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Informativo da Universidade Metodista de São Paulo > Ano 21 > nº 116 > Ago/Set 2012 pág. 6 e 7 PESQUISA E EXTENSÃO Congresso Metodista: mostre as suas ideias para o mundo Página 12 MERCADO Já pensou que as suas habilidades pessoais podem ser decisivas? Página 14 Página 6

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Projeto Canudos e outros de Extensão, Congresso Metodista, Intercâmbios, Terceira Idade. Como se vê, oportunidades de agregar conhecimento para além do aprendido em aula não faltam.

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Informativo da Universidade Metodista de São Paulo > Ano 21 > nº 116 > Ago/Set 2012

pág. 6 e 7

PESQUISA E EXTENSÃOCongresso Metodista: mostre as suas ideiaspara o mundo

Página 12

MERCADOJá pensou que as suas habilidades pessoaispodem ser decisivas?

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jornal da Metodista AGO.SET2

editorial

Clipping Metodista na mídia

Quando ingressam na Universidade,muitos alunos não têm a dimensão doque irão encontrar pela frente e acre-ditam que tudo o que aprenderão sedará dentro da sala de aula. Em muitos momentos, o aprendi za -

do se dá fora do Campus, em ativida- des que proporcionam, ao mesmo tem -po, a oportunidade de os alunos co lo-carem seus conhecimentos em prá ti cae beneficiarem a comunidade ao seuredor: são os Projetos de Ex tensão.No final de junho um grupo forma -

do por 32 alunos da UniversidadeMe to dista de São Paulo embarcoupara o se miárido baiano, na cidade deCa nu dos, onde permaneceram até o

co me ço de julho, promovendo aten-dimentos na área de saúde e desen-volvendo di versas atividades com apopu-lação lo cal. Conheça um pouco mais dessa expe -

riência nas próximas páginas desta edi- ção do Jornal da Metodista, que traztambém um perfil do jogador de bas- quete Joel Muñoz, panamenho quevem se destacando nas quadras bra si- lei ras. Também confira outro lado dapro fessora Rose Maria de Souza, quepos sui uma criação de mais de 15 cã es.Você também fica por dentro do

Con gresso Metodista, que aconteceem outubro; lê sobre as experiênciasdos alunos que há pouco retornaram

de in tercâmbios, realizados por meiode di ferentes programas, e se informeainda sobre o projeto Uma Tarde naUniver sidade, do Programa Aquarela -Ter ceira Idade na Universidade, queune este público aos demais alunosda Metodista. Projetos de Extensão, Congresso

Me todista, Intercâmbios, Terceira Ida -de: como se vê, oportunidades deagre gar conhecimento para além doapre n dido em aula não faltam, basta seengajar.

Boa leitura!

Prof. dr. Marcio de MoraesReitor

expediente MetôConselho DiretorPaulo Roberto Lima Bruhn(Presidente), Nelson CustodioFerr (Vice – Presidente), AureoLidio Moreira Ribeiro, KátiaSantos, Augusto Campos DeRezende, Carlos Alberto Ri-beiro, Osvaldo Elias de Al-meida, Marcos Sptizer, AdemirAires Clavel, Oscar FranciscoAlves, Regina Magna Araujo(Suplente), Valdecir Barreros(Suplente).

ReitorMarcio de Moraes

Pró-Reitora de GraduaçãoVera Lúcia G. Stivaletti

Pró-Reitor de Pós-Graduaçãoe PesquisaFábio Botelho Josgrilberg

Diretores AcadêmicosCarlos Eduardo Santi (Facul da - de de Exatas e Tecnologia); JungMo Sung (Fa culdade de Hu ma-nidades e Di reito); Fulvio Cris-tofoli (Fa cul dade de Ges tão eServiços); Luiz Silvério Silva(Faculdade de Adminis tração eEconomia); Paulo Rogério Tar-sitano (Fa culdade de Comuni-cação); Ro gério Gen til Bellot(Faculda de de Saú de) e PauloRober to Gar cia (Faculdade deTeo logia)

Diretor de Comunicaçãoe MarketingPaulo Roberto Salles Garcia

Gerente de ComunicaçãoVictor Kazuo Teramoto

Edição e revisãoIsrael Bumajny (MTb 60.545)e Gabriela Rodrigues (MTb39.324)

RedaçãoGabriela Ro dri gues e Israel Bu-majny

Projeto e diagramaçãoTimbre Consultoria em Marcase Design

Tiragem: 20.000 exemplares

RedaçãoRua do Sacramento, 230 – Ed. RóRudge Ramos – São Bernardo doCampo, SP – Cep 09640-000Tel.: (11) 4366-5599E-mail: [email protected]: www.metodista.brA Universidade Metodista de SãoPaulo é filiada à:

“São Bernardo atualmente é re- fe rência no handebol e atualmen temuitos atletas de outras re giões aca- bam vindo treinar na nos sa cidade.Ve jo que ter um complexo es portivo àdisposição vai contribuir pa ra quetanto a equipe de handebol mas cu-lina como a feminina possam evo luirna parte técnica e também na fí- sica.”

Eduardo Carlone, treinador do timefeminino da Metodista/São Bernardo.Matéria publicada no ABCD Maior:S.Bernardo prepara talentos para asolimpíadas de 2016 (19/07/2012)

“O eleitor não é tão ignorantequanto se pensa. Ele vai querer saber oque o candidato fez de importante pelaci dade, quais são suas propos tas.”

Kleber Carrilho, professor da Univer-sidade Metodista e especialista em

Marketing Político. Matéria publicadano Bom dia: ‘Humor’ não traz votos,dizem especialistas (21/07/2012)

“O governo sentiu e resolveu to -mar algumas medidas. As respostasnão são imediatas, vão surtir efeitoe, com o ajuste interno, terá aumentono nú mero de contratações. Está ha- ven do incentivo ao mercado local,terá au mento do consumo e de inves-timen to.”

David Hidorne, professor de econo-mia da Universidade Metodista. Ma- té ria publicada no ABCD Maior:Re gião contratou 5.810 trabalha do- res neste ano (27/07/2012)

“Importante é olhar os anúncioscom cui dado, porque às vezes o termodes conto é mais marketing. Então

vale a pena bater perna, compararpreços pa ra fazer a melhor comprapossí vel.”

Sandro Maskio, professor da Facul-dade de Administração e Economiae coor de nador do Observatório Eco- nô mico da Universidade Me to dis ta.Ma téria pu blicada no Repórter Diá-rio: Temporada é de liquidação de in-verno (24/07/2012)

“O que determina o direito dehora ex tra é a prestação de serviço.Não é por que um empregado dormeno local de trabalho que terá o direitode rece ber.”

Elaine Saraiva, professora de direitotra balhista da Universidade Me to dis -ta. Matéria publicada no ABCDMaior: PEC das domésticas pretendeabolir a cultura da servidão(05/08/2012)

FIQUE LIGADO NA EDIÇÃO ONLINE DO JORNAL DA METODISTA: WWW.METODISTA.BR

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Se para os padrões brasileiros o pa na- me nho Joel Muñoz, 1,76 m, está até umpou co acima da média (1,73 pa ra os ho- mens, segundo dados do IBGE de 2009),en tre seus colegas de pro fissão ele pode-ria ser tachado de bai xinho: Mu ñoz é jo-ga dor de basque te. Os arma do res, po si- ção em que atua, medem en tre 1,83 m e1,91 m, sen do os me no res joga dores.Mesmo assim, o jogador de 32 anos

vem se destacando no time Me to dis ta/ -São Ber nardo, equipe que representadesde o começo do ano. Na primeirafase do Campeonato Paulista, ele foi ojogador mais eficiente do time, com omaior nú mero de assistências (segundomaior do campeonato), maior númerode bolas recuperadas (terceiro maiordo campeonato), terceiro maior cesti- nha e o segundo que mais convertecestas de três pontos e lances livres.“Esta é a grande pergunta”, afirma

Mu ñoz, já acostumado em ser questio -na do sobre sua baixa estatura para ospa drões das quadras de basquete. “Eudou graças a Deus pelo tamanho quete nho e pelas habilidades que desen-vol vi”, conta o armador, que prefereapro veitar as virtudes a ficar sonhandocom uma altura maior. Com um jeito de falar tranquilo,

qua se tímido, Muñoz já está habi tua -do ao português. Afinal de contas, jáes tá no Brasil desde 2007, quando foicha mado para jogar no Bahia. Apósuma temporada em que disputou oNBB (Novo Basquete Brasil), mudou-se para o Saldanha da Gama, atual Vi- tó ria, onde permaneceu por outrasdu as temporadas do NBB. O armador também já se habituou

ao instável clima paulista. “[Em Vi tó- ria] Morava perto da praia, com muitosol. [Em São Paulo] Hoje está quente,às vezes o dia está muito frio. Mascom um mês já deu para acostumar.”Além do clima, Muñoz também

aponta outras diferenças: “As estru-

turas são diferentes. Aqui na Me to- dis ta a estrutura é de primeiro mundo.Fi sioterapia, ginásio, academia... sãodu as situações diferentes.” O jogador parece estar se sentindo

em casa, já familiarizado com a comis-são técnica e os outros colegas. “Estougos tando da Metodista, os jogadores sãode primeira. A parte técnica, técni cos,preparadores físicos, fisiote ra peu tas, sãoótimas pessoas. Estou bem, isto é que éo mais importante. O jogador, seja debasquete, de futebol, de vôlei, tem queestar bem. Estou feliz e tranquilo.” Se encontrou uma família na equipe

M e to dis ta/São Bernardo, Muñoz nãose esquece da fa mí lia que continua noPanamá, a esposa, Char lotte e o filhoBryan. Com 11 anos, Bryan já segue ospassos do pai, jo gando desde os seisanos. “Ele joga em um time sub-11 eestá na seleção da escola dele, sabe osnomes dos joga dores da NBA (a ligade basquete norte-americana)”, co-menta o pai, or gu lhoso. A saudade é aplacada com a inter-

net, webcam e celular. Além disso,eles costumam ficar pelo menos ummês no Brasil. “A presença física é aúni ca que falta”, comenta. Muñoz aponta que o primeiro objeti -

vo do time foi alcançado: a classifica çãopara a 2ª fase do Campeonato Pau lista.Para ele, o fato de cada integran te da co-missão técnica acreditar no outro fazcom que o basquete possa chegar aindamais longe. “Eles vão su bir a escada de-grau por degrau, pouco a pouco”. O primeiro degrau foi a primeira

fase. O segundo é ficar entre os melho -res do Paulista. O terceiro passo é dis-pu tar o NBB, prevê Muñoz. Para quemsaiu do Panamá, passou pela Bahia, Es-pí rito Santo e chegou a São Ber nar dodo Campo, percorrer mais alguns pas- sos não será tarefa tão difícil.

Israel Bumajny

Próximos jogosBasquete masculino (Camp. paulista) Jogos no Ginásio de Esportes da Metodista01/09 (Sáb/18h) Metodista/São Bernardo xMogi das Cruzes/Sanifill15/09 (Sáb / 18h) Metodista/São Bernardox Paulistano Unimed29/09 (Sáb / 18h) Metodista/São Bernardox S.E. Palmeiras06/10 (Sáb / 18h) Metodista/São Bernardox Inter./Prefeitura de Santos

Handebol Liga Nacional (jogos no Baetão)04/10 (Qui / 18h) MasculinoMetodista/SBC/Besni x Itapema04/10 (Qui / 20h) FemininoMetodista/SBC/Besni x Concórdia06/10 (Sáb / 16h) Fem.Metodista/SBC/Besni x Blumenau06/10 (Sáb / 18h) Masc.Metodista/SBC/Besni x Londrina27/10 (Sáb / 16h) Masc.Metodista/SBC/Besni x Força Jovem03/11 (Sáb / 16h) Fem.Metodista/SBC/Besni x Itapevi

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> Joel Muñoz (à esq.), o panamenho que, apesar da baixa estatura para um jogador de basquete, vem

se destacando no time da Metodista

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esportes Metô

Joel Muñoz: do Panamá para o Brasil[ JOGADOR VEM SENDO DESTAQUE NO TIME DE BASQUETE METODISTA/SÃO BERNARDO

Jogos regionais:campeões em dose duplaAs equipes masculina e feminina dehandebol da Metodista/São Bernar -do/B esni conquistaram o título decampeões dos Jogos Regionais, queaconteceram em julho. O time mas-culino venceu a final em cima do Ta-boão da Serra, seu 16º título. Já ofe minino foi hexacampeão vencendoo rival Santo André.

Esporte Metô nas redes sociaisFique por dentro das novidades dasequipes de handebol e de basquetepelo twitter @EsporteMeto e peloFacebook, na página UniversidadeMetodista de São Paulo – Oficial.

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talento Metô o que o professor faz fora da sala de aula

sempre Metô reconhecendo o talento de egressos

Talvez o fato de ter batizado seu estú -dio de publicidade Zombie Studio te nhatransformado Paulo André Dantas Gar-cia, 29 anos, egresso de Publici dade ePropaganda da Metodista, em um de-vorador. Não de cérebros, como as mí-ticas figuras consagradas na cultu ra po-pular, mas sim de prêmios. Des de o anopassado, quando foi mon tado, o ZombieStudio – de 3D, fo to e ilus tra ção, vol-tado ao mercado de publicidade – já“engoliu” dois Bronzes no Eurobest2011, um Virtuoso Award no GoldenDrum 2011, um Bronze no Épica 2011e um Ouro no Golden Hammer 2011. Segundo Paulo, os prêmios em fes-

tivais in ternacionais resultaram em vi-sibilidade ao trabalho da Zombie.

“Ago ra em 2012, ganhamos os prê-mios de maior destaque para o estú-dio, com a con quista de um Leão dePrata e três de Bronze no Festival deCannes 2012, que hoje é tido como o

festival mais importante do mercadode pro pa ganda no mundo”, conta.Mas todas essas premiações não sur-

gi ram do nada. Foram oito anos detra ba lho antes de Paulo montar seupró prio estúdio. Neste tempo, ele tevepas sa gens como diretor de arte em al- gu mas das principais agências do país,co mo Leo Burnett, Young & Ru bi can eW/Mc cann. Mas tudo começou láatrás, entre 2000 e 2004, quando Pau -lo cursou Publicidade e Propaganda epô de ter um gostinho de como seria omer cado na AgCM (antiga Agência dePu bli ci da de e Propaganda e Co mu ni- ca ção Mer ca do lógica, que em 2009deu origem à AGi COM, Agência In te- gra da de Co mu ni cação, que reúne as

agên cias ex pe ri men tais de todos oscur sos da Fa cul da de de Comunicaçãoda Metodista). Além de ter escolhido a Metodista

“pela excelente avaliação do curso dePublicidade e Propaganda”, Pauloapon ta a AGi COM como seu prin cipaldiferencial: “O curso é muito bom,mas o principal diferencial é a Agên- cia, que me ensinou na prática o quevi durante o curso, como também mefor neceu uma ideia inicial de comoera o mercado que estava me pre pa- ran do para entrar.”Confira o trabalho de Paulo no site

http://zombiestudio.com.br.

Israel Bumajny

Paulo André, devorador de prêmios[ EGRESSO DO CURSO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA APONTA AGICOM COMO UM DOS DESTAQUES DO CURSO

Rolha, Leandro, Toco, Tico, Teco,Pit, Guti, Neguinha, Pen, Drive, Cris- ti na, Semp, Dolívio, Leopoldo, Johnny,

Li lico, Nica, Branquinha, Charles, Co -ck e Nega Vitória. Poderia ser umacha mada de aula, mas estes não sãoexa tamente alunos de Rose Maria deSou za, 49, professora de EducaçãoFí si ca e do Núcleo de Formação Ci da -dã; são seus cães. Professora há 12 anos, Rose foi cria -

da desde criança com bichos e já ti nhao costume de pegar gatos abandonadosna rua. Quando começou a ter o pró priodi nheiro começou a criar cães. Ela cos- tu ma pegar animais debilitados e, quan -do se recuperam, acha um lugar paraeles, por meio de fei ras de ado ção, porexemplo. Há dois anos com prou umaca sa para os cães, com di reito a rampapa ra os que têm três pa tas.“Depois que salva dá para adotar.

Co migo ficaram os que não são consi -de r ados belos, os que nunca vão sarar,mas têm toda a dignidade”. Rose contaque não fica buscando os cachorros.

“Eles me pegam. Eles vão morrer nafrente do meu carro, ou na porta deca sa. Acho que um conta para o outro.Eu não posso pegar todos, porquete nho o bom-senso de cuidar bem. Jáen caminhei 300 bichos para lares.”A professora gasta R$ 3 mil por mês

com ração – mais de 180 quilos pormês –, veterinário, entre outros gastose tem uma funcio nária que fica o diain teiro com os ani mais. “Meus bichosnão ficam presos e gostam de pessoas.As pessoas vão visitar, quem vai lá temque gostar.” Ela até pensa em abrir umes paço para que as pessoas possamcon viver com eles, fazer um “Day dog”para os amigos.Se na Metodista Rose ensina, quan do

vi sita seus cães, a cada dois dias, emmé dia, ela apren de. “O que aprendi foique tem uma solidariedade. O Guri es-ta va a trope lado e a Neguinha estavaboa, mas fi cou no meio-fio junto com

ele. Quan do fui abordar, ela queria memor der para protegê-lo. Os Metralhas[co mo ela chama os dois irmãos] meen sinam um pouco de solidariedade eamor fraternal.”A professora diz que os cachorros

são, ao mesmo tempo, frágeis, masmui to fortes. “Depois de meia hora osani mais que foram maltratados voltama confiar no humano, eles têm fé.” O fato de que existam tanto pes-

soas que maltratam os animais comoas que cui dam, reforça a crença deRose no ser hu mano e na sua própriamissão de edu cadora. “O educadortem que acre di tar sem ver, e aí vocêinveste nisso. Es se relacionamentocom os cachorros mostra que se temum ser humano que é ruim, o outro ébom, ajuda, faz acre di tar no hu-mano”, conclui.

Israel Bumajny

Rose Maria de Souza: mais de 300 cães salvos[ PROFESSORA DO NÚCLEO DE FORMAÇÃO CIDADÃ DA METODISTA TEM COMO HOBBY A CRIAÇÃO DE CÃES

> Professora Rose durante uma das apresen-

tações do Núcleo de Formação Cidadã

Ilustração que rendeu a Paulo o Bronze no Epica

Awards 2011

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espaço Pastoral

Encontros e DespedidasComeçamos mais um semestre

letivo e teremos muitos encontros,reencontros com amigos, professo-res e alunos. Também teremos des-pedidas... dos alunos que saem da-qui profissionais formados e de co-legas que encontram outro lu-gar, outra estação para parar.Isso nos lembra a canção de Mil-

ton Nascimento - Encontros eDespedidas – que nos permite fazeruma analogia entre a Universidadecom a estação de trem.

Mande notíciasDo mundo de láDiz quem ficaMe dê um abraçoVenha me apertarTô chegando...

Estamos chegando para retomarnossas atividades, nos encontrare-mos nos corredores, na praça, noCentro de Convivência e serãomuitos abraços e olás.

Coisa que gosto é poder partirSem ter planosMelhor ainda é poder voltarQuando quero...

Que bom poder voltar !

Todos os dias é um vai-e-vemA vida se repete na estaçãoTem gente que chega prá ficarTem gente que vaiPrá nunca mais...

Temos muitas pessoas chegando,como novos alunos e alunas e no-vos colegas de trabalho. Tam-bém, outros que se despedem masque mantêm a ligação com a Uni-

versidade em que passaram tantosanos.

Tem gente que vem e quer voltarTem gente que vai, quer ficarTem gente que veio só olharTem gente a sorrir e a chorarE assim chegar e partir...

Somos seres humanos e trazemosem nossos corações muitos senti-mentos. Nas relações do dia a diateremos momentos de sorrir e dechorar. Tem gente que veio para ficar,

fará sua graduação, pós... e quemsabe se tornará um profissional dacasa e fará daqui o seu lugar.

São só dois ladosDa mesma viagemO trem que chegaÉ o mesmo tremDa partida...

A hora do encontroÉ também, despedidaA plataforma dessa estaçãoÉ a vida desse meu lugarÉ a vida desse meu lugarÉ a vida...

Sim, vivemos uma boa parte denossa vida neste lugar nestaestação, temos encontros e despe-didas... é a nossa vida neste lugar, éa vida....Que neste semestre possamos ter

momentos onde nosso sorrisopossa encontrar com outros sorri-sos, e que Deus esteja aben ço an doa nossa vida neste lugar.

N. Mary RosárioPastoral Universitária e Escolar

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Realizado pela primeiravez durante o período de fé-

rias, 32 alunos da Me to dista par ticipa-ram do Projeto Canudos, desenvol-vido junto à comunidade de mesmonome, no interior baia no.Um ônibus, com 42 pessoas, saiu

de São Paulo no final de junho, atra-vessou o sudeste e chegou em Ca nu- dos Velho, no sertão da Bahia. O tra-jeto de quase dois mil quilômetros,que levou 48 horas pa ra ser percor-rido, só seria refeito no sen tido con-trário mais de duas sema nas depois.Entretanto, este ônibus não era co mo

tantos outros que trafegam pelas es-

tra das do País. Ele levava jovens estu-dan tes cheios de expectativas, dispos-tos a uti lizar parte de suas férias esco- lares pa ra conhecer outra realidade, co- locar seus conhecimentos teóricos emprá ti ca e a fazer o bem. “Não foi as sis-tencia lis mo. Foi um trabalho ‘edu co-social’, de ensinar a po-pulação a par-tir de coi sas simples, do dia a dia de les,como fer ver água antes de consu mir,por exemplo”, conta Elsa Villon, alunado 8º se mestre de Jornalis mo.Este é o princípio do Projeto Ca nu-

dos – uma atividade de extensão coor-denada pela Metodista e rea li za da emparceria com o Instituto Brasil So lidá-rio para atendimento à comuni da delocal, que contou com a participa çãoda Faculdade de Medicina do ABC aconvite da Metodista – que reuniu alu- nos dos cursos de Biomedicina, Edu-cação Física, Engenharia Ambiental,Farmácia, Fisioterapia, Jornalismo,Nutrição, Pedagogia e Odontologia. “A ideia é que o trabalho seja contí-

nuo e que tenhamos quatro visitas aoano: uma em abril e uma em outubro,para saber como a população está, es-trei tar a relação com eles e realizarati vi dades mais pontuais; e duas ope- ra ções em janeiro e em julho, com oen volvimento de uma média de 40alu nos”, explica o coordenador dospro jetos de extensão da Faculdade deSaúde, professor Victor Bigoli.

Alguns resultadosEmbora a maior parte das atividades

te nha consistido em atendimentos àpo pulação na área da saúde – foramcer ca de 500 no total, numa média de70 a 80 por dia –, o projeto tambémcon tou com visitas de equipes às casasdos moradores para dar orientações,prin cipalmente ligadas à higiene epara a prevenção de doenças; ativida-des de re creação para as crianças; e en-sino de ar tesanato como forma de au-xiliar os mo radores a complementar arenda, uma vez que a cidade costumareceber tu ristas por conta de seu pas-sado his tórico – o líder Antônio Con-selheiro e a Guerra de Canudos.

> Alunos de Jornalismo produzemdocumentário sobre projeto

> Recreação também fezparte das atividades

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De acordo com o professor Victor Bi- go li, como o intuito é que esse projetote nha continuidade, “todas as informa- ções coletadas durante essa interven-ção servirão de base para as próximasações e para a turma que for”. O docente explica ainda que, “a par-

tir dos relatórios de cada área, os alu- nos tiveram a tarefa de desenvolverarti gos científicos e, se possível, apre-sen tar os resultados no Congresso Me- to dis ta. Já a equipe de Comunicaçãoteve a missão de produzir um docu-mentá rio so bre o projeto e a de Peda-gogia realizou um diagnóstico da si-tuação da edu cação na comunidade”.

A experiência de quem foiElsa Villon, do 8º semestre de Jorna-

lis mo, pode ser considerada veterananes se tipo de iniciativa. No ano passa -do, ela participou do Rondon Nacionale conta que decidiu participar para co- nhe cer o projeto, ver e entender ou trarea lidade. “Em Jornalismo, a gen te es -tá muito preso ao ‘mundinho’ da re da- ção, da TV. O meu intuito é ir atrás doque não é notícia ou não tão noticia do.Além disso, conhecer pessoas e his tó- ri as é crucial para a minha forma ção.”No entanto, a ida para Canudos,

teve ou tra motivação. “Hoje estoupróxima do meu objetivo, que é o deme formar. Sei que, se isso está sendo

possível, é gra ças a ajuda que tive.Quis ir para fa zer algo por alguém.”Elsa cita algo que foi dito pelo profes-sor Victor Bi goli. “Uma vez que vocêparticipa do Pro jeto de Extensão, vocênão será o mesmo e o proje to não seráo mesmo”.Esta foi a primeira viagem com ca-

rá ter social de João Paulo Urra, do 4ºsemes tre de Educação Física. Eleconta que “as pessoas não têm ba-nheiro em suas casas, tomam banhono açude, não têm energia elétrica emesmo assim são felizes. O interes-sante é que todos são amigos, todos secumprimentam e vo cê não fica commedo de andar na rua à noite”.

O Jornal da Metodista conversoucom Cíntia Crizol, do 5º semestre deBio medicina, antes da viagem. Haviamui tas expectativas com o que encon-tr a ria e uma certeza: “Sei que vou cres- cer profissionalmente, mas tambémvou aprender muito sobre o modo devi da deles. Será uma experiência posi-ti va e diferente para todos nós”. >>

> Alunos de Odontologia

durante atendimento à população

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Ao retornar, a estudante confirma:“Aprendi muita coisa porque aindanão tinha feito nenhum estágio naárea de Bio medicina. Tive um contatomais pró ximo com a população, coma cultu ra, com uma realidade total-mente di fe rente.” Uma das coisas quemais lhe cha mou a atenção foi “aforma como nos recepcionaram. Eracomo se fôssemos parte da família,como se já nos co nhecessem. Nós fi-camos em casa de fa mílias e fomosacolhidos de uma for ma diferente.” E

comple ta: “Eles têm uma vida sim-ples, total mente diferente da daqui.Eles têm mui to pouco, mas oferecemde todo co ração o que têm. Quandovocê volta, per cebe que várias coisasnão são tão im portantes assim. Vocêvolta revendo seus valores”.Para participar, procure a coorde-

nação de seu cur so e fique atento àsdivulgações da Uni versidade.

Gabriela Rodrigues

Metodista no Rally dos SertõesDesde o dia 16 de agosto e até o dia 31, uma equipe da Universidade estáno Nordeste participando do trabalho de ação social do Rally dos Sertões.A convite do Instituto Brasil Solidário, a Metodista é a responsável pelasatividades de atendimento à população das cidades que estão no trajetoda competição neste ano.Sob coordenação do professor da Faculdade da Saúde, Victor Bigoli, ogrupo é formado por alunos dos cursos de Odontologia, Nutrição, Bio-medicina, Jornalismo, além de médicas da Faculdade de Medicina doABC, que integram o grupo como convidadas.Victor Bigoli afirma que “apesar da experiência de ter coordenado di-versos projetos, é algo totalmente novo, por ser itinerante, em que fica-remos no máximo dois dias em cada cidade.” Ele reforça ainda aimportância do envolvimento dos alunos neste tipo de ação. “É uma ex-periência que eles também levam para a vida profissional.”Silvana dos Santos, do 8º semestre de Odontologia, concorda. “Esta éuma chance de exercer a profissão. Isso me ajudou a crescer a ponto deeu ter certeza do que eu quero para a minha vida.” Em seu quarto pro-jeto de extensão, ela se diz “viciada” desde o primeiro que participou, odo Rondon, e lamenta não ter participado antes. “Se eu soubesse que eratão bom, não teria deixado para ir só nos dois últimos anos do curso.”Para se ter uma ideia da dimensão do projeto no rali, em dois dias emSão Luís (MA), foram feitos 97 exames laboratoriais, 75 atendimentosmédicos, 65 odontológicos, 66 consultas de nutrição, 60 moradores pas-saram pela fisioterapia e cerca de 50 crianças participaram das ativi-dades de recreação.A equipe passará por Bacabal (MA), Barra do Corda (MA), Carolina (MA),Iguatu (CE) e Fortaleza (CE), onde encerrarão as atividades.Acompanhe o dia a dia do projeto e veja as fotos no blog http://meto-distanorally.wordpress.com e na página dos Projetos de Extensão da Fac-Saúde no Facebook – projetoextensaometodista.

> Atendimentos variaram de 70 a 80 por dia

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Você faz parte disso: Balanço Social 2011AÇÕES COMPILADAS NO DOCUMENTO CONTARAM COM PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS ENVOLVIDOS EM PROJETOS VOLTADOS À COMUNIDADE

A Metodista acaba de publicar seuBalanço Social 2011. Se a pergunta quevocê fez ao ler a frase anterior foi “e oque eu tenho a ver com isso?”, sai baque a resposta é: muito. Sim, por quegrande parte das ações estão re la ciona-das e foram realizadas por você, alu no.Com este material, o Instituto Me to-

dista de Ensino Superior (IMS) – enti- dade mantenedora da Universidade, dosColégios Metodistas em São Ber nar dodo Campo, Bertioga, Itapeva, to dos noestado de São Paulo, e do Ins titutoEducacional em Passo Fundo, no RioGrande do Sul – apresenta as ini ciativasrealizadas na área social, que abrange-ram as comunidades inter na e externa.Nesta edição do Jornal da Me to dis -

ta, você conhece um pouco do que foifeito pelos alunos por meio dos Pro je-tos de Extensão. O material comple toestá disponível no Portal da Me todista:www.metodista.br/balanco-social.

Todos podem participar,não importa a áreaAlguns Projetos de Extensão, como o

Projeto Canudos (leia mais nas páginas6, 7 e 8), são multidisciplinares e per-mitem que estudantes de diferentes cur-sos componham as equipes de traba-lho. No entanto, cada faculdade pos suiações específicas. Na área de Co munica-ção, por exemplo, há a produ ção dojornal Grito dos Excluídos. Rea lizadoem parceria com a Coordena ção Nacio-nal do Grito dos Excluídos, o veículo édistribuído durante ma nifestações rea-lizadas no dia 7 de Se tembro, numa ini-ciativa que se pro põe a chamar a aten-ção da sociedade pa ra as condições deexclusão social. Na semana que ante-cede o evento também é feito um tra-balho de assessoria de imprensa.Jéssica Rodrigues, do 6º semestre

de Jornalismo, conta que as atividadesdu raram cerca de um mês, mas que“foram semanas intensas, porquearru mamos a lista de contatos com aim prensa do País inteiro, cobrimosuma coletiva e, no outro dia, a pas sea -ta. Nunca tinha ido numa manifesta-

ção antes, foi emocionante”. Segundo ela, “até então só tinha tra-

ba lhado em redação e esta foi umaexpe riência nova, uma forma deco nhe cer outro ramo da carreira.Além de con tar no currículo, você co-nhece outra realidade”.

Atendendo à comunidade eaprendendo na práticaA estudante do 7º semestre de

Odon tologia, Aline Gonçalves, parti ci- pou do Rally Solidário, em parceriacom o Instituto Brasil Solidário (IBS).Em bora já tivesse atuado em outrasações sociais, como visitas a creches echá caras de dependentes químicos, “aideia de passar 18 dias no Sertão cha- mou muito a minha atenção pela pos-si bilidade de passar um pouco do quesei para quem precisa”.Para ela, “esse tipo de atividade é de

grande valia para o meu aprendizado,pois posso interagir com a comuni da -de, trocando conhecimentos e absor- ven do seus valores e cultura. Esta éuma importante ferramenta para for-ma ção de profissionais humanizados een riquecidos de valores éticos.”Além disso, a coordenadora de Ex-

ten são e Inclusão, professora Elizabe teRenders, afirma que “essas ações sãouma via de mão dupla, onde os sa be ressão compartilhados visando a trans for-mação social e a emancipação dos su-jeitos.” Ela explica ainda que as inicia-tivas fazem parte de um processo edu- cativo, cultural e científico que arti culao ensino e a pesquisa de forma con- junta e permitem uma relação trans for-madora entre universidade e so ciedade.O coordenador dos Projetos de

Exten são da Faculdade de Saúde, pro-fes sor Victor Bigoli, destaca a impor-tância de se inserir ainda durante osestu dos nesse tipo de ação: “Colocarem prá tica os ensinamentos adquiri-dos em sala de aula antes mesmo dapró pria formação, traz confiança e ali-men ta o lado do voluntariado”.

Gabriela Rodrigues > Aline Gonçalves, que participou do Rally Solidário: interação com a comunidade e formação profissional

Arquivo pe

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jornal da Metodista AGO.SET10

Momentos que nunca mais serão es-que cidos. Essa expressão resume os de- poimentos de alguns dos alunos que re-gressaram dos intercâmbios no fi nal dejulho e se reuniram no início de agostopara compartilhar o que viveram.Essas palavras resumem também a

fa la do reitor da Universidade, pro-fes sor Marcio de Moraes, que estevepresen te para dar as boas-vindas aogru po. “Não se trata só de uma ex-periência acadêmica, mas de vida,que fica re gistrada para sempre emquem vai.”Letícia Silva Santos, do 7º semestre

do curso de Letras (EAD) do Polo deSão José dos Campos (SP), passou doisanos em Portugal, realizando par te dagraduação na Universidade de Coim- bra. “Fomos em 2010 e passa mos bas-tante tempo em um lugar com umacultura e uma linguagem diferen tes,convivendo com pessoas do mun do in-teiro. Foi uma experiência de vida emque cresci muito morando sozinha”.

Pedro Lima, do 4º semestre de Pu bli-cidade e Propaganda, ficou um semes treno Chile, na Universidade Mayor.“Como quero trabalhar na área de aten-dimento ao público, é importante co-nhecer novas pessoas. E a me lhor ma-neira é em uma viagem interna cional.Voltei mais ‘aberto’, pronto pa ra outra.”A diferença cultural no aspecto aca dê- mico foi destacado por Ariane Brio ne,de Jornalismo, que passou um semes tre

na Universidade de Valencia (Es panha).Por valorizarem a parte teó ri ca, ela co-menta que precisou ler e estu dar muito.“Em uma das provas, vi que os outrosalunos escreviam bastan te e decidi serobjetiva. Depois da cor re ção, o professorveio conversar co migo por que eu tinhaescrito uma pá gina e meia e os meus co-legas três. Ele não achava justo comeles e me apli cou uma prova oral.”

Motivação para quem vaiNo encontro, estiveram presentes

ain da os estudantes que cursarão umapar te dos estudos em outro país. JoséHen ri que Lincoln, do 8º semestre deEn ge nha ria da Computação, foi con-tem plado com uma bolsa de estudosdo Programa Ci ência sem Fronteiras –ini ciativa dos Mi nistérios da Educaçãoe da Ciência, Tec nologia e Inovação –e estudará por um ano na Universida -de Ca tó li ca Portu guesa. “A ideia depar ticipar do in tercâm bio é pensandono futuro, em ter al go que me diferen -cie quando eu me for mar”.Fi cou interessado? Então não perca

esta oportunidade: entre os dias 03 desetembro e 03 de outubro estarãoabertas as inscrições para o ProgramaSemestre Acadêmico. As informaçõescompletas estão no site:www.metodista.br/ari.

Gabriela Rodrigues

internacional Metô um mundo de oportunidades para os alunos

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> Experiências de quem foi aumentam expectativa de quem está de partida

Alunos se reúnem para compartilharexperiências de intercâmbios[ INSCRIÇÕES PARA PRÓXIMO SEMESTRE ACADÊMICO COMEÇAM EM SETEMBRO

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InvictusApós quase 30 anos na prisãosob a linha segregacionista dore gime de apartheid, Mandelasaiu da cela prisional para osalão pre sidencial. Com o podernas mãos, ele tinha tudo parades con tar tudo que viveu: vin-gança, re vanchismo, ajuste decontas. Mas ele fez diferente: su-perou os pre conceitos e medos detodos os la dos ao propor acons trução de uma novaso ciedade baseada na re conci-lia ção. Para tanto, duas de cisões

foram significativas. Pri meiro, a realização da chamada “Comissãoda Verdade e da Re con ciliação”. Em vez de estimular uma caça aospromotores sangui no lentos do apartheid ou conduzir uma anistiaampla e irrestrita ape nas como forma de esquecimento dos horroresda segregação ra cial, aquele tribunal colocava cara a cara ofenso-res e ofendidos. Co mo uma espécie de tribunal moral, ali começavao processo de pa cificação sem o qual o país mergulharia na vin-gança sem fim. A ou tra forma de reagregar o país dividido foi a de-cisão de Mandela de in centivar a conquista da Copa do Mundo derugby pela seleção sul-a fri cana, no ano em que a sede do eventoseria a África do Sul. A divi são racial tinha levado os negros a iden-tificar a seleção nacional co mo um símbolo da supremacia branca,o que os fazia torcer sempre pelo adversário em campo. No país queesperava vingança, ele da va o exemplo de justiça. Ele não foi derro-tado pelas algemas do apartheid nem pelo revanchismo nos tem-pos da cólera racial. Por is so, tornou-se um homem invicto, vencedor.

Direção > Clint EastwoodAno > 2009

Aluno > Henrique CidreiraCurso > Design de InterioresFilme > Sete Vidas

Ben Thomas (Will Smith) é um agentedo imposto de renda que possui um segredotrágico. Por conta disso, ele é um homem quetem um grande sentimento de culpa, o quefaz com que salve as vidas de completosdesconhecidos. No filme, sete pessoas estãoem momentos decisivos de sua vida e estãona lista de Ben, para que ele possa salvá-las. Porém, tudo muda quando ele conheceEmily Posa (Rosario Dawnson). Pela primeiravez é Ben quem tem a chance de ser salvo.”

Culturadrops de

Palestra Livro Filme

SOCIAL MEDIA WEEK ESTÁ DE VOLTAA segunda edição do ano da Social Me -dia Week de São Paulo pro mete trazer umcar dápio variado, rico e pragmático deati vidades e convidados de Social Media.A intenção é seguir com o mesmo con-cei to de discutir a extensão comporta-men tal das mudanças que as mídiasso ciais estão causando na sociedade,go vernos e corporações, e também oim pac to que elas causam no businessdas em presas, no marketing e publici-da de.Quando: 24 a 28 de setembro. Onde: Museu da Imagem e do Som - Av.Europa, 158 - Pinheiros, São Paulo-SP.Quanto: entrada gratuita.

Estes títulos podem ser encontrados na Livraria Direta, naR. Mário Fongaro, 241, próxima ao Campus Vergueiro. Maisinformações: (11) 2355-4743 ou www.livrariadireta.com.br

1000 Lugares paraConhecer Antesde MorrerVocê vai se deliciar com esta sele- ção do que existe de melhor pa raser visto e apreciado nos cincocon tinentes – de belezas natura isa maravilhas criadas pelo ho mem.Entre as opções selecionadas porPa trícia Schultz para atender ato dos os gostos e bolsos estão re-ser vas ecológicas, ruínas sagra-das, resorts, restaurantes,vi larejos esquecidos pelo tempo,mu seus, teatros, catedrais, fior-

des, cavernas, cruzeiros, safáris, trilhas, passeios de balão e ilhasfan tásticas. Sem falar nos eventos culturais, artísticos, gastronômi-cos, religiosos e esportivos e nos incríveis roteiros por palácios e vi-nhe dos. Não importa qual destino você esteja procurando. Ao final decada tex to, o guia lhe diz como chegar lá, fornece telefones, sites, e-mails, in dica a melhor época para o passeio e lista preços aproxima-dos no Bra sil e no exterior. Caso ainda não saiba para onde ir,saboreie os textos leves e bem-humo rados da autora sobre o que háde especial em cada uma dessas ma ravilhas – com toda a certeza,descobrirá o lugar perfeito, afinal vo cê está com o mundo nas mãos.

Autora > Patricia SchultzEditora/Páginas > Sextante/752Preço > R$ 39,90

Aluno > Weslley DuarteCurso > Educação FísicaFilme > Wall-E

Após entulhar a Terra de lixo e poluir aatmosfera com gases tóxicos, a huma ni da dedeixou o planeta e passou a viver em uma gi-gantesca nave. O plano era que o retiro du-rasse alguns poucos anos, com robôs sendodeixados para limpar o planeta. Wall-E é oúltimo destes robôs, que se mantém em fun-cionamento graças ao autoconserto de suaspeças. Até que um dia surge uma nave, quetraz um novo e moderno robô: Eva, por quemWall-E logo se apaixona.”

dicas dos alunos

jornal da Metodista ABR.MAI 11

Divulgação

Divulgação

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jornal da Metodista AGO.SET12jornalismo Científico

Congresso Metodista: mostre as suas ideias para o mundo[ PARA PRESIDENTE DO CONGRESSO, EVENTO É OPORTUNIDADE DE CONHECER PESSOAS, ESTABELECER PARCERIAS E “AREJAR A CABEÇA”

Ao contrário da opinião de muitos,um evento onde são apresentados ediscutidas produções científicas podesim ser interessante. E a oportunidadede comprovar isso já tem data mar-cada. O Congresso Metodista será rea-lizado nos dias 23 e 24 de outubro nosCampi da Universidade e no dia 27 deoutubro para a modalidade a distância.“Este é um momento de encontrar e

conhecer pessoas, estabelecer parce-rias e de ‘arejar a cabeça’”, comenta apresidente do Congresso, professoraElizabeth Gonçalves. Ela afirma aindaque “este é um espaço para mostrar oque está sendo produzido e recebercontribuições de colegas, podendo termais embasamento para o trabalho.”Segundo a docente, a Universidade

está baseada em três pilares e os rela-ciona com a pesquisa: Ensino – pata-mar em que, no geral, as pessoas pos-suem o mesmo nível de conhecimento–, Pesquisa – etapa na qual apenasuma parcela de um grupo descobrealgo que as pessoas não sabem, agre-gando conhecimento – e Extensão –quando se torna público para a co-munidade o que se pesquisou.Na Graduação é possível dar os pri-

meiros passos nesse sentido por meioda Iniciação Científica. Elizabeth Gon-çalves explica que, em contato comum orientador, o estudante pode fazerprojetos que venham a contribuir coma pesquisa deste professor. Ela ressaltaque “é uma oportunidade de fazer algoalém da sala de aula, de ‘abrir a cabeça’

porque grande parte do conhecimentovem de fora. Geralmente quem parti-cipa fica ‘contaminado’ e passa a sedesenvolver nisso”.A professora diz também que qual-

quer assunto pode virar tema de traba-lho. “Eu soube de um trabalho em quea autora decidiu falar sobre a utili za çãoda arte na abertura da novela Ga brie la”.

Pesquisa faz parte do dia adia profissionalPara quem pensa que as disciplinas

relacionadas à metodologia científicatratam somente de assuntos teóricos,distantes da realidade do dia a dia dosprofissionais que atuam nas empre-sas, engana-se. “A pesquisa não se res-tringe à academia. Na área de Comu-nicação, antes de elaborar uma cam-panha, você precisa fazer uma pes qui -sa sobre o consumidor. Na área daSaú de, um aluno que começa a traba- lhar em um laboratório vai se depararcom a necessidade de pesquisar outroscaminhos para chegar a um resul-tado”, afirma Elizabeth Gonçalves.“Todo mercado profissional está pau-tado em pesquisa, independente daárea”, completa.

De acordo com a professora, “de-senvolver pesquisas agrega ao currí-culo autoridade de quem produz co-nhecimento” e exemplifica com umasituação cotidiana comum. “Você estáprocurando um médico de determi-nada especialidade e encontra dois no-mes. Um deles publicou seu últimotrabalho em 1979 e o outro apresen-tou um no ano passado na Holanda.

Com quem você agenda a consulta?”.Elizabeth finaliza afirmando que “issofaz diferença mesmo em outras áreas,pois mostra que o profissional se man-tém atualizado e em sintonia com asdiscussões que dizem respeito à suaatuação”.

Gabriela Rodrigues

“ESTE É UM MOMENTO DE EN-CONTRAR E CONHECER PESSOAS,ESTABELECER PARCERIAS E DE

‘AREJAR A CABEÇA’”

Não perca o prazoAs inscrições para o Congresso Me to dis ta podem ser feitas até o dia 31 de agos toe são gratuitas. A parti ci pação é aber ta a todos os estudan tes da Uni versidade –Gra duação, Pós-Gra dua ção (lato e stricto sensu) e a pes qui sadores da comunidadecientífica.Os alunos da Metodista já estão auto maticamente inscritos como ouvintes epoderão obter horas com plemen ta res atribuídas às diferentes ativida desrealizadas, como monitoria, além de certificado de participação, por a pre sentaçãode trabalho ou como ouvin te. Mais informações sobre a pro gramação estãodisponíveis no Por tal da Metodista: www.metodista.br.

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jornal da Metodista AGO.SET 13

Especial Jogos Olímpicos

Metodista nas competições em Londres[ PRIMEIRO FORAM OS JOGOS OLÍMPICOS. AGORA, OS PARALÍMPICOS. SEJA NA COBERTURA DAS COMPETIÇÕESOU APOIANDO ATLETAS, A UNIVERSIDADE TEM MARCADO PRESENÇA NESSES EVENTOS INTERNACIONAIS

Nove alunos do curso de Rádio, TVe Internet fizeram parte do projetoOlympic News Chanell, em que traba -lha ram na redação em São Paulo,acom panhando a cobertura dos JogosOlím picos de Londres. A equipe, com-pos ta por 24 produtores multimídiade diferentes faculdades, foi responsá -vel por editar e publicar os melhoresmo mentos das competições e enviarpa ra o Portal Terra, que fez a transmis -são por um canal de satélite próprio. Segundo o coordenador do curso,

pro fessor Marcelo Briseno, “esta ini-cia tiva do Portal reconheceu a quali-da de do curso de RTVI da Metodista,já que este projeto envolveu apenasum grupo seleto de instituições”. Eleres salta ainda que, “para o aluno, foiuma oportunidade enriquecedora emque puderam fazer contatos com pro- fis sionais reconhecidos pelo mercadoe mostraram seu talento”.Luiza Santaella Vivaz Oliveira, do

6º semestre, afirma que em seu turnoha via seis estudantes da Metodista eva lida a experiência. “Aprendi bastan -te na parte de edição dos vídeos queexportamos para o canal.”

Esporte como meiode superação Letícia de Oliveira Freitas, 17 anos,

está indo para o 2º semestre de Psico-logia, mas está pensando em trancarpara voltar no outro semestre. Nãopor não estar gostando do curso, maspa ra poder se dedicar ainda mais à vi -da de atleta. Aos sete anos, Letícia foi diagnosti-

cada com uma doença degenerativanos olhos e perdeu parte da visão.Agora, dez anos depois, ela disputaráas Paralimpíadas de Londres, In gla ter -ra, pela seleção brasileira de na ta ção.A escolha se deu após o Circuito

Caixa, que serviu como seletiva. Nestacom petição, ela bateu três recordesbra sileiros: 50 metros livres, 100 me-

tros livres e 200 metros medley (emque o nadador pratica quatro séries de50 metros com estilos diferentes).Letícia foi descoberta em um centro

de apoio ao deficiente visual em 2007,durante uma avaliação de rotina. Otéc nico Luiz Antônio enxergou na me- ni na a possibilidade de uma atleta e alevou para fazer um teste.De início, Letícia conquistou duas

medalhas no Campeonato Regional de2009, o que a motivou a aumentar ostreinamentos, já com seu atual téc-nico, Felipe Moreno. O feito garantiua convocação, no mesmo ano, para ase leção brasileira sub-21, para dispu taro Pan-americano sub-21 na Co lôm- bia. Resultado: três medalhas de prata

e duas de bronze. “A partir daí pe gueio gosto pela natação. Nunca ti nha ima-ginado ser atleta”, conta Letícia.“A cada dia o esporte me ajuda a su-

pe rar os desafios”, garante a jovem, queatualmente faz parte da equipe RaiaOlímpica, de São Bernardo do Cam po,e treina na piscina da Academia-Escolada Metodista. “Com cer te za ganhei maisautoestima, mais auto con fiança.” No fi-nal de junho, soube da convocação paradisputar as Para lim píadas. “Foi a me-lhor surpresa que já recebi.”No dia da entrevista ao Jornal da

Me todista, Letícia acabara de voltar deBerlim, Alemanha, onde quebrou ou- tros três recordes – 100 metros borbo- leta, 100 metros livres e 200 medley no

Swimming German Competition, con-quistando uma medalha de ouro, umade prata e duas de bronze. No dia an-terior à entrevista, mais três meda lhas:“Ontem foi o Campeonato Regio nal,três de ouro”, conta, orgulho sa.“Meu sonho é ganhar uma medalha

e eu vou para ganhar uma medalhanos 50 metros livres; nos 100 metroslivres e nos 200 medley é pegar a fi-nal”, diz, sobre as expectativas para asOlimpíadas. “O esporte mudou total-mente a minha vida. É muito impor-tante o deficiente se tornar atleta e aMetodista está sempre apoiando”,conclui.

Gabriela Rodrigues e Israel Bumajny

> Letícia, que nunca tinha pensado em virar atleta, orgulhosa de suas medalhas e na expectativa de novas

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jornal da Metodista AGO.SET14

Mercado como se posicionar profissionalmente

Já pensou que as suas habilidades pessoais podem ser decisivas?[ COMPETÊNCIA EMOCIONAL VEM SENDO LEVADA EM CONTA EM SELEÇÕES PROFISSIONAIS

Houve uma época em que um empre - go era para a vida toda. Hoje, são mui- tos os motivos que levam os profissio- nais a procurarem outras oportuni da- des. Num contexto de rápidas mudan- ças em que diversos aspectos são in- fluencia dos – economia, comportamen -to, fa mília, entre outros – com o mer-cado de trabalho e demais fatores re la-cio nados, isso não poderia ser di fe rente.Se antes valorizava-se a especializa-

ção, atualmente é preciso acrescentar aes te perfil certa dose de visão gene ra- lis ta. Some-se ainda o relacio na mentoin terpessoal. Pode parecer al go sim-ples, sem muita importância, mas quetem feito a diferença nas empre sas e éco nhecido como compe tên cia emocio -nal. “Até mesmo profissio nais de TI,que até então eram mais ou menosdes culpados pela falta de ha bilidadecom pes soas, não conseguem es capardessa co brança”, pondera o co ordena-dor do cur so de Gestão de Re cursosHuma nos, professor Rafael Chiu zi.A professora do Programa de Pós-

Gra duação em Psicologia, professoraMa ria do Carmo Guedes, tem observa -do em suas supervisões de estágio um

pon to que se repete com frequência eque “causa grandes problemas nas or-ga nizações é a falta de habilidade so-cial”. E cita como exemplo: “Uma pes-soa de determinada área da empresaque é um problema, que todo mundore za para ela ir embora, que todos têmme do ou que causa confusão é reflexodes sa falta de habilidade”.Para Rafael Chiuzi, esse tipo de

com petência é vista pelas empresasdes de o processo de seleção ao busca- rem candidatos “que tenham sinais dema turidade emocional, o que inde-pende da maturidade biológica. Hojeexis te um discurso muito estereotipa -do de que o jovem é muito impetuo -so, de que não sabe se comportar”.

Dando tempo ao tempoO que também faz parte desse qua dro

é a ansiedade de muitos jovens, que de-sejam uma rápida ascensão pro fis sional.“Ninguém vira diretor da em presa emtrês anos”, comenta Maria do Carmo. Ado cente destaca que para cres cer rapida -men te na carreira, é preci so uma sériede habilidades e compe tências que só otem po desenvolve. “Não é a faculdade,

não é a pós-gra dua ção, não é a especia- li zação. Existe a necessidade de umama durecimento pes soal, que só o tem -po dá, e de um ama durecimento teórico,de convi vên cia, de saber como as coisassão.” Pa ra ela, o jovem “vai para dentrodo seu trabalho com uma visão muitoidea lizada, por mais adequado e adapta - do à realidade que seja o curso”.Rafael Chiuzi concorda: “Ao entrar

em uma organização, ele vai se depa- rar com diversos fatores que até entãonão conhecia. Ele vai se deparar commui tas incongruências e vai vivenciaran gústias por ter que lidar com algu-mas políticas que, muitas vezes, nãoes t ão de acordo com os seus valores.” Para o professor, “quando os jovens

en tram no mundo do trabalho, têmque aprender, por exemplo, o famoso‘en golir sapo’ e isso para quem está co- me çando é muito difícil. Mas existemvá rias maneiras de você conseguir li-dar com situações desse tipo no ambi -en te de trabalho”.Ele enfatiza que “a competência emo-

cional é muito importante para a con vi-vência, não só com os chefes, com os lí-deres, mas também com os co legas de

trabalho. Trabalhar em empre sa é saberlidar com uma série de di vergências”. “Não adianta eu querer que um jo-

vem de 28 anos se comporte comouma pessoa de 40. Mas ele pode bus-car formas de se equilibrar, comoquan do vai para uma terapia”, diz Ma- ria do Carmo.

Mas é possível desenvolveressa competência?De acordo com a professora, compe-

tên cia pode ser definida como “o con-jun to de aptidões, de potencial trei ná- vel”. Portanto, é possível sim desenvol -vê-la. Como este é um fator que po dein fluenciar e, por vezes, até ser de cisivoem uma equipe, as organizações pro-curam capacitar seus funcio ná riosneste sen tido. “O coaching é uma fer-ramenta bas tante utilizada”, co menta oprofessor Rafael. Entretan to, ele res-salta que “o primeiro passo é o sujeitoser mais cons ciente de si mes mo”.Para o Instituto Brasileiro de Coa-

ching, este “é um processo que produzmu danças positivas e duradouras. Ocoach ing é uma oportunidade de visua - lização clara dos pontos individua is,de aumento da autoconfiança, de que-brar barreiras de limitação, para que aspessoas possam conhecer e atingir seupotencial máximo e suas me tas”.Maria do Carmo cita ainda o pro ces -

so terapêutico. “Se o jovem está pre pa- ra do teórica e tecnicamente, ele preci -sa avaliar se pessoalmente está pre pa- ra do para conviver. O recomendável éque ele peça ajuda para avaliar as ha-bi lidades sociais, porque são essasque, junto com as competências pro- fis sionais, darão a possibilidade decon viver melhor no grupo.”Como uma alternativa, a pro fessora

indica a Policlínica Me to dis ta, noCampus Rudge Ra mos. Os interessa-dos podem fazer os agendamentospelo telefone (11) 4366-5565.

Gabriela Rodrigues

Ped

ro C

avalheiro

Saber relacionar-se pode ser decisivo na carreira

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jornal da Metodista AGO.SET 15

Terceira Idade

“Parar jamais. Avançar sempre”[ PROGRAMA AQUARELA - TERCEIRA IDADE NA UNIVERSIDADE OFERECE DIVERSAS ATIVIDADES, PRINCIPALMENTE NA ÁREA DE ARTE E CULTURA

Essa é a fala de um dos participantesdas atividades promovidas para a ter-cei ra idade na Metodista. Por isso, nãoes tranhe se em sua turma houver al-guns alu nos bem mais velhos do quevocê.A ideia inicial para esta matéria era

acompanhar um dos eventos do Pro-gra ma Aquarela – iniciativa da Me to- dis ta para a terceira idade – e falar so-bre o papel do idoso em nossa socie- da de.A primeira parte foi cumprida. A

equipe do Jornal da Metodista parti-cipou do Uma Tarde na Universida de,encontro que deu início às ativida desdo semestre no final de julho. Já a se-gunda parte tomou um novo rumo.Desde o início, para qualquer parte

onde se olhava no auditório Sigma doCam pus Rudge Ramos, que estavacheio, era nítida a satisfação daquelaspes soas por se reencontrarem após ope ríodo de férias.Durante a programação, quem par-

ti cipou das oficinas no semestre ante-

rior teve a oportunidade de falar sobrea experiência e incentivar os colegas ase envolverem também. “Um curso VIP.” Foi assim que

Ramo na Fernandez definiu as aulasde in formática, dadas por funcionáriosda área de Tecnologia da Metodista.Ela disse ainda que “é muito bom sa- ber que podemos aprender algo dife- ren te. Parar jamais. Temos que avan- çar sempre”.Para Maria Aparecida Naldi, o grupo

vo cal foi um incentivo para que elafos se além e comemorou: “Para mim,foi plantada uma semente. Por terco me çado a cantar, hoje estou apren-den do a tocar violão”.Naquela tarde, o grupo também

acompanhou uma palestra sobre enve -lhe cer com qualidade, viu o resultadoda participação de colegas da oficinade teatro num trabalho de alunos docur so de Publicidade e Propaganda eapren deu alguns sinais de LIBRAS(Linguagem Brasileira de Sinais) a par-tir da interpretação da música “Al-

guém me disse”, da cantora Maysa.Deixando os problemas para trásIntervalo. Hora de aproveitar a pau -

sa para fazer as entrevistas e ouvir umpou co do que essas pessoas animadasti nham para dizer. “É muita indiscrição perguntar a sua

ida de?” Um sorriso se abriu e os o lhosse iluminaram quando veio a res pos -ta: “Claro que não! Cinquenta e cin -co”, respondeu Gilnete de OliveiraJor ge, a Gil, uma das protagonistas doví deo feito pelos alunos de Publicida -de. E bastou só mais uma perguntapa ra que ela contasse como o teatromu dou sua vida. Um assalto fez com que Gil entras -

se em depressão, e o tea tro serviu co -mo complemento à terapia para queela voltasse a sentir emo ções. “Nem seiexplicar como me sen ti quando per- cebi no teatro que esta va chorando denovo”, disse, com os olhos marejados.Para Maria Clemente, 65, cabe lei rei -

ra aposentada, foi o Programa Aqua rela

que a fez se curar de uma depressão.“Hoje me sinto a pessoa mais feliz domundo. Fiz ami za des, participei dasoficinas e quero con tinuar participandoaté quando der.” E finaliza: “Tenho atévontade de trabalhar fora de novo. Ficomal se eu ficar em casa”.

Aprendendo sempreApós se aposentar, Douglas Guido,

72, decidiu não ficar parado. Ele contaque já participou de várias atividadesde voluntariado e que hoje uma dasma neiras de se ocupar é com o Progra -ma Aquarela, que conheceu pela inter -net. “No semestre passado, eu só fica -va em casa às quartas-feiras. Nos ou-tros dias, estava aqui”, orgulha-se.Guido ressalta que “não podemos fi-

car parados. É tan to conhecimentoque a gente adquire na vida que nãopode jogar pela ja nela. E, estandoaqui, podemos evo luir e conhecer no-vas pessoas”.

Gabriela Rodrigues

Terceira idade na UniversidadeA coordenadora do Núcleo de Arte eCultu ra, Cláudia César, explicou que aideia de dar o nome Aquarela ao Pro- gra ma “é fazer uma referência à va -rie da de de cores, representando adi ver sidade e a possibilidade de con- vi vência entre as diferentes gera ções”.Neste sentido, uma das novidades éque a partir de agosto, aqueles quefazem parte do Programa poderãocur sar as disciplinas eletivas dadaspe lo Núcleo de Formação Cidadã aosalunos da Universidade.As atividades são gratuitas e é ne ces- sário se inscrever nas oficinas. A pro- gramação completa está dis po nívelno endereço:www.metodista.br/terceiraidade.

Lara Molinari

> Uma Tarde na Universidade: palestra, troca de experiências e aprendizado de LIBRAS

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