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OPRAH COMPRA FATIA DA VIGILANTES DO PESO A apresentadora de TV Oprah Winfrey comprou 10% das ações da empresa de programas de emagrecimen- to Weight Watchers (no Brasil, Vigilantes do Peso), a US$ 6,79. por papel. Foi uma bela tacada: ontem, as ações, que es- tavam quase virando pó, subiram 103%. B-3 Barbosa diz que CPMF é essencial O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou ontem que o País precisa da CPMF para recuperar as contas do go- verno. "A CPMF é uma medida necessária para recuperar a receita do governo en- quanto nós trabalhamos em reformas mais estruturais, do lado do gasto obrigatório", disse Barbosa após participar de evento do Instituto Lula, em São Paulo. No evento, es- tavam o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo sua assessoria, e o presidente do PT, Rui Falcão, que têm feito críticas à condução da atual política econô- mica, encabeçada pelo ministro da Fazen- da, Joaquim Levy. Barbosa reconheceu que a recriação da CPMF, imposto que recai so- bre transações financeiras, tem custo, mas que o governo a considera necessária não apenas para ajudar nas contas de 2016, co- mo também nas dos anos seguintes, até 2019. No fim de semana, a presidente Dil- ma Rousseff afirmou que foram discutidas estratégias em reunião da Junta Orçamen- tária para garantir que sejam aprovadas no Congresso Nacional as principais medidas para o equilíbrio fiscal, destacadamente a CPMF. A-2 Wagner: decisão sobre meta fiscal sai até sexta VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou ontem que até o final da semana o governo tomará uma decisão sobre as me- didas que precisarão ser tomadas para cumprir a meta fiscal este ano. Wagner não mencionou se o governo vai rever o resul- tado para 2015 ou se elevará os abatimen- tos previstos. "Vai ter que sair uma mensa- gem nesse sentido", disse ao ser questio- nado sobre a decisão que o governo toma- rá. Junto com os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamen- to), Wagner faz parte da junta orçamentá- ria. A frustração na arrecadação tributária amplia as dificuldades para o governo cumprir a meta fiscal deste ano. Após se reunir com o presidente em exercício, Mi- chel Temer, o dirigente da Casa Civil afir- mou que o objetivo maior neste momento é "fazer a pauta da economia andar". Se- gundo ele, entre as prioridades estão a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), mesmo que valendo até 2016, e a nomeação de um relator para o projeto que recria a CPMF. A-2 O avanço do desemprego e a conse- quente diminuição da renda disponível das famílias, em combinação com a alta das taxas de juros e com a inflação elevada, fizeram com que os brasileiros tivessem menos condições de acertar suas dívidas atrasadas em setembro. A quantidade de dívidas regularizadas caiu 5,74% no mês passado, na comparação com setembro de 2014, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Con- federação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). No confronto com agosto deste ano, houve melhora de 2,19%, graças ao pagamento da primeira parcela do 13º salário por muitas empresas. Segundo o SPC Brasil e a CNDL, o resultado anual do nono mês "dá continuidade à tendência de piora do indicador verificada ao longo de 2015". Além disso, caiu pelo oitavo mês seguido o número de pessoas que limparam seus nomes. A comparação do dado acumulado nos nove primeiros meses de 2015 com igual período do ano passado revela queda de 5,71%. A-3 Regularização de dívidas torna-se cada vez mais difícil A produção de minério de ferro da brasileira Vale teve a melhor perfor- mance de sua história no terceiro tri- mestre, apesar de a companhia para- lisar a extração em minas menos efi- cientes, em meio aos baixos preços da commodity devido ao excedente mundial. A maior produtora global de minério produziu, de julho a se- tembro, um recorde trimestral de 88,225 milhões de toneladas, alta de 2,9% ante igual período de 2014, in- formou a mineradora ontem em seu relatório de produção. Os volumes excluem a produção atribuível à Sa- marco, joint venture da Vale com a BHP Billiton, além do minério adqui- rido de terceiros. A companhia tem seguido a mesma estratégia das suas grandes rivais australianas, Rio Tinto e BHP Billiton, ao manter forte pro- dução para defender participação de mercado, mesmo com os preços bai- xos. Na próxima quinta-feira, a com- panhia publicará o seu balanço fi- nanceiro do terceiro trimestre. A-3 Vale enfrenta preço menor com alta na produção Mesmo denunciado e isolado, Eduardo Cunha garante que fica O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse ontem ter legitimidade para ocupar o posto de co- mando da Casa, apesar das denúncias que o citam e da comprovação de que o deputa- do tem contas na Suíça não declaradas à Receita Federal, sobre as quais ele teria mentido em depoimento à CPI da Petro- bras. Cunha reiterou que não renunciará ao cargo, acrescentando que aqueles que querem sua saída terão de esperar o fim de seu mandato. Cunha enviou ontem agravos da Casa às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenderam o rito para um processo de impeachment definido por ele, em parceria com integrantes da oposição, que reduziria para maioria sim- ples os votos necessários para tirar do cargo a presidente Dilma Rousseff. “Eu tenho le- gitimidade para praticar todos os atos que são inerentes à minha função, para qual eu fui eleito”, disse o deputado. A-5 Na indústria, cresce a falta de confiança. A-2 TERÇA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO DE 2015 www.jornaldocommercio.com.br R$ 2,00 FUNDADO EM 1º DE OUTUBRO DE 1827 - ANO CLXXXVIX - N 0 13 BRASIL SEGUNDO PESQUISADORES chi- neses, condições de trabalho tensas aumentam o risco de ocorrência de acidentes vas- culares em até 58%. Há tempos sabe-se da relação entre estresse laboral e males cardíacos. Agora, constata-se também forte associação com AVCs. B-7 Marcia 0800-0224080 ASSINATURAS E ATENDIMENTO AO LEITOR [email protected] FAX: (21) 2516-5495 ENTRELINHAS BRASÍLIA/DF O foco da Lava-jato De feitiços & feiticeiros EDITORIAL Censo do turismo A-3 A-4 A-10 BEBIDAS PEZÃO SANCIONA LEI QUE LIBERA CERVEJA EM ESTÁDIO. A-7 AÇÕES MESMO VOLÁTIL, IBOVESPA TEM 3ª SESSÃO DE GANHO. B-1 FOCUS MERCADO PIORA PREVISÕES PARA INFLAÇÃO E PIB. A-2 PATSY LYNCH/REX USA PELTIER CAPACITAÇÃO CONTINUADA É VITAL EM CONTABILIDADE. B-8 CARREIRAS Zulmir Breda, do Conselho Federal de Contabilidade, "Um mapa todo seu", novo livro de Ana Maria Machado, será lançado hoje no Rio. A-12

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OPRAH COMPRA FATIA DA VIGILANTES DO PESOA apresentadora de TV Oprah Winfrey comprou

10% das ações da empresa de

programas de emagrecimen-

to Weight Watchers (no

Brasil, Vigilantes do Peso),

a US$ 6,79. por papel.

Foi uma bela tacada:

ontem, as ações, que es-

tavam quase virando pó,

subiram 103%. B-3

Barbosa diz que CPMF é essencialO ministro do Planejamento, Nelson

Barbosa, afirmou ontem que o País precisada CPMF para recuperar as contas do go-verno. "A CPMF é uma medida necessáriapara recuperar a receita do governo en-quanto nós trabalhamos em reformas maisestruturais, do lado do gasto obrigatório",disse Barbosa após participar de evento doInstituto Lula, em São Paulo. No evento, es-

tavam o próprio ex-presidente Luiz InácioLula da Silva, segundo sua assessoria, e opresidente do PT, Rui Falcão, que têm feitocríticas à condução da atual política econô-mica, encabeçada pelo ministro da Fazen-da, Joaquim Levy. Barbosa reconheceu quea recriação da CPMF, imposto que recai so-bre transações financeiras, tem custo, masque o governo a considera necessária não

apenas para ajudar nas contas de 2016, co-mo também nas dos anos seguintes, até2019. No fim de semana, a presidente Dil-ma Rousseff afirmou que foram discutidasestratégias em reunião da Junta Orçamen-tária para garantir que sejam aprovadas noCongresso Nacional as principais medidaspara o equilíbrio fiscal, destacadamente aCPMF. A-2

Wagner: decisão sobremeta fiscal sai até sexta

VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner,afirmou ontem que até o final da semana ogoverno tomará uma decisão sobre as me-didas que precisarão ser tomadas paracumprir a meta fiscal este ano. Wagner nãomencionou se o governo vai rever o resul-tado para 2015 ou se elevará os abatimen-tos previstos. "Vai ter que sair uma mensa-gem nesse sentido", disse ao ser questio-nado sobre a decisão que o governo toma-rá. Junto com os ministros Joaquim Levy(Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamen-to), Wagner faz parte da junta orçamentá-ria. A frustração na arrecadação tributáriaamplia as dificuldades para o governocumprir a meta fiscal deste ano. Após sereunir com o presidente em exercício, Mi-chel Temer, o dirigente da Casa Civil afir-mou que o objetivo maior neste momentoé "fazer a pauta da economia andar". Se-gundo ele, entre as prioridades estão aaprovação da Desvinculação de Receitasda União (DRU), mesmo que valendo até2016, e a nomeação de um relator para oprojeto que recria a CPMF. A-2

O avanço do desemprego e a conse-quente diminuição da renda disponíveldas famílias, em combinação com a altadas taxas de juros e com a inflação elevada,fizeram com que os brasileiros tivessemmenos condições de acertar suas dívidasatrasadas em setembro. A quantidade dedívidas regularizadas caiu 5,74% no mêspassado, na comparação com setembrode 2014, segundo pesquisa do Serviço deProteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Con-federação Nacional de Dirigentes Lojistas(CNDL). No confronto com agosto desteano, houve melhora de 2,19%, graças aopagamento da primeira parcela do 13ºsalário por muitas empresas. Segundo oSPC Brasil e a CNDL, o resultado anual donono mês "dá continuidade à tendênciade piora do indicador verificada ao longode 2015". Além disso, caiu pelo oitavo mêsseguido o número de pessoas quelimparam seus nomes. A comparação dodado acumulado nos nove primeirosmeses de 2015 com igual período do anopassado revela queda de 5,71%. A-3

Regularização dedívidas torna-secada vez mais difícil

A produção de minério de ferro dabrasileira Vale teve a melhor perfor-mance de sua história no terceiro tri-mestre, apesar de a companhia para-lisar a extração em minas menos efi-cientes, em meio aos baixos preçosda commodity devido ao excedentemundial. A maior produtora globalde minério produziu, de julho a se-tembro, um recorde trimestral de88,225 milhões de toneladas, alta de2,9% ante igual período de 2014, in-formou a mineradora ontem em seu

relatório de produção. Os volumesexcluem a produção atribuível à Sa-marco, joint venture da Vale com aBHP Billiton, além do minério adqui-rido de terceiros. A companhia temseguido a mesma estratégia das suasgrandes rivais australianas, Rio Tintoe BHP Billiton, ao manter forte pro-dução para defender participação demercado, mesmo com os preços bai-xos. Na próxima quinta-feira, a com-panhia publicará o seu balanço fi-nanceiro do terceiro trimestre. A-3

Vale enfrenta preço menorcom alta na produção

Mesmo denunciado e isolado,Eduardo Cunha garante que ficaO presidente da Câmara dos Deputados,

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse ontemter legitimidade para ocupar o posto de co-mando da Casa, apesar das denúncias queo citam e da comprovação de que o deputa-do tem contas na Suíça não declaradas àReceita Federal, sobre as quais ele teriamentido em depoimento à CPI da Petro-bras. Cunha reiterou que não renunciará aocargo, acrescentando que aqueles quequerem sua saída terão de esperar o fim de

seu mandato. Cunha enviou ontem agravosda Casa às decisões do Supremo TribunalFederal (STF) que suspenderam o rito paraum processo de impeachment definido porele, em parceria com integrantes daoposição, que reduziria para maioria sim-ples os votos necessários para tirar do cargoa presidente Dilma Rousseff. “Eu tenho le-gitimidade para praticar todos os atos quesão inerentes à minha função, para qual eufui eleito”, disse o deputado. A-5

Na indústria, cresce afalta de confiança. A-2

TERÇA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO DE 2015www.jornaldocommercio.com.br

R$ 2,00 FUNDADO EM 1º DE OUTUBRO DE 1827 - ANO CLXXXVIX - N 0 13B R A S I L

SEGUNDO PESQUISADORES chi-

neses, condições de trabalho

tensas aumentam o risco de

ocorrência de acidentes vas-

culares em até 58%. Há

tempos sabe-se da relação

entre estresse laboral e

males cardíacos. Agora,

constata-se também

forte associação com

AVCs. B-7

Marcia

0 8 0 0 - 0 2 24 0 8 0ASSINATURAS E ATENDIMENTO AO LEITOR

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ENTRELINHAS

BRASÍLIA/DF

O foco da Lava-jato

De feitiços & feiticeiros

EDITORIALCenso do turismo

A-3

A-4

A-10

BEBIDAS

PEZÃO SANCIONA LEI QUELIBERA CERVEJA EM ESTÁDIO. A-7

AÇÕES

MESMO VOLÁTIL, IBOVESPATEM 3ª SESSÃO DE GANHO. B-1

FOCUS

MERCADO PIORA PREVISÕESPARA INFLAÇÃO E PIB. A-2

PATSY LYNCH/REX USA

PELTIER

CAPACITAÇÃO CONTINUADA É VITAL EM CONTABILIDADE. B-8

CARREIRAS

Zulmir Breda, do Conselho Federal de Contabilidade,

"Um mapa todo seu",novo livro de Ana MariaMachado,será lançado hoje no Rio.A-12

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EconomiaA-2 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 20 de outubro de 2015

EEddiittoorreess //// Jorge ChavesPedro Argemiro

DA AGÊNCIA ESTADO

Oministro da Casa Civil,Jaques Wagner, afirmouontem que até o finalda semana o governo

tomará uma decisão sobre asmedidas que precisarão ser to-madas para cumprir a meta es-te ano. Wagner não mencionouse o governo vai rever o resulta-do para 2015 ou se elevará osabatimentos previstos. “Vai terque sair uma mensagem nes-se sentido”, disse ao ser ques-tionado sobre a decisão que ogoverno tomará. Junto com os

ministros Joaquim Levy (Fa-zenda) e Nelson Barbosa (Pla-nejamento), Wagner faz parteda junta orçamentária. A frus-tração na arrecadação tribu-tária amplia as dificuldadespara o governo cumprir a me-ta fiscal deste ano.

Após se reunir com o presi-dente em exercício, Michel Te-mer, o dirigente da Casa Civilafirmou que o objetivo maiorneste momento é “fazer a pau-ta da economia andar”. Segun-do ele, entre as prioridades estáa aprovação da Desvinculaçãode Receitas da União (DRU),

mesmo que valendo até 2016 ea nomeação de um relator parao projeto que recria a CPMF.“Nossa pauta é a economia, agente precisa andar com ela”,afirmou o ministro.

Em meio à pressão sobre opresidente da Câmara, deputa-do Eduardo Cunha (PMDB-RJ),o ministro ressaltou que o Con-gresso e o Judiciário estão fa-zendo sua parte, mas reconhe-ceu que os imbróglios políticos“criam um clima”. Ele frisou, noentanto, que ambiente políticoé calmo. “Esta não é uma ques-tão de governo”, ressaltou.

Ainda segundo Wagner, du-rante a reunião com Temer fo-ram discutidas as sanções quedeverão ser feitas esta semanapor ele, já que a presidente Dil-ma Rousseff está em viagemoficial à Finlândia.

Para mudar a meta ou rever oabatimento, o governo precisa-rá mexer no projeto de lei envia-do ao Congresso, que prevê a re-dução da economia para paga-mento de juros da dívida nesteano a 0,15% do Produto InternoBruto (PIB). O texto está paradona Comissão Mista de Orça-mento (CMO) do Congresso.

Wagner: decisão sobremeta fiscal sai até sextaPara mudar o objetivo ou rever os abatimentos previstos, governo precisará mexer noprojeto de lei enviado ao Congresso, que fixa em 0,15% do PIB a economia para pagar juros

SUPERÁVIT PRIMÁRIO FOCUS

DA AGÊNCIA ESTADO

Na semana de decisão doBanco Central sobre o rumodos juros, o Relatório de Mer-cado Focus trouxe mais umaavalanche de revisões negati-vas de previsões para a infla-ção e o Produto Interno Bru-to (PIB) em 2015, 2016 e tam-bém para os anos seguintes.Mesmo assim, ficou mais le-ve a estimativa para o corteda taxa básica de juros (Selic)no ano que vem.

O PIB deverá encolher 3%este ano e 1,22% no próximo,com a produção industrial pu-xando a recessão econômica.Para as cerca de 120 institui-ções financeiras que partici-pam da pesquisa semanal doBC, o setor manufatureiro teráqueda de 7% em 2015 e de 1%em 2016. Este é um dos moti-vos pelos quais há uma unani-midade entre os economistasde que o Comitê de PolíticaMonetária (Copom) manteráos juros em 14,25% ao ano nareunião de hoje e amanhã.

O ponto central do bole-tim Focus revela também quehouve altas das estimativaspara o IPCA em todos os anos.Em 2015, a nova rodada mos-tra variação de 9,75% e nopróximo, de 6,12%. Para 2017,a previsão é de taxa de 5%;para 2018, de 4,7%, e para2019, de 4,5%.

Entre os analistas que maisacertam as previsões, deno-minados Top 5, o prognósti-co sobre o comportamentodos preços é ainda pior: esteano, a inflação deve encerrarem 9,81% e o próximo, em6,72%. Para 2017, o consensoé de taxa de 5,8%; para 2018,de 6%, e, para 2019, de 5,50%.

As pressões vindas dos pre-ços administrados ou moni-torados pelo governo, como ode combustíveis e de tarifascomo energia, água e gás, de-vem continuar, segundo oboletim Focus. Para 2015, es-se conjunto de preços deveter alta de 16%, conforme odocumento divulgado on-tem. Já para o ano que vem aprojeção subiu para 6,35%.

Apesar disso, a pesquisa

mostrou que os especialistascontinuam esperando redu-ção dos juros apenas em julhodo ano que vem, mas em me-nor intensidade. Até a semanapassada, o prognóstico era ode que haveria um corte dosatuais 14,25% para 13,75% aoano. Agora, a previsão de que-da é menor, de 14%. Essa mu-dança desencadeou uma sériede ajustes ao longo da segun-da metade de 2016 e do iníciode 2017. Para o fechamento doano que vem, a previsão agoraé de Selic a 12,75% e, em mar-ço de 2017, último dado dispo-nível, de 12% ao ano.

Câmbio

A disparada do dólar tam-bém segue no radar dos ana-listas, mas não houve pioradas previsões esta semana.Ao contrário. A perspectivade que o câmbio encerrariaem R$ 4,15 em 2016 foi subs-tituída pela cotação de R$4,13 e a expectativa de fecha-mento do dólar em R$ 4,00em 2015 ficou congelada.

Mesmo assim, são os ajus-tes domésticos em relação aosetor externo que vêm mos-trando alguma melhora decomportamento na pesquisaFocus. Para a balança comer-cial, por exemplo, os partici-pantes projetam superávit deUS$ 13,2 bilhões em 2015 eum saldo positivo de US$ 25bilhões no ano que vem. Essedesempenho no azul colabo-ra para que o rombo das tran-sações correntes fique me-nor nos dois anos: US$ 65 bi-lhões em 2015 e US$ 47,75bilhões em 2016.

Pelos cálculos dos econo-mistas, os ingressos de Investi-mentos Diretos no País (IDP),que são os recursos voltadospara o setor produtivo, vão fi-car maiores este ano (US$ 62,5bilhões), mas ainda não serãosuficientes para cobrir inte-gralmente o rombo das tran-sações correntes. Já no caso de2016, a perspectiva é de que ovolume de entradas, atual-mente estimado em US$ 60bilhões, dê com folga para fe-char as contas.

Mercado revisa para piorprevisões de IPCA e PIB

AJUSTE FISCAL

DA AGÊNCIA REUTERS

O ministro do Planejamento,Nelson Barbosa, afirmou ontemque a CPMF é uma medida ne-cessária para recuperar as con-tas do governo e afirmou queainda não há decisão sobre pos-sível revisão da meta de superá-vit primário deste ano.

“A CPMF é uma medida ne-cessária para recuperar a recei-ta do governo enquanto nóstrabalhamos em reformas maisestruturais, do lado do gastoobrigatório”, disse Barbosaapós participar de evento doInstituto Lula, em São Paulo.

No evento, estavam o próprioex-presidente Luiz Inácio Lulada Silva, segundo sua assessoria,e o presidente do PT, Rui Falcão,que têm feito críticas à condu-ção da atual política econômica,encabeçada pelo ministro daFazenda, Joaquim Levy.

Barbosa reconheceu que a re-criação da CPMF, imposto que

recai sobre transações financei-ras, tem custo, mas que o gover-no a considera necessária nãoapenas para ajudar nas contasde 2016, como também até 2019.

“(A CPMF) é o plano do go-verno, nós contamos com is-so e estamos trabalhandocom o Congresso para a apro-vação”, completou.

No fim de semana, a presi-dente Dilma Rousseff afir-mou que foram discutidasestratégias em reunião daJunta Orçamentária para ga-rantir que sejam aprovadas

no Congresso Nacional asprincipais medidas para oequilíbrio fiscal, destacada-mente a CPMF.

O governo tem enfrentadoobstáculos para ver aprovadasas medidas de ajuste fiscal noCongresso Nacional e tenta re-verter a falta de unidade e apoioda base governista.

Ao ser questionado sobre apossibilidade de mudar a me-ta de superávit primário – eco-nomia feita para pagamentode juros da dívida pública –,Barbosa disse apenas que ain-

da não havia decisão.Em julho, o governo reduziu a

meta do setor público consoli-dado para este ano para R$ 8,7bilhões, ou o equivalente a 0,15%do Produto Interno Bruto (PIB),mas incluiu a possibilidade deabatimento de até R$ 26,4 bi-lhões no caso de frustrações dereceitas. Diante do cenário derecessão e baixa arrecadação,segundo fontes do governo, ogoverno deve reconhecer que ascontas serão deficitárias.

Sobre a retomada do investi-mento, Barbosa destacou que ogoverno trabalha para estabili-zar a situação macroeconômi-ca e com isso favorecer os in-vestimentos, buscando estabi-lidade da taxa de câmbio, da in-flação e da taxa de juros.

“Uma recuperação susten-tada do crescimento exige ce-nário menos incerto no longoprazo, e isso passa inicialmen-te pela estabilização macroe-conômica”, disse ele.

Barbosa: CPMF é imprescindível

INDÚSTRIA

DA AGÊNCIA ESTADO

Acentuando a curva de pessi-mismo que se abateu sobre a in-dústria nacional, o Índice deConfiança do Empresário Indus-trial (Icei) caiu mais 0,7 ponto emoutubro e cavou mais fundo o pi-so da série histórica do indicador.De acordo com os dados divulga-dos ontem pela ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI), aqueda de 2,1 pontos nos últimosdois meses ampliou o recordenegativo do índice, elaboradopela entidade desde 1999.

Em uma escala na qual valo-res abaixo dos 50 pontos signifi-cam falta de confiança, o Iceichegou a 35 pontos em outubro.Esse patamar é 10,8 pontos infe-

rior ao registrado em igual mêsdo ano passado, o que mostra adeterioração das expectativasdos empresários do setor desde ofim do período eleitoral de 2014.Para se ter uma ideia do quanto onível atual do indicador é ruim, oresultado de outubro está 20,4pontos abaixo de sua média his-tórica. Ou seja, nos últimos 16anos, a indústria sempre estevemais otimista que pessimista,com uma média de 55,4 pontos.

O pessimismo é maior entreas médias empresas. Olhandoapenas as indústrias desse por-te, o indicador caiu de 35,1 pon-tos em setembro para 34 pontosem outubro. Entre as pequenas,o Icei recuou de 35,5 pontos pa-ra 34,5 pontos. Já as maiores

companhias apresentaram que-da de 36,2 pontos para 35,7 pon-tos na mesma comparação.

O resultado de outubro mos-tra que o que mais pesa no pes-simismo do setor é a situação at-ual do ambiente de negócios,cujo resultado ficou em apenas26,5 pontos, muito distante dalinha divisória dos 50 pontos.

A pesquisa da CNI mostra31,2 pontos na avaliação atualsobre a própria empresa e irrisó-rios 17,3 pontos na análise sobrea economia nacional. Já a variá-vel que mede as expectativas pa-ra os próximos meses tambémrecuou, pelo quarto mês segui-do, e chegou a 39,3 pontos. Nes-se período, a queda acumuladafoi de 4,3 pontos.

Falta de confiança é a maiordesde 1999, aponta pesquisa

(A CPMF) é o plano do governo, nóscontamos com isso e estamos trabalhandocom o Congresso para a aprovação.”

Nelson BarbosaMinistro do Planejamento

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Jornal do Commercio • Terça-feira, 20 de outubro de 2015 • Economia • A-3

FATO RELEVANTEA Vale S.A. (Vale) informa que o Conselho de Administração aprovou o pagamento da segunda parcela de remuneração aos acionistas em 2015, no valor bruto de R$ 1.925.350.000,00 (US$ 500 milhões), correspondente ao valor de R$ 0,373609533 (US$ 0,097023796) por ação ordinária ou preferencial em circulação. De acordo com o artigo 3º, § 4º, da Instrução CVM nº 358, este Fato Relevante encontra-se disponível em sua versão completa, em teor idêntico àquele remetido à CVM, no website da VALE.

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2015Luciano Siani Pires

Diretor Executivo de Relações com Investidores

O INMETRO torna público o resultado do Pregão Eletrônico n.º 015/2015

– Processo INMETRO n.º 52600. 019254/2015 – Objeto: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS E SERVIÇOS DE COURRIER COM LOCAÇÃO DE VEÍCULOS E MOTOCICLETAS, INCLUINDO CONDUTORES, COMBUSTÍVEIS, MANUTENÇÃO DA FROTA, SEGURO TOTAL E OUTROS ENCARGOS, sagrando-se vencedora a empresa

MULTIAMERICAN SERVIÇOS LTDA - EPP, CNPJ 15667913/000133, item único.

Valor Global Anual da Licitação R$ 1.470.465,12 (Hum Milhão, quatrocentos e setenta mil, quatrocentos e sessenta e cinco reais e doze centavos).

RESULTADO DE JULGAMENTO

Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

CO.GCM.A.00013.20151. FURNAS Centrais Elétricas S.A. torna público que realizará licitação na modalidade Concorrência para a contratação dos serviços de modernização dos sistemas de supervisão, de comando e de controle das subestações de 500kV, de 230kV, de 138kV e dos serviços auxiliares, bem como da instalação de infraestrutura da Rede Operativa, na UHE Serra da Mesa/GO. 2. Obtenção do Edital: O Edital está disponível a partir desta data no site de FURNAS (www.furnas.com.br - opção Fornecedores / Editais), gratuitamente. 3. A Documentação de Habilitação e as Propostas deverão ser entregues às 10 horas do dia 19/11/2015, na Rua Real Grandeza, nº 219, Bloco C, sala 706,

do dia 20/10/2015.

Luiz Fernando da Costa e CunhaGerência de Compras

AVISO DE LICITAÇÃO

Ministério de

Minas e Energia

Nasentrelinhaspor Luíz Carlos [email protected]

A CPI da Petrobras encerra os trabalhos de forma me-lancólica no decorrer desta semana. Proposta pela oposi-ção, foi instalada graças ao apoio do presidente da Câma-ra, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que via na comissão umamaneira de pressionar o governo, isolar o PT e manipulara oposição. Como já aconteceu outras vezes, como no ca-so da famosa CPI do Judiciário do Senado, a crise que aCPI gerou na Câmara tornou-se incontrolável, ainda quesua atuação, especificamente, tenha sido pífia. Seu resul-tado pode ser a cassação de Cunha. No outro caso citado,a crise resultou na renúncia de três poderosos senadores,Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), Jader Barbalho(PMDB-PA) e José Roberto Arruda (PSDB), e na cassaçãode um deles, Luiz Esteves (PFL-DF).

O petista Luiz Sérgio (RJ), relator da CPI, não vai indi-ciar nenhum político. Criada para investigar o PT e o go-verno Dilma, porém, a comissão acabou servindo de ar-madilha para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), de quem o presidente da comissão, deputadoHugo Mota (PMDB-PB), é aliado incondicional. Por iro-nia, o depoimento de Cunha na comissão, de espontâneavontade, serviu de base para o pedido de sua cassaçãoapresentado ao Conselho de Ética da Câmara pelo PSol ea Rede, com o apoio de 52 deputados de diversos parti-dos, sendo a maioria do PT. Na CPI, Cunha negou a exis-tência de suas contas bancárias na Suíça, mas elas foramcomprovadas pelo Ministério Público Federal com fartadocumentação. Mentir da tribuna no Congresso costumaser mortal, pois esse tipo de quebra de decoro costuma

ser punido comcassação demandato, numrito sumário de90 dias.

Em quase oi-to meses deatuação, apósduas prorroga-ções, a CPI pre-parou umagrande pizzanapolitana. A vi-da continua,porém. Graçasàs delações pre-miadas, o nú-mero de políti-cos envolvidosno escândalo daPetrobras chegaa 62 parlamen-tares, ex-parla-mentares, diri-gentes de parti-do, ministros egovernadores.Parlamentarescom mandatorespondem a in-quéritos no Su-

premo Tribunal Federal (STF); os governadores, no Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ); e os demais, sem mandato,na primeira instância. São 31 políticos do PP; 12 do PT edo PMDB, cada; 2 do PSB; um do PSDB, do PTB e do Soli-dariedade, cada; e dois sem partido.

Efeito OrloffO foco do procurador-geral da República, Rodrigo Ja-

not, em relação aos políticos, está fechado no presidenteda Câmara, que esperneia por causa disso. Outros quatrodenunciados por Janot, como o senador Fernando Collor(PTB-AL), estão em segundo plano, no aguardo do “devi-do processo legal”. Entretanto, todos vivem a expectativado que pode vazar contra eles. A PF tem solicitado maisprazos, quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônico etomado depoimentos de muitos deles. As investigaçõescontinuam. É uma espera angustiante.

Teme-se uma espécie de efeito Orloff, aquele “eu souvocê amanhã” da famosa propaganda de vodka. Dois po-líticos sem mandato já foram condenados e estão presos:o ex- deputado petista André Vargas e o ex- tesoureiro dopartido, João Vaccari. O ex- ministro da Casa Civil JoséDirceu, que voltou à cadeia, e o ex- deputado Luiz Argôlo,que era filiado ao Solidariedade, aguardam julgamento.Cada vez que surge uma nova delação premiada, a chapaesquenta para alguns deles. A de Fernando Soares, o Fer-nando Baiano, ameaça carbonizar o presidente do Sena-do, Renan Calheiros (PMDB- AL); o líder do governo noSenado, Delcídio Amaral (PT- MS); e senador Jader Barba-lho (PMDB- PA), todos no aguardo da denúncia de Janot.

O juiz Sérgio Moro, da Vara Federal de Curitiba, cos-tuma andar mais rápido do que o STF. Por essa razão,citado por Baiano e sem mandato, está no sal o ex- mi-nistro das Minas e Energia, Silas Rondeau, que ocupouo cargo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A pro-pósito, ontem o Ministério Público Federal apresentouuma nova denúncia contra o presidente da Odebrecht,Marcelo Odebrecht, e dois executivos da maior emprei-teira do país, que continua preso.

Os contratos que são alvo da ação estão relacionadosaos projetos de terraplenagem no Complexo Petroquí-mico do Rio de Janeiro (Comperj) e na Refinaria Abreude Lima (RNEST ); à Unidade de Processamento deCondensado de Gás Natural (UPCGN II e III) do Termi-nal de Cabiúnas (Tecab); à Tocha e Gasoduto de Cabiú-nas; e às plataformas P-59; P-60, na Bahia. Os paga-mentos das propinas ocorreram entre dezembro de2006 a junho de 2014, principalmente, em espécie e de-pósitos no exterior. Moro menciona a possibilidade dehaver pagamento de propina a pessoas com foro privi-legiado, que não foram inseridas na denúncia. Mas es-tão entre 62 políticos investigados.

O foco daLava-jato

A CPI daPetrobraspreparou umagrande pizzanapolitana. Onúmero depolíticosenvolvidos noescândalo daPetrobras, porém,chega a 62parlamentares

DA AGÊNCIA REUTERS

Aprodução de minério deferro da brasileira Vale te-ve a melhor performancede sua história no tercei-

ro trimestre, apesar de a compa-nhia paralisar a extração em mi-nas menos eficientes, em meioaos baixos preços da commodi-ty devido ao excedente global.

A maior produtora globalde minério produziu entre ju-lho e setembro um recorde tri-mestral de 88,225 milhões detoneladas, alta de 2,9% ante oigual período de 2014, infor-mou ontem a mineradora emseu relatório de produção.

Os volumes excluem a pro-dução atribuível à Samarco,joint venture da Vale com a BHPBilliton, além do minério ad-quirido de terceiros. Na próxi-ma quinta-feira, a companhiapublicará o seu balanço finan-ceiro do terceiro trimestre.

A Vale, maior produtora glo-bal de minério de ferro, tem se-guido a mesma estratégia dassuas grandes rivais australianasRio Tinto e BHP Billiton, ao man-ter forte produção para defenderparticipação de mercado, emmeio aos baixos preços interna-cionais do minério de ferro.

Em relatório para clientes, oBTG Pactual afirmou que o cres-cimento da produção de miné-

rio de “apenas” 3% na compa-ração anual ainda não é sufi-ciente para compensar um am-biente de preços “substancial-mente” mais fracos.

O banco afirmou que o mon-tante de minério produzido notrimestre foi “decente” e quepermanece cauteloso diante docenário internacional. “A vidaapós a China pode ser mais do-lorosa e tememos que o piorainda esteja por vir”, afirmaramos analistas Leonardo Correa eCaio Ribeiro, em relatório.

O minério de ferro para en-trega imediata no porto chinêsde Tianjin opera por volta deUS$ 52 a tonelada atualmente,ante máximas próximas de US$200 há quatro anos.

A Vale explicou que opera-ções menos eficientes foram

desligadas no terceiro trimestre,como parte de sua estratégia deredução de custos, totalizando oencerramento de uma capaci-dade anualizada de 13 milhõesde toneladas.

Dentre as plantas de benefi-ciamento que foram paralisadasestão Feijão, Jangada, Pico, Fábri-ca e Brucutu, em Minas Gerais.

“No entanto, os ganhos deprodutividade em outras opera-ções parcialmente compensa-ram a paralisação da produçãonas plantas de beneficiamento.Também houve redução nacompra de minério de terceirosno terceiro trimestre”, afirmou aVale no boletim.

A produção de Carajás, prin-cipal mina da Vale, no Pará, atin-giu 33,9 milhões de toneladas noterceiro trimestre, a maior para

um terceiro trimestre, principal-mente devido ao crescimentoda produção das minas de N4WSe N5S e à melhor utilização dacapacidade da Planta 2.

No acumulado do ano até se-tembro, a Vale produziu recordede 248 milhões de toneladas, al-ta de 5% em relação ao igual pe-ríodo do ano passado.

A meta da Vale é produzir 340milhões de toneladas neste ano,segundo declarações anterioresda companhia. Entretanto, norelatório de produção a empresanão fez menção a esse volume.

Níquel

A Vale, que também está en-tre as maiores produtoras de ní-quel do mundo, atingiu extraçãode 71,6 mil toneladas da com-modity no terceiro trimestre,queda de 0,7% ante um ano an-tes, segundo o relatório de pro-dução da companhia. A correto-ra Cowen & Company afirmouque o número veio abaixo dasua expectativa, que era de 75mil toneladas no trimestre.

A mineradora ressaltou quehouve aumento de 6,7% nacomparação com o trimestreanterior, como resultado damaior produção em Sudbury,Indonésia e Nova Caledôniaapós paradas de manutençãono segundo trimestre.

Produção da Vale baterecorde no 3o trimestreEm meio aos baixos preços da commodity, mineradora produziu 88,225 milhões de t,alta de 2,9% ante julho a setembro de 2014, o seu melhor resultado para o período

MINÉRIO DE FERRO

Os ganhos de produtividade em outrasoperações parcialmente compensaram aparalisação da produção nas plantas debeneficiamento. Também houve reduçãona compra de minério de terceiros noterceiro trimestre.”

Trecho do relatório de produção da Vale

SPC BRASIL/CNDL

DA AGÊNCIA ESTADO

O avanço do desemprego e aconsequente diminuição darenda disponível das famílias,combinados com a alta das ta-xas de juros e com a inflação ele-vada, fizeram com que os brasi-leiros tivessem menos condi-ções de acertar suas dívidas atra-sadas em setembro. A quantida-de de dívidas regularizadas caiu5,74% no mês passado, na com-paração com setembro de 2014,

segundo pesquisa do Serviço deProteção ao Crédito (SPC Brasil)e da Confederação Nacional deDirigentes Lojistas (CNDL).

Na comparação com agostodeste ano, houve melhora de2,19%. Segundo o SPC Brasil e aCNDL, o resultado do nono mêsdo ano “dá continuidade à ten-dência de piora do indicador ve-rificada ao longo de 2015”.

Além disso, caiu pelo oitavomês consecutivo o número depessoas que limparam seus

nomes. “A comparação do da-do acumulado nos nove pri-meiros meses de 2015 comigual período do ano passadorevela queda de 5,71%”, desta-ca a nota conjunta.

Para a CNDL, os indicadoresnegativos na comparação com oano passado refletem as condi-ções menos favoráveis da ativi-dade econômica tanto para oconsumo quanto para o paga-mento de dívidas.

Já a melhora na comparação

com agosto é reflexo do paga-mento da primeira parcela do13º salário e de dissídios de algu-mas categorias, segundo a eco-nomista-chefe do SPC Brasil,Marcela Kawauti. “Tradicional-mente, os últimos meses do anosão um período em que o con-sumidor busca regularizar suaspendências financeiras paravoltar a consumir a prazo no pe-ríodo do Natal, ainda que nesteano o movimento esteja aquémde períodos anteriores”, afirma.

Regularização de dívidas cai 5,7%

SERASA

DA AGÊNCIA ESTADO

O crédito caro, o avanço dodesemprego e os baixos níveis deconfiança foram decisivos para aredução na procura de pessoasfísicas por financiamento, se-gundo a Serasa Experian. A de-

manda por crédito caiu 3,9% emsetembro ante agosto, na sériesem ajuste sazonal. Na compa-ração com igual mês do ano pas-sado, a retração foi de 3,6%. Já noacumulado ddeste ano, a procu-ra ainda registra alta de 3,2%.

A demanda por crédito caiu

em todas as faixas de rendas namargem, com diminuição de3,8% entre aqueles que ganhamaté R$ 500 por mês, de 4,1% paraos que recebem de R$ 500 a R$1.000 e de 3,9% para os consu-midores com rendimento de R$1 mil a R$ 2 mil. Entre os consu-

midores que recebem de R$ 2mil a R$ 5 mil por mês e de R$ 5mil a R$ 10 mil, a retração foi de3,5%. No grupo de consumido-res com renda superior a R$ 10mil mensais, a busca por créditoteve retração de 3,4% em setem-bro na comparação com agosto.

Demanda por crédito recua 3,9%

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A-4 • Economia • Terça-feira, 20 de outubro de 2015 • Jornal do Commercio

O barulho e a pressão declarada do PT pela saída do ti-tular da Fazenda, Joaquim Levy, acenderam o sinal dealerta nos partidos aliados e de oposição sobre o jogo queestá em curso: é colocar a culpa de toda a crise no colo doministro para que, na eleição do ano que vem, os petistaspossam dizer que Levy é o responsável pelo agravamentoda situação. Está em construção o discurso de que, en-quanto Guido Mantega era ministro, tudo ia bem. Levyentrou, deu no que deu. Resta saber se vai colar.

Provas de fogoO presidente da Câmara, Eduardo Cunha, passou o fim

de semana na cobrança de apoio daqueles que ajudou nosúltimos anos. Daí, a segurança dele ao dizer que a única for-ma de afastá-lo do cargo é a renúncia e essa ele não adotará.Também partiu dessas conversas a marcação de tantas reu-niões partidárias para hoje a fim de buscar acenos em favordele. Ocorre que a combinação foi feita com os líderes. Enão com as bancadas, cada vez mais constrangidas.

Fratura expostaA reunião convocada pelo líder do PSDB, Carlos Sam-

paio, para discutir a conjuntura e enquadrar o deputadoMax Filho (PSDB-ES), que assinou o pedido para queEduardo Cunha fosse levado ao Conselho de Ética, vai ex-por o racha na bancada. É que a cada dia aumenta o nú-mero de incomodados com a situação do presidente daCâmara, e Sampaio insiste em esperar mais.

Cunha e a leiDeputados que se detiveram atentamente à leitura da Lei

nº 1.079, de 1950, que estabelece os casos de crime de res-ponsabilidade e o processo de julgamento, citam o artigo 19para dizer que Cunha não é o senhor do impeachment: “re-cebida a denúncia, será lida no expediente da sessão se-guinte e despachada a uma comissão especial eleita, daqual participem, observada a respectiva proporção, repre-sentantes de todos os partidos para opinar sobre a mesma”.Ou seja, cabe à comissão e não ao presidente da Casa dizerse o processo deve ou não prosseguir ou ser arquivado.

É guerra!Eduardo Cunha reagiu assim ao saber das declarações

da presidente Dilma Rousseff, que lamentou sobre o su-posto envolvimento dele em corrupção. O troco que eleprepara não ficará apenas na declaração dada à impren-sa. Virá também na caneta ao dar sinal verde à análise dopedido de impeachment.

E a DRU, hein?Quem calculou os prazos jogou a toalha: a Desvincula-

ção de Receitas da União (DRU) só tem condições de ter avotação concluída em 2016.

Uma análise da esquerdaEx-presidente do PSB, Roberto Amaral lança hoje em

Brasília o livro A Serpente sem casca, da “crise” à FrentePopular. No Sebinho, no bloco C da comercial da 406 Nor-te, a partir das 19h.

O corpo falaParece piada pronta. Uma conjuntivite levou o relator

da CPI da Petrobras, Luiz Sérgio, a apresentar o relatórioquase que... de olhos fechados. Não faltaram ironias so-bre a falta de pedidos de indiciamentos dos envolvidos noesquema. Afinal, se o relator não enxerga...

Temer, o reservadoMichel Temer é sempre tão discreto no exercício da

Presidência que, desta vez, extrapolou na fantasia de aba-jur apagado no canto da sala. Até as 16h30, ele nem tinhachegado no Planalto e nem tinha agenda definida.

Refresco...Depois de semanas de exposição a temas negativos (re-

sultados ruins da economia, ameaça de impeachment eescândalos de corrupção), o governo pôde comemorarum sopro de imagem positiva nos últimos dias, graças àOlimpíada de 2016. O presidente da Embratur, ViniciusLemmertz, falou à CNN, ao Today Show, um dos progra-mas maior audiência da NBC.

...Mas não tantoDurante entrevista à CNN, Lummertz não pôde esca-

par de uma pergunta sobre a possibilidade do impeach-ment da presidente Dilma. “Não acredito nesta hipótese”,disse. “É preciso ver o outro lado da história: a democra-cia e as instituições estão se saindo bem.”

De feitiços &feiticeiros

Brasília-DFpor Denise [email protected]

DA AGÊNCIA REUTERS

Aeconomia da China re-gistrou no terceiro tri-mestre deste ano cres-cimento econômico

abaixo de 7% pela primeiravez desde a crise financeiraglobal, afetada em parte peladesaceleração do investimen-to, o que aumenta a pressãosobre Pequim para cortarmais a taxa de juros e adotaroutras medidas para impul-sionar a atividade.

A segunda maior econo-mia do mundo cresceu 6,9%de julho a setembro sobre oigual período do ano ante-rior, informou a Agência Na-cional de Estatísticas, ligeira-mente melhor do que a ex-pectativa de alta de 6,8%, masabaixo dos 7% vistos nos trêsmeses anteriores.

Isso fortaleceu as expecta-tivas de que a China vai evi-tar uma desaceleraçãoabrupta do crescimento, comanalistas prevendo quedamais gradual na atividadeadentrando em 2016.

“Gastos fiscais mais fortes ecrescimento do crédito maisrápido vão limitar os riscos debaixa ao crescimento nos pró-ximos trimestres”, disse o ana-lista da Capital Economics Ju-lian Evans-Pritchard.

Líderes chineses têm tenta-do acalmar os mercados glo-bais há meses dizendo que aeconomia está sob controleapós uma inesperada desvalo-rização do yuan e a queda dosmercados acionários teremprovocado temores de umpouso forçado.

Alguns analistas esperamque a desaceleração no tercei-

ro trimestre possa ser o pontomais baixo para 2015 já queuma série de medidas de estí-mulo entram em vigor nos pró-ximos meses, mas dados men-sais fracos para setembro colo-cam esse otimismo em xeque.

“Conforme o crescimentodesacelera e o risco de defla-ção aumenta, reiteramos quea China precisa reduzir a taxade compulsório em mais 0,5ponto percentual no quartotrimestre”, escreveram econo-mistas do ANZ Bank em nota.

Em sua batalha contra a pi-or desaceleração econômicaem mais de seis anos, o banco

central chinês cortou a taxa dejuros cinco vezes desde no-vembro e reduziu o compulsó-rio três vezes este ano.

Na comparação trimestral,o crescimento no terceiro tri-mestre foi de 1,8%.

A expansão do investimen-to em ativo fixo desaceleroupara 10,3% no período entrejaneiro e setembro sobre igualperíodo do ano anterior, abai-xo da expectativa de 10,8% eante 10,9% no mês anterior.

A expansão da produção in-dustrial também desaceleroumais do que o esperado para5,7%, contra expectativa deanalistas de 6% na compara-ção anual após avanço de 6,1%no mês anterior.

As vendas no varejo acele-raram para 10,9 por cento,contra expectativa de 10,8 porcento e alta de 10,8 por centono mês anterior.

Na base anual, a expansãodo PIB no terceiro trimestredeste ano foi o pior resultadodesde o primeiro trimestre de2009, quando a economia chi-nesa cresceu 6,2 por cento.

China tem crescimentomais fraco desde 2009Segunda economia do mundo cresceu 6,9% sobre igual período de 2014, com pequena alta ante a expectativa dos analistas de 6,8%, mas abaixo dos 7% vistos nos três meses anteriores

TERCEIRO TRIMESTRE

Conforme o crescimento desacelera e orisco de deflação aumenta, reiteramos quea China precisa reduzir a taxa decompulsório em mais 0,5 ponto percentualno quarto trimestre.”

Economistas do ANZ Bank em nota a clientes

Geração de energia recua 3% DA AGÊNCIA REUTERS

A China produziu 454,8 bi-lhões de kilowatt-hora (kWh)em energia elétrica em se-tembro, ou 3,1% a menos queem igual mês do ano passado,informou ontem o departa-mento estatal de estatísticas,com a demanda industrialainda sob pressão conforme aeconomia desacelera.

O crescimento da geraçãode energia tem caído nesteano como resultado da quedanos níveis de consumo em in-

dústrias em baixa, como a deaço, que têm enfrentado difi-culdades devido a altas taxasde ociosidade e preços fracos.

A economia da China regis-trou no terceiro trimestre cres-cimento econômico abaixo de7% pela primeira vez desde acrise financeira global. Com opaís tentando reduzir sua de-pendência de combustíveisfósseis, a redução na deman-da por eletricidade teve im-pacto relevante nas usinastérmicas do País, normalmen-te responsáveis por cerca de

três quartos da produção.As térmicas a carvão, predo-

minantes, produziram 314,6bilhões de kWh em setembro,3,6% de queda na comparaçãoanual, e responderam por 69%da geração total.

Demanda

No trimestre, a geração tér-mica caiu 2,2%, comparada aum aumento de 0,1% na gera-ção das demais fontes deenergia. A demanda em que-da nas térmicas ajudou a re-

duzir a produção de carvãoem 2,2% em setembro.

Já o consumo de energia elé-trica atingiu 456,3 bilhões dekWh, queda de 0,2% na compa-ração anual, com baixa de 2,9%no consumo industrial.

.A capacidade instalada daChina, contando unidades commais de 6 mil kilowatts, atingiu1.385 gigawatts ao final de se-tembro, 9,4% acima do resulta-do de igual mês do ano passado.O número representa cerca de10 vezes o parque gerador brasi-leiro, hoje com 138,8 gigawatt

Curta

S&P CONFIRMA RATING SOBERANO DA ÍNDIA

A Standard & Poor’s reafirmou o rating soberano de longoprazo da Índia em BBB- e o de curto prazo em A-3. Aperspectiva dos ratings continua estável. Em comunicado, aagência de classificação de risco disse que os ratingsrefletem o sólido perfil externo da Índia e a melhora nacredibilidade monetária do país. BBB- é a última notaconsiderada grau de investimento pela S&P. Por outro lado,a agência destacou que a Índia tem fragilidades, comobaixarenda per capita e finanças públicas fracas.

COMÉRCIO

DA AGÊNCIA REUTERS

A presidente Dilma Rousse-ff afirmou ontem, em eventocom empresários durante visi-ta à Suécia, que o Mercosul es-tá pronto para apresentar suaproposta à União Europeia emnovembro referente a um acor-do comercial entre os dois blo-cos, e reiterou o compromissodo governo com o ajuste fiscal.

União Europeia e Mercosulnegociam há vários anos umacordo de livre comércio en-tre os blocos, que se tornouainda mais importante paraas respectivas economias emvirtude da assinatura nestemês de um acordo comercialentre os Estados Unidos emais 11 países da costa do Pa-cífico, a chamada ParceriaTranspacífico (TPP).

“O Mercosul está prepara-

do para apresentar sua ofertacomercial à União Europeiae, a partir daí, estabelecer umacordo comercial ambiciosoe extremamente vantajosopara ambas as partes”, disseDilma em discurso na ceri-mônia de abertura de semi-nário empresarial Brasil-Sué-cia, em Estocolmo.

Plataforma

“Este acordo abre para aUnião Europeia, e em espe-cial para a Suécia, todo o mer-cado da América do Sul e cer-tamente, a partir daí, funcio-nará como uma plataformapara o restante do continen-te”, acrescentou.

A troca simultânea de ofer-tas entre Mercosul e União Eu-ropeia é um passo decisivo pa-ra as negociações de um acor-

do de livre comércio, conside-rado por Dilma uma priorida-de para o bloco de países sul-americanos neste ano.

Em entrevista coletiva apóso evento, ao lado do premiêsueco, Stefan Lofven, Dilmadisse que a expectativa doMercosul é que a apresenta-ção seja realizada até o finalde novembro.

“Estamos muito otimistascom relação a esse acordo. Doponto de vista do Mercosul,ele está pronto para ser assi-nado, e acreditamos que doponto de vista da União Euro-peia os sinais também são bempositivos”, disse.

Ajuste fiscal

Em seu discurso no fórumempresarial, Dilma tambémreiterou o comprometimento

do governo com a política deajuste fiscal, reforçando que ogoverno vem trabalhando pa-ra garantir o equilíbrio dascontas públicas.

“Nossa economia tem fun-damentos sólidos e estamostrabalhando de maneira deci-dida para fortalecer sua saúdefiscal, retomando o equilíbrio,reduzindo a inflação, consoli-dando a estabilidade macroe-conômica, para aumentar aconfiança e garantir a retoma-da do crescimento”, afirmou.

No domingo, em entrevistaa jornalistas em Estocolmo, apresidente afirmou que o mi-nistro da Fazenda, Joaquim Le-vy, permanece no cargo, apósespeculações de que deixaria ogoverno, e voltou a defender anecessidade de aprovação daCPMF pelo Congresso paraque o país volte a crescer.

Dilma quer acordo Mercosul /UE

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PaísTerça-feira, 20 de outubro de 2015 • Jornal do Commercio •A-5

EEddiittoorr //// luís Edmundo Araújo

BRASKEM PETROQUÍMICA LTDACNPJ: 04.705.090/0005-09

DOCUMENTO DE AVERBAÇÃOBRASKEM PETROQUÍMICA LTDA torna público que recebeu do Instituto Estadual do Ambiente - INEA, o DOCUMENTO DE AVERBAÇÃO- AVB002846, que averba a LO nº IN027517, com validade até 15 de julho de 2018. (Processo nº: E-07/200140/2008).

CNPJ 42.266.890/0001-28 NIRE 3330008080-5Aos vinte e um dias do mês de setembro do ano dois mil e quinze, às nove horas

e trinta minutos, na sala de Reuniões da Presidência, situada no quarto andar do escritório central da Companhia Docas do Rio de Janeiro, na Rua Acre número vinte e um, realizou-se a Sexcentésima Vigésima Segunda Reunião Extraordinária do Conselho de Administração, sob a Presidência da Economista Rita de Cássia Vandanezi Munck - representante da Secretaria de Portos - PR, e contando com a presença dos seguintes Conselheiros: Alexandre Porto Gadelha - Diretor Presidente da CDRJ; Luiz Antônio Correia de Carvalho - representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Milton Ferreira Tito - representante dos Empresários e Sergio Magalhães Giannetto - representante dos Trabalhadores. Foi registrada a participação de Daniel Sigelmann - representante do Ministério dos Transportes por vídeoconferência conforme previsto no

Capute - representante dos Acionistas Minoritários - Governo do Estado do Rio de Janeiro. Iniciados os trabalhos, passou-se ao Item 2.0 - ORDEM DO DIA. Subitem 2.1 - Eleição e Posse de Membros da Diretoria Executiva da CDRJ. De acordo com as indicações contidas nos Ofícios nºs 1883/2015/SEP-PR, datado de 16/09/2015 e 1889/2015/SEP/PR, de 11/09/2015 e com o que prevê o Inciso XIII, do Artigo 20 do Estatuto Social da CDRJ, foram submetidos à deliberação do Conselho os seguintes nomes: Diretor de Engenharia e Gestão Portuária Guilherme Carvalho de Souza em substituição a Heraldo da Costa Kremer; Diretor de Planejamento e Relações Comerciais Albert dos Santos de Oliveira em substituição a Cláudio de Jesus Marques Soares. Desta forma, foram eleitos e empossados por unanimidade os membros da Diretoria Executiva da Companhia conforme indicados e assinados os Termos de Posse, Termos de Adesão ao Código de Conduta da Alta Administração Federal, Termo de Declaração e a Declaração de Desempedimento. Os empossados prestam o compromisso de bem e lealmente exercer as aludidas funções, declarando que não estão condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno,

contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. O Conselho registra seu agradecimento aos serviços prestados pelos diretores ora substituídos. Desta forma, foi expedida a seguinte deliberação: “COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DELIBERAÇÃO Nº 008/2015/CONSAD/CDRJ O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO (CDRJ), no uso da atribuição que lhe confere o Inciso XIII, Artigo 20 do Estatuto Social, e considerando o deliberado na 622ª (Sexcentésima Vigésima Segunda) Reunião-Extraordinária, realizada em 21 de setembro de 2015, D E L I B E RA: Art. 1º - Eleger os seguintes membros da Diretoria Executiva da Companhia Docas do Rio de Janeiro, para completar o período de gestão de seu antecessor, a se encerrar em abril de 2017, de acordo com a indicação da Secretaria de Portos da Presidência da República, com esta composição: Diretor de Engenharia e Gestão Portuária Guilherme Carvalho de Souza, brasileiro, casado, economista, residente e domiciliado à Rua Professor Sylvio D’Avila nº 67 – Freguesia – Rio de Janeiro – RJ, portador da Carteira de Identidade nº 05845298-8 e do CPF nº 800,374.887-91 e Diretor de Planejamento e Relações Comerciais Albert dos Santos de Oliveira, brasileiro, divorciado, administrador, residente e domiciliado à Rua Murilo Portugal nº 76 apto 701 – Charitas - Niterói – Rio de Janeiro – RJ, portador da Carteira de Identidade nº 08449360-0 e do CPF nº 013.352.137-08. Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2015. RITA DE CÁSSIA VANDANEZI MUNCK Presidente do Conselho de Administração”. Subitem 2.2 – Nomeação de Membro do Conselho de Administração da CDRJ. O Conselho deliberou pelo adiamento da decisão. Os Conselheiros representantes dos trabalhadores e dos empresários sugerem que o melhor para a Companhia seria a indicação do Diretor Presidente como Conselheiro com as devidas restrições de participação previstas no Estatuto. Item 3.0 - ASSUNTOS GERAIS. Subitem 3.1 - A próxima reunião ordinária do Conselho de Administração está prevista para o dia 25/09/2015, às nove horas. Passada a palavra aos demais Conselheiros e como nada mais houvesse a ser dito, deu por encerrados os trabalhos às onze horas e dez minutos, tendo sido lavrada a presente Ata, que lida e achada conforme, segue assinada por todos os presentes.

RITA DE CÁSSIA VANDANEZI MUNCKPresidente do CONSAD

ALEXANDRE PORTO GADELHADiretor-Presidente da CDRJ

LUIZ ANTONIO CORREIA DE CARVALHORepresentante do MP

DANIEL SIGELMANNRepresentante do Ministério dos Transportes

MILTON FERREIRA TITORepresentante dos Empresários

SERGIO MAGALHÃES GIANNETTORepresentante dos Trabalhadores

JULIANA RODRIGUES FONSECASecretária de Órgãos Colegiados

ATA DA 622ª (SEXCENTÉSIMA VIGÉSIMA SEGUNDA) REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA

COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICACOMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO

Secretaria de

Portos

DA REDAÇÃO

Opresidente da Câmarados Deputados, Eduar-do Cunha (PMDB-RJ),disse ontem ter legiti-

midade para ocupar o posto decomando da Casa, apesar dasdenúncias que o citam e dacomprovação de que o deputa-do tem contas na Suíça não de-claradas à receita Federal, sobreas quais ele mentiu em depoi-mento à CPI da Petrobras. Cu-nha reiterou que não renuncia-rá ao cargo, acrescentando queaqueles que querem sua saídaterão de esperar o fim de seumandato. Em entrevista a jorna-listas na Câmara, Cunha infor-mou ainda que enviaria aindaaontem agravos da Casa às de-cisões do Supremo Tribunal Fe-deral (STF) que suspenderam orito para um processo de im-peachment definido por ele, emparceria com integrantes daoposição, que reduziria´para amaioria simples os votos neces-sários para tirar do cargo a pre-sidente Dilma Rousseff.

Pouco depois da entrevistado deputado, a Câmara proto-colou os agravos no Supremo.“Eu tenho legitimidade parapraticar todos os atos que sãoinerentes da minha função paraqual eu fui eleito”, disse o depu-tado. “Eu fui eleito pela Casa,aqui só cabe uma maneira de eu

sair: é renunciar, e eu não vourenunciar. Aqueles que achamque podem contar com a minharenúncia esqueçam, eu não vourenunciar.”

Sob o presidente da Câmararecaem acusações de que teriarecebido propinas em contrata-ção de estaleiro responsável pe-la construção de navios-sondada Petrobras, além de inquéritoaberto na última semana combase em investigação do Minis-tério Público da Suíça que apon-ta a existência de contas bancá-rias não declaradas de Cunha ede familiares no exterior. Alémdisso, pesa contra o deputadouma representação ao Conselhode Ética da Câmara apresentadapelo PSOL e pela Rede, pedindoa cassação de seu mandato porquebra de decoro parlamentar,já que Cunha negou em depoi-mento à CPI da Petrobras nesteano ter contas no exterior.

Ainda assim, reafirmou Cu-nha, ele continua tendo a prer-rogativa constitucional de acei-tar ou arquivar pedidos de im-peachment contra a presidenteDilma Rousseff, mesmo com asdecisões do STF que suspende-ram o rito. “Eu continuo com opoder de decidir e nada foi alte-rado com relação a esse poder”,disse. O presidente da Câmaraaproveitou para rebater temo-res de que votações de matériasimportantes fiquem paralisadas

devido à discussão política edisse que deu agilidade às vota-ções, citando medidas do ajustefiscal do governo enviadas noprimeiro semestre. Admitiu, noentanto, que o prazo está “es-premido” para a votação de pro-posta que altera a meta fiscal.

Cunha, classificou ontem osdesvios de recursos na Petro-bras como o principal caso decorrupção mundial. Em sua pri-meira entrevista à imprensaapós a revelação de documen-tos que provam a ligação comcontas secretas na Suíça, ele re-bateu a frase da presidente Dil-ma Rousseff, que lamentou oenvolvimento do deputado nocaso. “Eu lamento que seja comum governo brasileiro o maiorescândalo de corrupção domundo”, afirmou Cunha.

Durante viagem à Suécia, nodomingo, a presidente lamen-tou que as denúncias relaciona-das a Cunha envolvam um bra-sileiro ao ser questionada sobre

a repercussão internacional doescândalo de corrupção. “Eu la-mento que seja um brasileiro”,disse. Ela se negou a comentaras contas do deputado não de-claradas na Suíça, nas quais te-ria recebido propina, e negouacordo entre o Planalto e o pee-medebista para que ambos semantenham no poder.

As decidões do Supremo co-locaram um freio na tramitaçãodos pedidos de impeachmentda presidente Dilma Rousseff,uma vez que impediram o ritocombinado previamente entreCunha e a oposição, que permi-tiria que o plenário aprovasse,com maioria simples, o prosse-guimento de pedidos de afasta-mento indeferidos pelo peeme-debista. Ontem, era o prazo li-mite para apresentação dos re-cursos, mas a Câmara tem maiscinco dias para prestar informa-ções à Corte. A oposição apre-senta hoje um novo pedido deimpeachment da petista.

As liminares do STF não im-pedem, contudo, que Cunha de-cida sozinho sobre a questão. Eledisse que tem legitimidade paraa função e todas as outras do car-go. O deputado negou acordopara ser blindado na CPI da Pe-trobras e no Conselho de Ética,que deve iniciar na próxima se-mana a discussão sobre quebrade decoro parlamentar. De acor-do com ele, não é necessárioapoio do PMDB para a defesa esim “provar o contrário do queacusam para que possa a maio-ria do Conselho e do plenário sesatisfazer com as defesas quevão ser feitas”. “Não é uma situa-ção política, é técnica”, disse.

Cunha se recusou a comen-tar as recentes denúncias con-tra ele, como comprovação daexistência de contas na Suíça, enovas delações sobre recebi-mento de propina. Ele se limi-tou a dizer que seus advogadosestão pedindo informações de-vidas e que vale o conteúdo danota à imprensa emitida por elena sexta-feira. No texto, o depu-tado critica a atuação do procu-rador-geral da República, Ro-drigo Janot, a quem acusa de“vazar maciçamente supostostrechos de investigação” a fimapenas de desestabilizar a ges-tão de Cunha e sua “imagem dehomem público”. O deputadonão explicou, contudo, as movi-mentações financeiras.

Denunciado, Cunha diz que ficaPresidente da Câmara afirma que tem legitimidade para comandar a Casa, apesar da confirmação daexistência de contas dele na Suíça não declaradas à Receita Federal, sobre as quais mentiu em CPI

CONGRESSO

DA REDAÇÃO

A oposição apresentará hojepela manhã na Câmara dos De-putados um novo pedido de im-peachment da presidente Dil-ma Rousseff. O texto foi proto-colado em cartório em São Pau-lo na última quinta-feira pelosjuristas Hélio Bicudo, um dosfundadores do PT; Miguel RealeJr., ex-ministro do governo Fer-nando Henrique Cardoso; e pe-la advogada Janaina Paschoal. Apeça que pede a saída da petistainclui as pedaladas fiscais —manobras do governo para adi-ar repasses de recursos —nesteano. A entrega do texto, previstapara última sexta-feira, foi adia-da para um dia de mais movi-mento no Congresso.

A decisão de juntar diferen-tes pedidos de afastamento foitomada em reunião no últimodia 13, após três liminares doSupremo Tribunal Federal limi-tarem o rito combinado entre opresidente da Câmara, EduardoCunha, e oposicionistas. Partici-param do encontro na casa dolíder do PSDB, Carlos Sampaio(SP); os líderes do PPS, RubensBueno (PR); do SD, Arthur Maia(BA); do DEM, Mendonça Filho(PE); da Minoria, Bruno Araújo(PSDB-PE); o deputado RodrigoMaia (DEM-RJ) e o presidentenacional do SD, deputado Pau-linho da Força (SD).

Para evitar uma derrota ba-seada no argumento de que pa-ra resultar na saída de Dilma se-ria necessário provar crime deresponsabilidade no atual man-dato, o texto inclui acusações depedaladas fiscais em 2015. Naúltima semana, esse foi o prin-cipal motivo para o Tribunal deContas da União reprovar ascontas do governo em 2014.

José Agripino Maia (DEM-RN) disse esperar que o pedidode impeachment siga o rito na-tural no Congresso. “E que seja oque a sociedade quer”, disse osenador da oposição, que res-ponde a inquérito aberto no Su-premo Tribunal Federal (STF),acusado por desvios de verbaspara a construção da Arena dasDunas, estádio da Copa de 2014.(Com agências)

Oposiçãoinsiste comimpeachment

Aqueles que acham que podem contar coma minha renúncia esqueçam, eu não vourenunciar.”

Eduardo CunhaPresidente da Câmara

ELEIÇÕES

DA REDAÇÃO

Relator da Proposta deEmenda à Constituição(PEC) da Reforma Política, osenador Raimundo Lira(PMDB-PB) disse que vaiapresentar até o fim do mês àComissão de Constituição eJustiça (CCJ) um parecer queacaba com todas as formasde financiamento de empre-sas de campanhas políticas etambém de partidos.

Embora siga a linha do jul-gamento do Supremo Tribu-nal Federal (STF), que, nomês passado, considerou in-constitucional uma lei quepermitia a doação de pes-soas jurídicas, a manifesta-ção de Lira vai na contramãodo que foi aprovado pelosdeputados. Em agosto, eleshaviam permitido a doaçãodas empresas às agremia-ções partidárias.

O parecer de Lira deve ge-rar um novo foco de atritoentre a Câmara e o Senado.Há duas semanas, deputadosfizeram questão de não darquórum na sessão do Con-gresso marcada para votarvetos presidenciais, alegan-do, entre outros motivos, ofato de os senadores não te-rem acelerado a votação daPEC. O presidente do PMDBe vice-presidente da Repúbli-ca, Michel Temer, chegou adefender a apreciação da pro-posta. (Com Agência Estado)

Relator noSenado querfim de doação

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A-6 • País • Terça-feira, 20 de outubro de 2015 • Jornal do Commercio

Aimportância dos cuida-dos com a saúde, de for-ma a identificar precoce-mente sinais de proble-

mas futuros ou de males já ins-talados, mas ainda assintomá-ticos, é tema do terceiro livro domédico Gilberto Ururahy, a serlançado em 19 de novembro.Diretor-médico da Med-RioCheck-up, líder brasileira emcheck-ups médicos e referênciaem medicina preventiva noBrasil, diretor e responsável doComitê de Saúde da CâmaraFrança-Brasil, Chairman doComitê de Saúde da AmCham-Rio e Conselheiro da Cidade doRio de Janeiro, Ururahy, explicaque o livro a ser lançado – Emo-ções e saúde: mm novo olharsobre a prevenção – chega emum momento particularmenteoportuno, diante das dificulda-des que todos no País estão en-frentando.

“Charles Darwin já dizia queo homem é produto do meio. Seo nosso meio está depressivo,frágil politicamente, precárioem segurança, com inflaçãoelevada e desemprego recorde,há consequências sobre asemoções e a saúde. Tudo issotem transferido à população,dependendo das individualida-des, condições de saúde delica-das e, muitas vezes graves”, de-talha o especialista.

Ururahy conta que uma evi-dência disso é o fato de, no pri-meiro semestre deste ano, aMed-Rio ter registrado grandeaumento de pacientes com de-pressão, ansiedade e insônia.“Cresceu em 30% o índice dedeprimidos; a ansiedade pas-sou a atingir 32% dos clientes ea insônia, 25%. Antes, eram20%”, detalha ele, acrescentan-do que cresceu ainda o nível deautomedicação – os produtosmais utilizados na automedica-ção são os analgésicos, anti-áci-dos, aqueles voltados para adisfunção erétil, os ansiolíticose os anti-depressivos.

Equilíbrio

Para desenvolver um estilode vida saudável, assinala o mé-dico, deve-se atentar para a ali-mentação equilibrada, a práti-ca de exercícios físicos constan-te, dormir um sono de qualida-de e conhecer os fatores de ris-co para a saúde, entre outrasações que contribuem para aboa gestão do estresse e servemde antagonismo .

Gilberto Ururahy cita frasedo século XVI, de Leonardo daVinci, segundo o qual “o ho-mem é um”. “É corpo e alma. Éfísico e emoção. Não podemossó focar no físico e nos esque-cermos das emoções vividas nocotidiano. Precisamos conhe-cer como se comporta o emo-cional de cada indivíduo, faceao estresse intenso gerado porseu meio ambiente.

Segundo estudos da Univer-sidade de Stanford, o maior per-centual de mortes no mundoatual decorre de estilo de vidainadequado. Setenta e três porcento das mortes estão relacio-nadas ao estilo de vida inade-quado conduzido pelos indiví-duos e tal quadro mostra comoé importante o check-up médi-co, que detecta fatores de riscopara a saúde criados por tal esti-lo de vida, salienta Urutahy.

Ter saúde ou não é, cada vezmais, uma escolha pessoal, des-taca ele, lembrando que o Brasilestá vivendo um momento detransição com as doenças crô-nicas não transmissíveis (DC-NT). De acordo com a últimaPesquisa Nacional de Saúde doIBGE, cerca de 58 milhões debrasileiros possuem pelo me-nos uma doença crônica, po-rém o número pode ser maiordevido à quantidade de pessoasque não realizaram exames.Atualmente, as DCNT respon-dem por mais de 70% das mor-tes no Brasil. Doenças cardio-vasculares, câncer, diabetes,enfermidades respiratórias crô-nicas e doenças neuropsiquiá-tricas, principais DCNT, têmrespondido também pela perda

de qualidade de vida, gerandoincapacidades e alto grau de li-mitação das pessoas doentesem suas atividades de trabalhoe de lazer. A hipertensão arterialé a principal doença, presenteem 21,4% das pessoas com 18anos ou mais de idade.

Medidas

Uma solução adequada, re-comenda o especialista, é ado-tar o hábito de se exercitar. Aatividade física é um antídotonatural aos hormônios do es-tresse, e fortalece o indivíduocontra doenças, oxigena maiseficazmente o corpo, aumentaa imunidade, melhora o funcio-namento do coração, favorece aprodução da fração boa de co-lesterol (o HDL), controla oaçúcar em excesso, proporcio-na um sono reparador, retardao envelhecimento, traz maiorsensação bem-estar e melhoraa libido. “Outras medidas sim-ples também surtem efeito:conversar com um amigo ver-dadeiro, que nos ouve sem re-criminar, melhorar a qualidadeda alimentação e buscar umhobby que nos tire da rotina pe-sada”, completa.

Urarahy é um antigo defen-sor da prevenção e da busca dequalidade de vida como escu-dos para problemas de saúde.Há 25 anos, instalou no Rio deJaneiro a Med-Rio Check-up, lí-der brasileira em check-upsmédicos e referência em medi-cina preventiva no Brasil. “Te-mos uma equipe médica multi-disciplinar de alto padrão téc-nico – são professores universi-tários e chefes de serviço degrandes hospitais – e que utili-zam equipamentos de últimageração para complementarsuas avaliações. A nossas clíni-cas estão estabelecidas em lo-cais seguros e modernos emambientes exclusivos para nos-sos clientes.”

“Nosso trabalho é focado naprevenção e para evitar que ocliente vá para o hospital, que éa casa da doença. Estamos lon-ge também de grandes centros

diagnósticos, sempre superlo-tados e que oferecem poucoconforto para um cliente tãoexigente”, explica. “A Med-Riopossui ambientes confortáveis,espaços charmosos, e equipa-mentos atualizados periodica-mente. Num único lugar, du-rante uma manhã ou tarde, rea-lizamos todos os exames neces-sários para o check-up médicocompleto. Os clientes não pre-cisam se deslocar para outrasclínicas a fim de completar seusexames. Trabalhamos tambémcom dias exclusivos para ho-mens e mulheres.”

Exigências

Segundo Urarahy, conside-rando o segmento de públicoque é cliente da clínica, atémesmo o café da manhã e olanche são elaborados pelochef Roland Villard, servidosem ambientes tranquilos,diante das mais belas vistas dacidade: o Pão de Açúcar, naunidade de Botafogo, e a Pedrada Gávea, na unidade da Barra.“Anualmente somos auditadospor uma empresa norueguesaque fez nossa Certificação ISO-9001. Assim, todas as normas eprocedimentos estão atualiza-dos, o que contribui para a ex-celência de nossos serviços”,diz ainda.

Destacando que a clínica é alíder brasileira de seu segmen-to, o médico Gilberto Urarahyconta que já foram realizadosnas suas unifades mais de 100mil check-ups médicos em exe-cutivos, homens e mulheres,das maiores empresas do País.“Ao longo dos 25 anos de ativi-dades, muitas vidas foram sal-vas e outras tantas foram pro-longadas. Hoje, somos bench-mark para o mercado e o clienteé a razão de nossa existência. Omínimo que devemos fazer emnossa prática é encantá-lo”

Os resultados dos exames,além disso, estão disponíveispela internet em 24 horas úteisapós a sua realização e podemser acessados por computador,tablet ou smartphone, permi-

tindo acesso imediato não ape-nas às informações dos exa-mes, como também às respec-tivas orientações.

“A inovação nas nossas clíni-cas é permanente. Recente-mente criamos um aplicativopara Android e iOS, a partir doqual o cliente pode acessar osresultados também em 24 ho-ras após os seus exames. Esseaplicativo tornou-se ferramen-ta importante pois, no caso deuma emergência, o cliente temos exames à sua mão. Isso re-presenta uma segurança pes-soal muito grande”, assinala.

Após receber os resultadosdos exames, o cliente pode con-tar com uma consultoria médi-ca exclusiva para a gestão dasua saúde. Assim, ele terá todasas informações necessárias pa-ra gerenciar seus hábitos de vi-da e tudo que diga respeito àsua saúde, buscando longevi-dade com autonomia. “A cadaano vivido pela humanidade, ohomem ganha 3 meses em ex-pectativa de vida. Brevemente,seremos centenários e isso pas-sa pela prática da prevenção”,observa o especialista. Comosalienta ele, o check-up médicodemonstra os fatores de riscopara a saúde, decorrentes desseestilo de vida. Com o programade saúde proposto no pós-che-ck-up para cada cliente e a prá-tica do mesmo, estamos, de fa-to, promovendo saúde para oindivíduo.”

Crises

Conforme Ururahy, é precisoter em mente que a globaliza-ção está impactando a saúdedo executivo moderno. O cená-rio corporativo é de conquistaspermanentes, aumento da con-corrência, da competitividade ecarga tributária elevada, alémda necessidade em se adquirirnovas culturas e viagens fre-quentes, tudo isso num quadroglobal de crise financeira, bol-sões de miséria, desempregoelevado, banalização da cor-rupção e aumento da delin-quência e violência urbana.

“Escutamos depoimentos diá-rios, com frases como 'toda aminha emoção está no traba-lho”, 'tenho fadiga permanen-te', 'são metas ambiciosas eagendas rígidas', 'é um excessode informação' e até mesmo'moro no trabalho e durmo nosaviões'. No âmbito familiar, asseparações se banalizaram, osfilhos cobram cada vez mais apresença dos pais e a célula fa-miliar se desfaz”, lamenta ele.Na confluência desses cenáriosde vida, portanto, o estressecrônico torna-se o vetor para oestilo de vida inadequado e asdoenças encontram as portasdo corpo abertas para se esta-belecer, dependendo das indi-vidualidades.

“É claro que fazemos muitosdiagnósticos de todas as ordense sabemos também que quantomais precoce um diagnóstico,melhor o prognóstico para tra-tar a doença. Mas o nosso papelfundamental é promover a saú-de, tomando-se como base osexames realizados por nossosclientes. Ao fazer o check-up, apessoa identifica os fatores derisco para sua saúde e, no póscheck-up, sentamos com o pa-ciente e criamos programas in-dividuais de saúde para corrigiresses fatores de risco. Essa é averdadeira prevenção”, define.

De acordo com ele, a primei-ra etapa dos check-ups é a res-posta a questionários que ava-liam diversas questões, comohistórico familiar, estilo de vida,risco coronariano, além deidentificação dos níveis de es-tresse emocional, ansiedade edepressão. Na segunda etapa,os clientes passam por examesclínicos, oftalmológicos (acui-dade visual, refração, tonome-tria e fundoscopia), cardiológi-cos, dermatológicos, pneumo-lógicos, exames de imagem,testes de esforço, sangue, urinae fezes. Homens e mulherespassam ainda por exames vol-tados para suas necessidadescomo urologia, ginecologia emastologia, com respectivosexames complementares. “Nopós-check-up, isto é, a terceiraetapa, convidamos nossosclientes para uma consulta mé-dica individual, quando even-tuais problemas de saúde sãoanalisados e mudanças de há-bitos são sugeridas.” O check-up médico, afirma ele, deve serrealizado anualmente, por ho-mens e mulheres, a partir dos30 anos.

A Med-Rio possui duas uni-dades: uma na Barra da Tijuca eoutra em Botafogo, onde sãorealizados check-ups comple-tos em até cinco horas. A maiorparte dos clientes é de executi-vos de 30 a 75 anos de idade. Pa-ra atender clientes oriundos deoutros estados ou países, a clí-nica passou a funcionar tam-bém aos sábados. “Qualidade,humanização, modernidade,formação continuada de nos-sos colaboradores e inovaçãofazem parte também dos nos-sos diferenciais”, aponta Uru-rahy, acrescentando que todo omaterial de contato com ocliente é descartável e há umacentral de desinfecção paraequipamentos invasivos “quenenhuma clínica de medicinapreventiva possui”. “Os cuida-dos com nossos clientes sãopermanentes.”

“Também contamos, comexclusividade, com a presençade um cardiologista-clínico pa-ra examinar os pacientes antesda realização do teste de esfor-ço e somente este libera o clien-te para o cardiologista-ergo-metrista realizar o teste de es-forço e assim evitar qualquerincidente.”

Ururahy considera que o pa-pel da clínica também é o deeducar para a prática da pre-venção. “Fazemos através dapublicação de artigos, desen-volvimento de campanhas es-pecíficas e lançamentos de li-vros sobre o tema. A Med-Rioparticipa em Câmaras, como afrancesa e a americana, temparceria com a Associação Co-mercial do Rio de Janeiro, o Con-

selho da Cidade do Rio de Janei-ro, além da Acibarra. Em cadainstituição, participamos comsugestões e ideias, além de pro-mover palestras para abordartemas importantes para a saúdedo indivíduo. O site da organi-zação (www.medrio.com.br)traz todos os artigos publicados,além de várias informações im-portantes sobre a prevenção dasaúde.

Segundo o médico, algunsseguros de saúde começarama identificar no check-up mé-dico uma ferramenta impor-tante para a redução em seusgastos com saúde. Estão semodernizando e aceitandomelhor as demandas dos pró-prios associados. Começam aperceber que mais vale inves-tir em prevenção do que gastarem doença.

Para ele, o seguro-saúde émal utilizado no Brasil. Nor-malmente, as pessoas só usamquando estão doentes. Isso éruim para o seguro e para o as-sociado, porque adiante irãoarcar com faturas altíssimas de-correntes de tratamentos mui-tas vezes caros, traumáticos eque demandam longo tempode internação.

“Não faz sentido o homematual se deparar com umadoença em estágio avançado.Devemos nos conhecer. Co-nhecer a si próprio é o primeiropasso para a prevenção. Nessecontexto, o check-up médico éuma ferramenta fundamental”,reforça.

Ressalte-se que, segundo aOrganização Mundial da Saú-de, o AVC e o infarto do mio-cárdio matam ou incapacitamas mulheres duas vezes maisque todos os cânceres femini-nos reunidos. E a SociedadeBrasileira de Cardiologia alertapara a epidemia de infartos domiocárdio em mulheres jo-vens. Em 1990, a comunidadecientífica afirmava que as mu-lheres estariam protegidas dasdoenças coronarianas em fun-ção dos hormônios sexuais fe-mininos. Hoje, a afirmativa deproteção pelos hormônios se-xuais femininos caiu. “Deve-mos atuar cada vez mais deforma preventiva.”

Urarahy observa que dadosde um estudo elaborado pelaInternational Stress Manage-ment Association no Brasil (Is-ma-BR) apontam que o estres-se foi responsável por um au-mento de 140% nos gastos tra-balhistas das empresas nas últi-mas décadas. De olho no pre-juízo, muitas empresas já estãoinvestindo em programas con-tra o estresse, campanhas deconscientização para a necessi-dade do lazer, além da realiza-ção de check-ups, que podemprevenir a evolução e propor-cionar o controle de doenças epromover a saúde. Nos EstadosUnidos, por exemplo, cerca de80% das empresas desenvol-vem programas de promoção àsaúde de seus colaboradores,com um retorno de US$ 4 paracada dólar investido.

Se no passado o check-upera visto como benefício, hoje éuma ferramenta de segurançaempresarial, esclarece o médi-co, por isso deve haver cuidadona contratação deste tipo deserviço. Numa empresa, a áreade RH solicita à área de Supri-mentos/Compras a aquisiçãode check-up para seus profis-sionais estratégicos. Essas áreasadquirem o check-up muitasvezes como se fosse uma sim-ples mercadoria. “Quem adqui-re o check-up médico para osprofissionais estratégicos deuma empresa deveria conhecerin loco a prestação de serviço.Afinal de contas, saúde deve es-tar sempre vinculada à qualida-de”, alerta. “O número de em-presas que contratam os servi-ços de nossas clínicas é cadavez maior. Hoje os níveis de es-tresse nas empresas estão mui-to elevados. É um custo muitoalto para as empresas fazer asubstituição de um profissionalestratégico afastado por pro-blemas relacionados à saúde.”

Melhor que curar é prevenir Diretor-médico da Med-Rio Check-up, líder brasileira em check-ups médicos e referência em medicina preventiva no Brasil, lança livro que trata de emoções e saúde, em momento de grande pressão para os executivos brasileiros

QUALIDADE DE VIDA

DIVULGAÇÃO

Se o nosso meio está depressivo, frágil politicamente, precárioem segurança, com inflação elevada e desemprego recorde, háconsequências sobre as emoções e a saúde.”

Gilberto UrurahyDiretor-médico da Med-Rio Check-up

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Rio de JaneiroTerça-feira, 20 de outubro de 2015 • Jornal do Commercio • A-7

EEddiittoorr //// Walter Duarte

Ministério da

Defesa

Edital de Carta Convite nº 003/2015Processo nº 2015ADM000305-FE

AVISO DE LICITAÇÃO

INDÚSTRIA DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL - IMBEL COMANDO DO EXÉRCITOCNPJ: 00444232/0001-39

SECRETARIA DE ESTADO DE OBRASCOMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS

ASSESSORIA DE LICITAÇÕES

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Modalidade de Licitação: PREGÃO ELETRÔNICO N° 060/2015 - ASL- DPObjeto: “CONTRATAÇAO DE SERVIÇOS DE RECUPERAÇÃO DE CAM-PO EM GRAMA SINTÉTICA, APÓS VAZAMENTO DO TRONCO ALIMEN-TADOR DN=400MM, NO PARQUE LEOPOLDINA.”Data: 3/11/2015Horário: 15 horasLocal: www.caixa.gov.brValor Estimado: R$ 142.740,00O edital completo encontra-se à disposição dos interessados no Portal de Compras Caixa, no endereço eletrônico www.caixa.gov.br, podendo alternativamente ser retirado mediante permuta de duas resmas de pa-pel tamanho A4 - 75g/m2, na Av. Presidente Vargas, n° 2.655 - Térreo/Cidade Nova - RJ, telefones: 21 2332-3829 e 2332-3831, no horário das 9h às 12h e das 14h às 17h.

SECRETARIA DE ESTADO DE OBRASCOMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS

ASSESSORIA DE LICITAÇÕES

AVISO

Modalidade de Licitação: PREGÃO ELETRÔNICO N° 061/2015 - ASL-DP Objeto: “AQUISIÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS TRIFÁSICOS DE 350CV / 60HZ-4 POLOS”. Dia: 30/10/2015 Horário: 15h Local: www.caixa.gov.br Valor Estimado: R$ 139.810,00 O edital completo encontra-se à disposição dos interessados no Portal de Compras Caixa, no endereço eletrônico www.caixa.gov.br, podendo alternativamente ser retirado mediante permuta de duas resmas de papel

2, na Av. Presidente Vargas, nº 2.655 - Tér-reo - Sala de Licitações - Cidade Nova - Rio de Janeiro, telefone: 2332-

» MATHEUS GAGLIANO

APolícia Civil investigaráas causas da explosãoocorrida na madrugadade ontem em uma pi-

zzaria no bairro São Cristovão,Zona Norte do Rio. O coman-dante do Corpo de Bombeirosdo estado, coronel Ronaldo Al-cântara, disse que indíciosapontam para o vazamento degás como causa principal quelevou ao incidente. Até a ma-drugada de hoje, agentes daDefesa Civil do estado e bom-beiros ainda trabalhavam naremoção dos escombros daslojas que existiam no local.

Ontem, ao longo de todo odia, quem passava pelo local sedeparava com um cenário debombardeio. Onde antes haviauma pizzaria, uma vidraçaria,uma drogaria e uma relojoaria,

só restavam escombros. Donosde estabelecimentos chegavamao local sem saber o que fazer.Foi o caso do microempresárioMaurício Teixeira Lopes, donode uma vidraçaria que funcio-nava no local. Ele disse que sualoja não tinha seguro e que oprejuízo material pode chegar aaté R$ 15 mil. No fim da tardede ontem, ele ainda aguardavauma possibilidade de entrar noque restava do imóvel e recupe-rar os produtos que sobraram.

“Cheguei para trabalhar e viesse cenário. Todos os dias, hádez anos, eu vinha para traba-lhar aqui e amanhã (hoje), jánão vou poder fazer isso”, la-mentou.

Até o fechamento desta edi-ção, de acordo com a Prefeitu-ra do Rio, mais de 150 agentesda Defesa Civil, Guarda Muni-cipal, Companhia de Enge-

nharia de Tráfego (Cet-Rio),Companhia Municipal de Lim-peza Urbana (Comlurb), Rio-luz, e das secretarias munici-pais de Conservação e Servi-ços Públicos (Seconserva), De-senvolvimento Social e OrdemPública, coordenados pela Se-cretaria Executiva de Governo,além do Corpo de Bombeiros,atuavam no local.

Segundo a Secretaria Execu-tiva de Governo, a explosão pro-vocou a interdição de 54 imó-veis, que foram vistoriados portécnicos da Defesa Civil Muni-cipal ao longo do dia. Desse to-tal, 13 estão interditados porrisco estrutural, e alguns come-çaram a ser demolidos no fimda tarde. Outros 41 imóveis per-maneciam interditados por ris-co de desprendimento de for-ros de gesso e outros materiais.

De acordo com a secretaria,

assim que os riscos forem eli-minados e que a Defesa Civilrealizar nova vistoria nos lo-cais, os moradores e funcioná-rios dos estabelecimentos co-merciais poderão retornar. Deacordo com a Secretaria Muni-cipal de Saúde, sete feridos fo-ram levados para o HospitalMunicipal Souza Aguiar, noCentro, nenhum em estadograve. Todos foram liberadosao longo do dia.

Já a Secretaria Municipal deDesenvolvimento Social aten-deu e cadastrou, numa tendamontada no local da explosão,41 moradores que tiveram imó-veis afetados. Somente umapessoa aceitou acolhimento narede de proteção do município,os demais moradores optarampor se alojar momentanea-mente na casa de amigos e fa-miliares.

Indícios apontam para vazamento de gásAté a madrugada de hoje, agentes da Defesa Civil do estado e bombeiros aindatrabalhavam na remoção dos escombros das lojas que existiam no local

EXPLOSÃO EM SÃO CRISTOVÃO ESTÁDIOS

» DOUGLAS CORREAAGÊNCIA BRASIL

A lei que libera a venda e oconsumo de cerveja em está-dios de futebol do estado doRio de Janeiro foi sancionadaontem pelo governador LuizFernando Pezão. O projetode lei foi aprovado pela As-sembleia Legislativa do Esta-do do Rio de Janeiro (Alerj)no dia 23 de setembro últi-mo, em discussão única. Avenda era proibida desde2008, mas agora a cerveja po-de ser consumida em todosos setores dos estádios emcopos ou garrafas plásticas. Alei determina ainda que avenda será autorizada desdea abertura dos portões até ofinal do jogo.

De acordo com o secretá-rio da Casa Civil, LeonardoEspíndola, a lei vem ao en-contro do esforço do estadode preservar empregos, dina-mizando a economia. “A ven-da de cerveja não atrapalhaem nada a realização dos jo-gos de futebol e pode até aju-dar os clubes a aumentar areceita ”, disse.

Durante a Copa do Mundode 2014, a venda de cervejanos estádios onde eram dis-putados os jogos foi liberadacomo parte do acordo do go-verno com a Fifa para que oBrasil sediasse o evento. A li-beração fez parte da Lei Ge-ral da Copa, aprovada peloCongresso Nacional e san-cionada pela presidente Dil-ma Rousseff.

Pezão sanciona lei quelibera venda de cerveja

BUROCRACIA

DA REDAÇÃO

O Comitê estadual de Des-burocratização publicou on-tem, decreto com medidas pa-ra simplificar a regularizaçãode atividades econômicas con-sideradas de baixo risco e di-minuir a burocracia no âmbitoestadual. A primeira medidaserá a redução do número dedias e procedimentos necessá-rios para a abertura de umacompanhia. Hoje, os trâmitesque envolvem órgãos esta-duais levam 21 dias para se-rem executados. Em 2016, ameta é que todos eles sejamconcluídos em 12 dias. Para2018, a expectativa é de que oprazo caia para oito dias.

“No Rio, a Junta Comercial( Jucerja) analisa todos os re-querimentos de abertura em

até 72 horas, mas o problema éque não basta registrar a em-presa na Junta. Depois disso, oempresário precisa solicitarautorizações em diversos ór-gãos públicos, incluindo Corpode Bombeiros, Prefeitura, e, emalguns casos, órgãos de prote-ção ambiental e vigilância sani-tária. Esses procedimentos sãotodos separados e cada um temuma duração. Uma medida im-portante em que estamos tra-balhando é unificar tudo isso,de modo que o empresário pos-sa resolver todas as etapas emum mesmo local ou no mesmosite”, explica o coordenador dogrupo de trabalho do governoestadual, o Procurador do Esta-do Anderson Schreiber.

Dentre os novos procedi-mentos estão a dispensa de re-conhecimento de firma por

autenticidade em qualquerprocedimento submetido àanálise da Jucerja e nos proce-dimentos necessários à aber-tura de novas empresas; e dis-pensa de renovação de certi-dão de óbito em processossubmetidos à análise da Secre-taria de Fazenda. SegundoSchreiber, há, por exemplo,casos em que ainda se exige arenovação de certidões de óbi-to, o que não faz sentido por-que ninguém deixa de estarmorto. “Podemos ter o mesmograu de segurança jurídicacom menos burocracia”, disse.

Com a dispensa do reconhe-cimento de firma por autenti-cidade, empresas estrangeirasnão precisarão mais enviar seusexecutivos ao Rio de Janeiroapenas para realizar a autenti-cação de firma, por exemplo. O

mesmo vale para empresáriosde outros estados.

Em outra medida, o comitêestipula, com o apoio da Jucer-ja, unificar sistemas e procedi-mentos necessários à aberturade empresas e concessões de li-cenças e autorizações no terri-tório fluminense, incluindo li-cenças ambientais.

O decreto também propõemodificações junto a outros ór-gãos do governo, como o Corpode Bombeiro, Detran, Vigilân-cia Sanitária e Instituto Esta-dual do Ambiente (Inea), e ou-tras secretarias, como a Secre-taria de Fazenda e de Seguran-ça, a fim de agilizar a análise dedocumentos e procedimentos.No caso dos Bombeiros, serãopropostas mudanças a fim dereduzir o tempo de obtençãodo alvará.

Comitê fixas metas para 2016

Curta

DETRAN SUSPENDE, 4,2 MIL HABILITAÇÕES

O Departamento de Trânsito (Detran) informou ontem quenotificou 10,4 mil motoristas e motociclistas que estouraramo limite de 20 pontos em infrações de trânsito no períodode um ano. Desse total, 4,2 mil tiveram a habilitaçãosuspensa e devem entregá-la imediatamente.

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MundoA-8 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 20 de outubro de 2015

EEddiittoorr //// Vinicius Palermo

» GABRIELA FREIRE VALENTE

Mais de duas décadasdepois do fim da dita-dura de Augusto Pino-chet (1973-1990), o

Chile começará em breve o pro-cesso de reforma da Constitui-ção, que data dos anos de chum-bo do país. Na semana passada,a presidente Michelle Bacheletapresentou um cronograma pa-ra a elaboração do projeto para anova Carta Magna. Apesar de oplano prever o envio da propostaao Congresso somente em 2017,a mandatária promete fomentardebates inclusivos, que devemser iniciados nos próximos me-ses. Em meio a esforços para co-locar fim aos resquícios da dita-dura, opositores levantam ques-tões sobre as chances de partici-pação no processo e a real neces-sidade de elaborar uma novaConstituição.

Ao lado da restruturação dossistemas educacional e tributá-rio, a reforma constitucional foium dos alicerces da campanhapara a reeleição de Bachelet àfrente do Palácio de La Moneda.A presidente defende a necessi-dade de o país ter um conjuntode leis que sejam representativase elaboradas em ambiente de-mocrático. “A atual Constituiçãotem origem na ditadura, não res-ponde às necessidades do nossotempo e não favorece a demo-cracia. Foi imposta por poucosem detrimento de muitos. As-sim, nasceu sem legitimidade enão foi aceita pelo povo”, argu-mentou Bachelet, ao apresentaro cronograma de reforma. “Che-gou o momento de mudar. OChile precisa de uma Constitui-ção nova e melhor, nascida nademocracia e para expressar avontade popular”, exortou.

A atual Carta Magna Chilenafoi instituída em 1980, sofreu di-versas emendas e não conta maiscom a assinatura de Pinochet - alembrança da origem desvalori-za o seu simbolismo. Apesar dodesgaste, Miguel Angel Fernan-dez Gonzalez, diretor do Depar-tamento de Direito Político daPontifícia Universidade Católicado Chile, observa que a propostade reforma sempre esteve emdiscussão após a redemocratiza-ção; no entanto, somente nos úl-timos anos ganhou o apoio so-cial necessário para realizá-la.

Gonzalez, porém, observaque o argumento que sustenta aproposta de reforma é funda-mentado apenas na ilegitimida-de da Constituição. “A carta foiimposta por Pinochet, mas,após 25 anos de governos de-mocráticos, com quase 40 mu-danças constitucionais e umsistema político que tem fun-cionado, esta é uma Constitui-ção que mostrou ter funciona-do muito bem”, avalia. “Fazernovamente a Constituição me

parece um excesso”, critica.O jurista considera que, além

de trazer novo valor para o regi-mento, a coalizão governista No-va Maioria pretende introduzirmudanças que não seriam apro-vadas singularmente, como adescrição do Estado no papel deator social com maior participa-ção na economia e em um con-junto maior de direitos sociais.Até então, a presidente foi alvo decríticas que acusam o seu gover-no de ter dado declarações vagassobre planos de reforma. A fim desanar as dúvidas de liderançaspartidárias, a presidente se reu-niu com representantes das prin-cipais legendas do país e garantiua inclusão de todas as forças polí-ticas no processo de elaboraçãodo projeto de reforma.

A União Democrata Inde-pendente (UDI), segundamaior bancada no Congressochileno, é o único partido que

declara oposição aberta à re-forma. Hernán Larraín, líder dalegenda, tem cobrado mais cla-reza sobre os rumos da propos-ta. “Não vamos dar ao governoum cheque em branco”, afir-mou à imprensa chilena.

A oposição da UDI pode serum dos maiores obstáculos pa-ra a concretização dos planosde Bachelet. Com a atual confi-guração do Congresso chileno,o governo não possui a maiorianecessária de dois terços paraaprovar a reforma. A estratégiada base governista, porém, étentar reduzir o quorum neces-sário para três quintos dos le-gisladores — o que também de-manda a aprovação de dois ter-ços dos deputados e senadores,além de ratificação por meio deplebiscito.

Apesar de a missão parecerdifícil, o cronograma apresenta-do por Bachelet oferece indícios

sobre como a presidente preten-de preparar o terreno a seu favor.O longo período de debates pre-visto pela presidente dará a opor-tunidade para o governo cativara opinião pública e engajar a so-ciedade civil ao seu lado. Em pa-ralelo aos debates, os chilenosvão participar de novas eleiçõesgerais em 2017. “A aposta pareceestar focada principalmente nafase de educação cívica. Se esteprocesso forjar um engajamentono inconsciente coletivo a favorda nova Constituição, ele tam-bém poderia conquistar parte daoposição atual”, observa o cien-tista político Kenneth Bunker,autor do blog analítico Tres Quin-tos. “Se a grande maioria daspessoas estiverem convencidasde que uma nova Constituição énecessária, qualquer ideia con-trária seria imediatamente blo-queada”.

Governos

Ao longo dos 25 anos de go-vernos democráticos no Chile, aConstituição do país passou pordiversas reformas pontuais, massomente deixou de ter a assina-tura do ditador Augusto Pino-chet em 2005. Na época, o entãopresidente socialista Ricardo La-gos proclamou o fim da transi-ção política, e o Congresso fezuma reforma emblemática dodocumento. As modificações re-moveram “enclaves autoritários”do regimento, como a imobilida-de dos comandantes das ForçasArmadas —, colocaram fim noConselho de Segurança Nacio-nal e reduziram o mandato pre-sidencial de seis para quatroanos. Graças a um ato adminis-trativo, a Constituição deixou delevar a assinatura de Pinochet epassou a ter a de Lagos. Apesardas mudanças, ela ainda era vis-ta como um dos principais lega-dos do ditador no país.

Apesar de a criação de umanova Constituição ter sido umdos pilares da campanha de Mi-chele Bachelet à presidência, otema nem sempre figurou entreas prioridades da população chi-lena. Segundo dados do Centrode Estudos Públicos (CEP), des-de 1990, a reforma constitucio-nal não tem sido elencada entreos principais problemas do país.Durante os últimos anos, a mé-dia de chilenos que considera-vam que a questão deveria seruma das prioridades do governochegava a 3% — o índice subiuapenas dois pontos percentuaisno ano passado, em meio à cam-panha presidencial de Bachelet.Apesar de o tema ser derrotadoem termos de preocupação po-pular por questões como segu-rança, saúde e educação, um es-tudo da Fundação Chile XXIaponta que 78% dos chilenosaprovam a elaboração de umanova Constituição.

Chile pretende daradeus ao passado

Presidente Michelle Bachelet impulsiona debates sobre a reforma da Constituição, criadadurante o regime de Pinochet. Oposição promete dificultar redação da nova Carta Magna

MUDANÇAS

IVAN ALVARADO / REUTERS

Bachelet apresentou cronograma para elaboração de Carta Magna

Confira as etapas da elaboração do projeto

■ EDUCAÇÃO CÍVICAO governo chileno pretende dar início às discussões sobrea criação da nova Constituição com uma campanha edu-cativa junto à sociedade civil. Segundo Bachelet, essa eta-pa deve começar nos próximos dias e terminar em marçode 2016.

■ DIÁLOGOS CIDADÃOSEntre março e outubro de 2016, o governo pretende fo-mentar uma série de debates sobre o tema em todo opaís. O processo será observado por um conselho de ci-dadãos e espera-se que seja produzido um documentocom o parecer da sociedade civil sobre a reforma, entre-gue à presidente.

■ PROJETO DE LEIToda a informação coletada com os debates servirá dematerial para que a equipe de Bachelet elabore o projetode reforma que será encaminhado ao Congresso no se-gundo semestre de 2017. A data coincide com as campa-nhas para as eleições legislativas e existe a possibilidadede a reforma só ser votada em 2018.

PROCESSO LENTO

CONFLITO

DA REDAÇÃO

A Rússia alegou que um jatomilitar francês chegou perigo-samente perto de uma aerona-ve que levava o presidente daCâmara Baixa do Parlamentorusso quando cruzava o espaçoaéreo da França ontem, masParis afirma que na verdade setratava de um caça suíço. O Mi-nistério das Relações Exterioresrusso disse ter convocado oembaixador francês em Mos-cou para protestar contra o quedescreveu como “uma proximi-dade perigosa entre um caça da

Força Aérea francesa em seu es-paço aéreo nacional e uma ae-ronave levando uma delegaçãoparlamentar russa”.

O Ministério da Defesa fran-cês afirmou que nenhuma ae-ronave de seu país se envolveuno incidente, que de acordocom o relato de Moscou acon-teceu nesta segunda-feira. OMinistério das Relações Exte-riores da França declarou que oavião em questão era da Suíça,sem dar maiores detalhes.

“É uma aeronave suíça”, dis-se um funcionário da pastafrancesa. O porta-voz do aero-

porto de Genebra, BernardStampfli, afirmou não ter infor-mações sobre o suposto inci-dente, mas disse que o assuntoestá sendo investigado.

A França lamentou que seuembaixador foi convocado emMoscou, afirmaram os ministé-rios do Exterior e da Defesa emcomunicado nesta segunda-feira, reafirmando que nenhu-ma aeronave francesa esteveenvolvida em qualquer inci-dente com um avião russo.

“Nenhuma aeronave doExército francês esteve envolvi-da no incidente com a aeronave

oficial russa que o Ministério doExterior russo mencionou”,afirmou o comunicado. “La-mentamos, portanto, que o em-baixador francês em Moscoutenha sido chamado.”

“Os esclarecimentos neces-sários estão sendo feitos comas autoridades russas”, acres-centou. O evento ocorreuquando Sergei Naryshkin,presidente da Câmara Baixa ealiado do presidente russo,Vladimir Putin, ia para Gene-bra, na Suíça, para participarde um encontro internacionalde parlamentares.

Rússia alerta sobre acidente aéreo

REFUGIADOS

DA REDAÇÃO

Os Bálcãs se viram às vol-tas com um excedente de mi-lhares de imigrantes esperan-do em fronteiras sob o frio echuva desde que a Hungriafechou a divisa do sul e des-viou os refugiados para a Es-lovênia. Esta, por sua vez, im-pôs um limite diário de 2.500pessoas, obrigando a Croácia,membro da União Europeiaassim como a própria Eslovê-nia, a também limitar os re-cém-chegados da Sérvia, queo Alto Comissariado das Na-ções Unidas para Refugiados(Acnur) disse estar abrigandomais de 10 mil imigrantes on-tem – e há mais a caminho.

“É como um enorme rio depessoas, e se você detém ofluxo terá alagamentos em al-gum lugar. É o que está acon-tecendo agora”, alertou MelitaSunjic, porta-voz do Acnur,da fronteira servo-croata, on-de cerca de duas mil pessoasestão sem rumo e em condi-ções desesperadoras que sópioram.

Grupos de imigrantes seenfrentaram de manhã, dis-seram assistentes sociais,após uma noite passada aorelento e expostos ao vento eà chuva do outono. “Abram oportão, abram o portão!”, ex-clamavam diante da barreirade policiais croatas, que nestasegunda-feira erigiram umacerca improvisada para con-trolar o acesso.

A Eslovênia se viu envolvi-da na maior imigração na Eu-ropa desde a Segunda GuerraMundial depois que a Hun-gria lacrou sua divisa com aCroácia para a passagem dosimigrantes na sexta-feira.

País de 2 milhões de pes-soas que faz fronteira comHungria, Itália, Áustria eCroácia, a Eslovênia declarouque só irá permitir a entradade pessoas que consegue re-gistrar, acomodar e encami-nhar para a Áustria, que afir-ma ter limitado sua própriacota – algo que Viena negou.A maioria dos refugiados querchegar à Alemanha, que até omomento está acolhendo atodos. O que inicialmente pa-receu uma resposta tranquilae bem coordenada das ex-re-públicas iugoslavas Eslovêniae Croácia rapidamente se de-teriorou e se tornou o tipo dediscórdia que caracterizou areação europeia às centenasde milhares de pessoas quetêm chegado às suas praiasde barco pelos mares Medi-terrâneo e Egeu, a maioria sí-rios fugindo da guerra civil.

DA REDAÇÃO

A partido anti-imigraçãoSVP conquistou a maioria dosvotos na eleição parlamentarnacional de domingo, man-tendo a pressão para que ogoverno adote cotas para pes-soas que partem de outrospaíses da União Europeia.

O sucesso do Partido doPovo da Suíça, somado aosavanços do pró-empresaria-do Partido Liberal, levou oscomentaristas políticos a fa-larem em uma “Rechtsruts-ch” –uma guinada à direita–na política suíça.

A imigração foi o tema cen-tral para os eleitores em meioa uma onda de postulantes aasilo vindos do Oriente Mé-dio e do norte da África para aEuropa.

O resultado consolida aposição do SVP como forçadominante no cenário polí-tico do país. A legenda con-seguiu 29,4% dos votos, deacordo com a soma final darede SRF – um aumento emrelação aos 26,6% da eleiçãode 2011.

Bálcãs têmexcesso deimigrantes

Partido anti-imigração vence

EFETIVOS

DA REDAÇÃO

Alemanha, Turquia e Itáliairão manter seus efetivos noAfeganistão nos níveis atuais,declararam autoridades daOrganização do Tratado doAtlântico Norte (Otan), de-pois que o governo dos Esta-dos Unidos decidiu prolongarsua presença militar de 14anos no país. A breve tomadade uma capital provincial le-vada a cabo pelo Taliban des-pertou preocupações a res-peito do poderio das forçasestatais afegãs, e tanto os EUAquanto seus aliados na Otandizem agora que os aconteci-mentos, e não os cronogra-mas, devem ditar as reduçõesgraduais das tropas.

O general norte-america-no Philip Breedlove, principalcomandante da Otan na Eu-ropa, afirmou ter garantias deque os países da aliança con-tinuarão ao lado dos cerca de10 mil soldados no Afeganis-tão. Embora as discussões so-bre os números exatos aindaestejam em andamento, osmaiores destacamentos nãoestão em questão, disse. “Vá-rios de nossos maiores cola-boradores já se comunicaramconosco informando que irãomanter sua postura atual”,disse Breedlove.

Ele não quis dar detalhes,mas outro funcionário de altoescalão da Otan afirmou queAlemanha, Turquia e Itália es-tão dispostas a continuar noAfeganistão com seus contin-gentes atuais. Na semana pas-sada, o primeiro-ministro ita-liano, Matteo Renzi, declarouque seu país está cogitandomanter seus soldados em so-lo afegão por mais um ano. Ofuncionário disse que “nossoentendimento é que isso iráacontecer”.

A Alemanha, maior cola-boradora da Otan, tem cercade 850 soldados no Afeganis-tão, seguida pela Itália com760 e cerca de 500 da Turquia,de acordo com os dados maisrecentes da entidade. Ao con-trário dos EUA, a Otan jamaisestabeleceu um prazo parasua missão de treinamento“Apoio Resoluto” no Afeganis-tão, atualmente uma força de6 mil efetivos que inclui tro-pas de cerca de 40 países, en-tre eles membros da Otan,EUA e seus aliados.

Uma decisão formal deveser tomada na próxima reu-nião de ministros das Rela-ções Exteriores da aliança emBruxelas no começo de de-zembro, informou uma ter-ceira autoridade.

Otan deveficar noAfeganistão

ALEPPO

DA REDAÇÃO

Combates na Síria des-locaram 35.000 pessoasde Hader e Zerbeh, nosarredores da c idade deAleppo, nos últimos dias,disse o Escritório das Na-ções Unidas de Coorde-nação de Assuntos Huma-nitários (Ocha).

“Muitas pessoas estãovivendo com famílias deacolhimento e nos assen-tamentos informais próxi-mos a Kafer Naha e Oremal Kubra, a oeste da cida-de”, afirmou uma porta-voz em um e-mail, citandorelatórios que o Ocha re-cebeu da região.

“As pessoas precisam ur-gentemente de alimentos eutensílios domésticos bá-sicos e abrigo”, afirmou.

Confrontosdeslocam 35mil pessoas

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São PauloTerça-feira, 20 de outubro de 2015 • Jornal do Commercio • A-9

» DAYANNE SOUSADA AGÊNCIA ESTADO

AKroton Educacionalanunciou, ontem, aaquisição da startup detecnologia Studiare por

R$ 4,1 milhões, acrescentadode um plano de opção de açõespara executivos da compa-nhia, anunciou, ontem, o pre-sidente Rodrigo Galindo, emconversa com jornalistas du-rante encontro de relaçõescom investidores da empresa.De acordo com o executivo, aStudiare já era fornecedora daKroton desde 2003 e trabalhouna construção de plataformastecnológicas que a empresa jáutiliza atualmente. Galindoassinalou que o objetivo daaquisição é continuar desen-volvendo produtos inovado-res. “A Studiare foi ganhandorelevância dentro da Krotoncomo fornecedoras e entãocomeçamos uma negociação,que foi concluída este sábado”,informou. A Studiare seguiráoperando como uma startupdentro da Kroton, com manu-tenção do atual time executivoà frente da companhia, inclu-sive do CEO, Felipe Mattos.

Otimismo e cautela

A empresa, destacou Galin-do, avalia o próximo ano comotimismo cauteloso, após rela-tiva estabilidade das taxas deevasão de alunos e crescimen-to na captação de estudantesno terceiro trimestre. A Kro-ton, do setor educacional noPaís, está mantendo os planosde abertura de novas unidadesde ensino presencial que po-derão quase dobrar sua pre-sença no território nacional,mas pode modular o ritmo deabertura dependendo da eco-

nomia, de acordo com o exe-cutivo. O plano, de até 100 uni-dades protocoladas no Minis-tério da Educação em cincoanos, está sendo mantidodiante da baixa penetração doensino superior no Brasil e derelativo baixo custo de abertu-ra de cada um, disseram exe-cutivos da companhia. Atual-mente a empresa tem 128 uni-dades em funcionamento.

Apesar do aumento do de-semprego e da baixa confiançana economia, a Kroton infor-mou na semana passada queconseguiu elevar em 4% a cap-tação de alunos de graduaçãono terceiro trimestre sobre um

ano antes, com a taxa de eva-são de alunos ficando pratica-mente estável. “Certamente,esta resiliência da educação àcrise tem limite, mas até agoranão sentimos impactos im-portantes. Sem dúvida, o cres-cimento de alunos teria sidomaior não fosse a crise”, reco-nheceu Galindo. O executivoevitou dar números precisos,mas segundo ele, a inadim-plência também não está indi-cando curva acentuada paracima nos próximos meses.

O diretor financeiro, Frede-rico Abreu, afirmou que a em-presa sentiu nos últimos me-ses pequena queda nos paga-

mentos em dia de mensalida-des, mas que a companhia es-tá conseguindo resultados me-lhores na recuperação dos pa-gamentos dos estudantes apósadotar uma série de ações, co-mo internalização da área decobrança, o que está manten-do estável a provisão para de-vedores duvidosos (PDD).

Diante dos cortes no pro-grama federal de financiamen-to estudantil (Fies), que fez acaptação de alunos por estecanal cair 84% no terceiro tri-mestre, a Kroton segue discu-tindo “sem pressa” com ban-cos parceria para oferta de cré-dito privado.

Kroton adquire startup e paga R$ 4,1 milhõesExecutivos da companhia terão plano de opções de ações. Empresa de tecnologia já era fornecedora desde 2003. Expectativa é de manutenção de vagas do Fies em 2016

STUDIARE PAULISTA

» FELIPE RESK E RAFAEL ITALIANIDA AGÊNCIA ESTADO

A Prefeitura de São Pauloestuda cadastrar moradoresda Avenida Paulista, na regiãocentral de São Paulo, para faci-litar o monitoramento de en-trada e saída de veículos aosdomingos, quando a via ficaráaberta das 9 às 17 horas parapedestres e ciclistas definitiva-mente. Neste domingo,pri-meiro dia de abertura oficial, oclima era de festa, com famí-lias e bandas nas ruas. O es-quema de cadastro é seme-lhante ao já adotado na regiãode Interlagos, Zona Sul, duran-te o Grande Prêmio do Brasilde Fórmula 1. Segundo o se-cretário municipal de Trans-portes, Jilmar Tatto, a propostaem avaliação facilitaria o aces-so dos moradores e o trabalhodos agentes da Companhia deEngenharia de Tráfego (CET).“Assim, não precisaria ficarchecando toda hora se é mo-rador”, justificou.

Enquanto não houver ca-dastro, a Prefeitura sugere queos moradores tentem avisarpreviamente o horário de che-gada e saída na Paulista pelonúmero 1188. “Aí já colocamosviatura da CET para acompa-nhar”, afirmou.

Augusta e outras vias

Outra alteração que estásendo estudada é no cruza-mento da Paulista com a RuaAugusta, ponto de passagemde ônibus, que permanece fe-chado para carros. “Nos pri-meiros domingos ficará fecha-do, mas, se for necessário, po-demos abrir para travessia”,adiantou Tatto no últimodo-mingo. “Essa decisão está de-morando porque o trecho é oque concentra mais pedestres,ciclistas e artistas de rua”, ob-servou.

As 32 subprefeituras da ca-pital devem ter pelo menosuma rua aberta aos domin-gos até o fim do mês que vem.“A Secretaria das Subprefeitu-ras está levantando e fazendo

audiências públicas, enquan-to a CET está fazendo a partetécnica das alternativas deviário para os carros e paragarantir a segurança”, infor-mou o secretário.

A decisão de abrir uma ruaem todas as subprefeiturasatende à recomendação doMinistério Público Estadual.“A única recomendação quenão acatamos foi a de deixaruma faixa para carro na Pau-lista. Quando a equipe técnicadiz que não é seguro, acata-mos”, afirmou Tatto.

Enem

A Prefeitura estuda fechar aPaulista para carros às 13 ho-ras no próximo domingo, apóso fechamento dos portões dasunidades de ensino que terãoprovas do Exame Nacional doEnsino Médio (Enem), deacordo com o secretário. Se-gundo ele, as adequações notrânsito do viário serão divul-gadas hoje. A proposta é que avia volte a ser liberada para osautomóveis às 17 horas, já du-rante o horário de saída daprova. “Só não vou bater omartelo agora porque precisoconversar com os técnicos praver se não tem nenhuma fa-culdade em relação a isso”,afirmou. São ao menos trêsunidades de ensino no eixo daavenida com Enem no final desemana: - os Colégios DanteAlighieri, Objetivo e São Luís.

Tatto disse esperar não terproblemas com o MPE duran-te a semana. Nos últimos me-ses, o órgão tem se mostradocontrário à política pública demobilidade urbana e lazer nacidade de São Paulo. Na últimasexta-feira, a Prefeitura convi-dou os promotores e técnicosda Promotoria de Habitaçãode Urbanismo para o eventodo final de semana, mas elesnão foram. “Foi importante aentrada do MPE para sugerirvárias questões e agora é umpasso a frente, a cidade temoutros problemas que precisa-mos cuidar também”, sugeriuTatto aos Ministério PúblicoEstadual.

Moradores podem sercadastrados na prefeitura

Parcerias

DA AGÊNCIA ESTADO

De acordo com o diretor financeiro, FredericoAbreu, a Kroton tem intenção de lançar um pro-duto de financiamento em parceria com insti-tuições financeiras entre o próximo ano e 2017,enquanto buscará montar um FDIC (fundo deinvestimento em direitos creditórios) com al-gum banco de investimento com experiência emcrédito estudantil. O executivo não deu detalhessobre volume de alunos a serem financiados porestes canais, mas comentou que, diante do atualnível da Selic (taxa básica de jruos), a Kroton te-rá que subsidiar parte dos juros. Por sua vez,presidente da companhia, Rodrigo Galindo, co-mentou que “financiamento estudantil faráparte da nossa estratégia de crescimento”.

Para 2016, a expectativa da Kroton, após con-versas com o MEC, é de manutenção no númerode novas vagas de Fies em 300 mil a 350 mil vagasem relação a este ano. Para 2017, se a economianão apresentar melhora, também não haverá au-mento nas vagas do programa, na avaliação daempresa. “Nossa avaliação é que este número já é

o mínimo para o programa”, disse Galindo.Sobre aquisições, o executivo comentou que a

estratégia de crescimento via fusões e compra deativos continua “sendo parte do DNA” da Kro-ton, mas que a crise econômica não necessaria-mente cria um “saldão” de instituições com pre-ços mais baratos para venda. Segundo Galindo,“algumas empresas muito boas não estão que-rendo vender agora”. Sobre este assunto, Abreucomentou que a Kroton está interessada em con-solidar o setor de educação básica, que segundoa companhia tem 3.500 escolas espalhadas peloPaís. Nesta área, a Kroton tem interesse em colé-gios com 500 a 1.000 alunos, com marcas fortesem suas regiões, mas também em sistemas deensino, segmento com menos fragmentação.

O vice-presidente de novos negócios e inova-ção da Kroton, Paulo de Tarso, afirmou, ainda,que a companhia está apostando em modelo decursos de pós-graduação presenciais “mescla-dos” com recursos de ensino à distância, que ge-rarão maios valor para a companhia, além deincentivar mercado de cursos livres online pormeio de parcerias.

Ofererta de financiamentos

MARIA DA PENHA

» BRUNO BOCCHINIDA AGÊNCIA BRASIL

A 9ª Câmara Criminal doTribunal de Justiça de São Pau-lo (TJ-SP) determinou, ontem,que medidas previstas na LeiMaria da Penha sejam aplica-das em favor de uma transe-xual ameaçada pelo ex-com-panheiro. Segundo a decisão, ohomem não poderá se aproxi-mar nem entrar em contatocom a vítima, seus familiares etestemunhas do processo. Deacordo com o TJ, a vítima in-formou que manteve relacio-namento amoroso por cerca

de um ano com o homem. Apóso fim da relação, ele passou aofendê-la e ameaçá-la. A tran-sexual então registrou boletimde ocorrência e pediu medidasde proteção à Justiça.

Pedido negado

O pedido foi negado pelojuiz de primeiro grau, sob jus-tificativa de que a vítima per-tencia biologicamente ao sexomasculino, fora do campo deação da Lei Maria da Penha. Nasegunda instância, em julga-mento de mandado de segu-rança, a desembargadora Ely

Amioka, relatora do caso, con-siderou que a lei deve ser inter-pretada de forma ampla, semferir o princípio da dignidadeda pessoa humana. “A expres-são ‘mulher’, contida na lei emapreço, refere-se tanto ao sexofeminino quanto ao gênero fe-minino. O primeiro diz respei-to às características biológicasdo ser humano, dentre as quaisa impetrante não se enquadra,enquanto o segundo se refere àconstrução social de cada indi-víduo, e aqui a impetrante po-de ser considerada mulher”,afirmou a desembargadora. “É,portanto, na condição de mu-

lher, ex-namorada, que a im-petrante vem sendo ameaçadapelo homem inconformadocom o término da relação. So-freu violência doméstica e fa-miliar, cometida pelo entãonamorado, de modo que a apli-cação das normas da Lei Mariada Penha se fazem necessáriasno caso em tela, porquantocomprovada sua condição devulnerabilidade no relaciona-mento amoroso”, acrescentou.

Além da relatora, o julga-mento teve participação dosdesembargadores Sérgio Coe-lho e Roberto Solimene. A de-cisão foi por maioria de votos.

TJ: lei se aplica a transexualFOSFOETANOLAMINA

» JOSÉ MARICA TOMAZELADA AGÊNCIA ESTADO

A técnica de enfermagemAna Rosa Natale, de 54 anos,iniciou uma greve de fome emfrente ao Instituto de Químicada Universidade de São Paulo(USP), câmpus de São Carlos,na tentativa de receber as cáp-sulas de fosfoetanolamina sin-tética para o filho com câncer.Moradora de Botucatu, tam-bém no interior paulista, elaestava desde as 7 horas da ma-nhã de ontem sem comer. “Senão levar o remédio para meufilho, prefiro morrer com ele”,frisou. Uma irmã e outro filhodavam apoio à mulher.

O paciente, o músico BrunoCauã Ramos, foi diagnostica-do com câncer de pele em 2011e se tratou, mas a doença vol-tou de forma agressiva em ja-neiro deste ano, segundo Anarelatou. “Fizemos quimiotera-pia em Jaú, mas não adiantou,os exames apontaram trezetumores na cabeça. Acharammelhor parar o tratamento emandaram ele para morrerem casa”, contou.

Ela exibia a liminar, dadapela Justiça de São Carlos, e leuum trecho do despacho emque o juiz decide. “Ainda que apossibilidade de cura seja re-mota, esta não pode ser negadaà autora”. Segundo a sentença,embora a substância não tenhasido aprovada pela AgênciaNacional de Vigilância Sanitá-ria (Anvisa), há vários relatos de

que promoveu melhoria no es-tado de saúde dos doentes.

O empresário Christian daGama também estava na en-trada do instituto com uma li-minar datada de 15 de setem-bro. Ele viajou de Manaus natentativa de antecipar o acessoàs cápsulas. “Minha mãe estádoente, desenganada. Não pos-so ficar em casa esperando”,disse.

Judicialização

Até a tarde de ontem, 25 no-vas liminares foram entreguesao instituto da USP. Em todosos despachos, a Justiça man-dou fornecer as cápsulas dafostoetanolamina sintéticaaos pacientes. O composto,desenvolvido pesquisadoresda USP, vinha sendo distribuí-do há 20 anos, mas a demandase tornou mais intensa porconta de relatos de supostascuras. Sem condições de man-ter as entregas, a USP suspen-deu a distribuição, mas osdoentes recorreram à Justiça.

A instituição mantinha nes-ta segunda-feira a decisão deenviar as cápsulas pelos Cor-reios, de acordo com a ordemde chegada. Estão sendo en-tregues pedidos protocoladosantes de 15 de setembro. A ad-ministradora, que pediu paranão ter seu nome divulgado,pois já foi ameaçada de morte,disse que está sendo impossí-vel atender com rapidez à “en-xurrada” de liminares.

Mulher faz greve defome por substância

CHACINAS

» RE HISAYASUDA AGÊNCIA ESTADO

Ao investigar a suspeita departicipação de policiais milita-res em uma chacina, em Carapi-cuíba, na Grande São Paulo, quedeixou quatro mortos em 19 desetembro, a Corregedoria da PMchegou à conclusão de que existeuma organização criminosamontada dentro da corporaçãoque vem praticando vários cri-mes na região. Quatro PMs estãopresos. O relatório encaminhadoà Justiça Militar é assinado pelocapitão Rodrigo Elias da Silva.

Nele, o oficial pede a prisão dossargentos Aquiles Rodolfo Coe-lho de Oliveira e Cristiano Gon-çalves Machado e do soldadoLuiz Fernando de Andrade, todosdo 33º Batalhão.

Segundo as investigações, mi-nutos depois da chacina, os PMschegaram e mudaram a posiçãodos corpos. Um vídeo gravadopor moradores da região, e exibi-do pela TV Globo, mostra que asvítimas foram mortas com o rostovoltado para o chão e com asmãos entrelaçadas na nuca. O ví-deo mostra a chegada de umaviatura com os policiais. Nas fotos

feitas pelos peritos, que chega-ram mais de uma hora depois, asvítimas estão em posições dife-rentes. Para a Corregedoria, ossuspeitos modificaram a cena docrime.

Acusações negadas

Os três PMs, em depoimento,negaram as acusações. Os mortostrabalhavam como entregadoresem uma pizzaria e não tinhampassagens na polícia. O capitãoRodrigo Elias da Silva afirma que“os crimes foram praticados pororganização criminosa” que, se-

gundo as investigações, se juntoupara matar supostos responsá-veis por roubar a bolsa da mulherdo soldado Douglas Gomes Me-deiros, que foi preso dias depoisda chacina por ter sido reconhe-cido como um dos atiradores.

Na Corregedoria da PM, umatestemunha disse que as vítimaspraticavam assaltos na região e osoldado Medeiros jurou vingan-ça depois que a mulher foi rou-bada. A testemunha contou tam-bém que, logo depois dos assas-sinatos, PMs lhe disseram: “É, es-capou, hein, mas vai morrer maisum monte...”.

Investigação aponta esquema na PM

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OpiniãoA-10 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 20 de outubro de 2015

EEddiittoorr //// Luís Edmundo Araújo

G R Á F I C A E D I TO R A J O R N A L D O CO M É RC I O

F U N D A D O P O R P I E R R E P L A N C H E R E M 1 0 D E O U T U B R O D E 1 8 2 7

F U N D A D O R D O S D I Á R I O S A S S O C I A D O S : A S S I S C H AT E AU B R I A N D

MAURICIO DINEPIDiretor-Presidente

EVARISTO DE OLIVEIRAVice-Presidente Executivo

SOLON DE LUCENAVice-Presidente Institucional

BCRecessão

Quando começamos aacreditar que nada de piorpoderá vir para o Brasil e quejá chegamos ao fundo dopoço, eis que aparece maisuma notícia como a daprimeira página do Jornal doCommercio de hoje: “BCindica que recessão pode sermais profunda.” Ora, peloandar da carruagem, nossoPaís, cujos governantesanunciaram comestardalhaço a descoberta dacamada de pré-sal, acabaráem um patamar ainda maisfundo do que o dessa referidacamada. A coisa tá cada vezpior. Por mais que não queiraser um golpista como muitosoportunistas que por aí estãopipocando nesta hora deterror econômico e social,fica difícil acreditar que aatual presidente e seusaliados conseguirão nos tirardo buraco. Falta competênciae credibilidade para tanto.

DIÓGENES MARTINSMÉIER, RIO

HÁ 150 ANOS

VIOLÊNCIAAlguns dos combates ocorri-

dos na guerra que se desenvol-ve contra a República do Para-guai têm impressionado as pes-soas que lá estiveram, devido àgrande violência dos mesmos.Nossas forças estão agindo coma máxima bravura e lutandocontra o invasor que ousou ata-car nosso território e tomar na-vios de nosso império.

VAPORSecundido Cunha leiloará

na segunda-feira, às 12 horasem ponto, o Vapor Guanabara,que está fundeado junto às ofi-cinas do Sr. João Mayor. A em-barcação está em muito bomestado e pertence à Compa-nhia Fluminense de Navegaçãopara a Penha. A venda do barcoserá feita a bordo do próprioGuanabara.

FRANCESAMadame Ottikier participa

ao respeitável público destacorte do Rio de Janeiro que aca-ba de contratar uma excelentemodista francesa que cuidaráagora de sua produçã ode pe-ças para as senhoras que dese-jam bom gosto e novidades. Ospreços são muito razoáveis eno local também aprontam-sechapéus de muita beleza. Na

Rua do Ouvidor, 54.

HÁ 100 ANOS

PATRIOTASA Liga Patriótica Inglesa do

Ultramar fez um apelo ás colô-nias britãnicas existentes naAmérica do Sul que arrecademfundos destinados às despesascom a violenta guerra na qualLondres está envolvida na Eu-ropa. Sabe-se que esta concei-tuada instituição arrecadou hápoucos meses a quantia de 25mil libras que foi toda repassa-da ao Almirantado.

ABANDONOO ministro da Guerra da Rús-

sia informou que talvez tenhade abandonar a cidade de var-sóvia para, como aconteceu naguerra contra Napoleão em1812, em Moscou, seus exérci-tos possam ter a vitória no cor-rente conflito assegurada den-tro de algum tempo. Está setornando insustentável a defe-sa de Varsóvia e de algumas ou-tras cidades próximas.

OLHOPeçam fóforos da marca Ol-

ho, de pau-cêra, que são de óti-ma qualidade e podem ser en-contrados por preço muito emconta em muitos estabeleci-mentos desta capital da Repú-

blica. Os fósforos desta marcasão muito seguros e afiança-dos, tendo uma ótima qualida-de. É só experimentar para sever que o que se fala aqui é ver-dadeiro.

HÁ 50 ANOS

PONTE AÉREAO governo do Vietnã do Sul

deu mais um passo para incluiros Estados Unidos mais pre-sentes na guerra contra o nortecomunista. Os sul-vietnamitaspediram que os americanoscriem uma ponte aérea para oabastecimento de seis cidadesimportantes que estariam com-pletamente isoladas, por contados ataques dos vietcongs. Aponte aérea teria como baseBerlim, na Alemanha.

CLIMA FAVORÁVELUm estudo da instituição fi-

nanceira Credit Suisse definiuo clima econômico mundialcomo ainda favorável, apesardos vários conflitos existentesem diferentes partes do mun-do. Principalmetne nos Esta-dos Unidos, onde o produto in-terno tem registrado recordesnos últimos meses, na avalia-ção da mesma instituição in-ternacional.

JJOOSSÉÉ PPIINNHHEEIIRROO JJÚÚNNIIOORR

EMPREGORedução

Se o comércio está em crise crescente, mais preocupante ainda éo problema na indústria nacional, que não está conseguindoproduzir nada. Com isso, os empregos diminuem e mais pessoasvão para o comércio informal (camelôs) ou, pior, no auge dodesespero podem fazer coisa muito pior e engrossar as fileiras decriminosos de primeira viagem, pelo simples motivo de nãoconseguirem trabalhar. Isto em nada justifica, mas pode e agrava ascoisas...

LÍCIA MEIRELESCENTRO, RIO

PREFEITOBairro

O prefeito Eduardo Paes e seus comandados na Secretaria deTransportes do Município do Rio de janeiro não devem gostar dobairro da Saúde. O que fizeram com o sistema de transportes dobairro foi um cataclismo. Está cada dia pior e não conseguimos sairpara ir ao Centro de ônibus, por exemplo, sem falar na Zona Sul.Qual é o problema? Será que não dá para ver que temos de noslocomover como todo mundo? Várias linhas de muito interesse paraos moradores, como a 127, por exemplo, foram ou serão extintas.Sr. prefeito, pare de trocar os pés pelas mãos, pois estamos sendo(muito) prejudicados!

EDSON JORGE BARBOSASAÚDE, RIO

Son Salvador

Memória

Leitores [email protected]

O JORNAL DO COMMERCIO PUBLICAVA NA EDIÇÃO DE 20 DE OUTUBRO

Censo do turismo

A assinatura, nesta segunda-feira, dos termos de compromisso de parceriacom 23 municípios de regiões fluminenses, uma iniciativa da Secretaria deTurismo relativa ao Inventário da Oferta Turística (IOT), no âmbito de um es-tudo a ser desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense (UFF), sendoainda apresentados, na oportunidade, o site e as redes sociais do respectivoprojeto, assinala o início de um trabalho cujo alcance e importância se afigu-ram inegáveis para o melhor aproveitamento do potencial de uma atividadeque se destaca sobretudo, como é reconhecido, pelos efeitos diretos e indire-tos na geração de postos de trabalho e na dinamização da economia.

Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o inventário é uminstrumento fundamental para a elaboração de ações e planejamento públi-co e, nesse contexto, segundo o secretário de Turismo, Nilo Sergio Feliz, inte-gra o Programa de Desenvolvimento do Turismo ( Prodetur/RJ) e funcionacomo referência para informações e investimentos nesse setor.

Licitado pela referida Secretaria, o trabalho será desenvolvido por profes-sores e estudantes da Faculdade de Turismo e Hotelaria da UFF e terá a par-ticipação de mais de 100profissionais.

Serão contempladas ascidades de Angra dos Reis,Araruama, Amação deBúzios, Arraial do Cabo, Bar-ra do Piraí, Cachoeiras deMacacu, Casimiro de Abreu,Iguaba Grande, Itatiaia, Man-garatiba, Niterói, NovaFriburgo, Paraty, Petrópolis,Resende, Rio Claro, Rio dasFlores, Rio de Janeiro, São Pe-dro da Aldeia, Teresópolis,Valença e Vassouras.

Sabe-se também, a esserespeito, que o Ministério doTurismo (Mtur) adotou umanova metodologia para cate-gorizar os municípiosbrasileiros a partir de var-iáveis de desempenhoeconômico: número de em-pregos, de estabelecimentosno setor de hospedagem, es-timativas de fluxo de turistasdomésticos e internacionais.

A categorização, como échamada, atende à necessi-dade do Mtur de aprimoraros critérios de políticas públi-cas para o setor e criar um in-strumento capaz de subsidiar,de forma objetiva, a decisõesde acordo com o dessempen-ho da economia do turismode cada localidade.

Segundo o ministro doTurismo, Henrique EduardoAlves, “a ferramenta ofereceelementos para aprimorar agestão do turismo; ajuda a otimizar a distribuição dos recursos e promover odesenvolvimento do setor”. Ele lembra ainda, e a propósito, que “a intençãonão é hierarquizar os municpios, mas agrupá-los de forma que possamostraçar parâmetros para atendimento a diferentes necessidades”.

Registre-se, ademais, que o processo de categorização, uma estratégiado Programa do Regionalização do Turismo, tem sua metodologia avaliadapelas secretarias estaduais de Turismo e foi reconhecido por diversas in-stâncias do poder público. Nesse sentido, o Mapa do Turismo Brasileiro é oinstrumento orienta a atuação do Ministério do Turismo com vistas ao de-senvolvimento das políticas públicas do setor e define a área – recorte ter-ritorial – que deve ser trabalhada prioritariamente. O mapa é atualizadoperiodicamente e sua última versão, de 2013, abrange 3.345 municípios,divididos em 303 regiões turísticas.

Por isso mesmo, tem a ver com o aproveitamento do potencial turísticode diferentes regiões e, no caso do estado do Rio de Janeiro, com o incre-mento de uma atividade amplamente apontada e reconhecida como umadaquelas de maior destaque, no rol de suas vocações econômicas.

EDITORIAL

Licitado pela referida

Secretaria, o trabalho

será desenvolvido por

professores e estudantes

da Faculdade de Turismo

e Hotelaria da UFF e

terá a participação de

mais de 100

profissionais.

O processo de

categorização, uma

estratégia do Programa

do Regionalização do

Turismo, tem sua

metodologia avaliada

pelas secretarias

estaduais de Turismo e

foi reconhecido por

diversas instâncias do

poder público.

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Jornal do Commercio • Terça-feira, 20 de outubro de 2015 • Opinião • A-11

ORLANDO GONZALEZPROCURADOR FEDERAL APOSENTADO

“Nunca deixe de tentar algo novo.

Lembre-se de que amadores

fizeram a arca de Noé.

Profissionais, o Titanic.”

Se médicos e pesquisadores tivessem pre-sente o valor da citação acima, de Veríssimo,não desprezariam as vastas possibilidades quegiram em torno da reação orgânica, que pareceser prodigiosa. Mas, empurradas pelos interess-es da indústria farmacêutica (siamesa da ali-mentícia), a pesquisa e a medicina trilhamcaminhos opostos aos das lições exemplares dofuncionamento do sistema riticuloendotelial.

Esses operadores da medicina e da pesquisalaboratorial recalcitram em valorizar o “ataque”ao germe, ao tumor, à doença, como se mor-bidades fossem estranhas ao doente, campoque de fato cria esses fantasmas patológicos.Ele, paciente, e não a “doença”, se superpõe,dominante, a sugerir, no seu dinamismo fisi-ológico, novas propostas terapêuticas.

O resultado desse “método”, apetitoso aosgrandes laboratórios, vem se insinuando as-sustador. Por exemplo: a sífilis, a tuberculose ea blenorragia, tidas como superadas, estão re-tornando incontrolavelmente, blindadas pelaresistência microbiana, a pôr em dúvida aeficácia de veículos medicamentosos caros.

O gênio de Fleming, desdenhado duranteuma década por pesquisadores omissos emédicos nada propensos à curiosidade cientí-fica, advertiu que sua descoberta não poderiaser usada com insistência sob pena de setornar, além de inócua, perigosa.

Não foi levado a sério, e as infecções indômi-tas começam a desenhar um panorama som-brio que levou a Organização Mundial deSaúde a revelar sua convicção de que qualquerdia não muito distante uma simples amigdaliteserá suficiente ao óbito.

Bactérias ganharam status pomposo e já ex-ibem o troféu imperial de superbactérias. Asinfecções hospitalares, contra cujas causas sebatia o incansável infectologista Uriel Zanon,já se constituíram numa respeitável instituiçãonosocomial, título pra lá de magnificente.

Se tudo isso não devesse ser preocupaçãodas autoridades médicas, despreocupadas portemor reverencial às forças que determinam aocupação de cargos e manipulam orçamentos,os debates recentes sobre o câncer, pela própriacontrovérsia que os inspira, imporiam, com aforça irresistível do interesse científico, aos es-pecialistas, esquadrinhamentos percucientessobre a matéria.

Mas, acostumados a repetir atos e teoriasque reputam únicos, inebriam-se nesse con-ceito de unicidade engessada em que se em-bute a noção de algo definitivo, irremovível, in-contestável e insuscetível até mesmo de pon-derações. Há nisso um tantinho de arrogância,data maxima venia.

Não despertou, consequentemente, o inter-esse das autoridades públicas da área de saúdeo fato de que um grupo de cientistas da USP deSão Carlos (município que tem, por metroquadrado, o maior número de cientistasbrasileiros) usou com sucesso a fosfoetanolam-ina em cancerosos.

Um cidadão de Pomerode (SC), com a mãeportadora da doença e inexoravelmente desen-ganada, correu a São Carlos e obteve o remé-dio. Em pouco mais de duas semanas a mãe,antes acamada à espera da morte, já se dispun-ha a capinar.

Tão entusiasmado ficou o cidadão, que re-tornou a São Carlos e, aprendendo como elab-orar a droga, criou um pequeno laboratório emsua casa e a distribuía, graciosamente, adoentes, vencendo as dificuldades que aprópria plêiade de cientistas tinha em suplicaràs apáticas autoridades de saúde (inclusive aAnvisa) que descessem um olhar sobre o acon-tecimento, no mínimo curioso.

O pomerodense foi preso como praticantede curandeirismo, crime que só existe em trêsgrandes potências econômicas, científicas, cul-turais e sociais: Brasil, Peru e Argentina (ver“Curandeirismo, Parapsicologia e Lei”, do pro-motor Djalma Lúcio Gabriel Barreto, EditoraVozes).

Por volta de 1931, Otto Heinrich Warburg,duplamente premiado (Nobel), médico e bio-químico, deu a dica sobre as causas do câncer:a falta de oxigênio nas células e a sua simultâneaacidificação, produzida por uma alimentaçãoperniciosa. Ninguém deu bola.

Hoje a Ciência séria (é mister distinguir) está

a caminho de confirmar Warburg. Se essa con-firmação prosperar, é duvidoso que chegue àclasse médica sem a necessária autorização daindústria farmacêutica, o que nunca ocorrerá.

A oposição às pesquisas da USP de São Car-los, que não poderia faltar, logo deu o ar de suagraça. Apresentou o seguinte argumento emdefesa dos grandes laboratórios: como existemcerca de 140 milhões de cancerosos no mundo(ou número aproximado), e se a fosfoetanolam-ina fosse vendida a R$ 500,00 o frasco, a indús-tria ganharia trilhões com o remédio. Ela nãose furtaria a uma aventura tão benéfica a seuscofres.

O argumento é sofismático, como convém aquem oculta intenções argentárias. Emprimeiro lugar, o medicamento da USP de SãoCarlos é feito de matéria-prima baratíssima, aponto de o curandeiro de Pomerode fornecê-lograciosamente a portadores do mal que em ro-maria se dirigiam à sua casa. Somente se a in-dústria quisesse ratificar sua disposição à gulapecuniária insaciável é que iria precificá-lo emR$ 500,00.

Em segundo lugar, os trilhões alegados nosofisma apenas se sustentariam como coroláriodo ardiloso (e vil) argumento, se comparadosaos trilhões que hoje são irrigados por procedi-mentos como quimioterapia, radioterapia,caríssimos remédios, exames de alta complexi-dade, internações dispendiosas, repercussõescustosas em benefícios previdenciários, etc.etc. Sem falar na mamografia que, apesar deacusada de fraco desempenho diagnóstico eaté de perigosa, se mantém no mercado, comoum jabuti sobrevivente em medidas pro-visórias.

Tudo somado, a comparação dos trilhõesverdadeiros com os trilhões imaginados podefigurar numa pesquisa lateral de naturezaeconômica. É previsível um placar de 10 a 0 emfavor do grupo de São Carlos.

Para governantes que não se cansam deprometer (promessa e políticos têm muito emcomum além da letra inicial) redução de gas-tos, que jamais se concretizam, o tema é apaixo-nante, ainda que não tenham lido uma obraimpactante: “A Verdade sobre o Câncer”, domédico Heyder de Siqueira Gomes. É aconsel-hável que nem leiam. Assim, conservarão afantasiosa parcimônia de numerário comouma cabriola retórica de uso oportuno.

Um cidadão de

Pomerode (SC),

com a mãe

portadora da

doença e

inexoravelmente

desenganada,

correu a São

Carlos e obteve

o remédio.

Em pouco mais

de duas

semanas a mãe,

antes acamada

à espera da

morte, já se

dispunha a

capina

GIANE MARIZE BARROZODO SIQUEIRA LAZZARESCHI DE MESQUITA ADVOGADOS

Os Fiscos Federal e dos Esta-dos, apoiados pelo PoderExecutivo, por meio de de-cretos e medidas provisó-rias, têm se empenhado pa-ra satisfazer o apetite vorazde arrecadação. Ao contrá-rio do que se diz, os recur-

sos são usados para servir à máquina e suas be-nesses ao invés de se reverter em serviços pú-blicos.

Tal situação agrava a atual crise de credibili-dade política, desidrata a atividade econômicae afeta, principalmente, a pessoa jurídica quejá possui uma elevadíssima carga tributária.

O reflexo na sociedade em geral se traduznos impactos na inflação, aumentos de contasde luz, supermercado, muitas falências, de-semprego, sensação de insegurança e desespe-ro de muita gente.

É importante não desistir, e o ânimo vem danecessidade imperiosa de cada cidadão lutarna forma que está ao seu alcance contra tantosabusos cometidos pelos nossos governantes noque tange ao mau uso do dinheiro público eacúmulos de dívidas, principalmente as decor-rentes dos rombos gerados pela corrupção.

O governo justifica a criação e a majoraçãode tributos com sua própria torpeza, quandoos infindáveis escândalos demonstram que osrecursos são desviados indiscriminadamente.

Diante deste quadro, mais gastos são neces-sários para custear as ações da Polícia Federal,do Ministério Público e do Poder Judiciário emum efeito cascata, com resultados insatisfató-rio tendo em vista a dificuldade da constituiçãodas provas, a demora baseada nos atos pro-crastinatórios da defesa, que ao final revela-sena impunidade com o advento da prescriçãoda pena.

Acredito que para combater a corrupção e airresponsabilidade política dos níveis atuais, opovo deve reagir com mais altivez: numa de-

monstração mais forte de indignação, com ati-tudes que façam valer o que nos foi estabeleci-do no Parágrafo único, do artigo primeiro daConstituição Federal “Todo o poder emana dopovo, que o exerce por meio de representanteseleitos ou diretamente, nos termos desta Cons-tituição”.

Em paralelo a isso, as empresas podem rea-gir contra o aumento da despesa advinda dasimposições do fisco por meio de medidas judi-ciais legais, o que poderá contribuir bastantepara a redução da exorbitante carga tributária,como por exemplo, obter a desoneração da fo-lha de pagamento ao buscar a inexigibilidadede descontos previdenciários indevidos, aodiscutir a pratica de juros ilegais, ao atuar pre-ventivamente com planejamento tributário or-ganizado e focado, além de combater judicial-mente as medidas ilegais e abusivas judicial-mente antes do início da vigência.

Portanto, ante os abusos recorrentes do Po-der Executivo, cabe se valer da Justiça, ainda aúltima trincheira para o exercício da cidadania.

RIO DE JANEIRORua Fonseca Teles, 114/120 - CEP 20940-200

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A polêmica sobre o câncer

Ante os abusos

recorrentes

do Poder

Executivo,

cabe se valer

da Justiça,

ainda a última

trincheira para

o exercício

da cidadania

A irresponsabilidade no aumento de despesa para o contribuinte

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Traçando estratégias

Do total de empresas desse segmento, 44% são deserviços. Em seguida, aparecem comércio devarejo (37%), turismo (12%) e comércio de atacado(7%). O documento vai servir de base parareuniões empresariais em várias regiões do estado,onde serão propostos planos de desenvolvimentolocais, de acordo com as demandas e as vocaçõesde cada região. O mapa foi elaborado pelo SistemaFecomércio-RJ em parceria com a FGV.

A premiada escritora Ana Maria Machado, ocupante da cadeira 1 daAcademia Brasileira de Letras, lança hoje na Travessa do Leblon o seunovo livro, Um mapa todo seu, que aborda a história de amor de doispersonagens históricos: Joaquim Nabuco e Eufrásia Teixeira Leite. Aautora falou com a coluna sobre como se interessou pelo tema econtou alguns detalhes sobre a nova obra.

Fale um pouco sobre o processo de pesquisa para escreverUm Mapa Todo Seu.

Em geral, posso dizer que a maior parte da chamada "pesquisa" não foiespecífica para o livro, mas a soma de leituras feitas pela vida afora,tanto de textos do século 19 quanto de escritos sobre essa época, sem oobjetivo específico de depois escrever um livro. Sempre fui uma leitoravoraz e interessada em História. Mas para escrevê-lo, reli obras deJoaquim Nabuco, as biografias dele e todos os textos históricos queencontrei sobre Eufrásia Teixeira Leite. Procurei ler - e em alguns casosreler - sobre o Rio, Paris e Londres nesse tempo. Também mergulhei emobras sobre o Segundo Império e a abolição em geral; a Europa depoisde 1870, quando tanta coisa acontecia; e sobre a situação da mulhernessas sociedades.

Existe alguma história curiosa sobre o romance dospersonagens que você descobriu enquanto produzia o livro?

Há curiosidades românticas sobre o namoro da época: o hábito deenviar flores secas dentro das cartas, por exemplo. O fato que achei

mais curioso não é sobre o romance dos dois, e sim sobre a personalidadegenerosa de Eufrásia, expressa em seu desprendimento e refletida em seutestamento - que chega ao ponto de incluir uma dotação especial para oburrico Pimpão, que puxava a carroça em sua chácara.

O que lhe motivou a escrever sobre a história de amor dessesdois personagens?

Eu já tinha publicado e sido premiada com A Audácia Dessa Mulher, um livrosobre essa época que revisita personagens de Machado de Assis,confrontando-os com gente de nossa atualidade. Esse meu olhar crítico eatento, que parte da época contemporânea e examina nosso passado, fezcom que meu amigo Sergio Paulo Rouanet me sugerisse escrever umromance sobre Eufrásia, que eu não conhecia. Fiquei curiosa, procureialgum material sobre ela, fui seduzida pelo tema e não consegui mais melivrar dele.

Por que você escolheu este título para o livro?

Cada um dos dois protagonistas se aventurava por uma exploração emcaminhos ainda não trilhados da sociedade em que viviam: ele sonhava comuma sociedade sem escravos e ela experimentava as possibilidades criadaspor ser uma mulher com autonomia financeira. Dois territórios nãomapeados, o que fazia com que cada um tivesse que se embrenhar nelessem qualquer cartografia prévia. Cada um foi obrigado a fazer um mapatodo seu.

Mickey e os vovôs

Um dos temas do X Fórum da Longevidade Bradesco Seguros será como a Disney atua para atrair clientes de todas asidades. "Muitas pessoas não sabem, mas Walt Disney decidiu criar um parque temático exatamente porque ele levavasuas duas filhas para os parques existentes na época e adivinha o que acontecia? Ele não brincava porque os parqueseram feitos apenas para crianças", contou Claudemir Oliveira, que ministrará a palestra sobre o tema. Ele trabalhouna Disney por 15 anos. O brasileiro também vai falar sobre como a Psicologia Positiva já era usada no parque dentro

do contexto de terceira idade, mesmo antes do nascimento dessa ciência. O evento será hoje, em São Paulo.

Dieta eletrônica

Pronto! Chegou a dietaque se pediu a Deus. Ex-alunos da UniversidadeFederal de Santa Catarinadesenvolveram umaparelho, semelhante aum marca-passo, quepromete ser o fim daobesidade. Quando seingere o alimento, oaparelhinho liberahormônios que deixam apessoa satisfeita. A fomedesaparece. O aparelho,um eletroestimuladorgástrico, foi batizado como nome “PNPulse”. Ele éimplantado em duaspeças. Uma no estômagoe outro sob a pele.Promete maravilhas. Atépara quem só cumpre apromessa de emagreceràs segundas-feiras...

Carne pra árabe

No mês de setembro houve um considerável aumento nas exportaçõesbrasileiras de carne aos países árabes, que renderam quase US$ 100 milhões.O salto foi de praticamente 38%. No acumulado do ano, o crescimento é de

17% na comparação com 2014. De janeiro até setembro de 2015, Egito,Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Palestina e Omã compraram mais a

carne brasileira em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

Um Rio de micro O setor de Comércio de Bens, Serviços eTurismo do Rio reúne mais de 349 milempresas, que representam 62% dosestabelecimentos do estado. Desse total,aproximadamente 80% corresponde amicroempresas. O novo dado faz parte do MapaEstratégico do Comércio II, que seráapresentado no próximo dia 26, no CopacabanaPalace, com a presença do governador Pezão ede prefeitos fluminenses.

CO M DA N I E L F R A I H A , DAV I D E S O UZ A E R A L P H R I B E I RO - P E LT I E R@P L 5.CO M.B R

Marcia P E LT I E R www.facebook.com/mp.marciapeltierwww.marciapeltier.com.br

Te amo porque te amo.Carlos Drummond de Andrade

Daniela Dantas, Renata Reis, Adriana Alves e Cris Pitanguy durante evento realizado no Leblon

Maria Joana foi convidada paralançamento de coleção de moda

A-12 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 20 de outubro de 2015

��Arnaldo Niskier realiza a entrega do PrêmioResponsabilidade Social 2015 hoje, emalmoço na Associação Comercial do Rio deJaneiro.

��O ciclo de conferências Construtores daLiteratura Carioca, da Academia Carioca deLetras e da Biblioteca Nacional, terá no dia 23de outubro, às 17h, palestra de Affonso Romanode Sant'Anna sobre Rubem Braga. O eventoserá no auditório da BN. Entrada franca.

��A peça Rio, histórias além do mar, com ogrupo História Através da Música, estreiano dia 23 de outubro, no teatro do CentroCultural Justiça Federal. O roteiro e adireção são de Claudio Mendes.

��A noite de autógrafos do livro Memórias daTV - A TV por trás das câmeras, de EugenioFernandes e João Carlos Alexim, aconteceno dia 22 de outubro, às 19h, na Travessade Ipanema.

��A EAV do Parque Lage terá aula aberta docurso Volume. Será hoje, às 14h. O objetivodo curso é a discussão de projetos em tornoda escultura e espacialidade.

��A coach Mara Pessanha realiza amanhã, às20h30, o workshop online Como acessar amulher extraordinária que há em você paramães de meninos adolescentes. Maisinformações no site: http://bit.ly/1RSs3Lo

��A partir de 27 de outubro, será realizada anova edição do Fashion Business Rio, noArmazém 2 do Píer Mauá. No dia 29 deoutubro, último dia do evento, acontecerá amesa redonda A importância da formataçãode um calendário oficial de lançamentos,com Eloysa Simão e Carlos Tufvesson.

��Você também pode me seguir no Instagram:@marciapeltieroficial

L I V R E A C E S S O

E N T R E V I S T A - A N A M A R I A M A C H A D O

BRUNO RYFER/TREZZE IMAGENS

MARCO RODRIGUES/DIVULGAÇÃO

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Bebel Sader e Nathalia Medeiros se divertiram em animado encontro fashion

Pedro Bial, Cristina Oldemburg, Claufe Rodrigues e João Cezar de Castro Rochano lançamento do livro Cachorras na Estação Central do MetrôRio

Patricia Hall, Ana Paula Zagallo e Fernando Grabowsky em evento de decoração realizado na Barra da Tijuca

Page 13: JC-2015-10-20

De olho na leiNorma do Conselho Federal de Contabilidade torna obrigatória, a partir de 2016, acapacitação continuada dos profissionais responsáveis por demonstrações degrandes empresas. O sócio de auditoria da Partwork Associados, Welson Mello(foto), relata os desafios para implantação da medida. B-8

Estresse no trabalho leva ao derrameA constatação é de estudo conduzido em universidadechinesa. Segundo os pesquisadores, condições detrabalho tensas aumentam o risco de ocorrência deacidentes vasculares em até 58%. B-7

Terça-feira, 20 de outubro de 2015 • Jornal do Commercio • B-1

Seudinheiro EEddiittoorraa //// Katia Luane

DA REDAÇÃO

Acontundente defesa dapresidente Dilma Rous-seff, no fim de semana,à permanência do mi-

nistro Joaquim Levy no Minis-tério da Fazenda, equilibrou apressão de venda e a volatilida-de gerada pelo vencimento deopções verificadas ao longo dodia e permitiu ao Ibovespa,principal índice da bolsa brasi-leira, a registrar, ontem, suaterceira alta seguida. Operado-res destacram, ainda, que a Bo-vespa operou sob o signo datrégua política, apesar de aindahaver incertezas suficientespara manter o clima de cautelaentre os investidores.

Assim, depois de atingir a mí-nima de 46,917 pontos (-0,68%),o Ibovespa encerrou o dia aos47.447,31 pontos, correspon-dendo a alta de 0,45%. Na máxi-ma da sessão, o índice somou47.536 pontos (+0,64%). No mês,o benchmark da Bovespa acu-mula ganho de 5,3% e, no ano,perda de 5,12%. O giro financei-ro totalizou R$ 7,960 bilhões,dos quais R$ 2,47 bilhões decor-rentes do exercício de opçõessobre ações.

Dados chineses

Na sexta-feira, na reta finaldos negócios, boatos davamconta de que Levy estaria de-missionário. No último domin-go, no exterior, Dilma foi categó-rica ao desmentir a informaçãoe isso aliviou o humor do merca-do. “Ele (Levy) não está saindodo governo. Ponto. Não tratomais desse assunto”, assinalou apresidente. Apesar do sinal posi-tivo com a informação, o merca-do operou entre altas e baixasem razão do exercício e por cau-sa da pressão baixista dos dadoschineses nas commodities e nas

Ibovespa tem pregão volátil,mas garante 3a sessão de ganhoDefesa da presidente Dilma à permanência de Joaquim Levy gerou certo alívio nos mercados domésticos.Enquanto a bolsa subiu 0,45%, o dólar ficou estável, também por causa de entrada de recursos externos

MERCADOS

bolsas norte-americanas.A China anunciou que seu

Produto Interno Bruto (PIB)cresceu 6,9% no terceiro trimes-tre, desempenho mais fracodesde 2009, apesar de ter vindoacima da previsão de 6,8% dosanalistas. Produção industrial eos investimentos em ativos fixosvieram mais fracos que o espe-rado em setembro. Os dadoschineses, principal mercado daVale, acabou ofuscando o recor-de na produção de minério deferro da mineradora, de 88,2megatoneladas no terceiro tri-mestre. No encerramento dasessão, enquanto Vale PNA tom-bou 3,55%, a R$ 14,65, Vale ONperdeu 3,37%, a R$ 17,80. Já asações da Petrobras termina-ram próximas da estabilidade,apesar da forte queda nos pre-ços internacionais do petróleoe da queda de 6,7% da produ-ção da estatal em setembro.Petrobras PN terminou está-

vel, a R$ 7,95, e Petrobras ONcedeu 0,31%, a R$ 9,67.

Os bancos, que sofreram for-te pressão vendedora na sema-na passada, depois que o CreditSuisse e o Citi revisaram as açõesdo setor para baixo, ,tiveram,ontem pregão de recuperação. Aexceção foi Bradesco PN, quecaiu 0,14%, a R$ 22,02. ItaúUni-banco PN subiu 2,38%, a R$27,48, e Banco do Brasil ON sal-tou 4,42%, a R$ 17,00.

Dólar fica estável, a R$ 3,877

A garantia da permanênciade Joaquim Levy no governotambém gerou alívio no câmbio,apesar da cautela. Após a dispa-rada do dólar para novembro nofim da sessão de sexta-feira, emmeio a rumores sobre a saída deLevy , a moeda norte-americanapara o referido vencimento re-cuou, ontem, durante toda asessão. No segmento à vista, a

divisa dos EUA encerrou o diacom alta marginal de 0,08%, co-tada a R$ 3,876 para compra e aR$ 3,877 para venda. “Não hou-ve grandes novidades no merca-do hoje (ontem). O dólar ficouflutuando ao vento, sem muitaracionalidade”, relatou o opera-dor de um banco nacional.

O dólar abriu perto da estabi-lidade em relação ao real, de-monstrando alguma tranquili-dade após a presidente DilmaRousseff afirmar que o ministroda Fazenda, Joaquim Levy, nãosai do cargo. Investidores te-mem que eventual saída de Levyrepresente um passo atrás noajuste fiscal. A moeda norte-americana rapidamente passoua subir ao longo da manhã, rea-gindo às incertezas políticas eeconômicas no Brasil e ao am-biente de aversão ao risco nosmercados externos, após a eco-nomia chinesa registrar cresci-mento de menos de 7%, pela

primeira vez desde a crise finan-ceira global. “Nessa de fica Levy,sai Levy, a verdade que perma-nece é a de que o País está para-do, a mercê de interesses políti-cos, com desemprego, contra-ção da economia, inflação alta ecom a grande possibilidade deperdermos de novo o selo debom pagador ainda neste ano,se o ajuste fiscal não evoluir”, es-creveu, em nota a clientes, ooperador da corretora Correpar-ti Jefferson Luiz Rugik.

Na reta final deste pregão, se-gundo o operador de um impor-tante banco internacional, forteentrada de capital levou o dólara praticamente anular a alta vis-ta na maior parte do dia. A ope-ração teve seu impacto poten-cializado pela falta de notíciasrelevantes sobre o cenário polí-tico e econômico, o que limitouo volume de negócios e deixou omercado sensível a operaçõespontuais. (Com agências)

OFERTA IMOBILIÁRIA

» MARIANA DURÃODA AGÊNCIA ESTADO

A Comissão de Valores Mobi-liários (CVM) espera colocar emaudiência pública no primeirosemestre de 2016 a minuta deinstrução normativa que deveráregulamentar as ofertas públi-cas de empreendimentos hote-leiros, estima o diretor da autar-quia Pablo Renteria. Esse tipo decontrato imobiliário, que tem,muitas vezes, pessoas físicas co-mo investidores, vem sendo mo-nitorado pela CVM desde o fimde 2013. Só de janeiro a agostodeste ano foram suspensas 25ofertas consideradas irregulares.

A explosão de ofertas de ven-das de cotas de empreendimen-tos hoteleiros no Rio de Janeiro,para atender à demanda da Co-pa do Mundo e dos Jogos 2016,colocou as incorporadoras namira do órgão regulador do mer-cado de capitais. A CVM recebeudenúncias de investidores sobreofertas publicitárias desses con-tratos pouco claras e turbinadaspor promessas de rentabilidade.

Os chamados condo hotéis

são uma técnica de financia-mento de construção de hotéisbaseada na incorporação imo-biliária. Quem adquire uma uni-dade autônoma assume o riscode ter seu retorno atrelado aosucesso do empreendimento, oque nem sempre ficava claro. Naprática, isso significa que o in-vestidor pode ter prejuízo.

A CVM entrou no circuito pa-ra regulamentar essas ofertaspúblicas de unidades de condohotel por considerar que confi-guram contrato de investimentocoletivo. A autarquia suspendeualguns negócios e criou parâme-tros para dispensar as ofertas deregistro. Agora, diz Renteria, ob-serva os efeitos da deliberaçãopara usar essa experiência aoiniciar a construção de regrasmais robustas sobre o tema.“Houve resistência legítima dosetor imobiliário. Atualmente,essa resistência está a meu versuperada. Estamos numa novafase de saber qual o marco legalregulatório desse tipo de em-preendimento”, ponderou Ren-teria em evento no MinistérioPúblico do Rio de Janeiro. Com o

aperto no crédito no País, a pers-pectiva é de crescimento dessamodalidade de financiamento.

Convênio

O condo hotel é um exemploclaro de inovação financeira nomercado de capitais capaz deatingir amplamente o consumi-dor comum e que está no radarda CVM e do Ministério Público(MP). Os dois órgão firmaram,ontem, convênio para a criaçãode parcerias na área de orienta-ção e educação do consumidor.O principal objetivo é a proteçãode investidores contra golpes fi-nanceiros e ofertas irregularesde investimentos. O MP tam-bém buscará se qualificar paraevitar atuações descoordenadascom as da CVM. “O equilíbrioentre proteção dos consumido-res e inovação financeira é acondição essencial para permi-tir a construção adequada deinstrumentos para o desenvolvi-mento econômico do Brasil”, as-sinalou o presidente da CVM,Leonardo Pereira, durante a as-sinatura do convênio.

CVM quer levar regulação àaudiência pública em 2016

JUROS

DA REDAÇÃO

Os negócios no segmentode renda fixa transcorreram,ontem, num ambiente dividi-do por alívio e cautela, diantede fatores internos e externos.Nos negócios na BM&FBoves-pa, as taxas se ajustaram paracima na comparação com oajuste de sexta-feira - antes daintensificação dos boatos so-bre o ministro da Fazenda, Joa-quim Levy - e para baixo nacomparação com as taxas dofechamento do horário esten-dido. O contrato de DepósitoInterfinanceiro (DI) com ven-cimento em janeiro de 2016 fe-chou com taxa de 14,304%,contra 14,314% do ajuste desexta-feira e 14,35% do fecha-mento no horário estendido. ODI de janeiro de 2017 terminoucom taxa de 15,42%, de 15,38%do ajuste de15,56% no horárioestendido de sexta-feira. Ovencimento de janeiro de 2021ficou com taxa de 15,82%, ante15,76% do ajuste anterior(16,03% no estendido).

Declarações da presidenteDilma Rousseff, no domingo,reforçando a permanência de

Levy à frente do Ministério daFazenda foram bem recebidasno mercado, que encerrou asemana passada com alto graude desconfiança quanto ao fu-turo do ministro.Os rumoresem torno de uma suposta car-ta de demissão no final da tar-de de sexta-feira pareciam fa-zer sentido, uma vez que a po-lítica econômica de Levy vinhasofrendo críticas dentro do PTe, principalmente, do ex-presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva.Em Estocolmo (Suíça), Dilmafoi enfática ao garantir que Le-vy não está saindo do governoe classificou como especula-ção os questionamentos emrelação a esse assunto.

Cenário político

O mercado respondeu comalívio, mas não deixou de ladoa cautela com a questão políti-ca. Isso porque a percepção éde que o “fogo amigo” em tor-no de Levy deve continuar nospróximos dias, uma vez que háassumida discordância em se-tores do PT em relação à con-dução da política econômicado governo.

DIs têm ajustes em diade cautela nos mercados

PETRÓLEO

DA AGÊNCIA ESTADO

Os preços do petróleo tive-ram forte queda, ontem, emreação à perspectiva de o ex-cesso de oferta global do pro-duto crescer ainda mais coma volta do Irã ao mercado, oque deverá acontecer dentrode alguns meses.

No encerramento dos ne-gócios na New York Mercan-tile Exchange (Nymex), oscontratos para novembro,que vencem hoje, após o fe-chamento, fecharam a US$45,89 por barril, em quedade US$ 1,37 (2,90%). Na In-tercontinental Exchange(ICE), o Brent para dezem-bro caiu US$ 1,85 (3,67%), aUS$ 48,61 por barril.

Pela manhã, o ministro daEnergia do Irã, Bijan Zanga-neh, afirmou que seu país de-ve aumentar a produção emmeio milhão de barris por dianos próximos dois meses, empreparação para quando fo-rem revogadas as sançõeseconômicas impostas ao paíspelos EUA e seus aliados.

Preços caemcom possívelretorno do Irã

A nova safra de fracos indica-dores na China impôs caute-la, ontem, em Wall Street,onde investidores seguem deolho na temporada de ba-lanços, por causa da expec-tativa de queda de mais de5% nos ganhos das compa-nhias do S&P 500, que en-cerrou o dia com alta margi-nal de 0,03%. O crescimentomais fraco da segunda maioreconomia do planeta, se-gundo operadores, desenca-deou certa onda vendedoraem Nova York neste início desemana. O Dow Jones andou0,08%, enquanto o Nasdaqganhou 0,38%.

EUA

Os números da economiachinesa pressionaram as açõ-es do setor de commodities,principalmente em Londres,onde o índice FTSE 100 cedeu0,4%. Operadores avaliaramque o movimento de alta esteligado às notícias positivas decompanhias. Na Bolsa deFrankfurt, o DAX subiu 0,59%,enquanto na Bolsa de Paris, oCAC-40 registrou alta margi-nal de 0,03%; e na Bolsa deMadri, o Ibex 35 cedeu 0,24%,com os papéis do Santanderem baixa de 0,77%.

EUROPA

Apesar do fraco PIB da China,as bolsas da região encerra-ram o dia próximas da esta-bilidade. Além disso, as ven-das de moradias no país cres-ceram em ritmo mais lentoentre janeiro e setembro, a18,2%, após subirem 18,7%no ano até agosto. O XangaiComposto encerrou o diacom leve baixa de 0,1%, per-centual de alta do ShenzhenComposto. Em Hong Kong, oHang Seng terminou o diacom ganho marginal de0,04%. Na Bolsa de Tóquio, oNikkei recuou 0,88%.

ÁSIA

DA REDAÇÃO

BOLSASPELO MUNDO

Pimco

DA AGÊNCIA ESTADO

Para muitos investidores, a possibilidadede o Federal Reserve (Fed, o banco centraldos Estados Unidos) finalmente aumentaras taxas de juros é um problema que podereduzir os preços de ativos em mercadosemergentes, especialmente nos países que sebeneficiaram do período prolongado de di-nheiro fácil, como o Brasil. Andrew Balls,diretor da Pimco, que supervisiona aproxi-madamente US$ 460 bilhões em ativos emtodo o mundo, porém, pensa diferente. Parao especialista, aumento dos juros pode cau-sar, inicialmente, volatilidade, mas tam-bém seria o momento de comprar ativosnos mercados emergentes novamente.“Ago-ra há muito menos risco nos mercados

emergentes que nos últimos dois anos”, ava-liou. “Se a elevação pelo Fed acontecer e omundo não parar de girar, se remove gran-de fonte de risco que está pesando nos paí-ses emergentes”, explicou Balls em uma sé-rie de entrevistas concedidas ao Wall StreetJournal, ressaltando que a elevação seriapositiva para esses mercados.

Os emergentes têm sofrido em 2015. Oíndice de referência da J.P. Morgan Chasepara bônus dos governos de mercadosemergentes - que acompanha a dívida emmoeda local - registrou retorno total demenos de 9,4% neste ano até o dia 16 deoutubro. Para Balls, a melhor escolha parase comprar é o Brasil. O real caiu 32% emrelação ao dólar em 2015, na esteira do co-lapso dos preços das commodities e da agi-

tação política, enquanto o rendimento dodébito do governo em moeda local, comprazo de 10 anos, está em torno de 16%.

Balls diz deter posição pequena, mas disseque compraria mais,com sinais de estabiliza-ção política. Ele também afirmou que o Ban-co Central (BC) brasileiro poderia intervir pa-ra fortalecer a moeda e cortar as taxas de ju-ros, o que deve impulsionar o mercado de bô-nus. O executivo também observa já ter gran-des apostas no fortalecimento da rupia india-na e no débito em moeda local do México.

Balls é um dos maiores investidores embônus no mundo. Ele se juntou à Pimcoem 2006 e foi promovido a diretor de in-vestimentos para renda fixa global em se-tembro do ano passado, depois da saída docofundador da empresa, Bill Gross.

Aumento de juros nos EUA deve impulsionar emergentes

Page 14: JC-2015-10-20

EmpresasB-2 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 20 de outubro de 2015

EEddiittoorraa //// Martha Imenes

ASSINATURA EXECUTIVA (2ª A 6ª)

Pagamento Semestral Anual

À Vista R$ 222,00 R$ 444,00

2 Vezes R$ 111,00 R$ 222,00

3 Vezes R$ 74,00 R$ 148,00

4 Vezes R$ 55,50 R$ 111,00

5 Vezes R$ 44,40 R$ 88,80

6 Vezes R$ 74,00

Pagamento Semestral Anual

7 Vezes R$ 63,43

8 Vezes R$ 55,50

9 Vezes R$ 49,33

10 Vezes R$ 44,40

11 Vezes R$ 40,36

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» BRUNO CAPELASDA AGÊNCIA ESTADO

Nosso trabalho será fazerdo Twitter uma platafor-ma mais simples paraqualquer um no mundo,

e dar ao serviço mais utilidadepara quem ama usá-lo diaria-mente, esta foi a frase pronuncia-da por Jack Dorsey ao assumirpela segunda vez o posto de pre-sidente-executivo do Twitter, noinício deste mês, mostra a encru-zilhada na qual a rede social seencontra. Apesar de sua relevân-cia social e cultural, o Twitter pre-cisa encontrar um novo caminhoapós ter crescido menos que oesperado nos últimos anos. Fun-dada em março de 2006, a plata-forma enfrenta dificuldades paraatrair usuários e gerar lucro paraos acionistas.

Assim que chegou, Dorseyanunciou duas mudanças signi-ficativas. Além do lançamentodo recurso Moments, ele cortoumais de 300 funcionários doTwitter em todo o mundo, cercade 8% do total. “Foi uma decisãodifícil, mas necessária para queo Twitter possa ir em frente comfoco e crescimento”, disse o exe-cutivo por meio do microblog,em um recado claro para WallStreet.

Conquistar a confiança dosacionistas é uma das principais

preocupações de Dorsey. Quan-do o Twitter fez sua Oferta Inicialde Ações (IPO), em novembrode 2013, os investidores a viamcom otimismo: as ações, inicial-mente negociadas a US$ 26, che-garam a ser vendidas por US$ 45no dia de estreia na Bolsa de Va-lores de Nova York.

Dois anos depois, no entanto,o grupo ainda não se provou ca-paz de gerar lucros: nos dois pri-meiros trimestres de 2015, o pre-juízo soma US$ 299 milhões, deacordo com informações divul-gadas dos balanços da empresa.Para analistas, por ser uma em-presa baseada em audiência, oTwitter precisa se afinar com omercado publicitário.

“O Twitter demorou muitopara se abrir para anúncios coma desculpa de não querer agredira experiência do usuário”, afir-ma o consultor de mídias sociaisEdney Souza, o ’Interney’. Elelembra que a empresa só abriusuas portas para anúncios per-sonalizados no final de 2013.

De acordo com a consultoriaeMarketer, Google e Facebookvão concentrar 38,2% das verbasde publicidade digital gasta nosEstados Unidos em 2015, ou cer-ca de US$ 10,34 bilhões; já oTwitter terá apenas 5%. “Googlee Facebook têm a maior fatia domercado porque concentrammais audiência”, explica o ana-

lista de mídias sociais AlexandreInagaki.

A empresa tem brincado deesconde-esconde com o merca-do: ao mesmo tempo em quecriou o Twitter Analytics, quepermite a qualquer usuário veri-ficar as impressões e alcance decada postagem, o Twitter paroude divulgar seus números de au-diência nos balanços.

O último dado foi divulgadono quarto trimestre de 2014,quando o microblog registrou182 bilhões de visualizações delinhas do tempo, alta de 23% emrelação a igual período do anoanterior.

Popularidade

A popularidade do Twitternão está em baixa só entre os in-vestidores. Com exceção dequem já era fã, está mais difícilatrair novos usuários. Enquantorivais, como Facebook e Insta-gram, crescem a taxas mais al-tas, o Twitter passou a avançarmais lentamente. No primeirobalanço após a abertura de capi-tal, o número de usuários cres-ceu 30% em relação ao quartotrimestre de 2012. A taxa de cres-cimento caiu pela metade se-gundo os balanços já divulgadospela companhia em 2015, fican-do em torno de 15%.

“O Vale do Silício nos ensinou

que quem não cresce morre len-tamente. É um sinal de que exis-tem problemas de produto oude visão”, afirma Pedro Waen-gertner, presidente da acelera-dora de startups AceleraTech eprofessor de marketing digitalda Escola Superior de Propagan-da e Marketing (ESPM).

O fato de o Twitter não ser tãointuitivo para os usuários comooutras redes sociais é um dosentraves. “Quem começa a usara internet entra no Facebookporque a família e os amigos jáestão lá. Quem entra no Twittertem dificuldade de achar senti-do na plataforma se não souberfazer sua própria curadoria”, dizInagaki.

Este fator limita o uso da redesocial a um nicho específico, se-gundo José Calazans, analistada consultoria Nielsen/Ibope.“Quem está no Twitter é maisinformado, ligado às áreas demarketing, comunicação e tec-nologia, jovem e urbano.”

Para atrair uma nova audiên-cia, o desafio do Twitter é rece-ber melhor os novatos. O pri-meiro passo nessa direção é oMoments, uma ferramenta quepermite acompanhar os assun-tos mais quentes, sem precisarseguir ninguém. Com curadoriafeita por pessoas, o recurso jáfunciona nos EUA e deve chegarao Brasil em breve.

Twitter busca novoscaminhos para crescerFundada em março de 2006, plataforma enfrenta dificuldades para atrair usuáriose gerar lucro. Nos primeiros trimestres de 2015, prejuízo soma US$ 299 milhões

MICROBLOG

Conta-gotas

‘A Beleza da Superação’ no Pátio AlcântaraEm comemoração ao ‘Outubro Rosa’, até o dia 30, o Pátio Al-cântara recebe a exposição ‘A Beleza da Superação’, comimagens dam o d e l oThallita Me-lo, que re-tratam todaa sensibili-dade e o po-der detransforma-ção median-te a luta pe-la vida. Amostra éuma ideali-zação do fo-tógrafo Car-los Eduardo Sousa Júnior, que reúne fotos que mesclam ce-nário e modelo em uma única forma: a liberdade. O evento égratuito e será realizado no 2° piso do shopping. A exposiçãoconta com 40 fotos que misturam cenário e modelo em umaconcepção que busca o conceitual. O fotógrafo observa emsuas obras simbolismos da conjunção de sentimentos deuma personagem real cheia de vida. “O formato de ensaio demoda vem naturalmente da postura de Thallita em frente aoquadro ‘construído’ pela lente da câmera. As fotos espelhamtoda a beleza sem estereótipos de uma mulher que não per-deu a identidade diante das dificuldades impostas pela doen-ça, ressalta Carlos Eduardo, idealizador da exposição. Segun-do André Leandro, gerente de Marketing do Shopping PátioAlcântara, a exposição tem como objetivo despertar o senti-mento de liberdade e beleza, que vai além do olhar. “ O im-portante é incentivar outras pessoas que passam pelo trata-mento a descobrir o que há de melhor na vida”, comenta.

Outubro Rosa na RJZ CyrelaEm apoio ao Movimento Outubro Rosa, a RJZ Cyrela promoveráuma campanha que unirá saúde e sustentabilidade. Nos dias 22e 23, a construtora fará uma gincana entre funcionários, tendocomo foco o consumo consciente. Uma das tarefas é o recolhi-mento de notas fiscais, sem CPF cadastrado, que serão doadasa uma instituição voltada ao tratamento de mulheres com cân-cer de mama. A instituição que receber as notas poderá se ca-dastrar no portal Nota Carioca (www.notacarioca.rio.gov.br) eterá benefícios como o abatimento de até 100% do IPTU e tam-bém o resgate dos créditos em dinheiro. Para a ação de susten-tabilidade, a empresa coletará papel usado, que será doado ainstituições de reciclagem. Haverá recolhimento também deobjetos sem uso, que poderão ser reaproveitados por outrosfuncionários. No dia 23, a empresa vai promover palestra commédicos da Amil sobre o tema “Câncer de mama”.

Linha 4 do Metrô tem iluminação especialA Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca – Ipanema) está coloridade rosa. Em apoio à campanha mundial de conscientização so-bre a importância dos cuidados e da prevenção ao câncer demama, alguns elementos da obra no trajeto da nova linha ga-nharam iluminação rosa. Além da Ponte Estaiada, que liga ostúneis escavados em rocha à Estação Jardim Oceânico, na Bar-ra da Tijuca, uma grua de 41 metros de altura, no canteiro daEstação Antero de Quental, no Leblon, e a Fábrica de Aduelasonde estão estocados os anéis de concreto que formam os tú-neis na Zona Sul, na Leopoldina, também ganharam ilumina-ção especial. Os colaboradores da Linha 4 foram convidadosainda a usar roupas rosa.

Shopping e hospital promovem palestraCom o objetivo de esclarecer sobre o câncer de mama e cons-cientizar sobre a importância do diagnóstico precoce da doen-ça, o Shopping Metropolitano Barra e o hospital Barra D’Orvão promover, em parceria, palestras gratuitas com a oncolo-gista Dra. Ana Carolina Nobre Mello. Nos dias 20 e 21, o públi-co poderá tirar dúvidas sobre os sintomas, tratamentos e tiposde câncer de mama existentes com a especialista. O ShoppingMetropolitano Barra também está recolhendo doações deprodutos de higiene, lenços e roupas para a ADAMA, institui-ção dedicada à causa. Além disso, o estabelecimento perma-necerá com a fachada e as mídias sociais na cor de rosa até ofim do mês e disponibiliza a cartilha oficial do Inca no sitewww.shoppingmetropolitanobarra.com.br.

DIVULGAÇÃO

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Jornal do Commercio • Terça-feira, 20 de outubro de 2015 • Empresas • B-3

FFaattooss rreelleevvaanntteess nnaa ppáággiinnaa BB--66

» MARINA GAZZONIDA AGÊNCIA ESTADO

Uma mansão avaliadaem R$ 38 milhões noJardim Europa, um dosbairros mais caros de

São Paulo, foi alugada pelamarca de carros de luxo Jaguarpara sediar sua principal açãode marketing neste ano. Até 1ºde novembro a marca promo-verá shows de música, desfilesde moda, exposições de arte etest drive de veículos no espa-ço. Batizado de Casa Jaguar XE,o evento faz parte de uma es-tratégia do grupo de reposicio-nar sua marca no Brasil, comprodutos mais baratos, de olhono consumidor mais jovem.

O Brasil ganhou importân-cia para a Jaguar a partir de2012, quando a empresa assu-miu as operações da marca noPaís, antes nas mãos de umaimportadora. Desde então, aempresa vem adaptando aoperação brasileira à estraté-gia global.

A marca Jaguar e a Land Ro-ver formam uma empresa úni-ca e atuam globalmente emconjunto desde que foram ad-quiridas, em 2008, pelo grupoindiano Tata Motors. No Bra-sil, a Jaguar Land Rover tinhaduas concessionárias em 2012,número que saltou para 33 es-te ano e deve chegar a 42 nofim de 2012. A integração dasmarcas está em curso no Bra-sil, mas ainda há concessioná-rias só da Jaguar e outras sóLand Rover.

Com o reforço dos canais devenda, a empresa está se pre-parando para um plano ambi-cioso de crescimento no Bra-sil. A companhia está cons-truindo uma fábrica no Rio deJaneiro para produtos LandRover, com inauguração pre-

vista para 2016.O fortalecimento do portfó-

lio já começou. A Jaguar lan-çou em outubro o sedã com-pacto XE no Brasil, carro deentrada da marca que custa apartir de R$ 169 mil. É um va-lor quase 20% inferior ao sedãXF, que era, até então, o mais“acessível” da grife no País.

“O XE representa uma vira-da para a Jaguar, que traz umanova geração de carros maisesportivos, que vão aproximara marca do público jovem”, ex-plica o diretor de marketing daJaguar Land Rover para a Amé-rica Latina, Gabriel Patini.

Para firmar o novo conceitono Brasil, a empresa investiráR$ 20 milhões em ações de ma-rketing para a marca Jaguar es-te ano, volume 70% superiorao de 2014. Além de comprade mídia em jornais, na televi-são e na internet, a Jaguar estáinvestindo pesado no chama-do marketing de experiência.

A principal ação é a Casa Ja-guar XE, que recebeu investi-mento de R$ 1,5 milhão. A es-colha das atrações foi definidapara agradar um público depotenciais clientes na faixa de

30 a 45 anos - abaixo do típicoconsumidor da Jaguar, quetem a partir de 50 anos.

Experiência

Para Ricardo Buckup, sócioda agência B2, especializadaem marketing para o públicojovem, o consumidor dessafaixa etária é cada vez maispautado pela experiência comas marcas. “Mala direta não fazmais ninguém sair de casa.”Segundo ele, a ação deve levarem conta o interesse do públi-co-alvo para dar resultado.

A Casa Jaguar XE está abertaao público e quem visitar o es-paço verá um ambiente de lu-xo, com um Jaguar iluminadopor holofotes na sala da man-são, uma cena que lembra afamosa Lamborghini ostenta-da na sala de estar do empre-sário Eike Batista. O espaço te-rá atrações abertas ao público,como os test drive do XE, e ou-tras fechadas para convida-dos, como shows. A estimativada Jaguar é que entre 3 mil e 4mil pessoas visitem a casa naspróximas três semanas.

A aposta da Jaguar no Brasil

ocorre em meio à crise econô-mica no Brasil, que afetou se-veramente a indústria auto-mobilística, especialmente osimportadores. A venda de car-ros importados no Brasil caiu30,1% entre janeiro e agosto,segundo dados da Associaçãodas Empresas Importadoras eFabricantes de Veículos Auto-motores (Abeifa).

O segmento de luxo tem semostrado mais resiliente. En-quanto os carros importadoscom preços até R$ 150 mil ti-veram queda de 31,9% nasvendas neste ano, os modelosde R$ 300 mil a R$ 500 mil tive-ram alta de 53,2%.

De acordo com o presiden-te da Abeifa, Marcel Visconde,a alta nas vendas se deve aolançamento de um númeromaior de modelos no Brasil e auma sensibilidade menor docliente de alta renda à criseeconômica do que a do clientede classe média. “É um merca-do movido a produto. A estra-tégia é estimular o cliente comlançamentos e cortar margempara manter preço”, disse Vis-conde. “Por mais que seja do-loroso importar neste momen-to, é melhor fazer a roda girardo que sair do mercado.”

Segundo Patini, a Jaguarmanteve o preço em reais esti-mado para o XE. “Não dá paracorrigir o valor pelo câmbio elançar um produto com umpreço incompatível com seuposicionamento”, disse. A Ja-guar vendeu 205 unidades nes-te ano até agosto, alta de 8,6%em relação a igual período de2013. Com o XE, a meta é em-placar 500 unidades em 2015 emil em 2016, quando a Jaguartrará seu primeiro SUV para oBrasil. “Nossos clientes conti-nuam comprando. É hora deser ousado.

Jaguar mira público jovempara reposicionar marcaMansão avaliada em R$ 38 milhões no Jardim Europa abrigará até 1º de novembro a Casa Jaguar XE, ação de marketing que contará com shows, desfiles, test drive e exposições

CARROS DE LUXO AQUISIÇÃO

DA REDAÇÃO

A apresentadora de TVOprah Winfrey fechou uma par-ceria com a empresa de progra-mas de emagrecimento WeightWatchers, que no Brasil adota onome de Vigilantes do Peso.Com o acordo, Oprah passará afazer parte do Conselho de Ad-ministração da companhia edivulgará a empresa na mídia.Após o anúncio, os papéis dacompanhia tiveram alta de103% na bolsa de Nova York(Nyse). A disparada das açõesnão é uma ótima notícia ape-nas para a empresa, mas tam-bém para o bolso de Oprah, queacaba de engordar 39 milhõesde dólares em apenas um dia.Isso porque o acordo firmadotambém informa que Oprahcomprou 10% das ações da Wei-ght pelo valor que os papéis er-am cotados na última sexta-fei-ra, que era de US$ 6,79. Hoje, asações chegaram a US$ 13,65.

A Weight Watchers vive uma

crise há anos. Mesmo com a al-ta de ontem nos papéis da com-panhia, eles ainda acumulamuma queda de mais de 50% noano. No seu auge, em 2011, asações valiam US$ 80 dólares.

A empresa, fundada em1963, tem sido fortemente afe-tada por aplicativos de ginásti-ca e contagem de calorias quesurgem a cada ano. A Oprah éuma apresentadora com umagrande influência entre aque-les que lutam para perder al-guns quilos. E, ao longo dosanos, a própria Oprah travousuas batalhas contra a balança.

“A Weight Watchers me deuas ferramentas necessáriaspara começar a fazer a mu-dança duradoura que eu emuitos de nós que lutamospara perder peso sonháva-mos”, disse Oprah Winfrey.“Eu acredito tanto no progra-ma que resolvi investir na em-presa e ser sócia da sua evolu-ção”, completou a apresenta-dora, em comunicado.

Oprah compra fatia no Vigilantes do Peso

TELECOMUNICAÇÕES

DA AGÊNCIA REUTERS

A Ericsson, maior fabrican-te mundial de equipamentospara telefonia móvel, testará atecnologia de telefonia móvelde quinta geração (5G) no Bra-sil em 2016 em parceria com ogrupo Claro, da América Móvil.

Segundo a Ericsson, os pri-meiros testes de sistemas daAmérica Latina para o 5G e IoT(Internet das Coisas, conexãoà Web de objetos utilizados nodia a dia) serão desenvolvidosno país durante o ano que vem.

O 5G é a mais nova gera-ção de telecomunicação mó-vel, proporcionando veloci-dades mais rápidas que a 4G.O anúncio foi feito durantevisita da presidente DilmaRousseff aos escritórios da

Ericsson na Suécia.“Para o 5G, nosso foco é

entender como os sistemasserão usados tanto pela soci-edade como pelas indústrias.Para conseguir concluir asredes comerciais em 2020, aEricsson está fechando par-ceria com a América Móvilpara o primeiro teste de sis-tema 5G no Brasil”, disse opresidente-executivo daEricsson, Hans Vestberg, emcomunicado da empresa.

“Estou convencido de quea próxima geração de bandalarga móvel e de internet dasCoisas, possibilitada pelo 5G,irá acelerar as oportunidadespara avançar em áreas comosaúde, educação, energia eagricultura, e em novas apli-cações na indústria.”

Ericsson realizará testesde 5G no Brasil em 2016

DIVULGAÇÃO

Jaguar lançou o sedã compacto XE no Brasil, carro de R$ 169 mil

Gol Linhas Aéreas PN -5,43%Oi BR ON -3,93%Usiminas PNA -3,60%Vale PNA -3,55%Vale ON -3,37%Bradespar PN -3,20%Metalúrgica Gerdau PN -2,96%Smiles ON -2,54%JBS ON -2,45%Suzano Papel e Celulose PNA -1,10%

O MERCADO

Ibovespa

Juros InflaçãoPoupança Correção

Reajuste do Aluguel

INSS

Dólar comercial

Título da Dívida Externa

Euro

Imposto de Renda

Agosto/15 Setembro/15

CDB Dia Índice

HOT MONEY CAPITAL DE GIRO

Contribuinte individual e facultativos

Dólar Ptax R$ 3,9009 R$ 3,9015

Dólar Turismo R$ 3,733 R$ 4,027

Salário até R$ 725,02 R$ 37,18

Salário de R$ 725,03 a R$ 1.089,72 R$ 26,20

Janeiro a março / 2015 5,5% ao ano

Abril a Junho/2015 6% ao ano

Julho a setembro/2015 6,5% ao ano

Outubro a dezembro/2015 7% ao ano

Salário decontribuição R$ %

Ao mês:

1,53% Ao ano:

15,13%OVER CDI

Ao ano:

14,15%Ao ano:

14,13%

Valor mínimo 788,00* 11 ou 20

Valor máximo De 788,00 até 4.663,75 20

*Quem optar pela alíquota de 11% só pode se aposentar por idade

Até 1.399,12 8%

De 1.399,13 até 2.331,88 9%

De 2.331,89 até 4.663,75 11%

30 dias

14,17% ao ano

60 dias

14,19%ao ano

Mês INPC INCC IGP-DI IGP-M IPCAIBGE (IGP-DI/FGV) FGV FGV IBGE

MAI./14 0,6 2,05 -0,45 -0,13 0,46

JUN. 0,26 0,66 -0,63 -0,74 0,4

JUL. 0,13 0,75 -0,55 -0,61 0,01

AGO. 0,18 0,08 0,06 -0,27 0,25

SET. 0,49 0,15 0,02 0,2 0,57

OUT. 0,38 0,17 0,59 0,28 0,42

NOV. 0,53 0,44 1,14 0,98 0,51

DEZ. 0,62 0,08 0,38 0,62 0,78

JAN./15 1,48 0,92 0,67 0,76 1,24

FEV. 1,16 0,31 0,53 0,27 1,22

MAR. 1,51 0,62 1,21 0,98 1,32

ABR. 0,71 0,46 0,92 1,17 0,71

MAI. 0,99 0,95 0,40 0,41 0,74

JUN. 0,77 1,84 0,68 0,67 0,79

JUL. 0,58 0,55 0,58 0,69 0,62

AGO. 0,25 0,59 0,40 0,28 0,22

SET. 0,51 0,22 1,42 0,95 0,54

NO ANO 8,24 6,63 7,03 6,34 7,64

12 MESES 9,90 7,37 9,31 8,35 9,49

Deduções: R$ 189,59 por dependente; pensão alimentícia integral; contribuição ao INSS. Aposentado com 65 anos oumais tem direito a uma dedução extra de R$ 1.903,98 no benefício recebido da previdência.

Até 1.903,98 - Isento

De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80

De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80

De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13

Acima de 4.664,68 27,5 869,36

Comercial R$ 4,397 R$ 4,401

Turismo R$ 4,203 R$ 4,61

Compra R$ 3,876Venda R$ 3,877

Alta de 0,08%

Global 40

112,32do valor de face

Estável

Compra Venda

Compra Venda

Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Deduzir (R$)

IGP-M (FGV) 1,0755 1,0835

IGP-DI (FGV) 1,0780 1,0931

IPCA (IBGE) 1,0953 1,0949

INPC (IBGE) 1,0988 1,0990

Salário Família TJLP

Segurados de empregos, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos

Salário de contribuições (R$) Alíquotas (%)

UFIR-RJ/2015

R$ 2,7119

Obs.: De acordo com norma do Banco Central, os rendimentos dosdias 29, 30 e 31 correspondem ao dia 1º do mês subsequente.Fonte: Banco Central do Brasil.

Valores em %

Salário Mínimo e UPC Taxa Selic

Mês Salário mínimo UPC Vigência Valores

OUT./14 724,00 22,49

NOV./14 724,00 22,49

DEZ./14 724,00 22,49

JAN./15 788,00 22,55

FEV./15 788,00 22,55

MAR./15 788,00 22,55

ABR./15 788,00 22,60

MAI./15 788,00 22,60

JUN./15 788,00 22,60

JUL./15 788,00 22,69

AGO./15 788,00 22,69

SET./15 788,00 22,69

OUT./15 788,00 22,69

11/7/13 8,5%29/8/13 9%10/10/13 9,5%28/11/13 10%17/1/14 10,5%27/2/14 10,75%03/4/14 11%29/5/14 11%17/7/14 11%4/9/14 11%30/10/14 11,25%4/12/14 11,75%22/1/15 12,25%5/3/15 12,75%29/4/15 13,25%4/6/15 13,75%30/7/15 14,25%3/9/15 14,25%

Principais ações

Maiores altas

Alta de

0,45%Alta de

0,08%

Dow Jones

» Indicadores econômicos / 19 de outubro de 2015

VALE PNA -3,55%VALE ON -3,37%PETROBRAS PN EstávelPETROBRAS ON -0,31%USIMINAS PNA -3,60%ITAÚ UNIBANCO PN 2,38%GERDAU PN -1,45%CIA SIDERURGICA NACIONAL ON 2,19%BRADESCO PN -0,14%BM&FBOVESPA ON 0,17%

Valores em R$

CCoomm aapplliiccaaççããooAAttéé 33//55//1122 AA ppaarrttiirr ddee 44//55//1122

18/Out./15 0,6611% 0,6611%19/Out. 0,5956% 0,5956%20/Out. 0,6243% 0,6243%21/Out. 0,6566% 0,6566%22/Out. 0,6825% 0,6825%23/Out. 0,6818% 0,6818%24/Out. 0,6876% 0,6876%25/Out. 0,6275% 0,6275%26/Out. 0,5910% 0,5910%27/Out. 0,6301% 0,6301%28/Out. 0,6915% 0,6915%29/Out. 0,6799% 0,6799%30/Out. 0,6799% 0,6799%31/Out. 0,6799% 0,6799%1º/Nov. 0,6799% 0,6799%2/Nov. 0,6559% 0,6559%3/Nov. 0,5967% 0,5967%4/Nov. 0,6261% 0,6261%5/Nov. 0,6768% 0,6768%6/Nov. 0,6591% 0,6591%7/Nov. 0,6892% 0,6892%8/Nov. 0,6525% 0,6525%9/Nov. 0,6002% 0,6002%10/Nov. 0,6136% 0,6136%11/Nov. 0,6439% 0,6439%12/Nov. 0,6743% 0,6743%13/Nov. 0,7201% 0,7201%14/Nov. 0,7142% 0,7142%15/Nov. 0,6874% 0,6874%16/Nov. 0,6245% 0,6245%

TBF / TR

TBF TR

17/Set./15 1,0182% 0,1867%18/Set. 0,9716% 0,1603%19/Set. 0,9259% 0,0951%20/Set. 0,9748% 0,1237%21/Set. 1,0272% 0,1558%22/Set. 1,0031% 0,1816%23/Set. 1,0024% 0,1809%24/Set. 1,0182% 0,1867%25/Set. 0,9880% 0,1269%26/Set. 0,9313% 0,0905%27/Set. 0,9806% 0,1295%28/Set. 1,0221% 0,1905%29/Set. 1,0045% 0,1830%30/Set. 1,0390% 0,1675%1º/Out. 1,0606% 0,1790%2/Out. 0,9664% 0,1551%3/Out. 0,9370% 0,0962%4/Out. 0,9866% 0,1255%5/Out. 1,0574% 0,1759%6/Out. 1,0297% 0,1583%7/Out. 1,0199% 0,1883%8/Out. 1,0130% 0,1517%9/Out. 0,94055 0,0997%10/Out. 0,9539% 0,1130%11/Out. 1,0044% 0,1432%12/Out. 1,0549% 0,1734%13/Out. 1,1210% 0,2190%14/Out. 1,0549% 0,2131%15/Out. 1,0180% 0,1865%16/Out. 0,9750% 0,1239%

Maiores baixas

Braskem PNA 5,20%Banco do Brasil ON 4,42%BR Malls Participações ON 4,40%MRV Engenharia ON 3,86%Hypermarcas ON 3,02%EDP - Energias do Brasil ON 2,74%Rumo Logística ON 2,61%Sabesp ON 2,59%Copel PNB 2,57%CPFL Energia ON 1,63%

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Direito & JustiçaB-4 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 20 de outubro de 2015

EEddiittoorr //// Luís Edmundo Araújo

» ANA PAULA SILVEIRA

Avalorização da carreirado magistrado e a buscapor uma jurisdição maiseficiente são alguns dos

desafios da Justiça Federal. Afir-mação foi do presidente da As-sociaçãos dos Juízes Federais doBrasil (Ajufe), Antônio César Bo-chenek, durante o evento Passa-do, presente e futuro da JustiçaFederal, alusivo aos 125 anos dainstituição no País e realizadoontem no Centro Cultural daJustiça Federal (CCJF), no Centrodo Rio. "É de extrema importân-cia promover esse resgate sobrea história e seu legado, e pensarsobre o futuro da Justiça Federalno País", disse Bochenek.

O presidente da Ajufe disseainda que a categoria vem sededicando com afinco a estas ea outras metas. Ele destacoutambém que, neste momento, oPoder Judiciário vem conse-guindo estabelecer a retomadada confiança da população, comexemplos como o do juiz federalSérgio Moro, responsável pelasações penais da Operação LavaJato. "O Judiciário tem contri-buído com a sociedade na me-dida em que é provocado e queessas questões são respondidas,para que as pessoas possam terigualdade em seu tratamento. AJustiça é um dos alicerces destesistema".

Ainda segundo Bochenek, acriação da Justiça Federal repre-sentou um importante marcona história do País e se confundecom o processo de formação daprópria República. "Os magis-trados federais brasileiros são deextrema importância para asconquistas e avanços da socie-dade. Nós vivemos em uma so-ciedade bastante apressada, eprecisamos ter a consciência deque o sistema judiciário requerum tempo para analisar e profe-rir a justiça com a maior impar-cialidade", explica.

Atualmente, a Justiça Federalpossui o maior índice de produ-

tividade por magistrado (IPM)do Poder Judiciário brasileiro,tanto no 1º quanto no 2º grau,com média de 2.113 processosbaixados por magistrado aoano. Personagens quecolabora-ram com a criação da Justiça Fe-deral no País participaram doseminário, como o ministroaposentado do Supremo Tribu-nal Federal (STF) Ilmar Galvão.Ele recordou que durante o Es-tado Novo, no período de 1937até 1968, o Brasil deixou de con-tar com a atuação do órgão. "Senão houvesse a Justiça Federalimagina o que seria hoje o Po-der Judiciário? Seria o caos,principalmente pela quantida-de dos processos que vem abar-rotando os cartórios", recordou.

Galvão defende que um dosmomentos de rara felicidade noregime militar foi a retomada daJustiça Federal. "O Judiciário re-cebe atualmente um grande vo-lume de processos, pois ele nãose modernizou e não acompa-nhou o crescimento do País e odesafio daqui para frente é am-pliar a atuação. Só que para issoé preciso ter dinheiro, e com es-sa crise complica ainda mais",disse. Para o ex-ministro do STFCarlos Mário da Silva Velloso, adata é importante para uma re-

flexão sobre o legado e os cami-nhos que serão galgados pelaJustiça Federal. Ele disse tam-bém que o País precisa de juizesmais independentes, como nopassado, na época dos militaresem que a classe da magistraturaera respeitada. "A Justiça Fede-ral está no vorteci dos conflitosentre igualdade e verdade, entreo estado e o discurso de direito",afirma.

Compreensão

Atualmente, segundo Vello-so, é a Justiça Federal que "fazcom que a sociedade com-preenda a importância da Justi-ça e de um juiz que decide comindependência e fiel à sua cons-ciêcia. O juiz Sérgio Moro é umexemplo dessa conduta e dopotencial dos magistrados bra-sileiros". No entanto, a decisãoproferida na última semana pe-lo STF, que 'fatia' a Lava-Jato eque reduz o controle de Moro évista como acertada pelo minis-tro. "É tecnicamente correta,pois evita nulidades nas investi-gações e não se está benefician-do ninguém. A Corte está afas-tando eventuais alegações denulidade no futuro", explicou.Velloso disse ainda que a socie-

dade brasileira pode confiar nacapacidade da magistraturabrasileira em todas as esferas."Existem centenas de juizes fe-derais capazes e independen-tes, que decidem visando o au-têntico interesse público".

Também presente, o desem-bargador federal aposentadoVladimir Passos de Freitas, de-fende uma gestão administrati-va do Poder Judiciário com focono planejamento estratégico naadministração de pessoas, re-cursos e da estrutura judiciária."Não podemos continuar com aimprovisação, até porque foi elaquem nos levou ao placar de7x1. Os alemães não improvisa-ram. É preciso planejar as açõespara obter resultados", disse.Também estiveram presentesao evento os desembargadoresfederais Sérgio Feltrim Corrêa eAlberto José Tavares Vieira daSilva, e os ex-ministros do Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ) Jo-sé de Castro Meira e Arnaldo Es-teves Lima, entre outros.

Durante o evento, a Ajufe en-tregou uma homenagem pelotrabalho desenvolvido em prolda Justiça Federal no estado aojuiz federal Caio Mário Gutter-res Taranto, que atua em Tere-sópolis.

Passado, presente efuturo aos 125 anosEvento promovido pela Ajufe no CCJF celebra aniversário da instituição com focona valorização da carreira dos magistrados e na busca por jurisdição mais eficiente

JUSTIÇA FEDERAL

TRENS

DA REDAÇÃO

A empresa Supervia Con-cessionária de TransporteFerroviário S/A deve pagarR$ 200 mil em indenizaçãopor dano moral e mais R$ 200mil por danos estéticos a víti-ma de atropelamento em li-nha férrea. A decisão é daQuarta Turma do SuperiorTribunal de Justiça (STJ).Além da indenização, a Su-pervia deve pagar pensãomensal no valor de um salá-rio mínimo e a quantia refe-rente aos equipamentos mé-dicos que deixaram de serfornecidos no momento ade-quado.

No recurso ao STJ, a em-presa alegou que o acidenteocorreu por culpa exclusivada vítima, que caminhavapelos trilhos sem observar asdevidas advertências de se-gurança. Alegou também nãoser sua responsabilidadeconstruir e manter muros emvolta da ferrovia, ou mesmopassarelas, pois essas res-ponsabilidades seriam do es-tado. Questionou ainda aexorbitância da indenizaçãoe o pagamento de quantiapor cadeira de rodas e mule-tas em período anterior ao dasentença.

Deveres mínimos

O relator do caso, ministroRaul Araújo, rejeitou a alega-ção de culpa da vítima. Res-saltou que a decisão do tri-bunal estadual apontou ainobservância dos deveresmínimos de segurança porparte da concessionária. Pa-ra “acolher a tese da recor-

rente, no sentido de que aautora foi responsável peloacidente ou concorreu parasua ocorrência, pois cami-nhava desatenta pela linhado trem, seria necessário orevolvimento do conteúdofático-probatório dos autos,providência que esbarra nacensura da Súmula 7 do STJ”,afirmou.

Aumento pedido

A vítima também recorreucontra a decisão da Justiçafluminense, pedindo o au-mento da indenização, fixa-da em R$ 30 mil por danosmorais e em R$ 40 mil pordanos estéticos. O ministroRaul Araújo considerou essesvalores irrisórios. Seguindoos precedentes do STJ, eleaumentou os valores para R$200 mil cada, de forma que avítima deve receber R$ 400mil, pagamento de pensãomensal no valor de um salá-rio mínimo, além de conver-são em dinheiro do valor dosequipamentos médicos a se-rem fornecidos à vítima.

Seguindo o voto do rela-tor, a turma também deter-minou que o fornecimentode próteses, cadeira de rodase muletas sejam convertidasem dinheiro, tendo em vistaque seriam entregues muitosanos após o acidente. “De-vem ser tomados em contaos valores dos equipamentosque deixaram de ser forneci-dos, corrigidos monetaria-mente e com a incidência dejuros de mora a partir doevento danoso”, concluiu oministro. (Com informaçõesdo STJ)

Empresa deve indenizarvítima de atropelamento

AVIAÇÃO

DA REDAÇÃO

A Corte Especial do Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ)homologou sentença estran-geira da Espanha propostapela Age Blue S.L contra aempresa aérea Varig España,representada pela Varig S.A.A empresa espanhola busca-va obter danos materiais pe-lo não cumprimento de acor-do firmado com a Varig, con-tratada para transportar car-ga de alimentos perecíveis,que se estragaram pelo in-correto armazenamento etransporte.

A Age Blue acionou judi-cialmente algumas empresasligadas à Varig em processo derecuperação judicial para aobtenção de seu direito. Entreas acionadas estavam, além daVarig España, representadapela Varig S.A., a TAP Manu-tenção e Engenharia S.A., aFlex Linhas Aéreas S.A. e a VRGLinhas Aéreas S.A., represen-tada pela Gol Transportes Aé-reos S.A.

O ministro HumbertoMartins explicou que o pro-cesso de recuperação judicialda Varig envolveu seu fracio-namento em algumas unida-des produtivas. Entretanto,essas unidades “não podemresponder pelos passivos daempresa original”. De acordocom ele, a única empresa le-gítima para estar no polo pas-sivo da demanda é a Varig Es-paña, representada pela Va-rig S.A., que é a massa falidaregularmente representadapor administrador judicial.

Massa falida

Segundo Martins, o STJ jádecidiu que “somente a mas-sa falida em questão é queresponde pelas execuçõescontra a Varig S.A. Assim, porderivação lógica, somente amassa falida poderá respon-

der por danos causados pelaação de controlada no exte-rior”. A corte considerouatendidas as formalidadesnecessárias para a homolo-gação da sentença e julgouextinto o processo com rela-ção às empresas TAP, Flex eVRG Linhas Aéreas.

Enfam

A Escola Nacional de For-mação e Aperfeiçoamento deMagistrados (Enfam) promo-ve, de amanhã a sexta-feira, oII Encontro Nacional de For-madores – práticas, desafios eperspectivas formativas nocontexto da magistratura. Oevento conta com a participa-ção de docentes, coordenado-res, gestores e pesquisadoresenvolvidos na formação demagistrados e ocorre no audi-tório externo do Conselho daJustiça Federal (CJF), localiza-do no Setor de Clubes Esporti-vos Sul, trecho 3, polo 8, lote 9,térreo.

A abertura será feita pelosecretário-geral da Enfam,juiz Paulo Tamburini, pelasecretária executiva da Esco-la Nacional, Márcia de Car-valho, e pela juíza federal Vâ-nila Cardoso André de Mo-raes. Também está previstaparticipação do ministro doSTJ e diretor-geral da EnfamJoão Otávio de Noronha. Oseminário é uma oportuni-dade para integrar experiên-cias e práticas relativas à cria-ção de formadores atuantesna educação profissional demagistrados, bem comocompartilhar boas práticasdocentes, discutir, reelaborare apresentar proposta de umfuturo Programa de Forma-ção para Formadores de Ma-gistrados. As inscrições nasoficinas e mesas redondaspodem ser feitas no primeirodia do evento. (Com informa-ções do STJ)

STJ homologa sentençaestrangeira contra Varig

DIREITO AUTORAL

DA REDAÇÃO

A Quarta Turma do STJ anu-lou sentença e acórdão recorri-do que consideraram violação adireito autoral o uso de manuaisde técnicas de venda. Segundo aturma, ideias e métodos de trei-namento não são passíveis deproteção autoral. A tese foi apli-cada em um caso envolvendomanuais de técnicas de vendasno setor de vestuário.

A ação foi ajuizada em 1996por uma empresa de consulto-ria e treinamento de pessoalcontra ex-funcionária que davacursos com base em manuais devenda elaborados por empresanorte-americana. Alegou queera cessionária exclusiva dos di-reitos autorais do material noBrasil. Empresas contratadaspela funcionária e receptoras demateriais reproduzidos por elatambém respondem à ação.

Em primeiro grau, o pedidode indenização por violação dedireitos autorais e impedimentode utilização dos manuais foinegado. O juiz entendeu que osimples método de vendas não éobra literária, não havendo tra-balho de criação ou originalida-de passível de proteção. Em se-gundo grau, a sentença foi refor-mada e os pedidos concedidos.

A ex-funcionária e uma em-presa de modas que a contratourecorreram no STJ. Entre asprincipais alegações, disseramque o Manual TVV e o Manualde Normas e ProcedimentosOperacionais de Estabeleci-mentos Comerciais não sãoobras protegidas pela Lei de Di-reitos Autorais. Questionaramtambém o fato de não haver re-gistro dos manuais na Bibliote-ca Nacional, mas apenas emcartório de registro de títulos edocumentos, o que afrontariaas exigências legais de proteção.

O relator do caso, ministroLuis Felipe Salomão, destacouque está pacificado na doutrinae jurisprudência que ideias emétodos não são passíveis deproteção autoral. “Um plano,estratégia, método de negócio,ainda que posto em prática, nãoé o que o direito do autor visa

proteger”, explicou. O ministroafirmou ainda que o direito au-toral decorre da criação da obraintelectual, independentemen-te de qualquer formalidade. As-sim, o registro da Biblioteca Na-cional não faz surgir os direitosmorais e patrimoniais do autor.

Salomão apontou que a deci-são de segunda instância equi-vocou-se ao reconhecer os ma-nuais de procedimentos comoobra intelectual a ser protegida.Mas a decisão foi mais ampla,pois a condenação deu-se combase na alegação de concorrên-cia desleal porque a ex-funcio-nária estaria utilizando, de for-ma “parasitária”, cópias de ma-nuais comprados pela empresaautora da ação. Sobre esse as-pecto da decisão, o ministroconsiderou que houve cercea-mento de defesa da ex-funcio-nária. (Com informações do STJ)

Manuais de técnicas de vendanão são protegidos, decide STJ

Um plano, estratégia, método de negócio,ainda que posto em prática, não é o que odireito do autor visa proteger”.

Luis Felipe Salomão Ministro do STJ

MULHER

DA REDAÇÃO

O Tribunal de Justiça doEstado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) irá contar com um obser-vatório judicial da ViolênciaDoméstica e Familiar contraa Mulher. A novidade foianunciada nesta sexta-feira,durante reunião da juíza-au-xiliar da Presidência do TJ-RJe coordenadora do ProjetoVioleta, Adriana Ramos deMello, com delegados de uni-dades da Polícia Civil que in-tegram a iniciativa.

O observatório vai funcio-nar como um portal no qualo cidadão poderá acompa-nhar a movimentação pro-cessual de casos relaciona-dos à violência de gênero.

Para a juíza Adriana Ra-mos de Mello, a ideia é lançaro Observatório Judicial daViolência Doméstica e Fami-liar contra a Mulher no mêsque vem. Outra novidade é ainclusão de delegacias daBarra da Tijuca, Jacarepaguá,Duque de Caxias e Nova Igua-çu ao Projeto Violeta. A ini-ciativa reduz para até duashoras o tempo em que umjuiz concede uma medidaprotetiva de urgência. (Cominformações do TJ-RJ)

TJ-RJ teráobservatóriojudicial

PAUTY ARAÚJO/JCOM/D.A PRESS

O juiz Caio Mário Taranto, Antônio Bochenek e os ex-ministros do STF Carlos Velloso e Ilmar Galvão

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Jornal do Commercio • Terça-feira, 20 de outubro de 2015 • Direito & Justiça • B-5

DA REDAÇÃO

Opresidente do Supre-mo Tribunal Federal(STF) e do ConselhoNacional de Justiça

(CNJ), ministro RicardoLewandowski, e o secretário-geral da Organização dos Esta-dos Americanos (OEA), LuisAlmagro, assinaram ontemum memorando de entendi-mento sobre política judiciáriacriminal e sistema carcerário.A assinatura do acordo foi rea-lizada em Washington (EUA),onde o ministro Lewandowskicumpre agenda oficial.

O acordo CNJ-OEA irá con-solidar a cooperação dos doisórgãos no desenvolvimento,na implementação e no inter-câmbio de projetos no Brasil enos demais Estados membrosinteressados em uma melhordistribuição da Justiça e naconcretização de boas práticasrelacionadas ao sistema peni-tenciário e à execução penal.Prioritária para a atual gestãodo CNJ, a pauta para a área cri-minal foi registrada na Porta-ria CNJ 16/2015, que traz dire-trizes de gestão para o biênio2015-2016.

Segundo o acordo de coo-peração, o CNJ e a OEA atua-rão para promover medidasalternativas ao encarceramen-to, audiências de custódia, ex-pansão do acesso à Justiça,

melhoria da eficiência do Judi-ciário para reduzir a popula-ção penitenciária, informati-zação dos processos de execu-ção penal, fortalecimento dareinserção social pela melho-ria da infraestrutura peniten-ciária e capacitação de profis-sionais, assim como imple-mentação de ferramentas degestão e planejamento no sis-tema penitenciário.

Os projetos do CNJ contem-plados para o aprimoramentodo sistema de Justiça crimi-nal, como audiências de cus-tódia, cidadania nos presí-dios, saúde nas prisões e o sis-tema eletrônico de execuçãounificada, estão sendo indica-dos como modelos de atuação

judicial para as Américas epoderão ser levados para ou-tros países membros da OEA.Além de buscar a implemen-tação das ações almejadas, osórgãos se comprometem amonitorar a execução dos pro-jetos e os resultados obtidos.Também haverá um sistemade intercâmbio de informa-ções e de experiências para fa-cilitar a reintegração socialdos apenados e o respeito aosdireitos humanos.

Legislação e recomendação

O CNJ vai fornecer dados àOEA e divulgará informaçõessobre a entidade, inclusivecom legislação e recomenda-

ções emitidas pelo órgão in-ternacional. Também incluiráa entidade interamericana emdebates públicos de interesserealizados no Brasil e nas ca-pacitações sobre temas vincu-lados à execução penal e aosistema prisional. Além deapoiar o CNJ na gestão de pro-jetos e na execução de açõesna área criminal, assim comona difusão de resultados, aOEA também convidará repre-sentantes do Conselho parareuniões públicas de interesserealizadas no âmbito da enti-dade internacional e de suassubdivisões.

A OEA foi fundada em 1948e busca levar aos 35 estados-membros valores e ações vol-tadas à paz, justiça, solidarie-dade, colaboração, soberania,integridade territorial e inde-pendência. A entidade tem co-mo seus pilares princípios co-mo democracia, direitos hu-manos, segurança e desenvol-vimento. Além do acordo coma Secretaria-Geral da OEA, oministro Lewandowski tam-bém firmará protocolo de coo-peração com a Comissão Inte-ramericana de Direitos Huma-nos, um dos braços da OEA,hoje. O acordo CNJ-CIDH évoltado ao aperfeiçoamentoda formação e capacitação dosjuízes brasileiros em temas dedireitos humanos. (Com Agên-cia CNJ)

Lewandowski assina

memorando com OEA Acordo vai promover, entre outras medidas alternativas, audiências de custódia, expansão do acesso à Justiça e redução da população carcerária

TRATAMENTOS PENAIS

JUAN MANUEL HERRERA/OEA

Ricardo Lewandowski e Luis Almagro assinam acordo nos EUA

HOMOFOBIA

DA REDAÇÃO

O juiz federal Leonel Ferrei-ra, convocado para compor aTerceira Turma do TribunalRegional Federal da 3ª Região(TRF-3), determinou que sejaretomada a tramitação do pro-cesso que o Ministério PúblicoFederal (MPF) moveu contra opastor Silas Lima Malafaia, aTV Bandeirantes e a União pordeclarações homofóbicas doevangélico em julho de 2011durante o programa Vitóriaem Cristo, veiculado pelaemissora.

A decisão anula sentençada primeira instância que ha-via determinado a extinção daação civil pública sem julga-mento do mérito. O MPF pedea retratação do pastor, que uti-lizou expressões de incitação àviolência contra homosse-

xuais ao criticar o uso de sím-bolos religiosos durante a Pa-rada do Orgulho LGBT daque-le ano.

Na ocasião, ao comentar autilização de imagens de san-tos em cartazes de uma cam-panha pelo uso de preservati-vos no evento, Malafaia teriadito: “os caras na parada gayridicularizaram símbolos daIgreja Católica e ninguém falanada. É pra Igreja Católica en-trar de pau em cima desses ca-ras, sabe? Baixar o porrete emcima pra esses caras aprender(sic). É uma vergonha.”

O MPF pede que a JustiçaFederal expeça uma liminarpara proibir o pastor e a TVBandeirantes de veicular no-vamente comentários comteor homofóbico. O processo ,agora, retorna à 24ª Vara. (Cominformações do TRF-3)

TRF-3 decide retomarprocesso contra pastor

PIAUÍ

DA REDAÇÃO

O Conselho Federal da Or-dem dos Advogados do Brasil(OAB) ajuizou a Ação Direta deInconstitucionalidade (ADI)5397, com pedido de medidacautelar, contra a Lei6.704/2015, do estado do Pi-auí, que trata do uso de depó-sitos judiciais pelo governo lo-cal. A lei dispõe sobre a utiliza-ção de depósitos judiciais emdinheiro referentes a proces-sos judiciais ou administrati-vos, tributários ou não tributá-rios, em feitos vinculados aoTribunal de Justiça do estadodo Piauí, para custeio da pre-vidência social, pagamento deprecatórios e amortização dadívida com a União.

De acordo com o OAB, a leiestadual fere, entre outros dis-positivos constitucionais, o ar-tigo 22 da Constituição Fede-ral, o qual dispõe sobre as com-petências privativas da União.O inciso I prevê que cabe ape-

nas à União legislar sobre ma-téria processual. Na ADI 5397,a OAB argumenta que “somen-te a União pode editar leis dis-pondo sobre a destinação euso dos valores pecuniáriosrelativos a depósitos judiciaisprovenientes de processos ju-diciais contenciosos, uma vezque só ela pode legislar sobredireito processual e sobre ma-térias implicitamente dele de-pendentes”.

Dessa forma, a OAB pede aconcessão de medida liminarpara suspender a eficácia daíntegra da Lei Estadual6.704/2015, do Piauí. No méri-to, pede a declaração de in-constitucionalidade da nor-ma. A relatora da ADI é a mi-nistra Rosa Weber, que aplicouao processo o rito do artigo 12da Lei 9.868/1999 (Lei dasADIs), para que a ação seja jul-gada pelo Plenário do STF di-retamente no mérito, sem pré-via análise do pedido de limi-nar. (Com informações do STF)

OAB questiona usode depósitos judiciais

ADVOGADO PÚBLICO

DA REDAÇÃO

A União ajuizou a Reclama-ção (RCL) 22108, no SupremoTribunal Federal (STF), contradecisão do Juízo da 11ª VaraFederal de Curitiba que impôsmulta pessoal a advogado pú-blico federal. De acordo com oprocesso, o Juízo da 11ª VaraFederal de Curitiba determi-nou, nos autos de ação ordiná-ria, que a União e o estado doParaná fornecessem medica-mento à autora da ação paratratamento de doença e esta-beleceu multa de R$ 1.000 emcaso de descumprimento dedecisão. A União interpôs agra-vo de instrumento, cujo efeitosuspensivo foi deferido emparte para reduzir a multa diá-ria ao valor de R$ 100.

Posteriormente, com baseno artigo 14 do Código de Pro-cesso Civil (CPC), o Juízo deprimeiro grau entendeu quehouve resistência para o cum-primento da decisão judicial efixou multa diária de R$ 2.000em desfavor de consultor jurí-dico do Ministério da Saúde,responsável pelas comunica-ções entre a Procuradoria daUnião no Paraná e o órgão doPoder Executivo.

Em seu inciso V, o artigo 14do CPC relaciona, entre os de-veres das partes e de todosaqueles que, de qualquer for-ma, participem de um proces-so, o de “não criar embaraços àefetivação de provimentos ju-diciais, de natureza antecipa-tória ou final”. Em seu pará-grafo único, dispõe que: “res-salvados os advogados que sesujeitam exclusivamente aosestatutos da OAB, a violação

do disposto no inciso V desteartigo constitui ato atentatórioao exercício da jurisdição, po-dendo o juiz, sem prejuízo dassanções criminais, civis e pro-cessuais cabíveis, aplicar aoresponsável multa em mon-tante a ser fixado de acordocom a gravidade da conduta enão superior a vinte por centodo valor da causa”.

Punição inviável

Segundo a reclamaçãoapresentada no STF, é inviávela punição por multa pessoalaos advogados privados oupúblicos. Entendimento quejá foi fixado pelo Plenário doSupremo no julgamento daAção Direta de Inconstitucio-nalidade (ADI) 2652. Na oca-sião, o Tribunal entendeu quea expressão "ressalvados osadvogados que se sujeitam ex-clusivamente aos estatutos daOAB", contida no parágrafoúnico do artigo 14 do CPC, de-ve abranger advogados tantodo setor público quanto priva-do, estando sujeitos às mes-mas prerrogativas, direitos edeveres e à disciplina própriada profissão.

Dessa forma, a União pedea concessão de medida limi-nar para suspender a aplica-ção de multa pessoal ao con-sultor jurídico do Ministérioda Saúde. No mérito, pede oreconhecimento da impossi-bilidade de aplicação da pena-lidade em questão, com o afas-tamento definitivo da multaimposta ao advogado públicofederal. O relator da reclama-ção é o ministro Edson Fachin.(Com informações do STF)

União questionaaplicação de multa

INTERNET

DA REDAÇÃO

O ministro José Antonio DiasToffoli, do Supremo TribunalFederal (STF), negou seguimen-to (julgou inviável) ao HabeasCorpus (HC) 130711, impetradopela defesa de V.B.E., acusada deaplicar golpes na internet porintermédio de empresas online.Segundo o relator, não houveconstrangimento ilegal no de-creto de prisão contra a empre-sária. V.B.E. e seu marido são in-vestigados pelo Ministério Pú-blico de São Paulo (MP-SP) porparticipação em crimes contra aordem econômica e a relação deconsumo, estelionato e lavagemde dinheiro cometidos por meiode transações de compra e ven-da efetuadas no site da empresaServiços Digitais Ltda., antesdenominada Pank, de sua pro-priedade.

De acordo com a denúncia,os produtos comercializadospelo site, após serem adquiri-dos pelos clientes por meio dosistema de compras online, nãoeram entregues ou, quando en-tregues, não apresentavam aqualidade anunciada. Constaainda na peça acusatória que aempresa Pank possui mais de42 mil reclamações de consu-midores insatisfeitos com osprodutos, todas registradas emsite específico para manifesta-ção de consumidores. Ainda se-gundo a denúncia, após desco-bertos os golpes, novas empre-sas eram criadas pelos investi-gados em nome de laranjas.

Além disso, de acordo com oMP-SP, o montante arrecadadocom os golpes era depositadoem conta de familiares, utiliza-do em compras de imóveis eveículos em nome de terceirose em doações a igrejas. A em-presária teve prisão preventivadecretada pelo juízo da 4ª VaraCriminal de Ribeirão Preto (SP)sob o argumento da garantiada ordem pública e da conve-niência da instrução criminal,visto que já responde a outrosprocessos criminais por crimede estelionato com modus ope-randi semelhante.

Aspectos genéricos

Segundo a defesa, o decretode prisão preventiva contra aempresária foi motivado ape-nas por aspectos genéricos.Ressalta que não foram locali-zadas as vítimas dos golpes,não há nenhum depoimento

nos autos, somente materialde internet do site de reclama-ções. Além disso, afirma que onúmero de queixas no site écondizente com o número denegócios efetuados pela Pank.

A defesa teve pedido de re-vogação da prisão preventivanegado pelo Tribunal de Justi-ça do Estado de São Paulo (TJ-SP). No Superior Tribunal deJustiça (STJ), o habeas corpusnão foi conhecido, sob o argu-mento de que outro habeas,com mesmo pedido, já estavaem trâmite naquela Corte. Adefesa afirma que não houvereiteração de pedido no STJ,pois as impetrações foram fei-tas por defensores distintos emmomentos diversos. Pede oafastamento da Súmula 691 doSTF, segundo a qual é inadmis-sível a impetração de habeascorpus contra decisão de rela-tor de tribunal superior quenega provimento a cautelar.

O relator da ação, Dias To-ffoli afirmou não ser o caso deaplicação ou não da Súmula691 do STF, pois não houve, nainstância antecedente, deci-são individual negativa. “Nãose trata, na espécie, de decisãomonocrática indeferitória deliminar proferida pela autori-dade coatora, mas decisão quenão conheceu do HC por serreiteração de outro habeascorpus em andamento naque-la Corte (STJ), com idênticapretensão (revogação de cus-tódia cautelar)”, disse.

Sem afronta

De acordo com o relator, adecisão do STJ, além de nãodemonstrar ilegalidade fla-grante, abuso de poder ou te-ratologia, não afronta a juris-prudência do STF, “que, em ca-sos semelhantes, já assentouque não se conhece de habeascorpus em que se reitera a pre-tensão veiculada em habeascorpus anteriormente impe-trado”. Além disso, o ministrodestacou que não houve exau-rimento da instância antece-dente, pois o pedido ajuizadono STF “volta-se contra deci-são monocrática do relator dacausa no STJ, não submetidaao crivo do colegiado por in-termédio do agravo interno”.Como não foi demonstradanenhuma ilegalidade flagrantena decisão do STJ, o relator ne-gou seguimento ao HC 130711.(Com informações do STF)

Negado HC a acusada por golpes

Não se trata, na espécie, de decisãomonocrática indeferitória de liminarproferida pela autoridade coatora, masdecisão que não conheceu do HC por serreiteração de outro habeas corpus emandamento naquela Corte (STJ), com idênticapretensão (revogação de custódia cautelar)”.José Antonio Dias ToffoliMinistro do STF

DESCAMINHO

DA REDAÇÃO

A 11ª Turma do Tribunal Re-gional Federal da 3ª Região(TRF-3) deu provimento a re-curso do Ministro Público Fede-ral (MPF) para determinar quedois acusados sejam processa-dos pelo crime de descaminho.Em primeiro grau, o juiz havia

aplicado o princípio da insigni-ficância para rejeitar a denún-cia, pois o valor dos tributos de-vidos pela importação das mer-cadorias apreendidas não ultra-passa o limite de R$ 20 mil, pre-visto na portaria 75/2012 do Mi-nistério da Fazenda como parâ-metro para ajuizamento de açãode execução fiscal.

Relator do caso, o desembar-gador federal Nino Toldo con-cordou com as alegações doMPF, que afirmou que a reitera-ção no crime por parte dos acu-sados impede a aplicação doprincípio da insignificância. Omagistrado destacou que as in-formações da Receita Federalrevelam que o valor das merca-

dorias apreendidas correspon-de a R$ 20.948,26, enquanto omontante dos tributos não pa-gos (imposto de importação eimposto sobre produtos indus-trializados) é de R$ 10.474,13.Para o desembargador federal, aaplicação do princípio da insig-nificância requer certos vetores.(Com informações do TRF-3)

Repetição impede insignificância

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BRADESPAR (BRAP-N1)

BBoolleettiimm ddee rreellaaççõõeess ccoomm iinnvveessttiiddoorreess.. O boletim de relações com investidores de15/10/2015 encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www. bmfboves-pa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes.

CIELO (CIEL-NM)

IICCVVAA aappoonnttaa rreettrraaççããoo ddee 33,,44%% ppaarraa oo vvaarreejjoo eemm sseetteemmbbrroo.. A empresa enviou o seguin-te comunicado; no qual consta: Indicador considera a receita de vendas do varejo defla-cionada pelo IPCA em comparação com setembro de 2014; sem os efeitos de calendá-rio, o número seria de 3,0% A receita de vendas do comércio varejista ampliado apre-sentou retração de 3,4% em setembro em relação ao mesmo período do ano passado,depois de descontada a inflação que incide sobre o varejo. É o que aponta o Índice Cielodo Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta quinta-feira (15). Em agosto, o índice haviaregistrado retração de 2,8%, também em relação ao mesmo mês de 2014 e com o des-conto da inflação. Esse é o segundo mês consecutivo com resultados impactados ne-gativamente pelos efeitos de calendário, principalmente pelo reposicionamento de fe-riados e dias úteis. O feriado da Proclamação da Independência do Brasil, em 7 de se-tembro, que em 2014 caiu em um domingo, neste ano foi celebrado em uma segunda-feira, prejudicando as vendas. Por outro lado, em 2015, setembro teve uma quarta-fei-ra a mais e uma segunda-feira a menos em relação ao ano passado, o que impactoupositivamente o setor. No saldo dos dois efeitos, o impacto total foi negativo. Descon-tando estes efeitos de calendário, o mês teria apresentado uma retração de 3,0% peloICVA deflacionado. Em agosto de 2015, no mesmo conceito, a retração seria 2,3%, des-considerando os impactos de feriados e a inflação. Os dados indicam, portanto, umadesaceleração em setembro em relação a agosto. Os números nominais, sem o des-conto da inflação, indicam o mesmo quadro de diminuição do ritmo de crescimento. OICVA nominal registrou crescimento de 3,2% na comparação com setembro de 2014.Em agosto, o crescimento foi de 4,1%, também na comparação com o mesmo mês doano passado. Sem os efeitos de calendário, o ICVA nominal de setembro teria registra-do alta de 3,6%, enquanto agosto teria registrado 4,6%, no mesmo conceito. INFLA-ÇÃO. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 9,49% em setembro no acumu-lado dos últimos 12 meses. O número foi muito próximo dos 9,53% registrados emagosto, no mesmo conceito. Vale ressaltar que o IPCA inclui itens que não fazem parteda cesta de compras do varejo – por exemplo, energia elétrica, aluguel e condomínio,que inclusive têm apresentado inflação acima da média dos demais itens. Consideran-do apenas os itens que compõem os setores do varejo ampliado, a inflação foi de 6,9%no acumulado dos últimos 12 meses. Os preços dos itens de alimentação, tanto em do-micílio quanto fora do domicílio, continuam no patamar de 10% de alta em 12 meses,puxando a inflação do varejo para cima. Já os artigos de residência e vestuário puxam ainflação do varejo para baixo, ficando no patamar de 4%, no mesmo conceito. As pas-sagens aéreas, que costumam ter uma grande variação nos preços, registraram defla-ção de 10,8% em setembro – o que impactou positivamente o ICVA deflacionado nestemês. SETORES. Considerando os grandes blocos de setores que compõem o varejoampliado, todos tiveram, em média, retração nas vendas em setembro, na compara-ção com o mesmo mês de 2014. Dentro do conjunto de setores que comercializambens semiduráveis e duráveis estão Materiais para Construção, Vestuário, Móveis, Ele-tro e Lojas de Departamento, entre outros, em que as compras têm tipicamente valormédio mais alto e são mais dependentes de crédito. Todos estes setores tiveram retra-ção nas vendas em setembro e puxaram o ICVA do mês para baixo. Lojas de departa-mento, no entanto, apresentou aceleração em relação a agosto, ou seja, teve retraçãoem setembro, mas em menor ritmo. Considerando os setores que comercializam bensnão duráveis, Supermercados e Hipermercados foi melhor que a média do varejo am-pliado, puxando o ICVA de setembro para cima, embora ainda com retração nas ven-das na comparação com o ano passado. O setor de Postos de Gasolina permaneceucom crescimento próximo ao da média do ICVA. Drogarias e Farmácias – como já re-gistrado, de forma consistente, em meses anteriores do ICVA – puxou novamente asvendas para cima em setembro e foi um dos poucos setores com alta na comparaçãocom o mesmo mês do ano passado Finalmente, analisando o grupo de setores da ces-ta de serviços, desta vez o turismo não contribui tão positivamente com o ICVA do mêsde setembro, como ocorreu nos três meses anteriores, ficando apenas na média. Os se-tores de Estética e Cabeleireiros e Outros Serviços, como Lavanderias e Profissionais Li-berais, foram os que contribuíram positivamente com o bloco de serviços. O setor deAlimentação – Bares e Restaurantes novamente contribuiu negativamente para o ín-dice do mês. REGIÕES. Em setembro de 2015, todas as regiões brasileiras apresenta-ram retração no varejo pelo ICVA deflacionado. O Nordeste apresentou a menor retra-ção, de 2,6%, na comparação com o mesmo mês de 2014. Centro-Oeste veio em segui-da, com queda de 3,5%, na mesma base de comparação. Norte e Sudeste ficaram em-patadas, ambas com 3,6% de retração em setembro. A região Sul apresentou, nova-mente, o pior desempenho, com retração de 3,7% na receita deflacionada de vendasem setembro. A região Sul sofreu com a inflação do varejo ampliado na região, maisalta que a média do País. Situação semelhante, em menor escala, ocorreu para o Cen-tro-oeste. Observa-se que no ICVA nominal, onde não há o desconto da inflação, o Sulliderou, com alta de 4,4%, seguido pelo Centro-Oeste e Nordeste, com crescimento de3,9% e 3,5%, respectivamente. Sudeste e Norte tiveram desempenho igual, com 2,9%de crescimento nominal, na comparação com setembro de 2014. Todas as regiõesapresentaram desaceleração no ritmo de vendas, de agosto para setembro deste ano.TERCEIRO TRIMESTRE DE 2015. O ICVA encerrou o terceiro trimestre de 2015 com re-tração de -2,7% em relação ao mesmo período do ano passado, depois de descontadaa inflação. O indicador indica, portanto, uma continuação da trajetória de queda no rit-mo de crescimento do varejo ampliado, observado desde o primeiro trimestre de 2014.O índice nominal, que considera a receita de vendas sem o desconto da inflação, regis-trou alta de 5,1% no período, frente aos 7,3% do segundo trimestre de 2015, ambos nacomparação com o mesmo período de 2014. Analisando os grandes blocos de setores,o grupo de consumo de bens não duráveis e com “giro rápido” - como Varejo Alimentí-cio em Geral, Drogarias e Farmácias, Postos de Combustíveis, Padarias, Lojas de Cos-méticos, entre outros – apresentou, na média, o melhor desempenho no terceiro tri-mestre de 2015, embora com contração nas vendas. O grupo também se destacoucom a menor desaceleração em relação ao segundo trimestre de 2015. Os setores quecomercializam itens duráveis e semiduráveis – tais como Vestuário, Eletroeletrônicos,Lojas de Departamento, Materiais de Construção, entre outros – continuaram puxan-do, na média, o crescimento do varejo para baixo no terceiro trimestre de 2015, apre-sentando inclusive desaceleração em relação ao segundo trimestre do ano. Com rela-ção ao desempenho dos setores do varejo que comercializam serviços, houve retraçãomenor que a do ICVA em geral no terceiro trimestre de 2015. Contudo, foi o que sofreu amaior desaceleração no período. A composição do grupo, entretanto, é bastante hete-rogênea. Em uma ponta, está o setor de Turismo, que registrou a maior desaceleraçãono último trimestre, principalmente em Companhias Aéreas e Agências e Operadoresde Viagens. Em outra, o setor de Alimentação – Bares e Restaurante, que praticamentemanteve o mesmo nível de crescimento do segundo trimestre de 2015. SOBRE O ICVA.O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do va-rejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de maisde 20 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso decada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho nomês. O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendasrealizadas nos mais de 1,7 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à compa-nhia. A proposta do Índice é oferecer mensalmente uma fotografia do desempenho docomércio varejista do país a partir de informações reais. COMO É CALCULADO. A ge-rência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que fo-ram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comporta-mento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share,bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo – dessaforma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento comcartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda. Esse índice não é deforma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de ou-tras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas. NNoottaa:: a íntegra do comu-nicado encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfboves-pa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes.

CYRE COM-CCP (CCPR-NM)

CCoonncceeddeerr aaooss aacciioonniissttaass oo ddiirreeiittoo ddee mmaanniiffeessttaarr iinntteerreessssee ppoorr eevveennttuuaaiiss ssoobbrraass aaddii--cciioonnaaiiss ààqquueellaass aa qquuee ffaazzeemm jjuuss nnoo SSeegguunnddoo PPeerrííooddoo SSuubbssccrriiççããoo ddee SSoobbrraass.. Enviou oseguinte aviso aos acionistas: “Nos termos da Instrução CVM nº 358/02, a CyrelaCommercial Properties S.A. Empreendimentos e Participações (“Companhia”), noâmbito do aumento de capital da Companhia aprovado por seu Conselho de Admi-nistração em reunião realizada em 28 de abril de 2015 e objeto de Aviso aos Acionis-tas publicado na mesma data (“Aumento de Capital”), informa aos seus acionistas eao mercado que o Aviso aos Acionistas publicado em 2 de outubro de 2015, que tratadas condições para exercício do direito de subscrição no Segundo Período Subscri-ção de Sobras, é neste ato retificado com o objetivo exclusivo de conceder aos acio-nistas o direito de manifestar interesse por eventuais sobras adicionais àquelas a quefazem jus no Segundo Período Subscrição de Sobras. Em vista do acima exposto,aqueles acionistas da Companhia que tenham direito de subscrever as Sobras noSegundo Período de Subscrição de Sobras poderão manifestar interesse por even-tuais sobras adicionais àquelas a que fazem jus no Segundo Período Subscrição deSobras (“Sobras Adicionais”), de modo que a quantidade de ações subscritas no Se-gundo Período de Subscrição de Sobras possa ser inclusive superior à quantidade desobras a que cada acionista faria jus, até o limite das sobras disponíveis no SegundoPeríodo de Subscrição de Sobras. Caso o total de ações objeto de pedidos de subscri-ção exceda ao montante de sobras disponíveis no Segundo Período de Subscrição deSobras, será realizado rateio proporcional entre os acionistas que tiverem pedido areserva de Sobras Adicionais, rateio esse que deverá ser proporcional ao número deações que tais acionistas tenham subscrito no exercício do direito de preferência doAumento de Capital. Os acionistas que manifestarem interesse por Sobras Adicio-nais deverão integralizar as ações subscritas até o dia 5 de novembro de 2015. Todosos demais termos e condições para subscrição das Sobras no Segundo Período deSubscrição de Sobras constantes do Aviso aos Acionistas publicado em 2 de outubrode 2015, que não tenham sido alterados por meio deste Aviso, se aplicam à subscri-ção das Sobras Adicionais e permanecem em vigor. Informações adicionais poderãoser obtidas com a área de Relações com Investidores da Companhia no telefone (11)3018-7601 ou por e-mail [email protected]. São Paulo, 16 de outubro de 2015.”

COPASA (CSMG-NM)

SSoolliicciittaaççããoo ddee rreevviissããoo ttaarriiffáárriiaa.. A empresa enviou o seguinte comunicado. A Compa-nhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA MG vem a público informar a seusacionistas e ao mercado em geral que, conforme disposto na Lei n. 18.309 de03/08/2009, protocolou, na Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento deÁgua e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (ARSAE-MG), a solicita-ção de revisão tarifária dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgota-mento sanitário prestados pela COPASA MG e por sua subsidiária COPANOR. BeloHorizonte, 16 de outubro de 2015.

CYRELA REALT (CYRE-NM)

PPrréévviiaa OOppeerraacciioonnaall -- 33TT1155//99MM1155.. A empresa enviou o seguinte comunicado; no qualconsta: São Paulo, 15 de outubro de 2015 - A Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendi-mentos e Participações (Bovespa: CYRE3; OTCQX: CYRBY), comunica a prévia deseus resultados operacionais do 3. trimestre de 2015 (3T15 e 9M15), em comparaçãoaos mesmos períodos de 2014 (3T14 e 9M14), sujeitos à revisão da auditoria. A Com-panhia encerrou o trimestre com um volume de lançamentos de R$ 610 milhões,22% inferior ao realizado no 3T14 (R$ 783 milhões). As permutas representaram R$59 milhões nos lançamentos do trimestre vs. R$ 34 milhões no terceiro trimestre de2014. No ano, o volume lançado atingiu R$ 2.139 milhões, uma redução de 40% emrelação aos R$ 3.588 milhões do 9M14. No acumulado do ano, o volume permutadofoi de R$ 104 milhões vs. R$ 708 milhões no 9M14. Neste ano, não houve assinaturade contratos dentro do “Minha Casa, Minha Vida 1” (“MCMV Faixa 1”) assim como nomesmo período de 2014. A participação da Companhia nos lançamentos do períodoatingiu 83%, sendo superior à apresentada no 3T14 (65%). No ano, a participaçãonos projetos chegou a 79% vs. 85% apresentado no mesmo período de 2014. Ao ex-cluirmos o MCMV Faixa 1 e as permutas, e tomando como base apenas o %CBR, ovolume lançado no 3T15 foi de R$ 460 milhões, 6% inferior ao mesmo período doano anterior (R$ 488 milhões no 3T14). No ano, o volume lançado no %CBR foi de R$

1.616 milhões vs. R$ 2.370 milhões no 9M14. Dos 6 empreendimentos lançados notrimestre, 3 foram em São Paulo, 2 no Rio de Janeiro e 1 no Sul e a maior parte dosprojetos (84% do VGV lançado) foi de alto-padrão. VENDAS. As vendas líquidas con-tratadas no trimestre somaram R$ 1.009 milhões, valor 2% superior ao registradono 3T14 (R$ 992 milhões). No ano, as vendas somaram R$ 2.546 milhões, 33% infe-rior ao mesmo período do ano anterior. Das vendas líquidas realizadas no trimestre,72% se refere a venda de estoque e 28% a venda de lançamentos. A participação daCompanhia nas vendas contratadas foi de 78% no 3T15, mantendo-se estável quan-do comparado com o mesmo trimestre do ano anterior. No ano, a participação che-gou a 78% vs. 84% no 9M14. Ao excluirmos o MCMV Faixa 1 e as permutas e toman-do como base apenas o %CBR, o volume vendido atingiu R$ 755 milhões no 3T15,0,4% superior ao mesmo período do ano anterior (R$ 752 milhões no 3T14). No acu-mulado do ano, o volume vendido atingiu R$ 1.922 milhões, 26% inferior aos R$2.601 milhões no 9M14. VSO. Os dados operacionais resultaram em um indicador deVendas sobre Oferta (VSO) de 12 meses de 39,2%, abaixo do VSO 12 meses apresen-tado no mesmo trimestre do ano anterior (48,5%) e ligeiramente acima do VSOapresentado no 2T15. Sem considerar os lançamentos e vendas do segmentoMCMV Faixa 1, o VSO 12 meses seria de 38,6% no 3T15 vs. 46,5% no 3T14. NNoottaa:: a ín-tegra do comunicado encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA(www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes.

DUFRY AG (DAGB)

MMaatteerriiaall àà ddiissppoossiiççããoo ((IInnffoorrmmaaççããoo pprreessttaaddaa ààss bboollssaass eessttrraannggeeiirraass)).. Encontra-se adisposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Lis-tadas / Informações Relevantes, as informações de 15/10/2015 prestada às bolsasestrangeiras.

DUFRY AG (DAGB)

CCoommpprraa ddee aaççõõeess ddaa WWoorrlldd DDuuttyy FFrreeee.. Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado:Basileia, 15 de Outubro de 2015 Comunicado nos termos do artigo 41, parágrafo 2, alí-nea c), do Regulamento da Consob n 11971 datado de 14 de Maio de 1999, conformeposteriormente integrada e alterada (o “Regulamento do Emissor”) 15 de Outubro de2015 – Com referência a oferta global obrigatória para as ações ordinárias da WorldDuty Free S.p.A lançada pela Dufry Financial Services BV (“Dufry”) nos termos dos Ar-tigos 102 e 106, parágrafo 1-bis, do Decreto Legislativo n 58 de 24 de Fevereiro de 1998– cujo instrumento da oferta foi aprovado pela CONSOB através da resolução n 19342de 8 de Setembro de 2015 e publicado em 10 de Setembro de 2015 - comunicamospor esse meio que nesta data as seguintes transações foram efetuadas em relação àsações da World Duty Free S.p.A. – código ISIN IT0004954662 pelas seguintes pessoassujeitas a obrigações de notificações nos termos do artigo 41, parágrafo 2, alínea c) doRegulamento do Emissor (*): Comunicado da Dufry Financial Services BV divulgadopela World DutyFreeS.p.A. mediante solicitação específica da Dufry Financial ServicesBV Para maiores informações, por favor, entre em contato com: Renzo Radice. DiretorGlobal de R.I. e Comunicação Corporativa. Telefone: +41 61 266 4419. [email protected], Sara Lizi Rafael Duarte. Relações com Investidores Relações com In-vestidores, Telefone: +55 21 2157 9901. [email protected], Rafael Duarte. Relaçõescom Investidores Relações com Investidores, Telefone: +55 21 2157 9901, [email protected], Lubna Haj Issa Mario Rolla, Relações com a Imprensa Relações com aImprensa, Telefone: +41 61 266 44 46, [email protected], Mario Rolla, Rela-ções com a Imprensa Relações com a Imprensa, Telefone: +41 61 266 44 46, [email protected], Grupo Dufry – Líder global em varejo de viagem, A Dufry AG(SIX: DUFN; BM&FBOVESPA: DAGB33) é a líder global em varejo de viagem, com cer-ca de 1.700 lojas duty-free e duty-paid em aeroportos, navios de cruzeiro, portos, esta-ções de trem e áreas turísticas localizadas no centro das cidades. A Dufry empregacerca de 21.000 colaboradores. A companhia, com matriz na Basileia, Suíça, atua em58 países ao redor do mundo. Responsabilidade social. A Dufry se preocupa com ascrianças e apoia projetos sociais do SOS Kinderdorf no Brasil, no Camboja, no México,no Marrocos e na Costa do Marfim. A organização SOS Children’sVillages é uma or-ganização independente, não politica e não comercial, que atende crianças órfãs e ca-rentes no mundo todo. (*) NOTA: Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA(www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, o Co-municado ao Mercado com o quadro demonstrando as transações.

EMBRAER (EMBR-NM)

EEmmbbrraaeerr eennttrreeggaa 2211 jjaattooss ccoommeerrcciiaaiiss ee 3300 eexxeeccuuttiivvooss nnoo 33TT1155 -- RReeaapprreesseennttaaççããoo.. Aempresa enviou comunicado; no qual consta: São José dos Campos - SP, 15 de outu-bro de 2015 – No terceiro trimestre de 2015 (3T15), a Embraer (NYSE: ERJ; BM&FBO-VESPA: EMBR3) entregou 21 jatos para o mercado de aviação comercial e 30 para ode aviação executiva, totalizando 51 jatos. O número é 50% maior do que o apresen-tado no mesmo período do ano passado, quando foram entregues 34 aeronaves –sendo 19 comerciais e 15 executivas. Em 30 de setembro de 2015, a carteira de pedi-dos firmes a entregar (backlog) totalizava USD 22,8 bilhões. O maior pedido anun-ciado no período veio da SkyWest, Inc. para 18 jatos E175, com valor estimado de USD800 milhões com base nos atuais preços de lista. Os aviões serão operados pela Sky-West Airlines por meio de uma emenda no acordo de compra de capacidade (CPA -Capacity Purchase Agreement, em inglês) com a United Airlines. No 3T15 tambémocorreram as entregas dos primeiros jatos da categoria midsize Legacy 500 para oMéxico – operado pela Transpaís Aéreo, uma subsidiária do Grupo Lomex Aeronau-tics Division – e para a Flexjet LCC, empresa norte-americana de propriedade com-partilhada que já opera com o Phenom 300, da categoria light. O período tambémmarcou a certificação do jato executivo da categoria mid-light Legacy 450 pelas au-toridades aeronáuticas do Brasil, dos Estados Unidos e da Europa, abrindo perspec-tivas de negócios em um novo nicho. Nota: a íntegra do comunicado encontra-se àdisposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Lis-tadas / Informações Relevantes.

ENERGIAS BR (ENBR-NM)

GGuuiiddaannccee 33TT1155 -- RReelleeaassee ddee MMeerrccaaddoo.. A empresa enviou o seguinte comunicado; noqual consta: São Paulo, 15 de outubro de 2015 – A EDP Energias do Brasil S.A.(BM&FBOVESPA: ENBR3) divulga as informações referentes ao mercado de energiaelétrica do terceiro trimestre de 2015 (3T15) e no acumulado do ano de 2015 (9M15) dossegmentos de atuação da Companhia e de suas controladas. Mercado Cativo 3T15 vs.3T14. Energia vendida a clientes finais: a redução de 4,1% é reflexo da queda do consu-mo das classes residencial e industrial, que foram influenciadas pela desaceleração daeconomia e pelo aumento das tarifas de energia elétrica. O consumo nos 9M15 apre-sentou queda de 1,1% quando comparado aos 9M14. - Residencial e Comercial: a redu-ção de 4,6% e 0,4%, respectivamente, deve-se ao impacto negativo do aumento no de-semprego1 (7,6%), da queda no rendimento médio real1 (- 3,5%) e do avanço da infla-ção (IPCA 9,53%2). Nos 9M15, a classe residencial recuou 1,3%, enquanto que a classecomercial apresentou crescimento de 1,9%, em relação ao mesmo período de 2014.EDP Bandeirante: o consumo da classe residencial e comercial recuou 6,3% e 1,5%,respectivamente, influenciado pelo efeito combinado da desaceleração da economia,já mencionada acima, pelo aumento da tarifa de energia elétrica e pelo menor núme-ro de dias médios faturados no período (-0,8 dia no Baixa Tensão, e -0,1 dia no Alta Ten-são/Média Tensão). O consumo da classe comercial, nos 9M15, apresentou aumentode 1,1%, influenciado pelo avanço no consumo de clientes do segmento de serviços,principalmente pela expansão do Aeroporto Internacional de Guarulhos no 1S15. EDPEscelsa: o consumo da classe residencial recuou 1,7%, enquanto a classe comercialcresceu 1,2%. Apesar da contribuição positiva das temperaturas mais elevadas (+1,5ºC,em Vitória) e do maior número de dias médios de faturamento (+0,2 dia), o resultado daclasse residencial refletiu os efeitos da desaceleração da economia e dos aumentos ta-rifários. Na classe comercial, destaca-se a expansão do comércio varejista por meio dainauguração de centros comerciais. Nos 9M15, o crescimento de 1,0% e de 3,1% naclasse residencial e comercial, respectivamente, reflete a expansão no número declientes, as temperaturas mais elevadas (+1,1ºC, em Vitória) e o aumento no número dedias médios de faturamento (+0,8 dia). Consumo por cliente O consumo por cliente re-sidencial apresentou queda de 9,0% e 5,5% na EDP Bandeirante e na EDP Escelsa, res-pectivamente, refletindo os efeitos econômicos, mencionados anteriormente e a rea-ção dos consumidores aos efeitos dos aumentos tarifários (revisão tarifária extraordi-nária, aplicação das novas bandeiras tarifárias a partir de março e no caso da EDP Es-celsa, reajuste tarifário anual em agosto). - Industrial: redução de 10,3%, em função daretração da produção industrial, que no acumulado de janeiro a agosto 2015 teve que-da de 6,9%3. Nos 9M15, houve recuo de 7,7% em comparação aos 9M14. EDP Bandei-rante: o consumo recuou 10,1%, devido à contração da produção industrial em SãoPaulo, cuja redução atingiu 9,7%4, de janeiro a agosto de 2015 em relação ao mesmoperíodo do ano anterior, com destaque para a queda de 19,2% no setor de veículos au-tomotores. A cadeia automotiva (setores de veículos, minerais não metálicos e borra-cha) representa 30% do consumo do mercado cativo. Nos 9M15, o recuo foi de 7,7% emrelação aos 9M14. EDP Escelsa: a retração de 10,8% no consumo deve-se à: (i) queda de13,8% no consumo do setor de minerais não metálicos, em função da expansão da au-toprodução de um consumidor e da migração de outro para o ambiente de contrata-ção livre (ambos expressivos na base de clientes) e, (ii) decréscimo de 27,8% no consu-mo do setor químico, devido à redução da produção de um consumidor expressivo. Ex-cluindo o efeito desses três clientes, a redução da classe seria de 4,2%. Esses dois seto-res representam 48% de participação do consumo industrial. Nos 9M15, o recuo foi de7,8% em relação aos 9M14. - Rural: o crescimento de 0,8% no 3T15, deve-se ao aumen-to de consumo na EDP Escelsa (+2,0%), refletindo a estiagem que atingiu o estado doEspírito Santo, elevando o consumo de energia para irrigação. Mercado Livre A energiaem trânsito consolidada no sistema de distribuição (USD), destinada ao atendimentodo consumo dos clientes livres, recuou 5,4% em função da desaceleração da produçãoindustrial no Estado de São Paulo. Nos 9M15, o recuo foi de 3,3% em relação aos 9M14.EDP Bandeirante: a redução de 9,3% em função da diminuição da produção industrialem São Paulo. Adicionalmente, o desligamento de três clientes, um do segmento deborracha e plásticos (4T14), um do setor de metalurgia (2T15) e outro do ramo têxtil(2T15), impactaram negativamente o resultado. EDP Escelsa: estável quando compa-rado ao mesmo período do ano anterior. Positivamente, destacam-se os setores de ex-tração mineral e metalurgia, e negativamente os ramos de minerais não-metálicos equímicos. A migração de três clientes do ACR para o ACL (dois no 1T15 e um no 2T15)contribuíram para o resultado. Destaca-se, ainda, a entrada de um novo cliente indus-trial do setor de transporte (3T15). Desconsiderada as migrações e o novo cliente, aclasse apresentaria redução de 0,7%, no 3T15, e 2,5% nos 9M15, frente ao mesmo pe-ríodo de 2014. Geração. O volume de energia vendida do grupo no 3T15 alcançou 3.290GWh, aumento de 64,0% em relação aos 2.006 GWh no 3T14. Esse aumento é decor-rente da contabilização do volume da UTE Pecém I a partir de maio de 2015, data queocorreu o closing da aquisição dos 50% remanescentes pertencentes a Eneva. No acu-mulado do ano, o volume alcançou 8.281 GWh, 35,0% acima dos 6.136 GWh dos 9M14.Desconsiderando o volume da UTE Pecém I, ou seja, considerando somente a energiavendida das hídricas do grupo pelo critério de consolidação, o volume de energia teveuma queda de 3,7% no 3T15 (1.933 GWh) em relação aos 3T14 (2.006 GWh) e um au-mento de 1,9% nos 9M15 (6.251 GWh) em relação aos 9M14 (6.136 GWh), decorrente dadiferença de sazonalização entre os períodos e de operações de curto prazo realizadasem 2014, que não ocorreram em 2015. Considerando o volume de disponibilidade daUTE Pecém I, em ambos os períodos, de acordo com a participação da EDP, e de 50%da UHE Jari (226 GWh), o volume do grupo alcançou 3.515 GWh no 3T15, aumento de29,5% em relação aos 2.715 GWh no 3T14. No acumulado do ano, o volume de energiavendida no grupo alcançou 9.851 GWh, 20,4% acima do apresentado no mesmo perío-do de 2014. Em 1 de julho a Associação Brasileira dos Produtores Independentes deEnergia Elétrica – APINE obteve tutela antecipada que impede a aplicação do ajuste doMecanismo de Realocação de Energia. A decisão é aplicável às empresas associadasque integram a ação judicial proposta pela APINE, o que inclui a Companhia, e estanca

os danos sofridos em razão dos atuais valores do Generation Scaling Factor - GSF. OGSF médio apresentado no 3T15 foi de 86,2%, representando uma exposição de 255GWh, excluindo o impacto da UHE Jari, ao PLD médio de R$ 204,1/MWh (SubmercadoSE/CO) e de R$ 204,5/MWh (Submercado N). Apesar da obtenção da tutela antecipadae da suspensão da liquidação da CCEE, evitando desembolso de caixa, a Companhiaprovisionará os efeitos de GSF no resultado do 3T15, por ainda não se tratar de decisãojudicial definitiva. Adicionalmente, no dia 18 de agosto de 2015, foi publicada a medidaprovisória 688/2015, que dispõe sobre a repactuação do risco hidrológico de geração deenergia elétrica. A ANEEL abriu audiência pública para discussão do tema em referên-cia e a previsão para o anúncio da decisão final está prevista para o final do ano de 2015.Comercialização O volume de energia comercializada no 3T15 totalizou 2.785 GWh, re-dução de 17,1% em comparação aos 3.360 GWh comercializados no 3T14. Nos 9M15, ovolume de energia comercializada totalizou 7.993 GWh, redução de 17,5% em compa-ração aos 9.690 GWh comercializados nos 9M14. A redução deve-se ao maior volumede contratos comercializados em 2014, somado ao cenário de menor volatilidade e,consequentemente, menor liquidez no período. Nota: a íntegra do comunicado encon-tra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empre-sas Listadas / Informações Relevantes.

ENEVA (ENEV-NM)

11ªª RRaatteeiioo ddee SSoobbrraass.. Enviou o seguinte Aviso aos Acionistas: “ENEVA S.A. – Em Recu-peração Judicial (“Companhia”) comunica aos seus acionistas, em continuidade aodisposto no Aviso aos Acionistas de 04 de setembro de 2015, relativamente ao exercí-cio do direito de preferência para subscrição das ações a serem emitidas no âmbito doaumento de capital aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária da Companhiaem 26 de agosto de 2015 (“Aumento de Capital”), o que se segue: I. Resultado do Exer-cício do Direito de Preferência: Segundo apurado pela Itaú Corretora de Valores S.A.(“Itaú Custódia”), instituição depositária das ações de emissão da Companhia, foramsubscritas 15.312.477.244 (quinze bilhões, trezentas e doze milhões, quatrocentas e se-tenta e sete mil, duzentas e quarenta e quatro) novas ações ordinárias entre 09 de se-tembro de 2015, inclusive, e 09 de outubro de 2015, inclusive (“Período Inicial do Direi-to de Preferência”) pelo preço de emissão de R$0,15 (quinze centavos de Real) poração, totalizando um valor de R$2.296.871.586,60 (dois bilhões, duzentos e noventa eseis milhões, oitocentos e setenta e um mil, quinhentos e oitenta e seis Reais e sessen-ta centavos), equivalente a 62,93% (sessenta e dois virgula noventa e três por cento)do aumento de capital social aprovado, restando 9.020.856.090 (nove bilhões, vintemilhões, oitocentas e cinquenta e seis mil e noventa) ações ordinárias não subscritas.De acordo com o plano de recuperação judicial apresentado pela Companhia e suasubsidiária ENEVA Participações S.A. – Em Recuperação Judicial (“Plano de Recupe-ração Judicial” e “ENEVA Participações”, respectivamente) e acordos celebrados entreos acionistas controladores da Companhia e determinadas partes interessadas (“Car-ta de Confirmação”), a DD. Brazil Holdings S.à.R.L (“E.ON”) cedeu uma parcela e o Sr.Eike Fuhrken Batista (e Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC e Centennial AssetMining Fund LLC) cedeu a totalidade dos respectivos direitos de preferência na subs-crição de ações decorrentes do Aumento de Capital, necessária para os Investidores eCredores Quirografários (conforme definido no Plano de Recuperação Judicial) apor-tarem seus ativos e créditos, conforme previsto no Plano de Recuperação Judicial. Du-rante o Período Inicial do Direito de Preferência, as novas ações foram subscritas e in-tegralizadas pelos acionistas, pelos Investidores e Credores Quirografários da Compa-nhia (conforme definido no Plano de Recuperação Judicial) da seguinte forma: (a) In-tegralização em Bens A E.ON subscreveu e integralizou 1.599.999.999 (um bilhão,quinhentas e noventa e nove milhões, novecentas e noventa e nove mil, novecentas enoventa e nove) novas ações de emissão da Companhia, equivalente aR$239.999.999,85 (duzentos e trinta e nove milhões, novecentos e noventa e nove mil,novecentos e noventa e nove Reais e oitenta e cinco centavos), mediante contribuiçãode: (i) 9,09% das ações de emissão da Parnaíba Gás Natural S.A., no valor deR$81.400.000,00 (oitenta e um milhões e quatrocentos mil reais); e (ii) 50% das açõesde emissão da ENEVA Participações S.A., no valor de R$158.600.000,00 (cento e cin-quenta e oito milhões e seiscentos mil reais). A STR Projetos e Participações Ltda., su-cessora da Petra Energia S. A., subscreveu e integralizou 1.885.663.249 (um bilhão, oi-tocentas e oitenta e cinco milhões, seiscentas e sessenta e três mil, duzentas e quaren-ta e nove) novas ações de emissão da Companhia, equivalente a R$282.849.487,35(duzentos e oitenta e dois milhões, oitocentos e quarenta e nove mil, quatrocentos eoitenta e sete Reais e trinta e cinco centavos), mediante a contribuição de 30% dasações de emissão das sociedades Parnaíba I Geração de Energia S.A., Parnaíba IV Ge-ração de Energia S.A. e Parnaíba Geração e Comercialização de Energia S.A., em mon-tante correspondente ao valor total de R$282.849.487,49 (duzentos e oitenta e doismilhões, oitocentos e quarenta e nove mil, quatrocentos e oitenta e sete Reais e qua-renta e nove centavos). A Gemlik RJ Participações S.A., na qualidade de sucessora daPetra em relação aos direitos e obrigações detidos pela Petra em Parnaíba III Geraçãode Energia S.A. (“Parnaíba III”), subscreveu e integralizou 630.731.550 (seiscentas etrinta milhões, setecentas e trinta e uma, quinhentas e cinquenta) novas ações deemissão da Companhia, equivalente a R$94.609.732,50 (noventa e quatro milhões,seiscentos e nove mil, setecentos e trinta e dois Reais e cinquenta centavos), mediantea contribuição de 30% das ações de emissão de Parnaíba III anteriormente detidas porPetra, no valor de R$94.609.732,51 (noventa e quatro milhões, seiscentos e nove mil,setecentos e trinta e dois reais e cinquenta e um centavos). O Banco BTG Pactual S.A.subscreveu e integralizou 4.586.666.666 (quatro bilhões, quinhentas e oitenta e seismilhões, seiscentas e sessenta e seis mil, seiscentas e sessenta e seis) novas ações deemissão da Companhia, equivalente a R$687.999.999,90 (seiscentos e oitenta e setemilhões, novecentos e noventa e nove mil, novecentos e noventa e nove Reais e no-venta centavos), mediante contribuição de 100% das ações de emissão da BPMB Par-naíba S.A., no valor de R$688.000.000,00 (seiscentos e oitenta e oito milhões de Reais).(b) Capitalização de Créditos De acordo com o Plano de Recuperação Judicial, e aindadecorrente da cessão pela E.ON e pelo Sr. Eike Fuhrken Batista de uma parcela e datotalidade, respectivamente, dos seus respectivos direitos de preferência na subscri-ção de ações, os Credores Quirografários da Companhia subscreveram e integraliza-ram 6.573.358.769 (seis bilhões, quinhentas e setenta e três milhões, trezentas e cin-quenta e oito mil, setecentas e sessenta e nove) novas ações de emissão da Compa-nhia, equivalente a R$986.003.815,35 (novecentos e oitenta e seis milhões, três mil eoitocentos e quinze Reais e trinta e cinco centavos), mediante capitalização de 40%(quarenta por cento) dos respectivos créditos quirografários detidos contra a Compa-nhia em montante superior ao valor de R$250.000,00 (duzentos e cinquenta milreais). II. Primeiro Período Adicional de Subscrição de Sobras de Ações Não Subscri-tas: (a) As ações não subscritas poderão ser subscritas pelos acionistas que manifes-taram interesse na reserva de sobras no respectivo boletim de subscrição, no prazo de3 (três) dias, tendo início em 16 de outubro de 2015, inclusive, e encerrando-se em 20de outubro de 2015, inclusive, (“Primeiro Período Adicional de Direito de Preferência”),mediante a assinatura de novo boletim de subscrição. (b) A proporção para subscri-ção de novas ações será de 0,5919982338444 ação por cada ação subscrita no PeríodoInicial do Direito de Preferência (equivalente a 59,19982338444%). (c) O preço deemissão das sobras de ações será o mesmo preço de emissão aprovado pela Assem-bleia Geral Extraordinária de 26 de agosto de 2015, ou seja, R$0,15 (quinze centavos deReal) por ação. (d) As ações subscritas pelos acionistas no aumento de capital deverãoser integralizadas no ato da subscrição em moeda corrente nacional. III. Procedimen-tos para Subscrição: O direito à subscrição poderá ser exercido a partir de 16 de outu-bro de 2015, inclusive, pelos acionistas, ou por cessionários do direito de preferênciapara subscrição, sendo que os que estiverem na custódia da BM&FBOVESPA deverãoexercê-lo através de seu agente de custódia e os que estiverem no banco escrituradormediante a celebração dos documentos aplicáveis em qualquer agência especializa-da do Itaú Custódia, mediante o pagamento do preço de subscrição à vista e o preen-chimento do respectivo boletim de subscrição, que estará à disposição nos endereçosabaixo: Agência Especializada Valores Mobiliários Brasília SCS Quadra 3 - Edif. D’An-gela, 30 - Bloco A, Sobreloja Centro - Brasília/DF CEP: 70300-500. Agência Espe-cializada Valores Mobiliários Belo Horizonte Av. João Pinheiro, 195 - Subsolo Centro -Belo Horizonte/MG CEP: 30130-180 Agência Especializada Valores Mobiliários Curiti-ba R. João Negrão, 65 - Sobreloja Centro - Curitiba/PR CEP: 80010-200 Agência Espe-cializada Valores Mobiliários Porto Alegre R. Sete de Setembro, 746 - Térreo Centro -Porto Alegre/RS CEP: 90010-190 Agência Especializada Valores Mobiliários Rio de Ja-neiro Av. Almirante Barroso, 52 - 2° andar Centro - Rio de Janeiro/RJ CEP: 20050-005Agência Especializada Valores Mobiliários São Paulo R. Boa Vista, 176 - 1º SubsoloCentro - São Paulo/SP CEP: 01092-900 Agência Especializada Valores MobiliáriosSalvador Av. Estados Unidos, 50 - 2° andar - (Edif. Sesquicentenário) Comércio - Salva-dor/BA CEP: 40020-010 IV. Segundo Período Adicional de Subscrição de Sobras deAções Não Subscritas: (a) Após o término do Primeiro Período Adicional de Direito dePreferência e após o Itaú Custódia informar à Companhia a quantidade de açõessubscritas durante o Primeiro Período Adicional de Direito de Preferência, caso aindaexistam sobras de ações não subscritas, os acionistas que tiverem manifestado inte-resse na reserva de sobras no respectivo boletim de subscrição referente ao PrimeiroPeríodo Adicional de Direito de Preferência terão o prazo de 3 (três) dias, contados apartir de data a ser divulgada oportunamente no Aviso aos Acionistas que informar aquantidade de ações que permanecerem não subscritas após o Primeiro Período Adi-cional de Direito de Preferência, para subscrever tais sobras de ações, mediante a assi-natura de um novo boletim de subscrição (“Segundo Período Adicional de Direito dePreferência”). (b) Estima-se que o Segundo Período Adicional de Direito de Preferênciainiciar-se-á em 26 de outubro de 2015, inclusive, e encerrar-se-á em 28 de outubro de2015, inclusive. (c) Informações adicionais acerca do Segundo Período Adicional de Di-reito de Preferência serão divulgadas pela Companhia após o término do PrimeiroPeríodo Adicional de Direito de Preferência. V. Cancelamento de Sobras Não Subscri-tas e Homologação Parcial: Considerando que o limite mínimo do Aumento de Capi-tal, de R$2.000.000.000,10 (dois bilhões de Reais e dez centavos), já foi atingido, findo oprazo do Segundo Período Adicional de Direito de Preferência, nos termos do artigo171, §7º, alínea “b”, da Lei nº 6.404/76, as sobras que eventualmente remanesceremserão canceladas. A Companhia informa, ainda, que o prazo para que os acionistas te-nham a possibilidade de confirmar as suas respectivas decisões de subscreverem assuas parcelas no Aumento de Capital terá início após o término do prazo do SegundoPeríodo Adicional de Direito de Preferência, e será objeto de novo Aviso aos Acionistas.Após o cancelamento das sobras, o Conselho de Administração da Companhia ho-mologará o Aumento de Capital. VI. Informações Adicionais: Mais informações sobreo aumento de capital e sobre as condições para subscrição e integralização das açõesemitidas poderão ser obtidas por solicitações enviadas ao seguinte endereço: [email protected] ou através dos telefones de atendimento aos acionistas do Itaú Custódianos seguintes telefones: (11) 3003-9285, para capitais e regiões metropolitanas, ou0800 720-9285, para demais localidades. Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2015.”

LIGHT S/A (LIGT-NM)

DDeelliibbeerraaççõõeess ddee RRCCAA.. Na RCA realizada em 15/10/2015, foi deliberado: 3.1. Convoca-ção da Assembleia Geral Extraordinária para a recomposição do Conselho de Admi-nistração da Companhia: O Conselho, por unanimidade, autorizou o Presidente doConselho de Administração a convocar Assembleia Geral Extraordinária da Compa-nhia, a realizar-se no dia 05 de novembro de 2015, para a recomposição do Conselhode Administração. Caso não seja verificado “quórum” mínimo obrigatório, se procedaà segunda convocação dos acionistas no prazo legal.

LOJAS RENNER (LREN-NM)

AAlltteerraaççããoo ddee PPaarrttiicciippaaççããoo AAcciioonnáárriiaa.. Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado:“LOJAS RENNER S.A. Avenida Joaquim Porto Villanova 401, 7º andar CEP.: 091410-400. Porto Alegre, RS, Brasil. At.: Laurence Beltrão Gomes. Diretor de Relações comInvestidores Tel.: 55 (51) 2121-7302 FAX.: 55 (51) 2121-7121 E-mail: [email protected] 13 de outubro de 2015 Lojas Renner S.A. –Divulgação de

Aquisição de Participação Acionária Relevante Prezados Senhores, 1. A BlackRock,Inc. (“BlackRock”) vem, em nome de alguns de seus clientes, na qualidade de admi-nistrador de investimentos e como resultado direto da alteração realizada pela Co-missão de Valores Mobiliários (“CVM”) na Instrução da CVM nº 358, datada de 03 dejaneiro de 2002, conforme alterada (“Instrução CVM 358”), informar que possuiações ordinárias emitidas pela Lojas Renner S.A. (“Companhia”), sendo que, em 08de outubro de 2015, suas participações alcançaram, de forma agregada, 30.619.550ações ordinárias e 2.145.000 instrumentos financeiros derivativos referenciados emações ordinárias, totalizando 32.764.550 ações ordinárias, representando aproxima-damente 5,12% do total de ações ordinárias emitidas pela Companhia. Referida par-ticipação passou a considerar instrumentos financeiros derivativos referenciados emações, em virtude dos novos requisitos de divulgação estipulados pela CVM. A Bla-ckRock somente ultrapassou a marca de 5% do total de ações ordinárias da Compa-nhia em virtude da contabilização de referidos derivativos. 2. A fim de atender o dis-posto no Artigo 12 da Instrução CVM 358, a BlackRock, por meio desta, solicita ao Di-retor de Relações com Investidores da Companhia a divulgação das seguintes infor-mações à CVM e aos demais órgãos competentes: (i) BlackRock tem sede registradaem 55 East 52nd Street, Cidade de Nova Iorque, Estado de Nova Iorque 10022-0002,Estados Unidos da América; (ii) as participações societárias detidas pela BlackRockalcançaram de forma agregada 30.619.550 ações ordinárias e 2.145.000 instrumen-tos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias, totalizando 32.764.550ações ordinárias, representando aproximadamente 5,12% do total de ações ordiná-rias emitidas pela Companhia, conforme especificado no item 1 acima; (iii) o objetivodas participações societárias acima mencionadas é estritamente de investimento,não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa daCompanhia; e (iv) não foram celebrados, pela BlackRock, quaisquer contratos ouacordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valoresmobiliários emitidos pela Companhia. 3 Permanecemos à disposição para quais-quer esclarecimentos ou comentários adicionais que julguem necessários quantoao assunto. Atenciosamente, BlackRock, Inc.

MINERVA (BEEF-NM)

EEssccllaarreecciimmeennttooss ssoobbrree nnoottíícciiaass vveeiiccuullaaddaass nnaa mmííddiiaaA empresa enviou o seguinte comunicado: A Minerva S.A. (“Companhia”), uma daslíderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura, gadovivo e seus derivados, faz os seguintes esclarecimentos aos seus acionistas e ao mer-cado em geral, referente ao incidente no Porto de Vila do Conde (Pará) e às ultimasnotícias veiculadas na mídia: (1) A Companhia esclarece que ainda não foi notificadade qualquer multa a respeito do acidente com o navio que faria o transporte de gadobovino no Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), em 6 de outubro. Todas as no-tificações e autuações por parte das autoridades referentes ao acidente estão sendorespondidas pela empresa dentro dos prazos requeridos. (2) A Companhia esclareceque é também parte prejudicada no acidente. A Companhia entende que após a en-trega da carga ao armador, toda a responsabilidade pela mesma passa a ser da em-presa contratada para transporte fluvial e marítimo. (3) A Companhia reafirma quesegue os tramites legais exigidos para os embarques, especialmente no que se refe-re aos seguros de suas cargas. (4) A Companhia informa ainda que deslocou umaequipe para Barcarena com objetivo de auxiliar as autoridades em todas as medidasnecessárias. Neste sentido, a Companhia acompanha de forma próxima cada etapade elaboração do plano de contingência e o processo de correção e atenuação dasconsequências do acidente, e tem se colocado à disposi- ção para colaborar com osresponsáveis nestas atividades. A Companhia, também, por iniciativa própria e àssuas expensas, vem praticando ações de apoio à população local. (5) Por fim, cabedestacar que a Divisão de Gado Vivo representou, nos últimos doze meses findos em30 de junho de 2015, aproximadamente 8,5% da receita líquida consolidada da Com-panhia, e que não há expectativa de alteração do curso normal dos negócios. ACompanhia manterá seus acionistas e o mercado em geral informados sobre quais-quer atualizações relevantes a respeito do assunto. Barretos, 15 de outubro de 2015.

PETROBRAS (PETR)

FFiittcchh mmaannttéémm ccllaassssiiffiiccaaççããoo ddee rriissccoo ddaa PPeettrroobbrraassA empresa enviou o seguinte comunicado: Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2015 –Petróleo Brasileiro S.A. – A Petrobras comunica que a agência de classificação de ris-co Fitch anuncio u a manutenção do nível de risco (rating) da dívida corporativa daCompanhia em BBB-, com perspectiva negativa (negative outlook). Desta maneira,a Petrobras continua classificada como “grau de investimento” (investment grade)por essa agência. A agência ressaltou em seu relatório que a nota da Companhia ébaseada na sua posição de liderança no mercado de energia brasileiro, reconhecidaexpertise em exploração e produção offshore e na sua importância estratégica parao Brasil. Também foi destacada a elevada liquidez da Petrobras, representada poruma posição de caixa e disponibilidades de aproximadamente US$ 30 bilhões emjunho de 2015. A Fitch considera que o nível de risco da Companhia segue correla-cionado com o risco soberano, devido ao controle acionário exercido pela União Federal. Esclarecimento sobre Notícias: Notificação do Governo da Bahia contra ven-da da Gaspetro Em atenção à consulta da CVM, a empresa enviou o seguinte: Rio deJaneiro, 15 de outubro de 2015 – Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras atende ao Ofícion. 409/2015/CVM/SEP/GEA-1 que solicita esclarecimentos, conforme abaixo: Ofícion 409/2015/CVM/SEP/GEA-1 “Reportamo-nos à notícia veiculada nesta data, no jor-nal Valor Econômico, Seção Empresas, sob o título: “Bahiagás pode travar venda daGaspetro”, em que constam, dentre outros assuntos, as seguintes afirmações: Emmais um impasse envolvendo a venda de 49% da Gaspetro, controlada da Petro-bras, para a japonesa Mitsui, o governo da Bahia enviou uma notificação à presiden-te da empresa, Angé- lica Laureano, se dizendo contrário ao negócio. Na notificaçãoà qual o Valor teve acesso, o secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcan-ti, diz que a venda resultará, na prática, “em uma sub-rogação de direitos e obriga-ções intrínsecos ao Acordo de Acionistas, da qual decorrem efeitos diretos em rela-ção ao Estado da Bahia”. Cavalcanti, que também preside o conselho de administra-ção da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás), afirma no documento que, comoacionista majoritário da distribuidora, o Estado tem garantidos, no acordo de acio-nistas, poder de veto e de indicações para cargos de gestão. Respondendo a um pedi-do de entrevista, a assessoria de Marcus Cavalcanti informou em nota que “se a tran-sação se configurar, a Mitsui será detentora de um poder administrativo maior doque o previsto no Acordo de Acionistas”. E continua dizendo que “a função do Estadoda Bahia é que os seus interesses na administração da empresa não sejam prejudi-cados”. Uma fonte do setor com conhecimento da medida acha que outros Estadospoderão adotar o mesmo procedimento da Bahia contra a venda da Gaspetro. Aavaliação é que, por trás da reclamação, pode estar um suposto interesse até emvender uma fatia de ssas empresas ou até privatizá-las para reforçar o caixa. “Os Es-tados vão começar a questionar essa venda, ou para sair do negócio ou privatizarjunto. Mas vão ter que passar pelas Assembleias Estaduais”, afirma. Uma cópia danotificação da Secretaria de Infra Estrutura da Bahia, com data do dia 30 de setem-bro, também foi enviada para Hiroki Toko, presidente da Mitsui Gás e Energia do Bra-sil. No documento, o secretário diz que o negócio terá reflexos no poder de controledo Estado da Bahia, a quem cabe o monopólio da distribuição de gás, sugerindo ain-da que o Estado “ficará refém da vontade estritamente privada” da Mitsui, contra-riando a Lei 6.404, de 76, que criou a distribuidora. A Gaspetro tem 41,5% da Bahia-gás e na notificação o governo baiano procura enfatizar que a Lei 6.404/76 garante ocontrole da empresa pelo Estado. A leitura do documento mostra que a avaliação dogoverno baiano é que o acordo entre a Gaspetro e a Mitsui - cujas bases ainda nãosão conhecidas- vai resultar em uma “irreversível ruptura no Acordo de Acionistas”,com efeitos diretos, segundo a nota, na governança da Bahiagás, nas políticas de Es-tado e nos investimentos. Ainda segundo o entendimento do secretário de Infraes-trutura, a Mitsui não irá adquirir 49% da Gaspetro “para permanecer com os mes-mos direitos que já possui nas sociedades, dentre as quais a Bahiagás”. E continuaafirmando que um “inevitável acordo de acionistas” entre as duas empresas farácom que a Gaspetro se torne “um mero reflexo” dos interesses da Mitsui. Tendo emvista o exposto, determinamos que V.Sª. esclareça se as notícias são verídicas, e, seconfirmada sua veracidade, deverá explicar os motivos pelos quais entendeu não setratar de um fato relevante.” Esclarecimento A Petrobras recebeu notificação emiti-da pela Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado da Bahia e, conforme jáinformado a essa Sec retaria, esclarece que a possível opera ção de venda de 49% departicipação acionária na Gaspetro, se concluída, não irá afetar o controle efetivoexercido pelo Estado da Bahia, que continuará detendo 51% das ações ordinárias daBahiagás. A Petrobras assegura que a referida operação não afetará os direitos ga-rantidos ao Estado da Bahia no Acordo de Acionistas daquela companhia.

PRUMO (PRML-NM)

FFaattoo RReelleevvaanntteeA empresa enviou o seguinte fato relevante A Prumo Logística S.A. (“Companhia” ou“Prumo”) (Bovespa: PRML3) comunica aos seus acionistas e ao mercado em geralque, em sequência ao Fato Relevante publicado em 30 de abril de 2015, decidiu, pornão prosseguir com a celebração dos contratos definitivos, previstos no Memorandode Entendimentos firmado com a Bolognesi Energia S.A. (“Bolognesi”), para o desen-volvimento de projetos de gás natural no Porto do Açu (“Hub de Gás do Açu”). No en-tanto, a Companhia informa que continua avançando com os estudos e negociaçõesrelacionados ao Hub de Gás do Açu, especialmente em razão das vantagens compe-titivas do Porto do Açu decorrentes de sua localização e de sua infraestrutura já exis-tente. A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre qualquerevento ou fato relacionado ao desenvolvimento do Hub de Gás do AçuRio de Janeiro,15 de outubro de 2015.

VALE (VALE-N1)

DDiissttrriibbuuiiççããoo ddee ddiivviiddeennddooEnviou o seguinte fato relevante: “Vale paga remuneração ao acionista A Vale S.A.(Vale) informa que o Conselho de Administração aprovou o pagamento da segundaparcela de remuneração aos acionistas em 2015, no valor bruto de R$1.925.350.000,00 (US$ 500 milhões), correspondente ao valor de R$ 0,373609533(US$ 0,097023796) por ação ordinária ou preferencial em circulação. A Vale distri-buirá R$ 1.925.350.000,00, correspondente aos R$ 0,373609533 por ação ordináriaou preferencial em circulação, com base no número de ações em 14 de outubro de2015 (5.153.374.926). O pagamento será realizado sob a forma de dividendos. Os va-lores em reais foram obtidos mediante a conversão dos valores em dólares norte-americanos pela taxa de câmbio de venda do dólar norte–americano (Ptax – opção5) informada pelo Banco Central do Brasil no dia 14 de outubro de 2015, de R$ 3,8507por dólar norte-americano, conforme os procedimentos anunciados publicamenteem 30 de janeiro de 2015 e 28 de setembro de 2015. O pagamento será efetuado apartir do dia 30 de outubro de 2015, de acordo com a legislação vigente no Brasil. Osdetentores de American Depositary Receipts (ADRs) e Hong Kong Depositary Re-ceipts (HDRs) receberão o pagamento através do JP Morgan, agente depositário, em06 e 11 de novembro de 2015, respectivamente. Todos os investidores que possuíremações da Vale nas record dates terão direito ao recebimento da remuneração aoacionista. A record date para as ações de emissão da Vale negociadas na BM&F Bo-vespa será o encerramento dos negóciosdo dia 15 de outubro de 2015. A record datepara os ADRs de emissão da Vale negociados na New York Stock Exchange – NYSE ena Euronext Paris será o encerramento dos negócios do dia 20 de outubro de 2015, epara os HDRs de emissão da Vale negociados na Hong Kong Stock Exchange (HKEx)será o encerramento dos negócios em Hong Kong do dia 20 de outubro de 2015. Asações da Vale serão negociadas ex-direitos na BM&F Bovespa, NYSE e Euronext Pa-ris a partir de 16 de outubro de 2015, e na HKEx a partir de 19 de outubro de 2015. Va-le Investir Os investidores detentores de ações da Vale que desejarem reaplicar auto-maticamente a remuneração ao acionista em ações da Vale poderão aderir ao pro-grama Vale Investir, entrando em contato com os bancos credenciados para a reali-zação dessa operação (Banco Bradesco e Banco do Brasil). Rio de Janeiro, 15 de ou-tubro de 2015. Norma: a partir de 16/10/2015 ações escriturais ex-dividendo. E-MAILS E TELEFONE DE SUPORTE À NEGOCIAÇÃO Já estão disponíveis os [email protected]

Fonte: Bovespa

FATOSRELEVANTES

B-6 • Empresas • Terça-feira, 20 de outubro de 2015 • Jornal do Commercio

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SaúdeTerça-feira, 20 de outubro de 2015 • Jornal do Commercio •B-7

Suspeita de ligação entre Febre Zika e casos de paralisia

DOENÇAS

» LÍGIA FORMENTIDA AGÊNCIA ESTADO

Preocupado com os casosde Febre do Vírus Zika, o Mi-nistério da Saúde vai discutircom autoridades sanitáriasdos Estados e médicos espe-cialistas uma estratégia paraenfrentar e tratar a doença noPaís. Embora não haja regis-tros de complicações gravesou mortes, há fortes suspeitasda associação entre a infecção,conhecida como prima dadengue, e a Síndrome Guillain-Barré, que provoca paralisia

progressiva, iniciando pelosmembros inferiores e poden-do chegar ao pulmão.

"Houve um aumento im-portante nos casos dessa sín-drome em Estados do Nordes-te", afirmou o diretor da Divi-são de Doenças Transmissíveisdo Ministério da Saúde, Cláu-dio Maierovitch. O fenômenocoincidiu com a elevação doscasos de Zika. Equipes de vigi-lância tentam agora compro-var a correlação entre as duasdoenças.

Os pacientes no Nordestecom a síndrome começaram a

apresentar os sintomas cercade duas semanas depois demanifestar um quadro seme-lhante ao da Zika: febre baixa,dores de cabeça, nos punhos etornozelos, além de manchaspelo corpo. "No caso da sín-drome, o tratamento é maisdelicado: exige internação epode durar períodos longos",contou o diretor. A síndromeocorre geralmente em pacien-tes que apresentaram infec-ções. "Pode acontecer até comum vírus da gripe", disse.

Depois de infecções agu-das, aparentemente o organis-mo deixa de reconhecer aspróprias células e passa a ata-cá-las. Os primeiros sintomasda síndrome são fraqueza edormência. Se a paralisia che-ga aos pulmões, é necessário

usar respiradores. Essas rea-ções, no entanto, são muito ra-ras. "Foi isso que despertou aatenção. O problema, que eraesporádico, começou a se tor-nar um pouco mais frequen-te", completou Maierovitch.

A correlação entre o Zika-vírus e a síndrome de Gui-llain-Barré já foi identificadaem outros países que apre-sentam também a circulaçãosimultânea do vírus da den-gue. Na Micronésia, na Ocea-nia, por exemplo, o númerode casos da síndrome saltoude 5 para 20 durante um sur-to de Zika.

Na Bahia, foram pelo me-nos 76 casos suspeitos de Gui-llain-Barré e, em Pernambuco,64. Além de protocolo paratratamento da doença, o Mi-

nistério quer alertar Estadospara a necessidade de hospi-tais estarem atentos para umeventual aumento de deman-da no atendimento.

Entre as preocupações es-tão a rápida identificação e oencaminhamento para o tra-tamento. Uma reunião comcoordenadores de Estados ecom especialistas deve ser rea-lizada até o início de novem-bro.

Diagnóstico

Transmitida pelo Aedes ae-gypti, mosquito que é vetortambém da dengue e da FebreChikungunya, a Febre Zika te-ve os primeiros casos confir-mados no Brasil em fevereirodeste ano. Não há um kit co-

mercial para comprovar os ca-sos da doença. Justamente porisso, o diagnóstico muitas ve-zes é feito com base nos sinto-mas clínicos. Somente partedos pacientes apresenta mani-festações da infecção: 72% sãoassintomáticos.

Maierovitch afirmou queatenção especial será dadatambém para Chikungunya.De janeiro a setembro desteano foram identificados 12.170casos da doença, nos Estadosda Bahia, do Amapá, de Rorai-ma e do Mato Grosso do Sul,além do Distrito Federal. "Em-bora os números tenham sidoexpressivos, estão longe da ex-plosão epidêmica vivida, porexemplo, em países da Améri-ca Central nos anos de 2013 e2014", ponderou.

Autor de outro estudo que as-socia trabalho e risco de derra-me, Mika Kivimaki, professor deepidemiologia da UniversidadeCollege London, no Reino Uni-do, afirma que a quantidade dehoras no escritório também pre-cisam ser consideradas, um as-pecto que não foi contempladono estudo chinês.

Em agosto, Kivimaki publicouuma meta-análise na revista Lan-cet que incluiu 25 estudos da Euro-pa, dos EUA e da Austrália, totali-zando 528.908 homens e mulhe-res. Foi constatado que indivíduosque trabalham 55 horas ou maispor semana têm um risco 33%maior de sofrer acidentes vascula-res, se comparado àqueles que de-dicam de 35 a 40 horas. “Nosso fo-co não foi o estresse, foi a carga ho-rária. Mas não nos surpreendeu

saber que aqueles que trabalha-vam mais de 55 horas eram os quese sentiam mais estressados. Co-mo foi nesse grupo que encontra-mos uma incidência maior de der-rames, podemos imaginar que oestresse tem relação forte com orisco de derrames”, diz.

O médico acredita que parteda explicação reside no fato deque a maior parte dos postos detrabalho exige uma postura se-dentária, seja sentado ou em pé.“É possível que parte dos efeitosdas horas trabalhadas sobre asaúde se relacione simplesmenteao tempo maior de sedentaris-mo. Ou podemos inferir que a fal-ta de atividade aliada ao estresseaumente a produção de hormô-nios inflamatórios que acabamestimulando a formação de coá-gulos nas artérias”, diz. (PO)

» PALOMA OLIVETO

De s e m p r e g o em alta,competitividade acirra-da, prazos cada vez maisexíguos para cumprir

tarefas complexas. As pressõesdiárias do mercado estão con-sumindo a saúde do trabalha-dor, dizem pesquisadores. Hátempos se encontrou uma rela-ção entre o estresse laboral e oaumento da incidência de ma-les cardíacos. Agora, cientistasda Universidade Médica de Gan-gzhou, na China, constataramtambém uma forte associaçãocom derrame, incluindo o aci-dente vascular cerebral (AVC).

O estudo, publicado na revis-ta Neurology, da Academia Ame-ricana de Neurologia, foi feitocom dados de 138.782 pessoasque participaram de seis pesqui-sas epidemiológicas realizadasna Suécia, na Finlândia, no Ja-pão e nos Estados Unidos. Aolongo de três a 17 anos, elas fo-ram acompanhadas e seus regis-tros médicos, coletados. Os cien-tistas, então, classificaram osempregos em quatro grupos, ba-seados no nível de controle queos trabalhadores tinham sobresuas atividades e a dificuldadeque enfrentavam, como prazosapertados e desgaste mental.Horas de trabalho e demandasfísicas não entraram na conta.

As categorias criadas foram:trabalho passivo (baixa deman-da e baixo controle, como arte-sãos e zeladores), baixo nível deestresse (baixa demanda e gran-de nível de controle, como cien-tistas e arquitetos), alto nível deestresse (alta demanda e poucocontrole, como garçons e enfer-meiros) e trabalhos ativos (altademanda e alto controle, comomédicos, professores e enge-nheiros). Nos seis estudos epi-demiológicos avaliados, entre11% e 27% dos participantes en-caixaram-se na categoria de altonível de estresse.

Estresse no trabalholeva ao derrame

A constatação é deestudo conduzidoem universidadechinesa. Segundoos pesquisadores,condições detrabalho tensasaumentam o riscode ocorrênciade acidentesvascularesem até 58%

Ao analisar os registros médi-cos dessas pessoas, os pesquisa-dores encontraram uma forte as-sociação entre o estresse e a ocor-rência de derrames. Aquelas quetinham baixo controle de sua ati-vidade laboral e alta demandaapresentaram risco 22% maiorde sofrer qualquer tipo de derra-me e 58% mais alto de ter isque-mia cerebral, tipo de acidentevascular caracterizado pela faltade sangue no cérebro e principalcausa de morte e incapacidadesem todo o mundo – de acordocom a Organização Mundial daSaúde (OMS), a cada seis segun-dos ocorre um óbito em decor-rência de AVC isquêmico.

A avaliação de subgrupos in-dicou que as mulheres estão emdesvantagem. Comparado aoshomens na mesma situação, orisco de elas sofrerem um derra-me é 33% mais alto. De acordocom Dingli Xu, coautora do es-tudo, muitos mecanismos po-dem estar por trás da associaçãoentre trabalhos estressantes eocorrência de derrame. “Em pri-meiro lugar, os trabalhadorespodem estar buscando formasnão saudáveis de lidar como oestresse, adotando comporta-mentos como tabagismo, se ali-mentando mal, reduzindo asatividades físicas. Tudo isso é fa-tor de risco bem conhecido paraderrames”, observa.

A neurologista, contudo, aler-ta que é urgente investigar a re-lação de forma mais aprofunda-da. “Mesmo aqueles que man-têm hábitos saudáveis, mas têmum posto laboral muito estres-sante apresentam 25% de riscomaior. Então, isso mostra queapenas o comportamento pou-co saudável não explica total-mente o risco aumentado dederrame em pessoas com altonível de estresse”, observa.

Dingli Xu acredita que, quan-do perene, a forte pressão dotrabalho pode levar a perturba-ções na produção de substân-cias endócrinas no sistema ner-voso central. Isso elevaria a res-posta inflamatória, um processoque, entre outras coisas, deses-tabiliza as placas ateroscleróti-cas, acelera o envelhecimentocelular e estimula a secreção decortisol – tudo isso, fatores bio-lógicos associados ao derrame.

Influência cultural

A neurologista especializadaem derrames Jennifer J. Majer-sik, da Universidade de Utah,nos Estados Unidos, conta queestá habituada a ouvir de seuspacientes a pergunta se o estres-se favorece o derrame. “A dúvidaé particularmente comumquando o derrame ocorreu emmeio a um evento difícil da vidaou com uma pessoa jovem quetrabalha ou estuda demais”, diz.

“Até agora, eu não tinha comoresponder a meus pacientespreocupados, mas esse artigo pu-blicado na Neurology joga luz so-bre essa importante questão”, diz.

Na avaliação de Majersik, háalgumas limitações na metodo-logia do novo estudo, que, porexemplo, não levou em conta asdiferenças culturais dos partici-pantes, provenientes de quatropaíses. Contudo, ela está con-vencida de que há uma associa-ção forte entre estresse e proble-mas cardiovasculares e isquê-micos. “O porquê disso nós nãosabemos ainda. É possível que apressão do mercado de trabalhoaumente hábitos insalubres, co-mo foi observado no estudo chi-nês, além de provocar altera-ções metabólicas, como as vis-tas na síndrome metabólica.Mas, infelizmente, ainda não te-mos estudos que tenham escla-recido essa questão”, diz.

Dingli Xu, da UniversidadeMédica de Gangzhou, concordaque é necessário aprofundar ainvestigação. “As diferenças cul-turais podem, sim, ter uma in-fluência em como as pessoaspercebem o estresse. Por exem-plo, já se foi relatado que os mé-dicos alemães percebem seutrabalho como mais estressanteque os australianos, e a formade lidar com isso é significativa-mente diferente entre eles”, ilus-tra. “Nós também precisamosavaliar outras fontes de estres-se, como a percepção de injusti-ça no trabalho, a discrepânciaentre dedicação e salário. Masesses aspectos são muito poucoexplorados em estudos popula-cionais. Então, não tínhamosdados suficientes para incluirem nossa meta-análise. Comcerteza, pesquisas futuras terãode levar essas variáveis em con-sideração.”

Tempo de expediente influencia

Mesmo aqueles que mantêm hábitossaudáveis, mas têm um posto laboralmuito estressante apresentam 25% derisco maior. Então, isso mostra queapenas o comportamento poucosaudável não explica totalmente orisco aumentado de derrame empessoas com alto nível de estresse.”

Dingli Xu

Pesquisadora da Universidade

Médica de Gangzhou e coautora do estudo

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EEddiittoorr //// Vinicius MedeirosJC&Cia GerênciaB-8 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 20 de outubro de 2015

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PPaalleessttrraa:: gerente de e-commerce da Hope Lingerie, Vanda Dias foi uma daspalestrantes do Rakuten Expo, um dos principais fóruns de discussão sobreinovações e tendências para o varejo eletrônico. O encontro foi realizadosemana passada, no World Trade Center Golden Hall, em São Paulo.

AAnniivveerrssáárriioo:: para celebrar seus 28 anos de fundação, a Casa daEmpada iniciou outubro com uma promoção especial. Ao longo detodo o mês, os preços de suas empadas e dos escondidinhos em suas29 lojas estarão mais baixos, custando R$ 3,75 e R$ 9, respectivamente.

Os números, eleva-dos e em linha com aexpansão acelerada demuitas redes de micro-franquia, chamamatenção, mas para aDoutor Lubrifica aindanão são suficientes.Com 142 franquiasvendidas somente esteano, das quais 39 estãoem operação, a redeespecializada de servi-ços automotivos deli-very planejava nego-ciar 200 pontos de atendimento em 2015. "A resposta domercado ao Doutor Lubrifica foi positiva. Entretanto, ha-via espaço para mais vendas. Nossa avaliação é de que nãoé falta de dinheiro, até porque o investimento na comprade uma franquia não é tão alto. Sentimos que os investido-res estão receosos em empreender por conta da crise",afirma o diretor de Franquia do Grupo VA, detentor damarca, Carlos Diego (foto).

Na Doutor Lubrifica, o cliente encontra uma série decanais – telefone, aplicativo, site e mídias sociais – paraagendar serviços como troca do filtro de óleo, enceramen-to e higienização de ar-condicionado, entre outros. O ti-cket médio dos nossos franqueados varia de R$ 90 a R$ 120por serviço. A marca põe à disposição dos franqueadosdois formatos de negócio: Home Car, que não necessitaponto comercial; e Office Car, que demanda um ponto co-mercial. Em ambos os casos, o franqueado deve adquirir oveículo que presta os atendimentos.

Para Diego, a expertise da rede vem atraindo muitosconsumidores e, claro, investidores em potencial. "Ofere-cemos para o mercado soluções necessárias para qual-quer carro. A demanda por esse tipo de atendimento nãocai, mesmo durante a crise”, conta o executivo, destacandoque o faturamento da rede, hoje na casa de R$ 3 milhões,deve atingir R$ 9 milhões em 2016. "Até o final do ano abri-remos 70 unidades. Só no mês passado foram vendidas 20,com nove aberturas", celebra.

NOVO MAQUINÁRIO

Com 87 pontos de venda (lojas, quiosques e carretinos) em 15 estadosbrasileiros, das quais 70 são franquias, a Monterrey investiu cerca de R$ 7milhões em um novo maquinário – importado – para sua fábrica. Deacordo com a rede especializada em paletas mexicanas, os novosequipamentos reduzirão em 30% os custos produtivos, além deaumentar a qualidade e a padronização dos sorvetes. A unidade fabril,localizada no município de Lauro de Freitas (BA), tem atualmentecapacidade para fazer 3 milhões de sorvetes por dia.

VAI E VEM

Maior franquia deMcDonald’s no mundo, aArcos Dourados anunciou anomeação de PauloCamargo (foto) como novopresidente da DivisãoBrasil – ele assume a novafunção em 1º de novembro.O executivo, que ocupoupor quatro anos a vice-presidência de Operaçõesda rede de fast food,substitui José Valledor, quefoi promovido a vice-presidente de Supply Chain, com base naArgentina. Camargo tem mais de 20 anos de experiência nos setoresde bens de consumo, varejo e serviços e acumula passagens, emdiferentes países, por PepsiCo, FASA Corp. e Iron Mountain. Nessenovo desafio, o profissional comandará 870 restaurantes emespalhados por todos os estados brasileiros, além de 50 milfuncionários. "Estou confiante de que temos uma estratégia parafortalecer ainda mais nossa liderança de mercado no Brasil, ondeMcDonald’s é o número um em sua categoria", diz Camargo.

TENDÊNCIA MANTIDA

A atividade comercial nos shoppings brasileiros parece acompanhar oviés de queda do varejo como um todo. Se, em agosto, a variação negativaobservada frente a igual período de 2014 foi de -3,3%, em setembro aredução registrada ficou em -1,7%. Os dados são do Iflux, indicadorespecífico do mercado de shoppings, desenvolvido pelo IbopeInteligência, em parceria com a Mais Fluxo. Vale destacar, contudo, quesetembro não conta com nenhuma data importante no varejo, o quepode indicar uma leve recuperação do mercado antes do Natal. O índiceavalia cerca de 490 unidades em operação pelo País. Ao todo, estesempreendimentos receberam 318 milhões de visitas, 5,4 milhões amenos do que igual período de 2014.

C U R TA S

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Doutor Lubrificainaugura 70 lojasaté o final do ano

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As empresas reguladasComissão de Valoresmobiliários pelo Ban-co Central do Brasil

(BCB), pela Superintendên-cia de Seguros Privados (Su-sep), ou que sejam conside-radas de grande porte terãode submeter os profissionaisde contabilidade responsá-veis por seus balanços à Edu-cação Profissional Continua-da (EPC). A obrigação foi es-tabelecida pela Norba Brasi-leira de Contabilidade (NBC)PG 12, editada pelo ConselhoFederal de Contabilidade(CFC) em 2014. A regra come-ça a valer no ano que vem.

O objetivo é garantir queesses profissionais se mante-nham atualizados e em sin-tonia com as alterações queocorrem nas normas em ge-ral e na legislação aplicadaao setor.

A EPC existe desde 2003 eera obrigatória para os audi-tores registrados no CadastroNacional de Auditores Inde-pendentes (CNAI) e para osque atuam no mercado regu-lado. A NBC PG 12 alterou aabrangência da norma ante-rior, a NBC PA 12, voltada pa-ra auditores, para incluir tam-bém os profissionais que sãoresponsáveis pela preparaçãodas demonstrações contá-beis. De acordo com o vice-presidente de Desenvolvi-mento Profissional e Institu-cional do CFC, Zulmir Breda,a mudança decorre de umaexigência do mercado. “Haviaa necessidade de que os pro-fissionais que auditam as de-monstrações contábeis e osresponsáveis por apresentá-las estivessem submetidos àsmesmas exigências em ter-mos de atualização, garantin-do maior qualidade às infor-mações” explica.

A contabilidade brasileiravem passando por profundasmudanças nos últimos anos,especialmente a partir de2010, com a consolidação daconvergência das normasbrasileiras de contabilidadedo setor privado e as de audi-toria às regras internacional-mente aceitas. O movimentode convergência foi conduzi-do pelo CFC. Com isso, aatualização profissional,

mais do que nunca, passa aser uma necessidade.

“O profissional da contabi-lidade precisa estar preparadoe atento às mudanças pelasquais o setor passa. Quandotratamos de empresas cujacontabilidade é de interessede muitos públicos, como asreguladas por BCB, CVM e Su-sep, essa necessidade é aindamaior”, ressalta Breda.”Essaexigência de que o profissionalcontábil cumpra um progra-ma de educação continuada étambém orientação dos orga-nismos internacionais da pro-fissão, como a Federação In-ternacional de Contadores(IFAC na sigla em inglês), quetem normas editadas a esserespeito que devem ser segui-das por todos os países-mem-bros, como é o caso do Brasil.”

A normaexige também quea EPC seja cumprida por todosos auditores independentes,mesmo os que não atuam nomercado regulado. Os profis-sionais enquadrados na regraprecisam obter ao menos 40pontos no programa por ano-calendário. Cursos, palestras,reuniões técnicas, docência,participação em comissõesprofissionais e técnicas, ban-cas acadêmicas, orientação de

tese, monografia ou disserta-ção, publicação de artigos emjornais, revistas, autoria de li-vros e outras atividades acadê-micas, desde que credencia-das pelo CFC, são aceitas nacontagem de pontos.

Características

De acordo com o sócio e di-retor do Grupo Insigne, em-presa especializada na áreacontábil e de tributos, SérvuloMendonça, as mudanças es-tão diretamente ligadas aoambiente regulatório paraempresas de sociedade anôni-ma de capital aberto, vincula-das a CVM. “Neste tópico é re-levante ressaltar que as equi-pes de auditoria já tinham anecessidade de cadastro espe-cífico, o chamado CNAI (Ca-dastro Nacional de AuditoresIndependentes), sem o qualestão impedidos de atuar”. “Étambém importante frisar quegrande parte das empresas decapital aberto são vinculadasa agências regulatórias, e quepossuem especificidades téc-nicas não inerentes àquelasdesenvolvidas por empresass/a de capital fechado ou li-mitadas, que podem, na suagrande maioria, direciona-

rem seus afazeres contábeisao CPC-PME (Comitê de Pro-nunciamentos Contábeis pa-ra Pequenas e Médias Em-presas)”, completa.

Na opinião dele, o profis-sional da contabilidade preci-sa estar preparado e atento àsmudanças pelas quais o setorpassa. “Atualmente regrascontábeis emanadas produ-zem efeitos tributários signifi-cativos, e qualquer eventualfiscalização ou prestação decontas para órgãos públicosou mistos irá requerer do pro-fissional contábil alta capaci-dade de argumentação técni-ca, bem como assertividadeno conteúdo de defesa dequalquer procedimento inter-posto na empresa do qual res-ponderá como responsáveltécnico”, afirma Mendonça.

Segundo ele, empresas cominvestidores precisam de maistransparência, e ela se dá es-sencialmente pelo cumpri-mento rigoroso de regras nãoapenas contábeis, mas tam-bém legais. “Por isso que todasas empresas de capital abertopossuem obrigatoriedade deáreas específicas, como Com-pliance, Governança Corpora-tiva e Conselhos Fiscais e Ad-ministrativos”, explica.

Grandes empresas terãoprofissionais capacitados

CONTABILIDADE

Segundo o sócio de auditoriada Partwork Associados,WelsonMello, o principal desafio está nabusca por essa mudança, fazen-do com que os empresários epessoas, enxerguem o profissio-nal contabilista não mais comoum simples “guarda-livros”, quecuida apenas da área fiscal e bu-rocrática das empresas, mas simcomo um profissional comple-to, que execute e assessore asentidades de maneira maisabrangente, não somente no se-tor fiscal e de departamentopessoal. “E sim também produ-zindo informações relevantespara a gestão e contribuindo pa-ra o desenvolvimento dos de-monstrativos à serem apresen-tados ou divulgados”, comenta.

Para ele, quando se trata deempresas cuja contabilidade éde interesse de muitos públicos,como as reguladas por BCB,CVM e Susep, essa necessidadeé ainda maior. “ A divulgação deinformações sobre a situaçãopatrimonial e financeira das

empresas deve estar suportadaem normas contábeis de altaqualidade que facilitem a análi-se, permitindo a comparabilida-de com outras empresas e facili-tando o entendimento por partedos usuários”, afirma ele.

Para ele, não será um pro-cesso rápido e fácil de ser efe-tuado. “A nova norma irá exigirum modelo mais abrangenteno momento das empresas eindústrias em geral divulgaremsuas demonstrações financei-ras, reduzindo de modo ex-pressivo a complexidade ine-rente à orientação de reconhe-cimento de receita de hoje. Noentanto, embora seja um im-portante avanço para a conta-bilidade, a nova regra traz de-safios importantes para as or-ganizações, exigindo uma me-lhor gestão, com processos denegócios e controles internobem definidos, tendo impac-tos difusos sobre os adminis-tradores, políticas, processos esistemas”, ressalta ele. (N.S.)

Profissional passa a ter mais funções

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Zulmir Breda, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CFC: mudança atende ao mercado

Responsáveis pelas demonstrações de empresas reguladas pela CVM, Banco Central eSusep terão de ser submetidos à educação continuada; regra passa a valer em 2016