Júlio César Raspinha Esperança · 1 day ago · Na economia local, mui-tas contratações e...

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Transcript of Júlio César Raspinha Esperança · 1 day ago · Na economia local, mui-tas contratações e...

  • OpiniãOJúlio César Raspinha

    Rogério Curiel - Diagramação e Arte

    A equipe:Júlio César RaspinhaDiretor e Jornalista Responsável

    Rosana Oliveira - Depto. FinanceiroRoberto Junior - RedaçãoAriane Bravo - RedaçãoJeniffer Teodoro - RedaçãoYasmim Rais - Redação

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    GLL da Silva Eireli - ME 26.146.231/0001-00

    23 de janeiro a 5 de fevereiro de 2021 | Ano IX | N°360www.portalagora.com2 editorial

    O início da vacinação contra a Covid 19 traz um so-pro de esperança a todos nós, de um 2021 mais saudável e feliz. O ano que terminou foi de muita desesperança, medo e traumas.

    A pandemia e a sequência de acontecimentos, princi-palmente a partir de março, quando o Brasil foi atingido em cheio pela doença, deixou mais claro quem é quem, tan-to no cenário nacional, quan-to na nossa convivência coti-

    Esperançadiana.

    Solidariedade e arrogân-cia não andaram juntas. Vai-dade e amor ao próximo tam-bém não. Amizades e relações se desfizeram com maior fre-quência. As pessoas precisa-ram se suportar. Para muitos isso não foi possível.

    Aqui na nossa aldeia, na terrinha, 2021 se iniciou com uma nova gestão tomando posse. Muito cedo e precipi-tado para tirar conclusões, tanto otimistas quanto pes-

    simistas. Apenas a eleição da Câmara mostrou pouquíssi-ma habilidade política de pre-feita e vice, justamente dois que conviveram no legislativo e tinham a obrigação de saber lidar com vereadores.

    Na economia local, mui-tas contratações e pleno em-prego. Empresas chegam a anunciar com carros de som a oportunidade para trabalha-dores. E não são só as gran-des, ou seja, ânimo em um momento de apreensão como

    esse, quando terminou o auxí-lio emergencial.

    Assim como ninguém pôde prever 2020, é precipi-tado dizer o que ocorrerá esse ano, mas a expectativa de um ano melhor, mais feliz e sau-dável para todos é inevitável. Motivos nós temos de sobra. Que a chegada da vacina traga não só imunidade, mas doses de esperança a todos, e que ela se confirme em todo o mun-do, e na nossa região em es-pecial.

    Uma chuvinha fina abrandava o calor. Mas logo o sol retornava. Quem ia à roça deparava com aque-le clima dual: chuva e sol num só dia. Antigamente era assim na época em que se aproximavam o Natal e o Ano Novo. Pelo menos, em Tapejara, no oeste do Pa-raná, onde moramos. Fazia muito calor entrecortado por uma leve garoa.

    Era a melhor fase do ano. Natal era sinônimo de comilança. Três meses an-tes, meu pai vendia café e cereais e se preparava para a “grande compra do ano”. Tempo de comprar roupas e calçados para a família. Mas não parava aí. O melhor mesmo eram os componen-tes da festa. Os engradados de guaraná e os garrafões de vinho. Sobrava um bo-cadinho para o Dia de Reis, comemorado em janeiro. Dia em que se desmonta a árvore de natal, conforme a tradição.

    A carne era dos por-cos e de alguma cabeça de gado. Leitoa, garrote ou no-vilha, geralmente. Assada num forno de tijolos e bar-ro, onde a mãe assava pães. Data esperada e planejada.

    Vida sofrida, vida feliz!No dia atribuído ao nasci-mento de Jesus, o melhor era os comes e bebes. Eu era vidrado em macarrão com queijo ralado, que comia só naquele dia. Guaraná, tam-bém. A gente só bebia na-quela ocasião.

    Me lembro de um Natal em que fui com meu irmão a uma fazenda buscar um porco para assar. Chegamos lá, os bichos estavam soltos. O dono da casa olhou e si-nalizou: “é aquele ali”. Mas faltava pegá-lo. A gente ha-via ido com um vizinho que tinha um jipe. Ele andava só nos trinques, como se dizia de quem se vestia bem. Sa-patos engraxados, calça de tergal preta e camisa branca.

    Meu irmão, o dono da casa e eu fomos pegar o por-co. Um corre, corre maluco. Cerca de cá, cerca de lá e nada. O porco nos driblava com facilidade. O vizinho motorista que nos levou re-solveu ajudar. Meu irmão avisou: “você vai se sujar”. Ele respondeu: “Liga, não, vamos pegar esse danado”.

    Conseguimos encantoá-lo num pedaço de cerca de balaústre. Mas o porco que parece mesmo ter “espírito de porco” fez que foi pra um

    lado. O vizinho motorista foi junto, mas o bicho vol-tou. Ele escorregou no chão levemente molhado e caiu. Tocou a camisa branca no chão. Ficou aquela mancha preta, sinal do lodo do ter-reno.

    O porco continuou a correr. Até que o dono da casa o lançou numa subida. O motorista se lavou numa torneira. Prevenido, ele ves-tiu outra camisa que levara no jipe. Limpou os sapatos. Meu irmão sangrou o porco e trouxe apenas as bandas de carne.

    Carne que eu nunca comi. Minha mãe a frita-va num tacho enorme, de ferro, no meio do quintal. Meus irmãos o cercavam em busca de um pedaço en-quanto a carne derretia na gordura. Eu, não! Sempre preferi verduras e massas. Era doido por aqueles toma-tinhos que nasciam no meio do cafezal. A mãe fazia um molho delicioso. Eu comia com pão caseiro assado no forno de barro.

    Sardinhas enlatadas também eu gostava. A tra-dicional marca Coqueiro era minha felicidade. Meu pai comprava várias latas

    para a gente consumir nas festas de fim e entrada de ano. Peixe sempre fez parte do meu cardápio. Até hoje, única carne do meu prato. Um dia quem sabe também, em respeito aos animais, não a comerei mais.

    Após o Natal, o Ano Novo e o Dia de Reis, o ano começava. Meu pai e meus irmãos voltavam a trabalhar de sol a sol. Festa com comi-lança apenas na Páscoa e no próximo fim de ano. No en-tremeio, havia as Festas Ju-ninas. No começo dos anos 1970, moramos na zona rural de Califórnia, corta-da pela rodovia que leva a Curitiba. Ali, havia a famí-lia Pedro, conhecida por “os Pedros”, que promovia uma grande Festa Junina. Mas aí é outra história.

    Como diria Carlos Drummond de Andrade: “Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons”.

    Vida sofrida, vida feliz!

    Jornalista, historiador

    e mestre em Comunicação

    Donizete Oliveira

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  • 23 de janeiro a 5 de fevereiro de 2021 | Ano IX | N°360www.portalagora.com4 curtas

    E agora?

    RevoltaMoradores da Estrada Rochedo estão revoltados com a Copel por causa das constantes quedas de ener-gia na região, que fica localizada entre Mandaguari e Jandaia do Sul.

    JustiçaProprietários de aviários estão, por exemplo, acionando a justiça contra a companhia, pois dependem exclusivamente da energia elétrica para que as aves em confinamento não morram. Em breve, repor-tagem sobre o tema.

    CâmaraHá uma expectativa no meio político sobre qual será a postura da Câmara Municipal na retomada dos trabalhos, a partir do meio de fevereiro, quando começam as chamadas sessões ordinárias. O plano diretor deve dominar as discussões no início da gestão.

    ExoneraçãoO advogado Gabriel Bernardinelli deixou a gestão Ivonéia Furtado (Cidadania) 12 dias após assumir a função na gestão da nova prefeita. Além da alegação de preferir ficar em seu escritório particular, pesou um aspecto técnico na decisão.

    ServiçoGabriel é filho de Laércio Bernardinelli, que presta serviços para o município através de licitação no segmento de informática. Por temor em haver conflito de interesses, o advogado optou por deixar a função e evitar “problemas futuros”.

    ProcuradoriaQuem vai assumir a procuradoria é a advogada Eliete Ferreira, casada com Célio Ferreira, que nos anos 90 ocupou a Secretária de Finanças na gestão da então prefeita Maria Inês Botelho. Sua nomeação está nas mãos da prefeita Ivonéia Furtado.

    SondagemAntes, houve uma sondagem na servidora Lúcia Nice Orsi, que tem formação na área, mas preferiu continuar na função que ocupa atual-mente. Orsi é responsável pela publicação de todos os atos oficiais do município.

    RecordeO ano de 2020 permitiu ao Portal Agora quebrar seu recorde histórico, com quase 4 milhões de acessos, 93% acima do ano anterior. Isso equivale a 60 mil visitantes diferentes todos os meses.

    DigitalCom o mundo cada dia mais digital, a plataforma vai se aperfeiçoar ainda mais no segmento, com mais transmissões ao vivo e maior produção de conteúdo em vídeo. O ano que terminou proporcio-nou 12 milhões de visualizações de páginas, outro recorde histórico.

  • 523 de janeiro a 5 de fevereiro de 2021 | Ano IX | N°360www.portalagora.com vacinação

    O último ano foi especialmente difícil para todos, além do medo, da dor e da an-gústia, 2020 deixou marcado o surgimento de novos sonhos, dentre eles a vacina, o tão esperado imunizante contra o vírus que tirou de todos os brasileiros sua maior característi-ca, o afeto de um aperto de mãos, o carinho de um de abraço e a alegria de uma reunião entre amigos e família.

    Junto de um ano novo, vieram boas no-vas. No dia 17 de janeiro de 2021, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial no Brasil das vacinas CoronaVac, produzida pelo Insti-tuto brasileiro Butantan com o laboratório chinês SinoVac. O Paraná recebeu no dia 18 de janeiro, 265.600 doses da vacina. Dessas, 22.700 estão reservadas para a população indígena e 242.880 para profissionais da saúde que atuam diretamente na pandemia, idosos que vivem em asilos, e seus cuida-dores. As vacinas estão sendo aplicadas em duas etapas e irão imunizar 126 mil pessoas.

    Na tarde do dia 19 de janeiro, terça-feira, 299 doses da CoronaVac chegaram à Mandaguari, por volta das 14h. Em entre-vista à reportagem do Jornal Agora, a Pre-

    “Me vacina pra ver se eu estou sonhando”Na última semana, após quase 1 ano de pandemia causada pelo novo coronavírus, Mandaguari imunizou

    os primeiros profissionais da saúde e idosos residentes do Asilo contra o Covid-19. feita Ivonéia Furtado, informou que essas 299 doses seriam primeiro aplicadas nos funcionários da saúde, que estão atuando na linha de frente do combate ao vírus no Pronto Atendimento Municipal (PAM), no Laboratório Municipal, no Hospital Cristo Rei; e aos residentes do Asilo São Vicente de Paulo.

    A vacinação foi iniciada no dia 20 de janeiro de 2021, uma quarta-feira marcan-te para o município, onde na Unidade de Saúde da Família, no Jardim Esplanada, a primeira cidadã foi vacinada em solo man-daguariense.

    Claudiosene Paulino da Silva, técnica de enfermagem, a “Nena” como é bem co-nhecida, de 66 anos de idade, dos quais 31 foram dedicados à saúde pública de Man-daguari, foi a primeira profissional da área a ser vacinada contra a Covid-19 em Man-daguari. “Estou muito feliz e honrada por ser a primeira, mas triste ao mesmo tempo pelo tanto de mortos que tivemos no mun-do inteiro”, disse Nena minutos antes de ser vacinada.

    A segunda a ser imunizada foi a enfer-meira do PAM (Pronto Atendimento Muni-cipal), Viviane Aparecida Mulato, colabora-dora da área há 4 anos e diabética. Viviane e sua filha tiveram Covid-19. “Um momento memorável, onde pra mim é um sonho que se torna realidade, é um momento em que a esperança reaparece, pois nós já estamos cansados. Esse distanciamento nos fez so-frer”, comentou ela após ser vacinada. Ela ainda comemorou, “Me vacina pra ver se eu estou sonhando”.

    No mesmo dia da vacinação na USF, uma equipe se deslocou junto da Prefeita e da Secretária, para vacinar os idosos no Asilo São Vicente de Paulo. Arminda de Oliveira Pereira, de 104 anos de idade, foi a primeira idosa que reside na instituição a ser vacinada. Dois dias após o início da vacinação, todos os idosos instalados na instituição já foram vacinados, e a maioria dos profissionais que atuam no local tam-bém, os que ainda não receberam o imu-nizante estão de férias ou atestado, porém suas doses estão resguardadas para que es-ses possam recebê-la assim que voltarem a ter contato com as pessoas de idade que já foram imunizadas.

    Durante o ato que marcou o início da vacinação em Mandaguari, a Secretária de Saúde, Viviane Cazetta de Lima Vieira, de-monstrou o desejo de aplicar todas essas

    299 doses até o dia 22 de janeiro, sexta-feira. “Essas vacinas que chegaram são apenas as primeiras doses a serem aplicadas, em tor-no de duas à três semanas, o equivalente a essa leva será enviada novamente, e assim que a produção aumentar, seguindo as re-comendações do governo federal, nós va-mos abrindo para os demais grupos”

    Covid-19 em Mandaguari- O primei-ro caso de Covid-19 em Mandaguari foi re-gistrado no dia 18 de abril e se tratava de um profissional da saúde que atuava em outra cidade. Cerca de um mês depois, no dia 24 de maio, o município contabilizou a primeira vítima fatal da doença causada pelo novo coronavírus.

    A cidade já ultrapassou a marca de mil casos positivos e contabiliza até esta sexta-feira (22),19 óbitos causados pela doença do novo coronavírus.

    Rogério Curiel

  • 23 de janeiro a 5 de fevereiro de 2021 | Ano IX | N°360www.portalagora.com6 superação

    Quem vê o Hiago Menezes forte e saudável em sua adolescência nem ima-gina a luta e o sofrimento que ele passou quando era recém-nascido. Hiago nasceu com Transposição de Grandes Artérias (TGA) que é definida pela saída da aorta do ventrículo direito e a artéria pulmonar do ventrículo esquerdo, estando cada átrio conectado ao seu respectivo ventrículo, ou seja, as artérias do coração são invertidas, um caso raro e complicado.

    Com isso, ele, recém-nascido, não saiu do hospital, precisando ficar por três me-ses na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Londrina. Com as artérias trocadas ocasionando pouco oxigênio no corpo, os órgãos e a respiração de Hiago ficaram comprometidos, causando falta de ar e precisando de internamento.

    Os médicos do hospital não conse-guiam dizer com o que ele estava e por isso o liberavam avisando que ele poderia passar mal a qualquer momento. E foi as-

    A espera de um milagreBebê que passou por cirurgia de alto risco vive normalmente nos dias de hoje

    Reprodução

    sim por muitos meses, um entra e sai do hospital, fazendo dele sua segunda casa. As faltas de ar recorrentes deixavam os pais de Hiago desesperados e sem saber o que fazer.

    A história tomou outro rumo quan-do os pais conheceram uma enfermeira chamada Ivonéia Furtado que avaliou o estado de saúde de Hiago e resolveu pedir ajuda a um amigo médico de São Paulo. A convite de Ivonéia, o médico Marcos Cesar Valério de Almeida, cardiologista, foi até a

    casa de Hiago e avaliou ali mesmo o bebê, constatando assim o TGA e explicando aos pais que ele precisaria fazer uma cirurgia.

    Devido à demora em descobrirem o que ele tinha, a cirurgia seria em partes e de alto risco, havendo 1% de chance de sobreviver a ela. Seus pais ficaram em cho-que com a notícia e pensaram em desistir, mas sua grande fé e esperança falaram mais alto.

    Outro problema que eles encontraram pelo caminho foi transferir Hiago para o

    hospital em São Paulo, onde seria reali-zada a cirurgia. A Secretaria de Saúde de Mandaguari não fazia encaminhamen-tos, somente para hospitais da região e do Paraná. Mas com a ajuda de Ivonéia e do cardiologista, eles conseguiram o encami-nhamento e puderam dar continuidade ao processo.

    Hiago fez a primeira cirurgia com 1 ano e 7 meses e, por um milagre, sobre-viveu. O processo para colocar um exorto na parte do coração foi um sucesso e o pe-queno pode viver com mais qualidade de vida. Logo depois, aos 2 anos e 7 meses, foi feita outra cirurgia de risco, a colocação de uma válvula pulmonar infantil para que os dois tipos de sangue corressem normal-mente pelo corpo, o que também foi um sucesso. E aos 14 anos ele fez outra cirurgia para trocar a válvula pulmonar por uma de adulto.

    Essas cirurgias foram necessárias para que Hiago pudesse viver tranquilamente, sem muitos efeitos colaterais. Sua recu-peração durante cada uma delas foi lenta, mas positiva tomando todos os cuidados cabíveis o que não impossibilitou de ter uma infância normal.

    Hoje Hiago tem 17 anos, mora com os pais, trabalha, faz parte do Ministério da Igreja e deseja fazer um curso superior ou montar seu próprio negócio.

  • 23 de janeiro a 5 de fevereiro de 2021 | Ano IX | N°360www.portalagora.com8

    "O hábito da leitura é o melhor presente que você pode dar para seu filho". É basean-do-se nessa frase de Igor Collaro que comu-nidades e entidades sociais trabalham para que suas crianças tenham acesso à literatura e a cultura de modo regular e com qualidade. E é isso que a Comunidade Social Cristã Be-neficente Dr.Osvaldo faz há muitos anos em Mandaguari.

    Seria um sacrilégio dizer que não conhe-ce essa comunidade e nem se dá conta de sua importância para nossas crianças e adolescen-tes. A Comunidade do Dr. Osvaldo, como é conhecida, atua na cidade há 36 anos (1984) fundada pelo médico Osvaldo Alves com o objetivo de prestar atendimento médico e so-cial para famílias carentes.

    Desde então o seu legado foi passado para Tânia Maria, que antes era seu braço direito e vice-presidente da instituição, que fez e faz um trabalho belíssimo com as crianças e adoles-centes carentes. As oficinas foram ampliadas e hoje há literatura, biblioteca, bebêteca, violão, canto, danças como o ballet, street dance e hip hop, esportes como karatê e capoeira, jardi-nagem, atendimento psicológico para adoles-centes e suas famílias e muitos outros projetos, há opção para todos os gostos.

    Tudo isso só foi possível com a aposenta-doria de preso político de Dr. Osvaldo, ajuda

    Conheça o trabalho da Comunidade do Doutor Osvaldo em Mandaguari

    Reprodução

    do estado e doações das pessoas. A vontade de servir e ajudar os desfavorecidos fez com que a comunidade se destacasse não só na cidade, mas também no estado todo, e fez com que muitas vidas fossem transformadas.

    O foco da Comunidade sempre foi in-centivar o hábito de leitura e gosto pela litera-tura nas crianças e adolescentes, coisa pouco valorizada hoje em dia, por isso seu trabalho é essencial para a cultura de Mandaguari. Se-gundo a presidente da Comunidade, Tânia Maria, a grande dificuldade é fazer com que as pessoas entendam o poder de transforma-ção da cultura na vida das próprias, mas o in-centivo a leitura em Mandaguari é baixíssimo, ocasionando assim desinteresse tanto na parte de ingressar tanto em doar para a Comunida-de. Eles não estão fazendo caridade, mas sim transformando para melhor a vida de seus participantes.

    A Comunidade é um espaço diferenciado na vida das crianças, principalmente aquelas

    que têm vários problemas sociais, e a imersão no mundo da literatura faz com que ela “es-cape” de seus problemas e saiba lidar melhor com isso. “Parecia que qualquer jovem com problemas para encontrar seu lugar na vida (…) podia encontrar um lar mais feliz nas páginas de um livro," Tessa Dare. Sua visão de mundo se amplia e melhora sua comunicação com os outros, sem falar dos inúmeros bene-fícios de se ler, por isso a importância dos pais em incentivar o hábito em seus filhos.

    “A leitura abre a mente e amplia os hori-zontes. Quando isso é feito na primeira infân-cia, tudo acontece de uma forma muito mais natural e prazerosa. E é essa geração de leitores que poderá transformar o mundo através da Educação e do conhecimento”, Isa Colli.

    Depois de anos de funcionamento a Co-munidade conseguiu construir seu espaço de-finitivo, um enorme sobrado com três andares sendo um deles uma biblioteca com um enor-me espaço para as crianças lerem, brincarem

    e realizarem várias atividades, sala de cinema e sala de informática e um andar específico para os esportes e danças. O lugar possui todo o conforto que elas possam ter e dispõem de milhares de livros e gibis. Em média são aten-didas 240 crianças.

    Devido à pandemia do novo corona vírus as oficinas da Comunidade foram prejudica-das e o trabalho com as crianças cortado. Mas nem isso pode impedir que eles continuassem a fazer seus trabalhos, eles inovaram e parti-ram para um método muito usado neste ano: EAD. Esta “educação à distância” foi feito de uma forma bem diferente, os funcionários preparavam atividades educativas e entre-gavam para os pais para entreter as crianças durante este período, vídeo-aulas eram orga-nizadas com os profissionais que atendiam na Comunidade, o empréstimo de livros con-tinuou, entre outros. “Assim como é de cedo que se torce o pepino, também é trabalhando a criança que se consegue boa safra de adul-tos," Monteiro Lobato.

    O impacto foi grande e a maior dificuldade foi manter o vínculo com as crianças e os pais que estavam mais afastados correndo o risco até de perdê-las. Não se deixando abalar eles criaram um projeto de pesquisa com psicólo-gos para saber como está a saúde emocional das crianças e adolescentes durante a pandemia.

    Ainda não há previsão de volta das ati-vidades presenciais, mas a Comunidade continuará com seus atendimentos visando o bem das crianças. Para ingressar seu filho na Comunidade, ou fazer uma doação é ne-cessário fazer seu cadastro pelo telefone (44) 3233-4700 ou presencialmente na Rua Ver. João Xavier, 131 – Centro próximo ao Parque da Pedreira.

    “Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê”. Monteiro Lobato

    voluntariado

    Confira os ganhadores dos sorteios realizados no Programa Show da Manhã do Júlio César Raspinha na Agora FM 91,3

    As primeiras semanas de 2021 estão sendo movimentas na Agora FM. O programa Show da Manhã comandado pelo Júlio César Raspinha.

    Os pêmios são um oferecimento da Casa Vitória, Corpinho Lanches, Ótica Cyma, Ótica Visual, Serallê, Virtual.

    Os ganhadores foram:

    Na terça-feira 12/01 Nanci ganhou o prêmio da Casa Vitória e quem veio buscar o seu prêmio foi Marcelo Augusto

    Quarta-feira 13/01 quem ganhou o prêmio do Corpinho Lanches foi Enzo Bernardo

    Quinta-feira 14/01 as ganhadoras do prêmio da Serallê foram Adriana Viana e Isadora Eduarda

    Sexta-feira 15/01 a ganhadora do prê-mio da Virtual foi a Fátima Gonzaga

    Na Segunda-feira 18/01 o prêmio foi da Casa Vitória e o ganhador foi Benedito de Paula Domingues

    Terça-feira 19/01 as sorteados do prêmio da Ótica Cyma foram Jenifer dos Santos Domingues E Paulo Henrique La-raniaga Souza

    Quarta-feira 20/01 o ganhador do prêmio do Copinho Lanches foi Marcos Junior Nogueira

    Quinta-feira 21/01 as sorteadas do prêmio da Serallê foram Margarita Pinhei-ro e Sônia Viana

  • 923 de janeiro a 5 de fevereiro de 2021 | Ano IX | N°360www.portalagora.com pedágio

    O projeto proposto pelo Gover-no Federal tem como objetivo insta-lar mais 15 novas praças de pedágio além de determinar um teto permitido de descontos nas tarifas cobradas nos mais de 25 postos de cobrança nas ro-dovias.

    Com o contrato das atuais conces-sionárias de cobrança de pedágio che-gando ao fim, novas discussões passam a permear esse assunto. Na terceira semana de 2021, um projeto apresen-tado pelo Ministério da Infraestrutura tem causado divergências de opiniões na Assembleia Legislativa do Paraná. A proposta do Governo Federal conta com um valor de desconto limitado en-tre 15% a 17%.

    Em entrevista para o Jornal Agora, o deputado e presidente da Frente Par-lamentar do Pedágio, da Assembleia Legislativa (Alep), Arilson Chiorato, contou que junto com o encerramento desses contratos, uma nova modelagem de cobrança é proposta pelo Governo Federal. Nela, mais 15 praças de pedá-gio são instaladas no Paraná, aumen-tando para 42, o número que atual-mente é 27; o projeto prevê aumentar o número de quilômetros de rodovias pedagiadas, de 2,5 mil para 3.327 mil quilômetros de rodovias estaduais e fe-derais; e o prazo de concessão do mo-delo híbrido terá validade de 30 anos.

    “De acordo com essa proposta, uma viagem de Mandaguari para Curi-tiba, por exemplo, que atualmente você paga R$57,10, com a nova modelagem esse trajeto vai passar a custar R$51,00, visto que terá esse desconto de cerca de 10%. Nas praças de baixo fluxo, como a de Jataizinho, onde esse valor é de R$24,00, vai baixar para R$12,00. Já nas praças de grande fluxo, como a de São José dos Pinhais, vai cair de R$23,00 para R$21,90. Então assim, nós vamos ter uma diminuição de tarifa em torno de 10% no estado todo, mas vamos ter mais 30 anos com esse valor fixo e tam-bém com mais lugares para pagar. Ou seja, isso é o bolso das concessionárias aumentando e o do povo diminuindo”,

    Paraná poderá ter 15 novas praças de pedágio

    Rogério Curiel

    exemplificou Arilson. O valor que é pago no pedágio

    consiste em uma junção de taxas, são elas a taxa de construção; taxa de ma-nutenção, que é a grama ao redor das rodovias cortadas, as faixas pintadas e a taxa de outorga, que é a concessão à população para transitar nessas rodo-vias. Segundo Chiorato, o requerimen-to da Assembleia é retirar a parte do valor referente à permissão para o uso das vias públicas.

    O presidente alega ainda, que as obras inacabadas da atual concessioná-

    ria, que foram pagas com os impostos da população, serão cobradas e frutos de promessas novamente. Quanto ao pedágio de Mandaguari, ele disse que a proposta da Alep é fazer com que os mandaguarienses não precisem usar a estrada rural como desvio, e sim poder passar pela praça sem pagar nenhum pedágio.

    Para aprovar esse projeto o Gover-no Federal não precisa de uma aprova-ção da Assembléia, porém para ceder o controle das rodovias estaduais para outros é necessário que esse projeto

    seja aprovado pela Assembléia Legis-lativa do Paraná, que segundo o depu-tado, não será algo positivo, visto que não há votos positivos para tal propos-ta.

    Segundo o deputado, o povo é a melhor maneira de barrar esse novo modo de cobrança. “O que o povo pode fazer para mudar isso, é se unir, é realmente reclamar e expressar sua opinião nas redes sociais, e se preci-sar ir pra rua, com segurança. Caso contrário serão mais 30 anos pagando um pedágio fora do comum”, expressa Arilson Chiorato.

    Novas praças de pedágiosConfira aqui a lista de cidades que

    podem receber as novas praças de pe-dágio:

    – Sengés (PR-151)– Siqueira Campos (BR-272)– Jacarezinho/Ourinhos (BR-153)– Califórnia (BR-376)– Norte de Tamarana (PR-445)– Jussara (PR-323)– Tapejara (PR-323)– Perobal/Cafezal do Sul (PR-323)– Guaíra/Terra Roxa (BR-272)– Guaíra/Mercedes (BR 163)– Toledo/Cascavel (BR-467)– Capitão Leônidas Marques (BR-

    163)– Ampere (PR-182)– Renascença (BR 280)

    O Deputado Estadual Arilson Chiorato (PT), presidente da Frente Parlamentar do Pedágio, da Assembleia Legislativa (Alep)

    Mapa do Paraná com as atuais praças e tarifas e com as novas concessões do novo modelo de pedágio no estado.

  • 1123 de janeiro a 5 de fevereiro de 2021 | Ano IX | N°360www.portalagora.com social

    O destaque da coluna da semana, vai para a linda Eloísa Flávia,

    que completa idade nova no próximo dia 25.

    Felicidades para o Marcelo Guesso, que assopra as

    velinhas no próximo dia 30

    Dia 18 Fernanda Fantin comemorou mais um anos de

    vida. Parabéns!

    A gatinha Angel Nicole,

    comemora mais um ano de vida

    no dia 29, e recebe o

    carinho de amigos e familiares

    Sthefany Chaves completou 14 anos no último dia 12,

    parabéns princesa!

    Completou idade nova dia 21, Flávia Herce.

    E recebe os parabéns dos pais João e Vida e todos as funcionárias da Lotérica

    Las Vegas.

    Click do Jhones Proenci

    O lindo casamento de Andressa e Rodrigo

    Click do Jhones Proenci

    Viva os noivos! Bruna e André

    subiram ao altar.