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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO CAMPUS ENGENHEIRO COELHO CURSO DE LETRAS EDINEIA DUTRA DA SILVA FRANCISCO RICARDO DE SOUZA MORAES JOGOS DIDÁTICOS APLICADOS À LÍNGUA PORTUGUESA NO 6º ANO ENGENHEIRO COELHO 2013

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO

CAMPUS ENGENHEIRO COELHO

CURSO DE LETRAS

EDINEIA DUTRA DA SILVA

FRANCISCO RICARDO DE SOUZA MORAES

JOGOS DIDÁTICOS APLICADOS À LÍNGUA PORTUGUESA NO 6º ANO

ENGENHEIRO COELHO

2013

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EDINEIA DUTRA DA SILVA

FRANCISCO RICARDO DE SOUZA MORAES

JOGOS DIDÁTICOS APLICADOS A LÍNGUA PORTUGUESA NO 6º ANO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção de título de Licenciatura em Letras pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo, Campus Engenheiro Coelho. Orientadora: Profª. Ms. Sônia M. M. Gazeta

ENGENHEIRO COELHO

2013

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Trabalho de Conclusão de Curso do Centro Universitário Adventista de São Paulo – E.C., do

Curso de Letras, aprovado dia 24 de novembro de 2013.

Profª. MS. Sônia M. M. Gazeta

Profº. Dr. Walter Mendes

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Dedicamos este trabalho de pesquisa às nossas famílias. Aos nossos queridos amigos que sempre estiveram presentes e nos incentivaram a continuar a cada dia buscando alcançar nossos objetivos. Em especial, aos nossos pais, que nos incentivaram na busca do conhecimento.

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“Posso saber pedagogia, biologia, bem como astronomia, posso cuidar da terra como posso navegar. Sou gente. Sei que ignoro e sei que sei. Por isso, tanto posso saber o que ainda não sei como posso saber melhor o que já sei. E saberei tão melhor e mais autenticamente quanto mais eficazmente construa minha autonomia em respeito a todos outros”.

(Paulo Freire)

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RESUMO

Neste trabalho, abordamos o uso de jogos como um recurso importante para o ensino-

aprendizagem da Língua portuguesa. Os três aspectos que serviram de base teórica para

esta pesquisa foram à cognição, a socialização e a afetividade. A cognição elabora o

pensamento lógico e abstrato, mobiliza o desenvolvimento da inteligência e da

personalidade, dando-lhes fundamentos para construção do conhecimento. Em seguida vem

à socialização, dando a ideia de que a interação social é necessária para a construção da

personalidade. A seguir, o terceiro aspecto mostra que a afetividade contribui para

desenvolvimento emocional, motivacional e criativo. Objetivos que nortearam a nossa

pesquisa às questões referentes ao uso da aplicação de jogos à língua portuguesa,

desenvolvendo o processo linguístico do aluno, ampliando a capacidade de atenção,

concentração e criatividade. Quanto aos objetivos específicos, propusemos jogos

desafiadores que ofereceram valores sociais e morais, promovendo a interação entre os

participantes; e contribuíram para a organização de ideias, e para o desenvolvimento das

habilidades linguísticas. Estabelecemos nossa hipótese a partir da ideia de que o jogo

didático aplicado ao ensino do português resulta em um crescimento maior das habilidades

linguísticas mobilizando a cognição, a socialização e a afetividade. Utilizamos como sujeito

de pesquisa os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental II da Instituição Vó Nair, de Artur

Nogueira, SP e o 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio Unasp.

Palavras Chave: jogos; cognição; socialização; afetividade.

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ABSTRACT

In this paper we report the use of games as an important teaching and learning of

Portuguese language tool. The three aspects that formed the theoretical basis for this

research are cognition, socialization and affection. Cognition elaborates the logical and

abstract thinking, mobilizes the development of intelligence and personality, giving them

grounds for knowledge construction. Then comes the socialization, the idea that social

interaction is necessary for the construction of personality. The third aspect shows that

affectivity contributes to emotional, motivational and creative development. Objectives that

guided our research issues regarding the use of gaming application to the Portuguese

language , developing the student's linguistic process , increasing the attention span ,

concentration and creativity . For specific goals, we set challenging games that offered social

and moral values , promoting interaction among participants, and contributed to the

organization of ideas, and the development of language skills. We established our hypothesis

from the idea that the didactic games applied to the teaching of Portuguese results in

increased growth of language skills mobilizing cognition, socialization and affection. Subjects

of researching were students of the 6th year of Secondary School Institution Grandma Nair,

Artur Nogueira, SP and 6th grade of elementary school - UNASP Academy.

Keywords: games; cognition, socialization, affection.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 8

2 DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO LINGUÍSTICO ............................................................ 10

2.1 Cognição ..................................................................................................................... 10

2.2 Socialização ................................................................................................................ 12

2.3 Afetividade ................................................................................................................. 15

3 JOGOS APLICADOS AO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA .............................................. 18

4 RESULTADOS OBTIDOS ...................................................................................................... 24

4.1 Jogo da memória do concreto e abstrato .................................................................. 25

4.2 Jogo do acrostadado .................................................................................................. 26

4.3 Jogo do remata .......................................................................................................... 28

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 30

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 31

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1 INTRODUÇÃO

Ao pensarmos em nosso futuro trabalho como educadores, sentimos a necessidade

de sabermos e compreendermos um pouco mais sobre como o ensino, através dos jogos

didáticos, pode contribuir para o desenvolvimento do aluno, e também como tentativa de

nos prepararmos para desempenhar um melhor papel profissional junto à instituição escolar

e aos indivíduos aos quais prestaremos atendimento.

Esta pesquisa aborda o uso de jogos didáticos como uma solução importante para o

ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa. Partindo deste recurso, o professor poderá

promover uma aprendizagem prazerosa e enriquecedora e mais significativa para o aluno

que é uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento cognitivo e socializador.

Miranda (2001) aponta três aspectos que favorecem as vantagens para o melhor

desenvolvimento do aluno utilizando os jogos: a cognição, a socialização e a afeição.

Deste modo, tais aspectos compreendem a base teórica desta pesquisa. A cognição,

por exemplo, elabora o pensamento lógico e abstrato, mobiliza o desenvolvimento, a

inteligência e a personalidade, dando-lhes fundamentos para a construção do

conhecimento. Em seguida vem à socialização, dando a ideia de que a interação social é

necessária para a construção da personalidade. A seguir, o terceiro aspecto mostra que a

afetividade contribui para o desenvolvimento emocional, motivacional e criativo.

Estabelecemos nossa hipótese a partir da ideia de que os jogos didáticos aplicados ao

ensino do português resultam em um crescimento maior das habilidades linguísticas

trazendo o desenvolvimento maior da cognição, socialização e a afetividade. Utilizamos

como sujeito de pesquisa os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental II da Instituição Vó

Nair, de Artur Nogueira, SP e o 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio Unasp.

Aplicando esses conceitos ao ensino da Língua Portuguesa (LP doravante), até que

ponto estes três aspectos podem contribuir para o ensino-aprendizagem da língua materna?

Castro (2005) afirma que os jogos podem contribuir como meio motivador nas atividades

linguísticas como, por exemplo: a produção de vários gêneros textuais como crônica, poesia,

paródia, além de notícias de jornais manifestando ideias e produzindo textos a partir dessa

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prática pedagógica. Como agente facilitador da aprendizagem, o jogo oferece oportunidades

para aluno desenvolver a criatividade.

Em sua teoria, Vygotsky (2002, p.43) trabalha com o desenvolvimento da espécie

humana do indivíduo, buscando compreender a origem e a trajetória desses dois

fenômenos. Piaget (1964) aborda as etapas do estágio do desenvolvimento humano sendo à

base da construção do conhecimento em estruturas sensório-motoras e estágio cognitivo.

Portanto essas estruturas do desenvolvimento humano servem para equilibrar a evolução

mental da criança no sentido em que possa ficar sempre mais completa. Essa estruturação,

segundo Wallon (1972), influencia no desenvolvimento emocional da criança formando a

base de sua construção emocional. Ao mesmo tempo em que a criança se sociabiliza, vai

amadurecendo o seu caráter com o tempo.

Diante disso, iremos aplicar o uso de jogos com conteúdos voltados à LP,

desenvolvendo o processo linguístico do aluno para aprimorar a capacidade de atenção,

concentração e criatividade. O uso de jogos desafiadores oferece valores sociais e morais,

promovendo a interação entre os participantes. Além disso, auxilia a desenvolver a

organização das ideias, e contribui para o aprendizado de habilidades linguísticas.

Os jogos didáticos podem enriquecer a maneira de conduzir uma aula de modo

prazeroso. Além disso, os jogos podem melhorar também o relacionamento entre o

professor e o aluno e entre os próprios alunos. Pode ser a chave certa para desenvolver uma

inovação na metodologia de ensino. O professor deve inovar suas aulas, conhecendo a

necessidade de cada aluno. Os professores, normalmente, estão mais preocupados com o

cronograma de aulas e em dar o conteúdo proposto e não se dispõem a buscar estratégias

de ensino mais atraentes. Esta pesquisa aponta o lúdico como aliado para ajudar no

desenvolvimento do processo linguístico, intelectual e social.

Este trabalho é bibliográfico e aplicativo tendo como base três obras: Gramática da

Fantasia, de Giane Rodari, Emília no País da Gramática, de Monteiro Lobato, Do fascínio do

jogo à alegria do aprender nas séries iniciais, de Simão de Miranda e Jogos na Educação

criar fazer jogar de Maria Glória Lopes.

Desenvolveremos também o de uso experimental de jogos em sala de aula com o

objetivo de alcançar os resultados alcançados.

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2 DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO LINGUÍSTICO

Neste trabalho, abordaremos a importância dos jogos em relação aos três aspectos

mencionados na introdução: cognição, socialização e a afetividade. Neste capítulo

trataremos da base teórica desta pesquisa. Como esses três aspectos podem influenciar na

aprendizagem da criança? Para responder a esta pergunta basta pensar que cada uma

dessas facetas tem algo importante para o aluno ser diferente em sala de aula. Precisamos

entender um pouco sobre o desenvolvimento humano, no processo linguístico, tentando

entender cada uma dessas funções.

2.1 Cognição

A cognição por definição é sinônimo de “ato ou processo de conhecimento”, ou algo que é conhecido através dele (FONSECA, 2007).

São muitas as influências no desenvolvimento de uma criança, como as questões

relativas à hereditariedade e às questões ambientais. Esses fatores influem tanto nas

alterações quantitativas quanto qualitativas nos indivíduos, como afirma Bee (1997).

É possível dizer que a figura central na teoria cognitivo-desenvolvimental é Jean

Piaget (1896-1980), um psicólogo suíço que possuía o foco na questão do desenvolvimento

das estruturas cognitivas. Piaget tinha em mente responder a uma pergunta importante:

Como se desenvolve o conhecimento no mundo da criança? Dessa perspectiva, o

pensamento de várias gerações de psicólogos foi moldado (Bee 1997).

Ferreiro (2003) afirma que a escola é a instituição social criada para controlar o

processo de aprendizagem, e que as crianças, desde que nascem, são construtoras do seu

conhecimento. As crianças se esforçam para compreender o mundo que rodeia, levantam

problemas muito difíceis e abstratos e tratam por si próprias, de descobrir repostas para

eles. Estão construindo objetos complexos de conhecimentos e o sistema de escrita é um

deles.

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E a cada momento fica mais claro que as dificuldades de aprendizagem podem estar

associadas a outras condições que estão relacionadas a todo o percurso da vida do

indivíduo, independentemente do nível de inteligência. Além disso, existe, também, uma

forte tendência de os problemas linguísticos e suas consequências estarem ligados ao

fracasso escolar, à diminuição do rendimento escolar, da autoestima, da auto eficácia e

problemas de autorregularão ou metacognitivos (Sisto, Dobránszky e Monteiro, 2002).

Devemos entender que os interesses e as explicações das crianças variam de acordo

com a idade e o nível de desenvolvimento cognitivo. Esse é um aspecto importante a ser

considerado. Pois aquilo que pode ser um desafio para algum indivíduo, para outro pode não

ser e pode não fazer nenhum sentido, decorrente dos fatores como o desenvolvimento

cognitivo e as experiências pessoais (Piaget, 2005).

Contudo, a maneira que podemos entender o conceito de desenvolvimento cognitivo

é abranger o que Piaget quis dizer sobre os procedimentos do desenvolvimento humano.

Fonseca (2008) diz que a cognição é o ato de processar o conhecimento. Piaget menciona

que o conhecimento da criança é gradual e declara que a percepção, memória, atenção e a

criatividade podem ser desenvolvidas. Piaget foi mestre em observar cada etapa do

desenvolvimento linguístico da criança. Nas suas observações dividiu em dois estágios

importantes: sensório-motor e estágio cognitivo. No estágio sensório-motor as crianças de 0

a 2 anos com um conhecimento de mundo limitado pelos sentidos que eles dizem. Elas não

podem pensar por meio de símbolos. Isso ocorre em oposição do eu como próprio

reconhecedor e senhor de seus movimentos e sentimentos. Já no estágio cognitivo, começa

o desenvolvimento da linguagem que é estendida por um sistema simbólico de

representações, entendida por Piaget. Neste caso esse sistema não seria inato, mas sim por

meio da interação, Cezario e Martelota (2008).

Diante disso, o uso de jogos é meio facilitador do aprendizado linguístico, como

elemento da construção da relação interpessoal e intrapessoal. Segundo Lautert e Silva

(2011), o jogo é o caminho para tais conquistas e para ampliar o relacionamento entre os

indivíduos. Isso é uma construção real de que o jogo pode estimular o processo cognitivo. Ao

jogar, a criança constrói sua identidade brincando e ao brincar, atua sobre a realidade,

representando-a vivendo-a e transformando-a num processo imaginário e ao mesmo tempo

real. Deste modo, podemos deduzir que o lúdico promove um ambiente prazeroso e

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enriquecedor para os alunos, unindo então as duas principais partes: aluno e professor, uma

aplicação tão forte que favorece um relacionamento em ambas as partes, como justifica

Miranda (2001, p.53):

Justifica-se, pois, o apego dos professores à função cognitiva do jogo como um aliado na administração dos conteúdos curriculares, que traduzem a aprendizagem como um trabalho preponderantemente intelectual. É preciso destacar, ainda, que os processos de ensino e aprendizagem se dão intermediados pela linguagem. É ela o veículo do conhecimento. A linguagem é fenômeno associado ao domínio cognitivo, por isso os três aspectos – aprendizagem, linguagem e cognição – são familiares. O jogo, portanto, surge como a força motriz que os coloca em ação.

Diante desta afirmação, podemos perceber que os jogos são um veículo de entrada

para o conhecimento. Ou seja, pode construir as habilidades linguísticas de modo divertido e

agradável. Sendo assim, sem dúvida, o professor pode se valer desse poderoso recurso em

sala de aula, para enriquecer o assunto. Miranda (2001) menciona que a cognição se

mobiliza através de jogos desenvolvendo na criança a inteligência e a personalidade,

proporcionando-lhe fundamentos para a construção do conhecimento. Percebemos que a

cognição é à base da construção do conhecimento e Piaget apresenta muito bem os pilares

do desenvolvimento cognitivo. Assim, a criança com o tempo, desenvolve o processo de

interação no meio no qual está sendo inserida.

Os relacionamentos sociais da criança tornam-se mais presentes e, com isso, a fala se

desenvolve cada vez mais. A socialização é um ponto principal deste crescimento para que a

cognição possa se tornar real no meio em que vivemos.

2.2 Socialização

A socialização é um ponto chave para o crescimento social e moral do aluno. Na

escola esse crescimento torna-se maior, devido à convivência com o outro e também por

estar por mais tempo em sala de aula. A escola é o maior agente responsável por esse

crescimento social. Tarcísio (2012) comenta que é através da socialização que o indivíduo se

torna um ser social, pensante, atuante, pois assimila a cultura, as normas, os

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comportamentos e as condutas do grupo social em que está inserido, é através deste

mecanismo de construção e interiorização que a criança adquire comportamentos

considerados adequados e corretos à sociedade e ao que dela é esperado, é também através

do controle social que são impostas regras de conduta que devem reger os comportamentos

dos indivíduos de forma a harmonizar os padrões de convivência social.

Podemos perceber que isso pode influenciar na interação como meio de integralizar

a sua medida de comportamento e regras no meio do qual está vivendo e ao mesmo tempo

processando a socialização linguística. O mais importante na socialização linguística é

promover o aluno a uma comunicação competente.

Fletcher (1997) aponta três noções básicas da socialização linguística: a linguagem

pré-instruída, a linguagem instruída e a linguagem interativa. São as três maneiras básicas,

para compreender a utilização das habilidades linguísticas. Ou seja, na escola podemos

entender todos os dias a maneira pela qual estão sendo postas essas habilidades na sala de

aula. A linguagem pré-instruída propõe uma linguagem que os pais utilizam para instruírem

as crianças sobre o que fazer pensar e sentir, basicamente são ordens de comando. Isso se

aplica no desenvolvimento das regras sociais e morais. Essa aplicação pode ser apontada na

sala de aula quando o professor estabelece regras aos alunos e quando também os pais

ensinam, por exemplo, a comer à mesa de maneira correta.

A linguagem instruída ocorre quando os pais desde cedo instruem as crianças no que

dizer e o que não dizer em diversas ocasiões. Isso determina uma linguagem de forma bem

mais compreensiva, em que a criança aprende a produzir, por exemplo, uma forma de falar

“obrigado” e a dizer “oi, como vai”. Isso aponta uma forma de as crianças se expressarem no

modo de falar. Por fim, a linguagem interativa é aquela em que se relaciona e aprende com

os outros, tendo uma relação compartilhada e determinativa em que o indivíduo procura ter

uma identidade social no meio em que vive.

No blog Sociologia, Tarcísio (2012) menciona que a família e a escola são os grupos

que têm maiores repercussões nesse processo de socialização, a escola não só detém o

papel de transmissão de conhecimentos científicos, denominada de socialização formal,

como também cabe a esta o desenvolvimento de capacidades cognitivas, afetivas,

capacidade de relacionamento em sociedade, competências comunicativas e participação na

formação da identidade individual de cada aluno, denominada de socialização informal.

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Tarcísio (2012) pressupõe que a escola é à base da formação e da construção social

do aluno. Portanto, a família e a escola são os pilares da formação da identidade e da

personalidade do indivíduo e o uso de jogos se torna importante para ampliar essa formação

para transmitir princípios éticos e morais que permeiam a sociedade. Para complementar

este pensamento, a interação, para o desenvolvimento social como afirma Dias (2005), pode

ser definida como um meio de nós adquirirmos maneiras de pensar, agir e sentir como parte

do grupo no qual o indivíduo vive. Como Dias já mencionou, a socialização é processada pelo

meio. Mas para isso ocorrer à interação social precisaria de um simples contato entre os

indivíduos. Na escola esse processo ocorre através do contato com o outro.

Vygostky aponta o desenvolvimento da linguagem através da interação. Fonseca

(2008) menciona que a melhor fase da criança é quando a linguagem é estimulada através

dos pais. No entanto, esse é o ponto-chave onde ocorre, de maneira natural, o

desenvolvimento linguístico da criança. Nesse momento a criança passa a se socializar no

ambiente em que vive, até então, chegar ao ambiente escolar onde se mobilizam as trocas

de informações do aprendizado. Oliveira (1997) afirma que quando a criança aprende e

participa, a interação constrói o conhecimento abstrato, em uma ação conjunta entre aluno

e professor. A linguagem é, portanto, o fator responsável das trocas de informações onde

ocorre, o aprendizado.

Vygostky define a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) como a influência mútua

dos indivíduos. Por meio da ZDP, a criança que menos sabe se une com outra criança que

mais sabe. Essa aproximação favorece o indivíduo no percurso do desenvolvimento do

aprendizado e amadurecimento psicológico estabilizando suas funções. A ZDP assim

ampliada ajuda mais tarde a realizar suas funções de modo que a presença do outro seja

necessária. O lúdico se torna possível no aprendizado na escola, quando o professor é quem

intervém nesse desenvolvimento interacional, de modo que ao mesmo tempo em que

aprende a se socializar como cidadão e a respeitar regras, compartilha com outro o

conhecimento. Dessa maneira, o jogo proporciona princípios básicos à saúde física,

emocional e intelectual, isso oportuniza uma melhora social e afetiva dentro ou fora da

escola. Através desses elementos, a criança vai desenvolvendo a linguagem, o pensamento e

fazendo com que a criança seja capaz de valorizar-se e enfrentar desafios, tornando-se

cidadão. “O homem interage, por intermédio da linguagem, com valores culturais da

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sociedade, apropriando-se das experiências e do legado das gerações precedentes” (SILVA,

p.16 1994).

Essa apropriação se dá quando a interação social é conduzida pelos adultos ou

companheiros, é uma maneira de construir as funções psíquicas da criança e na medida em

que cresce no meio social, cresce também, ao mesmo tempo, o processo de aprendizagem

no qual é constituída na inter-relação. Na socialização podemos construir também certa

proximidade entre aluno e professor, os jogos didáticos, proporciona essa proximidade para

o professor analisar certos conceitos de dificuldades do aluno em sala de aula.

Para fazer essa análise, o educador deve-se mostrar interessado pelo problema do

aluno. Por isso, a afetividade é um ponto importante na vida do aluno na interação social.

Por meio da afetividade, podemos descobrir meios de ganhar o outro e chamar a sua

atenção, e isso só se pode fazer em conjunto com a interação social, na medida em que o

indivíduo permite. É por isso que os jogos estimulam o desenvolvimento emocional da

criança, sendo um elemento importante frente às pressões oriundas do meio sociocultural.

2.3 Afetividade

“(...) jogando, os alunos podem desenvolver sentimentos de afetividade porque o jogo é essencialmente uma fatia simplificada da realidade.” (MIRANDA, 2001).

Miranda (2001) afirma que os jogos podem promover certa proximidade entre os

alunos. É um ponto fundamental na formação intelectual do aluno. Isso demostra na

realidade, que o desenvolvimento emocional da criança promove o crescimento da

autoestima. Ou seja, quanto mais o educador trabalhar na autoestima do aluno, facilitará o

respeito pelo professor e também pelos demais colegas. E o jogo ressalta essa oportunidade.

O site do portal educação LINK (2012) comenta que a proximidade do professor acalenta

certos meios de comunicação que melhoram pertinentemente o aprendizado, e então,

torna-se dinâmica a comunicação através do afeto.

É por isso que, por meio da interação mencionada acima, a língua é retratada como

um veículo eficaz para o aprendizado. Assim, dependendo do professor, a qualidade de

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ensino criará um relacionamento mútuo entre aluno e o educador. KNIGHT (2010) comenta

a importância do bom relacionamento que promove uma ótima base para a instrução.

O professor motivado em sala de aula cativa os alunos a estar ao seu lado e até a se

tornar seu amigo. O jogo, de modo geral, dá de certa forma, esta oportunidade de

proximidade entre aluno e professor. Cury (2003) afirma que educadores são escultores da

emoção. Esta afirmação demostra que uma boa proximidade pode aquietar o pensamento,

melhorar a concentração, diminuir a ansiedade dos alunos, isso mobiliza o meio socializador

do indivíduo. Deste modo, o jogo pode fazer com que os alunos sejam participantes e não

meros espectadores passivos em sala de aula, sendo assim o aluno se desenvolve, perdendo

a timidez de se expressar e expor suas ideias.

Isso nos aponta a busca da expressão de amor feita de equilíbrio e compreensão, a

meio do caminho de serenidade e a indulgência, o educador deve cuidar para que seu

comportamento atente às condições que se refletem no seu humor, na manifestação de um

afeto ao mesmo tempo pessoal e impessoal, na renúncia de si mesmo e na adaptação à

idade, à psicologia e à evolução de cada aluno.

O grau de desenvolvimento emocional da criança depende da qualidade e da

quantidade dos estímulos que recebe dos adultos, no lar e na escola (DRISCOLL, p. 4 1970).

Essa declaração se refere à maneira pela qual o professor deve se portar na sala de aula

quando, um aluno encontra-se com dificuldades de aprendizado. Sendo assim o educador

deve encontrar meios para lidar com a situação. Ou seja, estimular a pensar e como resolver

o problema. No entanto, desenvolve o seu modo de reagir à autoconfiança e ao

autorrespeito.

DRISCOLL (1970) comenta que as relações humanas são desenvolvidas por meio da

necessidade emocional. Aponta algo peculiar no desenvolvimento emocional, pois, quanto

mais o educador se aproxima das necessidades dos alunos mais se torna possível o

aprendizado. Essa relação viva entre ambos se aviva de uma forma transformadora e

melhora a autoestima.

A emoção da criança desenvolvida por meios de jogos motiva o aluno a avivar a sua

criatividade proporcionando uma oportunidade para desenvolver individualmente e para

saber também as suas habilidades. A motivação do aprender garante uma educação

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equilibrada; de modo que o estímulo e o interesse aparecem nas aulas conduzidas do

professor.

A habilidade criativa favorece o aluno a melhorar no aprendizado e, à medida que o

professor proporciona atividades criativas, a sua mente é aguçada e quando vierem outras

atividades será mais fácil executá-las. Cury (2003) menciona a forma de o professor

transmitir seus conhecimentos de maneira pronta como se fosse verdade absoluta. O

professor de verdade procura conhecimento para inovar suas aulas, para suprir as

necessidades do aluno. O professor deve criar em sala, aulas criadoras para que o aluno veja

uma aula interessante e motivadora. Favorece ao aluno o estímulo e a capacidade criativa. O

jogo pode contemplar esta necessidade quando propõe um trabalho voltado ao exercício de

habilidades como integração grupal, confiança mútua, espírito de liderança, cooperação,

decisão, iniciativa, autoconhecimento (MIRANDA p.79, 2001).

Portanto, a afetividade é um grande pilar da educação, que convida o educador a se

aproximar de seus alunos, todos os dias. Deste modo, o professor deve procurar tentar

conseguir que o aluno possa aprender de maneira inovadora e diligente.

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3 JOGOS APLICADOS AO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Conforme foi abordado no primeiro capítulo, os três aspectos que favorecem as

vantagens de melhor desenvolvimento do aluno que utiliza os jogos são a cognição, a

socialização e a afeição. Desse modo, neste capitulo abordaremos sobre os jogos aplicados

ao ensino da LP e como auxiliam os professores e os alunos no processo ensino-

aprendizagem.

A escola tem que ser um ambiente onde a criança aprenderá aquilo que levará para o

resto de sua vida. Ela deve, portanto, ser um ambiente alegre, onde a criança seja

estimulada a amar o que está fazendo. Segundo MIRANDA (2001) afirma que: “a escola deve

ser mais um laboratório do que um auditório e com esse fim poderá tirar um partido útil do

jogo, estimulando ao máximo a atividade da criança”. Mas, muitas vezes a escola não tem

atendido às três dimensões que estamos abordando neste trabalho, pois se os professores

trabalhassem com os jogos no ensino da LP em seus alunos, desenvolveriam neles a

socialização, a cognição e a afeição, tirando assim, um aproveitamento útil dessa ferramenta

que está em suas mãos para ensinar seus alunos, o que não só fortalecerá o ensino, mas

aquilo que contribuirá para o crescimento do seu caráter, preparando-os para viver na

sociedade.

O ensino da LP tem sido aplicado aos alunos seguindo livros didáticos e normas que

os próprios professores desenvolvem em seu planejamento de aula, nem sempre

considerando o grau de dificuldade de cada aluno, resultando em um ensino de conteúdos

nem sempre eficaz. A gramática tem sido ensinada de forma que os alunos desenvolvam

certo preconceito em relação aos conteúdos de LP. Mas quando os professores decidem

aplicar os jogos ao ensino da LP potencializam suas aulas, deixando-as bem mais

interessantes ao trabalhar com as várias dificuldades que os alunos apresentam no decorrer

da explanação da matéria, desenvolvendo também uma aproximação entre aluno e

professor, fazendo com que o aluno perceba que os professores se importam com suas

dificuldades de aprendizagem.

A escola que usa os jogos como meio para o ensino de seus conteúdos, segue aquilo

que a criança já vive no seu dia a dia, a brincadeira. Miranda (2001) aponta que: “a

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brincadeira é boa porque a natureza pura, representada pela criança, é boa; tornar a

brincadeira um suporte pedagógico é seguir a natureza”. Sendo assim, o professor deveria

fazer de sua aula um lugar onde o aluno sinta-se pronto a aprender e a desenvolver suas

habilidades criativas. O professor juntamente com a escola é um elemento transformador de

seus alunos para a sociedade como afirma SILVA e LAUTERT (2011):

“Ora, sabemos que a escola é um elemento de transformação da sociedade; sua função é contribuir com outras instâncias da vida social, para que estas transformações se efetivem. Nesse sentido, o trabalho da escola deve considerar as crianças como seres sociais e trabalhar com elas no sentido de que sua integração na sociedade seja construtiva”.

Os jogos ajudam na socialização das crianças, promovendo o trabalho em equipe

dentro da sala de aula, evitando as chamadas panelinhas dos alunos que não aceitam

trabalhar com outros alunos, da busca pelo poder de alguns alunos discriminando assim os

outros alunos, fazendo exclusão, bullying, enfim, todas as outras dificuldades de trabalhar

em grupo em sala de aula. Desse modo, se o professor trabalhar com os jogos em sala de

aula, desenvolverá nos alunos algo que chamamos de trabalho em equipe, onde um aluno

ajuda o outro e posteriormente irá diminuir e até aniquilar essas dificuldades que, muitas

vezes, aparecem em sala de aula. O aluno também saberá fazer trabalhos coletivos, que irá

desenvolver pelo resto de sua vida: em casa, nos seus trabalhos futuros, na convivência com

seus amigos, colegas, enfim, em muitas outras áreas de sua vida presente e futura.

Os jogos são uma grande ferramenta pedagógica que pode enriquecer as aulas e

também desenvolver no aluno uma sede pelo aprendizado da matéria a ser aprendida. Eles

também desenvolvem a parte social, cognitiva e afetiva. Quando o aluno vem para a sala de

aula, traz consigo uma bagagem social e familiar de forma a concentrar tanto os bons

quanto os maus momentos. Ele precisa viajar para o próprio íntimo e então arrumar essas

bagagens e dessa perspectiva, ELIN e DJALMA (2011) afirmam que “o jogo funciona como

uma ferramenta de união, feito uma ponte que interliga seres e possibilidades que as

relações intra e interpessoais se estabeleçam mais naturalmente e de forma eficaz”. Os

autores também acrescentam que “pensamos que todas as construções e relacionamentos

estabelecidos a partir de um eixo lúdico atingem uma integração e um rendimento efetivo

nos ambientes sociais e escolares” ELIN e DJALMA (2011).

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Sendo assim, e escola tem o papel de ser a facilitadora desses momentos de

interlocução entre o aluno e tudo aquilo que o rodeia, fazendo com que ele possa entender

a relação dele consigo mesmo e a relação dele com a sociedade.

Quando o professor decide utilizar o jogo como uma ferramenta de ensino de sua

matéria, terá que observar alguns itens muito importantes dentro dos jogos segundo

Miranda (2001) esses itens são:

Definição do número de jogadores, ou seja, quem jogará.

Definir o local em que ocorrerá, isto é, onde jogarão.

As regras ou limitações dentro das quais os jogadores atuarão, por isso dizer,

como jogarão.

Os objetivos pretendidos, ou as metas que se deseja alcançar.

O professor que utiliza esses procedimentos para o desenvolvimento dos jogos em

suas aulas, terá feito um planejamento e assim obterá controle na aplicação do conteúdo

previsto. Também desenvolverá muitas habilidades em seus alunos, que os ajudará para o

futuro. Segundo SILVA e LAUTERT (2011) afirma:

“Quando os alunos estão jogando, todo o potencial destes indivíduos está sendo trabalhado de forma globalizada, pois uma gama de habilidades e valores vão sendo desenvolvidos, tais como, criatividade, disciplina, autoafirmação, segurança, desinibição, cooperação, confiança, motivação, serenidade, liderança, comunicação e relações grupais”.

Quando um professor de português usa os jogos aplicados ao ensino de sua matéria,

tem que elaborar bastante suas aulas, fazer o planejamento do conteúdo que será aplicado

e então decidir que jogo irá aplicar naquela aula para o ensino do conteúdo que quer

abordar, também tem que decidir o objetivo de ensino a ser atingido como a abordagem do

assunto através dos jogos escolhidos, terá que se dispor de criatividade ao elaborar os jogos,

pois na hora da aplicação tudo tem que estar organizado e elaborado. Isso é o que CASTRO

(2005) afirma:

“Os jogos precisam ser rigorosamente estudados e analisados para serem de fato eficientes, porque aqueles que são ocasionais, e que não passam pela experimentação e pesquisa, são ineficazes. Ao mesmo tempo, uma quantidade exagerada deles sem que estejam devidamente associados aos conteúdos e aos objetivos dentro da aprendizagem, também não tem

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nenhuma valia. Podem até partir de materiais que o professor tenha disponível em sala, porém precisam atentar para a forma como devem ser trabalhados. O professor precisa ter muito mais criatividade, vontade, seriedade, competência, sensibilidade, que dinheiro.”

Pode-se observar a quantidade de benefícios que há em um bom planejamento de

aula, e de igual modo, o professor estará desenvolvendo muitas habilidades nos seus alunos.

O professor que olha por esse ângulo terá uma ótima experiência de trabalho e também um

bom resultado, sendo a ponte que liga o aluno com os bons resultados e experiências em

sua vida. Os jogos não só desenvolvem essa habilidade nos alunos como também faz com

que eles sejam pessoas que buscam solucionar problemas Miranda (2001 p.31) comenta:

“(...) qualquer assunto pode ser apresentado na forma de um problema para o qual o jogador tem de contribuir para solucionar. São convocadas muitas habilidades para uso no jogo. (...) Uma vez alcançada à solução, o jogo completou-se; os passos usados para chegar àquele fim podem ser revisados e analisados. (...). A experiência deve aprimorar sua habilidade para lidar com um problema novo e diferente.”

Quando o aluno aprende a jogar sobre o conteúdo, ele não tem somente o aprender,

mais desenvolve também, muitas outras áreas de sua vida pessoal, uma dessas áreas é: a

cognição, sua inteligência que é desenvolvida através dos jogos. Esse é um dos objetivos que

a escola pretende alcançar em sala de aula, fazer com que seus alunos aprendam e

desenvolvam os conteúdos propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais. A cognição

precisa ser desenvolvida nos alunos, por isso o professor de português tem uma grande

ferramenta em suas mãos, os jogos, esse é um dos grandes meios pelo qual a criança irá

desenvolver sua inteligência e quando é bem explorado, serve de grande auxilio para o

professor de português, pois desenvolve certo interesse por parte dos alunos, o jogo não

desenvolve somente o interesse por parte dos alunos, também desenvolve o viver, o

organizar e o decidir da parte dos alunos, isso é o que diz Antunes (2003).

“Para Antunes (2003), o jogo é o mais eficiente meio estimulador das inteligências, permitindo que o indivíduo realize tudo que deseja. Quando joga, passa a viver quem quer ser, organiza o que quer organizar, e decide sem limitações. Pode ser grande, livre, e na aceitação das regras pode ter seus impulsos controlados. Brincando dentro de seu espaço, envolve-se com a fantasia, estabelecendo um gancho entre o inconsciente e o real”.

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Os jogos desenvolvem a socialização, cognição como também a afetividade, uma das

partes fundamentais de uma criança, quando o professor trabalha com os jogos, sendo um

compete com o outro, se trabalha a questão do ganhar ou perder, o agora é sua vez ou dar a

vez para a outra criança, quando o jogo é trabalhado em duplas, trios, quartetos ou grupos

se trabalha também a afetividade, no que se diz respeito a um aluno ajudar seu

companheiro, ao aluno dar a vez para o outro aluno jogar, ao aluno acreditar que o seu

colega é inteligente igual a ele e tem total capacidade de jogar como todos os outros alunos

se observa então a afetividade sendo desenvolvida, situação que tem sido buscada pelo a

humanidade hoje, que o seu presente e também futuro desenvolva mais união,

companheirismo, amor, muitas coisas boas que pode ser desenvolvida com um simples jogo

em sala de aula, o autor Cury cria nessa teoria de que os jogos desenvolve a afetividade

como também muitas outras áreas da criança quando escreve (Cury 2003).

Para Cury (2003), levando em consideração tudo que foi exposto anteriormente, não

há técnica e metodologia pedagógica que funcione sem que haja a afetividade. O jogo para

ele consiste em se poder trabalhar, sobretudo a autoestima, o controle da emoção, a

capacidade de lidar com perdas e frustrações, de dialogar, de ouvir, ao lado do que se pode

comumente extrair com finalidades didáticas.

Os jogos têm muitas funções, um delas também é a desenvoltura física dos alunos,

pode se perceber que grandes benefícios se conseguem através dos jogos, inteligência,

valores sociais, paixão por parte dos alunos pelo que se esta sendo ensinado, pode se

perceber que tanto o aluno como os professore tem perdido a paixão pela educação, por

isso o jogos pode ser usado como ferramenta para ligar professor à paixão de ensinar e

aluno a paixão de aprender como Piaget (1976) aborda:

“Para o jogo é uma atividade preparatória, útil ao desenvolvimento físico do organismo. Da mesma forma que os jogos dos animais constituem o exercício de instintos básicos e necessários, como os de combater ou caçar, também o indivíduo que joga desenvolve suas percepções, sua inteligência, sua curiosidade em estar experimentando, além de seus valores sociais. É pelo fato de o jogo ser um meio tão valioso e eficiente na aprendizagem, que em todo lugar em que se consegue transformar leitura, cálculo, ortografia em brincadeira, observa-se que os alunos se apaixonam por essas ocupações tidas comumente como maçantes.”

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O professor é a ponte que liga aos alunos a oportunizar o aprendizado, não só para a

vida presente como também para vida futura, liga o aluno à sociedade, ajuda-o a se

comportar na sociedade, a viver bem com as pessoas dentro da sociedade, ajuda a não

fracassar em suas decisões, mas se fracassa, também instrui a dar a volta por cima, à escola

uma extensão do lar, e o professor é uma extensão dos pais. Nesse caso se observa o quanto

é importante uma boa educação em sala de aula, o quanto é importante desenvolver as

quantidades de habilidades que tem dentro de um aluno. Uma pessoa que tem tudo para

oferecer para uma sociedade no qual, pode ser diferente do que é, ou pode mudar muitas

coisas que podem ser desenvolvidas do incerto dentro da sociedade presente.

Observa-se claramente, um bom planejamento de aula, que não pode ser feito de

qualquer jeito, isso pode ser percebido em aplicação aos jogos no desenvolvimento dessas

habilidades na qual uma criança que tem tudo para oferecer para o futuro da sociedade.

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4 RESULTADOS OBTIDOS

Conforme foi abordado no segundo capítulo, os jogos aplicados ao ensino da LP

aponta um recurso importante no auxílio do ensino-aprendizagem para os professores e os

alunos. Nesse capitulo apresentaremos as experiências que obtivemos através da aplicação

dos jogos.

Ao aplicarmos os jogos com alunos do 6º ano na Instituição Vó Nair, notamos que em

parte, por se tratar de conteúdos de LP, os alunos tiveram uma reação negativa e não

conseguiram entender a proposta do jogo, pois estavam acostumados com outro estilo de

aprendizagem. Então, quando abordamos outro método de ensino de LP com dois jogos: o

jogo da memória do concreto e abstrato e o acrostadado a reação deles, foi positiva. Houve

de fato, interesse por parte deles. Chalita (2001) aponta que o aluno precisa ser amado,

respeitado, valorizado. O aluno não é tabula rasa, sem nenhum conteúdo, em que todas as

informações são jogadas. Diante disso, a relação entre aluno e professor deve ser posta com

respeito à parte do desenvolvimento intelectual do aluno. Jogar informação e não ter

interesse ao ensinar seria um desrespeito. A afirmação de Chalita nos fez entender que o

aperfeiçoamento no modo de ensinar deve ser constante, quanto mais o educador se

aperfeiçoa, as aulas serão atrativas.

Percebemos que eles aprenderam jogando. Sendo assim, foi positiva a nossa

expectativa. Ao olharmos a reação deles, observamos que quanto mais jogavam, queriam

repetir o mesmo jogo várias vezes. Isso demonstrava que o interesse se intensificava por

parte deles. Ao jogar, houve aproximação, de aluno para aluno. Ao aplicar o jogo,

confirmou-se a teoria da Zona de desenvolvimento Proximal (ZDP) de Vygotsky que diz haver

interação e aprendizagem quando o par mais capaz ajuda o par menos capaz. A socialização

se realizou entre eles, o compartilhamento de conhecimento também.

Os alunos do 6º ano da escola UNASP não tiveram muitas dificuldades em responder

e desenvolver o que o jogo Remata pedia, que era a parte morfológica das palavras e

também elaboração de frases. Consideramos que o nível baixo de dificuldade se deu pelo

fato de que nós professores estagiários havíamos desenvolvido o assunto nas aulas

anteriores e na última aula que nós tivemos com eles, Aplicamos o jogo e tivemos um ótimo

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resultado. Os alunos só tiveram uma pequena dificuldade com relação às regras do jogo,

pois as regras se igualam as regras do jogo UNO, tivemos que dar uma modificada nas regras

para melhor aplicação do jogo e chegar ao objetivo que queríamos, contudo nossos

objetivos foram alcançados, alunos satisfeitos com as aulas e sabendo o conteúdo proposto.

4.1 Jogo da memória do concreto e abstrato

OBJETIVOS

Esse jogo trabalha nos alunos a diferença entre substantivo concreto e substantivo

abstrato. Trabalhando com a proposta de cartas, onde o professor entrará sanando as

dúvidas dos alunos. O jogo é composto de quatro pessoas e é realizado com três rodadas, no

final de cada rodada apuram-se os pontos ao final das três rodadas, por fim o vencedor.

Desenvolve atenção e concentração, a memória, a ansiedade e a cognição da criança;

Amplia o conceito de socialização (ganhar e perder).

Trabalha a aceitação de regras e limites.

Desenvolve a cognição da criança.

REGRAS: Estipular quem irá começar a jogo e se a sequência será no sentido horário ou anti-

horário seguido do primeiro jogador. Quando o aluno errar uma vez, terá mais uma chance

de jogar. O aluno pode ajudar o outro.

MATERIAL: Foi desenvolvido com folhas de IVA, no formato retangular, com palavras digitas

e coladas no IVA.

ESTRATÉGIA: Consiste na montagem de pares de palavras, que sejam substantivo concreto e

abstrato, o jogo foi desenvolvido com vinte pares de palavras com dez pares de concreto e

dez de abstrato.

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4.2 Jogo do acrostadado

OBJETIVOS:

O aluno aprenderá a elaborar frases, a desenvolver melhor seu vocabulário e

também ter coerência nas produções textuais.

Aprende a trabalhar em grupo e desenvolve a afetividade, onde um aluno desenvolve

a confiança de apostar na inteligência do outro, onde todos são inteligentes, basta só

confiar. E assim desenvolve também a cognição.

REGRAS:

As frases têm que ter sentido, e as palavras tem que existir no vocabulário do

português.

A turma tem que ser dividida em quatro ou cinco grupos.

Cada grupo receberá uma cartolina com uma palavra igual para todos os grupos e no

centro da mesa de cada grupo terá seis alfabetos completos.

Fig. 1

Fig. 2 Fig. 1

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Após o início do jogo, os grupos terão que posicionar as letras verticalmente na folha

de cartolina branca e formar frases. Serão feitas cinco rodadas do jogo e o grupo que

terminar primeiro, todas as rodadas será o vencedor.

MATERIAIS: Folha de EVA em formato de retângulo com as letras do alfabeto impressa e

colada no EVA, folha de cartolina branca com letras escritas com caneta piloto.

ESTRATÉGIAS: Consiste na elaboração de frases, partindo de uma palavra já escrita e que no

final tenha coerência, sendo só usando cinco alfabetos completos.

GRAU DE DIFICULDADE: Este jogo é destinado a crianças do 6º ano. O grau de dificuldade é

de nível médio.

Fig. 1

Fig. 2

Fig. 2

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4.3 Jogo do remata

OBJETIVO: Fixar o domínio das letras e seu uso na escrita. Fixar e usar os conceitos

gramaticais de substantivos/verbos/adjetivos e geração de frases, como base da Língua

Portuguesa. Desenvolver o raciocínio. Desenvolver a consciência fonoarticulatória, que é a

percepção acústica do som da letra. Esses desenvolvimentos são fundamentais para a

aquisição da leitura e escrita e do principio alfabético da Língua portuguesa.

REGRAS: A sala deve ser dividida em dois grupos e de cada um deles, se escolhe Seis

participantes. Cada representante dos grupos recebem cinco cartas para jogarem, ficando o

restante viradas para baixo, reservadas em um monte, para serem compradas.

MATERIAIS: Este jogo é feito de papel cartão em formato de cartas, foi um jogo adquirido

pronto e com regras da própria idealizadora.

ESTRATÉGIA: Inicia-se abrindo uma carta do monte. O jogador da direita deve dizer em alta

voz uma palavra iniciada com a letra/boquinha sorteada, mas a palavra falada deve respeitar

a letra no canto inferior direito, sendo V = Verbo, A = Adjetivo,

S = Substantivo e F = Frase. Se conseguir, poderá descartar uma das suas cartas que seja da

mesma cor, ou que possua a mesma boquinha, para que o jogador seguinte repita o mesmo.

Assim, cada jogador, antes de descartar uma carta, deverá falar uma palavra, que é a

condição para continuar jogando. As palavras devem ser memorizadas a não podem ser

repetidas. Caso o jogador não saiba uma palavra iniciada com a letra da carta aberta, passará

sua vez ao jogador seguinte. Caso não possua uma carta da mesma cor ou com a mesma

boquinha, poderá comprar apenas uma carta do monte.

GRAU DE DIFICULDADE: Este jogo foi aplicado em crianças do 6º ano. O grau de dificuldade

é e de nível médio.

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Fig. 2

Fig. 1

Fig. 2

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho, apresentamos os três pilares do desenvolvimento da aprendizagem

da criança que são: a cognição, a socialização e a afetividade. Acreditamos também que os

jogos podem melhorar as habilidades linguísticas. Com a aplicação de jogos, pudemos ter

um resultado mais eficaz nas aulas de português. Os resultados da pesquisa demonstraram

que os jogos são uma ferramenta eficiente pra o desenvolvimento de habilidades linguísticas

sociais e afetivas.

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