JDL59-Dez2012

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JORNAL MENSAL DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected] ANTÓNIO CARLOS MONTEIRO ANTÓNIO PRÔA RUI PAULO FIGUEIREDO PÁGS.06/O7 A NOSSA BANCADA DE OPINIÃO PÁGS. 10/11 Nº59 - DEZEMBRO12 - ANO V Luís Newton Parreira, ex-vogal da Junta da Lapa, foi “nomeado” “gestor técnico” para trabalhar naquela autarquia. O dirigente do PSD de Lisboa recebeu €4.800,00 sem emitir recibos. DESTAQUE | PÁG. 04/05 > ANO DE 2013 | PÁG.06 > LUÍS NEWTON PARREIRA, ACTUAL ASSESSOR DE SANTANA LOPES Câmara de Lisboa baixa impostos Todos os partidos votaram favoravelmente a descida de impostos para os lisboetas. IRS, IMI e Derrama vão baixar em 2013. > SÃO JOÃO DE DEUS | PÁG.09 Política social debatida na FIL As questões relacionadas com as políticas sociais vão dominar os trabalhos do Fórum da Rede Social de Lisboa que decorre na FIL, no âmbito das iniciativas “Portugal Maior” e “Natalis”. > ACÇÃO SOCIAL | PÁG.07 São Nicolau “dá” apoio médico A Freguesia de São Nicolau vai proporcionar a todos os residentes acesso a cuidados médicos ao domicílio gratuitamente. As Novas Freguesias de Lisboa Até Setembro do próximo ano o Jornal de Lisboa vai dar a conhecer a “alma” das novas autarquias, com informação histórica, evolução de resultados eleitorais e tendência política. Nesta edição, Arroios e Avenidas Novas. ESPECIAL NOVAS FREGUESIAS | PÁGS.02/03 TESOUREIRO DO PSD/LISBOA RECEBEU €4.800,00 SEM RECIBOS

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Transcript of JDL59-Dez2012

JORNAL MENSAL DE DISTRIBUIÇÃO [email protected]

ANTÓNIO CARLOS MONTEIROANTÓNIO PRÔARUI PAULO FIGUEIREDO PÁGS.06/O7

A NOSSABANCADA DE OPINIÃO

PÁGS. 10/11

Nº59 - DEZEMBRO12 - ANO V

Luís Newton Parreira, ex-vogal da Junta da Lapa,

foi “nomeado” “gestor técnico” para trabalhar

naquela autarquia. O dirigente do PSD de Lisboa

recebeu €4.800,00 sem emitir recibos.

DESTAQUE | PÁG. 04/05

> ANO DE 2013 | PÁG.06

> LUíS NEwTON PARREIRA, ACTUAL ASSESSOR DE SANTANA LOPES

Câmara de Lisboabaixa impostosTodos os partidos votaram favoravelmente a descida de impostos para os lisboetas. IRS, IMI e Derrama vão baixar em 2013.

> SÃO JOÃO DE DEUS | PÁG.09

Política socialdebatida na FILAs questões relacionadas com as políticas sociais vão dominar os trabalhos do Fórum da Rede Social de Lisboa que decorre na FIL, no âmbito das iniciativas “Portugal Maior” e “Natalis”.

> ACçÃO SOCIAL | PÁG.07

São Nicolau “dá”apoio médico A Freguesia de São Nicolau vai proporcionar a todos os residentes acesso a cuidados médicos ao domicílio gratuitamente.

As Novas Freguesias de LisboaAté Setembro do próximo ano o Jornal de Lisboa vai dar a conhecer a “alma” das novas autarquias, com informação histórica, evolução de resultados eleitorais e tendência política. Nesta edição, Arroios e Avenidas Novas. ESPECIAL NOVAS FREGUESIAS | PÁGS.02/03

TeSoureIrodo PSd/LISboA

reCebeu €4.800,00Sem reCIboS

Projecção de voto para a Assembleia da repúblicaAnálise EvolutivaFonte: Barómetro Político MarktestFicha técnica:http://www.marktest.com/wap/a/p/s~5/id~e9.aspx

1976 1979 1982 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009

PS (+PCP e outros) 37,61 23,53 28,46 20,71 45,88 50,79 49,62 37,96 26,96 33,63PSD (AD) 16,03 53,11 38,32 46,6 47,06 35,89 44,88 42,11 39,58 39,76CDS (+PSD) 21,27 23,63 17,16 9,63 9,85 6,89PCP(FEPU; APU) 15,81 21,41 21,49 23,13 15,84 10,53BE 6,15 8,57 7,27

FregueSIA de ArroIoS

NoVA FregueSIA Freguesias antigasEleições Autárquicas 2009 Resultados para Assembleias de Freguesia

Somatório dos resultadosde 2009 de PS e de PCP Diferença de votos em 2009

entre PSD+CDS e PS+PCPPopulação

(Censos 2011)Eleitores 2011

PS PSD + CDS % média PCP Nº de votos % média

Arroios Anjos, São Jorge de Arroios, Pena 5461 6833 39,77 1715 7176 44,17 Saldo Esquerda: 343 32 249 31 002

População residente

0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 ou mais anos

Total H m Hm H m Hm H m Hm H m Hm H m

32249 14957 17292 3449 1757 1692 2939 1518 1421 17640 8720 8920 8221 2962 5259

Nível de Instrução

Nenhum básico

Secundário Pós-secundário Superior 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo

Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H

4580 1995 5858 2392 2690 1370 4371 2186 5145 2678 792 439 8813 3897

Total 16036C/ 1 pessoa C/ 2 pessoas C/ 3pessoas C/ 4 pessoas C/ 5 ou + pessoas

7205 4822 2224 1252 533Total 3319

Antes de 1919 de 1919 a 1945 de 1946 a 1970 de 1971 a 1990 de 1991 a 2011

705 1108 983 349 174

Famílias clássicas residentes segundo a dimensão

Alojamentos

Análise de resultado eleitoral 2009

edifícios

TotalCom água canalizada

Sem água canalizada

Com sistema de drenagem de águas

residuais

Sem sistema de drenagem de

águas residuais

Com instalaçãode duce

Sem instalaçãode duche

Com estacionamento

Semestacionamento

Proprietário ou co-proprietário

Arrendamento ou subarrendamento

14605 14592 13 14597 8 14453 152 1531 13062 6172 7504

Coisas do corpo e da AlmaA nova autarquia de Arroios junta os assuntos do corpo e da Alma,

com origem na Pena, São Jorge de Arroios e nos Anjos.

As originais Freguesias dos Anjos e da Pena, que datam da década de 60 do século XVI, são as mais antigas daa três que agora constituem a nova autarquia de Arroios. Na sua origem, estas autarquias tiveram em comum a componente geográfica caracterizada pelos dois vales de solos férteis e abundantes de água, divididos por um esporão que é a colina de Santana, que adquire, assim, uma dimensão paisagística, de miradouro sobre a cidade, constituindo, no conjunto factor impor-

tante de fixação da população. Nascidas fora das muralhas, a Pena e os Anjos desen-volveram-se sobretudo em função dos eixos viários de ligação da cidade com os seus limites, designadamente a antiga Corredoura, actual R. das Portas de Santo Antão, a Estrada de Arroios, até ao Arco do Cego, a Estrada de Picoas até ao Campo Grande,

a Carreira dos Cavalos - actual R. Gomes Freire –, e a Estrada de Circunvalação, que é a actual Av. Duque de Ávila. No desenvolvimento urbano desta zona pesa a ligação à assistência e à saúde, destacando-se instituições como a Casa de S. Lázaro, 1220, depois Hospital de S. Lázaro, actual Maternidade Magalhães Coutinho, o Colégio de Santo Antão-o-Novo, de 1575 – o hoje conhecido Hospital de S. José –, o Convento de S. Vicente de Paula ou de Rilhafoles - Hospital Miguel Bombarda –, ou o edifício da Escola Médico-Cirúrgica, hoje a Faculdade de Ciências Médicas. Por seu lado, a fre-guesia de São Jorge foi deslocada para a zona de Arroios na remodelação adminis-trativa de 1780, ocupando o território que pertencia a Santo André e aos Santos Reis Magos do Campo Grande. A sua história remonta ao séc. XII, mais concretamente a 1168. A referência mais antiga ao sítio de Arroios, que se conhece, remonta a Junho de 1218 e diz respeito a uma doação de uma vinha, por D. Afonso II. Os terrenos de alagadiço, marcados pela ribeira de Arroios, ou regueirão dos Anjos, os solos férteis de hortas, prados, olivais e vinha, constituíram, sem dúvida, elementos comuns às freguesias dos Anjos e de S. Jorge de Arroios, que as distinguem da Pena.

Área: 210 hectares

residentes: 32.249 (Censos 2011)

eleitores: 31.002 (Legislativas 2011)

Anjos

João Grave

S. J. de Arroios

João Taveira

Pena

Joaquim

Lopes Ramos

Font

e: C

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Som

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Arroios

PS (+PCP e outros)PSD (AD)CDS (+PSD)PCP(FEPU; APU)BE

0

10

20

30

40

50

60

2009200520011997199319891985198219791976Valo

res

perc

entu

ais

(%)

0 2

DEZEMBRO12

Índice de expectativaAnálise EvolutivaFonte: Barómetro Político MarktestFicha técnica:http://www.marktest.com/wap/a/p/s~5/id~e9.aspx

1976 1979 1982 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009

PS (+PCP e outros) 28,35 17,2 20,85 15,65 36,8 43,11 40,99 27,94 21,16 30,67PSD (AD) 15,85 64,18 44,92 52,86 58,64 34,32 54,04 46,07 47,5 54,05CDS (+PSD) 36,66 28,11 22,54 19,09 15,21 12,58PCP(FEPU; APU) 14,32 17,03 16,44 17,25 7,58 6,38BE 5,2 7,5 5,59

FregueSIA AVeNIdAS NoVAS

NoVA FregueSIA Freguesias antigasEleições Autárquicas 2009 Resultados para Assembleias de Freguesia

Somatório dos resultadosde 2009 de PS e de PCP Diferença de votos em 2009

entre PSD+CDS e PS+PCPPopulação

(Censos 2011)Eleitores 2011

PS PSD + CDS % média PCP Nº de votos % média

Avenidas Novas Nª. Srª. de Fátima, S. S. Pedreira 4097 6861 54,05 910 5007 37,05 Saldo Direita: 1854 21 625 22 151

População residente

0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 ou mais anos

Total H m Hm H m Hm H m Hm H m Hm H m

21625 9571 12054 2628 1302 1326 2232 1115 1117 11194 5165 6029 5571 1989 3582

Nível de Instrução

Nenhum básico

Secundário Pós-secundário Superior 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo

Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H Hm H

2589 1069 2789 1048 1445 683 2313 999 3114 1467 537 251 8838 4054

Total 9910C/ 1 pessoa C/ 2 pessoas C/ 3pessoas C/ 4 pessoas C/ 5 ou + pessoas

3889 3061 1472 954 534Total 3319

Antes de 1919 de 1919 a 1945 de 1946 a 1970 de 1971 a 1990 de 1991 a 2011

705 1108 983 349 174

Famílias clássicas residentes segundo a dimensão

Análise de resultado eleitoral 2009

Alojamentos

edifícios

TotalCom água canalizada

Sem água canalizada

Com sistema de drenagem de águas

residuais

Sem sistema de drenagem de

águas residuais

Com instalaçãode duce

Sem instalaçãode duche

Com estacionamento

Semestacionamento

Proprietário ou co-proprietário

Arrendamento ou subarrendamento

9610 9603 7 9604 6 9562 48 2272 7335 4724 3989

* Va

lore

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ulta

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de jardim nobre a bairro de serviçosA autarquia das Avenidas Novas tem raízes no espaço de

recreio da nobreza. No século XX, a terceirização iniciou a

desertificação da zona.

Oterritório e população das freguesias de São Sebastião da Pedreira e de Nossa Senhora de Fátima é contíguo, integrando uma suave encosta que desce do Largo de S. Sebastião da Pedreira até à vala do Rego. O seu carácter originalmente fundiário transformou-se progressivamen-te em espaço de recreio no seio da natureza, em grande parte operado pela transformação de terrenos de cultivo em jardins de aparato de ca-riz lúdico, no enquadramento dos palácios e casas nobres que neste lo-

cal se vieram a erguer nos séculos XVIII e XIX. Esta realidade levou a que, na década de 60 do séc. XX, fosse aí construído o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian,

segundo o projecto dos arquitectos paisagistas António Viana Barreto e Gonçalo Ribeiro Telles, que respeitaram a característica de espaço ajardinado, que influen-ciou toda a zona nas décadas seguintes. A partir da década de 70 até princípios dos anos 90, ficou esquecido o notável exemplo que o referido projecto paisagista havia legado, subvertendo-se a gestão do território aos interesses da especulação imobili-ária. Este desregramento mostrou-se na intensa descaracterização do seu edificado aliado quase exclusivamente ao processo da terciarização e descurando a neces-sária renovação do seu parque residencial. Esta política veio a alterar a paisagem urbana das duas freguesias, regendo-se por uma substituição pouco criteriosa do antigo edificado por construções de grande porte, o que agravou o desequilíbrio ambiental urbano. Contrariando este cenário, seria de novo pela mão do arquitecto paisagista Ribeiro Telles (1998-2002), lançada a defesa do Projecto “Corredor Verde de Monsanto”, sendo uma mais-valia para a sua qualificação ambiental, contando, com a criação do “jardim Amália Rodrigues” e com a inauguração do “Jardim Arco do Cego”, substituindo a estação central de transportes rodoviários da Carris.

Área: 292 hectares

residentes: 21.625 (Censos 2011)

eleitores: 22.151 (Legislativas 2011)

Nossa Senhora

de Fátima

Idalina Flora

S. S. Pedreira

Nelson

Antunes

Avenidas Novas

PS (+PCP e outros)PSD (AD)CDS (+PSD)PCP(FEPU; APU)BE

0

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2009200520011997199319891985198219791976Valo

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> LUíS NEwTON PARREIRA OMITE ESCLARECIMENTO DE FUGA AO FISCO

Tesoureiro do PSd/Lisboa recebia sem passar recibosLuís Newton Parreira, tesoureiro da comissão política concelhia do PSD de Lisboa, era vogal da Junta da Lapa e foi

“nomeado” “gestor técnico” pelo seu executivo e para a mesma autarquia. A ganhar €800/mês. Em 2004, o dirigente do

PSD/Lisboa recebeu os seus “vencimentos” sem passar recibos. Luís Newton recusou responder se fugiu ao fisco.

“OVogal Luís Newton por proposta do Secretário e com a aprovação de todos os presentes foi nomeado Gestor Téc-nico no complexo desportivo IDP, como representante da Junta, com um vencimento igual ao das funcionárias ad-ministrativas.”Esta é a expressão, a que foi entrelinhado o manuscrito “à excepção do vogal Luís Newton que se absteve”, da Acta

nº 56/2004, de 3 de Setembro, que atesta que, como o Jornal de Lisboa divulgou em exclusivo e em primeira-mão, Luís Newton Parreira “ganhava a dois carri-nhos” na Junta de Freguesia da Lapa: como vogal do executivo e como prestador de serviços “nomeado” “gestor técnico” para prestar serviço na Freguesia em que integrava o executivo da respectiva Junta. Ou seja, Luís Newton Parreira que, na qualidade de vogal da Junta da Lapa, até esteve presente na reunião do executivo da-quela mesma Junta, e até assinou a respec-tiva acta que determinava a “nomeação” do mesmo Luís Newton Parreira como “Gestor Técnico”, passou a ter “um vencimento igual aos das funcionárias administrativas”, além de manter o recebimento das senhas de pre-sença, enquanto vogal da mesma autarquia, como o Jornal de Lisboa já divulgara e de-monstram documentos depositados nos ar-quivos daquela autarquia e a que o Jornal de Lisboa teve acesso por decisão da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA). Assim, desde o dia 3 de Setembro de 2004 e – como o próprio afirma – até “Janeiro de 2007” (parecendo esquecer que também recebeu em Fevereiro de 2007), Luís Newton Parreira ganhou €800 por mês como gestor do complexo desportivo da Lapa e recebeu as senhas de presença nas reuniões do executivo da Junta da Lapa, que integrava, nos mandatos 2001-2005 e 2005-2009. Uma realidade que também ressalta da Acta nº1/2005, correspondendo ao inicio do mandato 2005-2009, que, a 9 de Novembro, refe-re o seguinte: “Ficou estabelecido que o vogal Luís Newton continue como Gestor do Complexo Desportivo (IDP), como legitimo representante da Junta, com ven-cimento igual ao das funcionárias administrativas, dando seguimento ao que já estava estipulado e aprovado na Acta 56/2004, de 03-09-2004, pelo anterior execu-tivo.”

Fuga ao fisco?O “vencimento” de Luís Newton, por contrapartida das suas funções de “gestor técnico” do complexo desportivo da Lapa nunca é especificado em nenhuma das Actas das reuniões do executivo da Junta daquela autarquia, apesar de ser “igual

ao das funcionárias administrativas”. Foi o próprio quem o revelou, numa carta que, como o mesmo admitiu publicamente, dirigiu a todos os militantes do PSD de Lisboa: €800 mensais. Confrontando esta afirmação de Newton Parreira com a do-cumentação existente nos arquivos da Freguesia da Lapa, o valor é, inicialmente, de €800 singelos por mês.Como consta da Acta nº56/2004, de 3 de Setembro, foi precisamente nessa data que Luís Parreira foi “nomeado” “gestor técnico” do Complexo Desportivo.De acordo com a Ordem de Pagamento nº 896 da Freguesia da Lapa, com a data 20/09/2004, a que o Jornal de Lisboa teve acesso, Luís Newton Parreira recebeu, a título de “honorários coordenador desporto” €800, montante “líquido a pagar”.O respectivo pagamento foi feito através do cheque nº 34095, sacado sobre a con-ta nº001000005478711000103, do BPI, com a data de 29 de setembro de 2004. No

mês seguinte, Outubro de 2004, a Freguesia da Lapa volta a pagar “líquido” a Luís Newton, por “honorários coordenador desporto”, mais €800, conforme Ordem de Pagamento nº1032, de 20/10/2004. Mais uma vez, o pagamento é feito através do BPI, sacado sobre a mes-ma conta, titulado pelo cheque nº34172 e com a data de 20/10/2004. Em Novembro do mesmo ano, o che-que nº88125, sobre a mesma conta do BPI, paga outros €800, no dia 18/11/2004, cumprindo a Ordem de Pa-gamento nº1174, do mesmo dia. No mês do Natal, De-zembro, no dia 17, Luís Newton Parreira recebe mais €800, por “honorários coordenador desporto”, cheque nº8821, sobre a conta nº001000005478711000103, do

BPI, e conforme a Ordem de Pagamento nº1297, do mesmo dia. Já no ano novo, Newton volta a receber €800, através do cheque nº90683 da mesma conta e do mesmo banco, com data de 19 de Janeiro, dando cumprimento à Ordem de Pagamento da Freguesia da Lapa nº47, a título de “honorários coordenador desporto”. Em Fe-

vereiro de 2005, o tesoureiro da comissão polí-tica concelhia do PSD de Lisboa volta a ganhar €800 de “honorários coordenador desporto” na Freguesia da Lapa, no dia 24, através do cheque nº13746, sacado sobre a mesma conta do BPI, con-

forme a Ordem de Pagamento nº267.E foi assim, todos os meses, até Fevereiro de 2007. Mês, curiosamente, imediata-mente anterior àquele em que Luís Newton Parreira, então já assessor de Gabriela Seabra na Câmara de Lisboa, assume o cargo de “adjunto do gabinete” do então vereador alfacinha Paulo Moreira. Porém, se de Março de 2005 até Fevereiro de 2007 a Junta de Freguesia da Lapa tem todos os documentos de quitação dos res-pectivos pagamentos feitos a Luís Newton, o mesmo não se pode em relação a todo o período em que o vogal também foi “gestor técnico”. De facto, e de acordo com informações prestadas pela Junta de Freguesia da Lapa, Luís Newton recebeu du-

Luís Parreira recebeu durante os meses de Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2004 e Janeiro e Fevereiro de 2005 sem emitir os respectivos recibos verdes. O que significa que o autarca “gestor técnico” recebeu €4.800 sem passar os devidos recibos

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> LUíS NEwTON PARREIRA OMITE ESCLARECIMENTO DE FUGA AO FISCO

Tesoureiro do PSd/Lisboa recebia sem passar recibos

DEZEMBRO12

rante os meses de Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2004 e Janeiro e Fevereiro de 2005 sem emitir os respectivos recibos verdes. O que significa que o autarca “gestor técnico” recebeu €4.800 sem passar os devidos recibos, que fiscal-mente constituem base auto-declarativa de cálculo para apuramento do imposto.E, assim sendo, as perguntas que se impõem são: Luís Newton Parreira declarou ao fisco, para efeitos de apuramento do imposto, em 2005, os rendimentos relativos a Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2004? Luís Newton Parreira de-clarou ao fisco, para efeitos de apuramento do imposto, em 2006, os rendimentos relativos a Janeiro e Fevereiro de 2005? Luís Newton Parreira fugiu ao fisco? O Jor-nal de Lisboa colocou estas mesmas questões a Luís Newton Parreira, via correio electrónico. Porém, não logrou obter qualquer resposta, nem a estas nem a nenhu-ma questão, até ao fecho da presente edição.

dúvidasA situação de acumulação de funções e de vencimentos/ordenados/recebimentos pa-rece não ter deixado ninguém confortável.Talvez por isso mesmo, quer o exe-cutivo eleito para o mandato 2001-2005 como o seguinte, tenham querido, ao que parece, esclarecer eventuais dúvidas quanto à legali-dade da “nomeação” de Luís Newton “gestor técnico”. De tal forma que foram pedidos dois pareceres à sociedade de ad-vogados Cordeiro Reis, Ramalho & Associados. Num primeiro parecer, datado de 17 de Maio de 2005, aqueles juristas afirmam que “nenhuma irregularidade parece emergir” do “facto de um vogal da junta de Freguesia da Lapa ser, simultaneamen-te, gestor do protocolo celebrado por aquela [autarquia] e os Instituto de Desporto de Portugal”.Já no decurso do mandato de 2005-2009, e curiosamente com a mesmíssima data da primeira reunião do novo executivo que manteve Luís Newton como “gestor técnico” do equipamento em causa, a mesma sociedade de advogados produz mais um parecer. Nesse documento, cujo conteúdo parece, em muito, decalcado do an-terior, os juristas concluem que “não se vislumbra qualquer inconveniente legal na atribuição de um valor mensal ao vogal de uma junta de freguesia que efectue a gestão de um protocolo, ainda que se entenda que tais funções sejam conexas com as que desempenha na junta, uma vez que não estão intrinsecamente compreen-didas nas competências substantivas de vogal.” Porém, a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) tem uma opinião diametralmente oposta. O Jornal de Lisboa colocou à ANAFRE a seguinte questão: “Um eleito local, que integre um executivo de Junta de Freguesia, pode, a qualquer título que seja, prestar qualquer activida-de remunerada à mesma Junta de Freguesia, sem prejuízo de manter o exercício das suas atribuições/competências enquanto membro do executivo da mesma au-tarquia?” Liminarmente, a ANAFRE respondeu: “Sem que queiramos escamotear qualquer informação, respondendo sinteticamente à sua questão, parece-nos que a resposta é «não»”.

CV: assessorLuís Newton Parreira é um destacado militante do PSD de Lisboa, exercendo ac-tualmente o cargo de tesoureiro da comissão política concelhia da estrutura la-

ranja de Lisboa, que se destacou por percorrer os corredores de diversos gabinetes, sobretudo ligados ao poder local. Depois da sua “coroa de glória” como assessor “colaborador/especialista” do ex-secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, e de se manter autarca na Freguesia da Lapa desde 2001, Newton Parreira conheceu muitos gabinetes. Já em 2001 Luís Newton acumulava cargos de asses-soria na Câmara Municipal de Lisboa com o exercício de funções autárquicas no executivo da Junta da Lapa. E com aquela acumulação, Luís Newton ainda acumu-lava a nomeação como “gestor técnico” do Complexo Desportivo da Lapa, a ganhar €800 por mês. No mandato autárquico de 2005, cuja lista do PSD para a Câmara de Lisboa foi encabeçada por António Carmona Rodrigues, Luís Newton volta à “pro-

fissão” de assessor municipal.De acordo com as nossas fontes, num primeiro momento, Luís Newton “esteve no gabinete de Gabriela Se-abra”, vereadora do Urbanismo e de extrema confiança de Carmona Rodrigues e de Fontão de Carvalho, então vice-presidente e vereador das

Finanças. Mais uma vez, Luís Newton foi nas eleições autár-quicas de 2005 eleito para a Freguesia da Lapa, tendo, ou-tra vez, assumido funções no executivo daquela autarquia. Ou seja, Luís Newton volta, no mandato de 2005, a repetir a acumulação de cargos, funções

e remunerações na Câmara Municipal de Lisboa e na Freguesia da Lapa. Onde, no executivo, renova o pelouro com a responsabilidade de gerir o Complexo Desporti-vo da Lapa. E, mais uma vez, renova a “nomeação” como “gestro técnico” para gerir o Complexo Desportivo da Lapa.O agitado mandato de Carmona Rodrigues na Câmara de Lisboa, levou a suspen-sões de mandatos de vereadores, nomeadamente de Gabriela Seara e de Carlos Fontão de Carvalho.Para aqueles cargos, “subiram” os membros da lista do PSD imediatamente se-guinte. E um deles foi Paulo Moreira. Nessa altura, Luís Newton é nomeado “adjun-to do gabinete” de Paulo Moreira. Ou seja, Newton é agora chefe de gabinete de um vereador de Lisboa. Este cargo foi exercido até ao início de Maio de 2007, data em que caiu a Câmara de Lisboa, sendo convocadas eleições intercalares.No acto eleitoral, o PS, com António Costa a liderar a lista, ganha a Câmara de Lis-boa ao PSD. O então independente Carmona Rodrigues ficou em segundo lugar e os social-democratas elegeram três vereadores: Fernando Negrão, José Salter Cid e Margarida Saavedra, sendo a terceira força política mais votada.Luís Newton integrou o gabinete dos vereadores do PSD como assessor até às elei-ções autárquicas de 2009. Depois das eleições daquele ano, Luís Parreira manteve a sua “profissão”, conseguindo ser nomeado assessor do grupo municipal do PSD. Funções que, a certa altura, acumulou com responsabilidades administrativas no grupo municipal – imagine-se – de “Os Verdes”, na Assembleia Municipal de Lis-boa, a receber cerca de 23 mil euros por ano. Depois, Luís Parreira atingiu o ropo de carreira: foi assessor “colaborador/especialista” do secretário de Estado da Cul-tura, Francisco José Viegas, até à recente saída do Governo daquele membro do Executivo. Desde o dia 26 de Novembro, de acordo com as nossas fontes, Parreira é assessor de Santana Lopes e de todos os vereadores doPSD na Câmara de Lisboa.

Luís Newton Parreira como “Gestor Técnico”, passou a ter “um vencimento igual aos das funcionárias administrativas”, além de manter o recebimento das senhas de presença, enquanto vogal da mesma autarquia

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> ANO DE 2013

Câmara de Lisboa baixa impostos

Um Consenso RaroEm 2013 os lisboetas vão pagar menos impostos em resultado da

aprovação na CML, por unanimidade, das propostas referentes ao IRS, à derrama sobre o IRC e ao IMI.Este consenso raro de alcançar foi possível por várias razões. Em primeiro lugar, em resultado do acordo com o Governo na acção movida pelo Eng. Abecasis relativa aos terrenos do

aeroporto, foi possível diminuir o passivo da CML em 290 milhões de euros, pelo que há condições financeiras para diminuir a carga

fiscal sobre os munícipes. O CDS sempre alertou para que a dívida de hoje são os impostos de amanhã. A redução da dívida de ontem resultou na redução dos impostos do próximo ano. Está comprovado o aviso que sempre fizemos. Para mim, numa altura em que todos nós temos de fazer sacrifícios para ultrapassar a dificílima crise que Portugal atravessa, é fundamental que a Câmara, nem que seja por respeito para com os lisboetas, saiba dar exemplo de contenção. Para isso, foi fundamental a vontade política de todos os partidos representados na CML em se chegar a um acordo. Do PS, que sempre se tinha recusado a baixar os impostos - recordo que chegou encomendar um estudo a uma Universidade para o justificar - ao PCP que se afirma ideologicamente contra a redução de IRS, ao PSD e ao CDS, que quase sempre sozinho, sempre o defendeu, todos souberam colocaram os interesses dos lisboetas em primeiro lugar. Foram aceites as propostas que o CDS tinha feito em anos anteriores, e que reapresentou, de redução do IRS para 2,5% e a isenção de derrama, por três anos, para as empresas que se instalem no concelho de Lisboa, criando e mantendo, pelo menos, 5 postos de trabalho. Também o PSD, no IRS e no IMI, e o PCP no IMI, conseguiram ganhos de causa nas suas propostas. Por isso digo que todos os partidos estão de parabéns pelo esforço de compromisso que fizeram e que irá permitir aos lisboetas e às empresas minorar os sacrifícios que terão de fazer no próximo ano. Soubemos colocar Lisboa acima das quezílias partidárias.António Carlos Monteiro Vereador do CDS-PP na CML

A história da diminuição dos impostos em LisboaNo passado dia 30 de Outubro, durante o Debate sobre o Estado

da Cidade realizado na Assembleia Municipal de Lisboa, o PSD desafiou o presidente da câmara a promover uma diminuição da carga fiscal dos lisboetas no âmbito dos impostos municipais. Na sequencia da aprovação na câmara e na assembleia municipal das propostas do PSD a que se juntaram

os contributos dos demais partidos, os lisboetas poderão contar com uma diminuição da taxa de participação do município na

receita do IRS das famílias para metade do valor do ano anterior (de 5% para 2,5%), bem como com a diminuição da taxa de IMI a aplicar para o mínimo legalmente previsto (de 0,35% para 0,3%). Importa esclarecer a motivação da iniciativa do PSD. Poder-se-iam apontar razões de ordem eleitoralistas, agora que se aproximam eleições autárquicas. No entanto, na origem da iniciativa está uma diminuição dos encargos com a dívida e um previsível aumento da receita do IMI. Com efeito, um acordo assinado entre o Governo e a Câmara em que esta passa para a propriedade do primeiro os terrenos do aeroporto, permite que a Câmara seja beneficiada em 286 milhões de euros. A aplicação deste montante é efectuada na diminuição da dívida do município o que significa a diminuição de cerca de 47 milhões de euros com encargos da dívida. Por outro lado, a avaliação geral dos imóveis em curso imposta pelo memorando da troika deverá conduzir ao aumento da receita com este imposto. Neste sentido, a proposta do PSD prevê a diminuição do IRS que equivale à poupança resultante da diminuição da dívida e a diminuição do IMI permite compensar, ainda que parcialmente, o aumento da receita em resultado da avaliação dos imóveis. Não se trata pois de uma proposta eleitoralista, mas apenas de respeito pelos cidadãos. Uma proposta que utiliza as folgas orçamentais previstas em favor da diminuição dos encargos fiscais das famílias. A prova de que quando se resolvem problemas de dívidas (como é este caso com a ajuda do Governo) é possível aliviar a carga fiscal das famílias.António Prôa Presidente do Grupo Municipal do PSD

Todos os partidos votaram favoravelmente a descida de impostos

para os lisboetas. IRS, IMI e Derrama vão baixar em 2013.

ACâmara Municipal de Lisboa apro-vou por unanimidade, um conjunto de propostas sobre o percentual relativo às taxas municipais de IRS, Derrama e IMI a vigorar em 2013. De acordo com os vereadores de todos os partidos, as propostas visam aliviar a carga fiscal a

suportar pelos munícipes da capital a partir do pró-ximo ano.O objectivo desta medida passa também por apoiar as empresas e ajudar as famílias lisboetas a enfrentar o ano que se aproxima. Estas medidas fiscais foram anunciadas pelo presidente da Câmara, António Cos-ta, em conjunto com os vereadores da oposição, San-tana Lopes, Ruben Carvalho e Carlos Monteiro.Assim, em sede de IRS, a Câmara prescinde da coleta de 5%, taxa de participação dos municípios na cole-ta, conforme previsto no Orçamento de Estado, para

receber apenas 2,5%. Significa isto, explicou António Costa, que “vão ser devolvidos às famílias cerca de 31 milhões de euros”. Em relação à Derrama, a autarquia vai receber menos 15 milhões de euros, resultantes da isenção para o pe-queno comércio, farmácias e restauração e ainda uma isenção por 3 anos para novas empresas que criem e conservem pelo menos 5 postos de trabalho.No que diz respeito ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), mantém-se a taxa agravada para prédios devolutos em incumprimento de obras coercivas. Para os prédios não avaliados a taxa foi fixada em 0,6 % e para os já avaliados em 0,3%. Paralelamente, foi fixada a isenção deste imposto para os proprietários que executem obras de reabilitação nos seus edifícios, dentro da área classificada como de interesse patri-monial, e que abrange a maior parte da área do Con-celho.

AUTÁRqUICAS PS nãO rEcAnDiDATA “DinOSSAUrOS”O Partido Socialista de Lisboa já decidiu que não vai recandidatar nenhum presidente de Junta de Freguesia que cumpra o seu terceiro mandato até às eleições autárquicas de 2013. A decisão, de acordo com as nossas fontes, foi tomada no início do passado mês de Novembro. E os socialistas nem esperaram pela decisão da Comissão Nacional de Eleições relativamente à interpretação que é feita sobre a limitação de mandatos: se se aplica a uma autarquia em específica ou, antes, se se aplica a um autarca concreto. Diga-se, aliás, a Comissão Nacional de Eleições anunciou que a limitação se aplica à impossibilidade de recandidatura à autarquia onde o autarca tenha cumprido três mandatos. O que significa, por exemplo, que a candidatura de Luís Filipe Menezes á Câmara do Porto não fica, assim prejudicada.A decisão do PS/Lisboa afasta da corrida às próximas autárquicas Alberto Bento, presidente da Freguesia das Mercês, Maria Iene Lopes, presidente da Freguesia de Santa Catarina, Fernando Duarte, presidente da autarquia de São Paulo, e José Rosa do Egipto, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais.

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> SÃO NICOLAU

médico ao domicilio para idosos

O recente anúncio da aprovação de um conjunto de propostas relativas às taxas municipais de IRS, Derrama e IMI, que pretendem aliviar os

lisboetas do pagamento destes impostos, é extremamente positivo e adquire um significado muito profundo por várias razões.A primeira delas é que estas propostas foram aprovadas por unanimidade por todos os partidos políticos que estão representados na Câmara Municipal de Lisboa. Em tempos em que ao nível nacional

as forças políticas assumem posições cada vez mais antagónicas e onde o diálogo encontra um terreno estéril para se desenvolver, este é

um sinal que havendo vontade, os entendimentos são possíveis. O motivo de não existir entendimento ao nível nacional é sobejamente conhecido: a irredutibilidade fundamentalista de Passos Coelho, Vítor Gaspar e de Paulo Portas, em instituírem a austeridade como ideologia, a destruição do Estado Social como meio, e a pobreza generalizada como fim. Os portugueses, vão enfrentar na sua esmagadora maioria em 2013, um dos anos mais difíceis de sempre. Hoje, mais do que nunca, precisam de ver na classe política exemplos de convergência em torno de medidas que diminuam o agravamento das suas condições de vida.

Outra das razões, que não é de somenos importância é que ao prescindir da coleta de 5% em sede de IRS, devolvendo às famílias 31 milhões de euros, ou ao isentar da Derrama, o pequeno comércio, a restauração, as farmácias e as empresas que criem e conservem pelo menos 5 postos de trabalho, ou ainda ao isentar do pagamento de IMI os proprietários que executem obras de reabilitação nos seus edifícios, dentro da área classificada como de interesse patrimonial, António Costa, o PS e os restantes partidos apostam na sustentabilidade da cidade de Lisboa. Sustentabilidade ao permitir que o consumo privado não desapareça ou que a economia tenha na reabilitação ou na criação de empresas um estímulo.Por fim, a razão que tem um maior significado. A sensibilidade que a aprovação destas propostas demonstra, ao perceber como são graves as condições do dia-a-dia de cada vez mais portugueses. Estas são as singularidades da cidade de Lisboa. Que tem no seu Presidente de Câmara e inclusive na oposição, cidadãos que não viraram as costas aos homens e mulheres, que depositaram confiança através do seu voto, ao contrário do que infelizmente sucede com a atual maioria de direita que governa o nosso país.Rui Paulo Figueiredo Presidente da Concelhia do PS de Lisboa

Singularidades de Lisboa

Autarquia garante aos residentes mais velhos apoio médico domiciliário

gratuitamente. Para proporcionar melhor qualidade de vida.

1976 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009

Esquerda(PS+PCP e outros;2009 inclui BE)

55 51,28 51,55 56,23 53,42 47,11 54,93 56,1

Direita(PSD+CDS)

35,28 46,37 44,43 38,54 40,7 47,91 44,44 39,33

1976 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2007* 2009

Esquerda(PS+PCP e outros;2009 inclui BE)

51,75 45,48 49,17 56,64 51,88 41,53 45,9 56,05 56,64

Direita(PSD+CDS)

34,18 44,78 42,18 34,1 39,26 49,68 48,34 36,22 38,69

Evolução da votação para as Assembleias de Freguesia no Concelho de Lisboa

Fonte: CNE.Obs.: 1979 e 1982dados indisponíveis

Varia

ção

(%)

30

40

50

60

20092005200119971993198919851976

Esquerda

Direita

Evolução da votação para a Câmara Municipal de Lisboa

Fonte: CNE.Obs.: 1979 e 1982dados indisponíveis

Varia

ção

(%)

30

40

50

60

200920072005200119971993198919851976

Esquerda

Direita

(*)

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Oapoio à população mais velha da Freguesia é uma aposta da Junta de São Nicolau, que tem desenvolvido políticas de acção social pioneiras.Agora, o executivo de São Nicolau garante a todos os idosos da Fre-guesia o apoio médico domiciliá-

rio. A Junta local lança o “Cartão Saúde +65” que vai oferecer, durante o mês de Dezembro, a to-dos os idosos da Freguesia com mais de 65 anos, permitindo-lhes ter assistência médica domici-liária gratuita, durante 24 horas por dia, 365 por ano, já a partir do dia 1 de Janeiro de 2013.Este serviço compreende todos os actos médi-cos de urgência domiciliária, gratuitos e deverá abranger cerca de 200 pessoas residentes na Fre-guesia de São Nicolau.

O lançamento deste cartão é mais uma inicia-tiva pioneira em Lisboa, que pretende ser mais um contributo para a promoção do envelheci-mento activo e saudável e a melhoria da quali-dade de vida dos seus idosos, de acordo com o presidente da Junta, António Manuel.O cartão inclui também outros serviços, igual-mente gratuitos, como a telemedicina e o trans-porte ao hospital.Esta é mais uma iniciativa de apoio aos residen-tes mais velhos, área de intervenção em que a Junta de São Nicolau tem desenvolvido activa-mente, como demostra, nomeadamente, a par-ticipação na iniciativa “2012 - Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações”, a convite da representação em Portu-gal da Comissão Europeia.

> AUTÁRqUICAS 2013

CdS em campanha

Os democratas-cristãos já começaram as acções de campanha eleitoral para as eleições autárquicas que se realizam daqui a cerca de um ano. A acção de campanha junto dos eleitores realizou-se nas Avenidas Novas, que nas próximas eleições terá uma

Freguesia própria, e contou com a participação do presidente da concelhia do CDS, João Gonçalves Pereira. Esta iniciativa teve como objectivo auscultar os cidadãos quanto aos pro-blemas existentes na zona das Avenidas Novas, destacando--se a falta de limpeza urbana, em particular nos ecopontos, e dejectos caninos, bem como a insegurança sentida por moradores e comerciantes. A comitiva do CDS visitou ain-da o Jardim do Arco do Cego, local que se tem caracterizado pela concentração de uma população jovem que consome avultadas quantidades de bebidas alcoólicas, gerando-se um foco de insalubridade e barulho. Esta acção, de acordo com Digo Moura, coordenador autárquico do CDS/Lisboa, insere--se num conjunto de iniciativas com vista à auscultação dos problemas de Lisboa, para elaboração o programa eleitoral que os democratas-cristãos querem “pragmático, virado para o futuro e que responda aos problemas da Cidade através de medidas concretas e de proximidade”.

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> FREGUESIA DE CAMPOLIDE

Aprendizagem ao longo da vida

“criar um espaço de par-tilha de saberes”, pro-movendo a “aprendiza-gem ao longo da vida” de todos os residentes, espacialmente os mais velhos são objectivos da

Universidade Sénior da Freguesia de Campoli-de. Que também pretende contribuir e pro-

porcionar um envelhecimento digno, ac-tivo e saudável de toda a sua população.

O sucesso do modelo da Univer-sidade de Campolide tem ex-pressão no número de utentes. De acordo com informações da

Junta local, a Universidade Sénior já conta com mais de 235 idosos que frequentam as diversas valências disponíveis, nos quais se incluem

cerca de uma centena de alunos ins-

critos em Informática. Os conteúdos programáticos ministrados nas várias unidades curriculares ou va-lências contemplam áreas culturais, recreativas e científicas. Os formandos podem inscrever-se numa ou mais disciplinas ou na totalidade do curso, de acordo com as preferências individuais. A Universidade Sénior destina-se a Fregueses maiores de 50 anos, não sendo requerida habilitação mínima, sendo a frequência feita por disciplina e custando uma propina meramente simbólica.As aulas da Universidade Sénior de Campolide 2012/13 arrancaram a 1 de Outubro do com as valên-cias Oficina de Artes Decorativas “Pintar a Manta”, Motricidade para Seniores, História de Arte Contem-porânea, Pintura, Inglês, Workshop de Teatro “Quem Conta um Conto”, Terapias Expressivas, Filosofia para a Vida, Espanhol, Coaching para uma Idade Melhor, Hidroginástica e Informática e, mais recen-temente a Imagiografia – Oficina Básica de Criativi-dade Plástica.

> MAIS DE 300 CANDIDATOSHortas urbanasOs concursos realizados pela Câmara de Lisboa para atribuição de talhões de cultivo para agricultura biológica, em dois novos Parques Hortícolas da cidade, na Quinta de Nª. Srª. Da Paz e em Telheiras, registaram 334 candidaturas. A lista com a classificação para os 29 talhões está disponível em www.cm-lisboa.pt e afixada no Balcão Único, no edifício sede da Câmara de Lisboa.

> FREGUESIA DA GRAçA

Natal para todos

AFreguesia da Graça vai proporcionar um Natal que pretende que abranja to-das as crianças residentes naquela au-tarquia. Assim, a iniciativa da Junta da Graça “Prendas de Natal 2012”, prevê a

entrega de presentes natalícios a todas as crian-ças residentes e até aos 12 anos, cujos familiares as tenham inscrito para esta acção. Ainda a pensar nos mais pequenos, mas que também se destina aos mais velhos, o executivo da Graça organiza a já tradicional iniciativa “Circo de Natal”, experiên-cia inesquecível para as crianças da autarquia, que assistem ao “maior espectáculo do mundo”. Especialmente dedicada aos mais velhos, a Junta da Graça, em colaboração com a 11ª esquadra da PSP, levou a cabo uma sessão de escla-recimento subordinada ao tema ‘Segurança nos Transpor-tes’ que mereceu forte adesão por parte da população do bair-ro. Por outro lado, eeve lugar a tradicional Festa de S. Martinho, que registou grande participação e convívio para a população local.

CAMPO GRANDE criAnçAS mElómAnAS Despertar o gosto pela música, até erudita, foi o objectivo da iniciativa da Junta de Freguesia do Campo Grande, que organizou uma visita das crianças do Jardim de Infância da autarquia ao “Museu da Musica”, no âmbito de um programa de visitas de estudo com carácter pedagógico. As crianças conheceram instrumentos novos, reconheceram alguns que já lhes eram familiares e o mais importante de tudo: tocaram alguns, dando um reforço à máxima “aprende-se fazendo”. No âmbito da Acção Social, este ano a Freguesia do Campo Grande vai atribuir 200 cabazes de Natal às famílias mais carenciadas da Freguesia para o que já se iniciou a fase de inscrição. De salientar que, devido à grande crise que o nosso País atravessa e ao aumento considerável de famílias carenciadas, este ano o número de cabazes a atribuir aumentou mais de 33%, em relação ao ano passado em que foram entregues 150.

Sé PASSEiOS cUlTUrAiS No âmbito do Projecto Envelhecimento Activo e Saudável, a Junta da Sé vai iniciar uma actividade destinada aos residentes na freguesia com mais de 55 anos, com uma aposta na vertente cultural. Essa actividade consistirá na realização de passeios quinzenais a vários locais de interesse na área metropolitana de Lisboa e permitirá aos participantes usufruir de momentos de lazer e cultura inolvidáveis. Entretanto, no dia 15 de Dezembro, com a parceira do Lusitano Clube, a Sé organiza uma grande festa de Natal para as crianças e os seniores da Freguesia, sendo entregues brinquedos às crianças até aos 12 anos, enquanto aos mais velhos, a Freguesia vai oferecer 100 cabazes de Natal com produtos de primeira necessidade. Por outro lado, haverá um espectáculo com palhaços, actuação dos cavaquinhos da Casa dos Arcos de Valdevez e actuação de um artista convidado. No âmbito das actividades inter-geracionais organizadas entre a EB1 da Sé e do Centro Social da Sé, alguns seniores do da Freguesia ensinaram as crianças a jogar Dominó de cartas.

A universidade Sénior de Campolide tem como lema “aprendizagem ao longo da

vida”. Para contribuir para um envelhecimento activo, digno e saudável.

> LAPA

Formação parental

Oexecutivo da Freguesia da Lapa, em parceria com o Colégio das Escra-vas do Sagrado Coração de Jesus e o Centro Social do Sagrado Coração de Jesus, organiza acções de forma-

ção parental, em que se ouve, analisa e pensa sobre a educação das crianças. Com início no passado mês de Novembro, estas acções têm datas marcadas para 20 de Fevereiro, com o

tema “Crescer Felizes – “aprender… como?”, e para 17 de Abril, para analisar “a fé… apren-de-se?” Entretanto, o “NÓS da Juventude” já conta com mais de 90 inscritos com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos. Além das atividades de apoio ao estudo, que contri-buem para o sucesso escolar das crianças e dos jovens, os utentes dispõem ainda de aulas de futebol, de hip-hop/aeróbica e de viola.

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DEZEMBRO12

> LARGO DA ESTRELAQuiosque a recuperarA Junta de Freguesia da Lapa conseguiu, ao fim de cinco anos de alertas dirigidos ao vereador Sá Fernandes, que a Câmara de Lisboa tomasse posse administrativa do quiosque do Largo da Estrela, cujo estado de degradação é crescente. A edilidade vai abrir concurso público para a recuperação deste equipamento.

> SÃO JOÃO DE DEUS

Comissão Social de Freguesiaparticipa em acções na FIL

> FREGUESIA DA MADALENANatal contra a pobreza

AComissão Social da Freguesia de São João de Deus participa, de 5 a 8 de Dezembro, no Fórum da Rede Social de Lisboa, em si-multâneo com os eventos “Por-tugal Maior” e “Natalis”, que se realizam na FIL. As acções

realizadas pela Comissão Social organizam--se em quatro grupos de trabalho: Idosos; Problemas Económicos e de Exclusão Social; Protecção de Crianças e Jovens; Prevenção e Segurança. Estas temáticas recorreram ao contributo das entidades participantes, sendo diagnosticadas as prioridades de intervenção na Freguesia. O planeamento e gestão da Co-missão é presidido pelo Presidente da Junta de Freguesia e coordenado pelo Núcleo Exe-cutivo, que esclarece e faz a mediação e arti-culação entre parceiros. A coordenação deste evento é garantida pela Junta de Freguesia, Centro Social e Paroquial de São João de Deus, Instituto Nacional de Estatística, Fun-dação São João de Deus, Polícia de Segurança Pública e a Secretaria-Geral do Ministério da

Solidariedade e Segurança Social, que men-salmente debatem as principais problemáti-cas. Sucintamente, o objectivo da Comissão Social de Freguesia, no âmbito dos grupos de trabalho constituídos, é, respectivamente, quebrar o isolamento social dos mais velhos, garantindo respostas sociais adequadas às necessidades manifestadas. Relativamen-te aos Problemas Económicos e de Exclusão Social, a Comissão Social de Freguesia for-mou um grupo que organiza dispositivos de combate às dificuldades económicas e de-semprego, desmitificando o conceito ainda muito presente de pobreza envergonhada, que perpetua entre a população da Freguesia. No âmbito da Protecção de Crianças e Jovens, o objectivo é promover um crescimento feliz e saudável, combatendo os factores de risco e maus tratos. Por outro lado, no que se refere à Prevenção e Segurança, a ideia é garantir uma Freguesia mais segura, apostando na ar-ticulação entre o Policiamento Comunitário e o Policiamento de Proximidade de modo a intervir junto dos moradores e comerciantes.

DESAFIOSPARA liSBOACasas para estrangeiros

Portugal e sobretudo Lisboa sempre foi uma cidade de acolhimento. Desde a sua criação, Lisboa viu viver nas suas ruas, muitos povos que aqui construíram laços familiares, hoje bem visíveis nos nossos apelidos de origens diversas. Quem passeia pela Mouraria, Chelas, Alcântara, Castelo ou, por exemplo, nos

Bairros Sociais, pode ver uma mistura de cabo-verdianos, chineses, angolanos, indianos, etnia cigana. No comércio, os judeus e

os galegos estão ainda muito presentes. Lisboa é uma cidade aberta ao mundo. No momento, em que o Governo português aprovou legislação para dar residência para estrangeiros a quem faça investimentos imobiliários no mínimo de 500.000 euros é bom olhar e reflectir sobre o que os outros andam a fazer. A Itália, já está a dar visto de residência por 5 anos para estrangeiros que invistam em Itália. Na Irlanda, no caso de investimentos imobiliários superiores a 500.000 euros, autorizam a residência. O Senado americano está a estudar a mesma situação para quem compre uma casa por 500.000 dólares. Em Espanha, para reduzir o stock de casas e para atrair investimento estrangeiro, quem comprar uma casa por mais de 160.000 euros vai ter visto para viver em Espanha. Precisamos de mais população, mais investimento e mais empregos. Vamos precisar de todos. Mais pobres ou mais ricos. E não podemos deixar sair os nossos jovens. Resta saber quem vai tratar melhor os que nos vão procurar. João Pessoa e Costa

Reabilitação estrutural

Os resultados do Censo de 2011 mostram a resiliência de Lisboa para manter e aumentar a sua polução residente. Mesmo num quadro de travagem da construção nova a reabilitação urbana vem oferecendo alternativas que, aproveitadas, estão a fazer regressar ao centro da cidade novos residentes. Esta constatação é uma boa notícia. A reabilitação urbana iniciada na década de 80 do século passado, e à qual está indelevelmente ligado o antigo vereador Vasco Franco, seu grande impulsionador na década seguinte, é tanto uma aposta

cultural como uma exigência para a sustentabilidade urbana e para a animação e vivificação das áreas centrais. O seu sucesso é o sucesso da cidade e a medida da sua capacidade de manter e aumentar a sua população residente, com diversidade de estratos etários. Para tal, no entanto, deverá a nível municipal,

mas também a nível nacional, serem perfeitamente articuladas as políticas de expansão urbana e de construção nova com as de

reabilitação e de regeneração urbana. Uma questão, no entanto, não pode, neste contexto, deixar de ser considerada, pela sua importância e pelo que representa do ponto de vista da segurança urbana: a da segurança contra sismos. É um facto que a construção nova responde a esta exigência e, por isso, nesta matéria podemos estar tranquilos (tanto quanto a imponderabilidade dos fenómenos naturais o permite). Mas na reabilitação urbana nem sempre o reforço estrutural é tido em conta, pelo que muitos edifícios reabilitados não têm, apesar das obras feitas, a resistência sísmica que deveriam ter. Lamentavelmente. Vale, pois, por isso pensar nisso antes que seja tarde. Leonel Fadigas

AJunta da Madalena está empenhada em ajudar a combater as “terríveis situações de pobreza” que a popu-lação da Freguesia está a enfrentar, como com sequência da crise eco-

nómica e financeira que varre o País. Para isso, o executivo local vai atribuir o “Bodo Natalício” aos moradores que se encontram numa situação de necessidade, sejam idosos, desempregados ou residentes com familiares, nomeadamente, filhos em situação de desem-prego. De acordo com o presidente da Junta, Jorge Ferreira, há mais de 50 famílias em es-tado de necessidade, ultrapassando em muito os números do ano passado. Por outro lado, a Freguesia vai “dedicar uma atenção especial às crianças”, oferecendo alguns brinquedos

aos alunos da E.B. 1 da Madalena. Também os mais velhos, designadamente os que vivem sozinhos, vão contar com a entrega de um presente de Natal. Entretanto, realiza-se na Casa de Lafões o tradicional almoço de Natal para os moradores da Freguesia, com espe-cial referencia para os que vivem actualmente numa situação mais difícil. Estas iniciativas contam com o financiamento angariado pelo Festival de Sabores Tasquinhas da Madalena, que se realiza de 6 de Dezembro a 7 de Janei-ro, no Campo das Cebolas, com a comerciali-zação de produtos de diversas regiões do País, e com uma animação cultural, nomeada-mente actuação de Tunas Académicas, prova de atletismo e exposição de modelismo, entre outros eventos.

As questões relacionadas com as políticas sociais vão dominar os

trabalhos do Fórum da Rede Social de Lisboa que decorre na FIL, no

âmbito das iniciativas “Portugal Maior” e “Natalis”.

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Fundo Social de Freguesias Uma resposta eficaz à realidade social de Lisboa

POR JOãO GOnçAlvES PErEirA

>> Deputado do cDS/PP

Oactual contexto nacional e europeu exigem, de todos nós, uma especial atenção no combate à pobreza. Este reforço da inclusão e da coesão social, deve envolver todos os agentes, nomeadamente do Estado Central, mas também o aproveitamento do conhecimento e da capacidade de toda a rede autárquica. Foi assim que o XIX Governo Constitucional criou o Programa de Emergência Social que visa dar uma resposta extraordinária para um momento também ele extraordinário. No combate à exclusão

social o Governo alocou cerca de 630 milhões de euros para um programa que agrega medidas destinadas a apoiar cinco pilares que são prioritários: famílias, idosos, pessoas com capacidade diminuída, instituições sociais e o voluntariado. Mas, a nível local/autárquico também existe um papel que a todos é pedido que cumpram, aproveitando o conhecimento, a capacidade e os recursos já existentes. Insolitamente a Câmara Municipal de Lisboa tem-se mostrado totalmente indiferente aos sucessivos apelos do CDS-PP perante os problemas sociais crescentes na Capital. E lamentavelmente o actual executivo camarário tem ignorado as propostas que visam contribuir para acudir a situações que, todos os dias, ocorrem na nossa Cidade. No início de 2011, o CDS-PP defendeu a criação de um “Plano Municipal Contra o Desperdício Alimentar”, aprovado, por unanimidade, quer em sede de Câmara, quer em Assembleia Municipal. Passados alguns meses desta aprovação, o CDS-PP questionou em que fase se encontrava a execução deste Plano e obteve a anedótica resposta da Vereadora Helena Roseta de que «os restaurantes não aderiram a esta iniciativa»! Mais uma vez, Lisboa fica atrás dos seus concelhos vizinhos na resposta aos problemas sociais. As Câmaras de Oeiras e de Cascais já têm um “Plano Municipal Contra o Desperdício Alimentar” – que funciona, que é eficaz e que apoia muitas famílias carenciadas. Atento à realidade do País e à realidade pela qual muitas famílias de Lisboa vivem, o CDS-PP de Lisboa lançou um desafio aos 53 Presidentes de Junta de Freguesia para criarem um Fundo Social de Freguesia. Este Fundo corresponderá a 5% do Orçamento para 2013 de cada uma das 53

Juntas de Freguesia do concelho de Lisboa. Com um valor global estimado de 2 milhões de euros este Fundo tem como objectivo assistir, transitoriamente, aqueles que carecem de um rápido apoio. A constituição deste Fundo com 5% do Orçamento para 2013 – mantendo inalterados todos os projectos sociais das Juntas de Freguesia, ou seja, serão cumulativos ao Fundo – são possíveis de conseguir, de acordo com a proposta do CDS-PP de Lisboa, mediante opções políticas claras, cortando naquilo que hoje é mais supérfluo face a esta exigência social, através da redução ou corte nas despesas respeitantes a: marketing, publicidade, troféus, medalhas, iluminações de Natal, e viagens ou passeios com os fregueses. O conhecimento da realidade é fundamental para uma resposta social directa e, verdadeiramente, apropriada. É por isso que este Fundo Social de Freguesia só é eficaz se contar com a participação activa das Juntas de Freguesia. Pois são elas, fruto da política de proximidade, que têm maior capacidade para identificar os cidadãos e agregados familiares que efectivamente carecem de apoio. Só com o total conhecimento da realidade local, Freguesia a Freguesia, é possível dar uma resposta social mais directa e adequada e que, em parceria com instituições sociais, poderá muito bem constituir a rede de solidariedade que falta, em Lisboa. Em suma, o CDS-PP de Lisboa propõe a criação de um fundo financeiro social ao nível autárquico, centrado na capacidade e no conhecimento das Juntas de Freguesia para que possam prestar auxílio às famílias em situações de maior exigência social. Este apoio deverá ser articulado com as instituições particulares de solidariedade social que prossigam modalidades de acção social. A realidade social que se vive no nosso Concelho sempre foi uma preocupação permanente do CDS-PP. A nossa preocupação social não é recente. Em Democracia, o maior aumento das pensões mínimas, rurais e sociais foi introduzido por um Governo de direita (2002-2005). Em 2011, o Governo de esquerda do Partido Socialista congelou as pensões mais baixas que existem no País. Este Governo em 2012 e para 2013 mantém descongeladas as pensões daqueles que são mais carenciados.Mais uma vez, fica provado que a política social não é património da esquerda!

Prioridade ao mundo realPOR lUíS miGUEl lArchEr

>> Professor Universitário

nestas últimas semanas, a sociedade portuguesa assistiu a duas intervenções que, pelo seu conteúdo e acuidade se tornaram estruturantes para o futuro de Portugal: a de Victor Gaspar que apresentou à sociedade a questão de saber que tipo de estado social quer e está disposta a sustentar; e a de Isabel Jonet que colocou a questão do que “hoje” é prioritário e essencial na vida dos portugueses.Duro, mas fundamental para se retirar margem à demagogia e trazer

para os portugueses o ónus democrático da decisão sobre o tipo de sociedade em que querem viver e qual querem construir para o futuro. Pelo menos, infelizmente por ser por pressão da crise, a última palavra pertence ao povo e desta decisão soberana e vinculativa o governo deve decidir sobre quais as políticas a seguir no mediato e quais as estruturas a criar para o futuro. Hoje, as pessoas não vivem no mundo real mas num mundo ficcionado e irreal. Definiram o tipo de qualidade de vida que querem ter, com os bens, serviços e comodidades à sua disposição e exigem ao estado que lhes proporcione estes meios. Sem consciência dos custos que isso acarreta, numa ilusão de país rico que transfere para as gerações próximas o pagamento destas regalias, mas, pior que isto, esquecendo o princípio nuclear da democracia que é o do estado ser garante do bem comum, ou seja, retirar do rendimento comum o necessário para prover às condições de

dignidade para todos os portugueses. Isso vai exigir uma reforma do estado social? Diria que vai exigir uma reforma para além das funções do estado, uma reforma do próprio regime político e dos hábitos instituídos. Dos lobbies e corporações que exercem pressão política e sindical para retirarem benefícios e dos partidos políticos que vivem de acordo com as suas agendas políticas e eleitorais e nomeiam boys e girls que em nada melhoram a qualidade do próprio estado e do serviço que presta. Neste egocentrismo esgotam-se os recursos disponíveis e os problemas avolumam-se, mas a solução não está neste estado. As caras do governo mudam mas a nomenclatura estatal está tão enraizada que os vícios e hábitos não só não mudam como condicionam a implementação de quaisquer reformas. Quem tem poder para mudar isto, se nem nos partidos os líderes conseguem enfrentar os poderes instalados e os interesses pessoais? Victor Gaspar e Isabel Jonet suscitaram o debate que, se feito de forma sistematizada e com tempo, tanto permitirá definir as verdadeiras prioridades do País e dos portugueses como promoverá uma reforma profunda do Estado, erradicando o supérfluo e o desperdício e afectando os recursos humanos e financeiros à dignidade humana. Muitas vezes o que dói às pessoas não é só a sua pobreza, mas a atitude dos diversos níveis de poder e a consciência que o futuro será a continuidade deste presente, sem soluções e com vícios.

DEZEMBRO12

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O Vazio da boa Governança no Bloco de EsquerdaPOR mArcOS Sá

>> membro da comissão Política nacional do PS e Diretor do Jornal “Acção Socialista”

Contra o mau estado de LisboaPOR mODESTO nAvArrO

>> Deputado municipal do PcP na Assembleia municipal de lisboa

Falemos de questões concretas, acerca da situação da cidade e da falta de trabalhadores em serviços do Município. Em 2012, o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa reivindicou a contratação definitiva de auxiliares de acção educativa que se encontravam com contrato a termo, nos jardins de infância da rede pública de escolas, proposta que o executivo obstinadamente ignorou, respondendo que iria suprir estas faltas com outras auxiliares de serviços gerais que estariam a mais noutros sectores. O processo

foi caótico, com trabalhadoras que não tinham condições para a função a serem forçadas a preencher os lugares, com todas as consequências inerentes, para agora o próprio município admitir que não estará a cumprir o rácio exigido por lei. No canil-gatil, num processo em tudo semelhante, a Câmara mandou embora 9 trabalhadores (tratadores – apanhadores), ficando a funcionar em “serviços mínimos”.No Regimento de Sapadores Bombeiros, apesar da entrada de uma recruta o ano passado (para suprir faltas de há vários anos), o ritmo de saída por aposentação de sapadores bombeiros tem sido tal que já se justifica a entrada de novos recrutas.Nos cemitérios, a entrada urgente de pessoal é uma evidência, havendo diariamente necessidade de circulação de coveiros, para se conseguir manter as equipas com quatro trabalhadores para poderem fazer os funerais, descurando-se amiúde as exumações.Nos Jardins, não entra um novo jardineiro há mais de 15 anos. O que, tendo a CML uma escola de jardinagem, é extraordinário. Resultado: vários espaços verdes da cidade são concessionados a empreiteiros, sendo muito mais dispendiosos e apresentando qualidade inferior à que seria efectuada pelos nossos jardineiros. Será que é este o objectivo do executivo, a privatização progressiva dos serviços?A Brigada de Calceteiros, que mantém a tão propagandeada calçada portuguesa, está na mesma linha dos jardins; tem escola de jardinagem, não entra ninguém há vários anos e tem duas dezenas de trabalhadores com uma média etária bem acima dos 40 anos. Nas oficinas do DRMM, um sector fundamental, tendo a cargo a manutenção das frotas de ligeiros e pesados da CML, existe o mesmo problema: muitos trabalhadores perto da aposentação e nada de admissão de trabalhadores especializados para poderem continuar a dar resposta às exigentes responsabilidades.Na garagem de Olivais 1, onde estão afectos os motoristas de ligeiros que dão apoio aos vários serviços da autarquia, a situação é periclitante, fruto de má gestão de recursos humanos que levou a uma concentração exagerada de condutores de Máquinas Pesadas e Veículos Especiais de Olivais 3, com a quase ruptura desta garagem de remoção; depois, em vez de levarem a cabo uma política de recrutamento de motoristas adequada às necessidades dos serviços, fizeram novamente uma transferência massiva para Olivais 3, deixando a garagem de Olivais 1 sem capacidade de resposta às solicitações dos diversos serviços. Na Limpeza Urbana, os cantoneiros precisam de ser reforçados rapidamente, uma

vez que é uma das tarefas mais penosas, que acarreta acidentes e doenças profissionais, levando à aposentação antecipada um número maior de trabalhadores; a passagem para outras funções dum considerável número de cantoneiros justifica a entrada de pessoal.Recentemente, os refeitórios foram “proibidos” pelo director do Director do Departamento respectivo de servirem mais de um prato por refeição, por falta de cozinheiras. É um grupo numa faixa etária alta, reduzido e com problemas de doenças profissionais inerentes à actividade. Provavelmente quase todos os serviços estão a sentir dificuldades semelhantes às atrás descritas. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, estes casos são apenas os mais evidentes. Quanto à higiene e limpeza urbana, existem vários postos em que as condições das instalações são deficientes, por exemplo em Marvila, Restauradores, Alcântara, Rato e Bairro do Armador.Há muitos problemas nas instalações velhas e degradadas, de ausência de saídas de emergência, de péssima qualidade do ar, de falta de espaço e infiltração de humidade nos balneários e vestiários, de extracção e climatização nas cozinhas e salas de refeição.Também os pontos de descarga de lixo afectados à Valorsul têm condições de higiene que põem em risco os condutores de Máquinas Pesadas e Veículos Especiais que ali se deslocam. Uma máquina de lavar os pneus após as descargas avaria com frequência, pondo em perigo a circulação das viaturas.Os prédios circundantes do posto da brigada de calceteiros, na Rua do Saco, com obras suspensas, ameaçam ruir, pondo em causa o posto e os trabalhadores. Obras efectuadas nos balneários deixaram a instalação eléctrica em perigo para os utilizadores.Nesse posto, os Equipamentos de Protecção Individual e fardamentos não são distribuídos a trabalhadores em contrato-programa com o Instituto do Emprego e Formação Profissional. Na higiene e limpeza urbana, há morosidade na aquisição e distribuição de Equipamentos de Protecção Individual, ferramentas e fardamentos. No Regimento de Sapadores Bombeiros, não há aquisição de Equipamentos de Protecção Individual há mais de quatro anos. O concurso está suspenso e são distribuídos equipamentos que não garantem a segurança dos trabalhadores.Falamos destas questões concretas na Câmara e na Assembleia Municipal; damos voz aos trabalhadores do Município e ao Sindicato dos Trabalhadores do Município, que levanta estes e outros problemas junto do executivo do PS, de António Costa e vereadores “associados”, mas nada disto interessa a quem não olha pela cidade e só pensa em fazer propaganda, em altos voos e negócios.Os eleitos do PCP lutam na Câmara, na Assembleia Municipal, nas Juntas e Assembleias de Freguesia por respostas sérias às necessidades concretas das freguesias e dos bairros. Por melhores condições para os trabalhadores dos serviços municipais, para que a qualidade de vida em Lisboa melhore, para que os problemas sejam resolvidos por um poder local que deve ser de proximidade e de luta concreta e diária pelo futuro da cidade.

DEZEMBRO12

OBloco de Esquerda resolveu fazer um Congresso Nacional com dois objectivos: Em primeiro lugar escolher o seu principal inimigo que é , pasme-se, o PS e jamais a actual coligação de direita!; E esfrangalhar a sua unidade com uma liderança bicéfala que só servirá para lembrar todos os dias o saudoso Francisco Louçã. Aliás neste congresso Francisco Louçã demonstrou que para além de ser o dono do circo, é também o seu principal trapezista. É que este encanto da sereia relativo ao Bloco estar disponível

para integrar o próximo governo é uma estratégia que deve ser denunciada porque é na sua essência uma verdadeira fraude. É que nós, leia-se PS, não queremos sair da União

Europeia nem mandar a Troika embora enquanto não pudermos!Estamos certos que o discurso de Francisco Louçã poderá iludir algum eleitorado, mas quando chegar a hora da verdade o Bloco de Esquerda nunca governará. Infelizmente, é e continuará a ser unicamente um partido de oposição com medo de assumir responsabilidades governativas.Resumindo, este congresso nacional serviu apenas para o Bloco identificar a sua principal fraqueza eleitoral: Não ser um partido de governo, mas apenas de protesto. Os Portugueses que tem votado no Bloco merecem muito mais, pois querem o melhor para Portugal!

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ficha técnica Director francisco Morais BarrosEditor colunas de Opinião - comunicação Unipessoal, Lda.

R. D. Estefânia, nº 177, 2º C, 1000-154 Lisboa PortugalJornalista Estagiário antónio Serrano costa

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> CDS PROPõE

Fundo Social de Freguesia

SÃO JOÃO DE DEUS cOnSUlTAS DE PEDiATriAO Centro Clínico da Freguesia de São João de Deus já tem em funcionamento a nova especialidade de Pediatria aberto a todos os munícipes de Lisboa. A médica especialista, graduada no Hospital Amadora Sintra, atende às terças-feiras, a partir das 17h00. Para efectuar a marcação e saber mais informações ligue através dos números 217972795 ou 916127570.

ENCARNAçÃO cABAzES DE nATAl A Junta da Encarnação vai entregar um cabaz de Natal por cada família com um membro com mais de 55 anos. No total, o Bairro Alto contará com cerca de 250 cabazes oferecidos pela Freguesia. Por outro lado, todas as crianças até aos 12 anos vão receber um presente de Natal. Entretanto, na véspera de São Martinho, realizou-se o passeio anual da Junta de Freguesia da Encarnação destinado à população com mais de 55 anos, com deslocação à Feira Nacional do Cavalo na Golegã. As cerca de 140 pessoas puderam fazer compras na feira e usufruir dos eventos em curso.

A agenda da Freguesia de São João de Brito é dominada pelo Natal. Para além do almoço de Natal, dia 15, dia 10 realiza-se um con-certo de música alusiva a esta quadra, e o

dia 17 é dedicado à arte no Natal. Já dia 3, as Inva-sões Francesas são tema de análise, enquanto dia 12 se debatem as curiosidades da respectiva data, e dia 14 há concerto dos Briosos. Dia21 há “mimi-nhos de Natal” e, desde dia 3 e tá dia 10 de Janeiro, realiza-se um workshop de artesanato.

Os democratas-cristãos querem que a Freguesias de Lisboa atribuam

5% dos seus orçamentos para apoiar necessitados.

> ALTO DO PINAÁgua mais barata

Luís Parreira, numa carta que dirigiu aos militantes do PSD, difamou e usou a inverdade para tentar esconder o que fez. Agora, a pergunta é esta: é homem para divulgar as suas declarações de impostos de 2004 e 2005?

Câmara de Lisboa decidiu, por unanimidade, descer o IRS, a derrama e o IMI. Uma excelente notícia no buraco negro de esperança que vivemos. Os lisboetas agradecem.

Aconcelhia do CDS de Lisboa defende a criação de um fundo social que permi-ta às Freguesias apoiar “de modo rápido aqueles que carecem de mais apoio.”Na perspectiva dos democratas-cristãos,

no âmbito do Fundo de Socorro Social revitalizado e recuperado para integrar o Programa de Emer-gência Social, pode ser criado um Fundo Social de Freguesia que corresponda a 5% do Orçamento para 2013 de cada Junta de Freguesias em Lisboa. Para isso, a concelhia de Lisboa do CDS-PP já di-rigiu uma carta a todos os Presidentes de Junta de Freguesia e aos Autarcas eleitos pelo CDS-PP, con-forme referem em comunicado. Segundo João Gon-çalves Pereira, Presidente da Concelhia de Lisboa

do CDS, “Este Fundo Social de Freguesia, de âm-bito autárquico, tem como objetivo assistir transi-toriamente e de modo rápido aqueles que carecem de mais apoio”. Na aferição dos 5% do orçamento, segundo os democratas-cristãos, terão de ser ex-cluídas as verbas respeitantes aos protocolos de de-legação de competências entre a Câmara de Lisboa e a Junta de Freguesia. Para constituir estes 5% do Orçamento para 2013 - que devem ser cumulativos aos outros projetos sociais da Junta de Freguesia - devem, no entender de João Gonçalves Pereira: “ser reduzidas, ou mesmo cortadas na totalidade, as despesas em marketing, publicidade, viagens, pas-seios, piqueniques, festas, iluminações de Natal, troféus, medalhas, concertos, entre outros.”

Pé de Página

cOrAGEmPOR FrAnciScO mOrAiS BArrOS

Estamos no limiar de um dos mais difíceis anos de que há memória para o nosso País. Como noutras ocasiões, os Portugueses terão de mostrar determinação, resiliência e muita, muita coragem.

Coragem das Famílias para enfrentarem as dificuldades quotidianas.Coragem das pessoas para saberem recomeçar a sua vida, que foi penhor de políticos que não souberam, ou não quiseram, ou simplesmente se estiveram marimbando para interpretar o interesse público.

Estamos a viver tempos em que, pelas dificuldades, podemos não saber definir bem o que queremos. Mas estes são tempos em que fica cristalinamente evidente aquilo que não queremos.Com coragem temos de dizer, todos, em conjunto, o que não queremos.Eu não quero partidos-incubadoras de mentirosos, pilha-galinhas e corruptos. Portugal merece melhor. Os Portugueses têm de ter coragem e exigir mais. E melhor.P.S. - Feliz e Santo Natal e um Ano de 2013 o melhor possível para todos.

A Freguesia dos Anjos aposta, este ano, na re-ciclagem de produtos para enfeitar a autar-quia. Neste sentido, o grupo de voluntários dos Anjos vai construir uma árvore de Natal

com materiais recicláveis, embalagens/garrafas de plástico bem como latas, que ficará exposta no Jar-dim António Feijó.

Paralelamente, a reciclagem compreende velhos cabides desportivos, transformando-os em diverti-dos enfeites de Natal, que serão expostos em alguns postes na freguesia. Por outro lado, em parceria com o Café “O das Jo-anas”, Clube Recreativo dos Anjos e o Sport Clube do Intendente, vai decorrer o evento MúsicaAten-ta - encontros de sons, músicas e palavras- durante todas as sextas-feiras, às 22h com entrada gratuita e a participação de Silk, Chullage, LBC Soldjah e Nataniel Melo.

O executivo da Freguesia do Alto do Pina cele-brou um protocolo com a EPAL que vai per-mitir às famílias carenciadas da autarquia beneficiarem de descidas de preços da água.

Entretanto, a Junta local comemorou o São Marti-nho com um passeio na Serra de Sintra e almoço perto de Oeiras, que contou com as tradicionais castanhas e música ao vivo.

> ANJOS

reciclar festejos

> SÃO JOÃO DE BRITOmês de Natal

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