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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Segurança e Saúde do Trabalho na Construção Civil: Verificação da Aplicação da NR-18 nas obras da empresa CONAK TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Jefferson Grasel Santa Maria, RS, Brasil 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Segurança e Saúde do Trabalho na Construção Civil:

Verificação da Aplicação da NR-18 nas obras da empresa CONAK

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Jefferson Grasel

Santa Maria, RS, Brasil 2015

Segurança e Saúde do Trabalho na Construção Civil:

Verificação da Aplicação da NR-18 nas obras da empresa CONAK

Jefferson Grasel

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM,

RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. Joaquim dos Santos Pizzutti

Santa Maria, RS, Brasil 2015

Universidade Federal de Santa Maria Centro de Tecnologia

Curso de Engenharia Civil

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso

Segurança e Saúde do Trabalho na Construção Civil:

Verificação da Aplicação da NR-18 nas obras da empresa CONAK

Elaborado por Jefferson Grasel

como requisito parcial para obtenção do grau de

Engenheiro Civil

COMISSÃO EXAMINADORA:

Prof. Joaquim dos Santos Pizzutti (Presidente/Orientador)

Prof. Dr. Eduardo Rizzatti (Avaliador)

Prof. Rogério Antocheves (Avaliador)

Santa Maria, 09 de julho de 2015

Dedico este trabalho aos meus pais, Jaime e

Noeli que me incentivaram ao caminho dos estudos e a todas as outras pessoas que fizeram parte e me ajudaram na conquista deste objetivo de vida.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado o dom da vida e guiado o

meu caminho, ajudando a superar as dificuldades que se apresentaram na trajetória

dos meus objetivos.

Ao meu pai Jaime J. Grasel (in memória) que sempre foi um grande amigo e

exemplo de homem a ser seguido. Sinto sua presença a todo instante e ainda ouço

suas palavras e gargalhadas que só me fortalecem. Á minha mãe Noeli M. S. Grasel

que sempre me deu muito amor e carinho e ajudou a superar a falta da figura

paterna me incentivando a lutar e buscar os meus objetivos independentemente do

que aconteça. Os dois são meus exemplos de vida. Á minha irmã Julia Grasel e á

minha namorada Janaina Sehnem, pelo carinho, apoio, parceria e compreensão nos

momentos mais difíceis. Amo todos incondicionalmente.

Aos meus amigos de longa data que entenderam o motivo da minha ausência

durante este período e aos novos amigos que adquiri durante a faculdade, sou grato

pelo companheirismo e ajuda de todos.

Ao meu professor orientador Joaquim dos Santos Pizzutti, pelas orientações e

tempo disponibilizados para mim. Aos demais professores e engenheiros que convivi

durante esta fase, pelos conhecimentos e experiências repassadas que levarei para

toda minha vida.

Por fim gostaria de agradecer á todas as outras pessoas que de certa forma

estiveram presentes e se envolveram na realização deste sonho na minha vida.

RESUMO

Trabalho de Conclusão de Curso Curso de Engenharia Civil

Universidade Federal de Santa Maria

Segurança e Saúde do Trabalho na Construção Civil:

Verificação da Aplicação da NR-18 nas obras da empresa CONAK

AUTOR: Jefferson Grasel ORIENTADOR: Prof. Joaquim dos Santos Pizzutti

Data e Local de Defesa: Santa Maria, 15 de Julho de 2015.

Na busca de ações preventivas visando a diminuição dos índices de

acidentes de trabalho, leis federais foram criadas em benefício do trabalhador. Apesar disso, o que vem se observando é que a fiscalização não ocorre de forma adequada e eficiente nos locais. A Norma Regulamentador - NR 18 diz respeito às condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. O trabalho tem como objetivo avaliar e verificar, por meio de um checklist e levantamentos fotográficos a aplicação da NR-18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) nos canteiros de três (3) obras da empresa CONAK, localizados na cidade São Miguel do Oeste - SC. Após análises realizadas em artigos e livros referentes ao tema abordado, foi adaptado um checklist baseado em trabalho de Costella, M.F; Junges, F.C; Pilz,S.E e do site do Ministério do Trabalho (MTE). É um estudo de natureza qualitativo e quantitativo. Como conclusão observou-se que apesar da preocupação da empresa, as obras apresentam diversos pontos que comprometem a saúde e a segurança do trabalhador e estes precisam ser melhorados e adequados para melhorar o ambiente de trabalho e evitar complicações futuras.

Palavras-chave: Norma Regulamentadora - 18; Checklist; Acidentes de trabalho; Prevenção.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Edificação vizinha sem proteção (obra A) ................................................................ 33

Figura 2: Entulhos misturados (obra A) ................................................................................... 34

Figura 3: Desorganização do canteiro (obra B) ........................................................................ 34

Figura 4: Instalações sanitárias (obra B). ................................................................................. 36

Figura 5: Instalações sanitárias (obra C). ................................................................................. 36

Figura 6: Piso do chuveiro (obra A). ........................................................................................ 36

Figura 7: Quantidade de bancos (obra C) ................................................................................. 37

Figura 8: Dimensão dos bancos (obra C) ................................................................................. 37

Figura 9: Quantidade de bancos (obra A) ................................................................................. 37

Figura 10: Detalhe do lixeiro sem tampa.................................................................................. 39

Figura 11: Taludes sem escoramento (obra C) ......................................................................... 41

Figura 12: Detalhe dos taludes escavados (obra C) .................................................................. 41

Figura 13: Modelo de serra utilizado em todas as obras .......................................................... 43

Figura 14: Exemplo de sinalização na obra (A) ....................................................................... 43

Figura 15: Armazenamento das ferragens e falta de proteção nas pontas (obra C) ................. 44

Figura 16: Detalhe das pontas desprotegidas dos vergalhões (obra C). ................................... 44

Figura 17: Falta de sinalização na descarga(obra C). ............................................................... 45

Figura 18: Detalhe do armazenamento das ferragens(obra A). ................................................ 45

Figura 19: Detalhe da escada sem guarda corpo (obra A) ........................................................ 46

Figura 20: Detalhe da escada sem guarda corpo (obra B). ....................................................... 46

Figura 21: Escada com espaçamento de degraus maior que 30 cm (obra A, B e C) ................ 47

Figura 22: Escada sem transpasse de 1 metro na laje superior(obra A) ................................... 47

Figura 23: Detalhe rampa sem travessas horizontais a cada 40 centímetros (obra A) ............. 47

Figura 24: Poço de elevador sem proteção de guarda corpo. ................................................... 49

Figura 25: Poço de elevador sem rede de segurança entre os vãos (obra C). ........................... 49

Figura 26: Periferia de laje sem guarda corpo .......................................................................... 51

Figura 27: Periferia sem tela protetora. .................................................................................... 51

Figura 28: Guarda corpo de buraco sem tela protetora e não fixados. ..................................... 52

Figura 29: Assoalhos tapando buraco em laje .......................................................................... 52

Figura 30: Trabalho em andaimes sem proteção (obra C)........................................................ 55

Figura 31: Trabalho em periferias sem proteção (Obra C). ...................................................... 55

Figura 32: Serviços em Telhado sem proteção (obra C) .......................................................... 61

Figura 33: Periferia da cobertura sem advertência de área de risco (obra B) ........................... 61

Figura 34: Fiação jogada em meio ao local de circulação de colaboradores (obra B) ............. 63

Figura 35: Detalhe da falta de identificação dos ramais ........................................................... 63

Figura 36: Detalhe dos ramais de instalação sem disjuntores. ................................................. 63

Figura 37: Partes móveis do motor expostas ............................................................................ 64

Figura 38: Máquina em ambiente fechado e com pouca sinalização ....................................... 64

Figura 39: Depósito de madeiras sem extintor(obra C) ............................................................ 67

Figura 40: Colaboradores sem coletes refletivos em serviço na via publica (obra C) ............. 69

Figura 41: Falta de sinalização na entrada das obras (obra B) ................................................. 69

Figura 42: Exemplo de sinalização na entrada de obras (obra C) ............................................ 69

Figura 43: Gráfico da avaliação geral dos grupos. ................................................................... 70

Figura 44: Gráfico da nota geral de cada obra.......................................................................... 71

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Dados de inspeções realizadas em 1996 pelo MTE ................................................. 21

Tabela 2: Dados de inspeções realizadas em 2014 pelo MTE ................................................. 21

Tabela 3:Exemplo de verificação de um grupo de serviços ..................................................... 31

Tabela 4: Verificação dos Tapumes e Galerias ........................................................................ 32

Tabela 5: Verificação de Ordem e Limpeza ............................................................................. 33

Tabela 6: Verificação das Instalações Sanitárias ...................................................................... 35

Tabela 7: Verificação dos Vestiários ........................................................................................ 37

Tabela 8: Verificação dos locais de Refeição ........................................................................... 38

Tabela 9: Verificação do fornecimento de água potável .......................................................... 39

Tabela 10: Verificação de escavações ...................................................................................... 40

Tabela 11: Verificação de serras circulares e central de carpintaria ........................................ 42

Tabela 12: Verificação das armações de aço ............................................................................ 43

Tabela 13: Verificação dos corrimões e escadas permanentes ................................................. 45

Tabela 14: Verificação das escadas de mão ............................................................................. 46

Tabela 15: Verificação dos poços de elevador ......................................................................... 48

Tabela 16: Verificação das proteções contra quedas nos perímetros dos pavimentos. ............ 49

Tabela 17: Verificação de serras aberturas de pisos ................................................................. 52

Tabela 18: Verificação de Andaimes suspensos....................................................................... 53

Tabela 19: Verificação de Andaimes simplesmente apoiados ................................................. 54

Tabela 20: Verificação da torre de elevador ............................................................................. 56

Tabela 21: Verificação da plataforma de elevador ................................................................... 57

Tabela 22: Verificação do posto do guincheiro ........................................................................ 58

Tabela 23: Verificação do elevador de passageiros.................................................................. 58

Tabela 24: Verificação de elevadores cremalheira ................................................................... 59

Tabela 25: Verificação dos serviços em telhado e coberturas .................................................. 60

Tabela 26: Verificação das instalações elétricas ...................................................................... 61

Tabela 27: Verificação das maquinas, equipamentos e ferramentas diversas .......................... 63

Tabela 28: Verificação dos equipamentos de proteção individual ........................................... 65

Tabela 29: Verificação do armazenamento e estocagem dos materiais ................................... 65

Tabela 30: Verificação da proteção contra incêndio ................................................................ 66

Tabela 31: Verificação de sinalização e segurança .................................................................. 68

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

Art– Artigo

CLT– Consolidação das Leias do Trabalho

DORTs – Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho

DRT – Delegacia Regional do Trabalho

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva

EPI – Equipamento de Proteção Individual

Fundacentro – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina

do Trabalho

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

NBR – Norma Brasileira

NR – Norma Regulamentadora

NR-1 – Norma Regulamentadora – Disposições Gerais

NR-18 – Norma Regulamentadora - Condições e Meio Ambiente de Trabalho

na Indústria da Construção

PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria

da Construção

PVC –Policloreto de vinil

RS – Rio Grande do Sul

SC – Santa Catarina

SST– Segurança e Saúde do Trabalho

UFSM –Universidade Federal de Santa Maria

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14

1.1 Justificativa ......................................................................................................... 14

1.2 Objetivos ............................................................................................................. 15

1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 15

1.2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 15

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................ Erro! Indicador não definido.

2.1 Aspectos Gerais sobre Segurança e Saúde do Trabalho ................................... 16

2.1.1 Importância da SST na Construção Civil .......................................................... 16

2.1.2 Acidentes na Construção Civil .......................................................................... 18

2.2 Legislação Brasileira sobre Segurança e Saúde no Trabalho ............................ 22

2.2.1 Legislação Constitucional ................................................................................. 23

2.2.2 Legislação Ordinária ......................................................................................... 24

2.2.3 Legislações Complementares ........................................................................... 25

3. ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 28

3.1 Descrição das obras analisadas ......................................................................... 28

3.2 Delimitação do problema .................................................................................... 29

3.3 Método de coleta de dados ................................................................................. 30

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................. 32

4.1 Tapumes e Galerias ............................................................................................ 32

4.2 Ordem e Limpeza ............................................................................................... 33

4.3 Áreas de Vivência ............................................................................................... 34

4.4 Escavações, Fundação e Desmontes de Rochas ............................................... 40

4.5 Serra circular e central de carpintaria ................................................................. 41

4.6 Armações de Aço ................................................................................................ 43

4.7 Proteção contra Quedas de Altura ...................................................................... 45

4.8 Elevador de carga ............................................................................................... 56

4.9 Elevador de passageiros..................................................................................... 58

4.10 Elevadores de Cremalheira .......................................................................... 59

4.11 Serviços em telhados e Cobertura ............................................................... 60

4.12 Instalações Elétricas .................................................................................... 61

4.13 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas diversas ...................................... 63

4.14 Equipamento de Proteção Individual ............................................................ 64

4.15 Armazenamento e estocagem de Materiais ................................................. 65

4.16 Proteção contra incêndio .............................................................................. 66

4.17 Sinalização de Segurança ............................................................................ 68

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................... Erro! Indicador não definido.

6. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 73

7. REFÊRENCIAS .................................................................................................... 74

8. Anexos ................................................................................................................ 79

14

1. INTRODUÇÃO

Desde os primórdios da civilização, a construção civil esteve presente e teve

muita influência em grandes momentos na história da sociedade, como nas guerras

e nascimento de cidades.

No início, as construções eram realizadas através de métodos arcaicos. Em

virtude disso, o número de mortes e acidentes em obras eram muito altos. Com o

passar do tempo os métodos construtivos foram se adequando e evoluindo, desta

forma também a preocupação com a prevenção desses acidentes.

A primeira lei que protege o trabalhador de alguma forma em seu ambiente de

trabalho apareceu apenas em meados de 1970. Atualmente, além das leis

trabalhistas existem tecnologias inovadoras envolvidas na construção civil, que

facilitam o acesso aos direitos.

Com esse avanço muitas empresas começaram a perceber que o empregado

não era apenas uma máquina produtiva de lucro, e que com pouco investimento, um

incentivo e uma qualificação para os trabalhadores, bem como condições de

segurança no trabalho, os resultados seriam mais positivos na melhoria da

qualidade e na produtividade de seus produtos.

Mesmo com o investimento das empresas em programas de qualidade,

controle dos serviços e condições de segurança no trabalho, muitas vezes na prática

esses métodos não são aplicados corretamente.

Em meio a tanta tecnologia na área da construção, não é aceitável que ainda

ocorram tantos acidentes e doenças oriundas do trabalho. Por este motivo se faz

necessário à avaliação da aplicação da Norma Regulamentadora - NR 18

Segurança e saúde do trabalho na construção civil (MTE, 2015).

1.1 Justificativa

Apesar de a construção civil ter evoluído muito em suas técnicas de

construção, ainda apresenta um número elevado de acidentes e mortes em relação

ao trabalho, que são decorrentes de falhas humanas, técnicas, faltas de prevenção e

15

segurança dos trabalhadores, sendo assim, justificam-se a escolha do tema

abordado.

Além da fatalidade com os encarregados, outro aspecto importante a ser

avaliado é o fator econômico. Sendo que uma obra pode ser embargada por vários

motivos, como: despesas extras, afastamento de funcionários, entre outras

situações que podem gerar prejuízos para o responsável do empreendimento.

São por estes e outros motivos que o estudo e investimento na parte de

Segurança e Saúde do Trabalho são de suma importância.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo avaliar e verificar, por meio de um checklist a

aplicação da NR 18- Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção (MTE, 2015), nos canteiros das obras da empresa CONAK, para que

empregadores e empregados desfrutem dos benefícios alcançados com a realização

de um trabalho seguro nos canteiros de obras.

1.2.2 Objetivos Específicos

Elaboração e aplicação de uma lista de verificação (checklist) para

diagnóstico da adequação de canteiros de obra baseado no PCMAT - Programa de

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil, da NR-18;

Verificar as atividades desenvolvidas nos locais de trabalho e desenvolver

soluções práticas, para a solução do problema;

Realizar levantamento fotográfico das ações que estiverem sendo executadas

nos canteiros escolhidos.

16

2. ASPECTOS GERAIS SOBRE SEGURANÇA E SAÚDE DO

TRABALHO

2.1 Importância da Segurança e Saúde do Trabalho na Construção

Civil

Os canteiros de obras do setor da Construção Civil são considerados locais

perigosos para a vida do trabalhador e isso desperta preocupações e ressalta a

importância no setor de Segurança e Saúde do Trabalho (SST).

De acordo com Vieira (2005 apud Lorenzetti, 2009) a segurança do trabalho

“é a prevenção de perdas”. Perdas às quais se devem antecipar pelas ações

técnicas ou humanas. Ressalta ainda, que a segurança do trabalho são os meios

preventivos (recursos), e a prevenção dos acidentes é o fim a que se deseja chegar.

Maragon (2008) também comenta que a segurança do trabalho pode ser

entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os

acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a

capacidade de trabalho do trabalhador.

São inúmeros os fatores que colocam em risco a segurança e a saúde dos

trabalhadores no canteiro de obra, tais como a falta de controle do ambiente de

trabalho e do processo produtivo e a precária, ou mesmo inexistente, orientação

educativa dos operários. Por isso, cada vez mais as organizações empresariais

estão observando a necessidade de realizar investimentos nessa área. (MENEZES

e SERRA (2003 apud RIBEIRO, 2011).

Alguns ambientes de trabalho ainda pecam pela falta de segurança, muitos

gestores consideram os gastos com segurança custos extras a serem despendidos

nos empreendimentos, porém os mesmos não avaliam os custos com os possíveis

acidentes de trabalho, que geralmente são muito maiores (DE FARIA, GRAEF e

SANCHES, 2006).

Para Zocchio (2002) em algumas empresas a segurança do trabalho não

passa de atividade simbólica por despreparo e falta de percepção de dirigentes

empresariais, que não percebem o valor real das atividades preventivas dos

acidentes do trabalho no contexto técnico, administrativo e econômico da empresa.

17

A segurança ainda é vista como custo e não como investimento, busca de

trabalho extra ou maior produtividade para aumentar a renda familiar, atraso

Tecnológico e alto nível de rotatividade (DALCUL, 2001).

Zochio (2002) ressalta ainda, que além de ser uma obrigação legal para a

empresa, a segurança do trabalho é também uma atividade de valor técnico,

administrativo e econômico para a organização e de inestimável benefício para os

empregados, suas famílias e sociedade.

Empregar recursos na melhoria das condições de trabalho dos

colaboradores somente era considerado como investimento pelos

empresários de alguns setores industriais mais desenvolvidos. Considerando,

porém, que estes recursos resultam no crescimento qualitativo e quantitativo

da produção e na conseqüente elevação dos benefícios para a empresa,

caberia a organização como um todo, desde a alta gerência ate os escalões

mais baixos buscar a formação e implementação de políticas de

gerenciamento de segurança que tornem a mesma competitiva no mercado.

CRUZ, (1998 apud FRANZ, 2006, p 11).

Deve-se salientar que o objetivo da segurança do trabalhado é garantir a

saúde e integridade do trabalhador, ao mesmo tempo em que as atividades se

desenvolvam conforme planejado, eliminado os riscos de acidentes ou incidentes

(DE FARIA, GRAEF e SANCHES, 2006)

Conforme Alberton (1996), a Segurança do Trabalho vem sofrendo um

processo evolutivo à medida que há uma maior divulgação sobre o tema.

Primeiramente a segurança era vista com meramente informativa, porém com o

passar dos anos se passou a dar um enfoque mais preventivo e corretivo, com o

intuído de dar proteção a saúde e vida do trabalhador.

Os esforços de treinamento e conscientização dos trabalhadores devem ser

redobrados, pois a cultura sobre segurança do trabalho nas empresas da construção

civil ainda não está totalmente difundida, com isso os números relativos aos

acidentes de trabalho no setor continuam elevado (FONSECA e LIMA, 2007).

A evolução legislativa experimentada, combinada com a ação firme e

integrada dos órgãos e poderes do Estado, redundou na responsabilidade

trabalhista, penal, previdenciária, civil, administrativa e tributária dos responsáveis

pelos danos causados aos trabalhadores (BRASIL, 2010).

18

É senso comum que a eficiência e segurança estão associado progresso

tecnológico, mas diferentemente de outros setores, a construção civil ainda resiste

às inovações tecnológicas que surgem a cada dia (FONSECA e LIMA, 2007).

Em algumas situações os cuidados com a segurança aplicados em um local,

são inadequados para o outro, portanto é muito importante que se implante uma

cultura de segurança do trabalho na empresa (PACHECO JUNIOR, 1995).

Miranda Jr., (1995 apud Franz, 2006, p 13), explica que a aquisição de

qualidade está diretamente ligada à melhoria das condições de segurança e higiene

do trabalho, pois é muito improvável que uma organização alcance a excelência de

seus produtos negligenciando a qualidade de vida daqueles que os produzem.

A segurança do trabalho não deve ser encarada como um gerador de custo

adicional, mas sim como investimento, uma vez que os gastos com os acidentes são

geralmente maiores do que os custos de implantação e fiscalização das medidas de

segurança, portanto a prevenção de acidentes reduz despesas (DRAGONI, 2005).

Segundo Cesarino Jr (apud Pacheco Junior, 1995) “... as medidas de higiene

e segurança do trabalho, sob certo ponto de vista,pode se considerar que barateiam

a produção, embora aparentemente trazendo maior ônus ao empregador, pois é

geralmente conhecido quanto aos acidentes de trabalho e as moléstias profissionais

representam de perdas em horas de trabalho e indenizações.

2.1.1 Acidentes na Construção Civil

Os danos causados pelos acidentes são sempre bem maiores do que se

imagina à primeira vista, Rocha (2007 apud Ribeiro, 2011, p 18).

Segundo o conceito social, o acidente do trabalho só é

caracterizado pela lesão corporal, perturbação funcional ou morte de

algum empregado; em outras palavras, quando houver vítima. A

prevenção de acidentes do trabalho não pode restringir-se a esse

conceito, pois o acidente, para fins preventivos, tem de ser encarado

em toda extensão de causa e efeito (ZOCCHIO, 2002, p. 59).

A NBR 14280 (ABNT, 2001) define que um acidente de trabalho como uma

ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com exercício

do trabalho, de que resulte ou possa resultar em lesão pessoal.

19

Do ponto de vista prevencionista, o acidente de trabalho é “uma ocorrência

não programada que interfere no andamento do trabalho, ocasionando danos

materiais ou perda de tempo útil” (FUNDACENTRO, 1980).

Para Pedrotti (1998), “acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do

trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho dos segurados

especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a

perda ou a redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporário”.

Para Moraes, Pilatti e Kovaleski (2005), as causas dos acidentes de trabalho

podem ser classificadas em causas humanas, causas materiais e causas fortuitas.

As causas humanas assentam em ações perigosas criadas pelo homem, cuja

origem pode residir em diversos fatores tais como, incapacidade física ou mental,

falta de conhecimento, de experiência, motivação, stress, incumprimento de normas,

regras e modos operatórios, dificuldade em lidar com a figura de autoridade, dentre

outras. As causas materiais fundamentam-se em questões técnicas e físicas

perigosas, apresentadas pelo meio ambiente natural, quer construído e ainda por

defeitos dos equipamentos. Causas fortuitas são as mais raras, mas que por vezes

constituem a causa única dos acidentes, nada tendo a ver com as causas humanas

técnicas.

Segundo Faria, Graef e Sanches.

Os acidentes são causados por causas diretas, que não

surgem aleatoriamente, nem por acaso. Elas têm origem em

acontecimentos anteriores, denominados causas indiretas. Tais

acontecimentos são fatores pessoais ou materiais que levam o

ambiente de trabalho a sofrer alguma alteração no seu

comportamento normal, levando-o às causas diretas. As causas

diretas dos acidentes são divididas em duas: atos inseguros e

condições inseguras. Os atos inseguros correspondem ao

comportamento que os envolvidos com o trabalho tomam com relação

à exposição ao perigo de acidentes e podem ser de três

tipos:conscientes; inconscientes; circunstanciais (FARIA, GRAEF e

SANCHES, 2006).

A construção de edifícios é um setor com elevados índices de acidentes do

trabalho sendo bastante viável e desejável que haja ações de melhoria da qualidade

com medidas de aumento de segurança do trabalho (PICHHI; AGOPYAN,1993).

20

Para Abudayyehet al. (2006) e Waehreret al. (2007), as empresas costumam

estabelecer políticas de segurança e seus procedimentos de acordo com a

legislação pertinente, entretanto a maioria dos acidentes e lesões na construção é

resultado direto do não cumprimento dos procedimentos estabelecidos pela própria

empresa.

É dever do empregador se antecipar às possíveis negligências do

trabalhador, às suas omissões ordinárias e aos erros a que está sujeito incorrer,

dada sua habitualidade com o risco (GUEDES, 2008).

De acordo com De Cicco (1996), são cada vez mais evidentes os sinais de

que os desperdícios sofridos pela ausência ou precariedades das ações de

prevenção de acidentes do trabalho podem conspirar contra a própria saúde

financeira e a sobrevivência das empresas.

No Brasil, a incidência de acidentes de trabalho na construção civil é

historicamente elevada, e a sua preocupação ganhou ênfase após a década de

1970, quando o país assumiu a liderança mundial no número de acidentes (MICHEL,

2001).

Para tentar amenizar estes problemas na construção civil, que sempre foi o

setor econômico que possui o maior número de autuações, notificações e

acidentes,o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) vem tentando fazer sua parte.

Prova disso é a Tabela 1 e a Tabela 2 que mostram as crescentes quantidades de

colaboradores alcançados pela vistoria.

Ao comparar as fiscalizações do ano de 1996 com a 2014 e observar a

quantidade de trabalhadores alcançados pela fiscalização nota-se um aumento

considerável na quantidade de inspeções realizadas para a melhoria da Segurança

e Saúde na construção Civil.

21

Tabela 1: Dados de inspeções realizadas em 1996 pelo MTE

Total Inspeção Realizadas em Segurança e Saúde no Trabalho - Brasil

Janeiro á Dezembro de 1996 Setor Econômico Ações

Fiscais Trabalhadores

alcançados Notificações ** Autuações *** Embargos /

Interdições Acidentes analisados

Agricultura 1.945 242.175 1.937 760 7 0

Comércio 25.294 1.002.991 7.734 2.640 115 0

Construção 23.338 1.103.308 23.143 6.534 1131 0

Educação 1.076 170.235 271 98 7 0

Hotéis eRestaurantes 3.803 168.821 1.502 347 11 0

Indústria 28.417 4.475.922 28.580 8.770 534 0

Instituições financeiras 1.547 398.568 767 267 4 0

Saúde 2.701 538.950 1.289 581 20 0

Serviços 7.541 1.321.562 3.091 1.220 45 0

Transportes 5.144 1.290.942 3.605 1.790 40 0

Outros 302 233.015 284 20 2 0

TOTAL 101.108 10.946.489 72.203 23.027 1.916 0

Fonte: Sistema Federal de Inspeção do Trabalho

* concessão, pelo auditor-fiscal do trabalho, de prazo para regularização

** início do processo administrativo que pode resultar na aplicação de multa

Tabela 2: Dados de inspeções realizadas em 2014 pelo MTE

Total Inspeção Realizadas em Segurança e Saúde no Trabalho - Brasil

Janeiro á Dezembro de 2014

Setor Econômico A

Ações Fiscais

Trabalhadores Alcançados

Notificações *

Autuações** Embargos / Interdições

Acidentes Analisados

Agricultura 10.122 720.046 22.630 11.186 133 100

Comércio 33.401 2.357.233 22.841 15.213 750 284

Construção 27.906 3.116.431 15.718 45.629 3.217 593

Educação 1.631 232.408 356 415 4 9

Hotéis/Restaurantes 6.756 296.369 6.421 1.744 26 22

Indústria

Ind. Alimentos 4.512 1.434.126 4.126 8.017 295 217

Ind. Madeira e Papel

1.551 154.946 5.775 1.373 77 67

Ind. Metal 6.269 1.792.578 5.710 7.079 356 268

Ind. Mineral 2.749 317.910 9.376 4.345 189 107

Ind. Químicos 2.329 550.710 1.584 2.790 66 150

Ind. Tecido e Couro

2.917 471.472 3.005 2.633 86 59

Indústrias - Outras

1.588 188.519 2.456 1.353 91 49

Instituições Financeiras 1.020 649.215 247 907 6 4

Saúde 2.915 833.471 3.668 2.003 13 18

Serviços 6.952 2.277.311 3.242 3.654 77 100

Transporte 6.458 1.514.816 3.223 4.288 74 112

Outros 3.019 1.454.574 1.373 2.274 54 45

TOTAL 122.095 18.362.135 111.751 114.903 5.514 2.204

Fonte: Sistema Federal de Inspeção do Trabalho * concessão, pelo auditor-fiscal do trabalho, de prazo para regularização ** início do processo administrativo que pode resultar na aplicação de multa

22

Para Benite (2004), no entanto, a redução dos acidentes de trabalho no setor

da construção civil, inclusive em países desenvolvidos, não é algo de fácil solução,

pois apesar da melhoria de qualidade – que, em especial no Brasil, surgiu com a

aprovação da portaria nº 3214, de 08 de junho de 1978, que estabeleceu as Normas

Regulamentadoras (NRs), e com a modernização tecnológica ocorrida nas últimas

décadas – a prevenção de acidentes ainda necessita de avanços significativos.

O acidente do trabalho nas construções, ainda nos tempos atuais, com todo o

conhecimento adquirido pela espécie humana, é capaz de causar grande quantidade

de vítimas. Esses acidentes não ocorrem por acaso, e podem ser evitados em quase

sua totalidade. Há sempre uma ou mais causas que podem ser prevenidas com

planejamento, organização, métodos adequados e aperfeiçoamento profissional

(ROUSSELET, 1999).

Como também pode-se analisar nas tabelas acima, o setor da construção civil

é um dos que mais causam acidentes com trabalhadores, comparado com os outros

setores econômicos do país. Por este motivo a quantidade de ações de fiscalização

realizadas pelo MTE na construção é bem grande, assim como, o alto numero de

autuações, notificações.

Estes elevados números de acidentes de trabalho ocorridos trazem à tona a

questão do cumprimento das normas de segurança, como, por exemplo, da Norma

Regulamentadora n. 18, específica para a indústria da construção (BRASIL, 2013a).

2.2 Legislação Brasileira sobre Segurança e Saúde no Trabalho

Antigamente tudo acontecia primeiramente na Europa e Estados Unidos,

depois eram trazidas e adaptadas ao Brasil. Desde a parte de descobertas

tecnológicas bem como as normas e leis para qualquer situação.

Foi desta forma com as normas que regem a legislação brasileira relativa à

saúde dos trabalhadores, que foram elaboras baseando-se em normas americanas

já implantadas e foram adaptadas a nossa cultura, para promover a segurança,

reduzir os gastos e reduzir os números de acidentes e de doenças.

A legislação brasileira é regida por normas que regulamentam e fornecem

orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina

do trabalho no Brasil e segundo pesquisa feita no site do grupo Previne Segurança e

23

Saúde no Trabalho ela pode ser dividida em três níveis. Legislação Constitucional,

Legislação Ordinária e Legislação Complementares. (PREVINE, 2015).

2.2.1 Legislação Constitucional

Os direitos para fins trabalhistas e dos riscos a saúde do colaborador no

trabalho estão dispostos na Constituição Federal de 1988, mais especificamente

estabelecidos no artigo 7º.

2.2.1.1 Constituição Federal de 1988

Segundo a Constituição Federal (BRASIL, 1988), em seu artigo 7°, “São

direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem á melhoria de

sua condição social:” de onde pode-se destacar os que demonstram a preocupação

com a saúde e segurança do trabalhador, os quais estão logo abaixo citados:

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXVIII – seguro contra acidente de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos.

Alem disso a Constituição Federal (BRASIL, 1988), garante ainda, no seu

artigo n° 196: “A saúde é direito de todos e dever do estado, garantida mediante

políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros

agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua

promoção, proteção e recuperação”.

24

2.2.1.2 DECRETO nº 3.048/99 da Previdência Social

Além da constituição Federal o DECRETO No 3.048, DE 6 DE MAIO DE

1999- Regulamento da Previdência Social também traz algumas responsabilidades

do contratante perante o contratado. Dentre todos os artigos os que mais dão ênfase

nas obrigações são estes citados a baixo:

“Art. 338 - A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e saúde do trabalhador. Parágrafo único - É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e dos produtos a manipular”. “Art. 339 - O Ministério do Trabalho e Emprego fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos artigos 338 e 343”. “Art. 341 - Nos casos de negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho indicadas para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis”. “Art. 342 - O pagamento pela Previdência Social, das prestações decorrentes do acidente, a que se refere o art. 336 (mortes/acidentes) não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros”. “Art. 343 - Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e saúde do Trabalho”.

2.2.2 Legislação Ordinária

2.2.2.1 Consolidação das Leias do Trabalho - CLT

A partir do ano de 1930, segundo Oliveira (1999), com o Governo de Getúlio

Vargas à proteção a saúde do trabalhador começou a ganhar espaço. Começava,

de forma tímida, a reestruturação da legislação trabalhista do país.

Conforme Franz (2006, p. 19) Somente em 1943 com o Decreto–Lei n° 5.452

é que foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que não

apresentou grandes mudanças no direito. Por isso necessitou de mudanças para

atualizar a realidade dos ambientes de trabalho, sendo que se observa os inúmeros

decretos, leis e normas editadas posteriormente.

Para Kinczeski (2011, p. 27) atualmente a CLT é o principal ordenamento

jurídico trabalhista, pois rege as relações empregatícias do setor privado. Composta

por 922 artigos, dispostos em 10 títulos e 08 capítulos.

Para Sussekind (2010, p. 42) esses títulos correspondem às seguintes

matérias:

I. Introdução (arts. 1º a 12); II. Das normas gerais da tutela do trabalho (arts. 13 a 223);

25

III. Das normas especiais de tutela do trabalho (arts. 224 a 441); IV. Do contrato individual do trabalho (arts. 442 a 510); V. Da organização sindical (arts. 511 a 610); VI. Das convenções coletivas do trabalho (arts. 611 a 625); VII. Do processo de multas administrativas (arts. 626 a 642); VIII. Da justiça do trabalho (arts. 643 a 735); IX. Do Ministério Público do Trabalho (arts. 736 a 762); X. Do Processo Judiciário do Trabalho (arts. 763 a 910); XI. Disposições finais e transitórias (arts. 911 a 922).

Os principais assuntos abordados pela Consolidação sob a ótica de Gomes e

Gottschalk (2008, p. 44) são: a definição dos sujeitos da relação de trabalho

(empregador e empregado), o estabelecimento do campo de aplicabilidade das suas

normas, a solidariedade de empresas, apresenta as atividades não-econômicas

equiparadas à empresa, conceitua o trabalho efetivo, estatui regras sobre a sua

interpretação, dentre outras.

Porem, para Nascimento (2002, p. 49) “A CLT, embora um marco em nosso

ordenamento jurídico tornou-se obsoleta”.

Segundo Hermanson (2009) “É fato que nossa legislação trabalhista é

complexa e arcaica, não tendo acompanhado a evolução mundial.”

2.2.2.2 Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991

A lei 8.213/91 fala sobre os planos e benefícios da previdência social,

relacionados com acidentes de trabalho em seu art. 19:

“acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou a perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.

2.2.3 Legislações Complementares

Quando fala-se de legislações complementares fala-se ao mesmo tempo das

Normas Regulamentadoras (NRs) criadas através da portaria nº 3214, de 8 de junho

de 1978.

Estas NRs foram criadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e tem a

função de promover a segurança e saúde do trabalhador em seus ambientes de

26

trabalho. Foram criadas através das alterações da CLT, para dar um formato final e

detalhado nas leis de Segurança do Trabalho.

Como consta na própria NR - 1 que trata das disposições Gerais (TEM,

2009).“As normas regulamentadoras, relativas à segurança e medicina do trabalho,

obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as empresas privadas e

públicas, desde que possuam empregados celetistas”. Também determina, “que o

Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho é o órgão competente para

coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as atividades inerentes”.

Dentro da mesma NR, mais precisamente no item 1.7 tem-se alguns deveres

do empregador, que são eles citados a baixo:

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; b) elaborar ordens de serviço sobre segurança do trabalho, dando ciência aos empregados com os seguintes objetivos: I - prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho; (explicar) II - divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e cumprir; III - dar conhecimento aos empregados de que são passíveis de punição, pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas; (explicar) IV - determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho; (técnico) V - adotar medidas determinadas pelo MTE. VI - adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras de trabalho. c) informar aos trabalhadores: I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; (funcionamento e manejo com máquinas/ DORTs) II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; IV - os resultados das avaliações ambientais realizados nos locais de trabalho. d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.

2.2.3.2 Norma Regulamentadora – 18 (Condições e Meio Ambiente de

Trabalho na Indústria da Construção)

Dentre as 36 NRs em vigor e criadas até hoje, pode-se destacar a NR - 18

que trata das condições de meio ambiente e trabalho dentro da construção civil.

A NR -18 conta com 39 itens, ou grupos e segundo o que consta na própria

norma, retirada do site do MTE, “tem por objetivo estabelecer diretrizes de ordem

administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação

27

de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas

condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção”.

Desta forma, pelo o que pode-se observar no sub-item 18.1.2 da NR -18,

consideram-se atividades da Indústria da Construção as constantes do Quadro I,

Código da Atividade Específica, da NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia

de Segurança e em Medicina do Trabalho (MTE, 2014) e as atividades e serviços de

demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer

número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive manutenção de obras de

urbanização e paisagismo.

Cruz (1998 apud Franz, 2006) afirma que a NR 18 contém grandes avanços

para a área de saúde e segurança, trazendo de forma mais explícita quais são as

medidas necessárias para garantir segurança dos trabalhadores na área da

construção civil. Se as medidas de segurança implantadas visam apenas cumprir a

legislação vigente, a segurança está sendo, neste caso, considerada como um

agregado na condição de trabalho, a segurança para ser efetiva deve fazer parte de

toda construção.

28

3. ESTUDO DE CASO

3.1 Descrição das obras analisadas

As obras que foram utilizadas como alicerces para a elaboração deste

trabalho estão todas localizadas na cidade de São Miguel do Oeste – SC, tanto no

centro quanto em bairros e interior da cidade, e são executadas pela Empresa

Conak Construções e Empreendimentos Ltda de responsabilidade de seu sócio

proprietário Astor Kist.

A obra A é de grande porte é o Edifício Tower Center, localizado no centro da

cidade na Rua Sete de Setembro. São duas edificações a serem construídas, uma

torre mista de 11 pavimentos, onde os 3 primeiros andares são de salas comerciais

e os 8 pavimentos restantes são de apartamentos tipos residenciais. A outra

edificação terá 4 andares de garagem e sala de festas. No total serão 6.400 m²

construídos com concreto armado e alvenaria de vedação.

É um edifício de alto padrão com 12 salas comerciais e 32 apartamentos

residências de 2 e 3 dormitórios que variam de 70 m² á 106 m², cozinha, salas, área

de serviço, sacada com churrasqueira, banheiros, garagem coberta para uma e duas

vagas, água quente e salão para festas.

No interior da obra que atualmente está em fase de acabamento, existem

mais ou menos 15 colaboradores trabalhando na parte de revestimentos internos e

externos e demais detalhes técnicos. Também conta com um elevador tipo

cremalheira para realizar o transporte vertical de materiais e de pessoas.

Outra frente de serviço é o edifício Zanardi, que também será denominada por

obra B, é uma obra de pequeno porte com 1306,13 m² de construção, localizada na

rua Padre Aurélio Canzi, no centro de São Miguel do Oeste. Está obra teve inicio em

01/04/2014 e atualmente encontra-se em fase de acabamentos, de reboco, interno e

externo.

Trata-se de um empreendimento residencial e comercial, onde no primeiro

andar e no seu mezanino, serão destinados para salas comerciais. No segundo

andar até o quinto andar encontra-se uma residência duplex de alto padrão de

acabamento, com 03 suítes, quarto de estudos, banheiros, cozinha área de festas e

de serviço, piscina, aquecimento solar e garagens particulares.

29

Esta obra conta com aproximadamente 12 colaboradores trabalhando no seu

interior.

Por fim tem-se a obra C, a execução da parte estrutural do prédio da Câmara

de vereadores de São Miguel do Oeste, uma obra de pequeno porte, com 1925,25

m² de área construída, que foi contratada através de licitação municipal. Está

localizada na rua Pedro Julian, sem número, no bairro Agostini, na cidade de São

Miguel do Oeste.

Está na fase de levantamento da estrutura física e acabamento de paredes,

em execução desde o dia 03/11/2014 e está prevista para ser concluída após um

ano, para final de setembro de 2015.

É uma obra publica de 3 andares de construção, com garagem no sub-solo e

salas particulares, sala de reunião, auditório, banheiros na parte do térreo e primeiro

andar. Conta com aproximadamente 10 colaboradores por período de trabalho.

3.2 Delimitação do problema

Pelo fato de estar-se em pleno século 21 e ainda existir muito acidentes e

mortes em local de trabalho no mundo inteiro, principalmente na construção civil,

buscou-se verificar a verdadeira situação de organização e segurança do trabalho

nas obras da empresa Conak de São Miguel do Oeste.

Para isto conta-se com o auxilio de bibliografias especializadas, dados de

acidentes, regionais e nacionais bem como verificação in loco, buscando apontar o

cumprimento, ou não cumprimento, das normas de segurança e saúde do trabalho,

vigentes na legislação Brasileira.

Para realizar está verificação utilizou-se um checklist que é baseado na

Norma Regulamentadora número 18 que fornece orientações sobre procedimentos

obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho revisada pelo

Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.

Com base nos resultados obtidos serão discutidos os itens que apresentarem

alguma não conformidade na obra. Esta será apontada através de fotos e serão

sugeridas algumas mudanças para adequar o ambiente de trabalho e deixá-lo de

uma forma mais limpa, segura, organizada e produtiva.

30

3.3 Método de coleta de dados

Para verificar as condições de segurança e saúde do trabalho nas obras de

construção civil da empresa Conak, no que diz respeito a NR -18, foram realizadas

visitas nos canteiros de obra da empresa e feita uma inspeção conforme os serviços

que estavam sendo executados no período do mês de Junho de 2015 , baseando –

se em uma lista de verificação (checklist).

Segundo o site da fiocruz (BRASIL, Ministério de Trabalho e Emprego,

2003),o uso da metodologia de aplicação de Checklist tem tido grande aceitação no

meio profissional na área de saúde e segurança, por ser uma ferramenta de fácil

aplicação para quantificar e qualificar o local e as condições de trabalho, além de

servir como parâmetro comparativo para as melhorias e avaliações futuras.

Esta lista foi elaborado com a mescla de dois trabalhos prontos de checklist,

foram retirados alguns itens da lista que se encontra no site do ministério do

Trabalho (www.mte.gov.br) e inseridos na lista de verificação sugerida por Costella,

M. F. ; Junges, F. C. ; Pilz, S. E. (2014). Após as adaptações chegou-se a uma lista

que contém todos os sub-itens da NR – 18, (anexo A). Aonde em cada item de

avaliação conta com as opções de Sim (quando todos os parâmetros do item estão

sendo atendidos), Não (quando a obra não atende o que consta na NR-18) e Não se

Aplica (que deve ser assinalada quando não existir este tipo de exercício no local).

Embora a lista destine-se a uma análise qualitativa dos canteiros, o resultado

dela pode ser expresso quantitativamente através de uma nota. É possível atribuir

uma nota para o canteiro como um todo e uma nota para cada grupo, sendo que a

nota global do canteiro é a média aritmética das notas dos grupos (Saurin e

Formoso, 2006).

Seguindo a metodologia de Saurin e Formoso (2006), a nota será dada em

função da quantidade de sim que cada grupo obtiver. Ou seja, será somado o total

de sim que cada grupo receber e dividido pelo máximo de sim que ele poderia ter

recebido. Multiplicando este valor por 10 tem-se uma nota final para o grupo em

questão. A nota geral do canteiro será a média aritmética geral de todos os grupos.

Se estiver assinalado à opção não se aplica desconsiderar este item para efeitos de

cálculo.

Subentende-se por grupo, o conjunto de itens relacionados a uma mesma

área de verificação, por exemplo: áreas de vivência, demolições, escavações,

31

armações de aço, entre outros. Na Tabela 3 segue um exemplo de como será dada

a nota. Nesta tabela existem 12 itens dentro do grupo de escavações e fundações, 1

não se aplica, então deve ser desconsiderado, sobram 11 itens e destes, 7 tem a

opção sim assinalados, logo, a nota para este grupo seria igual a 6,36.

𝑁𝑜𝑡𝑎 = 7

12 − 1 𝑥 10 = 6,36

Tabela 3:Exemplo de verificação de um grupo de serviços

ESCAVAÇÕES E FUNDAÇÕES SIM NÃO NSA

A área de escavação foi previamente limpa? (18.6.1) X

Houve escoramento de tudo o que possa ter risco de comprometimento da estabilidade? (18.6.1)

X

Há responsável técnico legalmente habilitado para os serviços de escavação e fundação? (18.6.3)

X

Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25m estão escorados? (18.6.5)

X

Há escadas ou rampas nas escavações com mais de 1,25m de profundidade? (18.6.7) X

Os materiais são depositados a uma distância superior à metade da profundidade? (18.6.8) X

Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros) têm escoramento? (18.6.9)

X

Há sinalização de advertência, inclusive noturna, e barreira de isolamento? (18.6.11) X

O operador de bate-estacas é qualificado? (18.6.14) X

No bate-estacas, os cabos de sustentação dão no mínimo 6 voltas sobre o tambor? (18.6.15) X

O equipamento de descida e içamento, em tubulões a céu aberto, possui trava de segurança? (18.6.22)

X

Há estudo geotécnico do local de tubulões a céu aberto? (18.6.23) X

Nota

Itens conformes e não conformes 7 4

Total (descontado os NSA) 11

Nota Final 6,36

Deste modo que serão executadas todas as verificações e posteriormente as

avaliações dos serviços executados em obra, para então poder-se chegar a uma

conclusão de que a Segurança e Saúde nas obras da CONAK, na maioria das

vezes, são ou não atendidas.

32

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

As tabelas utilizadas para executar a avaliação das obras são baseadas nas

normas regulamentadoras de Segurança e Saúde do Trabalho, principalmente na

NR – 18, retiradas do site do Ministério do Trabalho. Então, para cada item que

apresentar uma não conformidade, ou seja, que tiver a opção “Não” assinalada pelo

avaliador, significa dizer, que este item não está de acordo com regras estabelecidas

para a execução segura e saudável das obras da construção civil.

Estes itens serão comentados e em seguida serão propostas possíveis

melhorias para a execução deste serviço. Sempre levando em conta o que as

normas estabelecem.

Após a aplicação do checklist nas três obras obteve-se os seguintes

resultados em cada grupo analisado.

4.1 Tapumes e Galerias

Os resultados do grupo de Tapumes e Galerias estão dispostos na Tabela 4.

Tabela 4: Verificação dos Tapumes e Galerias

Obra A B C

Elementos / itens S N NSA S N NSA S N NSA

A TAPUMES E GALERIAS

A.1.

Os tapumes têm altura mínima de 2,20m, estão construídos e fixados de forma resistente, e estão em bom estado de conservação

x x x

A.2

Caso a obra tenha mais de 2 pavimentos a partir do nível do meio-fio e seja executada no alinhamento do terreno, existe galeria sobre o passeio, com altura int. livre 3,0 m, no mínimo

x x x

A.3

As bordas da cobertura da galeria possuem tapume com altura mínima de 1,0m com inclinação aproximada de 45°

x x x

A.4

Caso o prédio seja construído no alinhamento do terreno, a obra é protegida em toda a sua extensão por fechamento de tela

x x x

A.5 Caso exista risco de queda de materiais nas

edificações vizinhas, estas são protegidas x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 1 2 1 0 1 0

Total (descontado os NSA) 3 1 1

Nota Final 3,33333 10 10

33

Na obra C não existia construções ao seu redor, na obra B todos os lados de

divisa tinham muros altos, apenas na obra A que existia construções perto da divisa

e que não contavam com nenhuma proteção ou barreira física para evitar que

fossem atingidas por algum material (Figura 1). Todas as obras analisadas possuem

tapume sem seu entorno com materiais de boa qualidade e bem fixados.

Figura 1: Edificação vizinha sem proteção (obra A)

A colocação de bandejas ou tela, até a conclusão da obra, na divisa que

existe o risco de dano a edificação vizinha, seria uma solução de boa eficácia a ser

tomada para evitar a queda de materiais.

4.2 Ordem e Limpeza

Para verificar a Ordem e Limpeza das obras usou-se a Tabela 5.

Tabela 5: Verificação de Ordem e Limpeza

B ORDEM E LIMPEZA S N NSA S N NSA S N NSA

B.1

O canteiro está limpo, sem entulhos espalhados, de forma que não são prejudicadas a segurança e a circulação de materiais e pessoas

x x x

B.2

O entulho possui local específico para depósito (baia, caçamba tele-entulho ou área do canteiro delimitada)

x x x

B.3

Quando houver diferença de nível, o entulho é transportado para o térreo através de calha fechada, grua ou guincho

x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 2 1 2 1 2 1

Total (descontado os NSA) 3 3 3

Nota Final 6,7 6,7 6,7

34

Nas obras A e C para alguns entulhos não haviam lugares específicos para

seu depósito, na primeira, os restos de gessos estavam jogados e misturados junto

com restos de alvenaria e cimento e na segunda não havia caçamba para depositar

os entulhos conforme Figura 2.

Já na obra B o canteiro estava bem desorganizado, com materiais fora de seu

devido lugar que dificultavam a passagem e circulação das pessoas (Figura 3).

Figura 2: Entulhos misturados (obra A)

Figura 3: Desorganização do canteiro (obra B)

Para solucionar estes problemas recomenda-se o planejamento e a

elaboração de layouts, com as melhores formas de dispor os materiais em baias

separadas e identificadas bem como para armazenagem e estocagem dos materiais

que ainda serão utilizados na obra.

4.3 Áreas de Vivência

Referente às áreas de vivência de todas as obras encontraram-se não

conformidades nos subgrupos de instalações sanitárias, no vestiário, na área de

refeições e na disponibilização de água potável.

Para a análise do subgrupo das instalações sanitárias foi usada a Tabela 6.

35

Tabela 6: Verificação das Instalações Sanitárias

C ÁREAS DE VIVÊNCIA

C.1 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS S N NSA S N NSA S N NSA

C.1.1 As instalações sanitárias estão em bom

estado de conservação, higiene e limpeza e não estão diretamente ligadas aos locais de refeição

x x x

C.1.2

Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é necessário percorrer menos de 150m (considerando distâncias verticais e horizontais somadas)

x x x

C.1.3 Tem iluminação natural ou artificial x x x

Tem ventilação natural adequada (1/8 da

área do piso, segundo a NR24) x x

x

C.1.4 Área de ventilação: Área do piso:

Possuem lavatórios em número suficiente

(1/20 trabalhadores) x x

x

C.1.5 Nº de lavatórios:

C.1.6 Há recipiente para depósito de papéis

usado junto ao lavatório x x x

C.1.7

Possuem vasos sanitários em número suficiente (1/20 trab.)

x x x

Nº de vasos sanitários: 1

C.1.8 O local destinado ao vaso sanitário tem

área mínima de 1,0 m² (NR-24) x x x

C.1.9

O local destinado ao vaso sanitário possui porta com trinco interno, divisórias com altura mínima de 1,80m e borda inferior de 0,15m.

x x x

C.1.10 Há disponibilidade de papel higiênico,

diretamente no banheiro ou no almoxarifado x x x

C.1.11 Há recipiente com tampa para depósito de papéis usados junto ao vaso sanitário

x x x

C.1.12 Possuem chuveiros em número suficiente

(1/10 trab.) x x x

C.1.13 Há um suporte para sabonete correspondente a cada chuveiro

x x x

C.1.14

Tanto o piso quanto as paredes adjacentes aos chuveiros são de material que resista a água e possibilite a lavagem e desinfecção

x x x

C.1.15 Há cabide para toalha correspondente a

cada chuveiro x x x

C.1.16

Nos locais onde estão os chuveiros há piso de material antiderrapante ou estrado de madeira

x x x

C.1.17

Há mictório na proporção de 1 para 20 trabalhadores? São providos de descarga provocada ou automática? Ficam a uma altura máxima de 0,50m do piso?

x x x

C.1.18 Há instalações elétricas adequadamente x x x

36

protegidas?

C.1.19 O pé direito é de no mínimo 2,50m? x x x

C.1.20

Há chuveiro com água quente? Os chuveiros elétricos são aterrados adequadamente?

x x x

C.1.21

O mictório tem descarga automática e ficam a uma altura máxima de 0,50 metros do chão

x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 19 2 7 13 7 13

Total (descontado os NSA) 21 20 20

Nota Final 9,05 3,5 3,5

Nas obras B e C os sanitários não possuem iluminação artificial, ventilação

natural, espaço físico com mais de 1 m², trinco interno, pé direito maior que 2,5

metros e também não foram encontrados chuveiros e mictórios, como pode-se

verificar na Figura 4 e Figura 5.

Na obra A os chuveiros não contavam com piso antiderrapante ou estrado de

madeira (Figura 6) e os mictórios não possuíam descarga automática.

Figura 4: Instalações sanitárias (obra B).

Figura 5: Instalações sanitárias (obra C).

Figura 6: Piso do chuveiro (obra A).

Neste caso a melhor solução para os canteiros B e C, seria a construção de

uma área nova e maior para as instalações sanitárias, com espaço adequado para

chuveiros, mictórios, vasos e que conte com uma boa ventilação e iluminação. Já

para a obra A, a solução é mais prática, basta apenas colocar um estrado de

madeira ou um palete, para deixar o piso mais higiênico e seguro.

Nos vestiários usou-se a Tabela 7 para verificar se as normas eram

atendidas.

37

Tabela 7: Verificação dos Vestiários

C.3 VESTIÁRIO S N NSA S N NSA S N NSA

C.3.1

Está localizado próximo à entrada da obra, esta em bom estado de conservação e tem iluminação natural e/ou artificial

x x x

C.3.2 Não tem ligação direta com o refeitório, ou

seja, não possui portas e/ou janelas em comum x x x

C.3.3

Tem piso de concreto, cimentado, madeira ou de outro que permita a fácil conservação da limpeza e higiene do local

x x x

C.3.4

Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-24)

x x x

Área do piso: Área de

ventilação:

C.3.5 Tem área de 1,50m² / pessoa (segundo a

NR-24) x x x

C.3.6 Tem armários individuais dotados de

fechadura ou dispositivo com cadeado x x x

C.3.7 Tem bancos em número suficiente para

atender todos os trabalhadores da obra, com largura mínima de 0,3 metros?

x x x

C.3.8 Tem pé direito de 2,5 metros? x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 7 1 5 3 6 2

Total (descontado os NSA) 8 8 8

Nota Final 8,75 6,25 7,5

Nos vestiários encontraram-se não conformidades, em relação á pouca

quantidade de bancos e a maioria deles não tinham as dimensões mínimas

necessárias, além de nas obras B e C as edificações não possuíam 2,50 metros de

pé direito. Como se pode observar na Figura 7, Figura 8 e Figura 9.

Outro problema encontrado somente na obra B foi a distância dos vestiários,

era necessário atravessar todo o canteiro de obras para chegar á entrada do

mesmo.

Figura 7: Quantidade de bancos (obra C)

Figura 8: Dimensão dos bancos (obra C)

Figura 9: Quantidade de bancos (obra A)

38

Para adequar-se a norma recomenda-se a troca dos bancos que estão fora

de dimensão e a compra ou confecção de mais bancos com 30 centímetros ou mais

de largura, bem como, o aumento do pé direito que precisa ser de no mínimo de 2,5

metros de altura.

Para resolver o problema da distância até os vestiários, recomenda-se um

melhor planejamento da localização do mesmo, buscando sempre a proximidade

com a entrada do canteiro de obra.

A Tabela 8 traz os resultados encontrados nos locais para refeição.

Tabela 8: Verificação dos locais de Refeição

C.5 LOCAL PARA REFEIÇÕES S N NSA S N NSA S N NSA

C.5.1

Tem fechamento (paredes ou tela) que evite a penetração de pequenos animais e isole a instalação das áreas de produção e circulação, contribuindo para a manutenção da limpeza do local

x x x

C.5.2

Tem piso de concreto, cimento, madeira ou de outro material que permita a fácil conservação da limpeza e higiene do local

x x x

C.5.3 Tem iluminação e ventilação natural e/ou artificial x x x

C.5.4 Há lavatório instalado em suas

proximidades ou no seu interior. x x x

C.5.5 Possui mesas com tampos lisos e laváveis x x x

C.5.6 Tem depósito de lixo com tampa x x x

C.5.7

Há assentos em número suficiente para atender todos os usuários (caso existam assentos em menor número do que o total de operários da obra, verificar se as refeições são feitas por turnos, existindo assentos para todos os usuários de cada turno)

x x x

C.5.8 Está situado em local que não seja

subsolo nem porão x x x

C.5.9

Possui equipamento adequado para aquecer refeições (fogão comum, aquecedor elétrico industrial ou sistema semelhante)

x x x

C.5.10

Há fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro sistema no local para refeições

x x x

C.5.11 O local para refeições tem pé direito

mínimo de 2,80 metros? x x x

C.5.12 Tem cobertura que protege contra

intempéries? x x x

C.5.13 Não há comunicações direta com as

instalações sanitárias x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 12 1 12 1 11 2

Total (descontado os NSA) 13 13 13

Nota Final 9,23 9,23 8,46

39

Na parte dos refeitórios, nas obras B e C, encontraram-se os mesmos

problemas que na parte dos vestiários, a falta de bancos apropriados e a altura do

pé direito, logo, recomendam – se as mesmas soluções.

Além disso, na obra A foi encontrado um lixeiro sem tampa para depósitos de

lixos, conforme Figura 10.

Figura 10: Detalhe do lixeiro sem tampa

Problema muito simples de ser resolvido, colocando uma tampa para fechar o

lixeiro e impedir a entrada de pequenos animais bem como a propagação de odores

desagradáveis e proliferação de bactérias .

Para o ultimo subgrupo da área de vivências usou-se a Tabela 9 para aplicar

o checklist.

Tabela 9: Verificação do fornecimento de água potável

C.7 FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

NOS POSTOS DE TRABALHO S N NSA S N NSA S N NSA

C.7.1

Há fornecimento de água potável e refrigerada por meio de bebedouro ou outro sistema que garanta seu nos postos de trabalho. Caso não se use bebedouro, assinale “não se aplica” para os itens marcados (* B.6.2 e B.6.3) e especifique o outro dispositivo: ____________

x

x

x

C.7.2

(*) O fornecimento de água potável no canteiro é feito por meio de bebedouros na proporção de um aparelho para cada grupo de 25 trabalhadores ou fração. Número de bebedouros:________________

x x x

C.7.3

(*) Para se deslocar do posto de trabalho ao bebedouro todos os trabalhadores fazem deslocamentos inferiores a 100 m no plano horizontal e inferiores a 15 m no plano vertical

x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 2 1 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 3 0 0

Nota Final 6,67

40

Apenas na obra A, a água era disponibilizada em bebedouros, nos demais a

água vinha de poços artesianos e disponibilizada nos lavatórios com garrafas

plásticas descartáveis, que, armazenavam na geladeira para refrigerar.

Apesar disso a norma prevê que tenha um bebedouro a cada 15 m de

deslocamento vertical na obra, como a obra tem 12 andares e uma altura de

aproximadamente de 40 metros, um só bebedouro deixa o item não conforme.

Para solucionar estes problemas, o melhor sistema de disponibilizar água

potável para os colaboradores é através de bebedouros, porém, eles devem ser

disponibilizados em quantidades certas, atendendo os 100 metros de deslocamento

horizontal e 15 metros verticais, para que possam chegar até o bebedouro mais

próximo.

4.4 Escavações, Fundação e Desmontes de Rochas

Em nenhuma obra foi encontrado desmontes de rocha e nem serviços de

fundações. Apenas em duas obras haviam escavações feitas anteriormente. Os

resultados obtidos estão na Tabela 10.

Tabela 10: Verificação de escavações

E ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E

DESMONTE DE ROCHAS S N NSA S N NSA S N NSA

E.1

Existe escoramento para muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação

x x x

E.2

Escavações com mais de 1,25 m de profundidade dispõem de escadas ou rampas próximas aos postos de trabalho para saída emergencial dos trabalhadores

x x x

E.3

Taludes instáveis com altura superior a 1,25m têm sua estabilidade garantida por escoramentos dimensionados para esse fim

x X x

E.4

Os materiais retirados das escavações estão depositados a uma distância superior a metade da profundidade, contando a partir da borda do talude

x X x

E.5 Taludes com altura superior a 1,75m têm

sua estabilidade garantida por escoramentos x x x

E.6

Há sinalização de advertência noturna e barreira de isolamento em seu perímetro em escavações realizadas em vias públicas ou canteiros de obras

x X x

41

E.7

Há sinalização de advertência permanente nos acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos

x x x

E.8 Há responsável técnico legalmente

habilitado para os serviços de escavação ? x X x

Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 3 1 3 3

Total (descontado os NSA) 0 4 6

Nota Final 7,5 5

Nas obras B e C foram encontradas algumas irregularidades, principalmente

na obra C aonde havia falta de escoramento em taludes com mais de 1,25 metros e

1,75 metros como pode-se ver na Figura 11 e Figura 12. Na B apenas falta de

sinalização na entrada da obra.

Figura 11: Taludes sem escoramento (obra C)

Figura 12: Detalhe dos taludes escavados (obra C)

Para solucionar estes problemas propõe-se a colocação de escoras nos

taludes, para evitar erosões e possíveis desmoronamentos que possam causar

algum acidente com trabalhadores, um possível soterramento ou até mesmo uma

queda de cima do talude junto com as massas e terra caso elas desmoronem

contendo colaboradores nesta área.

4.5 Serra circular e central de carpintaria

A máquina de serra utilizada nas obras era a mesma para todas, por isso as

notas de cada obra são parecidas, como observa-se na Tabela 11.

42

Tabela 11: Verificação de serras circulares e central de carpintaria

F SERRA CIRCULAR E CENTRAL DE CARPINTARIA

S N NSA S N NSA S N NSA

F.1

A serra é dotada de mesa estável (em madeira ou metálica), com fechamento em suas faces inferiores, anterior e posterior, ou seja, as faces frontal e oposta à posição de trabalho

x x x

F.2 A carcaça do motor está aterrada

eletricamente x x x

F.3

O disco da serra está em boas condições para o trabalho (não possui trincas, dentes quebrados ou empenados)

x x x

F.4 A serra possui coifa protetora do disco e

cutelo divisor x x x

F.5 A serra possui coletor de serragem x x x

F.6

As lâmpadas de iluminação da carpintaria estão protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas (por exemplo: proteção gradeada)

x x x

F.7 A carpintaria possui piso resistente,

nivelado e antiderrapante x x x

F.8 A carpintaria possui cobertura capaz de

proteger os trabalhadores das intempéries x x x

F.9 Há placa de sinalização, junto à serra

circular, indicando o uso dos EPI´s pertinentes x x x

F.10 As transmições de forças mecanicas estão

protegidas por anteparos fixos e resitentes x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 7 3 6 4 6 4

Total (descontado os NSA) 10 10 10

Nota Final 7,00 6 6

Nas três obras observou-se que havia falta de coletor de serragem na

máquina e falta de iluminação artificial, conseqüentemente não existia proteção

mecânica nas lâmpadas como pode-se observar na Figura 13.

Além disso, na obra A, a carcaça do motor não estava aterrada e nas obras B

e C a serra não estava em um piso resistente e nivelado além de não ter placas de

sinalização junto a serra para o uso de EPI’s obrigatórios, como mostra a Figura 14

da obra A.

43

Figura 13: Modelo de serra utilizado em todas as obras

Figura 14: Exemplo de sinalização na obra (A)

Para adequar este item recomenda-se a troca das mesas de serragem por

outras que tenham uma coifa e um sistema de coleta de serragem ou apenas a

adequação do sistema para aquelas que já existem.

Também se faz necessário a instalação das mesmas em locais com

iluminação adequada, com pisos resistentes e nivelados que suportem seus

esforços.

Importante também verificar se as máquinas estão aterradas tanto no motor

da serra quanto na sua carcaça metálica, para evitar danos ao motor com raios e

choque ao operador em caso de curtos circuitos.

4.6 Armações de Aço

Como o corte e a dobra do aço não são feitos em obra, mas sim no depósito

da empresa, para este item avaliou-se apenas a parte de descarregamento e

armazenamento das barras de aço na obra conforme a Tabela 12.

Tabela 12: Verificação das armações de aço

G ARMAÇÕES DE AÇO S N NSA S N NSA S N NSA

G.1

A bancada de corte e dobra de vergalhões está apoiada sobre superfície resistente, nivelada e não escorregadia

x x x

G.2

A bancada de corte e dobra de aço está afastada da área de circulação de trabalhadores ou isolada de forma a evitar impactos contra trabalhadores durante seu manuseio

x x x

G.3

A área de trabalho onde está situada a bancada de armação possui cobertura resistente para proteção contra intempéries e quedas de materiais

x

x x

44

G.4

As lâmpadas de iluminação da área de trabalho estão protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões (por ex. proteções gradeadas)

x x x

G.5

Existem pranchas de madeira (ou outro material resistente) sobre as armações de aço durante a execução da concretagem, de modo que facilite a circulação de operários sobre elas

x x x

G.6

Todas as pontas verticais de vergalhões de aço estão protegidas (no transporte e quando para espera de pilar)

x

x x

G.7 Quando necessário, as pontas horizontais

dos vergalhões estão protegidas de forma a evitar impactos acidentais contra elas

x

x x

G.8

Há placa de sinalização, junto à bancada de armação de aço, indicando o uso dos EPI`s pertinentes

x x x

G.9 A armações de pilares, vigas e outras

estruturas estão apoiadas e escoradas x x x

G.10 Durante a descarga dos vergalhões de

aço, a área é isolada? x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 1 3 0 0 1 4

Total (descontado os NSA) 4 0 5

Nota Final 2,5

2,0

Na obra B todos os itens não se aplicam, pois todos os pilares e estruturas de

concreto armado já foram concretadas. Nas outras duas obras, verificou-se que

existem problemas na proteção das pontas dos vergalhões empilhados e

concretados, conforme Figura 15 e Figura 16, além das ferragens estarem

depositadas em local sem cobertura contra intempéries, como observa-se na Figura

18 a obra A e na Figura 15 a obra C.

Somente na obra C, durante a descarga dos vergalhões foi verificado a falta

de sinalização conforme a Figura 17.

Figura 15: Armazenamento das ferragens e falta de proteção nas pontas (obra C)

Figura 16: Detalhe das pontas desprotegidas dos vergalhões (obra C).

45

Figura 17: Falta de sinalização na descarga (obra C).

Figura 18: Detalhe do armazenamento das ferragens (obra A).

As soluções para estas não conformidades são, proteção de todas as pontas

vivas aparentes com tampas plásticas, para evitar choques e danos físicos as

pessoas, armazenamento das ferragens em locais adequados e sinalização com

cones, cavaletes e coletes refletivos nos serviços executados em via publica.

4.7 Proteção contra Quedas de Altura

Para a avaliação das proteções contra queda de altura dividiu-se em sete (7)

grupos de avaliação, corrimões e escadas permanentes, escadas de mão, poço de

elevador, perímetro dos pavimentos, aberturas em pisos, andaimes suspensos (Jau)

e andaimes simplesmente apoiados.

Na Tabela 13 tem-se a verificação dos corrimões e escadas permanentes.

Tabela 13: Verificação dos corrimões e escadas permanentes

H PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE

ALTURA S N NSA S N NSA S N NSA

H.1

CORRIMÃOS DAS ESCADAS PERMANENTES (necessários sempre que as escadas permanentes forem utilizadas para a circulação de pessoas durante a obra)

H.1.1

Os corrimãos, caso sejam de madeira, estão isentos de qualquer pintura que encubra nós e rachaduras na madeira

x x x

H.1.2

Há corrimão definitivo ou provisório, com guarda-corpo principal à 1,2m de altura, constituído de madeira ou outro material de resistência equivalente

x x x

H.1.3

Há guarda-corpo intermediário à 0,7m de altura, constituído de madeira ou outro material de resistência equivalente

x x x

H.1.4

Há rodapé com altura de 0,2m, constituído de madeira ou outro material de resistência equivalente

x x x

46

Nota

Itens conformes e não conformes 1 3 1 3 4 0

Total (descontado os NSA) 4 4 4

Nota Final 2,50 2,5 10

Na obra C havia apenas uma escada fixa que alimentava dois andares, esta

escada estava de acordo com a norma, tinha guarda corpo fixo e as alturas

necessárias, além de contar com telas de plásticos entre os vãos dos guarda corpos.

Nas obras A e B apenas uma das várias escadas que existiam estava sem

nenhum tipo de proteção contra queda, como pode-se ver na Figura 19 e Figura 20.

Figura 19: Detalhe da escada sem guarda corpo (obra A)

Figura 20: Detalhe da escada sem guarda corpo (obra B).

Para solucionar os problemas deste item, recomenda-se que os guarda

corpos sejam instalados em todos os lados de escada que não tenham fechamento

por alvenaria.

Para verificar as escadas de mão utilizou-se a Tabela 14.

Tabela 14: Verificação das escadas de mão

H.2 ESCADAS DE MÃO E PROVISÓRIAS S N NSA S N NSA S N NSA

H.2.1

As escadas, caso sejam de madeira, estão isentas de qualquer pintura que encubra nós e rachaduras na madeira

x x x

H.2.2

Há escada ou rampa provisória de uso coletivo para transposição de pisos com desnível superior a 40cm.

x x x

H.2.3

As escadas de mão têm até 7,0m de extensão e com espaçamento entre degraus de 25 a 30cm.

x x x

H.2.4 As escadas de mão ultrapassam em cerca

de 1,0m o piso superior x x x

47

H.2.5 As escadas de mão estão fixadas nos

pisos superior e inferior, ou são dotadas de dispositivo que impeça escorregamento

x x x

H.2.6

As escadas provisórias de uso coletivo tem largura mínima de 0,80m, com patamar intermediário a cada 2,90m de altura

x x x

H.2.7

As rampas provisórias são fixadas no piso inferior e superior e não ultrapassam 30º de inclinação com relação ao piso

x x x

H.2.8 As rampas provisórias com inclinação

superior a 18º, tem peças transversais fixadas a cada 40cm, no máximo, para apoio dos pés

x x x

H.2.9

As rampas para caminhões têm no mínimo 4,0m de largura e são fixadas em suas extremidades

x x x

H.2.10 Existe ressalto entre o piso da passarela e

o piso do terreno x x x

H.2.11 As escadas de mão possuíam degraus

antiderrapantes ? x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 2 5 2 4 5 2

Total (descontado os NSA) 5 6 7

Nota Final 4,00 3,33333 7,14

A obra C teve apenas duas não conformidades, as escadas tinham mais de

30 cm de espaçamento entre os degraus e os mesmos não eram antiderrapantes,

estes problemas também foram encontrados nas outras duas obras. Figura 21.

Nas obras A e B também haviam outras irregularidades, as escadas não

transpassavam em um (1) metro a laje superior, além de não estarem amarradas na

estrutura da edificação para evitar escorregamentos laterais. Figura 22.

Sobre as rampas provisórias, apenas na obra A foi encontrada uma rampa

com mais de 18 graus de inclinação e que não tinham peças transversais fixadas a

cada 40 centímetros para apoio dos pés, como pode-se ver na Figura 23.

Figura 21: Escada com espaçamento de degraus maior que 30 cm (obra A, B e C)

Figura 22: Escada sem transpasse de 1 metro na laje superior(obra A)

Figura 23: Detalhe rampa sem travessas horizontais a cada 40 centímetros (obra A)

48

Para solucionar estes erros, recomenda-se a compra de escadas apropriadas,

que tenham um menor espaçamento entre degraus na faixa de 25 a 30 cm, que os

degraus sejam antiderrapantes e que ela tenham a altura apropriada para o serviço

destinado. Além disso, é importante a atenção na hora da colocação das mesmas,

as quais devem ser amarradas a estrutura física da obra.

Nas rampas com inclinação maior de 18 graus, sugerem-se travessas de

madeira para facilitar o acesso á rampa.

Na Tabela 15, apresenta-se a Verificação dos poços de elevador.

Tabela 15: Verificação dos poços de elevador

H.3 POÇO DO ELEVADOR S N NSA S N NSA S N NSA

H.3.1

Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento provisório tipo sistema guarda-corpo e rodapé, ou dispositivo que cumpra as mesmas funções de proteção (grade ou painel, por exemplo). Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-corpo e rodapé, assinale “não se aplica” para os itens marcados (*H.3.3 a H.3.6), e descreva-o: _______________

x X x

H.3.2

O fechamento provisório é constituído de material resistente e está seguramente fixado à estrutura, com dispositivo de fechamento do tipo cancela ou similar.

x X x

H.3.3 (*) Os vãos de acesso às caixas de

elevadores possuem fechamento provisório com guarda-corpo principal à 1,20m de altura

x X x

H.3.4 (*) Os vãos de acesso às caixas de

elevadores possuem fechamento provisório com guarda-corpo intermediário à 0,70m de altura

x X x

H.3.5

(*) Os vãos de acesso às caixas de elevadores possuem fechamento provisório com rodapé à 0,20m de altura

x X x

H.3.6 (*) Os guarda-corpos e rodapé são

revestidos com tela x X x

H.3.7

Antes do fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe proteção horizontal em todas as lajes com assoalhamento inteiriço, ou guarda-corpo e rodapé em todos os pavimentos associado ao assoalhamento, no mínimo, a cada 3 pavimentos

x x x

H.3.8

Após o fechamento da caixa do elevador com alvenaria, existe, no mínimo a cada 3 pavimentos, assoalhamento com proteção inteiriça dentro dos poços para amenizar eventuais quedas de materiais ou pessoas

x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 5 6 1

Total (descontado os NSA) 0 5 7

Nota Final 0 8,57143

49

Na obra A o elevador já estava praticamente instalado, os vãos de acesso ao

poço de elevador já contavam com as portas fixas do elevador, o que impedia a

queda de algum trabalhador. Na obra B, tinha um acesso ao poço de elevador sem

nenhuma proteção, como apresentou-se na Figura 24, por isso obteve a nota 0 e na

obra C havia o guarda corpo, mas este não continha o revestimento por tela, como

mostra a Figura 25.

Figura 24: Poço de elevador sem proteção de guarda corpo.

Figura 25: Poço de elevador sem rede de segurança entre os vãos (obra C).

Na obra B, apesar do poço do elevador ser utilizado para transporte vertical

de materiais, o mesmo deveria ter uma proteção de guarda corpo revestido com a

tela protetora.

Portanto, a solução para estes detalhes é, a colocação de cancelas móveis,

que devem ser bem fechadas após o término do serviço com o guincho e a

colocação de telas entre os vãos do guarda corpo.

Na verificação das proteções contra quedas nos perímetros dos pavimentos,

haviam 4 opções de escolha que variavam conforme o andar da obra, nas obras A e

B foi escolhido a opção 2 e na obra C a opção 4, como destaca-se na

Tabela 16.

Tabela 16: Verificação das proteções contra quedas nos perímetros dos

pavimentos.

H.4

PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NO PERÍMETRO DOS PAVIMENTOS Assinale a(s) situação(ões) encontradas na obra

S N NSA S N NSA S N NSA

1. ( ) Pavimento com laje de piso

concretada e execução das fôrmas da laje do pavimento superior 2 2 4

2. (x) Pavimento com laje de piso e de

forro já concretadas

50

3. ( ) Pavimento em que estão sendo

colocadas as ferragens nas fôrmas de vigas e lajes ou no qual está sendo feita a concretagem

4. (x) Alvenaria de periferia já executada

(dispensa a proteção periférica, portanto marque “não se aplica” para todos os itens

H.4.1

SITUAÇÃO 1: As periferias dos pavimentos possuem fechamento, com no mínimo 1,20m de altura, constituído por guarda-corpo principal, intermediário e rodapé revestidos com tela, ou dispositivo que cumpra as mesmas funções de proteção. Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-corpo e rodapé, assinale “não se aplica” para os itens marcados (*H.4.1.1 a H.4.1.4) e descreva-o:_____________

H.4.1.1 (*) Existe guarda-corpo principal,

constituído por anteparo rígido, a 1,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 1

x x x

H.4.1.2 (*) Existe guarda-corpo intermediário,

constituído por anteparo rígido, a 0,70m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 1

x x x

H.4.1.3

(*) Existe rodapé, constituído por anteparo rígido, com 0,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 1

x x x

H.41.4

(*) Existe, nas periferias dos pavimentos na situação 1, fechamento com tela de arame galvanizado ou material de resistência equivalente

x x X

H.4.2

SITUAÇÃO 2: As periferias dos pavimentos possuem fechamento, com no mínimo 1,20m de altura, constituído por guarda-corpo principal, intermediário e rodapé revestidos com tela, ou dispositivo que cumpra as mesmas funções de proteção. Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-corpo e rodapé, marque “não se aplica” para os itens marcados (*H.4.2.1 a H.4.2.4) e descreva-o:_____________

x x X

H.4.2.1 (*) Existe guarda-corpo principal,

constituído por anteparo rígido, a 1,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 2

x x X

H.4.2.2 (*) Existe guarda-corpo intermediário,

constituído por anteparo rígido, a 0,70m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 2

x x X

H.4.2.3 (*) Existe rodapé, constituído por anteparo

rígido, com 0,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 2

x x X

H.4.2.4

(*) Existe, nas periferias dos pavimentos na situação 2, fechamento com tela de arame galvanizado ou material de resistência equivalente

x x X

51

H.4.3

SITUAÇÃO 3: As periferias dos pavimentos na possuem fechamento, com no mínimo 1,20m de altura, constituído por guarda-corpo principal, intermediário e rodapé revestidos com tela, ou dispositivo que cumpra as mesmas funções de proteção. Caso o dispositivo seja alternativo ao sistema guarda-corpo e rodapé, marque “não se aplica” para os itens marcados (*H.4.3.1 a H.4.3.4) e descreva-o:_____________

x x x

H.4.3.1 (*) Existe guarda-corpo principal,

constituído por anteparo rígido, a 1,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 3

x x X

H.4.3.2 (*) Existe guarda-corpo intermediário,

constituído por anteparo rígido, a 0,70m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 3

x x X

H.4.3.3

(*) Existe rodapé, constituído por anteparo rígido, com 0,20m de altura nas periferias dos pavimentos na situação 3

x x X

H.4.3.4

(*) Existe, nas periferias dos pavimentos na situação 3, fechamento com tela de arame galvanizado ou material de resistência equivalente

x x X

Nota

Itens conformes e não conformes 3 1 0 4 0 0

Total 4 4 0

Nota Final 7,50 0

Com esta verificação encontrou-se duas irregularidades já citadas

anteriormente, a falta de tela protetora entre os vãos dos guarda corpos conforme

Figura 26, na obra A, e na obra B, além de não existir a tela protetora em alguns

pontos da obra, em uma determinada periferia de laje notou-se a falta do conjunto

inteiro de proteção por guarda corpos, como pode-se observar na Figura 27.

Na obra C todas as alvenarias de periferia já estavam construídas, com

exceção dos serviços em telhado, mas estes, serão avaliados num próximo item.

Figura 26: Periferia de laje sem guarda corpo

Figura 27: Periferia sem tela protetora.

52

Sugere-se neste caso, as mesmas providências do item anterior, sobre os

poços de elevador.

Para verificar as proteções das aberturas em pisos usou-se a Tabela 17.

Tabela 17: Verificação de serras aberturas de pisos

H.5 ABERTURAS NO PISO S N NSA S N NSA S N NSA

H.5.1

Todas as aberturas nos pisos de lajes têm fechamento provisório resistente, tais como assoalho fixado à estrutura de forma a evitar seu deslizamento ou sistema de guarda-corpo e rodapé

x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 0 1 0 0 0 1

Total (descontado os NSA) 1 0 1

Nota Final 0,00 0

As aberturas nos pisos observados no geral eram feitas para a passagem de

tubulações, fiações e para esperas de caixas de gordura. Nas obras em que

existiam estas aberturas, como é o caso das obras A e C, elas não estavam

devidamente fechadas. Existia um fechamento provisório com assoalho ou guarda

corpo, porém estes não eram fixos na estrutura. No caso dos guarda corpos, não

tinham a tela protetora entre os vãos dos travessões.Figura 28 e Figura 29.

Figura 28: Guarda corpo de buraco sem tela

protetora e não fixados.

Figura 29: Assoalhos tapando buraco em laje

Como já foi citado anteriormente, a solução é adequar os guarda corpos com

as telas protetoras e fixar os assoalhos na estrutura da obra. Outra opção é travar o

assoalho com guias de madeira fixadas no piso.

Para verificar os andaimes suspensos, os Jaus, utilizou-se a Tabela 18.

53

Tabela 18: Verificação de Andaimes suspensos

H.8 ANDAIMES SUSPENSOS S N NSA S N NSA S N NSA

H.8.1

Os andaimes suspensos dispõem de sistema de guarda-corpo e rodapé, com tela de arame galvanizado (ou material de resistência e durabilidade equivalentes), em todo o perímetro, exceto na face de trabalho

x x x

H.8.2

O comprimento dos estrados dos andaimes suspensos não excede 8,0m e a sua plataforma de trabalho tem no mínimo 0,65m de largura

x x x

H.8.3

O piso de trabalho dos andaimes tem forração completa, antiderrapante, nivelado e fixado de modo seguro e residente (pode ser de madeira de boa qualidade, sem nós e rachaduras, isento de pintura e de frestas por onde possam passar materiais)

x x x

H.8.4

Para serviços com andaime, existe um cabo-guia fixado na estrutura da edificação para ligação do cinto para-quedista

x x x

H.8.5

A sustentação dos andaimes são por meio de vigas, afastadores ou outras estruturas metálicas com resistência mínima de 3 vezes o maior esforço solicitante

x x x

H.8.6

O sistema de fixação e sustentação do andaime na edificação segue projeto elaborado por profissional habilitado

x x x

H.8.7

Os andaimes de contrapeso são de concreto, aço ou outro material semelhante, fixados junto à estrutura de sustentação do andaime e tem contraventamento horizontal

x x x

H.8.8

Nos guinchos tipo catraca, quando o estiver na posição mais baixa resta pelo menos 6 (seis) voltas sobre o tambor e passa livremente na roldana

x x x

H.8.9

Os guinchos de elevação manual possuem capa protetora na catraca, segunda trava de segurança para a catraca, dispositivo de retrocesso do tambor. Descreva o tipo de acionamento: ____________________________

x x x

H.8.10

Quando o andaime tiver um guincho, a largura máxima da plataforma de trabalho é de 0,90m e há uso de um cabo de segurança adicional ao aço, ligado ao dispositivo de bloqueio mecânico automático

x x x

H.8.11

Os andaimes suspensos contém placas de identificação, colocada em local visível, onde consta carga máxima de trabalho permitida

x x x

H.8.12 O projeto elabora permanece no local da

realização dos serviços x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 2 0 7 1 7 1

Total (descontado os NSA) 2 8 8

Nota Final 10,00 8,75 8,75

54

A única irregularidade encontrada nos Jaus foi a falta das placas de

sinalização que informam a carga máxima de trabalho permitido. A solução para

esta é muito simples, basta apenas confeccionar uma placa que informe estes

detalhes.

Os andaimes simplesmente apoiados foram avaliados com a Tabela 19.

Tabela 19: Verificação de Andaimes simplesmente apoiados

H.10 ANDAIMES SIMPLESMENTE

APOIADOS S N NSA S N NSA S N NSA

H.10.1

O apoio do andaime esta apoiado sobre sapata em base sólida capaz de resistir os esforços solicitantes e as cargas transmitidas

x x x

H.10.2

Caso o andaime seja apoiado sobre cavaletes, o piso de trabalho tem altura máxima de 2,0m e largura superior a 0,90m

x x x

H.10.3 Andaimes com piso de trabalho superior a 1,50 m de altura são providos de escadas ou rampas

X x x

H.10.4

Quando externos e com altura superior a 2,0 m, a estrutura dos andaimes está fixada à construção por meio de amarração e entroncamento

x x x

H.10.5

Não são utilizados andaimes nas periferias da edificação sem proteção adequada, fixada a estrutura da mesma?

x x x

H.10.6

As torres de andaimes não excedem, em altura, 4 vezes mais a menor dimensão da base de apoio?

x x

x

Nota

Itens conformes e não conformes 3 1 2 3 2 4

Total (descontado os NSA) 4 5 6

Nota Final 7,50 4 3,33333

A vistoria dos andaimes simplesmente apoiados apresentou alguns

problemas quanto a proteção dos colaboradores e o estado em que estavam

instalados os andaimes.

Principalmente na obra C, onde conforme as fotos Figura 30 e 31 nem os

andaimes e nem os trabalhadores eram amarados a estrutura física da obra através

de cintos paraquedistas e cordas. Além dos trabalhos estarem sendo executados na

periferia do telhado, á uma altura de mais ou menos oito (8) metros.

Em todas as obras, A, B e C, os andaimes não possuíam escadas ou rampas

para serem acessados pelos colaboradores. Na obra B alguns andaimes em serviço

a mais de dois (2) metros de altura, não estavam amarrados, além de terem uma

altura fora do padrão ideal.

55

Figura 30: Trabalho em andaimes sem proteção (obra C).

Figura 31: Trabalho em periferias sem proteção (Obra C).

Como pode-se notar, os apontamentos mais graves deste item, são devido a

falta de proteção adequada do colaborador. Para solucionar isto, deve-se intensificar

o treinamento e a fiscalização dos operários.

Outra possível solução seria o incentivo financeiro para aqueles que

executam seus serviços de forma adequada e com os equipamentos necessários,

pois, como destaca-se na Figura 30 o cinto é disponibilizado pela empresa, mas não

é usado pelo operário.

Outras ações a serem realizadas, são as melhorias da estrutura dos

andaimes, instalar escadas ou rampas e procurar fixar as plataformas de trabalho

em cima do andaime.

Como a obra A é a única que possui um elevador, para as próximas cinco

avaliações considera-se somente esta obra, pois, nesta existe um elevador tipo

cremalheira que pode ser usado como elevador de passageiros e trabalhadores,

bem como, de transporte de materiais.

Desta maneira fez-se a verificação nos grupos de elevador de carga, elevador

de passageiros e do elevador cremalheira. Também avaliou-se os subgrupos do

elevador de carga, plataforma de elevador e posto do guincheiro.

Como todos estes itens avaliados tratam da mesma obra e do mesmo

elevador, os comentários serão feitos ao término das cinco (5) avaliações de uma

maneira geral.

56

4.8 Elevador de carga

Para avaliar os elevadores de carga são necessárias 3 tabelas diferentes,

uma para a torre do elevador, outra para plataforma do elevador e outra para avaliar

o posto do guincheiro.

Com a Tabela 20 avaliou-se a torre do elevador

Tabela 20: Verificação da torre de elevador

I ELEVADOR DE CARGA

I.1 TORRE DO ELEVADOR S N NSA S N NSA S N NSA

I.1.1 A torre está afastada das redes elétricas

ou está isolada x x X

I.1.2 A torre e o guincho estão aterrados

eletricamente x x X

I.1.3

A base da torre e do guincho, feita em concreto, nivelada e rígida, tem no mínimo 15 cm acima do nível do terreno, sendo dotada de drenos para escorrer a água de seu interior

x x X

I. 1.4

Na base da torre existe material para amortecimento de impactos imprevistos do elevador (por exemplo, pneus)

x x X

I.1.5

A torre possui os montantes anteriores, ou seja, aqueles mais próximos da fachada do prédio, fixados à estrutura em todos os pavimentos

x x X

I.1.6

A distância mínima entre a viga superior da cabina e o topo da torre, após a última parada, é de 4,0m

x x X

I.1.7 Os montantes posteriores são estaiados na

estrutura a cada 6,0m por cabos de aço de 9,5mm de diâmetro com ângulo de 45º

x x X

I.1.8

A torre do guincho é revestida com tela de arame galvanizado ou material de resistência equivalente, quando a cabina não for fechada (caso a(s) porta(s) e contenções laterais tenha altura de 2,0m, o entelamento da torre é dispensável)

x x X

I.1.9

Em todos os acessos de entrada à torre existe uma barreira, tipo cancela, com 1,80m de altura, com recuo de 1,00m, com sinalização, de forma a impedir a circulação de trabalhadores através da torre

x x X

I.1.10

Caso a barreira (cancela) esteja rente à torre, existe proteção impedindo que as pessoas exponham alguma parte de seu corpo no interior da mesma (por exemplo, o portão da cancela é confeccionado com malha aço de pequena abertura)

x x X

57

I.1.11

A torre é equipada com dispositivo que impeça a abertura da cancela quando o elevador não estiver no nível do pavimento.

x x X

I.1.12 O guincho tem chave de partida com

dispositivo de bloqueio x x X

I.1.13

Em cada pavimento existe botão para acionar lâmpada ou campainha junto ao guincheiro

x x X

I.1.14

Existe dispositivo de comunicação eletrônica como sistema complementar ao do item anterior

x x X

I.1.15

Independente da posição de parada do elevador, o cabo de tração do guincho tem no mínimo 6 voltas enrolados no tambor, e sua extremidade fixada por um clips tipo pesado

x x X

I.1.16

O tambor e a roldana livre (louca) estão distanciados um do outro a 2,50m a 3,00m, de eixo a eixo

x x X

I.1.17

Existe proteção no trecho de cabo de aço entre o tambor do guincho e a roldana louca (madeira ou tela de arame de pequena abertura)

x x X

I.1.18 A partir da ultima laje, a torre tem altura

máxima de 6,0m x x X

I.1.19 Na última parada, a distância máxima entre

a viga da cabina e a viga superior deve ser 4,0m x x X

I.1.20

As rampas de acesso à torre são fixadas na estrutura do prédio e da torre, tem guarda-corpos, travessão intermediário e rodapé, com piso antiderrapante e tem inclinação ascendentes no sentido de entrada

x x X

Nota

Itens conformes e não conformes 16 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 16 0 0

Nota Final 10

Com a Tabela 21 verificou-se as plataformas.

Tabela 21: Verificação da plataforma de elevador

I.2 PLATAFORMA DO ELEVADOR S N NSA S N NSA S N NSA

I.2.1 O elevador (cabina) é dotado de cobertura

fixa, basculável ou removível x x X

I.2.2

O elevador é provido, nas laterais, de painéis fixos de contenção com altura mínima de 1,0m e com assoalho resistentes as cargas.

x x X

I.2.3 Tem interruptor de corrente para que só se

movimente com portas ou painéis fechados x x X

I.2.4

Tem sistema de frenagem automática que atue com efetividade em qualquer situação tendente a ocasionar a queda livre da cabina.

x x X

I.2.5 Existe algum tipo de sistema de comunicação eficiente e seguro em cada andar

x x X

58

com o posto do guincheiro

I.2.6

O elevador tem dispositivo de tração na subida e descida, de modo a impedir a descida da cabina em queda livre (banguela)

x x X

I.2.7

O elevador tem um botão, em cada pavimento, para acionar lâmpada ou campainha junto ao guincheiro, a fim de garantir comunicação única

x x X

Nota

Itens conformes e não conformes 7 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 7 0 0

Nota Final 10,00

Para o posto do guincheiro usou-se a Tabela 22.

Tabela 22: Verificação do posto do guincheiro

I.3 POSTO DO GUINCHEIRO S N NSA S N NSA S N NSA

I.3.1 O posto de trabalho do guincheiro é isolado

por meio de barreiras físicas x x x

I.3.2 O posto de trabalho do guincheiro possui

cobertura de proteção contra queda de materiais x x x

I.3.3

Há assento para o guincheiro e é confortável (encosto para as costas e sem cantos vivos)

x x x

I.3.4 Há placa de sinalização, junto ao

guincheiro, indicando o uso dos EPI`s pertinentes x x x

I.3.5 Existe extintor de incêndio de pó químico x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 5 0 1 4 1 4

Total (descontado os NSA) 5 5 5

Nota Final 10,00 2 2

4.9 Elevador de passageiros

Neste item usou-se a Tabela 23.

Tabela 23: Verificação do elevador de passageiros

J

ELEVADOR DE PASSAGEIROS (é obrigatório a partir da 7° laje dos edifícios com 8 ou mais pavimentos, cujo canteiro possua pelo menos 30 trabalhadores OU em edifícios com 12 pavimentos ou mais)

S N NSA S N NSA S N NSA

J.1

Existe um interruptor nos fins de curso superior e inferior, conjugado com freio automático eletromecânico

x x X

59

J.2 Existe sistema de frenagem automática que

atue com efetividade em qualquer situação tendente a ocasionar a queda livre da cabina

x x X

J.3

Existe sistema de segurança eletromecânico situado a 2,0m abaixo da viga superior da torre, ou outro sistema que impeça o choque da cabina com a viga superior

x x X

J.4 Existe interruptor de corrente, para que se

movimente apenas com as portas fechadas x x X

J.5 O elevador possui cabine metálica com

porta (tipo pantográfica ou correr) x x X

J.6

Existe freio manual situado na cabina, interligado ao interruptor de corrente que quando acionado desligue o motor

x x X

J.7

A cabine possui placa indicando o número máximo de passageiros e peso máximo equivalente

x x X

J.8 A cabine possui iluminação e ventilação

natural ou, caso necessário, artificial x x X

J.9

Caso o elevador de passageiro foi utilizado para transporte de materiais, não simultâneo, tem sinalização por meio de cartazes em seu interior, onde conste de forma visível, os seguintes dizeres: “É PERMITIDO O USO DESTE ELVEADOR PARA TRANSPORTE DE MATERIAL, DESDE QUE NÃO REALIZADO SIMULTÂNEO COM O TRANSPORTE DE PESSOAS”.

x x X

Nota

Itens conformes e não conformes 9 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 9 0 0

Nota Final 10,00

4.10 Elevadores de Cremalheira

Para a avaliação do verdadeiro tipo de elevador existente na obra A utilizou-

se a Tabela 24.

Tabela 24: Verificação de elevadores cremalheira

L ELEVADORES DE CREMALHEIRA

L.1 PLATAFORMA DO ELEVADOR DE

CREMALHEIRA S N NSA S N NSA S N NSA

L.1.1 A plataforma tem cabos de alimentação de

dupla isolação x x X

L.1.2 A plataforma tem plugs/tomadas blindadas x x X

L.1.3 A plataforma tem aterramento elétrico e

dispositivo diferencial residual x x X

L.1.4 A plataforma tem limites elétricos de

percurso superior e inferior x x X

60

L.1.5 A plataforma tem motofreio e freio

automático de segurança x x X

L.1.6 A plataforma tem botoeira de comando de

operação com atuação por pressão contínua x x X

Nota

Itens conformes e não conformes 6 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 6 0 0

Nota Final 10,00

Todos os cinco (5) últimos itens tiveram notas máximas, ou seja, o elevador

cremalheira é bem cuidado e não apresenta nenhum risco para a integridade física

do colaborador. Isto se deve pelo fato de que o uso desse tipo de equipamento é

recente na região e, existe um acompanhamento com vistorias e verificações da

empresa terceirizada responsável pela instalação e manutenção do elevador,

juntamente com os técnicos responsáveis pela segurança e saúde do trabalho na

empresa. Por isso, apresenta todas suas partes perfeitamente instaladas e em ótima

conservação.

4.11 Serviços em telhados e Cobertura

Para avaliar-se os serviços executados em telhados e coberturas usou-se a

Tabela 25.

Tabela 25: Verificação dos serviços em telhado e coberturas

M SERVIÇOS EM TELHADO E COBERTURA

S N NSA S N NSA S N NSA

M.1

Nos serviços em telhados, o cabo guia ou cabo de segurança para fixação de mecanismo de ligação de talabarte acoplado ao cinto de segurança tipo paraquedista, para movimentação segura do trabalhador

x x x

M.2

As extremidades dos cabos-guias estão fixados na estrutura definitiva, por meio de espera de ancoragem, suporte ou grampos de fixação de aço inoxidável ou outro material de resistência e durabilidade equivalentes

x x x

M.3 Existe sinalização de advertência e

isolamento da área capaz de evitar acidentes x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 1 0 3

Total (descontado os NSA) 0 1 3

Nota Final 0 0

61

Como observa-se na Figura 32 existe uma pequena platibanda no entorno do

telhado, porém, isto não é o suficiente. Pois, ainda existe a possibilidade dos

trabalhadores caírem por cima da platibanda quando estiverem executando serviços

na beirada do telhado.

Outra constatação foi a falta de placas sinalizadoras que advertissem o

isolamento da área sujeita a acidentes, nas obras B e C conforme a Figura 32 e

Figura 33.

Figura 32: Serviços em telhado sem proteção (obra C)

Figura 33: Periferia da cobertura sem advertência de área de risco (obra B)

Neste caso recomenda-se a instalação de linhas de vida nas extremidades do

telhado, o uso de cintos paraquedistas e a colocação de sinalização, advertindo os

riscos de acidente. Medidas estas que deixariam os trabalhos neste local mais

seguros.

4.12 Instalações Elétricas

As instalações elétricas foram verificadas com a ajuda da Tabela 26.

Tabela 26: Verificação das instalações elétricas

N INSTALAÇÕES ELÉTRICAS S N NSA S N NSA S N NSA

N.1

Não existem circuitos e equipamentos elétricos com partes vivas expostas, tais como fios desencapados

x x x

N.2

Os disjuntores dos quadros gerais de distribuição têm seus circuitos identificados e trancados

x

x

x

N.3

Os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos (quadros de distribuição nos pavimentos) possuem disjuntores ou chaves magnéticas independentes, que possam ser acionadas com facilidade e segurança

X x x

62

N.4

Os fios condutores estão em locais livres de umidade, impacto mecânicos e longe de agentes corrosivos

x x x

N.5 Os fios condutores estão em locais livres

do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação

x x x

N.6

As chaves blindadas estão convenientemente protegidas de intempéries e instaladas em posição que impeça o fechamento acidental do circuito

x x x

N.7

As instalações elétricas provisórias do canteiro tem chave individual para cada circuito de derivação e disjuntores, para os equipamentos

X x x

N.8

Todos os ramais destinados a ligação de equipamentos elétricos, tem disjuntores ou chave magnéticas, independentes, com fácil acionamento e segurança

X x x

N.9

Os quadros gerais de distribuição são mantidos trancados e com seus circuitos devidamente identificados

X x

x

N.10

Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por conjunto plugue e tomada

x x x

N.11

Caso necessário, as redes de alta tensão estão isoladas de modo a evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores

x x x

N.12

A execução e manutenção das instalações elétricas são feitas por trabalhador qualificado?

x x x

N.13

Os serviços em circuito elétrico ligado apresentam medidas de proteção, uso de ferramentas apropriadas e EPI's

x x x

N.14

As estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos são eletricamente aterrados

X x x

Nota

Itens conformes e não conformes 9 5 9 5 7 7

Total (descontado os NSA) 14 14 14

Nota Final 6,43 6,43 5

Os problemas apresentados nas obras referentes às instalações elétricas se

devem pelo fato delas não terem identificação de ramal e de voltagem, também por

não possuírem disjuntores em cada quadro de distribuição destinado aos

equipamentos e por não estarem trancada, casos das Figura 35 e 36.

Outros problemas encontrados em apenas uma ou duas obras, como no caso

das obras B e C, foi os fios e tomadas jogados no chão e no local aonde circulavam

pessoas Figura 34. Na obra A, a mesa da serra de corte de madeira não estava

aterrada.

63

Figura 34: Fiação jogada em meio ao local de circulação de colaboradores (obra B)

Figura 35: Detalhe da falta de identificação dos ramais

Figura 36: Detalhe dos ramais de instalação sem disjuntores.

Para solucionar estes problemas, se faz necessário a criação de novas caixas

para as tomadas, com identificações devidas, fechadas e com disjuntores. Também

se faz necessária a instrução aos colaboradores, para que mantenham o canteiro

organizado e principalmente não deixem os fios e tomadas em locais expostos á

umidade e onde exista um fluxo de pessoas.

4.13 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas diversas

Para avaliar o uso correto das maquinas, equipamentos e ferramentas

diversas utilizou-se a Tabela 27

Tabela 27: Verificação das maquinas, equipamentos e ferramentas diversas

O MÁQUINAS, EQUIP. E FERRAMENTAS DIVERSAS

S N NSA S N NSA S N NSA

O.1

Todas as partes móveis dos motores, transmissões e partes perigosas das maquinas estão protegidas do alcance dos trabalhadores

x x x

O.2 Todas as ferramentas elétricas manuais

possuem duplo isolamento x x x

O.3

Todas as máquinas e equipamentos podem ser acionadas ou desligadas pelo operador na sua posição de trabalho, que não se localize em zona perigosa, não sendo possível de forma involuntária

x x x

O.4

Todas as máquinas e equipamentos podem ser acionadas ou desligadas com facilidade por outra pessoa em caso de emergência

x x x

O.5

Toda máquina possui dispositivo de bloqueio para impedir seu acionamento por pessoa não autorizada

x x x

O.6

Todas as máquinas, equipamentos e ferramentas são submetidas a inspeção e manutenção de acordo com a normas técnicas vigentes

x x x

64

O.7

Todas as máquinas e/ou equipamentos estão localizados em ambiente com iluminação natural e/ou artificial adequada para a atividade

x x x

O.8

As ferramentas são apropriadas para o uso que se destina e não estão danificadas, com defeitos e improvisadas

x x x

O.9

As ferramentas pneumáticas possuem dispositivo de partida instalada de modo a reduzir o seu acionamento acidental

x x X

Nota

Itens conformes e não conformes 7 1 6 2 7 1

Total (descontado os NSA) 8 8 8

Nota Final 8,75 7,5 8,75

O maquinário das obras no geral estava em boas condições, apenas não

possuíam dispositivos de bloqueio que impediam o acionamento por pessoas não

autorizadas, algumas partes móveis dos motores e serras estavam á mostra (Figura

37) e outros equipamentos estavam em ambientes com pouca iluminação, caso da

serra de circular de madeira (Figura 38).

Figura 37: Partes móveis do motor expostas

Figura 38: Máquina em ambiente fechado e com pouca sinalização

As soluções para estas situações são a iluminação do ambiente e a proteção

das máquinas ou implantação de placas com avisos dos perigos que alguém possa

estar correndo ao mexer no equipamento.

4.14 Equipamento de Proteção Individual

Os EPI’s foram avaliados com a Tabela 28.

65

Tabela 28: Verificação dos equipamentos de proteção individual

P EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) S N NSA S N NSA S N NSA

P.1 São fornecidos capacetes para os visitantes x x x

P.2 Todo trabalhador está usando botinas e

capacetes, independente da função x x x

P.3 Os trabalhadores estão usando uniforme

cedido pela empresa x x x

P.4

Trabalhadores em serviço a mais de 2,00m de altura estão usando cinto de segurança tipo pára-quedas com cabo fixado na construção

x x x

P.5

Os trabalhadores em serviços de eletricidade e em situações de limitação de movimento estão usando cinto de segurança tipo abdominal

x x X

Nota

Itens conformes e não conformes 3 0 3 1 3 1

Total (descontado os NSA) 3 4 4

Nota Final 10,00 7,5 7,5

Nas obras B e C os trabalhadores que executavam serviços a mais de 2

metros de altura, não faziam o uso do cinto de segurança tipo pára-quedas com

cabo fixado na construção. Os mesmos erros já foram discutidos no subgrupo dos

andaimes simplesmente apoiados do grupo de proteção contra quedas de altura.

A solução imediata seria, o fornecimento dos cintos aos trabalhadores e a

determinação da utilização dos equipamentos de proteção e posteriormente investir

em treinamentos sobre segurança do trabalho, incluindo programas de

conscientização, visando o desenvolvimento de atitudes preventivas nos

colaboradores sobre á segurança do trabalho.

4.15 Armazenamento e estocagem de Materiais

Para este item utilizou-se a Tabela 29.

Tabela 29: Verificação do armazenamento e estocagem dos materiais

Q ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAIS

S N NSA S N NSA S N NSA

Q.1 O cimento é estocado em pilhas de no

máximo 10 sacos, de forma a facilitar seu manuseio (a NR-18 não estabelece altura limite)

x x x

Q.2

Os tijolos ou blocos são estocados em pilhas de no máximo 1,80 m de altura (a NR-18 não estabelece altura limite)

x x x

66

Q.3

Os tubos de PVC estão armazenados em camadas, com espaçadores, separados de acordo com a bitola

x x X

Q.4 Os blocos ou tijolos estão estocados sobre

piso nivelado x

x x

Q.5 Os vergalhões estão armazenados de forma

a impedir o desmoronamento das pilhas e separados de acordo com suas bitolas

x

x x

Q.6

As madeiras retiradas de fôrmas e escoramentos estão empilhadas de forma a evitar seu desmoronamento e manter livre e desimpedida a circulação no local

x x x

Q.7

Os materiais tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou explosivos estão armazenados em locais isolados, sinalizados e com acesso permitido somente a pessoas autorizadas.

x x X

Nota

Itens conformes e não conformes 4 1 4 0 3 2

Total (descontado os NSA) 5 4 5

Nota Final 8,00 10 6

Na obra C as ferragens de vigas estão depositadas sobre pilhas no meio da

circulação de operadores e os tijolos estão depositados na rua, porém, essa rua é

uma subida íngreme e na Obra A as tintas estavam depositadas em locais não

sinalizados e com acesso de qualquer pessoa, estavam no vestiário.

A solução para estes pequenos problemas são simples, basta apenas

organizar melhor os locais para depósito, sempre evitando situações que possam

causar algum acidente e que representam risco á saúde do trabalhador.

4.16 Proteção contra incêndio

As medidas de proteção contra incêndio foram avaliadas com o auxilio da

Tabela 30.

Tabela 30: Verificação da proteção contra incêndio

R PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO S N NSA S N NSA S N NSA

R.1 O canteiro possui extintor de incêndio

próximo a serra elétrica x x x

R.2 O canteiro possui extintor de incêndio

próximo ao almoxarifado x x x

R.3

O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de materiais inflamáveis (marcar “Não se aplica” caso este esteja dentro do almoxarifado)

x x X

67

R.4

O canteiro possui extintor de incêndio próximo ao depósito de madeiras. Indicar outros locais onde há a presença de extintores. Especifique:_______________________________

x x x

R.5 Há um sistema de alarme x x x

R.6

Em locais confinados e serviços de pinturas, aplicação de laminados, pisos, papéis de parede com cola, manipulação de tintas, solventes e outras substancias combustíveis, inflamáveis ou explosivos, há advertência quanto ao perigo de incêndio

x x X

R.7 O canteiro possui equipes de operários

treinadas para o primeiro combate ao fogo x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 2 5 0 6 0 5

Total (descontado os NSA) 7 6 5

Nota Final 2,86 0 0

Dentre as três obras avaliadas, havia somente um extintor de incêndio dentro

do almoxarifado da obra A, aonde eram guardadas alguns matérias inflamáveis. Nos

demais locais e obras não foram encontrados extintores, nem placas de advertência

de perigo e também os operários não tinham treinamento para combate ao incêndio.

Como exemplo o depósito de madeiras da obra C (Figura 39).

Figura 39: Depósito de madeiras sem extintor (obra C)

Como sugestão para solucionar este problema é a instalação de mais

extintores, espalhados por toda a obra, nos almoxarifados, depósitos de madeiras,

entrada da obra, perto de caixas de distribuição de energia. Juntamente com os

extintores é importante a colocação de avisos de perigo nas áreas fechadas onde se

manipulem materiais inflamáveis.

68

4.17 Sinalização de Segurança

E por fim a Tabela 31 foi usada para a verificação das sinalizações de

segurança na obra.

Tabela 31: Verificação de sinalização e segurança

S SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA S N NSA S N NSA S N NSA

S.1

Há identificação dos locais de apoio (banheiros, escritório, almoxarifado, etc.) que compõem o canteiro

x x x

S.2 Há indicações das saídas da obra, por meio

de dizeres ou setas x x x

S.3

Nos locais pertinentes existem alertas contra o perigo de queda (poço do elevador, periferia da edificação, etc.)

x x x

S.4

Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste

x x X

S.5

Há alertas quanto á obrigatoriedade do uso dos EPI`s básicos (capacete e botina) dispostos em locais de fácil visualização ou de presença obrigatória dos operários (refeitórios, vestiários, alojamentos)

x x x

S.6

Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a carga máxima para transporte de carga

x x X

S.7

Há uma placa no interior do elevador de materiais indicando a proibição do transporte de pessoas

x x X

S.8 Há placa identificando acessos, circulação

de veículos e equipamentos na obra x x x

S.9

Há uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando acessos de canteiro de obras e frente de serviço ou movimentação e transportes verticais de materiais

x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 2 3 1 4 2 4

Total (descontado os NSA) 5 5 6

Nota Final 4,00 2 3,33333

As três obras não contam com indicações das saídas e não existem alertas

contra perigos de queda.

As obras A e B não possuem alerta quanto á obrigatoriedade do uso dos

EPI`s básicos (capacete e botina). (Figura 42).

69

Nas obras B e C inexistem placas que identifiquem acessos, circulação de

veículos e equipamentos na obra. (Figura 41).

Na obra C não é feito o uso de coletes ou tiras refletivas quando o trabalhador

esta a serviço em vias públicas, sinalizando acessos de canteiro de obras e frente

de serviço ou movimentação e transportes verticais de materiais. (Figura 40).

Figura 40: Colaboradores sem coletes refletivos em serviço na via publica (obra C)

Figura 41: Falta de sinalização na entrada das obras (obra B)

Figura 42: Exemplo de sinalização na entrada de obras (obra C)

A solução para todos os canteiros seria a sinalizações de segurança com

placas ou setas, indicando as saídas da obra, locais onde existem riscos de queda

(poço elevador, buracos na laje, periferia da edificação), nas entradas das obras A e

B fixar placas de EPI’s necessários.

E na obra C, identificar as áreas de circulação de veículos e equipamentos, e

providenciar e conscientizar quanto ao uso de coletes ou tiras reflexivas quando o

trabalhador estiver a serviço em vias públicas.

Além destes itens avaliados, em anexo seguem as tabelas de avaliação de

outros grupos e subgrupos, aqueles que não se aplicavam em nenhum momento

nas três obras verificadas neste trabalho, que são eles:

C.2 - Instalações móveis;

C.4 - Alojamento;

C.6 - Área de lazer

D – Demolição;

H.6 - Plataforma de proteção;

H.7 - Rede e segurança;

H.9 - Andaimes fachadeiros;

H.11 - Cadeira suspensa;

H.12 - Ancoragem;

K – Grua.

70

Após a análise de todos os resultados chega-se a uma média geral de cada

grupo avaliado nas três (3) obras. Estas notas serão demonstradas no gráfico da

Figura 43.

Figura 43: Gráfico da avaliação geral dos grupos.

Com a figura apresentada acima, observa-se que os grupos que representam

graves e eminentes riscos de acidentes, casos das proteções contra queda e altura,

3,33

6,7

8,54

0

7

3,33

5,25

10

NSA

6,43

8,75

10

8

2,86

4

10

6,7

6,33

7,5

6

0

3,1

NSA

0

6,43

7,5

7,5

10

0

2

10

6,7

6,49

5

6

2,5

6,3

NSA

0

5

8,75

7,5

6

0

3,33

Tapumes e Galeria

Ordem e Limpeza

Areas de Vivencia

Escavações e Fundação

Serra circular e central de carpintaria

Armações de Aço

Proteção contra Quedas de Altura

Elevadores

Serviços em telhados e Cobertura

Instalações Elétricas

Máquinas, Equipamentos e Ferramentas diversas

Equipamento de Proteção Individual

Armazenamento e estocagem de Materiais

Proteção contra incêndio

Sinalização de Segurança

Avaliação Geral dos Grupos

Obra A Obra B Obra C

71

serviços em telhados e proteção contra incêndio, apresentaram índices muito baixos

e muitas não conformidades com a NR-18 e merecem uma atenção maior na

resolução dos problemas.

Já em relação a doenças e saúdes do trabalho destaca-se e chama a

atenção as áreas de vivencia das obras B e C, principalmente a parte dos sanitários,

que apresentaram muito mais não conformidades em relação a obra A.

Fazendo uma média dos grupos avaliados em cada obra chega-se nos

resultados denominados nota geral de cada obra, ou seja, é a nota final que cada

obra recebe pelo seu desempenho na segurança e saúde do trabalhador, conforme

o gráfico da Figura 44.

Figura 44: Gráfico da nota geral de cada obra

Com estes gráficos observa-se que existe uma falta de padrão de segurança

nas obras da empresa CONAK. Esta falta de padrão está em geral, relacionada com

o planejamento da obra e execução individual do mestre de obra, do que á postura

Obra A Obra B Obra C

6,415,62

5,22

Nota geral de cada obra

72

geral da empresa. Notou-se também que certos itens eram conformes em uma obra

e não conforme na outra, por exemplo, enquanto uma obra preocupa-se mais com

as áreas de vivência, outra preocupa-se com a proteção contra quedas de altura.

Para mudar este quadro é necessário que se conheça sobre segurança e

saúde nas obras e haja uma conscientização da real importância que isto traz para o

colaborador e conseqüentemente para a empresa.

É de suma importância a padronização e cumprimento de todos os grupos de

serviços em obra. Recomenda-se também o comprometimento de todos os setores e

colaboradores envolvidos no serviço para deste modo garantir o cumprimento pleno

da norma.

73

5. CONCLUSÕES

A segurança e saúde do trabalho não é somente um processo de

transformação e mudança de ambientes, ela é um conjunto de medidas com o intuito

de minimizar os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, uma diretriz de

valorização e proteção quanto à integridade e capacidade de trabalho do

colaborador.

As tabelas de verificação foram adaptadas com a mescla das tabelas de

Costella, M. F; Junges, F. C; Pilz, S. E. (2014) e do site do Ministério do Trabalho,

seu desenvolvimento e aplicação saíram de acordo com o esperado, comprovando

sua validade em dispor dados reais e objetivos, bem como, o comportamento dos

canteiros de obra em relação ao cumprimento da NR-18, mostrando seus principais

problemas e onde deve-se agir com maior rigidez para mudar essa realidade.

Focando a segurança e saúde do trabalho nas três obras da empresa CONAK

construções e empreendimentos, na cidade de São Miguel do Oeste – SC, foi

possível verificar que dos itens avaliados as notas gerais de cada obra são de 5,22,

5,62 e 6,41, o que equivale a dizer que a empresa desobedece em média 42,33%

dos itens da NR-18. Conclui-se, portanto, que as obras apresentam diversos pontos

que comprometem a saúde e a segurança do trabalhador.

Percebe-se, com o trabalho desenvolvido que se deve atentar para o

desenvolvimento de projetos e medidas que resultem em ambientes de trabalho

mais padronizados e controlados, com planejamentos desde o inicio do

empreendimento até a sua entrega. Assim como a quantificação dos custos de um

possível acidente de trabalho onde os gastos geralmente são maiores, do que os

envolvendo fiscalizações e implantações de medidas preventivas de segurança.

74

6. REFÊRENCIAS

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79

7. Anexos

A seguir nos anexos estão as tabelas das quais não se aplicavam em

nenhuma fase das obras verificadas, mas, que podem ser usadas em outras

verificações.

Tabela para verificação de instalações móveis.

C.2 INSTALAÇÕES MÓVEIS S N NSA S N NSA S N NSA

C.2.1

As instalações móveis possuem ventilação natural de, no mínimo, 15% da área do piso composta por, no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz ventilação interna

x x X

C.2.2

Os alojamentos móveis que contém camas duplas (beliche), a altura livre entre uma cama e outra é, no mínimo, de 0,90m

x x X

C.2.3

Possuem pé direito de no mínimo 2,40m e os requisitos mínimos de conforto e higiene conforme NR-18

x x X

Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 0 0 0

Nota Final

Tabela para verificação de alojamentos.

C.4 ALOJAMENTO S N NSA S N NSA S N NSA

C.4.1 Tem parede em alvenaria, madeira ou material equivalente, e tem piso de concreto cimentado, madeira ou outro material lavável

x x X

C.4.2

Tem área de ventilação correspondente a 1/8 da área do piso (NR-24)

x x X

Área do piso: Área de ventilação: x x X

C.4.3 Tem iluminação natural e/ou artificial x x X

C.4.4

Está situado em local que não seja subsolo nem porão e em bom estado de conservação, higiene e limpeza

x x X

C.4.5

Possui armários duplos individuais com prateleiras para separar roupas de uso comum de roupas de trabalho

x x X

C.4.6

Há no alojamento fornecimento de água potável por meio de bebedouro ou outro dispositivo que cumpra a mesma função

x x X

C.4.7 Tem área mínima de 3,00m² por módulo/armário, incluindo a área de circulação

x x X

C.4.8 Ter pé-direito de 2,50m para cama simples e 3,00m para cama dupla

x x X

80

C.4.9 Caso existam beliches, as camas superiores têm proteção lateral e escada

x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 0 0 0

Nota Final

Tabela para verificação das áreas de lazer.

C.6 ÁREA DE LAZER S N NSA S N NSA S N NSA

C.6.1

É aproveitada alguma instalação provisória da obra como local para área de lazer. Descreva: ____________________

x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA)

Nota Final

Tabela para verificação de demolições.

D DEMOLIÇÃO S N NSA S N NSA S N NSA

D.1 Quando há demolição de uma edificação de mais de um pavimento, as escadas estão desimpedidas e livres para a circulação de emergência

x x x

D.2

Na remoção de entulhos, por gravidade, existe calha fechada de material resistente, com inclinação máxima de 45º fixada junta a edificação em todos os pavimentos

x x x

D.3 No ponto de descarga da calha, existe dispositivo de fechamento

x x x

D.4

Existe plataformas de retenção de entulhos, com dimensão mínima de 2,50m e inclinação de 45º em todo o perímetro da obra, instalado, no máximo, a 2 pavimentos abaixo do pavimento que será demolido

x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 0 0 0

Nota Final

Tabela para verificação de plataformas de proteção.

H.6

PLATAFORMA DE PROTEÇÃO: Assinale a situação atual da obra:

S N NSA S N NSA S N NSA

1. ( x ) A altura do prédio não exige bandejas (4 pavtos ou menos). Neste caso assinale “não se aplica” para todos os itens

2 1 1 2. ( ) A fase atual não exige mais o uso de bandejas (alvenarias e revestimentos acima da plataforma principal já executados). Neste caso assinale “não se aplica” para todos os itens

81

3. ( ) Só a plataforma principal é necessária na fase atual da obra (todas alvenarias acima da mesma já foram executadas, mas o revestimento ainda está por ser concluído). Neste caso assinale “não se aplica” para os itens marcados (*H.6.3 a H.6.7)

4. ( ) A plataforma principal e as secundárias, e/ou as terciárias são necessárias na fase atual da obra (alvenarias acima das plataformas secundárias e/ou terciárias ainda não foram completamente executadas)

H.6.1

A plataforma principal de proteção está na primeira laje situada a no mínimo um pé-direito acima do nível do terreno. Se estiver em outra indique: ____________

x x x

H.6.2

A plataforma principal tem largura de 2,50m de projeção horizontal e complemento de 0,80m (inclinado à 45°)

x x x

H.6.3 (*) Existem plataformas secundárias de proteção a cada 3 lajes, a partir da plataforma principal

x x x

H.6.4 (*) As plataformas secundárias têm largura de 1,40m de projeção horizontal e complemento de 0,80m (inclinado à 45°)

x x x

H.6.5

(*) Caso o edifício possua subsolos, existem plataformas terciárias de proteção, de duas em duas lajes, contadas em direção ao subsolo a partir da plataforma principal

x x x

H.6.6

(*) As plataformas terciárias têm largura de 2,20 m de projeção horizontal e complemento de 0,80m (inclinado à 45°)

x x x

H.6.7

As plataformas contornam todo o perímetro da edificação e estão em bom estado de conservação

x x x

H.6.8

Durante a concretagem da laje do pavimento foram previstos meios para fixação ou apoio das plataformas de proteção como furos na viga, espera na laje ou solução equivalente

x x x

H.6.9 Existe fechamento com tela entre as extremidades das plataformas de proteção

x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 0 0 0

Nota Final

Tabela para verificação de redes de segurança.

H.7 REDE DE SEGURANÇA S N NSA S N NSA S N NSA

H.7.1

Existe rede de segurança – Sistema Limitador de Quedas de Altura - instalado como medida alternativa ao uso das plataformas secundárias

x x x

H.7.2 O sistema tem no mínimo 2,50m de projeção horizontal a partir da faze externa da construção

x x x

82

H.7.3 A altura máxima do sistema tem no máximo 6,0m de altura

x x x

H.7.4 A extremidade superior do sistema tem 1,0m sobreposto a superfície de trabalho

x x x

H.7.5 A rede tem sua malha uniforme em toda a sua extensão e cor escura

x x x

H.7.6 Os pontos de ancoragem da rede e a face do edifício têm no máximo 0,10m

x x x

H.7.7 A ancoragem da rede com a estrutura da edificação é feita a cada 0,50m

x x x

H.7.8 A distância entre os elementos de sustentação do tipo forca é de 5m

x x x

H.7.9

O sistema tem projeto especifico (montagem, desmontagem, deslocamento, etc.) e documento escrito com suas especificações técnicas

x x x

Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 0 0 0

Nota Final

Tabela para verificação de andaimes fachadeiros.

H.9 ANDAIMES FACHADEIROS S N NSA S N NSA S N NSA

H.9.1

Os andaimes fachadeiros dispõem de proteção com tela de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalente desde a primeira até 2,00 acima da última plataforma de trabalho

x x x

H.9.2 Os montantes do andaime têm seus encaixes travados com parafusos, contrapinos, braçadeiras ou dispositivo que cumpra a mesma função

x x x

H.9.3

Os painéis destinados a suportar os pisos e/ou funcionar como travamento, são contrapinados ou travados com parafusos, braçadeiras ou dispositivo que cumpra a mesma função

x x x

H.9.4 As peças de contraventamento são fixadas nos montantes por meio de parafusos, braçadeiras ou por dispositivo que cumpra a mesma função

x x x

H.9.5

O acesso vertical entre as plataformas de trabalho ao andaime é feito por meio de escadas ou torres de acesso

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Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 0 0 0

Nota Final

83

Tabela para verificação de instalações móveis.

H.11 CADEIRA SUSPENSA S N NSA S N NSA S N NSA

H.11.1

A cadeira suspensa tem dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança e sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto

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H.11.2 A cadeira segue os requisitos mínimos de conforto previstos na NR 17

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H.11.3 A cadeira apresenta de forma legível a razão social e o CNPJ da empresa fabricante

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H.11.4 O sistema de fixação da cadeira suspensa é independente do cabo-guia do trava-quedas.

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Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 0 0 0

Nota Final

Tabela para verificação de ancoragem.

H.12

ANCORAGEM (obrigatório previsão de instalação dispositivos destinados a ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual, para edificações com no mínimo 4 pavtos ou altura de 12m, a partir do nível térreo)

S N NSA S N NSA S N NSA

H.12.1 Os pontos de ancoragem estão dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação

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H.12.2

Os pontos são constituídos de material resistente à intempéries (aço inoxidável ou material equivalente)

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Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 0 0 0

Nota Final

Tabela para verificação da grua.

K GRUA S N NSA S N NSA S N NSA

K.1

A ponta da lança e o cabo de aço de sustentação estão afastados no mínimo 3,0m de qualquer obstáculo e ter afastamento da rede elétrica

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K.2

Há na obra o Termo de Entrega Técnica da Grua prevendo a verificação operacional e de segurança, teste de cargas conforme os especificado

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K.3

Existe cabine acoplada junto à parte giratória da grua de forma a ser operada com segurança (exceto gruas automontantes ou de projetos específicos)

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K.4

A grua possui dispositivo sonoro automático que sinaliza quando há ocorrência de ventos superiores a 42km/h

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84

K.5

A grua possui aterramento e pára-raios, situados a 2,0m acima da ponta mais elevada da torre (conforme NBR 5410 e 5419)

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K.6 A grua possui limitador de momento e carga máxima para bloqueio do dispositivo de elevação

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K.7 A grua possui limitador de fim de curso para o carro nas duas extremidades da lancha

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K.8 A grua possui alarme sonoro acionado ou não pelo operador em situações de risco e alerta

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K.9 A grua possui luz de obstáculo e trava de segurança no gancho do moitão

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K.10

Junto a torre, a lança e a contra lança da grua existe cabo guia para fixação do cabo de segurança do cinto tipo paraquedista

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K.11 A cabine da grua possui proteção contra raios solareas

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K.12 Nas transposição de superfícies da grua, existe guarda corpo, corrimão e rodapés

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K.13 As áreas de carga/descarga são delimitadas (guarda-corpo, pintura, cavalete, etc)

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K.14

A grua possui sinal sonoro que é acionado pelo operador sempre que houver movimentação de carga

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Nota

Itens conformes e não conformes 0 0 0 0 0 0

Total (descontado os NSA) 0 0 0

Nota Final