Jogos pedagógicos
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JOGOS PEDAGÓGICOS
Introdução
Tipologia dos Jogos Pedagógicos
Fichas de Jogos Pedagógicos
A Execução do Jogo
A Escolha do Jogo
Utilizar Jogos em Formação
O que são Jogos Pedagógicos
Os Participantes
O Ambiente Físico
Introdução
É hoje corrente ouvir falar da necessidade de melhorar a
qualidade e eficácia da formação. Dirigentes de organismos
públicos ou privados, responsáveis políticos, referem a
necessidade de uma mão-de-obra, a todos os níveis, culta,
com boa preparação técnica, flexível, criativa, isto é,
competente.
Estas declarações não resultam de qualquer moda, mas das
necessidades de uma nova concepção do funcionamento da
economia e das instituições, do papel central que nelas joga cada trabalhador. A este não basta possuir bons conhecimentos
técnicos, ou saber fazer, tendo de desenvolver capacidades que têm que ver com a sua cultura, os seus sentimentos, o seu
relacionamento, enfim, as suas atitudes.
Durante muito tempo a formação desenvolveu (e continua a desenvolver), essencialmente a componente “saber” ou a do “saber
fazer”, deixando de lado a do “saber estar”. Se a pedagogia tradicional assegurava razoavelmente as duas primeiras, é
completamente ineficaz em relação à terceira, isto é, a do “saber estar”. Ora, é esta que se considera jogar o papel motor na
própria articulação dos diferentes tipos de saber, sendo, portanto, a pedra mestra da formação, na medida em que visa ajudar o
formando a assumir e a desenvolver as suas potencialidades como pessoa, as suas atitudes e comportamentos, a sua iniciativa e
criatividade, a sua capacidade de relacionamento e trabalho em grupo.
Assim, assiste-se a um crescente desejo por parte dos
formadores de introduzir alterações ao modo como
desempenham a sua actividade, de forma a assegurar a
formação, tomada nas suas três componentes. O apelo a
metodologias mais participativas é, pois, uma resultante
natural do desenvolvimento desse desejo. Porém, a
utilização dessas metodologias não é simples, exigindo uma
grande preparação e, por vezes também, meios implicando
elevados custos – por exemplo jogos de empresa – e
execução completa.
Respondendo à necessidade e ao desejo de melhorar a qualidade da formação, têm vindo a ser desenvolvidos esforços tendentes
a ultrapassar as dificuldades referidas. Numa primeira fase, os jogos posteriormente referidos neste tópico, poderão ser utilizados
tendo como objectivo central “quebrar o ritmo” de um dia de formação pesado, (re)situar os formandos num tema, motivar e
revitalizar as pessoas. Mas, à medida que os formadores forem praticando e ganhando confiança, dar-se-ão conta de que os jogos
têm um verdadeiro alcance pedagógico que é o de criar dinâmicas de aprendizagem, conjugando o saber, o saber fazer e o saber
estar.
Utilizar Jogos em Formação
A concepção básica dos Jogos Pedagógicos é a criação de dinâmicas no processo de aprendizagem, espaços onde os formandos:
Comunicam entre si
Põem em comum conhecimentos,
vivências, sentimentos
Negoceiam
Tomam decisões
Estabelecem
estratégias
Com a dinâmica criada, visa-se:
Motivar e “revitalizar” os
formandos através da quebra
de monotonia da cadência da
sessão de formação; Melhorar a integração dos
novos conhecimentos e
atitudes na prática
profissional;
Criar hábitos em equipa;
Criar um quadro de
referências comuns – a
própria realização do jogo –
essencial à dinamização dos
grupos;
Familiarizar os formandos
com métodos e técnicas de
resolução de problemas
O que são Jogos Pedagógicos
Pode entender-se como Jogo Pedagógico um conjunto de técnicas com utilização de meios mais ou menos elaborados, que
permitem uma participação e envolvimento geral dos formandos a nível cognitivo e afectivo, implicando a linguagem oral, gestual e
corporal e que tem sempre presente um objectivo pedagógico.
A realização de um Jogo Pedagógico envolve três fases:
1) Preparação do grupo de formação
com indicação dos:
Objectivos
Regras
2) Execução do Jogo 3) Análise e síntese conclusiva
Quando jogam, os participantes são postos a vivenciar – em situação simulada – situações cuja solução não está estandardizada:
as “soluções” dependem do livre arbítrio de cada jogador (embora o jogo possa induzir comportamentos).
Os jogadores nunca fazem exactamente, durante o jogo, o que eles tinham intenção de fazer quando o iniciam.
Em jogos envolvendo equipas, a acção dos jogadores, muitas vezes, dificulta, em vez de facilitar, a realização do objectivo comum.
É a tomada de consciência destes problemas que age como facilitadora de uma transformação profunda dos formandos ao nível
das suas atitudes.
Tipologia dos Jogos Pedagógicos
Existem tantas classificações quantos os autores. Em função da sua natureza poderá surgir esta classificação:
É uma técnica que consiste
num pequeno grupo de
pessoas representar,
teatralizar, uma situação da
vida real, assumindo os
papéis das personagens –
atitudes, características
profissionais e situacionais.
O Jogo de papéis tem por
objectivo facilitar a análise e
a compreensão do
problema, não de forma
teórica, mas em condições
próximas das reais. O Jogo
de papéis não fornece
soluções pré-estabelecidas.
Sob formas diversas, estes jogos
consistem em simular algumas etapas
(ou todas) da vida de uma empresa. Os
participantes assumem os papéis dos
responsáveis de diversas funções
dentro da empresa (chefe de produção,
gestor, director de marketing). Durante
o jogo os participantes terão de
estabelecer estratégias, tomar
decisões, ou seja, agir para fazer
evoluir a empresa (ou a estrutura que
está em foco), reagir a diversos
acidentes, procurar soluções.
Esta técnica permite que os
participantes se familiarizem com
instrumentos de gestão e, também,
que analisem as suas atitudes, os seus
comportamentos em acção.
Equivalentes aos jogos de
empresa, mas em que
situações simuladas se
centram sobre as dinâmicas
socioeconómicas territoriais
(ao nível local, regional…) e
sobre as características
específicas destes sistemas.
Existe também um conjunto
diversificado de exercícios e
pequenos jogos. Os
exercícios põem os
participantes a resolver
problemas específicos e de
âmbito circunscrito. O
exercício tem um carácter
técnico e pode ser resolvido
individualmente ou por
subgrupos.
Os pequenos jogos têm
características do jogo de
papéis, ou de mini casos, ou
de jogos de empresa, mas
com objectivos mais
restritos e neste aspecto,
assemelham-se aos
exercícios.
Jogo de papéis Jogos de Empresa Jogos de Desenvolvimento Exercícios/Pequenos Jogos
O Ambiente Físico
É um facto conhecido (e vivido) pelos formadores que o ambiente físico em que está mergulhada a acção de formação pode ser a
causa de dificuldades no decorrer da mesma. Alguns desses factores podem ser:
Salas pequenas
ou grandes
demais
Ruídos
exteriores
Deficiente
sonoridade
Cadeiras
desconfortáveis
Mesas
pequenas
demais ou
insuficientes
Falta de luz ou
luz demasiado
intensa
Muito calor ou
frio
As boas condições materiais não são suficientes para o sucesso de uma acção de formação… são, somente, necessárias e
indispensáveis.
Disposição da Sala
No entanto, a influência que exerce a disposição espacial dos formandos no seu grau de participação e envolvimento, não é,
muitas vezes, tomada em consideração.
Na clássica disposição das mesas (sala de aulas ou de conferência), com mesas em filas, os formandos são “incitados” a serem
simples ouvintes ou a limitarem a sua comunicação ao formador – ninguém gosta de falar para quem lhe tem as costas voltadas.
A disposição que melhor permite a participação de todos na discussão é a circular se as mesas são pequenas, ou a rectangular se
as mesas são muito grandes.
Nesta disposição todos vêem a cara uns dos outros: ela permite falar frente a frente com todos os participantes.
Com frequência, é necessário alterar a disposição da sala não só no início da formação (para formar o círculo) mas durante a
realização dos jogos, caso estes decorram em subgrupos.
Subgrupos ou Subgrupos com Observadores
Assim, é conveniente a sala estar equipada com mesas ligeiras que, facilmente,
possam ser movimentadas pelo grupo de formação.
Os Participantes
Durante a realização de um jogo pedagógico, todas as pessoas do grupo de formação devem participar, ou como jogadores, ou
como observadores.
1. JOGADORES
Nos jogos em que o objectivo central é a integração das pessoas (ex: jogos de
apresentação) ou pôr em comum os conhecimentos ou as dúvidas sobre determinado tema
(ex: tempestade de ideias) todos são jogadores.
Nos jogos em que os objectivos se centram sobre análise de situações vivenciadas durante
os mesmos, de atitudes, de comportamentos, dificuldades, formas organizativas, etc.,
somente alguns participantes “jogam” (em geral organizados em pequenos grupos). Nestes
casos, os “jogadores” são voluntários.
2. OBSERVADORES
Os observadores participam no jogo, não de forma directa mas pela observação das dinâmicas criadas no(s) grupo(s) de
jogadores.
As observações destes elementos são indispensáveis para permitir ao grupo de participantes
aprofundar a análise do que se passa durante o jogo.
É necessário, antes de dar início ao jogo, preparar os observadores para as suas funções, quer
ao nível das regras gerais de observação, quer ao nível da indicação de qual o âmbito dessa
observação.
Regras gerais para uma observação eficaz:
Dispor de instruções sobre o que vai observar (ex: tipo de organização do grupo,
intervenções que facilitam ou dificultam o trabalho de grupo, etc.,) dado que observar é
centrar a atenção sobre determinados aspectos do jogo (não é assistir/ver o jogo);
Observar, sem interferir na dinâmica dos jogadores (pela fala, gestos ou expressões);
Situar-se fora do círculo de jogadores, embora em posição de poder ver/ouvir aqueles que deve observar;
Relatar os factos observados, sem tecer juízos de valor sobre as pessoas observadas.
O que se está a observar são dinâmicas, comportamentos, gerados pela situação criada, não se estão a avaliar qualidades
ou defeitos pessoais dos jogadores (por exemplo: pode observar-se que “determinado comportamento foi autoritário”, mas
não se pode afirmar que “fulano é autoritário”).
Pessoalizar as observações impede qualquer análise por parte do grupo.
A Escolha do Jogo
1. Antes de escolher o jogo, o formador tem de ter claro:
Qual o tema que vai ser trabalhado nessa sessão de formação (ex: segurança no trabalho).
Qual é o objectivo que se pretende alcançar (ex: analisar as resistências ao uso de equipamento de segurança numa
instalação fabril).
Com quem vai trabalhar / características dos participantes (ex: responsáveis da Higiene e Prevenção de fábrica(s)
metalúrgica(s), com habilitações… etc.) .
2. Uma vez clarificadas estas questões, é que se procura
qual é o jogo (ou outra técnica) mais adequada para tratar desse
tema, para alcançar esses objectivos, tendo em conta esses
participantes específicos (ex: jogo de papéis).
3. Uma vez resolvidas as questões anteriores, analisar a
ficha do jogo e detalhar o procedimento a seguir aquando da sua
aplicação.
Ponderar a escolha do jogo (ou adaptar o procedimento), face às condições existentes: número de participantes, ambiente físico,
tempo disponível no plano da sessão…
E Após a Escolha
1. Preparar o material necessário ao jogo.
2. Caso se trate de um jogo que o formador utiliza pela primeira vez, pode ser útil:
Falar com formadores que já o utilizaram;
Detalhar passo a passo o procedimento (ex: como vai apresentar o
jogo, como vai formar os subgrupos, como organiza a sala, etc.);
Formular hipóteses sobre os resultados do jogo.
3. Preparar hipóteses de aprofundamento/análise para a fase de debate
em grande grupo.
4. Preparar material teórico de apoio a esta análise.
A Execução do Jogo
1. Apresentação do Jogo
Na apresentação de um Jogo Pedagógico ter em atenção que esta deve:
Situar os participantes sobre o tema que se está a tratar.
Realçar os objectivos que se pretendem atingir (só de forma genérica, detalhar em
demasia os objectivos pode levar a que se perca a espontaneidade das pessoas e
a consequente dinâmica do jogo).
Evitar utilizar a palavra “jogo”.
Com efeito a utilização da palavra “jogo”, e a não enunciação dos objectivos, pode gerar
resistências ao trabalho – por associação dos conceitos jogo-lúdico-crianças – em vez da
adesão dos formandos.
2. Desenvolvimento do Jogo
Regras de Funcionamento
Ter especial cuidado na explicitação destas. De um modo geral é conveniente distribui-las por escrito.
Entregar também aos observadores uma cópia das instruções para os jogadores – eles têm de saber o contexto do que estão a
observar. Mas não entregar nunca aos jogadores as instruções para os observadores – condicionaria a dinâmica do jogo.
Tempo Exigido
No item Fichas de jogos Pedagógicos indicar-se-á o tempo
médio da duração dos jogos.
Alguns participantes – ou grupos – necessitam de menos
tempo, outros de muito mais. O formador deverá atender a
estas diferenças, e parar o jogo quando o número suficiente
de participantes terminou o exercício, e em função dos
objectivos por si seleccionados. No entanto, acontece,
com alguma frequência, que a adesão dos participantes aos
aspectos lúdicos do jogo levam o grupo a resistir à
interrupção do mesmo (se tivéssemos mais tempo, tínhamos
conseguido… agora é que estava animado… etc.).
Neste caso, o formador deverá ser inflexível quanto à decisão de parar e lembrar aos jogadores que o tempo disponível é um dado
determinante em todas as actividades.
3. Análise do Jogo
A análise ou “exploração do jogo” segue-se, de imediato, à sua realização e é uma fase imprescindível. Com efeito, nesta fase,
concretizam-se os objectivos pedagógicos propostos com o jogo.
Efectua-se a sistematização da experiência vivida, relacionam-se esses
elementos com a realidade profissional, passando do particular ao geral,
procurando-se soluções alternativas para este tipo de situações.
Primeira Etapa: O Vivido
Em plenário, pede-se a cada participante que se pronuncie sobre o que
se passou durante o jogo. Não se trata de um debate. Todos devem
escutar em silêncio o elemento que estiver a falar, sem tecer
comentários, anotando as ideias ou afirmações que querem debater
posteriormente.
Durante esta primeira etapa o formador tem as seguintes funções específicas:
Anunciar ao plenário os resultados do jogo (não os analisa nem comenta);
Pedir em primeiro lugar aos jogadores – e só aos jogadores - que se pronunciem pondo-lhes questões deste tipo:
o - O que me foi desagradável? Estas duas questões são altamente recomendáveis para avaliar o global da
o - O que apreciei? experiência. Pedir sempre por esta ordem – 1º o negativo/2º o positivo
Quais as dificuldades?
Para si, qual era o objectivo pedido?
Quais as causas do objectivo não ter sido alcançado?
O que mais me surpreendeu?
Pedir em segundo lugar aos observadores para falarem (e só aos
observadores) sobre:
O que lhes foi pedido que observassem;
O que observaram
Reformular, quando necessário, afirmação dos participantes de forma a
auxiliar a sua clarificação (mas nunca tecer comentários/apreciações sobre as
mesmas).
Ser directivo quando à forma como decorre o plenário.
Segunda etapa: Debate
Nesta etapa, o plenário passa a sistematizar e analisar os elementos que
estiveram presentes durante a realização do jogo.
O formador tem as seguintes funções específicas:
Coordenar o debate, centrando-se sempre que necessário em
temas de interesse para o objectivo pedagógico que se propôs,
evitando que a análise se disperse por outros aspectos que não são
importantes nesse momento;
Estimular a participação de todos os elementos;
Reforçar as opiniões expressas;
Relançar os problemas inventariados, para os fazer discutir;
Estimular o surgimento de analogias entre as situações vividas no
jogo e situações profissionais reais ou estabelecê-las.
Sistematizar teoricamente as principais linhas de força das opiniões expressas.
Terceira Etapa: Síntese Conclusiva
No final do debate, é importante o formador efectuar uma intervenção, que globalize, do ponto de vista teórico e prático, todo o
trabalho desenvolvido.
Um elemento importante a ter em conta na aplicação dos jogos pedagógicos é ter imaginação criatividade, para os modificar,
adequá-los às situações pedagógicas, e… criar novos jogos.
Com efeito, cada jogo pode ter muitas variantes e muitos procedimentos, adaptando-se a participantes, situações e objectivos
diversos
Fichas de Jogos Pedagógicos
Neste tópico, optou-se por jogos simplificados (exercícios/pequenos jogos e jogos de papéis) que podem ser aplicados por
formadores com pouca experiência neste domínio.
Os jogos aqui incluídos foram agrupados, de acordo com o objectivo de utilização em:
Jogos de Análise Geral
Conjunto de instrumentos que podem ser utilizados no tratamento de temas
muito diversificados.
Jogos de Apresentação
Conjunto de jogos que permitem um aprofundar da relação grupal no início do
ciclo de formação
Jogos de Planificação e Organização
Jogos que permitem equacionar as dificuldades de planificar e de organizar o trabalho.
Alguns destes jogos podem também ter por objectivo central a análise dos processos de comunicação. No entanto, neste caso,
optamos por realçar objectivos de mais fácil abordagem.
Esta escolha teve como critério central evitar, na medida do possível, algumas dificuldades decorrentes da sua aplicação em
situações de formação. Com efeito, a utilização de técnicas participativas, ao modificar as condições da situação pedagógica
tradicional, pode provocar alguns tipos de tensões e inquietações ao nível das relações interpessoais.
Por outro lado, alguns jogos, mais envolventes, podem ter implicações mais ou menos profundas na personalidade, e fazer emergir
dinâmicas para as quais a maioria dos formandos não está preparada.
Jogos de Análise Geral
O conjunto de técnicas aqui agrupadas tem como característica comum o permitir trabalhar uma grande diversidade de temas, em
função dos objectivos específicos do formador.
No entanto, cada uma destas técnicas tem as suas particularidades: umas permitem-nos colectivizar ideias ordenadamente
(tempestade de ideias), outras resumir ou sintetizar discussões (Phillips 6/6), outras promover uma discussão ampla sobre um
tema ou estabelecer relações e interpretações acerca do tema que está a ser tratado (jogo de papéis).
Philips 6-6
Aplicação
Antes de iniciar uma exposição para um
grupo numeroso, pretende-se conhecer as
dúvidas ou opiniões do grupo em questão.
Também se pode utilizar para que o grupo
formule perguntas depois de uma exposição
(ou as suas opiniões sobre a mesma).
Procedimento
1. Esclarecer o grupo desta técnica.
2. Pedir aos formandos que se organizem em grupos
de 6 pessoas.
● Cada grupo nomeia um coordenador que
orienta a discussão
3. Anunciar a pergunta ou tema em discussão, sobre
qual o grupo se deverá debruçar e chegar a uma
conclusão em 6 minutos.
4. No final deste trabalho, os coordenadores informam
o plenário do resultado da discussão.
Objectivo
Obter, num curto espaço de tempo, as ideias
de um grupo numeroso sobre um
determinado tema.
Despertar o interesse das pessoas
possibilitando a participação de todos.
Número de participantes Mais de 20.
Tempo 20 minutos.
Variantes
Pode-se alterar o número de pessoas por
grupo e o tempo, mas para atingir os
objectivos não ultrapassar as 8 pessoas e os
15 minutos.
Comentários
Esta técnica não é aplicável quando o
objectivo a atingir é levar os formandos a
aprofundar um tema, porque o tempo de
discussão é muito curto.
Jogo de papéis
Aplicações É muito útil, quando um grupo quer desenvolver
uma actividade e quer aprofundar como vai
realizá-la, que comportamentos vai ter, com
quem atitudes se vai confrontar. Ex:
vendedores, entrevistadores…
Procedimento
1. Preparar o grupo de formandos.
Não se “entra a frio” na realização de um jogo de papéis (é uma técnica que exige o
envolvimento dos formandos): é necessário um aquecimento, para os formandos se
colocarem “dentro” da situação que vai ser jogada. Para isso:
● Distribuir um texto que descreve a situação que se vai jogar, mostrar filme ou
testemunhos
● Animar uma discussão sobre a situação (curta)
● Assim que os formandos começam a identificar algumas personagens da situação, pedir
voluntários para jogar esses papéis.
2. Preparação da representação
● Distribuir, a cada personagem, os elementos caracterizadores desta
● Pedir ao grupo que auxiliem cada jogador a “entrar na pele” do seu personagem.
Atenção: nem o formador nem o grupo devem sugerir aos jogadores que comportamentos
devem ter durante a representação. É o jogador que deve definir-se. Os elementos do grupo
que não estão a representar são observadores. Os observadores devem ser preparados e
receberem instruções sobre que devem centrar a sua observação. Por exemplo:
● O que diz cada personagem
● Os seus gestos
● Que argumentam facilitam o diálogo
Objectivos Analisar as diferentes atitudes e reacções das
pessoas frente a situações ou objectivos
concretos.
Número de
participantes
De 12 a 15
Tempo
exigido
De 10 a 15 minutos para a fase de
representação propriamente dita
O tempo global, que inclui a preparação e o
debate é variável (1 a 2 horas) consoante a
complexidade da situação representada.
Material a
utilizar
Variável, dependendo da situação que se está
a jogar. Habitualmente, uma folha de instruções
que caracterize a situação que vai ser
representada.
Ambiente
Físico
Sala suficientemente ampla.
Dispor a sala de modo a que todos os
formandos visionem bem a teatralização.
● Que objectivos transparecem das atitudes de cada personagem.
3. Fazer “jogar” pondo os jogadores em presença. Ex: o vendedor e o potencial
cliente. Parar o jogo quando se sentir que os jogadores estão cansados ou que se
repetem.
4. Analisar os resultados do jogo.
Em plenário, antes de iniciar o debate, pedir aos formandos que se exprimam pela
seguinte ordem:
● Os jogadores – como se sentiram, como viveram a situação (não permitir que entrem na
análise do que se passou)
● Os observadores – o que observaram.
● Os jogadores – quais os problemas que tiveram, a que objectivos se propuseram, desvios
entre o que pensaram fazer e o que fizeram, como vivenciaram a(s) atitude(s) do
interlocutor(es).
Dar início ao debate, devendo o formador:
● Reformular as opiniões expressas
● Classificar o tipo de dificuldades encontradas
● Relançar os problemas que foram inventariados para os fazer discutir
● Eventualmente, dar algumas informações complementares
● Proporcionar a analogia entre as situações representadas e situações do quotidiano
profissional.
No final, o formador fará uma síntese teórico-prática das questões debatidas.
Chuva de Ideias / Tempestade mental
Aplicação Muito útil em sessões de formação ou em reuniões,
quando se pretende fazer uma primeira abordagem e
explicitação das ideias de um grupo sobre um
determinado tema ou problema.
Procedimento
1. Introduzir o exercício, formulando o objectivo e o tema. Quer um quer outro
devem ser concisos, claros e concretos. Ex: “vamos fazer um exercício que
nos permita uma primeira abordagem do tema Planificação”
2. Explicitar as regras:
● Trata-se de, durante 15 minutos, obter o máximo de palavras ou frases curtas
acerca de um tema.
● Durante o exercício não se podem tecer comentários ou críticas ao que os outros
dizem (intervir, rir ou fazer gestos, etc.) nem de fazer auto-crítica. Todas as ideias
são bem-vindas: direito ao Disparate.
● Cada pessoa diz as ideias que lhe vierem à cabeça a propósito do tema de
maneira rápida e espontânea – não pensar antes de falar.
● Fala uma pessoa de cada vez, mas sem qualquer tipo de sequência pré-
estabelecida.
3. Dar início ao exercício reintroduzindo o tema. Ex: o que vos lembra a
palavra planificação?
O monitor regista todas as ideias expressas pelos participantes. O monitor
intervém, exclusivamente, no caso de:
● Não ter ouvido uma palavra ou frase, pedindo para ser repetida;
● “Travar” comentários, perguntas ou críticas, re-explicando a regra;
● Pedir rapidez ao grupo, impedindo frases longas.
4. Terminado o registo da “chuva de ideias” procede-se, com a participação
Objectivo ● Pôr em comum as ideias / representações /
sentimentos de um grupo sobre um tema concreto.
● Produzir muitas ideias acerca de um tema ou
problema, em curto espaço de tempo.
Número de
participantes
De 12 a 15
Tempo
exigido
15 minutos para a execução do exercício
30 minutos para análise
Material a
utilizar
Papel de cenário grande e marcadores
Comentários Esta é uma das variantes da técnica de “chuva de
ideias”. Existem várias maneiras de proceder, com um
corpo de regras que se tornam mais ou menos
complexas conforme o objectivo prosseguido e a
aplicação específica que se pretende desenvolver.
É bastante útil em reuniões de pequeno grupo, para
estabelecer o plano de trabalho ou os desenvolvimentos
possíveis de uma tarefa. Nessa altura, as regras são
simplificadas.
do grupo, à classificação das mesmas, seguindo-se a respectiva análise
procurando salientar as ideias dominantes mas também explorando as
ideias marginais e até os “disparates” que frequentemente têm uma carga
importante de conteúdo a trabalhar.
Jogos de Apresentação
Os Jogos de Apresentação aqui referidos, têm por características comuns:
● Colocar, desde o início, os formandos numa situação activa, sendo convidados a reflectir, comunicar com os outros – ouvir e
falar – movimentar-se, trabalhar; são participantes de uma acção de formação, não são alunos numa situação escolar.
● Incitar cada participante a reflectir sobre a sua própria experiência em função dos objectivos da acção de formação.
● Romper o gelo inicial entre os participantes e suscitar o interesse pela experiência dos outros.
● Permitir ao formador ter uma melhor percepção do grupo de formação
No entanto, os jogos de apresentação NÃO se adequam às situações de:
● Sessões de formação de muita curta duração (menos de três dias);
● Situações em que os membros do grupo de formação já se conhecem entre si.
Apresentação por entrevista recíproca
Objectivos ● Conhecer e dar-se a conhecer, iniciando a relação inter-pessoal.
● Mostrar que nenhum membro do grupo pode passar despercebido.
● Dar uma primeira ideia dos valores pessoais dos membros
participantes.
Procedimento
● Explicar que para iniciar a formação é proposto um exercício que
permitirá às pessoas conhecerem-se melhor. Este exercício
consiste em cada pessoa entrevistar um(a) colega fazendo
posteriormente a sua apresentação a todo o grupo:
● Dispõem de 20 minutos para realizar o trabalho que consiste em:
1.º Tempo: escolher um parceiro de entre as pessoas
desconhecidas.
2.º Tempo: entrevistar o colega durante 7 minutos para o conhecer
melhor sob 3 aspectos:
● A sua vida profissional
● A sua vida pessoal
● Os seus gostos e lazeres
Tomando notas dos traços essenciais de cada um destes aspectos.
3.º Tempo: inverter os papéis – aquele que estava a entrevistar
passa a ser o entrevistado.
4.º Tempo: preparar a apresentação ao plenário.
● Em plenário cada membro fará a apresentação do colega
entrevistado.
Cada pessoa deve estar atenta e verificar se a sua apresentação é
correcta.
Ambiente
físico
Dispor de espaço suficiente (no interior ou utilizando espaços externos)
para decorrerem as entrevistas, sem que se perturbem mutuamente.
Número de
participantes
De 12 a 30
Tempo
exigido
Uma hora aproximadamente, para um grupo de 12 membros.
Ideias a
realçar
No final o animador pede aos participantes que se manifestem sobre a
apresentação feita. No final do exercício, e a propósito do que é dito
pelos formandos, o formador pode fazer uma síntese sobre a coerência
do grupo relativamente às motivações, experiências profissionais (ou a
riqueza da sua diversidade), complementaridade (ou aparente oposição
de interesses)
Comentários Este exercício permite distender rapidamente a atmosfera.
Quando o formador apresenta o exercício, pode chamar a atenção para
o facto de cada um ser livre de escolher até onde se quer implicar; não
são obrigados a responder a todas as perguntas; pode ter interesse
que o formador participe neste primeiro exercício.
Troca de Experiências
Objectivo ● Acelerar o processo de conhecimento mútuo no grupo;
● Dar a todos a oportunidade de falar e de escutar;
● Tomar consciência que cada pessoa tem experiências e aspirações
diversificadas.
Procedimento
1. O animador faz uma breve introdução do exercício, falando
sobre a importância do conhecimento pessoal e da riqueza
de ouvir experiências diversificadas;
2. Distribuir, em seguida, uma papeleta / tema para cada
participante;
3. Um a um, os participantes desenvolverão o tema que
estiver na papeleta;
4. No final, segue-se um debate sobre o exercício feito.
Material a
utilizar
Um número suficiente de papeletas com um tema a ser abordado em
público por cada participante.
Número de
participantes
De 12 a 30 pessoas
Tempo
exigido
Aproximadamente 30 minutos, para um grupo de 12 pessoas.
Ideias a
desenvolver
A diversidade de experiências de várias pessoas do grupo, enquanto
elemento enriquecedor do trabalho de equipa.
Comentários Este exercício permite quebrar o ritmo e distender a atmosfera, numa
fase inicial da formação.
Os “temas” agem como elementos facilitadores da expressão
Relação de possíveis temas para o exercício da troca de experiências
1. Consegue-se êxito na vida… 11. Um acontecimento que muito me ajudou na vida…
2. Alguém encontra tempo para algo mais quando… 12. Eu queria ser…
3. As pessoas que esquecemos… 13. O que mais gosto na minha vida…
4. Fracassos que transformamos em novos sucessos… 14. Quando tenho algo a dizer…
5. As amizades que mais nos ajudam… 15. Quando tenho um problema difícil…
6. Sabe-se enfrentar os desafios da vida quando… 16. Ocasiões em que me senti útil…
7. Começamos a ser adultos quando… 17. Ocasiões em que me senti inútil…
8. Há factos que revelam as nossas possibilidades… 18. Paisagens que me inspiram…
9. Revelamos as nossas limitações quando… 19. Coisas que me comovem…
10. Nada nos frustra tanto… 20. Situações que me provocam…
Jogos de Planificação e Organização
Os jogos de planificação e organização aqui apresentados são “ferramentas” muito concretas
que permitem:
Realçar a importância da planificação e da organização para a eficácia do trabalho;
Analisar e melhorar as competências dos participantes ao nível da planificação e da
organização.
Mesmo que utilizados sem grande preocupação de aprofundar o que se passou durante o
jogo, cumprem a sua função essencial de quebrar o ritmo, permitindo aos participantes
(re)situarem-se e aumentarem o seu nível de interesse pelo tema.
Ganhar Tempo
Objectivos ● Realçar a importância de planificar antes de executar um trabalho
● Tornar consciente a sequência de passos que cada participante segue ao
planificar
● Proporcionar um debate sobre as dificuldades de planificar
Procedimento
1. Fazer uma breve introdução ao exercício
explicando que se trata de um exercício
prático de planificação, em que é pedido que
seja determinada a sequência de execução
de uma lista de tarefas.
2. Entregar a folha de instruções e o mapa.
3. O exercício é realizado em três tempos:
1º Tempo – Individual com duração de 15 minutos.
Cada participante deverá escrever numa folha de
papel a ordem pela qual as tarefas devem ser
executadas.
2º Tempo – em grupos de trabalho (3 a 6 pessoas)
têm 30 minutos para comparar as respostas, analisá-
las e encontrar uma resposta comum.
3º Tempo – em plenário, comparação dos resultados
dos grupos de trabalho, análise e debate sobre o
trabalho efectuado.
Ambiente
físico
Sala que permita o funcionamento de 2 ou mais equipas.
Material a
utilizar
Folha com instruções e mapa para cada participante.
Folha de papel cenário, com mapa. (ver Regras/Tarefas/Mapa)
Tempo
exigido
45 minutos para a realização do exercício seguido de cerca de 60 minutos para
análise/debate em plenário.
Ideias a
realçar no
debate
● Analisar as lógicas subjacentes às respostas;
● Realçar como devem estar sempre presentes os objectivos a atingir, quando
planificamos;
● A importância de planificar para a eficácia do trabalho;
● Analisar o modo como cada pessoa planifica o seu dia-a-dia;
● Principais etapas num processo de planificação.
Comentários A utilização durante o plenário do mapa grande em papel de cenário facilita o
debate. A solução, que tem subjacente o objectivo de transportar os volumes
pesados no mínimo de tempo possível é a seguinte: 1) Repartição de Finanças; 2)
Estação de correio; 3) Sapateiro; 4) Tinturaria; 5) Livraria; 6) Padaria; 7) Leitaria; 8)
Café; 9) Escritório; 10) Garagem
Regras Tarefas
1. Você sai de casa às 9.15h para fazer
as tarefas indicadas ao lado.
1. Deixar os sapatos no
sapateiro.
2. Obrigatoriamente regressa às 13h. 2. Ir ao seu escritório buscar o
computador portátil.
3. O percurso Casa-Garagem
corresponde a 30 minutos.
3. Ir à tinturaria deixar um
casaco.
4. A repartição das finanças encerra às
10h.
4. Expedir no correio um pacote
de 10Kgs.
5. O comércio encerra às 12h, assim
como o correio.
5. Pagar o imposto profissional
na repartição de finanças.
6. A padaria abre depois das 11h. 6. Comprar pão na padaria.
7. O percurso deve ser feito a pé. 7. Comprar meio quilo de café
(na casa de café)
8. Ir esperar uns amigos na
garagem que chegam às 12.30h
9. Comprar um livro na livraria.
10. Comprar 250g de manteiga
na mercearia.
Os Barcos
Aplicações Este jogo é especialmente útil para realçar as incidências da planificação e
organização na eficácia e produtividade do trabalho.
Procedimento
1. Trata-se de um exercício em que as pessoas constituem
equipas de trabalho às quais é feita uma encomenda em
barcos de papel. Ganha a equipa que produzir mais no
mesmo espaço de tempo.
O objectivo é analisar as formas organizativas das equipas.
2. Constituir equipas de 4 a 6 pessoas que organizam o seu
espaço de trabalho (equipas com número idêntico de
pessoas).
Pedir observadores (no mínimo 1 por equipa)
3. Entregar a cada pessoa e equipa o material necessário.
Entregar aos observadores a folha de instruções e a folha de
observação.
4. Em espaços separados:
Esclarecer aos observadores sobre as regras do jogo e sobre a sua
função
Esclarecer as equipas sobre dúvidas acerca das instruções.
Objectivo ● Evidenciar o papel do: a) Estudo da encomenda; b) Organização; c)
Controlo
● Analisar as funções da coordenação/direcção num trabalho de equipa
Material a
utilizar
● Para cada pessoa:
1 tesoura, 1 régua, 1 folha de instruções
● Para cada grupo de trabalho:
1 jogo de barcos de papel já executado (ver Comentários), 2 conjuntos de
100 folhas A4 de cores diferentes.
● Para os observadores:
1 folha de observação
● Cada jogo é constituído por: 1 barco grande (A4); 1 barco médio (1/2 de
A4); 1 barco pequeno (1/4 de A4), todos os barcos da mesma cor.
Ambiente
físico
Dispor o espaço suficiente (numa só sala ou em salas contíguas) para
decorrerem os trabalhos das equipas (2 ou 3) sem se perturbarem
mutuamente. Mesas e cadeiras que possam ser (re)distribuídas aquando dos
trabalhos de subgrupos e dos plenários.
Participantes De 12 a 30 pessoas
Tempo 90 minutos (30 minutos para a realização do jogo + 60 minutos para o
debate/análise).
Ideias a realçar ● Papel da planificação e organização no trabalho de equipa
● Utilização nos recursos
● Nós de estrangulamento
● Divisão do trabalho
● Gestão dos conhecimentos existentes no grupo
● Função controlo
● Valor da análise crítica (a partir da função do observador)
5. Cada equipa dispõe de:
● 10 minutos para decidir como se organiza (findo os quais o
formador dá início à fase de produção).
● 15 minutos para produzir.
6. Inicia-se o plenário comunicando o volume de produção de
cada equipa. Cada equipa conta como se sentiu, como se
organizou, como realizou o trabalho, que dificuldades
sentiu.
Seguidamente os observadores dirão como viram a respectiva
equipa trabalhar.
Anotar no mapa-cenário as principais linhas de força.
7. Debate / análise a partir das linhas de força registadas.
Procura de soluções e/ou alternativas para melhorar o trabalho das
equipas.
Síntese conclusiva.
Variantes O mesmo procedimento anterior, mas efectuando duas etapas de produção.
Efectuar um primeiro plenário com um debate mais curto.
Dá-se início à segunda fase: as equipas voltam à produção, nas mesmas
condições anteriores, mas devendo introduzir correcções na sua organização
Regresso ao plenário para comparar os resultados das duas fases, o que foi
alterado, e efectuar o debate.
Esta variante ajuda a aprofundar a importância do controlo e análise crítica
do trabalho da equipa, para detecção e correcção de erros.
Comentários Trata-se de produzir objectos de papel executados por dobragens. Barcos ou
outros objectos, desde que:
● O processo de execução seja relativamente conhecido
● Todas as equipas recebam a mesma encomenda.
Instruções
1. Após a primeira leitura destas instruções o grupo tem 10 minutos para se organizar, seguidos de 15 minutos para
executar a encomenda.
Nota de encomenda
2. De acordo com as negociações anunciadas, o cliente adquire todos os jogos de barcos de papel que lhe forem fornecidos,
dentro do prazo estabelecido e que estejam de acordo com as seguintes especificações:
Matéria-prima: papel (fornecido pelo cliente)
Modelo e dimensões: cada jogo é constituído por três barcos da mesma cor, de acordo com os modelos fornecidos pelo cliente
sendo:
1 barco grande 1 barco médio 1 barco pequeno
Atenção: só são aceites jogos completos.
Guião do observador
1. Como é que o grupo utilizou os 10 minutos iniciais?
● Estudou a encomenda (leram as instruções, discutiram-nas?)
● Planificou a produção?
2. Qual a distribuição de funções dentro do grupo?
3. Como é coordenado o trabalho?
O tipo de coordenação adoptado:
● Facilita a execução do trabalho? Em quê?
● Dificulta a execução do trabalho? Em quê?
4. Qual a sequência das operações produtivas?
5. A forma como o grupo produziu está de acordo com as decisões organizativas tomadas no início?
Se não em que é que diferiu? Quais as causas das alterações?
Jogo dos quadrados
Aplicações Com especial interesse em todas as situações em que se pretende analisar
a incidência dos bloqueios à circulação da informação na concretização
dos(s) objectivo(s) produtivo(s) de uma equipa (ou empresa).
Procedimento
1 - Trata-se de um exercício em que uma equipa de 5 pessoas vai
executar uma tarefa. As restantes pessoas vão observar esse
trabalho.
Pedir 5 voluntários para a equipa de trabalho, os quais se sentam
em círculo, em torno da mesa. (no caso de um grupo maior, pode
formar-se mais de uma equipa)
2 - Reunir, em separado, com o grupo de observadores e esclarecê-
los sobre as suas funções. Distribuir o guião de observação. A
observação poderá ser individualizada, isto é, cada membro do
grupo de observação observa em especial um número limitado - 1 a
2 jogadores. Os observadores situam-se em torno dos jogadores.
3 - Anunciar, em voz alta, as regras do trabalho, ou inclusivamente
entregá-las por escrito, ou escrevê-las em papel de cenário:
● Cada pessoa vai receber 3 peças de cartolina
● O vosso objectivo é construir 5 quadrados iguais e, para tal:
- Não podem falar; não podem fazer sinais; não podem pedir peças;
só podem dar e receber peças dos outros jogadores; têm 20
minutos para realizar o trabalho.
A cada jogador são distribuídas aleatoriamente 3 peças do quebra-
cabeças.
Objectivo Analisar os elementos básicos do trabalho em equipa:
● A circulação da informação
● A atitude de inter-ajuda / colaboração
● O contributo pessoal
● A inter-relação entre objectivos da equipa e os objectivos pessoais.
Material a
utilizar
Folha de cartolina na qual se recortam as peças de 5 quebra-cabeças
(puzzles de dimensões idênticas:
●
● Folha de instruções
● Guia de observação.
Ambiente Uma sala que permita organizar espaços diferenciados para os jogadores e
físico para os observadores. Terminado o tempo (ou atingido o objectivo) parar o jogo
4 - Em plenário, iniciar a análise/discussão ouvindo os jogadores,
pedindo que se pronunciem individualmente sobre:
● Como se sentiu durante o jogo?
● Qual foi a sua primeira reacção ao ver as peças?
● Que objectivo colocou?
● Que obstáculos se lhe depararam?
Seguem-se os observadores (só os observadores podem falar)
● Generalizar o debate centrado sobre as dificuldades para alcançar
os objectivos da equipa, soluções possíveis, analogias com a vida
de uma empresa.
Participantes De 12 a 15 pessoas
Tempo Uma hora e um quarto
Ideias a realçar ● o papel da comunicação
● A importância da circulação da informação
● Dificuldades resultantes da informação circular num só sentido (pode-se
dar peças, mas não pedir)
● Como os objectivos particulares podem dificultar ou facilitar na
concretização dos objectivos da equipa
● A inter-dependência entre os vários elementos de uma equipa - ou
empresa
Guião do Observador
1. Quantas peças tem a pessoa observada
● No início do jogo?
● No fim do jogo?
2. A pessoa observada recebe ou entrega primeiro peças?
3. A pessoa observada dificulta ou favorece a realização do objectivo a atingir pela equipa
● Em quê?
● Porquê
4. Outras observações.