Jesus o Cristo de Deus (2) - n.12

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EVANGELHO À LUZ DO ESPIRITISMO JESUS, O CRISTO DE DEUS-II Grupo Espírita Allan Kardec www.luzdoespiritismo.com

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EVANGELHO À LUZ DO ESPIRITISMO

JESUS, O CRISTO DE DEUS-II

Grupo Espírita Allan Kardecwww.luzdoespiritismo.com

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Onde Jesus nasceu?

Maria e José, pais de Jesus, moravam em Nazaré da Galileia.

(Lc. 1:26/27).

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Jesus, porém, nasceu em Belém da Judéia, afirmam Mateus e Lucas.

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"Estando eles ali (em Belém), aconteceu (a Maria) completarem-se lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho

primogênito" (explica Lucas).

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Que os teria levado a viajar para tão longe, justamente quando

Maria estava prestes a dar à luz?

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Um recenseamento (diz Lucas),

determinado por César Augusto

(imperador romano).

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Por que foram se recensear em Belém e

não noutra cidade?

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Cada qual se alistava na cidade de origem

de sua família.

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E a de José era de Belém, por ser

descendente de Davi.

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Qual a importância de Jesus ter nascido em

Belém e não em Nazaré?

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Assim se teria cumprido uma

profecia de Miquéias sobre o Messias

(5:2):

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"E tu, Belém, terra de Judá, de modo

nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti

sairá o guia que há de apascentar o meu povo de Israel."

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Estudiosos (entre os quais Herculano Pires) consideram que essa informação sobre o

nascimento de Jesus em Belém é um

"arranjo", visando convencer os israelitas

(tão apegados ao Velho Testamento) de que Jesus era mesmo o Messias anunciado

pelos profetas.

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Para nós, porém, o importante é que

Jesus tenha vindo à Terra em sua

abençoada missão, não fazendo

diferença se nasceu em Belém ou em Nazaré mesmo, a

cidade de seus pais.

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Em que data foi o Natal?

O natal (nascimento) de

Jesus foi durante o reinado do rei

Herodes, o Grande (Mt. 2:1).

O imperador romano era, então,

César Augusto.

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Em que ano?

A princípio, foi calculado e fixado

pelo diácono Dionísio (exíguo, pequeno) como

tendo ocorrido no ano 754 da

fundação de Roma.

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Começou-se a contar então, do

nascimento de Jesus, uma nova era: a

cristã, passando a indicar-se "antes de

Cristo" (a.C.) ou "depois de Cristo"

(d.C.).

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Esse cálculo, porém, estava errado e, atualmente, se

ensina que Jesus pode ter nascido

entre 8 anos antes a 4 anos depois da

data fixada.

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Eis informações nos Evangelhos que

talvez ajudem nos novos cálculos:

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1) Houve um recenseamento, feito

por Quirino, governador da Síria.

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O censo realizado por Quirino, quando

governador da Síria, ocorreu no ano 6 d.C.. Mas Lucas fala em um

primeiro recenseamento, o qual

pode ter sido feito antes, na época em que Jesus nasceu.

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2) Uma estrela apareceu aos

magos.

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Teria sido uma "nova"? (forma

estelar que, numa explosão de

grandes proporções, produz

enorme clarão).

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Mas não há registro de "novas" na

época do nascimento de

Jesus; ocorreram no ano 134 (a.C.)e 173

(depois).

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Além disso, uma estrela não se

movimentaria nem se deteria no céu, como

está narrado no Evangelho.

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Por outro lado, pode ser um modo de

falar: a estrela teria ficado visível ou

não e sua posição no céu iria

mudando, conforme a rotação da Terra.

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Kardec chega a sugerir que poderia ser, também, um

efeito físico luminoso ou um espírito

irradiando grande luz ("A Gênese", cap.

XV, item 4).

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Segundo cálculos do astrônomo Kepler, pode ter sido: uma

conjunção dos astros Saturno e Júpiter, na

constelação de Peixes, no ano 7

antes da nossa era.

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Em que mês?

Entre as 3 datas citadas, os estudiosos

descartam o 29 de maio (porque o

nascimento teria sido mais para o fim

do ano...

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Em que mês?

...e o 4 de dezembro (porque já seria muito frio para

ainda haver pastores no campo, à noite, com os seus

rebanhos, como Lucas menciona).

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Sugerem tenha sido no mês de setembro ou de

outubro.

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Observação: Na região em que Jesus

nasceu, o frio é intenso em

dezembro, janeiro e fevereiro (em média cerca de 2,8 graus

abaixo de zero), condição imprópria para o pastoreio.

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Por isso, segundo o Talmude, os rebanhos eram levados para o campo em março e

recolhidos ao despontar de

novembro.

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Não se sabe ao certo. Mas o da conjunção de Saturno e Júpiter foi 3

de outubro.

Em que dia?

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O 25 de dezembro foi fixado pelo Papa Júlio I, a partir do século IV

d.C. (em 360) para substituir por motivos

e hábitos cristãos certas comemorações

pagãs.

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Observação: Em dezembro, se dá o fim do inverno europeu e asiático (solstício de

inverno).

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O sol retorna e, no firmamento, surge em

primeiro lugar a Constelação da Virgem.

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Muitas festas pagãs homenageavam,

então, o deus Mitra, o Sol Invicto; os

romanos realizavam suas saturnais,

festejando o "Natale Invicti Solis".

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Colocando o natal de Jesus a 25 de

dezembro, a Igreja Católica procurou

substituir o Sol Invicto por Jesus, que é "a luz

do mundo".

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Não se pensa em corrigir o dia do Natal

de Jesus, porque já está muito arraigado

no pensamento popular o dia 25 de

dezembro.

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Não importa tanto a exatidão do local, dia e ano em que Jesus

tenha nascido e, sim, que esse espírito

altamente evoluído veio à Terra, sendo

isso motivo de grande e justificada

alegria para a humanidade.

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A visita dos magos, a fuga para o Egito (Mt. 2:1/15.)

Após o nascimento de Jesus, "vieram uns magos do oriente a Jerusalém", procurando um "recém-nascido Rei dos Judeus", porque haviam visto "sua estrela no oriente" e ali estavam "para adorá-lo"

(prestar-lhe homenagem).

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Observação: No relato evangélico os magos não são reis, não são três e não têm nomes: cita-se apenas "uns magos".

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Segundo os historiadores gregos

Heródoto e Xenofonte, magos eram sacerdotes

muito conceituados entre os medos e os

persas; era uma casta que se ocupava

sobretudo em medicina, astronomia (astrologia) e ciências divinatórias

(coisas espirituais).

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Baseado na profecia de Miquéias, o rei

Herodes informou aos magos que era em

Belém que deveriam procurar o recém-

nascido.

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Pediu também que, se o encontrassem,

voltassem para avisá-lo, pois também o

queria adorar.

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Em verdade, desejava destruí-lo, pois

pensava que vinha para tirar-lhe o trono.

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Mas, em sonhos, foram avisados:

os magos, para não retornarem a

Herodes (voltaram à sua terra por outro

caminho).

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José, para fugir rumo ao Egito, levando

Maria e o menino (e ele assim fez).

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A matança dos inocentes (Mt. 2:16/18.)

As perceber que fora frustrado em seu

intento (porque os magos não voltaram ao palácio), Herodes,

furioso, mandou matar todos os meninos (de 2

anos para baixo) em Belém e arredores.

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Cumpria-se outra profecia: "Em Ramá se ouviu uma voz,

lamentação, choro e grande pranto:

Raquel chorando seus filhos, e não

querendo ser consolada, porque já não existem".

(Jeremias, 31:15.)

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O retorno à Palestina(Mt. 2:19/23.)

Após a morte do rei Herodes (que se deu poucos anos depois), José foi avisado em

sonho de que já podia voltar para a Palestina,

com Maria e Jesus, "porque já morreram os que atentavam contra a

vida do menino".

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Ao chegar de retorno à Palestina, José

soube que o novo governador na Judéia

era um filho de Herodes, Arquelau, e teve medo de voltar

para a Judéia.

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Então, "retirou-se para as regiões da

Galileia. E foi habitar numa cidade

chamada Nazaré“...

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... cumprindo-se assim outra profecia: "Ele será chamado Nazareno" (Isaías,

11:1).

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A infância em Nazaré

Da infância e mocidade de Jesus,

sabe-se apenas que ele as passou

em Nazaré da Galileia, mas não

há, nos evangelhos, outros relatos a respeito.

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Os evangelistas não tinham por

objetivo descrever a vida íntima de

Jesus e, sim, divulgar o seu

ministério público.

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Houve, porém, um acontecimento que

Lucas registrou, certamente por

considerá-lo importante e trazer uma contribuição

sobre o trabalho de Jesus. Vejamos o que

foi.

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No Templo, com os Doutores da Lei (Lc. 2:41/50.)

Tinha Jesus 12 anos, quando foi com seus pais a Jerusalém, em uma caravana, para

uma das festas religiosas dos

israelitas, no templo.

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Ao final das festividades, Maria e

José se retiraram, acompanhando a caravana em que

tinham vindo; pensavam que Jesus seguia também, em

meio a amigos e parentes.

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Um dia depois, se deram conta da

ausência de Jesus e voltaram a

Jerusalém à sua procura.

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No terceiro dia (levaram 1 dia para ir, outro para voltar), "o

encontraram no templo" (num dos

pátios ou pórticos), "assentado no meio

dos mestres" (doutores da lei),

"ouvindo-os e interrogando-os.

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“E todos os que o ouviam muito se

admiravam da sua inteligência e das suas

respostas".

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Observação: Ao atingirem 13 anos,

os meninos israelitas eram levados ao templo, para a

bênção da virilidade.

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Tomavam - se "filho do preceito" (Bar

Mitsvah), passando a serem sujeitos à lei, como todo homem

israelita.

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A bênção, porém, só era concedida se o menino

revelasse bom conhecimento da Torá

(coleção de livros básicos do Velho Testamento),

numa espécie de exame que os mestres faziam

com ele e para o qual os pais já o vinham

preparando, desde algunsanos antes.

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É perfeitamente aceitável, pois,

historicamente, que Jesus, aos 12 anos, tendo oportunidade

de ir ao templo, aproveitasse para conversar com os doutores da lei.

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Não os estava ensinando mas "ouvindo-os e

interrogando-os" e certamente

demonstrava inteligência e

conhecimento da lei com suas respostas, causando agradável impressão nos que o

ouviam.

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Ao encontrarem Jesus, no templo,

Maria lhe perguntou:

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Filho, por que fizeste assim conosco? Eis que

teu pai e eu te procurávamos, aflitos!

Por que me procuráveis?

(respondeu Jesus) Não sabíeis que devo

ocupar-me das coisas de meu Pai?

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Narra Lucas que Maria e José "não

compreenderam as palavras que lhes

disse".

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Não entenderam que "as coisas" a

que se referia Jesus eram os assuntos espirituais, e que

"meu Pai", no caso, não era José, o

genitor terreno, mas Deus, o Criador.

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O registro de Lucas, porém, permite

compreendermos que, aos 12 anos,

Jesus já estava consciente de sua responsabilidade

perante Deus, interessado nos

assuntos espirituais e com apreciável

conhecimento das leis e dos profetas.

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Fazia antever o cabedal maior com que, na vida adulta, iria dialogar com os simples e os doutos sobre o "reino dos

céus".

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Após o episódio do Templo, Jesus "Desceu com eles, foi a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe conservava todas essas coisas no

coração.

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E Jesus crescia em sabedoria, idade e

graça diante de Deus e dos homens".

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No mais, a infância de Jesus deve ter

decorrido como a dos outros meninos judeus do seu tempo: entre

brinquedos em casa e na vizinhança, o

aprendizado do ofício de carpinteiro com o pai e os estudos das

Escrituras na sinagoga de Nazaré.

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Falta qualquer comprovação para

relatos outros sobre a infância de Jesus, mesmo que sejam livros mediúnicos.

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Sua cultura

Jesus devia falar em aramaico (idioma

corrente entre todos os povos na

Palestina) ou em hebraico popular.

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Acham alguns que também poderia

conhecer e falar o idioma grego,

igualmente muito usado na Judéia,

mas sobre isso não há provas.

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Sabia ler e escrever, porque João conta, numa passagem, que

"Jesus, inclinando-se, escrevia na

terra com o dedo"(Jo 8:6).

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Não fez estudos especiais. Se os

tivesse feito, seus conterrâneos de

Nazaré o saberiam e não se teriam

admirado ao ouvi-lo pregar na cidade de

sua infância e mocidade:

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"Donde lhe vem esta sabedoria e poderes miraculosos?" (Mt.

13:54).

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Nem se maravilharam

outros judeus em Jerusalém: "Como sabe este letras,

sem ter estudado?" (Jo. 7:15.)

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Observação: Pensam alguns que Jesus,

dos 12 aos 30 anos, teria estado com os essênios e estudado

com eles.

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Supõem isso porque vêem alguma

semelhança entre alguns pontos da

pregação de Jesus e no comportamento

puro e digno do Mestre com os dessa seita esotérica judia.

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Os essênios ensinavam o amor a Deus e ao

próximo, a imortalidade da alma,

pugnavam por virtudes austeras (eram

celibatários, tinham bens em comum) e costumes brandos

(condenavam a guerra e a escravidão).

(vide Kardec, "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Introdução III Notícias Históricas).

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Tal suposição não tem fundamento (apesar

dos pontos concordantes entre as

duas pregações), porque, como diz

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Emmanuel: "O Mestre, porém, não obstante a elevada cultura das escolas essênias, não

necessitou da sua contribuição.

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Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se

tal qual era, dentro da superioridade que o

planeta lhe conheceu desde os tempos

longínquos do princípio".

(Cap. XII de "A Caminho da Luz" psicografado por Chico Xavier).

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Como era chamado e por quê

Jesus: foi o nome que o anjo indicou a José (Mt. 1:21) e a Maria (Lc. 1:31) para ser

dado ao menino que ia nascer.

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JESUS é imitação da forma grega JESHUA que, por sua vez, é forma antiga da palavra

JEHOSHUA ou JOSHUA, Jesué, que quer dizer:

Jeová é Salvação.

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Jesus ou Jesué eram nomes muito comuns entre os israelitas.

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Os pais davam esse nome aos filhos

querendo demonstrar que

tinham fé em Deus como salvador de seu povo, ou que

tinham fé na futura salvação de Israel.

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No caso de Jesus, porém, designava a missão especial de Jesus: "porque ele salvará o seu povo dos pecados deles"

(Mt. 1:21).

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Cristo = ungido (em grego); o mesmo que Messias (em

hebraico).Jesus, o Cristo, quer

dizer, portanto: Jesus, o ungido.

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Jesus não foi ungido com óleo e por mãos humanas (como os reis e sacerdotes).

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Mas foi ungido espiritualmente, por Deus, que lhe deu autoridade e poder para a sua missão. Por isso, "Cristo de Deus" = ungido de Deus, isto é, o que

Deus ungiu.

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Cristo pode ser nome próprio, quando

isolado da palavra Jesus ou mesmo

junto dela. Ex.: Cristo mandou vigiar e orar. Confiamos em Cristo

Jesus.

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Nesses casos, não se usa o artigo "o" à frente da palavra

Cristo.

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Mas teremos de usar o artigo "o", quando significar "o ungido". Ex.: O Cristo de Deus

é o verdadeiro caminho.

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Filho de José, filho de Maria

Para distinguir dos muitos outros

homens chamados Jesus, que existiam no seu tempo, Jesus

é citado como "o filho de José".

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Depois que José morreu, Maria deve

ter ficado como cabeça da família e, então, diziam "o filho de Maria". (Ou, ainda, pela falsa noção de

virgindade de Maria.)

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Lucas e João sempre se referem a Jesus

como" filho de José".Filho de Judá, filho

de DaviPor ser da tribo de

Judá e da família de Davi.

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Lucas e João sempre se referem a Jesus

como" filho de José".

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Filho de Judá, filho de Davi

Por ser da tribo de Judá e da família de

Davi.

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GalileuPor ser da Galileia,

morar naquela região.

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NazarenoPor ser de Nazaré, ter

morado lá.Quando conta que a

família de Jesus passou a morar em

Nazaré, Mateus (3:23) encontra uma relação com uma profecia de

Isaías (11:1).

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"Do tronco de Jessé sairá um rebento e

das suas raízes, em renovo."

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A primeira vista, não entendemos

essa relação.

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Falta saber que: Jessé foi o pai de Davi (de quem o

Messias seria descendente);Nazaré pode

significar rebento, grelo, broto.

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Agora, podemos entender: Se Jesus

será chamado Nazareno, ele é o rebento, o renovo

espiritual, que vem saindo da família

de Davi.

Filho do Homem (vide "Obras- Póstumas", cap. IX "Um Estudo Sobre a Natureza de Jesus").

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Significa: o que nasceu do

homem, em contraposição ao que está fora da

humanidade.

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No Velho Testamento,

assim os seres espirituais

designavam os humanos com

quem falavam.

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Exemplos: o Senhor me dirigiu

então a palavra, dizendo: E tu, Filho do homem, ouve o que diz o Senhor Deus à

terra de Israel (Ezequiel 7:1/2);

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- porque Deus não ameaça

como o homem e não entra em

furor como o Filho do homem (Judith

8:15).

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Compreensível, natural, portanto, a

designação que Jesus faz de si mesmo, com

frequência: Filho do homem, ser

humano. Em vez de dizer "eu", usa essa

expressão.

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ProfetaNão é nome nem título mas uma

função: o que fala em nome de

Deus, porta-voz da

espiritualidade.

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O povo considerava Jesus um profeta (Mt.

21:11; Lc. 7:16; Jo. 4:19, 7:40,9:17).

Os discípulos também (Lc.

24:19).

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O próprio Jesus assim se qualificava (Mc.

6:4; Lc. 4:24 e 13:33/34; Jo. 4:44).Filho de Deus (Lc.

1:35)Filho do Altíssimo (Lc.

1:32)

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Salvador (Lc. 2:11)Também são

qualificativos que designam Jesus por suas qualidades e

funções espirituais.

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Os anjos (mensageiros

espirituais) é que falaram isso de

Jesus.

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RabiQuer dizer "doutor" ou "mestre" (em coisas

espirituais).

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Jesus era chamado assim pelos

discípulos, apóstolos e pelo povo, por todos

que o reconheciam como autoridade espiritual para

ensinar.

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Observação: Deixamos de citar

Emmanuel (Himmanu-el) como um dos nomes de Jesus, porque, embora signifique "Deus conosco", não se relaciona a Jesus.

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Como já vimos, refere-se a outra

criança, que viveu centenas de anos antes, conforme a profecia de Isaías (7:14) e Mateus

erradamente relacionou ao

Messias e a Jesus.

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FONTE:

Estudos Espíritas do Evangelho

Coleção: Estudos e cursos - Therezinha

Oliveira

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