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Universidade Federal do Pará Campus Universitário de Bragança Instituto de Estudos Costeiros Faculdade de Ciências Biológicas Jonas Braga Nazaré Filho Um novo gênero e espécie de Cecidomyiidae (Diptera) associado à Avicennia germinans L. (Acanthaceae) em Tamatateua, Bragança, PA Bragança PA 2015

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Universidade Federal do Pará

Campus Universitário de Bragança

Instituto de Estudos Costeiros

Faculdade de Ciências Biológicas

Jonas Braga Nazaré Filho

Um novo gênero e espécie de Cecidomyiidae (Diptera) associado à Avicennia germinans

L. (Acanthaceae) em Tamatateua, Bragança, PA

Bragança – PA

2015

Jonas Braga Nazaré Filho

Um novo gênero e espécie de Cecidomyiidae (Diptera) associado à Avicennia germinans

L. (Acanthaceae) em Tamatateua, Bragança, PA

Bragança – PA

2015

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Faculdade de Ciências Biológicas do Instituto de

Estudos Costeiros da Universidade Federal do Pará,

Campus de Bragança, como requisito para obtenção

do título de Licenciado em Ciências Biológicas.

Orientadora: Profa. Dra. Rita de Cássia O. dos Santos

Um novo gênero e espécie de Cecidomyiidae (Diptera) associado à Avicennia germinans

L. (Acanthaceae) em Tamatateua, Bragança, PA

Jonas Braga Nazaré Filho

Banca Examinadora:

_______________________________________

Profa. Dra. Rita de Cássia O. dos Santos

IECOS, Campus de Bragança, Universidade Federal do Pará

Orientadora

_______________________________________

Prof. Dr. Marcus Vinicius Domingues

IECOS, Campus de Bragança, Universidade Federal do Pará

_______________________________________

Profa. Dra. Marivana Borges Silva

IECOS, Campus de Bragança, Universidade Federal do Pará

Bragança

2015

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi

julgado para outorgar o Título de

Licenciado em Ciências Biológicas pela

Faculdade de Ciências Biológicas do

Instituto de Estudos costeiros/Universidade

Federal do Pará.

Dedicatória

Dedico este trabalho à minha família.

Agradecimentos

À Deus, por tudo o que me foi proporcionado.

Agradeço à Universidade Federal do Pará (UFPA) e ao Instituto de Estudos Costeiros (IECOS) pela estrutura

oferecida para a realização deste trabalho. À Coleção de Zoologia de Bragança (CZB), sob a responsabilidade da

Profa. Dra. Rita de Cássia O. dos Santos, pela disponibilidade de espaço físico e de materiais utilizados. Ao

Laboratório de Ecologia de Manguezal, sob a responsabilidade do Prof. Dr. Marcus Emanuel Barroncas

Fernandes, pelo apoio fornecido em transporte e equipamento óptico. À Estação Multiusuário E-

MULTIMAGEM, sob a responsabilidade do Prof. Dr. Marcus Vinicius Domingues, pela disponibilidade na

utilização dos equipamentos ópticos.

Agradeço a minha orientadora Dra. Rita de Cássia O. dos Santos por seu profissionalismo, por ter confiado em

mim a realização deste trabalho e pela grande amiga que se tem revelado durante esta trajetória, obrigado por sua

humildade e por todos os ensinamentos que com certeza fizeram de mim uma pessoa melhor. À minha namorada

Talita Robert, por ter sido uma incansável companheira e grande amiga durante todos os instantes deste trabalho,

Te amo! Aos meus eternos amigos do curso de Biologia: Diego Moizés, Geusivam Soares, Ítalo Lutz, Leonardo

Watanabe e Renan Reis, pelos bons momentos proporcionados, com certeza formamos uma grande equipe. Ao

Wellington Lima, por sua amizade, humildade e alegria. A todos os amigos da Coleção de Zoologia: Ivan, Jean e

Jucicléia por todas as conversas e companhia.

À minha Família pelo seu exemplo de união e por ter acreditado em minha competência, sem dúvidas,

vocês foram uma grande motivação para eu chegar até aqui. Sou grato a tia Graça pelo exemplo de mãe e pela

oportunidade oferecida.

Sumário

Glossário................................................................................................................................................. 7

CAPÍTULO I: Introdução Geral ............................................................................................................. 9

Introdução ............................................................................................................................................ 10

Materiais e Métodos ............................................................................................................................ 11

2. Área de estudo ............................................................................................................................... 11

2.1. Metodologia ........................................................................................................................... 11

Referências Bibliográficas .................................................................................................................. 12

CAPÍTULO II: Um novo gênero e espécie de Cecidomyiidae (Diptera) associado à Avicennia

germinans L. (Acanthaceae) em Tamatateua, Bragança, PA .......................................................... 14

Resultados e Discussão ........................................................................................................................ 16

Conclusão ............................................................................................................................................. 20

Agradecimentos ................................................................................................................................... 20

Referências ........................................................................................................................................... 21

7

Glossário

Aedeago: O órgão copulador presente em insetos machos (pênis).

Árculo: Pequena veia transversal entre as veias radial e cubital.

C: veia costal da asa.

Cercos: Par de apêndices metaméricos do segmentode alguns insetos.

Cerda: Projeção cuticular em forma de pelo, geralmente de função sensorial.

CuA: veia cubital anterior da asa.

CuP: veia cubital posterior da asa.

Escapo: Artículo mais basal da antena.

Esterno: A superficie ventral completa· de um segmento.

Faceta: A superficie externa de um omatídio.

Flagelômero: Cada subdivisão do flagelo.

Gonocoxito: O artículo basal de um gonópode.

Gonóstilo: Estrutura alongada presente no segmento genital.

M3: veia medial 3 da asa.

Occipício (occipital):A extremidade posterior da cabeça.

Ovipositor: Estrutura especializada para oviposição, presente nas fêmeas de vários grupos de

insetos.

Palpo: Apêndice articulado da maxila ou do lábio.

Parãmero: Estrutura na genitália masculina do inseto, usualmente um lobo ou apêndice na

base do edeago.

Pedicelo: O segundo artículo da antena de um inseto.

R1: veia radial 1 da asa.

R5: veia radial 5 da asa.

Sc: veia subcostal da asa.

Tergito: Um esclerito que compõe o tergo.

8

Abstract: A new genus and species of Cecidomyiidae associated with Avicennia germinans L. (Acanthaceae)

is described and illustrated (male and female) based on material from Bragança, Pará, Brazil. The new genus is

diagnosed by the profile of flagellomeres that are binodal and bicircumfilars in male, cylindrical and

bicircumfilars in female; palp with a single segment; Wing with R5 meeting with C beyond the apex; the 1st

tarsomeres with similar spikes in all legs; tarsal claws simple, curved from 1/3 of its size and well developed

empodium, reaching 2/3 of the length of legs; paramers present; aedeagos longer than the paramers, gradually

decreasing to the apex; ovipositor little protractile and female separate enclosures. The new genus belongs to

Cecidomyiidi supertribe, but it cannot be placed to tribe.

Keywords: Avicennia germinans, Cecidomyiidae, taxonomia.

Resumo: Um novo gênero e espécie de Cecidomyiidae associado à Avicennia germinans L. (Acanthaceae) é

descrito e ilustrado (macho e fêmea) baseado em material de Bragança, Pará, Brasil. O gênero novo é

diagnosticado pelo perfil dos flagelômeros que são binodais e bicircunfilares no macho, cilíndricos e

bicircunfilares na fêmea; palpo com um único segmento; Asa com R5 encontrando com C além do ápice;

primeiros tarsômeros com esporões similares em todas as pernas; garras tarsais simples, curvadas a partir de 1/3

de seu tamanho e empódio bem desenvolvido, atingindo 2/3 do comprimento das garras; parâmeros presentes;

aedeagos mais longo que os parâmeros, diminuindo gradualmente até o ápice; ovipositor pouco protrátil e cercos

da fêmea separados. O novo gênero pertence a supertribo Cecidomyiidi, mas não pode ser posicionado em tribo.

Palavras-chave: Avicennia germinans, Cecidomyiidae, taxonomia.

9

CAPÍTULO I

__________________________________________________

Introdução Geral

10

Introdução

O ecossistema de manguezal representa uma área de transição entre o ambiente terrestre e marinho, e

este proporciona um meio adequado para alimentação, proteção e reprodução para muitas espécies animais

(Schaeffer-Novelli 1995).

A distribuição desse ecossistema no Brasil se estende desde o estado de Santa Catarina até o Oiapoque

no estado do Amapá. Os maiores e mais exuberantes manguezais da costa brasileira estão localizados no Amapá,

Pará e Maranhão, a maioria em seu estado natural (Kjerfve & Lacerda 1993; Lara & Cohen 2003; Mendes 2005).

Uma das características típicas do manguezal é sua baixa diversidade florística (Tomlinson, 1986). Por

exemplo, na região neotropical, a flora do manguezal é constituída pelos gêneros Avicennia L., Rhizophora L. e

Laguncularia Gaertn. f. (Hogarth, 1999). Contudo, é comum encontrar uma abundância de invertebrados nesse

sistema; é o grupo zoológico de maior representatividade no manguezal, e está representado, principalmente,

pelas formas jovens e adultas de insetos, anelídeos, moluscos e crustáceos (Sasekumar, 1974).

Dentre os artrópodes, os insetos são os principais representantes da fauna de invertebrados que ocorrem

no manguezal. Estes organismos podem ser herbívoros, detritívoros e predadores, além de existirem espécies

generalistas (Hogarth, 1999).

Insetos herbívoros podem causar danos consideráveis para a vegetação do manguezal (Kathiresan &

Bingham, 2001). Os danos ocorrem visivelmente como buracos, galhas, folhas atacadas por minadores, manchas

necróticas e incursões ao longo da margem da folha (Kathiresan, 1992). Embora alguns grupos de insetos, como

Orthoptera e Hemiptera, sejam herbívoros em todos os estágios de seu ciclo de vida, dípteros são herbívoros

apenas em seu estágio larval (Murphy, 1990).

Diversos trabalhos realizados em manguezais têm apontado uma maior preferência de insetos

herbívoros por plantas do gênero Avicennia (Robertson & Duke 1987, Hogarth 1999, Kathiresan & Bingham

2001, Santos et al. 2013). Recentemente, Santos et al. (2013) em um estudo analisando a incidência de insetos

galhadores em espécies do gênero Avicennia, concluíram que as espécies deste gênero podem ser consideradas

como superhospedeiras de indutores de galhas.

A galha ou cecídia é considerada o crescimento anormal nos tecidos vegetais sob influência de um

organismo parasítico, envolvendo hiperplasia/hipertrofia celular, garantindo abrigo e alimento para o indutor até

a emergência dos adultos (Pereira, 2005; Oliveira et al, 2008).

Insetos galhadores estão entre os herbívoros mais especializados e fascinantes por causa da capacidade

que estes têm de controlar e redirecionar o desenvolvimento da planta (Shorthouse et al, 2005). Insetos

galhadores constituem um tipo de herbívoros que, a fim de completar seu ciclo de vida, são, obrigatoriamente,

indutores de galhas na planta hospedeira (Rohfritsch & Shorthouse 1982; Raman et al, 2005). De um ponto de

vista evolutivo, galhas podem ser vistas como uma extensão induzida do fenótipo de insetos, devido suas larvas

terem a capacidade de controlar o desenvolvimento fisiológico e morfológico de seu hospedeiro (Weis et al,

1988).

Parece haver bastante especificidade nas interações entre galhadores e plantas, estando quase sempre

presentes nos mesmos grupos taxonômicos (Fagundes, Faria & Fernandes, 2001). Desta maneira, a distribuição e

11

abundância das plantas podem influenciar na comunidade de insetos galhadores (Gonçalves-Alvim & Fernandes,

2001).

Os organismos que disputam ou compartilham recursos, ou que se beneficiam de recursos produzidos

ou armazenados por outros, promovem a adaptação por meio da seleção de caracteres que favorecem a

capacidade de produzir ou manter estes recursos, por outro lado, os primeiros acabam sendo influenciados pelos

segundos resultando em um processo de evolução conhecido como co-evolução (Machado, 2007). Segundo

Gonçalves-Alvim & Fernandes (2001) a interação galhador-hospedeiro trata-se de um processo co-evolutivo, e

nesta relação a planta hospedeira tende a apresentar mecanismos de defesas contra os galhadores por meio da

produção de compostos secundários e de processos fisiológicos.

Entre os principais grupos de indutores de galhas, Dreger-Jauffret e Shorthouse (1992) relacionam a

família Cecidomyiidae (Diptera), que na região Neotropical, segundo Fernandes et al (1996), representa o maior

grupo de insetos galhadores, com cerca de 500 espécies descritas classificadas em 170 gêneros (Gagné 1994,

2004).

Segundo Maia (2001), a família Cecidomyiidae contém os insetos galhadores mais comuns em torno do

mundo, incluindo aproximadamente 5.000 espécies conhecidas, sendo que na região Neotropical somente cerca

500 espécies foram registradas,o que reflete a escassez de estudos taxonômicos nesta região. Para o Brasil, foram

registradas 159 espécies em 75 gêneros; deste total, 95 espécies de 47 gêneros ocorrem no Estado do Rio de

Janeiro (Maia, 2005). De acordo com Gagné (1994) é inestimável o número de espécies não descritas.

Este trabalho tem como objetivo geral realizar descrição de um inseto indutor de galhas que se

desenvolve em folhas de Avicennia germinans L.(Acanthaceae) em uma área de replantio de manguezal, na

península bragantina.

Materiais e Métodos

2. Área de estudo

O trabalho foi realizado em uma área de replantio de manguezal no entorno de um viveiro de mudas de

espécies de mangue, localizado na comunidade de Tamatateua (00º 57’12,5”S e 46º 47”02,4”W) (Figura 1),

situada a 15 km da sede do município de Bragança, no estado do Pará. A planície bragantina tem uma extensão

de 40 Km de linha de costa, que compreende desde a ponta do Maiaú até a foz do rio Caeté (Sousa Filho, 1995).

2.1. Metodologia

As folhas com galhas foram coletadas entre julho e setembro de 2014. As galhas de outros morfotipos

encontradas nas folhas coletadas de A. germinans, além do morfotipo objeto deste trabalho, foram destruídas

para não ocasionarem viés nas análises. Sempre metade das folhas coletadas com galhas foi dissecada para

obtenção de imaturos (larva e pupa), e a outra metade coletada foi levada ao laboratório, etiquetada e

fotografada, para registro do morfotipo de galha de interesse. As folhas com galhas foram acondicionados em

potes plásticos fechados com tecido de malha fina (organza), forrados com papel toalha umedecido e depositados

em estantes no laboratório sob temperatura ambiente. Os potes foram vistoriados diariamente para a verificação

da emergência de adultos. Todos os espécimes foram fixados em álcool 70% e depois montados em lâminas de

12

acordo com a metodologia de Gagné (1994). O Material (incluindo o tipo) foi incorporado à Coleção Zoologia

de Bragança (CZB), Bragança, Pará, Brasil.

Figura 1. Mapa do local de coleta - Viveiro de mudas implantado em Tamatateua – PA. Fonte: Google

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13

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WEIS, A. E.; R. WALTON & C. L. CREGO. 1988. Reactive plant tissue sites and the population biology of gall

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14

CAPÍTULO II

__________________________________________________

Um novo gênero e espécie de Cecidomyiidae (Diptera) associado à

Avicennia germinans L. (Acanthaceae) em Tamatateua, Bragança, PA

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Um novo gênero e espécie de Cecidomyiidae (Diptera) associado à Avicennia germinans

L. (Acanthaceae) em Tamatateua, Bragança, PA

Jonas Braga Nazaré Filho

Universidade Federal do Pará

Campus Universitário de Bragança

Instituto de Estudos Costeiros

Faculdade de Ciências Biológicas

Abstract: A new genus and species of Cecidomyiidae associated with Avicennia germinans L. (Acanthaceae)

is described and illustrated (male and female) based on material from Bragança, Pará, Brazil. The new genus is

diagnosed by the profile of flagellomeres that are binodal and bicircumfilars in male, cylindrical and

bicircumfilars in female; palp with a single segment; Wing with R5 meeting with C beyond the apex; the 1st

tarsomeres with similar spikes in all legs; tarsal claws simple, curved from 1/3 of its size and well developed

empodium, reaching 2/3 of the length of legs; paramers present; aedeagos longer than the paramers, gradually

decreasing to the apex; ovipositor little protractile and female separate enclosures. The new genus belongs to

Cecidomyiidi supertribe, but it cannot be placed to tribe.

Keywords: Avicennia germinans, Cecidomyiidae, taxonomia.

Resumo: Um novo gênero e espécie de Cecidomyiidae associado à Avicennia germinans L. (Acanthaceae) é

descrito e ilustrado (macho e fêmea) baseado em material de Bragança, Pará, Brasil. O gênero novo é

diagnosticado pelo perfil dos flagelômeros que são binodais e bicircunfilares no macho, cilíndricos e

bicircunfilares na fêmea; palpo com um único segmento; Asa com R5 encontrando com C além do ápice;

primeiros tarsômeros com esporões similares em todas as pernas; garras tarsais simples, curvadas a partir de 1/3

de seu tamanho e empódio bem desenvolvido, atingindo 2/3 do comprimento das garras; parâmeros presentes;

aedeagos mais longo que os parâmeros, diminuindo gradualmente até o ápice; ovipositor pouco protrátil e cercos

da fêmea separados. O novo gênero pertence a supertribo Cecidomyiidi, mas não pode ser posicionado em tribo.

Palavras-chave: Avicennia germinans, Cecidomyiidae, taxonomia.

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Resultados e Discussão

Gen. nov.

Diagnose. Cabeça: processo occipital presente; flagelômeros binodais no macho e bicircunfilares,

cilíndricos e bicircunfilares na fêmea; palpo com um único artículo; Asa com R5 encontrando com C além do

ápice; primeiros tarsômeros com esporões similares em todas as pernas; garras tarsais simples, curvadas a partir

de 1/3 de seu tamanho e empódio bem desenvolvido, atingindo 2/3 do comprimento das garras; parâmeros

presentes; aedeagos mais longo que os parâmeros, afilando gradualmente até o ápice; ovipositor pouco protrátil e

cercos da fêmea separados.

Descrição: Adulto. Cabeça: Macho e fêmea com 12 flagelômeros; Flagelômeros no macho binodais,

bicircunfilares e circunfilas onduladas com laços regulares em comprimento. Tórax: Asa - R1 atingindo C antes

da metade do comprimento da asa. R5 atingindo C após o ápice; Sc presente, Rs ausente, Cu bifurcada, M3

ausente; garras tarsais simples, curvadas a partir de 1/3 do seu comprimento, empódio bem desenvolvido,

correspondendo 2/3 do comprimento da garra tarsal. Abdômen: macho com tergitos 1-8 regulares,

esclerotinizados e cerdosos; esternitos pouco esclerotinizados; fêmeas com tergitos 1-8 regulares

esclerotinizados, tergito 8 pouco esclerotinizado e sem fileiras de cerdas caudais, esternito 1-4 pouco

esclerotinizados, esternitos 5-8 formando duas placas não fundidas; cercos masculinos arredondados; hipoprócto

não visível, aedeagos cônico, cilíndrico após sua metade, mais longo que o parâmero; gonocoxito robusto;

gonóstilo curvado, pouco menor que o gonocoxito; ovipositor pouco protrátil e cercos femininos não fundidos.

Espécie-tipo: Gen. nov. sp. nov.

Comentários: A primeira espécie de Cecidomyiidae já registrada para A. germinans foi Meunieriella

avicenniae (Cook) (Gagné, 1996). Desta forma, o gênero Meunieriella representa o primeiro gênero registrado

para esta planta hospedeira. Neste contexto, os indivíduos pertencentes ao gênero Meunieriella possuem

gonocoxito e gonóstilo extremamente alongado; geralmente apresentam no abdômen posterior dois

pseudotergitos além do oitavo tergito; estas características não são observadas no gen. nov. O gênero novo

pertence à supertribo Cecidomyiidi a qual engloba nove tribos na região Neotropical, caracterizadas em Gagné

(1994). No entanto, o conjunto de caracteres morfológicos apresentados pelo gen. nov. não permite sua inclusão

em nenhuma dessas tribos. Os Cecidomyiidi compreendem cerca de 170 gêneros neotropicais (Maia, 2005).

Gen. nov. sp. nov.

Descrição (Baseada em 7 espécimes adultos). Adulto. Comprimento do corpo (do pré-escudo à

margem posterior do tergito 8): 1,8-1,9 mm no macho (n=2) e 2,0-2,7 mm na fêmea (n=3). Cabeça (Figura 2).

Processo occipital presente em ambos os sexos. Olhos com facetas hexagonais. Antena: Escapo e pedicelo

globosos, sendo o escapo com diâmetro maior que o pedicelo; 12 flagelômeros em ambos os sexos, binodais no

macho, cilíndricos na fêmea, bicircunfilares e ornados como mostrados nas figuras 3 e 4. Palpos uni-

segmentados. Tórax – Asa (Figura 5) com 1,7-1,9 mm (n=7) de comprimento (do árculo até o ápice); R1

encontrando C um pouco antes da metade do comprimento da asa, R5 reta, porém muda o ângulo próximo ao

17

ápice e encontra-se com C imediatamente após o ápice, M3 ausente, CuA bifurcada, CuP ausente; garras tarsais

(Figuras 6 e 7) simples, curvadas a partir de 1/3 do seu comprimento, empódio bem desenvolvido,

correspondendo 2/3 do comprimento da garra tarsal. Abdomen. Macho (Figura 8): com tergitos 1-6 regulares,

com duas fileiras de cerdas caudais, sem sensilas tricóides, tergitos 7-8 esclerotinizados, com 3 fileiras de cerdas

caudais, sem sensilas tricóides, todos os tergitos com bastante cerdas. Placas esterníticas pouco esclerotinizadas.

Terminália (Figura 9) com gonocoxito largo e curto, aproximadamente uma vez e meia mais comprido que largo;

gonóstilo alongado, afilando após a metade de seu comprimento em direção ao ápice; cerco cordiforme cerdoso;

hipoprócto não visualizado; parâmero desenvolvido, digitiforme com cerdas, não envolvendo o aedeago;

aedeago longo em forma de cone, arredondado no ápice. Fêmea (Figura10): com tergitos 1-6 regulares, com

duas fileiras de cerdas caudais, sem sensilas tricóides, tergito 7 esclerotinizado, com 3 fileiras de cerdas caudais,

sem sensilas tricóides, e tergito 8 pouco esclerotinizado, todos os tergitos com bastante cerdas. Placas

esterníticas 1-4 pouco esclerotinizadas, esternitos 5-8 formando duas placas esclerotinizadas não fusionadas,

todas cerdosas; ovipositor (Figura 11) curto, pouco protrátil; cercos curtos não fusionados, com cerdas bem

distribuídas.

Material Tipo – Holótipo macho. Brasil, Pará: Bragança, Vila de Tamatateua, 15.VIII.2014, Braga &

Robert col. Parátipos: mesma procedência do holótipo, 1 macho e 5 fêmeas.

Localidade tipo: Vila de Tamatateua (00º 57’12,5”S e 46º 47”02,4”W) no município de Bragança, Pará.

Comentários:

Esta espécie não se encaixa em qualquer tribo ou gênero dentro da supertribo Cecidomyiidi. As tribos

estão listadas e caracterizadas abaixo: Anadiplosini (Veia Rs posicionada além da metade do comprimento de

R1; base ligeiramente curvada da veia M); Aphidoletini (primeira e terceira circúnfila do flagelômero do macho

apresenta laços muito irregulares; hipoprócto coberto com cerdas flexíveis); Asphondyliini (Flagelômeros

cilíndricos e circúnfilas anastomosadas no macho; sétimo esternito na fêmea muito mais longo do que o esternito

anterior, veia Sc pouco evidente e perda de Rs); Cecidomyiini (garras tarsais curtas, gonocoxitos robusto e sem

parâmeros); Centrodiplosini (fortemente esclerotizados, aciculados, ovipositor mais ou menos curvado com

cercos fundidos); Clinodiplosini (gonocoxito com lobo mediobasal obtuso, cercos do macho geralmente quadra

do ou secundariamente bilobado); Lestodiplosini (flagelômeros do macho tricircunfilares ou menos comumente

bicircunfilares, palpos com quatro segmentos, raramente três; garras tarsais denteadas em alguns gêneros);

Lopesiini (robustez geral; reduções no tamanho da antena do macho e nos laços circunfilares; dentes extras nas

garras do tarso de algumas espécies, curva da veia R5 na sua junção com Rs, Rs situada além da metade do

comprimento de R1, fêmea com pós-abdomen curto e cerco com muitas cerdas curtas concentradas ventralmente

ou ventro-apicalmente); Mycodiplosini (asa com 2.0-2.5 mm de comprimento, aedeago frequentemente dividido

longitudinalmente, cerco triangular ou quadrado e larvas geralmente associada com fungos); Hormomyiini

(longo tórax projetando-se anteriormente sobre a cabeça); Karshomyiini (tergo abdominal parcialmente dividido)

(Gagné1994, 2010).

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Figuras 2-7. Gen. nov. sp. nov.; 2, cabeça da fêmea, vista frontal; 3, 2o flagelômero do macho; 4, 11o flagelômero

da fêmea; 5, asa da fêmea; 6, garra e empódio tarsal do macho; 7, garra e empódio tarsal da fêmea.

Por não apresentar qualquer um dos conjuntos de características acima citadas, gen. nov. não pode ser

agrupado em nenhuma dessas tribos. Há 36 gêneros neotropicais não alocados na supertribo Cecidomyiidi

(Maia, 2011). Gen.nov. corresponde ao 37o gênero não alocado nesta supertribo, uma vez que gen.nov. não

compartilha as características distintivas das tribos já definidas.

Na chave de Gagné 1994 para segregar os gêneros neotropicais, o gen.nov. atingiria a dicotomia 24, se

ignorássemos a presença de dentes na garra tarsal, e o espécime corresponderia ao gênero Epihormomyia, porém

caracteres mais gerais não permitem a inclusão nesse gênero, tais como: o tamanho da asa de 3,5 mm de

comprimento, sendo que em gen. nov. a asa tem 1,9 mm de comprimento; a presença de dois dentes na garra

tarsal não é observado em gen. nov., este apresenta garras simples; e ovipositor curto em gen. nov., ao invés de

alongado como em Epihormomyia.

Esta espécie não só possibilita o registro de um novo gênero na região neotropical, como também

representa a segunda espécie indutora de galha já descrita para Avicennia germinans. A primeira espécie,

mencionada anteriormente, registrada para esta planta hospedeira foi Meunieriella avicenniae (Cook) (Gagné,

1996). A seguir são apresentadas considerações detalhadas sobre as diferenças referentes a gen.nov. sp. nov. e

Meunieriella avicenniae.

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Figuras 8-11. Gen. nov. sp. nov.; 8, segmento abdominal do macho 3-8, vista lateral; 9, terminália do macho,

vista ventral; 10, segmento abdominal da fêmea 4-8, vista ventral; 11, ovipositor, vista lateral.

Com base no adulto é possível afirmar que gen.nov. sp. nov. difere de M. avicenniae (Cook) (Tabela 1),

e representa uma espécie nova em função de diversas características morfológicas divergentes. Os indivíduos de

M. avicenniae apresentam antena com 14-16 flagelômeros, primeiro e segundo flagelômeros fundidos e palpos

com quatro segmentos; gen. nov. sp. nov. apresenta 12 flagelômeros em ambos os sexos, cilíndricos na fêmea e

binodal no macho e palpos com um único segmento. As asas de M. avicenniae atingem no máximo 1,6 mm de

comprimento, R5 encontra-se com C a 2/3 do comprimento da asa; as garras tarsais apresentam dentes grandes;

empódio tão longo quanto as garras e em gen. nov. sp. nov. a asa atinge 1,9 mm, R5 encontra-se com C após o

ápice da asa; as garras tarsais são simples e o empódio atinge apenas 2/3 do comprimento das garras tarsais.

No abdômen do macho de M. avicenniae, do sexto ao oitavo segmentos são retráteis, primeiro ao quinto

retangulares com um par anterior de sensilas tricóides, margem posterior com fileiras de cerdas simples a duplas,

do sexto ao oitavo tergitos retangulares muito mais estreitos do que o quinto tergito, fracamente esclerotizado

cada com um par anterior de sensilas tricóides; segundo ao quinto esternito retangulares, com um par anterior de

sensilas tricóides; cercos arredondados apicalmente; aedeago mais do que metade do comprimento do

gonocoxito. Gen. nov. spec. nov. apresenta tergitos retangulares, sem sensilas tricóides, tergitos 1-6 regulares,

com duas fileiras de cerdas caudais e tergitos 7-8 com 3 fileiras de cerdas caudais; placas esterníticas pouco

esclerotinizadas; cercos cordiformes, bastante arredondados; aedeago tão comprido quanto o gonocoxito.

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O abdômen da fêmea de M. avicenniae apresenta 9 tergitos regulares, com um par de sensilas tricóides e

uma única fileira de cerdas na margem posterior de alguns segmentos; esternitos regulares; cercos bulbosos

fundidos, ovipositor longo, protrátil e coberto com longas cerdas; gen. nov. sp. nov. apresenta tergitos 1-6

regulares, com duas fileiras de cerdas caudais, sem sensilas tricóides, tergito 7 com 3 fileiras de cerdas caudais,

sem sensilas tricóides, e tergito 8 pouco esclerotinizado; apresenta placas esterníticas 1-4 pouco esclerotinizadas,

esternitos 5-8 formando duas placas esclerotinizadas não fusionadas, todas as placas cerdosas; cercos curtos não

fusionados, com cerdas bem distribuídas; ovipositor curto e pouco protrátil.

1. Caracteres comparativos de gen. nov. sp. nov. e M. avicenniae.

Gen. nov. sp. nov. M. Avicenniae

Macho Fêmea Macho Fêmea

No de flagelômero 12 12 14 16

Forma do flagelômero Binodal Cilíndrico Cilíndrico Cilíndrico

No de artículos nos palpos 1 1 4 4

Comp. da asa (mm) 1,7 1,9 1,4 1,6

Garra tarsal Simples Simples Denteada Denteada

Sensilastricóides Ausente Ausente Presente Presente

Cerco da fêmea - Separado - Fusionado

Ovipositor - Curto - Longo

Conclusão

Tendo em vista a escassez de trabalhos realizados sobre taxonomia de indutores de galhas na região

amazônica, este trabalho representa um considerável progresso para o reconhecimento da diversidade de insetos

associados às plantas; desta forma é proposto um novo gênero e uma nova espécie de Cecidomyiidae para a

região Neotropical; e a segunda descrição de uma espécie cecidógena associada com Avicennia germinans e a

primeira descrição de um Cecidomyiidae indutor de galha para a costa norte do Brasil.

Agradecimentos

Agradeço à Universidade Federal do Pará (UFPA) e ao Instituto de Estudos Costeiros (IECOS) pela

estrutura oferecida para a realização deste trabalho. À Coleção de Zoologia de Bragança (CZB), sob a

responsabilidade da Profa. Dra. Rita de Cássia O. dos Santos, pela disponibilidade de espaço físico e de materiais

utilizados. Ao Laboratório de Ecologia de Manguezal, sob a responsabilidade do Prof. Dr. Marcus Emanuel

Barroncas Fernandes, pelo apoio fornecido em transporte e equipamento óptico. À Estação Multiusuário E-

MULTIMAGEM, sob a responsabilidade do Prof. Dr. Marcus Vinicius Domingues, pela disponibilidade na

utilização dos equipamentos ópticos.

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Referências

GAGNÉ, R. J. 1994. The gall midges of the Neotropicalregion.Ithaca, Cornell University.352 p.

GAGNÉ, R. J. & ETIENNE, J. 1996. Meunieriellaavicenniae (Cook) (Diptera: Cecidomyiidae) the leaf gall

maker of black mangrove in the american tropics. Proceedings of the Entomological Society of Washington

98:527-534.

GAGNÉ, R.J. 2010. Update for a catalog of the Cecidomyiidae (Diptera) of the world. Digital

version1.http://www.ars.usda.gov/SP2UserFiles/Place/12754100/Gagne_2010_World_Catalog_Cecidomyiidae.p

df (último acesso em 04/02/2015).

MAIA, V.C. 2005. Catálogo dos Cecidomyiidae (Díptera) do Estado do Rio de Janeiro. Biota Neotropica, Vol. 5

(número 2).

MAIA, V. C & SANTOS M. G. 2011. A new genus and species of gall midge (Diptera, Cecidomyiidae)

associated with Microgramma vacciniifolia (Langsd. &Fisch.) Copel. (Polypodiaceae) fromBrazil. Revista

Brasileira de Entomologia 55(1): 40–44.