Jogos

34
Jogos na Educação Jogos na Educação Matemática Matemática

Transcript of Jogos

Jogos na Educação MatemáticaJogos na Educação Matemática

Universidade do Estado do Pará

Alunos: Waddle Almeida Andesson Brito Felipe Leon

“A noção de jogo aplicado à educação desenvolveu-se com lentidão e penetrou, tardiamente, no universo escolar, sendo sistematizada com atraso. No entanto, introduziu transformações decisivas...materializando a ideia de aprender divertindo-se, devido à sua fertilidade pedagógica essencial”(Schwartz, 1998)

A Educação Matemática e suas finalidades.

• A Educação Matemática também chamada de Didática Matemática é o estudo das relações de ensino e aprendizagem de Matemática. Está na fronteira entre a Matemática, a Pedagogia a Psicologia.

• Essas relações podem ser: 1- Desenvolver, testar divulgar novos métodos de ensino; 2- Delinear e, se preciso, provocar mudanças nas

atitudes dos alunos, professores e/ou do publico em geral para com a matemática e seu ensino;

3-Desenvolver e testar materiais de apoio; 4- Atualmente, tem se preocupado com as contribuições

possíveis de serem dadas na formação de novos cidadãos.

Metas e Objetivos da Educação Matemática.

• Proporcionar aos alunos a construção integral dos conhecimentos matemáticos, desenvolvendo o pensamento lógico, o espírito investigativo, crítico e criativo através da resolução de situações-problema.

• Com esse desenvolvimento torna-os autônomos, co-responsável por sua formação intelectual, social, moral e capazes de continuar a aprender, visando a melhoria da qualidade de vida individual e coletiva.

Competência e habilidades para o professor do século XXI

• D’ AMBROSIO, grande estudioso da Educação Matemática, nos mostra em seu livro: “Educação Matemática da teoria a pratica”, o perfil de um bom profissional da educação no nosso século.

• Segundo o mesmo, para se dizer se um professor é bom há três critérios, são eles:

1- Emocional/Afetiva 2- Política 3- Conhecimentos

Emocional/Afetiva

• O conhecimento deve ser passado adiante sem egoísmo ,o professor deve ter dedicação e preocupação com o próximo.

“Educar é um ato de amor. Um amor que se manifesta em não querer brilhar sozinho e tampouco sentir tensão com o brilho de um aluno que mostra saber mas que o professor’’(UBIRATAN,1996,p85 )

• Cabe ao professor preparar seu aluno não apenas ao conhecimento especifico de sua matéria mas também para ser um cidadão que reflita e seja critico sobre os problemas enfrentados em sua vida.

Conhecimentos

• As características do professor de matemática no sec. XXI, são elas:

01- Visão do que vem a ser a matemática; 02- Visão do que constitui a atividade

matemática; 03- Visão do que constitui a aprendizagem

matemática; 04- Visão do que constitui um ambiente

propicio a aprendizagem da matemática

• Um bom profissional da educação também deve saber lidar com os demais variados problemas que ocorrem neste século, destacando-se:

a) Inibição educativa de outros agentes de socialização;

b) Desenvolvimento de fontes de informação alternativas;

c) Escassez de recursos materiais; d) Menor valorização social do professor; e) Fragmentação do trabalho do professor.

Jogos na educação matemática: uma alternativa metodológica.

• Um dos grandes desafios que os professores têm enfrentado em sua prática docente é dar à matemática ensinada um caráter lúdico que desperte o interesse e a capacidade de aprendizagem dos alunos.

• Daí podemos ter o jogo uma alternativa eficiente para a motivação e o ensino de vários conteúdos e disciplinas, em nosso caso especial, a matemática

• “Colocar o aluno diante de situações de jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola, além de poder estar promovendo o desenvolvimento de novas estruturas cognitivas”(Moura, 1997).

• Segundo as ideias piagetinas, o jogo é uma situação privilegiada:

01- Afetiva; 02- Social; 03- Cognitiva.

• O jogo também contribui em: #Poder tornar reais o prazer da descoberta,

o encantamento que seduz, a entrega ao novo;

#Permite a compreensão do conjunto de conhecimentos veiculados socialmente;

#Mas ele não pode ser imposto e nem dele se exigir resultados, no entanto, é ordem e cria ordem, pois aponta para os limites a serem aceitos ou superados;

“...a imaginação nasce do jogo o expusemos como algo absolutamente certo, convincente e central por seu significado: antes do jogo não há imaginação”(Elkonin, 1980).

O jogo: “implica necessariamente a ação, o inter-relacionamento e a improvisação a partir da espontaneidade, a curiosidade e a aceitação do risco, dentro de um processo espiralado contínuo de desestruturação/estruturação”(Knappe, 1998).

• No entanto o lúdico ainda é vítima de preconceito, isso em meio a educação, quem nos afirma isso é Camargo(1998), “poucas noções são vítimas de tanto preconceito como o lúdico”.

• Preconceito = Sociedade Antilúdica

• Sociedade essa que nos exige, por varias vezes um : “deixe de brincadeira!”, que afirma: “brincadeira tem hora!”, que conclui com a fala dos professores: “vamos parar de brincar que vai começar a aula!”

• Devido uma carência lúdica, uma vontade de dinamizar suas aulas e envolver seus alunos numa aprendizagem mais significativa muitos docentes estão reconhecendo essa necessidade de utilizar os jogos na educação.

• “Por isso muita gente quer jogar, porque quer outro meio de expressão além da expressão verbal, porque não consegue encontrar ou transmitir através da expressão verbal o que verdadeiramente se passa dentro dela ... sempre há algo de nós que segue falando no jogo”(Wasserman, 1982).

A educação matemática com jogos.

• No ensino e aprendizagem da matemática, nos últimos anos, as referências ao lúdico têm sido constantes e crescentes.

• “O jogo aparece, deste modo, dentro de um amplo cenário que procura apresentar a educação, em particular a Educação Matemática, em bases cada vez mais cientificas”(Moura, 1997).

• “Na brincadeira está presente o sócio-histórico, o cultural da criança”(Leite, 1994).

• “não é suficiente dar às crianças o direito ao jogo, é preciso despertar e manter nelas o desejo do jogo”(Leif & Brunelle, 1978).

• “O brinquedo constitui um processo de evolução ininterrupto de construção de significados e conceitos”(Leite, 1994).

• Com o jogo podemos: 1- Propor alguma coisa interessante e

desafiadora para os alunos resolverem; 2- Permite que possam se auto avaliar; 3- Possibilita que todos participem ativamente

do começo ao fim.

• A liberdade, a criatividade e o pensamento caminham inteiramente juntos com o jogo;

• “O jogo aproxima-se da matemática via desenvolvimento de habilidades de resoluções de problemas”(Moura, 19991).

• Devemos escolher jogos que estimulem a resolução de problemas, principalmente quando o conteúdo a ser estudado for abstrato, difícil e desvinculado da prática diária, não nos esquecendo de respeitar as condições de cada comunidade e o querer de cada aluno.

Os jogos trabalhados em sala de aula devem ter regras, esses são classificados em três tipos: 1- jogos estratégicos; 2- jogos de treinamento; 3- jogos geométricos,

• O trabalho com o lúdico em sala de aula nos remete a alguns benefícios:

01- detectar dificuldades reais do aluno;

02- aprendizagem do assunto pelo aluno; 03- O educando torna-se mais crítico, alerta e

crédulo; 04- o erro torna-se quase inexistente;

05- Aprender sem perceber.

• Temos de formar a consciência de que os sujeitos, ao aprenderem, não o fazem como puros assimiladores de conhecimentos mas sim que, nesse processo, existem determinados componentes internos que não podem deixar de ser ignorados pelos educadores

Atividade: Jogo das Trocas

Objetivos: 1- Desenvolver o conceito de número; 2- Compreender a noção de adição e subtração; 3- Estabelecer a noção de valor posicional entre

algarismos no sistema de numeração decimal; 4- Desenvolver o principio estruturador do sistema

de numeração decimal; 5- Construir a noção de composição e

decomposição de número.

Material:• 10(dez) fichas marrons que possuem o valor de 01(um);• 50(cinquenta) fichas azuis que possuem o valor 10(dez);• 20(vinte) fichas verdes que possuem o valor 100(cem);• 2(dois) dados.

Procedimentos: 1- Organizar a sala em grupos de 2 a 4 alunos; 2- Cada jogador do grupo, na sua vez lançará o dado e

pegará tantas fichas marrons quanto indicar o dado; 3- Cada 10(dez) fichas marrons devem ser trocadas

por uma ficha azul e cada 10(dez) azuis por uma ficha verde;

4- Ganhará o jogo quem conseguir uma ficha verde; 5- A utilização das fichas deve variar de acordo com o

conteúdo e o seu objetivo. Por exemplo: Se você pretende trabalhar com agrupamentos de 10(dez) elementos, deve utilizar somente as fichas marrons e azuis.

Conteúdo:• A construção do conceito de número;• A compreensão de adição e subtração;• A construção da noção de valor posicional;• O desenvolvimento do princípio da numeração decimal;• A noção de composição e decomposição de números.

Pressuposto• Tratamos aqui de um assunto que vem para ser

facilitador no ensino da Matemática, a utilização do lúdico na para ensino da mesma.

• Os jogos: Auxiliam a aprendizagem de maneira mais eficaz;

Desenvolve aspectos do pensamento (lógico e cognitivo); Trabalha o social;

Estimula o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas.

• Como futuros educadores devemos: Aumentar a motivação para a aprendizagem;

Desenvolver autoconfiança; Desenvolver organização;

Desenvolver atenção dos alunos.

• O lúdico são: um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento matemático.

• O uso de jogos no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os estudantes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do estudante.

Referências: ALVES, E. M. S. A Atividade e o Ensino de Matematica.BICUDO, M. A. V. Pesquisa em Educação Matemática:

Concepções & Perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1999. 297p.

CAMARGO, L. O. de L. Educação para o lazer. 1. ed. São Paulo: Editora Moderna, 1998. 160p.

D’AMBRÓSIO, U. A transdiciplinaridade como acesso a uma história Holística. São Paulo: Summus, 1993. 124p.

ELKONIN, D. B. Psicologia de juego. 1.ed. Madrid: Visor Libros, 1980. 288p.

FRIEDMANN, A. Brincar: crescer e aprender – O resgate do jogo infantil. 1.ed. São Paulo: Moderna, 1996. 194p

KNAPPE, P. P. Mais do que um jogo: teoria e prática do jogo em psicoterapia. 1.ed. São Paulo: Ágora, 1988. 308p.

LEITE, A. R. I. P. A brincadeira é coisa séria: estudos em torno da brincadeira, da aprendizagem e da matemática. Rio Claro, 1994, 144p. Dissertação(Mestrado em Educação Matemática) – Universidade Estadual Paulista.

MENDES, I. A. e SÁ, P. F. de, Matemática por atividades – sugestões para a sala de aula. Natal: Flecha do Tempo, 2006. 84p.

MOURA, M. A séria busca no jogo: do lúdico na matemática. São Paulo: Cortez, 1997. 88p.

SCHWARTZ, G. M. O processo educacional em jogo: Algumas reflexões sobre a sublimação do lúdico. Licere, v.1., n.1., 19998. 76p.