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Comitê formado pela Rei- toria irá discutir a política para implantação dos pontos eletrô- nicos. São 79 aparelhos espalha- dos por todo o Campus da UFSC. Agora, aguarda-se a equipe do Núcleo de Processamento de Dados cadastrar os servidores e conectar os pontos ao sistema central. Enquanto a Reitoria discute a instalação, o Sintufsc realiza pro- testos contra o controle de carga horária. Página 4 Jornal do CCE Cursos de Pós recebem inscrições Noé Jitrik abre Simpósio de Literatura Documentário resgata vida de JK no exílio Entrevista com Professor Rodrigo Garcez Assembleia debate taxas acadêmicas Página 8 Página 7 Página 3 Página 6 Reitor participa de discussão sobre cobrança nesta quinta-feira Florianópolis, Setembro de 2010 www.jornaldocce.ufsc.br Ano 3 Nº 13 A PRAE apresentará na segunda-feira uma proposta alternativa para ser avaliada pela Procuradoria da UFSC para compensar a falta de ba- res no Básico. Uma suspeita de falsidade ideológica de um dos vence- dores da licitação mantém o processo sob possibilidade de cancelamento. O espaço está fechado des- de o dia 30 de agosto, quando o último bar fechou as suas portas, interrompendo a pres- tação de serviço à comunidade do CCE. Página 4 PRAE estuda alternativa para bares Depois do fechamento dos bares, espaço serve de depósito para carteiras Karine Lucinda Merlim Malacoski Pontos eletrônicos A assembleia convoca- da pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pela Frente de Luta por uma Expansão de Qualida- de, que acontecerá nesta quina, tem como tema a cobrança das taxas acadê- micas. A medida foi apro- vada por unanimidade no dia 05 de julho pelo Con- selho de Curadores sem a presença dos estudantes. O DCE pretende en- trar com uma ação judi- cial no Ministério Público Federal. No dia 06 des- te mês, a Procuradora da República Analúcia Hartmann recomendou a suspensão das taxas à Pró-reitoria de Ensino de Graduação. A reunião que contará com o Reitor Álvaro Prata acontecerá às 17h00 no Auditório da Reitoria. Página 5 Assembleia estudantil que aconteceu no dia dois deste mês no hall da Reitoria

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13a. edição do Jornal do CCE

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Comitê formado pela Rei-toria irá discutir a política para implantação dos pontos eletrô-nicos. São 79 aparelhos espalha-dos por todo o Campus da UFSC.

Agora, aguarda-se a equipe do Núcleo de Processamento de Dados cadastrar os servidores e conectar os pontos ao sistema central.

Enquanto a Reitoria discute a instalação, o Sintufsc realiza pro-testos contra o controle de carga horária.

Página 4

Jornal do CCE

Cursos de Pós recebem inscrições

Noé Jitrik abre Simpósio de Literatura

Documentário resgata vida de JK no exílio

Entrevista com Professor Rodrigo Garcez

Assembleia debate taxas acadêmicas

Página 8Página 7Página 3 Página 6

Reitor participa de discussão sobre cobrança nesta quinta-feira

Florianópolis, Setembro de 2010 www.jornaldocce.ufsc.brAno 3 Nº 13

A PRAE apresentará na segunda-feira uma proposta alternativa para ser avaliada pela Procuradoria da UFSC para compensar a falta de ba-res no Básico.

Uma suspeita de falsidade ideológica de um dos vence-dores da licitação mantém o processo sob possibilidade de cancelamento.

O espaço está fechado des-de o dia 30 de agosto, quando o último bar fechou as suas portas, interrompendo a pres-tação de serviço à comunidade do CCE.

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PRAE estuda alternativa para bares

Depois do fechamento dos bares, espaço serve de depósito para carteiras

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Pontos eletrônicos

A assembleia convoca-da pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pela Frente de Luta por uma Expansão de Qualida-de, que acontecerá nesta quina, tem como tema a cobrança das taxas acadê-micas. A medida foi apro-vada por unanimidade no dia 05 de julho pelo Con-selho de Curadores sem a presença dos estudantes.

O DCE pretende en-trar com uma ação judi-cial no Ministério Público Federal. No dia 06 des-te mês, a Procuradora da República Analúcia Hartmann recomendou a suspensão das taxas à Pró-reitoria de Ensino de Graduação. A reunião que contará com o Reitor Álvaro Prata acontecerá às 17h00 no Auditório da Reitoria.

Página 5 Assembleia estudantil que aconteceu no dia dois deste mês no hall da Reitoria

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Carta ao LeitorNesta edição uma nova tur-

ma assume a produção do Jor-nal do CCE. Apesar de ser o pri-meiro trabalho feito no segundo semestre, temos o desafio de continuar as atividades desen-volvidas pelos colegos de ou-tros anos.

A décima terceira edição destaca, entre outras notícias, a formação de um comitê para analisar a instalação dos pontos eletrônicos e o projeto da pos-sível reforma da Praça da Cida-dania, que pretende recuperar o projeto original dos jardins desenhados por Roberto Burle Marx na década de 1970. Além destes temas, publicamos ma-térias sobre as inscrições para os programas de Pós-Gradua-ção, o projeto da nova identi-dade visual da Empreja Junior

de Design e sobre a licitação o novo bloco do CCE.

Em Cultura, você encontra a estréia de novos programas na Rádio Ponto UFSC e a parti-cipação do professor do curso de Cinema Charles Cesconetto nas filmagens do documentário sobre o exílio de Juscelino Ku-bitschek. E ainda uma entrevis-ta com o professor do curso de Artes Cênicas, Rodrigo Garcez, que orientou a polêmica per-formance de um aluno nu que aconteceu em frente ao RU na semana passada.

Esperamos que a leitura seja agradável e que esta edi-ção contribua para atualização dos leitores sobre os aconteci-mentos mais relevantes sobre o CCE.

Até a próxima!

Jornal do CCEO Jornal do CCE é um orgão de extensão do Departamento de Jornalismo, com textos, fotos, edição e diagramação dos alunos da disciplina de Redação II.

Professor responsávelElias Machado DRT/RJ 16.936Monitor Gabrielle EstevansBolsistaRogério Moreira Jr.

EdiçãoCarolina Franco, Géssica Silva, Jéssica Trombini, Joana Zanotto, João Gabriel Ziert, Marília Marasciulo, Merlim Malacoski, Natália Pilati, Patrícia Pamplona, Rafaela Blacutt, Sâmia Fiates, Victor H. BittencourtDiagramaçãoCarolina Franco, Géssica Silva, Jéssica Trombini, João Gabriel, Nogueira, Karine Lucinda, Laís Souza, Laura Vaz, Lucas Inácio, Merlim Malacoski, Natália

Pilati, Patricia Cim, Rafaela Blacutt, Sâmia Fiates, Victor H. BittencourtReportagemCarolina Franco, Derlis Cristaldo, Gabriele Duarte, Géssica Silva, Giovanna Chinellato, Helena Stürmer, João Gabriel Nogueira, Karine Lucinda, Laura Vaz, Luiza Lobo, Merlim Malacoski, Rafael Canoba, Rafaela Blacutt, Stefany Alves, Thaine Machado, Victor H. Bittencourt

FotoHelena Stürmer, Karine Lucinda, Jennifer Hartmann, Merlim Malacoski, Rafael Canoba, Thaine Machado ColaboraçãoMathias Liesenberg e Rubens R. NetoTiragem500 exemplaresImpressãoGráfica [email protected]

Dia desses, no ônibus, reparei como as pessoas se distribuem pelos assentos, sentam-se cada uma num banco, excetuando os que se conhecem e olham para a janela, torcendo interiormente para

que ninguém resolva sentar-se ao lado. Parece até cena de alguma comédia na qual os personagens fossem misantró-picos ou de um romance, no qual alguém que se atreves-se a sentar do lado de um desses ermocoletivos teria um arrebatamento apaixonado, mas, infelizmente, essa cena, como tal, é retrato de um documentário. Não nos olhamos mais, não nos conhecemos, não vivemos nem experiencia-mos nada com o outro. Grande parte da “culpa” disso está nas novas formas de relacionamentos.É incrível como as relações humanas se tornaram, de repente, tão dissolutas, e o leitor há de me perdoar por continuar essa com tão comum clichê, mas de fato, tudo com o que convivemos e nos habituamos acaba não sendo debatido, muito menos percebido. Os dias diminuem, são 24 horas em 8, e os contatos que fazemos não passam de superficialidade, seja no trabalho, na escola, na faculda-de, até mesmo em casa. A rotina tende a nos consumir e recorremos às relações genéricas: Conversas em mensa-geiros, recados em páginas sociais, mensagens de texto... A tecnologia, antes a favor do homem, agora medeia os contatos, as relações. Tão mais fácil terminar um relacio-namento deixando um scrap, ou, para os tímidos, começar. E as pessoas não mais superam suas ânsias, nem definem seus objetivos, “O tempo é curto, estou com pressa”.E a “vida” nessa forma continua, conhecemos pessoas an-tes pelo perfil em redes sociais do que por mediação de amigos, as classificamos sem ter conhecimento real al-gum, gostamos e desgostamos de pessoas que ao menos conhecemos e é “tudo normal”. Aonde foram parar as ami-zades de antigamente? Os valores de amigos, quase frater-nais, as experiências vividas em conjunto? Certamente não estão na “baladinha” ou no “luau do findi” que decoram a paisagem dos sorrisos amarelos nas fotos que se espalham pelos perfis referidos. Essas são só tentativas frustradas de mostrar o conteúdo que pouco existe, de gritar “eu sou alguém”. E mesmo que todos tenham direito de ter “um lugar ao sol”, que adiantará tê-lo sem ninguém para com-partilhar?

“tudo normaL”

Mathias Liesenberg é aluno da quinta fase de Design Gráfico Rubens R. Neto é aluno da sexta fase de Letras Português

2 | Campus | Setembro 2010 Jornal do CCE

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O ETUSC (Escritório Técnico Administrativo da UFSC) recebeu na segunda semana deste mês o resultado do levantamento topográ-fico que detalha as condições atuais do terreno da Praça da Cidadania, localizada em frente à Reitoria, e do jardim do CCE. O trabalho foi realizado pela empresa CBR Enge-nharia, de Porto Alegre, contratada pela UFSC em janeiro de 2010. O contrato finalizou no mês de julho, mas teve que ser prorrogado pelo descumprimento do prazo inicial.

A arquiteta Leila da Silva Car-dozo, da Divisão de Projetos do ETUSC, disse que até o fim de se-tembro formará uma comissão para começar a análise do trabalho apre-sentado pela firma. Se o estudo da empresa for aprovado, o Projeto de Revitalização da Praça da Cidada-nia começará a ser elaborado. Caso contrário, a CBR Engenharia será acionada e a UFSC deverá fazer uma nova licitação pública para re-alização do serviço, o que atrasaria ainda mais a execução do Projeto.

Projeto Original - A iniciativa de revitalização da Praça é do pro-fessor César Floriano, do Departa-mento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC. O objetivo é resgatar parte do Projeto original desenha-

do por Roberto Burle Marx na década de 1970, a pedido do en-tão Reitor João David Ferreira Lima. A pro-posta prevê mudan-ças como a elimina-ção da rua que separa a Praça da Cidadania do jardim do CCE, as correções de imper-feições no piso, e o deslocamento da Con-cha Acústica. Como o novo Projeto ainda será elaborado, não há previsões de custo das obras nem de pra-zos para a finalização.

Para desenhar e coordenar a revitalização, Floriano convidou o professor José Tabacow, co-autor do Projeto original junto com Burle Marx e atual docente de Arquitetura da Unisul. “Serão realizadas pequenas mudanças para tentar manter o espírito da composição original. A ideia é que a comunidade universitária também participe da discussão e manifes-te seus desejos”, explica Tabacow. “Por exemplo, percebi que em fren-te à livraria (no CCE) é um lugar de encontro dos alunos. É um uso que

está sendo dado e a gente vai tentar adequar isso para que fique mais confortável.” completa.

Revitalização da praça - Em dezembro de 2009, César Floriano realizou a I Oficina para a Revita-lização da Praça da Cidadania, da qual participaram autoridades da UFSC, alunos e servidores. Na oca-sião, Floriano apresentou a propos-ta e foram discutidas as possíveis modificações a serem feitas para tentar recuperar o máximo possível do Projeto original de Burle Marx,

falecido em 1994 e considerado um importante paisagista do século XX, com reconhecimento nacional e in-ternacional. O Projeto foi executado parcialmente na época e com o tem-po a Praça incorporou detalhes que não haviam sido idealizados pelos autores, como a Concha Acústica. A intenção do professor Floriano, uma vez finalizadas as obras, é solicitar o tombamento do Jardim de Burle Marx como patrimônio da cidade.

Os Programas de Pós-Gra-duação em Design e Expressão Gráfica, (Pós-Design), de Pós--graduação em Inglês (PPGI) e de Pós-graduação em Estudos da Tradução (PGET), estão reali-zando a seleção dos alunos que vão ingressar em mestrado ou doutorado no primeiro semestre de 2011.

O Pós-Design oferece vinte vagas para o mestrado. Os re-sultados da primeira fase serão divulgados no dia 30 de setem-bro, os da segunda fase, no dia 15 de outubro e os da terceira fase, no dia 29.

O Programa de Pós-gradua-ção em Inglês recebe inscrições até o dia 29 de outubro. São 14 vagas para a área de Língua Inglesa e Linguísitca Aplicada e 12 vagas para Literaturas de Língua Inglesa. No dia seis de dezembro serão realizadas duas provas escritas e, no dia seguin-

te, serão feitas as entrevistas com a banca examinadora. Os resultados serão divulgados dia 13 de dezembro.

No Pós-graduação em Estu-dos da Tradução as inscrições estarão abertas de 11 a 22 de outubro para o preenchimento de 27 vagas para mestrado e doutorado. No dia 1º de novem-bro, será aplicado o teste de proficiência em inglês e o resul-tado desta etapa será divulgado dia cinco.

O período de seleção por orientador vai de oito a 12 de novembro e os resultados finais da seleção estão previstos para o dia 18 de novembro.

Os editais para a seleção do Pós-Design, PPGI e PGET po-dem ser encontrados na íntegra nos endereços dos programas : http://www.posdesign.ufsc.br/ e http://www.cce.ufsc.br/pgi/ .

A Uipi, empresa júnior do curso de Design da UFSC, funda-da há pouco mais de um ano, está trabalhando em um projeto de nova identidade visual para a en-tidade. Uma equipe composta por quatro membros, Thiago Afonso Borges Júnior, Vinícius Fosca-ches da Cunha, Marina Cuneo Aguiar e Giovanni Luigi Piazza, está desenvolvendo o sistema de identidade visual e a criação da página da empresa na internet. “Estamos atualmente na etapa de geração de alternativas, tendo já realizado as etapas de estudo do problema, objetivos do projeto, pesquisa de referências e con-correntes, estabelecimento dos conceitos e requisitos de forma”, disse o diretor de marketing da Uipi, Giovanni Luigi.

O objetivo da mudança do vi-sual é atualizar a marca de acor-do com a nova fase que a empre-sa está passando. “Incorporamos novos membros, visto que tive-mos um processo seletivo no final do primeiro semestre deste ano, com o qual agregamos a habili-tação de Design de Produto (an-

teriormente a empresa possuía membros apenas das habilita-ções de Design Gráfico e Design de Animação),” explica Luigi. O lançamento da identidade visual está previsto para final de outu-bro e o lançamento da página da Uipi na internet deve ocorrer até dezembro.

Reforma na Praça da CidadaniaComissão do ETUSC começa análise de estudo para revitalização do local

UIPI cria nova identidade visual

Stefany Alves João Gabriel Nogueira

Abertas inscrições para cursos de Pós

A reforma da Praça da Cidadania, em frente à Reitoria, busca resgatar o projeto de Burle Marx

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Membros da UIPI discutem mudanças

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Jornal do CCE Setembro 2010 | Campus | 3

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O Diretor da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis, (PRAE) Dal-ton Barreto informou no dia 21 de setembro que irá propor ao Procurador Federal na UFSC Nilto Parma a instalação de pelo menos um bar no Básico através de carta--convite. A proposta será feita na segunda-feira, dia 4 de outubro, quando o procurador volta de fé-rias. O CCE está sem bar aberto desde 30 de agosto, quando o “As-sim e Assado”, fechou as portas.

O bar, que é da rede “Ponto Natural” - com concessões no CSE, CFH e Centro de Cultura e Eventos -, foi absolvido pela Justiça Federal da acusação de ligação ilegal de energia elétrica e pode continuar operando até o fim da concessão. O processo envolvendo os bares e uma suposta conexão ilegal de energia já havia levado a UFSC a solicitar o despejo das lanchonetes “Café do Brasil” e “Laranjá”.

Em abril de 2010, dois novos

proprietários foram licitados para o Básico. Antes da entrega formal dos espaços, a PRAE recebeu uma denúncia de fraude no processo licitatório por parte da “Marsh-mallow Comércio de Alimentos”, vencedora da licitação de dois dos bares. Se comprovada a denúncia, que ainda está sendo investigada, se anularia todo o processo da li-citação.

Proposta do DCE - Na ter-ça feira, dia 21, a PRAE e o DCE propuseram à direção do CCE a sessão do espaço antes coupado pelos bates para sede provisória da entidade. A direção do Centro manifestou-se contrária à propos-ta. Em outubro de 2009, uma co-missão da Pró-Reitoria de Infraes-trutura (PROINFA) considerou os bares “Assim e Assado”, “Laranjá e “Café do Brasil” culpados por uma conexão ilegal de energia elétri-ca. Todos os recursos dos bares à UFSC foram negados e em março de 2009 a Justiça determinou a de-socupação do local.

Giovanna ChinellatoRafael Canoba

O Reitor Alvaro Prata e os Pró-Reitores decidiram, em reu-nião no dia 20 de setembro, criar um comitê para coordenar o pro-cesso de implantação e desenvol-vimento da política de controle através de pontos eletrônicos.

O comitê será formado por cinco comissões: uma vai implan-tar e acompanhar o controle de assiduidade e pontualidade dos servidores, sob responsabilidade da Pró-reitoria de Desenvolvi-mento Humano e Social (PREG); outra estudará a implantação do ponto eletrônico no HU; uma terceira trabalhará o marketing institucional; haverá outra espe-cífica para a questão do próprio sistema (como está e como irá funcionar); e, por fim, uma vai gerenciar os pontos.

Representantes de cate-goria - Todas as comissões con-tarão com representantes das várias categorias envolvidas. O Sintufsc e a Apusfc serão convi-dados, assim como representan-tes do Fórum dos Diretores, a PREG, e o Diretório Central de Estudantes (DCE).

A próxima reunião ocorrerá tão logo as comissões estejam constituídas, no máximo até o começo de outubro. “A implan-tação deste controle de assidui-dade é algo institucional que não pode engessar o funcionamento da Universidade”, explica a Pró--Reitora de Desenvolvimento Humano e Social, Carla Cris-tina Dutra Búrigo. “Nós temos que dar conta do aparato legal da implantação deste ponto, de maneira a construir a política de

normatização em conjunto com os pares da instituição”, conclui.

Cobrança para todos - O reitor Alvaro Prata, ao ser abor-dado sobre o assunto, disse que se houve dúvida da sociedade quanto à assiduidade dos funcio-nários da UFSC, o ponto eletrô-nico é apenas mais um elemento para dar respostas. Já ao fato de ser obrigatório apenas para os servidores técnico-administrati-vos, Prata justificou que os do-centes também serão cobrados

por outros meios, como avalia-ções. “Eu mesmo usarei o pon-to”, garantiu o Reitor.

Dos 79 aparelhos instalados pelo campus da UFSC, mais de 21 já estão prontos para entrar em atividade. Com o avanço nos trabalhos de instalação dos pon-tos, o Sindicato dos Trabalhado-res da UFSC decidiu convocar atos de protesto, distribuir pan-fletos e afixar faixas em pontos estratégicos do campus.

O Sintufsc realizou o oitavo ato no CCE, no último dia 23, local em que o aparelho já foi instalado, mas ainda não está em funcionamento. Em assem-bleia geral realizada no dia 31 de agosto a categoria aprovou o estado de greve, podendo ocor-rer a paralisação, a depender das negociações com a Reitoria. Os pontos eletrônicos atendem à determinação de uma ação social movida pela Controladoria Geral da União contra a UFSC, ainda em 2008, após inspeção que con-cluiu falhas no controle da assi-duidade dos servidores.

Thaine Machado

Comitê discute pontos eletrônicos

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Alunos durante a aula do curso de línguas espanhol

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Nova proposta para baresPRAE estuda alternativa para volta dos bares ao Básico

O Núcleo de Suporte Peda-gógico para Professores de Lín-gua Estrangeira (NUSPPLE) está aberto a propostas para o desen-volvimento de projetos sociais. O aluno interessado deve procurar as coordenadoras do Núcleo, Maria José D. Costa e Vera R. de Aquino, e apresentar um projeto de pesquisa e de extensão. Além do ensino de uma língua estran-geira, o trabalho deve colaborar na formação das crianças, já que muitas delas trazem problemas sociais.

O Projeto Incluir, coordenado pelo NUSPPLE, é desenvolvido desde 2004 e tem como objetivo ensinar espanhol para crianças na Casa São José – ONG que fica no bairro Serrinha, em Florianó-polis. Atualmente, nove alunos de graduação e pós-graduação em Letras-Espanhol participam de forma voluntária e realizam o tra-balho com 13 crianças, entre seis e oito anos, uma vez por semana. A coordenação do NUSSPLE fica na sala 519 no Bloco B do CCE. Mais informações no endereço: www.nuspple.cce.ufsc.br.

Rafaela Blacutt

NUSPPLE aceita projetos

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Manifestação do Sintufsc no CCE prepara mobilização contra os pontos

Reabertura dos bares depende de aval da Procuradoria

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O reitor Alvaro Prata participa-rá de assembleia organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pela Frente de Luta por uma Expansão de Qualidade nesta quinta-feira, dia 30 de setembro às 17h, no Auditório da Reitoria para discutir as taxas acadêmicas. As novas tarifas foram propostas pela Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PREG) e aprovadas por unanimidade – em reunião sem representação do DCE – pelo Conselho de Curadores, em sessão extraordinária realizada no dia cin-co de julho.

A data da assembleia foi esco-lhida em reunião que aconteceu dia 21 de setembro na Reitoria, en-tre Marino Mondek, Natan Krutzs-ch, Tiago de Azevedo e Tito Pereira (membros do DCE), o Reitor Alva-ro Prata, o Secretário de Planeja-mento e Finanças Luiz Alberton, a Pró-Reitora da PREG, Yara Müller, e Dalton Barreto, Diretor de De-partamento de Assuntos Estudan-tis. No dia do ato, que seguirá as mesmas regras de uma reunião aberta, estarão presentes, além do

reitor, Luiz Alberton e Yara Müller, para defender os pagamentos.

Medida Judicial - O DCE abrirá ação judicial no Ministério Público Federal, coordenada pelo advogado Marcos Palmeira, ale-gando que as taxas recém apro-vadas contrariam o artigo 206 da Constituição Federal, que trata do princípio de gratuidade do ensino público. “No momento estamos juntando os documentos necessá-

rios”, declarou Carolina Zambona-to, estudante de Direito e membro do DCE, que auxilia na preparação da medida judicial. O DCE preten-de encaminhar a ação na quarta--feira, dia 29, com reivindicações reforçadas por recomendação en-viada à Pró-Reitoria de Ensino de Graduação pela Procuradora da República, Analúcia Hartmann, pedindo a suspensão de todas as taxas.

A resolução que regulamen-ta as tarifas foi encaminhada ao Conselho de Curadores a pedido do reitor Alvaro Prata. Os valo-res foram estabelecidos a partir de pesquisas feitas pela UFSC e apresentadas ao Ministério Públi-co Federal (MPF). Segundo docu-mento enviado pelo Gabinete do Reitor ao Conselho de Curadores, a UFSC gastou em 2008 mais de 14,5 milhões de reais devido a alunos que reprovaram por FI. “A decisão sobre a constitucionalida-de das taxas acadêmicas foi de-terminada pelo Ministério Público e não por nós da Universidade”, disse o Procurador Geral da UFSC, Nilto Parma, ao ser questionado sobre a possível irregularidade da resolução normativa. A pedido da Pró-Reitora da PREG, Yara Müller, o valor arrecadado será destinado a investimentos na área de ensino. A prestação de contas estará dis-ponível para consulta a partir do próximo ano, em uma página a ser criada na internet.

Karine Lucinda

Jornal do CCE Setembro 2010 | Campus | 5

Taxas acadêmicas em discussãoAssembleia realizada nesta quinta conta com a paticipação do Reitor

Na noite desta quinta-fei-ra, 30, acontece o I Encontro de Acadêmicos de Secreta-riado Executivo da UFSC. O evento inicia às 18h30 e vai até as 22h, no auditório do Centro Sócio-Econômico. To-dos os interessados podem participar sem necessidade de fazer inscrição.

A programação conta as participações de Katia Morei-ra, egressa do curso, e da pro-fessora Eliane Wanser, espe-cialista em desenvolvimento profissional e capacitação de profissionais do secretariado. Katia, que é atual secretária executiva dos Conselhos da UFSC, conduzirá a solenidade de abertura.

A professora Eliane Wan-ser vai abordar o tema O se-cretário/assessor executi-vo no mundo corporativo: desafios e perspectivas. A participação de Eliane será dividida em duas palestras. No primeiro momento o as-

sunto é Assessoramento e Revisão das Técnicas Se-cretariais. O segundo tema será Cerimonial, etiqueta e protocolo.

O Encontro é organizado pelos alunos e tem o apoio da coordenação do Curso. Para o acadêmico da 5ª fase Philippi Jacinto Pedro a intenção do Encontro é dar visibilidade ao curso para a Universidade em geral. “Muitas pessoas não sabem da existência dele no departamento de Letras”, jus-tifica Philippi Jacinto. “Os alu-nos promovem o evento para mostrar o crescimento da área”, completa a professora Susana Maria Fontes, coorde-nadora de Secretariado.

O curso de Letras-Secreta-riado Executivo Inglês faz par-te do Departamento de Letras e Literatura Estrangeira e tem 197 alunos.

Victor H. Bitterncourt

Até dezembro deste ano, a obra do novo bloco do CCE, que será construído em 2011, entra em licitação. O projeto, que já foi discutido com a direção, passará agora por uma avaliação final da arquiteta responsável Leila da Sil-va Cardozo, do ETUSC, antes de ir para o Departamento de Licitação. A chefia do CCE e as coordenado-rias dos cursos de Cinema, Artes Cênicas e Design definiram a divi-são de espaço do bloco.

O projeto está orçado em 5 milhões e 250 mil reais e prevê a construção de uma área de 3.500 m ², dos quais 2.500 serão de um novo prédio que ficará nos fundos do bloco B do CCE (onde funciona o CA de Química) e que contará com 5 andares. O térreo concentrará os auditórios e os demais serão para salas de aula, de professores e de administração. Os outros 1000m ² serão construídos no Sapiens Par-que, em Canasvieiras, e vão ser destinados a oficinas do Curso de Design.

Atualmente os cursos mais re-centes do centro têm enfrentado problemas de infraestrutura. Os

alunos de Artes Cênicas, por exem-plo, têm aulas no CFM por falta de espaço. “Essa obra é só o começo. O projeto de construção dos 6500 m ² restantes já existe e será con-cretizado nos próximos anos”, ex-plica o vice-diretor do CCE, Arnol-do Debatin Neto. Estudo feito pela Comissão Permanente de Espaço Físico (COPLEF) constatou que para atender a demanda desses cursos seria necessária uma am-pliação de 10 mil m ².

Licitação do novo prédio prevista para dezembro

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Merlim Malacoski

Secretariado realiza encontro acadêmico

Novo prédio ocupará local do CA de Química

Manifestação contra taxas no Restaurante Universitário mobiliza estudantes

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Santos, uma das organizadoras.Os minicursos terão duração de

quatro ou oito horas, dependendo da opção, e as aulas serão minis-tradas por professores, servidores e alunos de graduação e pós-gradua-ção da Universidade. Serão forneci-dos, pela organização, certificados a ministrantes e participantes, gera-dos a partir das listas de presença fornecidas pelos proponentes.

Os visitantes também terão acesso a estandes, atrações cultu-rais e palestras. A SEPEX é o princi-pal evento de divulgação científica de Santa Catarina e é anualmente realizada no campus da UFSC, sob a coordenação do Departamento Artístico Cultural (DAC).

O projeto, organizado pela professora do Departamento de Letras, Susan Oliveira, e o pro-fessor Silvio Marcus Correa, do Departamento de História, está na primeira edição e termina em novembro. A terceira e última etapa acontece no próximo dia 25 de outubro, na sala Hassis no CCE. São 90 vagas oferecidas, 30 para cada módulo, e os parti-cipantes recebem certificado de conclusão. Os temas abordados nas aulas relacionam história, literatura e artes africanas com a língua portuguesa e a cultura afro-brasileira.

Os dois primeiros módulos do curso ocorreram de maio a agosto, com aulas direcionadas à influência da Língua Portuguesa na Literatura Africana. Os parti-cipantes do projeto Ana Carolina Schveitzer, da 4ª fase do Curso de História, e Diego Moreira, da

6ª fase de Letras-Português, con-sideram a iniciativa um modo de aperfeiçoamento dos assuntos tratados em sala de aula. A temá-tica concentrada na literatura, eles destacam, ajuda a criar uma base para pesquisas mais amplas.

A proposta surgiu a partir da lei 10.639, que tornou obrigatório o estudo da História e da Cultura Afro-brasileira. “Nós buscamos expandir o campo de conheci-mento relacionado a aspectos da cultura africana, com uma abor-dagem voltada para a área da educação. Os diálogos são mais abrangentes e menos técnicos”, diz Susan Oliveira, professora de Língua Portuguesa e uma das or-ganizadoras. Quem quiser obter mais informações pode entrar em contato através do e-mail curso: [email protected].

As inscrições para os mi-nicursos oferecidos pela 9ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPEX), que ocorre entre os dias 20 e 23 de outu-bro, estão abertas até o dia 12 de outubro. As mais de 250 opções tratarão de temas rela-cionados aos diversos cursos da UFSC. Haverá estudos nas áreas de Jornalismo, Letras, Design, Cinema, Artes Cênicas, Línguas estrangeiras e Língua Brasileira de Sinais.

As inscrições para os mini-cursos são gratuitas e devem ser feitas no endereço do evento (www.sepex.ufsc.br). Qualquer um pode participar. “Alunos de outras universidades também estão convidados”, diz Janaina

Curso gratuito destaca cultura afro-brasileira

Catedrático recebe homenagem durante Congresso de Literatura

Noé Jitrik abre Simpósio ArgentinoO professor Noé Jitrik, catedrá-

tico e diretor do Instituto de Lite-ratura Hispanoamericana na Uni-versidade de Buenos Aires (UBA), abriu ontem, dia 29, às dez da ma-nhã, o 1º Simpósio Internacional de Literatura Argentina, com uma conferência no auditório Henrique da Silva Fontes. A mesa teve como debatedor, Jorge Monteleone, da UBA. A escolha de Noé Jitrik para iniciar o ciclo de palestras foi uma homenagem dos organizadores, os professores do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas (DLLV) Raul Antelo, Jair da Fonseca e Jorge Wolf, Liliana Reales Depar-tamento de Língua e Literatura Es-trangeiras (DLLE) e Roberto Ferro, da UBA. “Noé renovou o debate te-órico e político na literatura argen-tina dos anos 60. Também possui características peculiares devido à sua vasta bagagem como crítico cultural”, disse Antelo.

Prática da literatura - O tema do homenageado, “Três Imersões Fugazes”, será debatido com base em três textos. O primeiro é sobre a relação que existe entre a ideia de “desprendimento” e a “retenção”, em uma perspectiva psicanalítica, a partir de situações literárias. O se-gundo é sobre as operações da me-mória, em especial o esquecimento. Uma reflexão sobre o conceito de

ensaio é o assunto do último texto e foi escolhido por ser um gênero textual com definição não muito clara. O objetivo desse debate é que o público “se aproxime a uma ma-neira de ver determinados assuntos relativos à literatura a partir de uma óptica não convencional, como um convite a repensar os modos de entender e praticar a literatura”,

explica o crítico.Aberto à comunidade - Além

de Jitrik, pesquisadores como Car-los Eduardo Capela (DLLV), Eduar-do Becerra (Universidad Autonoma de Madrid), Gabriela Nouzeilles (Princeton University) e Ana Cecília Olmos (USP), também participarão de mesas redondas e debates. O simpósio vai até amanhã, com pa-

lestras das nove e meia da manhã às seis da tarde. Antrada é gratuita, aberta à comunidade. Este evento é uma realização dos núcleos ONET-TI e NELIC com o apoio do CNPq, FAPESC, UFSC, Ministério das Re-lações Exteriores e Consulado da República Argentina.

Carolina Franco

Géssica Silva

Diretor do Instituto de Literatura Hispanoamericana da UBA ontem do auditório do CCE

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Laura Vaz

9ª SEPEX começa receber inscrições para minicursos

6 | Cultura | Setembro 2010 Jornal do CCE

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O primeiro filme exibido foi “Häxan”, de Benjamin Christen-sein, no dia 27 de agosto, que tratou da intolerância religiosa na Europa durante a Idade Mé-dia. “O Ciclo traz a importância da união da arte cinematográfica com o aprofundamento histórico para os acadêmicos e interes-sados em geral, na tentativa de alcançar maior grau de compre-ensão”, explica Alexandre Valim. Até agora já foram debatidos Häxan, O sétimo Selo, do sueco Ingmar Bergman, e O Incrível Exército de Brancaleone, do ita-liano Mario Monicelli. O evento é aberto à comunidade e as inscri-ções são gratuitas, podendo ser feitas no Departamento de His-tória por ordem de chegada. Em média 40 pessoas têm assistido aos filmes da mostra. Essa pri-meira edição do evento promete ainda a realização de outros dois Ciclos que abrangerão assuntos como a Guerra Fria e Akira Kuro-sawa, um dos maiores cineastas japoneses.

Quem estiver interessado em conhecer um pouco mais da realidade da Idade Média pode conferir até o dia 29 de outubro o I Ciclo de História e Cinema, que é marcado pela análise cinematográfica alia-da ao debate do contexto his-tórico trazido pelos filmes. As próximas apresentações são “O Decameron” no dia 1º de outubro, e a mostra será fi-nalizada no dia 29 do mesmo mês com o filme “O Senhor da Guerra”, de Franklin J. Schaff-ner. Com o tema “A Idade Média no Cinema – O fantástico e o medo”, o Ciclo, que começou no dia 27 de agosto, acontece no auditório do CFH, sempre às 14 horas. A promoção é do Curso de História e conta com a participação e coordenação de dois professores do Curso de Cinema: Alexandre Busko Valim e Henrique Oliveira. Após cada sessão, o profes-sor Henrique Oliveira é um dos responsáveis pela análise das realidades retratadas nas obras.

Produções desenvolvidas por alunos renovam a grade da emissora Novos programas na Rádio Ponto

Noticiários, programas de esportes e debates ao vivo vol-taram a fazer parte da progra-mação da Rádio Ponto a partir deste mês. Produzidos e apre-sentados pelos estudantes de Jornalismo, os programas es-tiveram suspensos durante as férias e a emissora passou a veicular apenas trabalhos gra-vados. Além da programação normal do primeiro semestre, três novos programas foram incluídos: UFSC Esporte Clu-be, Lança Perfume e Papos de Orégano.

O Núcleo de Jornalismo Es-portivo continua com o notici-ário semanal Bola na Trave e, para a cobertura da Champions League e do Campeonato Euro-peu, a Grande Jornada Espor-tiva. A novidade no Núcleo é o programa UFSC Esporte Clube, um noticiário com informações exclusivas do esporte em Flo-rianópolis, com destaque para

o futebol, o futsal e o vôlei. Além do esportivo, entram

no ar dois novos programas, o Lança-perfume e o Papos de Orégano, com o objetivo de

discutir assuntos polêmicos em forma de uma conversa des-contraída. O Lança-perfume é voltado para o público femini-no e contará com reportagens,

entrevista e quadros de entre-tenimento.

Produzidos como atividade da disciplina de Radiojornalis-mo I, o Estação UFSC e o Cul-turama são transmitidos em duas edições, quinzenalmente, e foram os primeiros a retornar à programação, já na primeira semana do mês. Em forma de noticiário, trazem informações gerais e sobre cultura, que en-volvem a comunidade universi-tária.

A Rádio Ponto UFSC é um projeto de extensão que funcio-na desde 1999 como emissora virtual do Curso de Jornalismo, atualmente com a orientação da professora Valci Zuculoto. Dentro do campus, a rádio pode ser sintonizada na frequência 106.1 FM, e fora dele pode ser acessada através do endereço www.radio.ufsc.br.

Gabriele Duarte

Luiza Lobo

Alunos durante a apresentação do programa esportivo Bola na Trave

Ciclo de cinema debate Idade Média

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Exílio de JK vira filmeO professor de fotografia do

Curso de Cinema, Charles Cesco-netto, produziu e dirigiu o filme Novo Brasil-JK no Exílio, junto com o francês Bertrand Tesson. O do-cumentário retrata o período em que Juscelino Kubitschek esteve exilado em Paris por um ano du-rante a Ditadura Militar. Entre os entrevistados estão a filha do Pre-sidente, Maria Estela Kubitheck, a secretária dele na época, Maria Alice Gomes Berengas, parentes, e amigos como Oscar Niemeyer e Ivo Pitanguy.

A história se passa entre 1964 e 1965, quando JK teve os direitos políticos cassados no Brasil e par-tiu obrigado para o exílio. Segundo Cesconetto, o objetivo do filme foi mostrar a trajetória política mais difícil na vida de Juscelino, basea-da nas memórias e relatos da se-cretária Maria Alice. A partir de 2009 a equipe de produção inten-sificou as pesquisas e filmaram em Paris, Brasília e Rio de Janeiro.

O projeto, que contou com o apoio do Ministério da Cultura, teve produção da brasileira Geo-filmes e da francesa Cinérgie, ga-nhadora do Cesar, prêmio anual do cinema francês. A reconstrução cronológica dos acontecimentos foi possível devido aos arquivos

obtidos no Ministère des Affaires, na Embaixada da França no Brasil e nos relatórios do Ministère de l´Intérieur.

Novo Brasil-JK no Exílio tem 52 minutos de duração e está ago-ra em processo final de edição. O lançamento está previsto somente para ano que vem na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, no Memorial JK, em Bra-sília e na Embaixada do Brasil na França, em Paris. O documentário é destinado à TV e DVD.

Helena Stürmer

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Cartaz de divulgação do filme

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Jornal do CCE: A performan-ce arte mistura várias expres-sões artísticas e, por isso, é facilmente confundida com teatro, dança, música. Como o Sr. define a performance arte? Rodrigo Garcez: É mais fácil começar pelo que a performan-ce não é: ela não é teatro, não é dança, não é música. A per-formance não tem personagem e não tem dramaturgia, é uma ação de multi-linguagens, uma ruptura de padrões estabeleci-dos. Usualmente, ela também se difere por não acontecer em al-gum lugar consagrado, como um palco, ela ocorre em um ambien-te em que a investigação do ar-tista é orientada para a sua arte.

JCCE: Apesar de estar rela-cionada com artes milenares, a performance vem sendo difundida há poucas déca-das. Em que contexto ela surgiu? RG: Histori-camente, pri-meiro vieram as vanguardas europeias, na virada dos anos 60, como dada e surrealismo, abrindo caminho para uma série de manifesta-ções, como a performance, que começaram a acontecer em Pa-ris, Nova York, Londres. A per-

formance surgiu rompendo com as artes plásticas e buscando um novo mercado de arte, assim o artista passou a procurar novos espaços, valorizando mais o pro-cesso que o produto final. Hoje, existem organizações de pesqui-sa e congressos mundiais sobre o assunto. A performance não se trata mais de uma pioneira de vanguarda, ela está estabeleci-da como linguagem e mercado, podendo ser comprada por um museu e até repetida.

JCCE: As inovações que al-gumas performances trazem podem causar espanto e se-rem mal interpretadas, como aconteceu com “Na Brasa de Pindorama”. O que Betinho Chaves, quis passar em sua apresentação? RG: Ele estava baseado no mani-festo antropofágico oswaldiano,

fazendo uma releitura no próprio corpo sobre os indí-genas massa-crados. Antes da chegada dos por tugueses , Pindorama era o nome que ín-dios chamavam o Brasil. Foi uma poética elencada por

Betinho como prioritária, o nu entrava em alguns momentos para estabelecer esse diálogo. De forma alguma foi algo delibe-

rado como um ofensa ao público. JCCE: Muitos artistas explo-raram o nu, consagrando-o na história da arte. Em uma universidade, como o Sr. ana-lisa a reação do público à “Na Brasa de Pindorama”?RG: Os artistas podem experi-mentar e esse tipo de manifes-tação faz parte do cotidiano de uma faculdade de artes. Portan-to, num ambiente universitário, onde a performance está no cur-rículo de algum curso, as pesso-as já deveriam estar acostuma-das. O choque causado foi pelo ineditismo, colocado em público numa universidade que até o momento é muito voltada para a área de ciências exatas. “Na Bra-sa de Pindorama” acabou sendo julgada por muitos como ape-nas um ato de molecagem, uma ousadia adolescente, mas não se trata disso, a performance é muito consolidada na história da arte e, nos grandes centros me-tropolitanos, já é algo comum.

Com a sua apresentação, Beti-nho tentou abrir um diálogo com a comunidade, que não soube ler o fenômeno artístico, deixando as artes numa total incompre-ensão.

JCCE: Betinho Chaves foi pre-so e está respondendo por atentado ao pudor. Na condi-ção de professor, como o Se-nhor avalia o caso?RG: Não estou aqui para ser um professor revolucionário. A posição que eu e toda a coor-denação do curso estamos to-mando é para abrir um diálogo e conseguir o apoio da Universi-dade. Vamos dialogar enquanto for possível, mas iremos brigar pelos direitos de Betinho, se for necessário. Embora não soubes-se de todo o conteúdo da perfo-mance, inclusive o nu, assumo total responsabilidade pelo que aconteceu.

Professor fala sobre prática de performance e nu artístico no Restaurante Universitário

Rodrigo Garcez

“Esse tipo de manifestação [o nu artístico] faz parte do cotidiano de

uma faculdade de artes. ”

Luiza Lobo

Doutor em artes pela USP, Rodrigo Garcez é pesquisador e le-ciona Teoria e Prática da Performance no curso de Artes Cêni-cas da UFSC. Recentemente orientou a apresentação “Na Brasa de Pindorama”, feita por Betinho Chaves, aluno da 6ª fase, que acabou interrompida pela equipe de segurança do campus por-que o estudante estava nu. “Na Brasa de Pindorama” fez parte da 3ª Semana Ousada de Artes, que aconteceu de 20 a 24 de Setembro, na UFSC e na UDESC.

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8 | EntrEvista | Setembro 2010 Jornal do CCE

Garcez defende nu artístico e apresentação da perfomance