Jogo Educadito... ou não
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Reflexão – Jogo educativo … (ou não)
Introdução
Nos dias que correm a utilização das tecnologias é crucial, quer no que toca ao meio
social quer no que toca ao meio profissional e educativo.
Numa Era completamente informatizada, não faria sentido tirar todo o partido das suas
potencialidades no que diz respeito à educação. Desta forma não preparar e não familiarizar as
crianças com este meio só as poderia “atrasar”. Assim “(…) A participação dos professores na
avaliação de software é, pois, considerada como um eixo central do seu processo de formação
tendo em vista a preparação para o uso das TIC, (…) proporcionando-lhes oportunidades de
descoberta individual sobre a utilização pedagógica deste tipo de recursos com base no
conhecimento efetivo e mais profundo dos produtos analisados.”, (Costa, p. 45).
Enquanto explorámos inúmeros jogos educativos online, ficámos mais conhecedoras do
tipo de jogos destinados a crianças e podemos concluir que, apesar da grande variedade e
quantidade de jogos deste tipo, são muito poucos os que primam pela qualidade.
Alguns pontos em falta para melhoria significativa da qualidade dos jogos multimédia,
enumerados pelo Projeto Pedactice, com os quais concordamos são: A avaliação de software
educativo; A Formação de professores para o uso das TIC e a Investigação sobre a utilização
destes recursos.
Jogo Educativo… (ou não)
Foi-nos proposto, na Unidade Curricular de Língua Portuguesa e Tecnologias da
Informação e da Comunicação (LPTIC), que escolhêssemos um jogo educativo online e o
analisássemos para posteriormente apresenta-lo à turma. Contudo, e como já referido no
presente documento, não foi fácil encontrar um jogo que prima-se unicamente pela qualidade.
Desta forma, o jogo por nós escolhido foi o “Zonix Actividades”, sendo que ao analisa-lo
optamos por dar a conhecer as suas potencialidade mas também as suas falhas.
Assim podemos concluir que a todas as paginas do jogo apresentam cores muito
“fortes”, o que com o decorrer das atividades se torna muito cansativo (para a visão), podendo
causar até dores de cabeça ao utilizador. Pensamos ser um aspeto importante e uma falha do site
do jogo pois, “O software educativo multimédia ao integrar diferentes media na representação
da informação, capta a atenção dos sentidos do utilizador, sobretudo da visão (…)”, (Carvalho,
p. 69).
Um dos aspetos que achamos positivos neste jogo foi o facto do mesmonão ter um
tempo estipulado para a realização das atividades, o que “(…) faz com que o utilizador se sinta
Reflexão – Jogo educativo … (ou não)
envolvido na exploração do conteúdo , navegue ao seu ritmo(…)”, (Carvalho, p. 69). Em conta
partida, este não pode faze-lo em total liberdade, pois ao responder às atividades, mesmo que a
resposta esteja errada, o utilizador não pode reformula-la. Contudo, apesar de não poder
reformular a resposta errada, quando responde acertadamente, ao passar com o cursor por cima
aparece no ecrã uma breve descrição alusiva à resposta dada. “O Software Educativo
Multimédia ao disponibilizar ajudas à navegação e às actividades e feedback (positivo e
negativo) está a promover a autonomia do utilizador e a orientar o seu desempenho.”,
(Carvalho, p. 71).
Quando o utilizador erra uma resposta o jogo apenas informa que este errou mostrando
uma cruz vermelha sem qualquer tipo de som ou mensagem escrita. O que pensamos ser o
suficiente pois, “ O feedback negativo não deve ser propriamente penoso ou humilhante, mas
alertar para o facto da actividade não ter sido feita correctamente (…)”, (Carvalho, p. 71).
Por fim não podíamos deixar de referir que este jogo apresenta também um sistema de
pontuação , o que pensámos ser um feedback negativo errado, porem apos alguma analise
podemos perceber que pode até vir a ser um feedback bastante construtivo pois, “(…) a
pontuação atiça o desejo de ganhar, de pontuar levando os utilizadores a empenharem-se no
seu desempenho, porque ninguém gosta de perder. No entanto, quando o utilizador não realiza
corretamente a tarefa, podendo até perder pontos, nem sempre significa o desânimo, por vezes,
os sujeitos reagem positivamente e esforçam-se por terem um melhor desempenho (cf. Bastos,
2003).”, (Carvalho, p. 72).
Conclusão
O jogo por nós eleito apresenta algum potencial, isto é, o conceito base deste jogo e
conhecimentos, nele implícito, têm uma boa intenção pedagógica para crianças do 1º Ciclo,
contudo este jogo não apresenta só qualidades tem também muitos defeitos. Assim
concluímos que “(…) para que possa ocorrer aprendizagem com o software educativo
multimédia há três factores que se condicionam mutuamente: a qualidade cientifica,
pedagógica e técnica do S.E.M., a familiaridade do utilizador com o sistema informático
(literacia informática) e com o conteúdo (conhecimentos prévios) e o desejo que o sujeito tem
de aprender .”, (Carvalho, p. 70).
Bibliografia
Carvalho, A. A. (s.d.). Como olhar criticamente o Software Educativo Multimédia.
Costa, F. A. (s.d.). Avaliação de Software Educativo - Ensinem-me a pescar!