o vermelho, o verde e o amarelo, a fazer lembrar a variedade da natureza e o arco-íris presente em todo o sentimento de amor. O branco das margaridas era de tal forma puro e límpido que parecia a alva neve que se encontra nos picos das montanhas mais altas e escarpadas, àquelas a que apenas chegam ao topo os audazes e temerários aventureiros que pretendem, assim, ficar próximos do divino, do azul celeste. A baunilha era o aroma que se conseguia vislumbrar no ar que circundava a extensa imen-sidão da paisagem. No horizonte apenas se conseguia ver um bonito, grande e verde jovem tapete de relva que, ape-sar de mal aparada e já a começar a ficar amarelada, aqui e ali, pelo calor do tórrido e quase insu-portável verão, ainda convidava a pacíficas caminhadas, fazendo sentir sob os pés descalços a ma-ciez das ervas. Naquele salutar e risonho jardim, e no meio da escassa relva amarelada, havia duas grandes e tímidas árvores verdes, porém cheias de amáveis e coradas flores, que provocavam uma escura e assustadora sombra a um pequeno e delicado banco de cortiça, destinado a preguiçosas sestas. Um harmonioso conjunto de alinhados arbustos constituía o manchado e enovelado horizonte da grande, opulenta e lustrosa quinta, e iniciava, ao mesmo tempo, uma íngreme e solarenga colina com várias pequenas e meigas quintas, e obesas e poluentes fábricas. Lá mesmo ao fundo, ainda era possível avistar um lindo e veloz rio azul, que rebrilhava graças à intervenção dos raios de sol, parando junto das caladas e sonolentas montanhas para lá do Tejo. Tais trágicas e traiçoeiras montanhas, que escondiam segredos de antigas e recentes vidas, podiam comparar-se ao magnífi-co e infinito céu azul de verão, também ele traidor, também ele escondendo terríveis segredos a que o ser humano não pode aceder.

Alexandra Alfacinha, 11º D

Impressões de Eça...

Sinto o cheiro a ar puro, no sopro identifico o aroma a baunilha dando um travo doce ao

ambiente que me rodeia, por perto vejo margaridas grandes e amarelas que alegram a

vista de quem as vê…perdem-se pelo meio da relva ainda por cortar, ligeiramente amare-

lada pelo calor deste mês de Julho, sabe bem esta brisa que sinto no peito, carregada da

frescura que o rio de longe faz chegar aqui, é como que a própria sombra me abraçasse e levasse para o descanso do banco de cortiça que permanece por baixo daquelas duas gran-

des árvores no jardim.

Porém ainda me pergunto o que fica para lá daquela colina que com a sua inclinação brin-

ca com o horizonte, onde o céu azul e aberto de verão ilumina o rio, deixando passar a

essência das suas águas transparentes, cristalinas e brandas. Por momentos desejaria saltar

deste parapeito e desfrutar de todas as regalias deste dia solarengo que me espera ali fora.

Joana Ferragolo 11ºD

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A VIDA DE UM GRANDE PINTOR: TICIANO VECELLIO Ticiano Vecellio nasceu em Pieve di Cadore por volta de 1490 (a data de nascimento não é certa). É reco-nhecido como um dos maiores representantes da escola veneziana no Renascimento e descrito como “ o sol entre as estrelas” pelos seus contemporâneos. Foi um pintor muito versátil, pois era bom na pintura de paisagens como de retratos, em temas mitológicos como em temas religiosos. Viveu quase um século e ao longo da sua vida mu-dou muito o seu estilo, por isso é possível dividir a sua carreira como pintor em períodos. Começou, de acordo com o costume da época, como aprendiz em Veneza, no atelier de Sebastiano Zuccato, conhecido pelos seus mosaicos e após alguns anos passou para o atelier de Giovanni Bellini que, naquela altura, era um dos maiores pintores da cidade, e que foi, junto com “Giorgione”, o principal mestre de Ticiano. O talento de Vecellio foi descoberto em 1511 com alguns frescos de tema religioso para a igreja das Carmelitas em Pádua. Ticiano foi, durante sessenta anos, o mestre principal e pintor laureado da “Sereníssima República de Veneza”. Começa o período designado do “crescimento”. Nesta fase ele experimenta um estilo monumental, com personagens mais complexas, mas principal-mente usou uma tão grande escala de cores nas suas pinturas como ninguém antes tinha usado. O grande interesse pela cor, a poli-cromia e a modulação é uma constante nas suas pinturas e a característica que essencialmente o distingue dos outros artistas da época. As obras que se distinguem neste período são o “Pesaro”, realizado em 1526, considerado o mais perfeito e estudado dos seus traba-lhos; o “São Sebastião” (1521); “ A deposição de São Pedro”, uma imagem de morte que apresenta um enorme sofrimento e mostra a tragédia de forma extraordinária

Entre 1530 e 1550 ocorre o período da “maturidade” do pintor,

com um estilo mais dramático e uma tonalidade de cores mais escura, que se pode ver na “ Apresenta-

ção da Virgem Sagrada” e por “Ecce Homo”, uma das mais perfeitas das suas obras. Após uma visita a Roma começou uma

série de Vénus, como a “Vénus de Urbino” e a “ Vénus e Eros”, ambas no museu “Galleria degli Uffizi” em Florença.Neste perí-

odo foram muitos também os retratos, pois era muito talentoso a representar os traços da fisionomia das pessoas que melhor as

caracterizam.

Nos últimos anos da

sua vida, Ticiano ficou mais perfeccionista e críti-

co, especialmente nos retratos.

Continuou a trabalhar até ao fim, e em 1565 voltou para a sua cidade natal, Pieve di Cadore, para projectar a igreja de Pieve.

Vítima da peste, morreu a 27 de Agosto de 1576, em Veneza, já muito idoso.

São Sebastião, 1521 Pesaro, 1526

A Deposição de São Pedro,

Zaira Pellin 11ºA

Vénus de Urbino, 1538 Apresentação da Virgem Sagrada, 1539

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Grande artista italiano do Renascimento nasci-do numa aldeia nos arre-dores de Belluno, terra

de origem da Zaira.

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Ficha Técnica Professora Responsável Marta Ropio Equipa Geração XXI Marta Ropio Adelina Fonseca Filipe Marques Zaira Pellin Colaboradores Prof.ª Georgina Pinto

Prof.º Luís Teixeira Equipa EcoEscolas Alunos e docentes Design gráfico Marta Ropio Edição Escola Secundária de Vendas Novas Biblioteca Escolar

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AFS Intercultura é uma organização que trabalha a nível mundial e que oferece a jovens estudantes que frequentam a escola secundária a oportunidade de viver e estudar no estrangeiro durante um período que pode ser de um ano, seis meses, três meses ou um mês (nas férias de verão). A actividade de Intercultura baseia-se no trabalho de voluntários (em geral, ex-participantes de um programa de intercâmbio e respectivos pais) que organizam encontros para promover este tipo de experiência, informar sobre o que é necessário para poder participar e prestar ajuda aos jovens e às fa-mílias, a nível psicológico e prático, no percurso antes, durante e depois da viagem. Este tipo de ex-periência põe à prova os jovens, tanto como as fa-mílias, e é preciso prepará-los para enfrentar os fu-turos problemas. Pessoalmente acho o papel dos voluntários fundamental e de enorme ajuda. Eu estou a acabar o meu período em Portugal, mas não a minha experiência, pois, depois da adaptação ao novo país, há uma nova adaptação ao país de origem em que vou ter que conviver com as mu-danças que ocorreram em mim e nos outros ao lon-go destes nove meses. A minha adaptação a Portu-gal foi gradual e relativamente fácil. A parte que se revelou mais difícil foi conseguir interagir com pes-soas desconhecidas e criar ligações afectivas com elas, embora a vida em família, as ligações entre fa-miliares e as relações sociais sejam extremamente semelhantes entre a Itália e Portugal. Essa dificulda-de, na minha opinião, está no facto dessas ligações precisarem de tempo para serem criadas, deixando grande espaço para as saudades nos primeiros tem-pos. A barreira linguística é também um obstáculo

nas relações mas, no meu caso, a barreira maior foi a minha personalidade tímida e reservada. Em relação ao sistema de ensino, aos hábitos, à co-mida e às tradições a adaptação resultou bas-tante fácil, apesar de ha-ver diferenças notáveis. Principalmente o sistema de ensino português foi uma novidade em termos de distribuição dos horários das aulas, do sistema de avaliação e o tipo de testes propostos, do uso do material escolar e da composição da estrutura da escola (presença de um bar, de uma papelaria, de uma cantina…), porque são muito diferentes em relação à minha escola (prefiro não estender a com-paração ao sistema de ensino italiano porque sei bem que há diferenças entre as várias escolas). Adorei conhecer as tradições portuguesas e partici-par nalgumas, porque cada país tem as próprias tra-dições que o tornam diferente dos outros países e acho essa uma característica fundamental. Nesta altura estou bem adaptada e bem integrada no estilo de vida português e acabei por juntar o meu estilo de vida italiano com o português e talvez continue a ter alguns hábitos que aprendi cá. Este ano mudou-me, embora ainda não saiba avaliar quanto e, sem dúvida, ficará na minha memória juntamente com as lições de vida que aprendi.

Zaira Pellin 11ºA AFS Intercultura