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Jornal do CCE Manuscritos catarinenses digitalizados Prazo para a inscrição no vestibular de Letras-Libras, que oferece 40 vagas, encerra no dia 8 de junho A Reitoria decidiu adotar o pon- to eletrônico e pediu mais 9 meses de prazo à Controladoria Geral da União, prometendo implementar o novo sistema até dezembro des- te ano. Para que isso seja possível, é preciso fazer uma licitação com especificações das necessidades de cada Centro. Duas comissões serão criadas para definir esses aspectos. O principal questionamento do Diretor do CCE,Felício Margotti é o fato de o Centro trabalhar com escalas nos ho- rários dos servidores. Em função das dúvidas levantadas pelos diretores e servidores, será feito um estudo para identificar as necessidades de cada setor da Universidade. A jornada de trabalho de trinta horas semanais continua a ser a bandeira levantada pelo SINTUFSC. Página 3 Reitoria aprova sistema de ponto eletrônico UFSC realizará licitação e pretende implementar o novo sistema até o fim deste ano Luiz Henrique Vieira da Silva, Pró-Reitor de Desenvolvimento de Pessoas Dossiê aponta a falta de computadores no DEJOR Manuscritos de obras literárias catarinenses, antes disponíveis so- mente na sede da Academia de Le- tras, e mesmo em outras instituições fora do estado, estão sendo disponi- bilizados para o público pelo Núcleo Literatura e Memória (nuLIME). As imagens digitalizadas em um Ban- co de Dados na internet facilitam o acesso, colaboram para a conserva- ção do acervo e facilitam a obtenção de informações de pesquisadores. O projeto faz parte do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (PRO- NEX) e conta com o apoio de institui- ções de fomento à pesquisa como a FAPESC e o CNPq. Página 6 Recital de alunos de Letras movimenta as tardes de quinta no Hall do Centro Página 6 Cênicas em parceria com cursos do CFM prepara a peça “Os Físicos“ Ano 1 Terceira Edição Florianópolis, Junho de 2009 Redação II Dossiê entregue pela Chefe do De- partamento de Jornalismo, Tattiana Tei- xeira, ao Diretor de Ensino da Pró-Reito- ria de Graduação (PREG), Carlos Pinto, relata a carência de computadores no Curso. O documento faz um histórico que expõe, através de memorandos re- cuperados desde 2007, a urgência de 60 novas máquinas. Um mês depois da entrega do dossiê, Tattiana Teixeira disse que não há previ- são para a implantação de uma solução efetiva e que ainda espera uma resposta concreta sobre os ajustes necessários a serem feitos no parque de computado- res. Página 3 Página 4 Página 7 Carolina Dantas Manuscritos tratados para digitalização Carolina Dantas

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Este jornal é produzido pelos alunos de Redação II do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina

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Jornal do CCE

Manuscritos catarinenses digitalizados

Prazo para a inscrição no vestibular de Letras-Libras, que oferece 40 vagas, encerra no dia 8 de junho

A Reitoria decidiu adotar o pon-to eletrônico e pediu mais 9 meses de prazo à Controladoria Geral da União, prometendo implementar o novo sistema até dezembro des-te ano. Para que isso seja possível, é preciso fazer uma licitação com especificações das necessidades de cada Centro. Duas comissões serão criadas para definir esses aspectos. O principal questionamento do Diretor do CCE,Felício Margotti é o fato de o Centro trabalhar com escalas nos ho-rários dos servidores. Em função das dúvidas levantadas pelos diretores e servidores, será feito um estudo para identificar as necessidades de cada setor da Universidade. A jornada de trabalho de trinta horas semanais continua a ser a bandeira levantada pelo SINTUFSC.

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Reitoria aprova sistema de ponto eletrônicoUFSC realizará licitação e pretende implementar o novo sistema até o fim deste ano

Luiz Henrique Vieira da Silva, Pró-Reitor de Desenvolvimento de Pessoas

Dossiê aponta a falta decomputadores no DEJORManuscritos de obras literárias

catarinenses, antes disponíveis so-mente na sede da Academia de Le-tras, e mesmo em outras instituições fora do estado, estão sendo disponi-bilizados para o público pelo Núcleo Literatura e Memória (nuLIME). As imagens digitalizadas em um Ban-co de Dados na internet facilitam o acesso, colaboram para a conserva-ção do acervo e facilitam a obtenção de informações de pesquisadores. O projeto faz parte do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (PRO-NEX) e conta com o apoio de institui-ções de fomento à pesquisa como a FAPESC e o CNPq.

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Recital de alunos de Letras movimenta as tardes de quinta no Hall do Centro

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Cênicas em parceria com cursos do CFM prepara a peça “Os Físicos“

Ano 1 Terceira Edição Florianópolis, Junho de 2009 Redação II

Dossiê entregue pela Chefe do De-partamento de Jornalismo, Tattiana Tei-xeira, ao Diretor de Ensino da Pró-Reito-ria de Graduação (PREG), Carlos Pinto, relata a carência de computadores no Curso. O documento faz um histórico que expõe, através de memorandos re-cuperados desde 2007, a urgência de 60 novas máquinas.

Um mês depois da entrega do dossiê, Tattiana Teixeira disse que não há previ-são para a implantação de uma solução efetiva e que ainda espera uma resposta concreta sobre os ajustes necessários a serem feitos no parque de computado-res.

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2 Jornal do CCE Junho 2009OPINIÃO

Há um ar de nostalgia quando revisitamos lugares que um dia nos foram marcantes. Ás vezes parece que todos nós que tivemos dias felizes somos um tanto exilados de nossos passados, em particular aqueles que, perseguindo seus sonhos, migram de suas cidades rumo à ilha prometida. Temos saudades dos lugares de onde viemos e das descobertas daqui - às vezes saudades constru-ídas sobre memórias idealizadas. Talvez toda saudade tenha um tanto de idealização em si, e talvez esse seja um dos pontos que nos une, universitários e ex-universitários. O telefone tocava no meio da madrugada, um amigo sincero pedia desculpas. Queria ler-me seus poemas novos (“se alimente”) e precisava das críticas e anuências de seu amigo quase dois anos mais velho - nisso parecia que havia um abismo entre nós. Que são dois anos hoje?

Ás vezes lembro-me de confidenciarmos nossas aventuras que desbravavam territórios extre-mamente suspeitos, e me parece que através de músicas e poesias (baratas!) contávamos o que não podíamos ou conseguíamos falar uns aos outros. Ou apenas víamos o sol nascer nas dunas, acompanhados de cachorros de rua, o que não deixa de ser poesia barata. Ou novos territórios. Po-díamos megulhar tão densamente neles que, aos poucos, enquanto acordávamos de nossa curta e insuficiente adolescência, percebíamos que mesmo nossos corpos estavam marcados – quando vestirmo-nos daquele jeito, termos aquele cabelo e adotarmos aquelas posturas fazia todo o senti-do. Os sonhos têm suas próprias lógicas, e a adolescência não é diferente: ter a sua casa para onde voltar, mas querer dormir na rua para sentir e viver como é dormir na rua. Marcar nossos pulsos com cigarros que eu sequer fumava para lembrarmo-nos um dia. Eu lembro, ainda.

Poesia barata: eu sequer diria “se alimente”, eu diria “alimente-se”, mas gostava daqueles amigos mais jovens que almejavam assertivas. Pediam conselhos sobre as garotas, sobre seus pais, sobre matemática e sobre música, sem saber que eu aprendia mais com eles do que eles comigo. Na outra mão, os amigos mais velhos moldavam minhas perspectivas e meus horizontes, às vezes sem que eu percebesse. Meu corpo ainda está marcado, quase tanto quanto as impressões que deixo no mundo, extensões desse corpo. Eu sabia que estava vivendo o sonho e sei agora que estou vivendo outro.

Os olhos ainda estão ao meu redor, espreitando carinhosamente o amigo que, em muitos ca-sos, nunca mais viram. Alguns casaram, perderam-se, empregaram-se, uns poucos morreram por afogar-se demais no conforto e no desespero de quem não quer nunca emergir. Mesmo esses ainda olham por mim, meus professores ainda olham por mim, meus pais cada dia mais distantes no mapa vão aproximando-se a lentos passos e tornando-se mais parecidos comigo. Só pode ser amor. Nas noites madrugadas, suas palavras eram, propositalmente ou não, poesia barata, bonita e violenta, enquanto hoje seu vazio é o encanto de olhar para o passado e sentir alegria, alegria. Há um ar de nostalgia quando revisitamos lugares que nos foram marcantes. Ou você sabe do que estou falando, ou um dia saberá.

Charge

Nessa terceira edição do Jornal do CCE, a editoria de Cultura ganhou maior atenção. Percebemos a impor-tância de divulgar nossa produção cul-tural, já que abrigamos vários cursos nessa área. As nossas quintas-feiras fi-caram mais poéticas graças aos alunos de Letras e acompanhamos os ensaios da peça que está sendo produzida em parceria entre Teatro, Física e Química.

O menu de matérias é variado. Tan-to publicamos boas notícias, como a aprovação de bolsas e os projetos de novos prédios, como registramos os problemas de falta de infraestrutura. Um exemplo disso é a carência de com-putadores no Curso de Jornalismo.

Nossa expectativa é de que cada aluno, professor ou servidor que faz parte do Centro se identifique cada vez mais com o nosso jornal e, dessa forma, contribua para melhorar a produção dos conteúdos, sugerindo pautas e cha-mando a atenção para possíveis erros. Contamos com vocês!

Carta ao Leitor

O Jornal do CCE é um órgão de exten-são do Departamento de Jornalismo, com textos dos Alunos de Redação II.

Prof. Responsável Elias Machado DRT/RJ 16.936

Monitor de Redação IIDiego Cardoso

Edição: Carolina Dantas, Gabrielle Es-tevans, Isadora Mafra, Murilo Bomfim e Vinicius Schmidt.

Diagramação: Bianca Enomura, Cami-la Garcia, Cecília Tavares, Darilson Bar-bosa, Juliana Geller, Laís Mezzari, Mariana Chire, Rafael Spricigo, Rodolfo Conceição eVinicius Schmidt.

Reportagem: Ágatha Morigi, Alécio Clemente, Ana Carla de Brito, Camila Gar-cia, Emanuelle Nunes, Gabrielle Estevans, Isadora Mafra, Laís Mezzari, Letícia Tes-ton, Mariana Chiré, Rafael Spricigo, Ro-dolo Conceicao, Sendy Cristina da Luz e Vinicius Schmidt

ColaboraçãoJuliano da Silveira e Felipe Costa

Contatos: [email protected]: 500 exempalresImpressão: Gráfica POSTMIX

Jornal do CCE

Crônica

Juliano Malinverni da Silveira é mestrando em letras-português.

ErrataNa pagina 4 da edição anterior, onde

lia-se na legenda da foto arquiteto, leia-se engenheiro civil.

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Junho 2009 Jornal do CCE 3

Reitoria adota sistema de ponto eletrônicoImpasse entre Reitoria, Diretores e SINTUFSC sobre a carga horária e frequência continua

CAMPUS

A pós reunião com os diretores de Centro realizada na terça-feira, dia 19 de maio,

no CFH, a Reitoria decidiu que a melhor for-ma de cobrar a assiduidade dos servidores é adotar diretamente o sistema de ponto eletrô-nico - evita desperdícios e é mais eficiente - . O Reitor, Álvaro Prata, declarou que a jornada de trabalho contratual permanece e que os professores serão dispensados do controle eletrônico de freqüência. A intenção é de que até o fim do ano o sistema seja implantado. “O pedido pela adoção direta de um sistema ele-trônico partiu dos diretores de centro” afirma Felício Margotti, diretor do CCE. Ele acredita que é a maneira mais eficiente e justa, pois atende às particularidades de cada setor.

A adoção do novo controle depende de licitação para definir qual equipamento será utilizado e em quantos pontos. A decisão final caberá a cada Centro e uma comissão será for-mada para efetuar a implantação do sistema. Seus membros, segundo Elza Meinert, dire-tora do Departamento de Desenvolvimento de Potencialização de Pessoas (DDPP), serão profissionais da administração central e re-presentantes de cada Centro. A previsão para finalizar o processo é de quatro a seis meses.

Ponto no CCE - Nos próximos quinze dias, Felício Margotti fará uma reunião com as che-fias de cada Departamento para que iniciem o trabalho de especificação dos horários de cada servidor. Em reunião no dia 27, o diretor alertou as chefias para a necessidade de ini-ciar um levantamento dos horários de traba-lho dos servidores.

O maior problema do CCE hoje, é que

como o Centro funciona das sete horas da manhã às dez da noite, os funcionários fazem escalas, pois não há servidores em número suficiente. “Fazer oito horas, fechar e pron-to?” questiona Felício. Até o fim desta sema-na haverá uma reunião entre o Pró-Reitor de Desenvolvimento Humano e Social (PRDHS), Luiz Henrique Vieira da Silva, e os diretores de Centro para avaliar a situação.

O pró-reitor foi até a CGU, nos dias 16 de abril e 15 de maio, conversar com os técnicos do órgão para explicar a situação da Universi-dade e pedir ampliação do prazo, pois a data fixada anteriormente terminou em dezembro

do ano passado e foi prorrogada para março desse ano. O pró-reitor solicitou mais tempo – 90 dias para a elaboração do edital (licita-ção), especificando as necessidades de cada Centro, e 180 dias para a implantação do novo sistema.

O edital será publicado nos meios im-pressos, empresas de todo o país poderão candidatar-se para implantar o novo sistema. Os interessados terão 60 dias para enviar suas propostas, conforme a Lei 8666, que institui normas para licitações e contratos da Admi-nistração Pública.

Carga horária - Uma comissão será for-mada para avaliar todos os setores da Univer-sidade para que a possibilidade de implantar as 30 horas semanais seja estudada. A co-missão será composta por dois membros da administração, dois representantes do Sindi-cato dos Trabalhadores da UFSC (SINTUFSC), um membro de cada unidade de ensino, um de cada unidade administrativa, participação da Procuradoria Federal e um membro da Auditoria Interna. “A carga horária só será implementada se estiver de acordo com o Decreto número 1590, de 10 de agosto de 1995”, afirmou o Pró-reitor, Luiz Henrique Vieira. A coordenadora de políticas públicas de comunicação do SINTUFSC, Raquel Moy-sés, mostra-se preocupada com a proposta da Reitoria, lembrando que é uma proposta anti-ga, que já foi apresentada por outras adminis-trações. O sindicato ainda questiona o fato de a jornada poder ser implantada para alguns setores e outros não.

Letícia Teston

No último dia 19, ocorreu a eleição para a coordenadoria do Design. A coordenadora Prof. Marília Marques Guimarães e a vice, Prof. Marília Mattos Gonçalves foram reeleitas para mais dois anos de gestão.

Já na semana anterior, dia 13, o colegiado do departamento havia reeleito o Prof. Milton Luiz Horn Vieira e o vice José Arno Scheidt para a chefia de departamento. A gestão 2009/2011 se inicia em junho.

Design elege chefias

Rodolfo Conceição

A chefe de departamento de Jornalismo, Tattiana Teixeira, encaminhou, no dia 24 de abril, ao Diretor de Ensino da Pró-Reitoria de Graduação (PREG) da UFSC, Carlos Pinto, um dossiê que relata a situação precária dos computadores no Curso. O documento – com cópias entregues ao Diretor do CCE, Felício Margotti e ao Pró-reitor de Infraestrutura, João Batista Furtuoso – traz um histórico que expõe, através de memorandos recuperados desde 2007, a urgência de novas máquinas.

De acordo com a chefe de departamento, o problema de infraestrutura não é um caso iso-lado: a carência de computadores não atende às demandas atuais do curso, e interfere direta-mente no ensino oferecido aos alunos. Em 2007, o então chefe de departamento, Hélio Schuch, já havia documentado a necessidade de mais com-putadores e enviado pedido à Pró-reitoria de In-fraestrutura. Das 40 máquinas pedidas, apenas 12 foram entregues.

Diretor do CCE, Felício Margotti, incluiu o dossiê na planilha de serviços solicitados à Se-

cretaria de Planejamento da UFSC. “A comissão REUNI pretende investir nas melhorias dos laboratórios de ensino. Esse será o momento oportuno para resolver este problema, embora o jornalismo não tenha se candidatado ao Progra-ma”, afirma Felício. “O envio de relatórios para a direção de ensino é uma maneira de fazer com que a Pró-reitoria de Graduação da Universidade fique sabendo das carências de alguns cursos e que possa auxiliar na priorização de demandas emergenciais”, completa Carlos Pinto.

Um mês depois da entrega do dossiê para a Diretoria de Ensino da PREG, a professora Tattiana Teixeira diz que não há previsão para a implantação de uma solução efetiva e que ainda espera uma resposta concreta sobre os ajustes necessários a serem feitos no parque de compu-tadores. O Curso necessita receber 60 máquinas novas para que todos os laboratórios possam funcionar com um mínimo de condições para o desenvolvimento das atividades de ensino, pes-quisa e extensão.

Dossiê relata urgência de novas máquinas no curso de Jornalismo

Gabrielle Estevans

ETUSC aprova projetoEm reunião na sede do ETUSC (Escritório Téc-

nico Administrativo da UFSC), no dia 26 de maio, os engenheiros e arquitetos responsáveis pela fiscaliza-ção da obra do Bloco de Aulas aprovaram o projeto estrutural apresentado pelo engenheiro Fernando Faustino, da Baggio Engenheiros. Os técnicos do ETUSC solicitaram alguns ajustes no projeto, como a revisão da parte do térreo e parte do pavimento, que deverão ser entregues pelo autor nos próximos dias. O inicio do detalhamento e fabricação das peças de concreto está previsto para os próximos 15 dias.

Sendy da Luz

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Luiz Henrique V. Silva, Pró-reitor do PRDHS

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Últimos dias para inscrição no curso de LibrasVestibular para a formação de tradutores e intérpretes encerra o edital no dia 8 de junho

As inscrições para o vestibular do Curso de Letras-Libras encerram no dia 8 de junho. Para o próximo semestre estão

sendo oferecidas 40 vagas para Letras com habilitação em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, na modalidade presencial. São 20 vagas em licenciatura e outras 20 em bacharelado apenas no campus de Florianópolis. O objeti-vo da licenciatura é formar docentes para atu-ar no ensino de Libras, a língua gestual usada pela maioria dos surdos brasileiros e reconhe-cida por lei. O bacharelado forma tradutores e intérpretes. Além de ter concluído o ensino médio, o candidato deve ser fluente em Libras, pois a prova do concurso será apresentada nesta língua utilizando-se um projetor.

O exame vai acontecer em uma única eta-pa no próximo dia 5 de julho, das 14h às 18h. Uma prova de Conhecimentos Gerais compos-ta por 20 questões, formulada em Libras, será projetada duas vezes, sendo que na primeira dessas apresentações, cada questão será re-petida uma vez. Esta primeira parte da prova deverá durar aproximadamente uma hora e meia. Após cada questão, o candidato deverá marcar a sua resposta no caderno de prova. O tempo para cada questão será o mesmo para todos os candidatos e haverá fiscal - interprete de Libras em todas as salas. Na mesma ocasião será apresentada também uma prova de por-tuguês composta por dez questões que será apresentada em língua portuguesa.

Comprovação - O candidato deficiente auditivo usuário de aparelho auricular deve ficar atento, pois deverá comprovar a sua necessidade através de laudo médico, junto

à COPERVE/UFSC. Caso não efetue esta com-provação até o dia 15 de junho, ele não poderá realizar a prova portando o aparelho. O pro-fessor Tarcísio de Arantes Leite, 32, coorde-nador do curso, disse que em cumprimento ao Decreto 5626/2005, as vagas do Curso de Licenciatura em Letras – Libras são prioritá-rias para os candidatos surdos. Os candidatos ouvintes só serão classificados se as vagas ofe-recidas não forem preenchidas por candidatos surdos. A prioridade existe apenas na seleção para licenciatura, não ocorrendo para o ba-

charelado. Os candidatos surdos classificados para o curso deverão comprovar essa condi-ção através de audiometria no ato da matrícu-la. A seleção respeitará, ainda, as normas do programa de ações afirmativas.

Presencial - A UFSC já oferecia o Curso de Licenciatura e Bacharelado em Letras - Libras na modalidade à distância através de uma ini-ciativa financiada pelo MEC e contando com a participação de mais 17 instituições de ensino em rede nacional, a maioria delas nas capitais, apenas três em cidades do interior.

A UFSC foi pioneira no curso à distância, mas a Universidade Federal de Goiás saiu na frente na modalidade presencial. “Lá em Goi-ás o curso é Libras - Português, sendo ofere-cido apenas licenciatura enquanto o nosso curso é Letras-Libras e existe também a opção pelo bacharelado.

De acordo com o Decreto 5626/2005 assi-nado pelo presidente Lula e pelo ministro Fer-nando Haddad em 22 de dezembro de 2005, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, ma-nifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras. Ainda no mesmo decreto, em seu artigo 14 diz que “As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas acesso à comunicação, à informação e à edu-cação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até à su-perior.”

O Pró-Extensão aprovou nove propos-tas encaminhadas pelo CCE. Design e Jornalismo aprovaram, cada um, 3 projetos; os outros cursos foram Artes Cênicas, com 1 e Letras, com 2. No total a UFSC vai financiar cento e trinta pro-jetos. Os recursos serão liberados de imediato para os coordenadores das propostas aprovadas e as bolsas terão validade até dezembro deste ano, po-dendo ser renovadas para o ano que vem.O Pró-Extensão e o Pró-Bolsas, têm como objetivo apoiar, através de ações institucionais, a integração da realida-de social na comunidade com as ativi-dades realizadas na Universidade. Para o CCE, serão repassados 18 mil 181 reais e 72 centavos em recursos, onze por centro de toda a verba disponibi-lizada para a UFSC. Foram concedidas ainda 13 bolsas (das 150 disponíveis) para que os estudantes possam con-tribuir com o desenvolvimento social tanto dentro como fora da Universida-de, assim como melhorar a sua forma-ção acadêmica.

Resultado do Pró-extensão

O curso de pós-graduação em Lingüística em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) aderiu pela primeira vez ao programa de Doutorado Interinstitucional (DINTER). O projeto, que iniciou suas aulas no dia 4 de maio, traz 17 professores efetivos da UFAM para UFSC e tem como objetivo formá-los em nível de doutorado através de um estágio de nove meses em Florianópolis.

O DINTER foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamen-to de Pessoal de Nível Superior (CAPES) no segundo semestre de 2008 e conseguiu recursos atra-vés do edital Novas Fronteiras no início deste ano. A CAPES liberou um total de 504 mil reais para o programa e a UFAM é a responsável pelo gerenciamento da verba.

Das 17 vagas oferecidas apenas 10 foram preenchidas na primeira etapa de seleção ocor-rida entre março e abril deste ano. Segundo Ro-sângela Hammes Rodrigues, coordenadora da

pós-graduação em Lingüística, um novo exame complementar será realizado na primeira quin-zena de julho com o objetivo de preencher as sete vagas remanescentes. Essa segunda parte

do programa irá obedecer aos mesmos critérios de avaliação da primeira etapa: prova escrita, prova de proficiência em língua estrangeira e entrevista.

Os alunos escolhidos ga-nham passagens aéreas de ida e volta destino Manaus/Floria-nópolis/Manaus e durante o tempo de permanência na UFSC ficam afastados totalmente ou parcialmente de suas atividades acadêmicas na UFAM, além de uma bolsa de doutorado mensal

no valor de mil e oitocentos reais. Durante o período de permanência dos alunos do DIN-TER na UFSC eles irão desenvolver uma série de pesquisas propostas no edital do programa como estudos das variações lingüísticas, ensino de português na escola, literatura local, além de temas ligados a região de cada aluno.

Pós em Linguística inicia DINTER

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Intérpretes são capacitados no curso de Libras

Rosângela H. Rodrigues

Alécio Clemente

Mariana ChiréPedro Henrique Lima

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O PET de Letras selecionou na terça-feira (26/05) dez novos alunos para o cursinho extensivo promovido pelo grupo. As vagas surgiram após a constatação de que alguns alunos haviam desistido. As entrevistas foram realizadas pela equipe de bolsistas do PET, con-forme a ordem de chegada dos candidatos. O interesse em estudar foi o principal critério de avaliação. “Nós tentamos perceber o quanto a pessoa é comprometida, se ela tem disponibi-lidade para frequentar as aulas, se ela faz idéia de como funciona uma graduação e também se ela está decidida profissionalmente”, explica Isabel Witt Lunardi, coordenadora discente do PET de Letras.

Neste semestre as aulas começaram no dia 25 de março. “O grupo decidiu preencher essas vagas porque nós acreditamos que os alunos têm plenas condições de acompanhar o cro-nograma do cursinho, pois ele é extensivo e as matérias iniciais são básicas. O sucesso depen-de do interesse e dedicação do aluno”, afirma Marilha Naccari, coordenadora da equipe de bolsistas do Pet de Letras.

Os aprovados terão a disposição uma equi-

pe formada por 9 bolsistas responsáveis pela administração e 42 professores voluntários que se revezam para lecionar as aulas. Os tra-balhos são coordenados pelo tutor do grupo, o professor Fábio Luiz Lopes da Silva. O PET de Letras possui convênio com o cursinho Auto-nomia e fornece gratuitamente apostilas xero-cadas aos seus estudantes.

Poucos recursos – O PET de Letras en-frenta uma gama de obstáculos para manter em funcionamento o cursinho. “Esse é um dos poucos trabalhos realizados pelo CCE que está

diretamente ligado à comunidade. Enfrenta-mos todo tipo de intempérie na rotina do cur-sinho. Há uma grande dificuldade para conse-guir sala para alocar os alunos e também em encaixar os horários de uma equipe composta por várias pessoas. Às vezes há problemas com os direitos autorais dos materiais didáticos, noutras é o pagamento da bolsa. Mesmo as-sim, conseguimos fornecer tudo gratuitamente para os alunos”, afirma a coordenadora Isabel Witt Lunardi.

Em março de 2009, o PET conseguiu au-mentar o número de vagas no cursinho. Em convênio com a Fundação Vidal Ramos - Casa Brasil, foi aberta uma nova turma, que atende 20 alunos carentes no Centro de Florianópolis. Agora são 50 alunos atendidos pelo programa. A outra turma de 30 alunos funciona no blo-co A do CCE, sala 125, no período noturno. A intenção é levar o cursinho mais próximo das comunidades. O pré vestibular do PET é um projeto de extensão que teve inicio em 2005, propiciando ensino gratuito para alunos da co-munidade. Essa foi a ultima chamada em 2009.

Camila Garcia

O colegiado do Curso de Cinema decidiu dar uma advertência aos alunos Thadeu No-gueira de Almeida e Patrícia Maria Nicolau de Andrade, por terem coordenado a organi-zação da festa da noite de oito de abril deste ano. A festa foi realizada sem a autorização da diretoria do CCE e na manhã do dia se-guinte, nove de abril, quinta feira, foram feitas fotos dos cacos de cer-veja e da sujeira no local. Para desco-brir quem foi o res-ponsável pela orga-nização da festa, a diretoria analisou as fotos e as ima-gens gravadas pela segurança do cam-pus e a partir daí concluiu que o maior movimento aconteceu no CA de Cinema, local em que se encontrou a maior sujeira.

Os CA´s participantes da festa, Artes Cênicas, Cinema, Design e Letras, enviaram cartas para a direção do CCE, assumindo parte da autoria do evento. Como as cartas foram encaminhadas sem nenhuma assina-tura além dos carimbos dos CA´s, não foram aceitas como documentos pela diretoria e, com base no que mostravam as imagens, o

processo de investigação aberto pela direto-ria foi encaminhado ao Colegiado de Cinema para que identificasse os organizadores e aplicasse as providências legais cabíveis aos responsáveis.

Depois do pedido de providências en-caminhado pela direção, no dia 19 de maio

os acadêmicos de Cinema Thadeu Almeida e Patrícia de Andrade assu-miram a organi-zação da festa e o Colegiado decidiu aplicar aos alunos a mais leve das pu-nições previstas: uma advertência. A advertência não fica registrada no currículo ou no

histórico escolar, mas os alunos são informa-dos de que o que fizeram contraria as regras da instituição. Caso isso venha a se repetir no futuro, os alunos serão punidos com a próxima penalidade prevista na Minuta que Regulamenta as Festas na Universidade Fe-deral de Santa Catarina: uma Repreensão, afirmou o professor Mauro Pommer, coor-denador do Curso de Cinema e presidente do Colegiado.

Colegiado do curso de Cinema adverte alunos por festa irregular

Darilson Barbosa

ETUSC apresenta projeto à comissão

A Direção do ETUSC apresentou aos mem-bros da Coordenadoria de Eventos e Espaço Físico do CCE, Arnoldo Neto, Lúcia Olímpio, Felício Margotti, Antônio Carlos de Souza, Tat-tiana Teixeira, Aglair Bernardo, o projeto de expansão que tem como objetivo aumentar a área do Centro através da construção de novos espaços. A proposta do ETUSC prevê a cons-trução de um prédio dividido em seis espaços. Entre esses estaria o “CCE 06”, indicado como primeiro a ser edificado, atrás do CCB, com aproximadamente 2.126 m² e quatro andares. “O CCE precisa de 4.500 m² a mais para suprir a demanda de estudantes e as necessidades geradas pelo REUNI” disse o Arquiteto Manoel Arriaga.

A Coordenação de Espaço Físico precisa decidir agora a quantidade de salas, laborató-rios e ambientes que cada curso deve ter para encaminhar os dados ao ETUSC. Já foi estipu-lado o prazo de um mês para que os cursos apresentem suas propostas. “A planta do novo prédio ainda sofrerá várias mudanças, já que não se sabe ao certo quais são as necessidades reais de cada curso” disse Arriaga. Se o projeto for construído por completo o Centro duplica-rá a área atual de 12.000 m² para aproxima-damente 24.000 m². Além dos quatro novos cursos criados em 2009 pela implantação do REUNI também seriam beneficiados os cursos de Cinema e Artes Cênicas.

Rafael Spricigo

Pré-vestibular seleciona novos alunosOs 10 estudantes escolhidos já frequentam as aulas do cursinho comunitário do PET Letras

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Alunos comparecem às festas na Universidade

CAMPUS

Alunos assistem aulas do Pré-Vestibular

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6 Jornal do CCE Junho 2009CULTURA

A professora Tereza Virginia de Al-meida inicia em julho uma série de sho-ws por nove cidades de Santa Catarina. Com o espetáculo A Outra, apresentou-se no início do mês no Teatro da Ubro em Floria-nópolis e volta a cantar na capital em agosto e outubro. ‘‘Será uma expe-riência muito importante já que é um show atrás do outro. Vou tentar, para 2010, um projeto para uma turnê nacio-nal’’, afirmou Tereza.

Com músicas variando entre o xote, samba, e o erudito, as canções são apre-sentadas de acordo com o sentimento que provocam, e Tereza explica que as mais alegres são deixadas para o final a fim de a apresentação terminar em clima animado. No CD Tereza Virginia, lançado em 2008, apresenta composi-

ções próprias e de outros artistas. De julho a outubro, ela passará por Join-ville (27/07), São Bento (28/07), Ja-raguá do Sul (29/07), Itajaí (30/07),

Brusque (31/07), Blume-nau (01/08), Rio do Sul (03/08), Florianópolis (04/08 e 25/10) e São José (05/08).

Professora da Pós-Graduação em Literatura há mais de 10 anos, Te-

reza Virgínia tem relação com a músi-ca desde cedo, quando fazia teatro. Em 2003, depois de seguir carreira acadê-mica, voltou a cantar. ‘‘Eu queria fazer música popular. O CD surgiu numa ma-drugada às 3 horas da manhã. Entre o desejo e a realização, foram dois anos de trabalho’’, recorda Tereza. Ouça as mú-sicas do CD no site www.myspace.com/terezavirginia.

Tereza Virginia lança CD em turnêPoesia de Quinta

Ágatha Morigi

Às quintas feiras, das 18 às 18:25h acontece o “Poesia de 5ª”, en-tre os blocos A e B do CCE. O projeto é promovido pelo Centro Acadêmico Livre de Letras, e consiste em um momento cultural, com declamação de poesias. Qualquer pessoa pode participar, tanto com poemas de au-tores já conhecidos como de autoria própria.

A idéia existe desde o segundo semestre de 2008, sendo uma das propostas da chapa que dirige o C.A. de Letras. A 1ª edição aconteceu no dia 30 de março e para as próximas será preparado um espaço mais aconchegante. O nome também foi escolhido para chamar a atenção: “As pessoas vão desconfiando que é algo relacionado à expressão “5ª ca-tegoria” e têm uma surpresa quando chegam”, explica a integrante do C.A. de Letras Tanay Gonçalves.

O Núcleo Literatura e Memória (nuLIME) está digitalizando os manuscritos da escri-

tora Delminda Silveira e do poeta Cruz e Souza. As imagens obtidas por meio da fotografia ou do scanner são disponibilizadas no banco de dados do Núcleo de Pesquisas em Informáti-ca, Literatura e Linguística (NUPILL), e podem ser acessadas por meio da Biblioteca Digital no endereço eletrônico: www.literaturabrasileira.ufsc.br.

A Biblioteca Digital de Literatura foi desen-volvida pelos dois núcleos com a colaboração do Laboratório de Pesquisa em Sistemas Distri-buídos (LAPESD) do Centro Tecnológico (CTC). O projeto tem como objetivo a preservação, a conservação e ampliação do acesso as obras literárias catarinenses, uma vez que no local em que a Academia está sediada - uma sala do Centro Integrado de Cultura - há pouco espaço para dispor o acervo o que acaba por restringir a entrada de visitantes.

Digitalização - Os manuscritos são, com exceção de Cruz e Souza, cedidos pela Acade-mia Catarinense de Letras. No nuLIME os ori-ginais passam por limpeza, são catalogados, digitalizados, e devolvidos à Academia. Os ma-nuscritos de Cruz e Souza, que estão na casa Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, são enviados ao nuLIME por SEDEX, já digitalizados em CD. No núcleo os originais recebem ajustes na colora-ção da imagem e atribuições de códigos para catalogação. A limpeza é feita utilizando-se de grandes pincéis em um movimento que parte do centro para a extremidade do papel. Todo o processo é feito com luvas e tiras de cartolina

usadas como pinças para mani-pular os manuscritos.

A digitalização dos manus-critos beneficia principalmente o trabalho dos pesquisadores. “Os originais propiciam informações relativas ao fazer literário, como as escolhas do autor, suas rasu-ras e anotações”, afirma Priscila Rosa, graduanda em Letras Por-tuguês e prestadora de serviço. “O objetivo-fim do projeto é de que os professores conheçam os manuscritos, e, tendo acesso, disponibilizem-nos aos alunos”, complementa a coodenadora Tânia Ramos. O trabalho de apli-cação no ensino está a cargo de duas pesquisadoras do projeto, Adair Neitzel da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e Taiza Rauen de Moraes, da Universida-de da Região de Joinville (Univil-le).

Núcleos de Excelência - O projeto de digitalização de ma-nuscritos de obras catarinenses faz parte do PRONEX – Progra-ma Núcleos de excelência, finan-ciado em quatrocentos mil reais pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica (FAPESC) e pelo Conselho Na-cional de Desenvolvimento Científico e Tecno-lógico (CNPQ). Desde o início do projeto, em setembro de 2008, O nuLIME digitalizou todo

Manuscritos de catarinenses são digitalizados Núcleo Literatura e Memória amplia acesso a originais de importantes obras literárias

Laís Mezzari

o acervo do Ernani Rosas, e prevê a digitaliza-ção das obras de mais dois autores: Maura de Senna Pereira e Harry Laus até a conclusão em 2011.

Ana Carla de Britto

Manuscritos originais são tratados durante restauração

Caro

lina

Dan

tas

“Vou tentar, para 2010, um projeto para uma turnê nacional”

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Junho 2009 Jornal do CCE 7CULTURA

Revista Mequetrefe lança primeira edição

Grupo de alunos monta a peça “Os Físicos” Estudantes de Artes Cênicas, Física e Química ensaiam o texto do autor suíço Dürrenmatt

Um grupo de alunos dos cursos de Artes Cênicas, Física e Química está

montando a peça “Os Físicos”, do dra-maturgo suíço Friedrich Dürrenmatt. Os ensaios acontecem desde abril, todas as sextas-feiras, das 22 horas até a 01 hora da manhã, no prédio do Diretório Central dos Estudantes. A decisão de montar o espetáculo aconteceu no segundo se-mestre de 2008, quando uma das turmas

de Cênicas tinha aulas no CFM, ao lado de uma sala utilizada por estudantes de Física. O barulho das práticas de teatro incomodava os alunos do outro curso e depois de reclamações, foi realizada uma reunião entre os centros acadêmi-cos, a Pró-Reitoria de Infraestrutura e o representante do REUNI na UFSC, Mario Kobus. Após esse encontro, João Tragten-berg, do curso de Física, lançou a idéia de

montar a peça.Interação - A aluna da terceira fase

de Artes Cênica Paula Dias, é a diretora do espetáculo e conta com uma equipe de 12 pessoas, entre atores e músicos, todos alunos da UFSC. Com duração de uma hora e meia, a peça é dividida em dois atos e tem oito atores: quatro de Cênicas, três de Física e um de Química. “A inte-ração entre alunos de áreas diferentes está adicionando muito ao espetáculo. Não há nada que seja divergente que não acrescente”, comenta Rafaela Samartino, do curso de Artes Cênicas. O grupo tem como meta apresentar a peça em novem-bro, na 2ª Semana de Teatro da UFSC, evento realizado pela SecArte – Secreta-ria de Cultura e Arte da UFSC.

Para viabilizar o projeto o grupo pre-tende solicitar apoio à SecArte, que se-ria usado na produção da peça a fim de comprar cenários, figurinos e outros ma-teriais. A Secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Borges, esclare-ce que para o espetáculo participar da 2ª Semana de Teatro deve primeiro passar por um processo de seleção, ainda que o evento priorize as produções da institui-ção.

Antes do ensaio, que acontece no DCE, os atores se aquecem e passam o texto

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Isadora Mafra

Até o final de junho deverá ser lançada a primeira edição da revista “Mequetrefe”, novo produto laborato-rial do Curso de Jornalismo. Em 2009 a revista será impressa nos meses de junho e outubro. No ano que vem deve passar a ser publica-da no fim dos semes-tres. A solicitação dos recursos foi encami-nhada pela Chefia do Departamento e apro-vada pela Reitoria há duas semanas. A revista “Mequetrefe” terá 32 páginas, capa multicolorida e apenas uma cor nas páginas interio-res. As matérias serão feitas pelos alu-nos que cursam a disciplina Redação 5, e a edição deste mês será produto dos alunos do segundo semestre de 2008.

O projeto foi idealizado pelo pro-fessor Mauro César Silveira e teve iní-

cio no primeiro semestre de 2007. “Na época eu era professor de Redação 5, e a gente fez a revista como um projeto independente. Conseguimos dinheiro e colocamos o nome de ‘Zero Revista’. Eu voltei a dar Redação 5 só em 2008,

e a gente fez outra revista, também in-dependente, a Ponto e Virgula. Isso no pri-meiro semestre”, re-lembra o professor. A proposta de transfor-

mar a revista em produto laboratorial obrigatório foi sugerida pela chefia do DJOR no final do segundo semestre de 2008 para garantir os custos com a produção da revista no orçamento da UFSC.

Após a discussão com o professor Mauro Silveira, o Coordenador do Co-legiado de Curso, Aureo Moraes, apro-vou o projeto e o encaminhou para a

professora Tattiana Teixeira, Chefe do Departamento de Jornalismo. “Tive-mos que solicitar apoio à Reitoria para a concretização desse projeto, já que o CCE não possuía os recursos”, disse Tattiana, afirmando que a revista já deveria ter sido publicada antes, pois vários cursos de federais possuem revistas e jornais laboratórios.“Como é considerado um dos melhores do país, o Curso da UFSC deve procurar se aperfeiçoar para manter o grau de excelência,” completa Tattiana.

A revista que terá uma tiragem de 5 mil exemplares passa agora a ser um projeto obrigatório da grade curricu-lar. Com o Jornal do CCE, produzido pelos alunos da segunda fase, comple-ta a relação de 4 produtos laborato-riais permanentes do Curso. Os outros dois são o Quatro, da quarta, e o Jornal Zero, da sexta.

Vinicius Schmidt

“Tivemos que solicitar apoio à Reitoria, já que o CCE não possuía os recursos”

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8 Jornal do CCE ENTREVISTA Junho 2009

“Estamos ainda em fase de estruturação” Lúcia Maria Nassib Olimpio fala das dificuldades do CCE para criar novo departamento

A professora do departamento de Língua e Literatura Vernáculas (LLV) assumiu há dois meses a co-ordenação - geral da Coordenadoria Especial de Artes que foi criada para servir como um departamento para os cursos, de Cinema, Artes Cênicas e Letras Libras, os mais recentes do CCE. Ela fala sobre as dificuldades enfrentadas pelos três cursos em re-lação à falta de professores efetivos e sobre os futuros projetos do Centro para que até o final do ano letivo a coordenadoria possa tornar-se um departamento.

Jornal do CCE - A coordenadoria compõe os cursos de Artes Cênicas, Cinema e Letras Libras. Para quando há previsão para que ela se torne um departamento?

Lucia Maria Nassib Olimpio - A coordenadoria especial de artes é uma estrutura provisória que tem as competências de um departamen-to dos três cursos de Cinema, Artes Cênicas, em funcionamento, e Letras Libras, que começará em Agosto. A coordenadoria foi criada porque no regimento da UFSC há a exigência de um número mínimo de quinze profes-sores para a formação de departamentos. Acreditamos que até final do ano estejamos com esse número completo e possamos for-malizar o departamento que vai congregar esses três cursos.

Jornal do CCE - Para a Coordenadoria ser transformada em Departamento são ne-cessários novos professores. Existem con-cursos previstos ou em andamento?

Lucia Maria - Estamos realizando três concursos públicos na área de Letras Libras para professores efetivos. Um concurso, es-pecificamente, para a área de Letras Libras presencial e um para atendimento exclusi-vo ao ensino da Língua Brasileira de Sinais, pois as licenciaturas por decreto lei são obrigadas a oferecerem o curso de Libras. Então, este número de professores irá se acrescentar à equipe de docentes existen-tes. Com isso, serão três concursos públicos com cinco vagas para o curso de Letras Li-bras. Estamos também com dois concursos para a área de Artes Cênicas e há uma soli-citação de reabertura de um concurso que já foi realizado no final do ano passado em

que aprovada desistiu do cargo. Até o final do ano, então, preencheremos o número de oito novos professores para completar o número mínimo de 15 exigidos pela UFSC para a transformação desta coordenadoria em departamento.

Jornal do CCE - Atualmente, a Coorde-nadoria divide espaço com a seção de apoio a eventos e espaço físico do CCE. Por que manter as duas coordenadorias em um mesmo local?

Lucia Maria - Esta situação é provisória. Houve uma necessidade de retirar a Coor-denadoria de Eventos e Espaço Físico da secretaria da direção do CCE e surgiu esse espaço e havia também a necessidade de encontrar um local disponível para a Coor-denadoria Especial de Artes. Como, de certa forma, coordeno as duas seções, tornou-se mais prático manter as duas em um mesmo local. Mas há projetos da direção do CCE para transferir a Coordenadoria de Eventos e Espaço Físico para outro lugar. Mas claro que com a nova reestruturação do espaço-físico dentro do CCE, com as construções que estão sendo previstas, a Coordenadoria

de Artes também será transferida para um local mais próximo dos cur-sos de cinema e Artes Cênicas que funcionam no quarto andar do CCE. E, apesar da distância, está sendo muito prático para os professores localizarem, freqüentarem e partici-parem da Coordenadoria.

Jornal do CCE - A Coordenadoria funciona já há cerca de dois meses. Quais os projetos de pesquisa e ex-tensão que têm sido realizados por estes três cursos?

Lucia Maria - Como a Coordena-doria está funcionando desde o dia 18 de março e a administração era feita em outro local. Estamos ainda em fase de estruturação. Mas há vá-rios projetos realizados na área de Cinema, principalmente ligados aos professores do curso com os labo-ratórios. Nas Artes Cênicas que é o curso mais recente têm alguns proje-tos sendo feitos, mas a preocupação maior dos professores é com a sua implantação, já que, há apenas uma professora efetiva e os demais do-centes são de outros departamentos

que colaboram ministrando as discipli-nas e coordenando o curso.

Jornal do CCE - O curso de Artes Cênicas é o mais recente e o curso de Letras Libras inicia em Agosto. Quais têm sido as dificul-dades enfrentadas para a implantação des-tes cursos?

Lucia Maria - Na realidade, a área de Artes Cênicas está enfrentando uma série de problemas em relação ao espaço-físico, mas estamos empenhados em melhorar os espaços para melhor atender aos profes-sores e alunos. Foi feita a reforma total da sala 402 e têm projetos já autorizados pelo REUNI (Programa de Apoio ao Plano de Re-estruturação e Expansão das Universidades Federais) e pela Administração Superior para reformar e ampliar a sala 403 para o Curso de Artes Cênicas. O Curso de Letras Libras Presencial inicia no mês de Agosto, mas já existe a modalidade de Letras Libras à distância, que atende aproximadamente 16 pólos no Brasil, e atingiu certa maturi-dade, com um professor efetivo responsável pela coordenação do Curso.

Lúcia Maria Nassib Olímpio fala sobre os novos cursos

Emanuelle Nunes

Caro

lina

Dan

tas