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Altas taxas dificultam início da produção do iPad COLUNA DO APOSENTADO CONTINUA Bancários seguem com a paralisação Alshop prevê alta de 9% nas vendas Trem-bala: Justiça suspende licitação Revisão O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai adiantar o pagamento dos valores atrasados para quem teve o benefício revisto pelo teto, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O prazo para os que têm direito a receber até R$ 6 mil era 31 de outubro, mas o acerto será feito já nos cinco primeiros dias de outubro, junto com o pagamento do benefício do segurado. O adiantamento refere-se a 62.734 benefícios, totalizando R$ 118,5 milhões. Os valores retroativos são devidos nos cinco anos anteriores à data do pedido administrativo de revisão ou do pedido na Justiça. Quem não fez qualquer pedido terá os retroativos contados a partir de 5 de maio de 2011, data do ajuizamento da Ação Civil Pública na Justiça Federal de São Paulo. A revisão compreende benefícios concedidos entre 5 de abril de 1991 e 31 de dezembro de 2003, que tiveram o salário de benefício limitado ao teto previdenciário na data da concessão e os benefícios deles decorrentes. Não terão direito à revisão os benefícios com data de início anterior a 5 de abril de 1991 e posterior a 31 de dezembro de 2003; os que não tiveram o salário de benefício limitado ao teto previdenciário na data da concessão; os precedidos de benefícios com data de início anterior a 5 de abril de 1991; os de valor equivalente a um salário-mínimo; os benefícios assistenciais - Benefício de Prestação Continuada - BPC/LOAS; e aqueles concedidos aos trabalhadores rurais. Associação na Praça A Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região realiza neste sábado evento comemorativo ao Dia Internacional dos Idosos, na Praça Governador Pedro de Toledo, das 8 às 12 horas, com apresentações e serviços. Proposta orçamentária será entregue hoje REGIÃO Greve dos Correios: 15 milhões de correspondências ‘paradas’ TERESA ORRÚ E AGÊNCIA ESTADO [email protected] PATRÍCIA BAPTISTA [email protected] ALTA DO DÓLAR Supermercadistas e donos de casas de importados esperam bom Natal, mas terão que negociar com fornecedores para aliviar o consumidor Negociar será saída para menor r epasse no aumento do importado DA REPORTAGEM LOCAL FOTOS: RUI CARLOS Juizado Especial Federal - 2136-0100 Associação dos Aposentados e Pensionistas (rua XV de Novembro, 1336, Centro; telefone: 4586-1129) Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região (av. Pedro Soares de Camargo, 543, salas 13 e 21, Anhangabaú; telefone: 4521-8404) Previdência Social em Jundiaí (rua Barão de Jundiaí, 1150, no Centro; 7 às 17 horas; 3379-6754; www.previdencia.gov.br Central de Atendimento 135; Ministério Público: 4586-2410; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - 4521-9736; Procuradoria de Assistência Judiciária - 4521-1230. Sugestões podem ser encaminhadas para a rua Baronesa do Japi, 53, Centro, CEP: 13207-684 ou pelo e-mail: [email protected] OTIMISTA Lojista de tradicional mercado, Ricardo Garcia não acredita em grande impacto A Foxconn, fabricante chinesa do iPhone, tem negociado um acordo no valor de 12 bilhões de dólares para iniciar a produção de iPads no Brasil. O acordo, que foi anunciado pela presidente Dilma Rousseff durante uma visita à China, pode agora estar em risco devido ‘às taxas elevadas’, segundo informações fornecidas a Reuters, publicadas no site ‘Techtudo’. A negociação tem sido complicada desde o início, e a Foxconn buscava incentivos fiscais e alguns benefícios por parte do governo brasileiro para o início das suas atividades no país. "A negociação tem sido muito difícil e o projeto para o iPad brasileiro está em dúvida", afirmou um representante da Foxconn. Outros problemas, ainda segundo o site, como a infraestrutura e a falta de mão de obra qualificada, também podem impedir que o iPad 2 seja produzido na fábrica brasileira da Foxconn, em Jundiaí. Segundo declarações recentes do ministro Aloizio Mercadante, os iPads brasileiros tinham precisão de chegar ao mercado ainda em dezembro deste ano, com valores até 40% inferiores. As vendas nos shopping centers do País para o Dia das Crianças devem crescer nominalmente 9% este ano, em comparação com o verificado na mesma data em 2010, segundo estimativa da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop). Ainda segundo a Associação, os brinquedos deverão, mais uma vez, liderar as vendas em 2011, desde os mais simples até os mais sofisticados, como os eletrônicos. Também estão na lista dos produtos que deverão ser mais procurados aqueles que possuem apelo tecnológico. ( Agência Estado) A Justiça Federal de Brasília suspendeu todos os procedimentos que visem a licitação para a exploração do trem-bala que deverá ligar as cidades do Rio de Janeiro a Campinas, passando por São Paulo. A suspensão deverá vigorar até que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) regularize todas as linhas de transporte público interestadual no País com extensão superior a 75 quilômetros. A decisão do juiz substituto Alaôr Piacini, da 9ª Vara da Justiça Federal, acolheu pedido do Ministério Público Federal no DF, segundo o qual, antes de cuidar do trem-bala, a ANTT deve fazer a licitação prévia para o serviço de transporte público, conforme previsto na Constituição de 1988. (A.E.) PARA AMENIZAR Claus Peters, dono de loja de importados, promete negociar Em cumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o secretário de Finanças, José Antonio Parimoschi, entrega hoje o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o exercício 2012. A proposta de orçamento foi elaborada em conformidade com as diretrizes orçamentárias fixadas na Lei nº 7.706, de 13 de julho de 2011, e está compatível com o Plano Plurianual (2010-2013). Parimoschi entrega a proposta orçamentária para 2012 às 17 horas, na Câmara Municipal de Jundiaí. A alta do dólar trará re- flexos para comercian- tes e consequentemen- te para os consumidores. Quando estoques se esgota- rem, supermercadistas e do- nos de casas de produtos im- portados terão que provi- denciar mais produtos e, en- tão, com preços mais altos, terão que repassar algo pa- ra o consumidor, fatalmen- te. No entanto, os lojistas já têm o mesmo discurso: vão negociar de maneira inten- sa com os fornecedores para tentar amenizar o impacto da alta dos preços para o consumidor. “A alta do dólar deve afe- tar preços já para o Natal. Produtos como bacalhau, frutas secas, frutas como pe- ra e kiwi e demais importa- dos deverão ficar mais ca- ros. Mas como o setor super- mercadista procura sempre negociar, também vai ten- tar minimizar o impacto pa- ra o consumidor”, afirma Edivaldo Bronzeri, vice-pre- sidente da Apas (Associação Paulista de Supermerca- dos). “O consumidor, por sua vez, também poderá buscar produtos similares ou nacionais”, observa. No ano passado, o setor de supermercados e hiper- mercados obteve um cresci- mento de 4,5%. Para 2011, no entanto, a expectativa é de fechar com 3% de cresci- mento, como reflexo da alta da moeda americana. Outras lojas Proprietário de uma ca- sa de bebidas e outros pro- dutos importados no Cen- tro de Jundiaí, Claus Pe- ters tem acompanhado dia- riamente as variações do dólar, o que não vinha pre- cisando fazer há algum tempo. “Estou em compas- so de espera e um pouco apreensivo. Ainda não acre- dito em grandes mudan- ças, mas tenho acompanha- do o dólar diariamente e, mais cedo ou mais tarde, teremos que repassar algo ao consumidor. É inevitá- vel”, afirma. “Quando os estoques acabarem, vamos tentar descontos ou absor- ver um pouco do aumento. Mas antes, não precisáva- mos fazer isso. Agora, tere- mos que negociar mais for- te mesmo”, diz Claus. Em épocas de Natal, o co- merciante costuma vender três vezes mais. “Espero que a situação se equilibre mais. Isso depende da mão firme do Governo”, opina. O comerciante de um tradicional mercado da ci- dade, que também vende bebidas importadas (entre outros produtos), Ricardo Machado Garcia, prefere ser otimista. “Até agora não precisei repassar nada ao consumidor. Apesar dos problemas com o dó- lar espero um Natal de boas vendas.” Pelo menos 15 milhões de correspondências estão para- das devido à greve dos Cor- reios na região de Campinas, que engloba Jundiaí. O diretor do Sindicato dos Trabalhado- res em Correios, Telégrafo e Si- milares de Campinas e Região (Sintect/Cas), Valdir Florenti- no, disse que a empresa está fa- zendo a triagem de encomen- das especiais, como sedex, car- ta registrada e encomendas ex- pressas (vindas de outros paí- ses). “Mas está sendo feito len- tamente.” Enquanto a estatal oferece 6,87% de reajuste sobre os salá- rios, os trabalhadores reivindi- cam 7,16%. “Também solicita- mos mais contratações para melhorar o serviço tanto para a população como para os pró- prios funcionários.” Após mais de seis horas de reunião com a diretoria dos Correios, os funcionários da es- tatal decidiram continuar a greve iniciada há duas sema- nas. Enquanto o encontro pa- ra negociar o fim da paralisa- ção começava na sede dos Cor- reios, o ministro das Comuni- cações, Paulo Bernardo, afir- mou estar confiante que o fim do movimento chegaria ao fim ainda ontem. Não foi o que ocorreu. A nova proposta dos Correios garantiria um aumento real dos salários em R$ 80 a partir de janeiro e o pagamento imediato de um abono de R$ 500. De acordo com Bernardo, a questão fi- nanceira já havia sido aceita pelos funcionários paralisa- dos, mas o desconto dos dias não trabalhados ainda era o maior entrave na negociação, pois os grevistas não aceita- ram o corte do ponto. De acordo com a empresa, em Jundiaí aproximadamente 68% dos empregados traba- lham normalmente. “Estão suspensos apenas três serviços: sedex 10, sedex hoje e disque coleta, por se tratarem de servi- ços com hora marcada. Com a paralisação, mesmo parcial, não temos como garantir o ho- rário. A entrega de correspon- dências não foi suspensa em nenhum momento e continua ocorrendo. Podem ocorrer atra- sos na entrega e, para manter a carga em dia, os Correios es- tão realizando ações como mutirões no final de semana, realocação de pessoal adminis- trativo para a área operacional e realização de horas extras”, in- formou, em nota, a assessoria. A greve que atinge as agências bancárias em to- do o País vai continuar ho- je, segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, Paulo Santos Mendonça. “A cada dia mais agências aderem à paralisação.” Até ontem, agências do Bradesco e Itaú ainda fun- cionavam. Porém segundo uma fonte, o Itaú vai ade- rir à greve a partir de hoje. Mendonça enfatizou que, apesar do movimento grevista, que atingiu on- tem o terceiro dia, a popu- lação pode realizar pratica- mente todos os serviços. “Eles podem ser feitos atra- vés de correspondentes bancários, caixas eletrôni- cos e casas lotéricas. Ape- nas quem possui contas atrasadas está sendo preju- dicado.” O presidente do sindica- to lembrou que os sindica- listas continuam aguar- dando uma manifestação por parte da Federação Na- cional dos Bancos (Fena- ban). “Estamos abertos pa- ra a retomada das negocia- ções e cabe aos banqueiros apresentar uma nova pro- posta.” A Fenaban infor- mou que “segue aguardan- do a retomada das conver- sações com o Comando Na- cional dos Bancários, visan- do à construção de uma proposta que leve a um acordo. Enquanto os bancários reivindicam 12,8% de rea- juste salarial na data-base (1º de setembro), os bancos ofereceram 8%. O índice in- clui 0,56% de aumento real (acima da inflação), en- quanto os bancários que- rem 5%. Em Jundiaí e região exis- tem 2 mil bancários e, se- gundo Mendonça, a insatis- fação é geral. “As negocia- ções também precisam me- lhorar no sentido de novas contratações. Dessa forma, o atendimento aos clientes e o trabalho dos funcioná- rios vão melhorar.” 4 SEXTA-FEIRA 30 DE SETEMBRO DE 2011

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nãopreciseirepassarnada ao consumidor. Apesar dosproblemascomodó- lar espero um Natal de boasvendas.” 4 SEXTA-FEIRA queasituaçãoseequilibre mais.Issodependedamão firmedoGoverno”,opina. O comerciante de um tradicionalmercadodaci- dade,quetambémvende bebidasimportadas(entre outrosprodutos),Ricardo Machado Garcia, prefere ser otimista. “Até agora 30DESETEMBRODE2011 PARAAMENIZARClausPeters,donode lojadeimportados,prometenegociar ➤CONTINUA ➤REGIÃO TERESAORRÚEAGÊNCIAESTADO

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Altas taxas dificultam início da produção do iPad

➤ COLUNA DO APOSENTADO

➤ CONTINUA

Bancários seguemcom a paralisação

Alshop prevê altade 9% nas vendas

Trem-bala: Justiçasuspende licitação

RevisãoO Instituto Nacional do SeguroSocial (INSS) vai adiantar opagamento dos valores atrasadospara quem teve o benefício revistopelo teto, segundo decisão doSupremo Tribunal Federal (STF). Oprazo para os que têm direito areceber até R$ 6 mil era 31 deoutubro, mas o acerto será feito jános cinco primeiros dias deoutubro, junto com o pagamentodo benefício do segurado. Oadiantamento refere-se a 62.734benefícios, totalizando R$ 118,5milhões. Os valores retroativos sãodevidos nos cinco anos anterioresà data do pedido administrativode revisão ou do pedido naJustiça. Quem não fez qualquerpedido terá os retroativoscontados a partir de 5 de maio de2011, data do ajuizamento daAção Civil Pública na JustiçaFederal de São Paulo.A revisão compreende benefíciosconcedidos entre 5 de abril de1991 e 31 de dezembro de2003, que tiveram o salário de

benefício limitado ao tetoprevidenciário na data daconcessão e os benefícios delesdecorrentes.Não terão direito à revisão osbenefícios com data de inícioanterior a 5 de abril de 1991 eposterior a 31 de dezembro de2003; os que não tiveram osalário de benefício limitado aoteto previdenciário na data daconcessão; os precedidos debenefícios com data de inícioanterior a 5 de abril de 1991; osde valor equivalente a umsalário-mínimo; os benefíciosassistenciais - Benefício dePrestação Continuada -BPC/LOAS; e aqueles concedidosaos trabalhadores rurais.

Associação na PraçaA Associação dos Aposentados ePensionistas de Jundiaí e Regiãorealiza neste sábado eventocomemorativo ao DiaInternacional dos Idosos, na PraçaGovernador Pedro de Toledo, das8 às 12 horas, comapresentações e serviços.

Proposta orçamentáriaserá entregue hoje

➤ REGIÃO

Greve dos Correios: 15 milhõesde correspondências ‘paradas’TERESA ORRÚ E AGÊNCIA ESTADO

[email protected]

PATRÍCIA BAPTISTA

[email protected]

➤ ALTA DO DÓLAR

Supermercadistas e donos de casas de importados esperam bom Natal, mas terão que negociar com fornecedores para aliviar o consumidor

Negociar será saída para menorrepasse no aumento do importado

DA REPORTAGEM LOCAL

FOTOS: RUI CARLOS

Juizado Especial Federal - 2136-0100Associação dos Aposentados e Pensionistas (rua XV de Novembro, 1336,Centro; telefone: 4586-1129)Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região(av. Pedro Soares de Camargo, 543, salas 13 e 21, Anhangabaú;telefone: 4521-8404)Previdência Social em Jundiaí (rua Barão de Jundiaí, 1150, no Centro; 7às 17 horas; 3379-6754; www.previdencia.gov.brCentral de Atendimento 135;Ministério Público: 4586-2410;Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - 4521-9736;Procuradoria de Assistência Judiciária - 4521-1230.Sugestões podem ser encaminhadas para a rua Baronesa do Japi, 53,Centro, CEP: 13207-684 ou pelo e-mail: [email protected]

OTIMISTA Lojista de tradicional mercado, Ricardo Garcia não acredita em grande impacto

A Foxconn, fabricante chinesa do iPhone, tem negociado um acordo no valorde 12 bilhões de dólares para iniciar a produção de iPads no Brasil. O acordo,que foi anunciado pela presidente Dilma Rousseff durante uma visita à China,pode agora estar em risco devido ‘às taxas elevadas’, segundo informaçõesfornecidas a Reuters, publicadas no site ‘Techtudo’. A negociação tem sidocomplicada desde o início, e a Foxconn buscava incentivos fiscais e algunsbenefícios por parte do governo brasileiro para o início das suas atividades nopaís. "A negociação tem sido muito difícil e o projeto para o iPad brasileiroestá em dúvida", afirmou um representante da Foxconn. Outros problemas,ainda segundo o site, como a infraestrutura e a falta de mão de obraqualificada, também podem impedir que o iPad 2 seja produzido na fábricabrasileira da Foxconn, em Jundiaí. Segundo declarações recentes do ministroAloizio Mercadante, os iPads brasileiros tinham precisão de chegar aomercado ainda em dezembro deste ano, com valores até 40% inferiores.

As vendas nos shopping centers doPaís para o Dia das Crianças devemcrescer nominalmente 9% este ano,em comparação com o verificadona mesma data em 2010, segundoestimativa da Associação Brasileirade Lojistas de Shoppings (Alshop).Ainda segundo a Associação, osbrinquedos deverão, mais uma vez,liderar as vendas em 2011, desdeos mais simples até os maissofisticados, como os eletrônicos.Também estão na lista dos produtosque deverão ser mais procuradosaqueles que possuem apelotecnológico. (Agência Estado)

A Justiça Federal de Brasíliasuspendeu todos os procedimentosque visem a licitação para aexploração do trem-bala que deveráligar as cidades do Rio de Janeiro aCampinas, passando por São Paulo. Asuspensão deverá vigorar até que aAgência Nacional de TransportesTerrestres (ANTT) regularize todas aslinhas de transporte públicointerestadual no País com extensãosuperior a 75 quilômetros. A decisãodo juiz substituto Alaôr Piacini, da 9ªVara da Justiça Federal, acolheupedido do Ministério Público Federalno DF, segundo o qual, antes decuidar do trem-bala, a ANTT deve fazera licitação prévia para o serviço detransporte público, conforme previstona Constituição de 1988. (A.E.)

PARA AMENIZAR Claus Peters, dono deloja de importados, promete negociar

Em cumprimento à Lei deResponsabilidade Fiscal (LRF), osecretário de Finanças, JoséAntonio Parimoschi, entregahoje o Projeto de LeiOrçamentária Anual (PLOA) parao exercício 2012.A proposta de orçamento foielaborada em conformidade comas diretrizes orçamentáriasfixadas na Lei nº 7.706, de 13de julho de 2011, e estácompatível com o Plano Plurianual(2010-2013). Parimoschi entregaa proposta orçamentária para2012 às 17 horas, na CâmaraMunicipal de Jundiaí.

Aalta do dólar trará re-

flexos para comercian-tes e consequentemen-

te para os consumidores.Quando estoques se esgota-rem, supermercadistas e do-nos de casas de produtos im-portados terão que provi-denciar mais produtos e, en-tão, com preços mais altos,terão que repassar algo pa-ra o consumidor, fatalmen-te. No entanto, os lojistas játêm o mesmo discurso: vãonegociar de maneira inten-sa com os fornecedores paratentar amenizar o impactoda alta dos preços para oconsumidor.

“A alta do dólar deve afe-tar preços já para o Natal.Produtos como bacalhau,frutas secas, frutas como pe-

ra e kiwi e demais importa-dos deverão ficar mais ca-ros. Mas como o setor super-mercadista procura semprenegociar, também vai ten-tar minimizar o impacto pa-ra o consumidor”, afirmaEdivaldo Bronzeri, vice-pre-sidente da Apas (AssociaçãoPaulista de Supermerca-dos). “O consumidor, porsua vez, também poderábuscar produtos similaresou nacionais”, observa.

No ano passado, o setorde supermercados e hiper-mercados obteve um cresci-mento de 4,5%. Para 2011,no entanto, a expectativa éde fechar com 3% de cresci-mento, como reflexo da altada moeda americana.

Outras lojasProprietário de uma ca-

sa de bebidas e outros pro-

dutos importados no Cen-tro de Jundiaí, Claus Pe-ters tem acompanhado dia-riamente as variações dodólar, o que não vinha pre-cisando fazer há algumtempo. “Estou em compas-so de espera e um poucoapreensivo. Ainda não acre-dito em grandes mudan-ças, mas tenho acompanha-do o dólar diariamente e,mais cedo ou mais tarde,teremos que repassar algoao consumidor. É inevitá-vel”, afirma. “Quando osestoques acabarem, vamostentar descontos ou absor-ver um pouco do aumento.Mas antes, não precisáva-mos fazer isso. Agora, tere-mos que negociar mais for-te mesmo”, diz Claus.

Em épocas de Natal, o co-merciante costuma vendertrês vezes mais. “Espero

que a situação se equilibremais. Isso depende da mãofirme do Governo”, opina.

O comerciante de umtradicional mercado da ci-

dade, que também vendebebidas importadas (entreoutros produtos), RicardoMachado Garcia, prefereser otimista. “Até agora

não precisei repassar nadaao consumidor. Apesardos problemas com o dó-lar espero um Natal deboas vendas.”

Pelo menos 15 milhões decorrespondências estão para-das devido à greve dos Cor-reios na região de Campinas,que engloba Jundiaí. O diretordo Sindicato dos Trabalhado-res em Correios, Telégrafo e Si-milares de Campinas e Região(Sintect/Cas), Valdir Florenti-no,disseque aempresa está fa-

zendo a triagem de encomen-das especiais, como sedex, car-taregistrada eencomendas ex-pressas (vindas de outros paí-ses). “Mas está sendo feito len-tamente.”

Enquanto a estatal oferece6,87% de reajuste sobre os salá-rios, os trabalhadores reivindi-cam 7,16%. “Também solicita-mos mais contratações paramelhorar o serviço tanto paraa população como para os pró-

prios funcionários.”Após mais de seis horas de

reunião com a diretoria dosCorreios, os funcionários da es-tatal decidiram continuar agreve iniciada há duas sema-nas. Enquanto o encontro pa-ra negociar o fim da paralisa-ção começava na sede dos Cor-reios, o ministro das Comuni-cações, Paulo Bernardo, afir-mou estar confiante que ofim do movimento chegariaao fim ainda ontem. Não foi oque ocorreu. A nova propostados Correios garantiria umaumento real dos salários emR$ 80 a partir de janeiro e opagamento imediato de umabono de R$ 500. De acordocom Bernardo, a questão fi-nanceira já havia sido aceitapelos funcionários paralisa-dos, mas o desconto dos diasnão trabalhados ainda era omaior entrave na negociação,pois os grevistas não aceita-ram o corte do ponto.

De acordo com a empresa,em Jundiaí aproximadamente68% dos empregados traba-lham normalmente. “Estãosuspensos apenas três serviços:sedex 10, sedex hoje e disquecoleta,porsetrataremdeservi-ços com hora marcada. Com aparalisação, mesmo parcial,não temos como garantir o ho-rário. A entrega de correspon-dências não foi suspensa emnenhummomentoecontinuaocorrendo.Podemocorreratra-sos na entrega e, para mantera carga em dia, os Correios es-tão realizando ações comomutirões no final de semana,realocação de pessoal adminis-trativo para a área operacionalerealizaçãodehorasextras”, in-formou, em nota, a assessoria.

A greve que atinge asagências bancárias em to-do o País vai continuar ho-je, segundo o presidentedo Sindicato dos Bancáriosde Jundiaí e Região, PauloSantos Mendonça. “A cadadia mais agências aderemà paralisação.”

Até ontem, agências doBradesco e Itaú ainda fun-cionavam. Porém segundouma fonte, o Itaú vai ade-rir à greve a partir de hoje.

Mendonça enfatizouque, apesar do movimentogrevista, que atingiu on-tem o terceiro dia, a popu-lação pode realizar pratica-mente todos os serviços.“Eles podem ser feitos atra-vés de correspondentesbancários, caixas eletrôni-cos e casas lotéricas. Ape-nas quem possui contasatrasadas está sendo preju-dicado.”

O presidente do sindica-to lembrou que os sindica-listas continuam aguar-dando uma manifestaçãopor parte da Federação Na-

cional dos Bancos (Fena-ban). “Estamos abertos pa-ra a retomada das negocia-ções e cabe aos banqueirosapresentar uma nova pro-posta.” A Fenaban infor-mou que “segue aguardan-do a retomada das conver-sações com o Comando Na-cional dos Bancários, visan-do à construção de umaproposta que leve a umacordo.

Enquanto os bancáriosreivindicam 12,8% de rea-juste salarial na data-base(1º de setembro), os bancosofereceram 8%. O índice in-clui 0,56% de aumentoreal (acima da inflação), en-quanto os bancários que-rem 5%.

Em Jundiaí e região exis-tem 2 mil bancários e, se-gundo Mendonça, a insatis-fação é geral. “As negocia-ções também precisam me-lhorar no sentido de novascontratações. Dessa forma,o atendimento aos clientese o trabalho dos funcioná-rios vão melhorar.”

4 SEXTA-FEIRA

30 DE SETEMBRO DE 2011