Jornada de trabalho Ação do Sindicato faz Bosch recuar · sa, que empacou no pagamento dos dois...

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Os trabalhadores da Gerdau reclamam que o grude servido no horário da ceia é de amargar. Já a alimentação que vai para a mesa durante o funcionamento do administrativo tem outra qua- lidade. Qual o motivo de tama- nha discriminação? A Bosch sentiu a pressão do Sindicato e foi obrigada a recuar na questão da jornada de traba- lho. Como é sabido, há cerca de cinco anos a empresa nega aos seus trabalhadores o o- brigatório descanso na hora do almoço, obrigan- do-os a trabalhar nesse período. No dia 8 de janeiro, segunda-feira, distribuímos o boletim informando sobre as ações que seriam e- fetivadas pelo Sindi- cato. No dia seguinte, a Bosch anunciou que passaria a dar uma hora de almoço, percebendo que não estamos para brincadeira. É verdade: nosso próximo passo será entrar com uma ação coletiva contra a empresa, pedindo de volta tudo o que os trabalhadores têm direito. Nº 111 15/01/07 Página 3 Ceia intragável Não aprendeu! PR suspensa Há pouco tempo a Durit sentiu a força da mobilização Sindicato e dos trabalhadores, que fizeram uma bem sucedida greve. Agora, a empresa volta a perseguir os companheiros. O que é que falta fazer agora para ela aprender a lição? Página 2 O Sindicato e os trabalhado- res resolveram suspender as negociações da PR com a Nove- lis, tal a intransigência da empre- sa, que empacou no pagamento dos dois salários. Por uma ques- tão de justiça, exigimos o paga- mento de seis salários. Página 2 Jornada de trabalho Ação do Sindicato faz Bosch recuar Página 3

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Page 1: Jornada de trabalho Ação do Sindicato faz Bosch recuar · sa, que empacou no pagamento dos dois salários. Por uma ques-tão de justiça, exigimos o paga-mento de seis salários.

Os trabalhadores da Gerdaureclamam que o grude servidono horário da ceia é de amargar.Já a alimentação que vai para amesa durante o funcionamentodo administrativo tem outra qua-lidade. Qual o motivo de tama-nha discriminação?

A Bosch sentiu a pressão doSindicato e foi obrigada a recuarna questão da jornada de traba-lho. Como é sabido, há cerca decinco anos a empresa nega aosseus trabalhadores o o-brigatório descanso nahora do almoço, obrigan-do-os a trabalhar nesseperíodo. No dia 8 dejaneiro, segunda-feira,distribuímos o boletiminformando sobre asações que seriam e-fetivadas pelo Sindi-cato. No dia seguinte,a Bosch anunciou quepassaria a dar uma horade almoço, percebendoque não estamos parabrincadeira. É verdade:nosso próximo passo seráentrar com uma ação coletiva

contra a empresa, pedindo devolta tudo o que os trabalhadorestêm direito.

Nº 111

15/01/07

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Ceia intragável Não aprendeu! PR suspensaHá pouco tempo a Durit sentiu

a força da mobilização Sindicatoe dos trabalhadores, que fizeramuma bem sucedida greve. Agora,a empresa volta a perseguir oscompanheiros. O que é que faltafazer agora para ela aprender alição?

Página 2

O Sindicato e os trabalhado-res resolveram suspender asnegociações da PR com a Nove-lis, tal a intransigência da empre-sa, que empacou no pagamentodos dois salários. Por uma ques-tão de justiça, exigimos o paga-mento de seis salários.

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Jornada de trabalho

Ação do Sindicatofaz Bosch recuar

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2 Nº 111 - 15 DE JANEIRO DE 2007

Adiscriminação contra os moto-ristas é total na Ferbasa. Ao

contrário dos outros trabalhadoresda empresa, eles não têm o direitode passar um final de semana com-pleto com suas famílias, pois sãoobrigados a trabalhar sábado oudomingo, folgando um dia durante asemana. Isso porque para essescompanheiros vale o banco de ho-ras: ou seja, eles também não rece-bem as horas extras merecidas. Éhora dar um basta a esse abuso!AArtemp cometeu um crime con-

tra um companheiro que, apósficar cerca de um ano afastado peloINSS para recuperação de sua saú-de, foi sumariamente demitido assimque retornou ao trabalho. É bomlembrar que o trabalhador se lesio-nou no cumprimento de suas fun-ções e a atitude da Artemp merece,no mínimo, a condenação de toda a

sociedade.O Sindicato não aceitará isso de

braços cruzados e nem deixará otrabalhador desamparado, pois a ati-tude da Artemp expressa a mais sel-vagem exploração do ser humano.Já entramos com uma ação na DRTpara que a empresa respeite o tem-po de estabilidade que o trabalha-dor em questão tem direito.

Após o Sindicato se manifestar porofício, a Vescon anunciou o paga-

mento de um salário base a título dePLR a seus funcionários. É um avançoe um exemplo que deveria ser seguidopor outras empresas. A novidade estará

sendo paga conforme acordo assinadopelo Sindicato e a Empresa até 31 dejaneiro. Em março, o Sindicato sentanovamente com a empresa paracomeçar a negociar a PLR 2007, embusca de valores maiores.

A Durit recente-mente enfren-tou uma greve

bem sucedida de tra-balhadores, mas pa-rece que não tirou ne-nhuma lição do episó-dio. Ela resolveu tra-tar tão mal seus fun-cionários que agoraeles encontram difi-culdade até mesmopara ir ao banheirosem a presença doschefes do setor.

Além disso, elatem retaliado siste-maticamente muitos companheirosque lutam por seus direitos. Apressão é tão grande que temgente pedindo demissão. Os traba-

lhadores e o Sindicato não vãosuportar essa situação. A Duritdeve parar com isso! Ou será queela já se esqueceu da greve?

Vivendo e nãoaprendendo

Durit

Artemp

Novelis

Ferbasa

Demissão injusta provoca ação

OSindicato dará início à dis-cussão sobre o plano de car-

gos e salários. Em breve, agendare-mos reunião com a empresa.Aguarde novas informações.

ThyssenKrupp

Adiretoria da DHL deve estar en-vergonhada. Fizeram confrater-

nização de fim de ano apenas comos coordenadores e deixaram ochão de fábrica de fora. Que coisamais feia!

DHL

Na TPC, em breve daremos inícioàs conversas sobre plano de

cargos e salários. Logo marcaremosuma reunião com os companheiros.Fique ligado.

TPC

OSindicato fechou acordo dePLR com a Resil. Obtivemos

um aumento de 31%! Agora, partire-mos para negociar a jornada de tra-balho.

Resil

Vescon

Impasse nas negociações da PR naNovelis. A intransigência da empresa

levou o Sindicato a suspender asnegociações, uma vez que ela querpagar apenas dois salários, enquantoos trabalhadores exigem o pagamentode seis salários.

Com isso, o pagamento da PR foi

congelado pela Novelis. Por outro lado,ocorreram avanços nas discussõessobre o plano de metas, que está maisou menos alinhavado. Em breve, tere-mos novidades. Fique atento, pois nosdias 8 e 9 de fevereiro devem ocorrerreuniões nacionais para tratar daquestão da PR.

Negociação da PR é suspensa

Para quem gosta de pedir pro-teção divina nestes tempos difí-

ceis, vai a dica. No dia 27, haverá anoite dos metalúrgicos na Festa deNossa Senhora de Candeias. Vá eleve sua família. Mais informaçõespelo telefone (71) 3601 1942.

Candeias

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Apressão do Sindicato fez comque a Bosch passasse a dar umahora de almoço aos seus fun-

cionários. A mudança ocorreu na sema-na passada, um dia após a distribuiçãodo boletim que informava sobre nossasatitudes perante mais esse abuso da em-presa. A Bosch nega o horário de almoçoaos seus colaboradores e colaboradoras

há cinco anos, forçando-os a trabalharno horário legalmente reservado para asrefeições e descanso.

O recuo da Bosch não põe fim aocaso, muito pelo contrário. Nas próxi-mas semanas, o Sindicato entrarácom ação contra a empresa na Justiçado Trabalho pedindo o ressarcimentode todas as horas que a empresa sub-

traiu dos trabalhadores durante anos.Como a ação é coletiva, beneficiarátodos os companheiros que trabalhamna empresa.

No entanto, quem é sindicalizadopagará honorários menores. Vale apena se associar ao Sindicato o quan-to antes. Procure seu diretor de base esolicite a ficha de filiação.

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Bosch

Preocupação com o ser humano? Issopassa muito longe da Caraíba Me-

tais. Ultimamente, ela tem provocadograndes problemas para os compa-nheiros que estão de licença. Estes,quando precisam ir à empresa pa-ra utilizar a agência bancária,resolver problemas no RH ecoisas semelhantes, sãoobrigados a esperar horasa fio na portaria.

Ficam lá esquecidos,mofando, até que alguémresolva autorizar sua en-trada. Será que a Caraíbanão poderia agir de outramaneira? O que será que aobriga a não ter a mínima con-sideração pela dignidade huma-na? Alguém tem a resposta? O Sin-dicato exige o fim imediato de mais essa

prática abusiva. Ou então, tomaremos asmedidas cabíveis.

Dois pesos e duas medidas naGerdau. No horário em que o

administrativo funciona, há até certaqualidade na alimentação servida.Porém, na hora da ceia o bicho pega:está cada vez pior. Qual o motivo detamanha discriminação? O Sindicatoexige mudanças urgentes para evitarque haja a necessidade de tomarmosmedidas mais drásticas.

A Gerdau também precisa tratarmelhor os terceirizados. Os trabalha-dores da Armafer recebem saláriosmais baixos e são encarados pelaGerdau como funcionários de segun-da linha. Até quando isso vai ocorrer?É hora de dar um basta!

Fizemos pressãoe a Bosch mudou

Os trabalhadores reclamam muito dotransporte fornecido pela empresa.

São poucos carros e isso faz com quemuita gente leve até quatro horas parachegar em casa. Não é primeira vez quetocamos nesse assunto. Chegou a horada RDM/Vale do Rio Doce resolver essegrave problema de uma vez por todas. OSindicato tomará as providências ne-cessárias.

Outra questão grave é o sucateamen-to acelerado da manutenção, liderado pordois coordenadores e com o apoio dagerência. O irônico é que a empresa a-nunciou que em 2008 quer atingir o esta-do de excelência em manutenção. Comoisso será possível se, atualmente, faltamaté mesmo ferramentas?

O que precisa ficar claro é que oautoritarismo é a marca da RDM/Valedo Rio Doce. Muitos trabalhadoressão maltratados e demitidos semjustificativa, mesmo os que têmficha limpa. E isso a sociedade pre-cisa saber.

TeixeiraOs trabalhadores da contrata-

da Teixeira, que atua na área daRDM/Vale do Rio Doce, cruza-ram os braços em protesto con-tra o desmando total da empresa:atraso e redução salarial e no 13º,corte no café da manhã e cesta bási-ca etc. A RDM/Vale do Rio Doce pre-cisa resolver logo essa questão, pois

ela é responsável pelas empresas quecontrata.

Falta sensibilidade Quanta discriminação!

Caraíba Gerdau

RDM/Vale do Rio Doce

Transporte ruim

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BOLETIM INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DOS METALÚRGICOS DO ESTADO DA BAHIA

Presidente: Aurino Pedreira; Jornalista Responsável: Isaac Jorge (Mtb 1518 DRT-BA); Editoração Eletrônica: Eduardo Souza / Maria do Carmo; Impresso na Gráficada Federação dos Metalúrgicos da Bahia, [email protected]; Rua Inácio Tosta, 15 - Nazaré, (71)3243-1622 / STIM-Bahia (71)3243 1622 / STIM-Ca-maçari (71)3622 2600 / STIM-Candeias (71)8133 2598 / STIM-Dias d’Ávila (71)8133 2582/ STIM-Pojuca (71)3645 4985 / STIM-Simões Filho (71)3296 1750

Edição fechadaem 12/01/2007EXPEDIENTE

N ão são poucas as recla-mações que chegam aoSindicato de companhei-

ros e companheiras descontentescom a forma com que as empre-sas do Complexo Ford vêm con-duzindo a questão do gozo dasfolgas resultantes da implantaçãoda nova jornada de trabalho. Hámuitos chefes colocando todos ostipos de dificuldade, transforman-do algo simples em um bicho desete cabeças.

As empresas precisam enten-der que há um acordo entre oComplexo e o Sindicato que pre-

cisa ser respeitado. Uma maneirade resolver isso facilmente é sereunir com os times e criar umcronograma que atenda aos inte-resses de todos. É bom lembrarque as folgas podem se dar emqualquer dia da semana. O quenão está certo é tentar empurraras datas das folgas goela abaixodo trabalhador. Isso ninguém a-ceita, nem o chão de fábrica, mui-to menos o Sindicato.

É absurdo constatar que mui-tas empresas perderam a capaci-dade - se é que algum dia a tive-ram - de considerar como parte

dos seus objetivos a satisfação damassa trabalhadora. Ficam seagarrando a pequenos detalhesque acabam por alimentar a ten-são existente entre elas mesmase seus funcionários. O que expli-ca tanta necessidade de gerarconflito? Por que tamanha falta detato? Uma sugestão às liderançaspatronais do Complexo: mais doque medidas grandiosas, são aspequenas demonstrações de boavontade que podem ajudar a criarum clima mais harmonioso entrequem produz e quem paga osalário.

Folgas: questão de bom senso

Café amargo

Complexo Ford

OSindicato apóia os trabalhadoresdo Complexo Ford na grita geral

contra a baixíssima qualidade do caféda manhã. Não é possível exigir tantoempenho e dedicação dos colaborado-res e em troca não ter a mínima preocu-pação com o bem-estar dessas pes-soas. Uma lista com mais de mil assina-turas foi feita pedindo mudanças imedi-atas no café.

Por outro lado, foi enviada à direçãoda Ford uma relação de itens saudáveisque devem compor o café da manhã dequalquer trabalhador: frutas, mingau, leiteetc. A Ford informou que resolveria aquestão até 10 de fevereiro, mas há aséria desconfiança de que ela querempurrar o problema com a barriga, umavez que próximo a essa data começamas férias coletivas.

Outra coisa que deixou os traba-lhadores revoltados foi a absurda cestade natal fornecida pela empresa. Fo-

ram poucos produtos e de baixíssimaqualidade. Com isso, a empresa deumais uma prova de que não está nemaí para os trabalhadores. O negóciodela é apenas lucro!

A insatisfação é grande e a qual-quer momento os trabalhadores po-dem tomar medidas mais drásticas.

Adireção do Complexo anun-ciou os resultados da PR

2006. Foram atingidos os indi-cadores de volume, qualidade eICS. Isso significa que, em re-lação a esses indicadores, ostrabalhadores receberão o valorintegral. Já sobre o absenteís-mo, como esse é um indicadorindividual, depende das faltas decada companheiro.

É importantíssimo ressaltar oacerto do Sindicato, durante asnegociações ocorridas no anopassado, em incluir o indicadorR/1.000 como fator de recupera-ção do FCPA, uma vez que estenão foi atingido. É mais uma con-quista do Sindicato e dos traba-lhadores do Complexo.

Sobre a PR 2007, já demosinício às discussões sobre osindicadores. Teremos novidadesem breve.

PR 2006

Atenção, galera do baba. É hora de formar os times. O prazo máximo para o enviodos nomes dos atletas que vão participar, mais o telefone do responsável pela

equipe, é 10 de fevereiro. Anote o e-mail: [email protected]. Após essa data, serãoabertas as inscrições.

Baba na Ford