Jb news informativo nr. 1.010

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1 JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 [email protected] Informativo Nr. 1.010 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges JP-2307-MT/SC ( Florianópolis SC ) - domingo, 09 de junho de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião - Mario Gentil Costa - " O Macrobiótico " Bloco 3 - Ir João Ivo Girardi - Verbete da Semana - "Os fins justificam os meios " 2a. parte Bloco 4 - IrPedro Juk - " Alegoria das Colunas Zodiacais (1ª Parte) @ Bloco 5 - IrJosé Maurício Guimarães - " Ingleses e Cangurus " Bloco 6 - Destaques JB Pesquisas e artigos: Acervo JB News - Internet Colaboradores Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Hoje, 09 de junho de 2013, 160º. dia do calendário gregoriano. Faltam 205 para acabar o ano. Dia do aniversário da Rainha dfo Reino Unido; aniversário do Profeta Maomé (Indonésia) e dia do Citricultor. Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos

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JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal

www.radiosintonia33 – [email protected]

Informativo Nr. 1.010 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV

Loja Templários da Nova Era nr. 91

Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras

Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC

( Florianópolis SC ) - domingo, 09 de junho de 2013

Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião - Mario Gentil Costa - " O Macrobiótico "

Bloco 3 - Ir João Ivo Girardi - Verbete da Semana - "Os fins justificam os meios " 2a. parte

Bloco 4 - IrPedro Juk - " Alegoria das Colunas Zodiacais (1ª Parte) @

Bloco 5 - IrJosé Maurício Guimarães - " Ingleses e Cangurus "

Bloco 6 - Destaques JB

Pesquisas e artigos:

Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org

- Imagens: próprias e www.google.com.br

Hoje, 09 de junho de 2013, 160º. dia do calendário gregoriano. Faltam 205 para acabar o ano.

Dia do aniversário da Rainha dfo Reino Unido; aniversário do Profeta Maomé (Indonésia) e dia do Citricultor.

Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos

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Livros indicados Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de

Emulação

Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012

– Segunda Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo –

Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo –

Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa,

Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e

Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de

Emulação.

Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de

Aprendiz e da Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do

conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro

bibliográfico.

http://www.youtube.com/watch?v=n9icDo_C4bA&list=UUxEEQlnp8kbSoxO5gc-hYzw&index=1

O Ir Ir Wilmar Cirino, é MMda Loja Londrina- Londrina PRs feiras.

livros maçônicos

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53 - Nero se casa com Claudia Octavia 62 - Claudia Octavia se suicida.

68 - O Imperador romano Nero comete suicídio.

1358 - Jacquerie - João III de Grailly, Captal de Buch, e o Conde de Foix com 120 homens defendem a cidadela de Meaux contra uma horda de 9000 camponeses.

1448 - Afonso V de Portugal atinge a maioridade e assume o reino.

1667 - Os holandeses realizam uma incursão em território inglês e aplicam a pior derrota naval da Inglaterra, na Batalha de Medway.

1732 - Rei Jorge II da Grã-Bretanha concede o direito a James Oglethorpe de fundar a província da

Geórgia, separando-a da região da Carolina do Sul. 1815 - É assinado o Acto Final do Congresso de Viena.

1869 - O presidente do Equador, Gabriel García Moreno, proclama a nova Constituição chamada

de "Carta Negra" pela oposição.

1879 - Emancipação política do município dos Palmares, localizado no Estado de Pernambuco, Brasil.

1894 - Estoura no Paraguai um movimento revolucionário encabeçado pelo general Juan B.

Egusquiza, que depõe o presidente Marcos Moriñigo. 1898 - Inauguração da Ferrovia Nordeste Argentino, de Corrientes a Monte Caseros, localidades

situadas na orla dos rios Paraná e Uruguai, respectivamente.

1921 - A Organização Internacional do Trabalho adota a língua espanhola como o terceiro idioma oficial.

1923 - Militares da Bulgária assumem o poder em um golpe de estado.

1934

o Estréia do Pato Donald em The Wise Little Hen. o Proclamada nova Constituição da República Dominicana, a vigésima terceira da história do

país.

1946 - Bumibol Adulyade, de 19 anos, substitui no trono da Tailândia o irmão, Amanda Mahidol, morto em estranhas circunstâncias.

1960 - O Governo de Moscou declara oficialmente que defenderá Cuba caso o país seja atacado

pelos Estados Unidos.

1968 - O presidente da Iugoslávia, Josip Broz Tito, aprova várias reformas políticas e sociais após uma semana de distúrbios e manifestações.

1976 - O governo boliviano decreta estado de sítio para prevenir protestos e manifestações de

estudantes por causa do assassinato do ex-presidente e general Juan José Torres na Argentina. 1983 - Margaret Thatcher, primeira-ministra britânica, é escolhida em eleições que confirmam a

grande popularidade dos conservadores no Reino Unido.

1991 - O rei da Jordânia assina um documento constitucional que abre caminho ao pluripartidarismo e que foi aprovado em Conferência Nacional.

1993 - O príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, casa-se com Masako Owada no Palácio Imperial de

Tóquio.

1999

1 - Almanaque

Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.

Eventos Históricos

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o Legisladores de 41 cidades da América, da África e da Ásia constituem no México o

Parlamento dos Legisladores Metropolitanos para buscar soluções para os problemas das

suas cidades. o Celebrada a coroação dos novos reis da Jordânia, Abdulá II e sua esposa, Rania.

o Guerra do Kosovo: A Iugoslávia e a OTAN assinam um tratado de paz.

2006 - Inicia-se a Copa do Mundo FIFA de 2006.

Dia de Anchieta.

Dia do Porteiro. Dia do Tenista.

Dia da fundação de Magé RJ.

Portugal Foral de Montalegre- Concelho de Portugal - Feriado local - Dia da cidade.

Mitologia Romana

Roma antiga: Festival de Vestália, em honra a Vesta, deusa do lar e senhora do fogo sagrado.

(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)

1951 Fundação da Grande Loja de Goiás

1952 Fundação da Loja Fraternidade e Justiça nr. 38, Salvador GLEB)

1975 Fundação da Loja Ordem e Progresso nr. 25, de Brusque (GOSC)

1990 Inauguração pela Grande Loja do Estado de Goiás da Praça do Maçom, em Goiânia, com

vistoso monumento.

feriados e eventos cíclicos

fatos maçônicos do dia

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O autor, Mario Gentil Costa, é médico em Florianópolis. Contato: [email protected]

http://magenco.blog.uol.com.br

"O MACROBIÓTICO" (Sub-Título: AS DUAS VERDADES)

O magro e pálido cavalheiro que tinha diante de mim no consultório devia andar

pela casa dos trinta e cinco anos. Seu problema era simples e, como tal, foi rapidamente resolvido. O que me deixou intrigado, todavia, foi sua singular declaração, tão logo sentou-se: - Doutor, antes de mais nada, quero avisá-lo de que não tomo antibiótico de espécie alguma; sou contra! Tão abrupta advertência me fez lembrar do fanatismo das Testemunhas de Jeová, com as quais já tivera sérias dificuldades no passado. E pus-me a cismar: "Será que ele é tão contra assim? Será que se recusaria a tomar uma penicilina, mesmo em caso de vida ou morte? Duvido, mas tudo bem...; cada um com sua verdade, ainda que falsa..." Sim, porque não duvide, caro leitor... Existem sempre duas verdades: uma, a verdadeira, que é cósmica e imutável..., vale por si mesma e independe de sua crença; outra, que é subjetiva..., que é a sua verdade..., mas que, inquestionavelmente, só será verdadeira se estiver de acordo com a primeira. Em outras palavras, o fato de você crer não faz sua verdade ser a verdadeira... Como ele era o último cliente do dia, e eu estava predisposto, além de considerar as quatro paredes de um consultório e o clima da própria consulta um inigualável e precioso meio de desenvolver meu senso de julgamento da essência do ser humano em suas peculiaridades individuais, resolvi esticar o papo e indaguei: - Escute, meu caro..., já teve anemia? - Claro que não, doutor! Eu sou macrobiótico!... - retrucou ele, com absoluta convicção. - Quer dizer, então, que, por ser macrobiótico, está livre de ter anemia...? - indaguei provocativamente.

2 - Opinião

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- Como poderia, doutor? Se só como o que é certo... - argumentou. - Pois desculpe lhe dizer, mas sua palidez me parece um tanto exagerada... - Ah, doutor, eu sempre fui assim... É minha cor natural... - Tem certeza? - duvidei. - Claro, doutor! - Por que não faz um hemograma? - propus. - Pra que, doutor? Se eu já sou macrobiótico... - repetiu. Falava com uma fé tão inabalável que cheguei a vacilar. Decidi, então, quebrar o clima e perguntei, brincando: - Macrobiótica não é uma espécie de dieta vegetariana? - É..., só que muito mais rigorosa e científica... - explicou, com conhecimento de causa. - Pois saiba que eu também sou vegetariano..., de certa forma... - O senhor? - exclamou, surpreso, e eu emendei: - Sim..., "de certa forma", isto é..., um vegetariano indireto..., "por tabela"... - provoquei. - Não entendo, doutor..., indireto como? - É..., partindo de Lavoisier..., se "na natureza nada se cria, nada se perde...; tudo se transforma..." - O senhor me desculpe, mas continuo não entendendo... - Pois então, meu caro...: o boi come o vegetal, e eu como o boi... Portanto, por transformação, comi também o vegetal... Logo, sou vegetariano, não concorda? Ele apenas esboçou aquele sorrisinho de quem não está muito de acordo, mas, de qualquer maneira, estava criado o clima que eu desejava e, me aproximando, pedi licença e examinei sua mucosa ocular. Era descorada, como desconfiava. - Sinto muito, meu amigo, mas, no seu lugar, eu não teria tanta certeza... Notei que ficou assustado, quando indagou: - Eu estou com anemia, doutor? - Acho que sim. Vamos pedir um hemograma? - Se o senhor acha necessário... - concordou, perplexo. Dois dias depois, retornou com o exame. Estava arrasado, como se tivesse recebido uma sentença de morte. Abri o envelope, e lá estava a anemia. Encaminhei-o a um clínico geral e o perdi de vista. .................................................................................. Um belo dia, entrando numa churrascaria, dei com ele lá dentro, a refestelar-se com uma suculenta picanha. Quando me viu, ficou encabulado, e, para lhe evitar constrangimentos, tratei de dirigir-me a uma mesa no canto oposto do salão. Envolvido com minha própria picanha, já tinha me esquecido completamente do gajo, quando senti que alguém me tocava o ombro: - Como vai, doutor? - Vou muito bem. E o senhor..., como tem passado? - Também vou bem, como pode ver... - e mostrou-se inteiro contra a luz. - Realmente! Não há dúvida de que está mais corado... - observei, contente. - O senhor há de acreditar que, alguns dias depois daquela consulta, eu sofri uma fratura espontânea? Já estava com osteoporose!... Tudo por causa da minha intransigência, da minha desinformação... E se não fosse o senhor, doutor..., o que teria sido de mim? - Fico satisfeito de saber que valeu a pena, meu caro. Lembre-se de que nós não somos herbívoros...; somos omnívoros.

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Entreabriu de novo aquele sorrisinho..., só que dessa vez, talvez com vergonha de confessar ignorância diante de terceiros, preferindo aceitar como verdades os dois palavrões contidos em minha afirmação, limitou-se a informar: - E ainda como as minhas verdurinhas... porque gosto... - Faz muito bem. Basta não abusar de nada. Isso se chama temperança...; vale pra tudo na vida... - E tem mais, doutor...: já não sou contra antibióticos!... - Não me diga! Então o senhor mudou mesmo!... De macrobiótico para "filobiótico"... É incrível! - brinquei. De novo aquela cara de quem não entendeu nada: - Ah, doutor..., o senhor e suas tiradas... "Filo" o quê? - "Filo" quer dizer "amigo", meu caro... - Eu não disse que sou amigo; só não sou mais inimigo... - Está certo! Mas já é um avanço enorme. Só não se auto-medique...; o tiro pode sair pela culatra... - Ah, não há perigo! Aquilo foi uma lição de vida. Hoje sou outro homem..., bem mais feliz..., menos preso a idéias fixas. Muito obrigado! .................................................................................. Ele se foi..., corado, bem disposto e satisfeito da vida. E eu fiquei pensando, cá c'os meus botões: " Um fanático a menos!... Sujeito de sorte... Trocou a verdade dele pela outra..., a verdadeira..."

Mario Gentil Costa

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O autor, Ir. João Ivo Girardi ( [email protected] ) é da Loja “Obreiros de

Salomão” nr. 39 (Blumenau). Acompanhe todos os domingos no JB News, um dos mais de 3.000 verbetes de sua obra de 700 páginas intitulada “Vade-Mécum

Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite", cujo artigo de hoje foi extraído.

OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS - 2ª Parte

Os Médicis reinstalados em Florença descobriram um complô para derrubá-los, e ele têm uma lista de conspiradores que esperam convocar. O sétimo da lista é Nicolau Maquiavel. Os conspiradores nunca se encontram com Maquiavel. Não importa. Ele é suspeito e os Médicis não necessitam de muitas desculpas para jogá-lo na prisão. Na primavera de 1513, Giovani de Medici torna-se o Papa Leão X e Maquiavel é libertado pela anistia geral, mas com restrições. Ele está limitado a permanecer na região de Florença. Barrado na prefeitura, banido da política. Ele se muda para a propriedade da família a poucos quilômetros da cidade. Lá, ele é livre em sua própria espécie de inferno. Um viciado cortado de sua fonte. - A política era seu interesse profundo e, se ele pudesse ter feito o mundo à maneira como ele queria que fosse, teria preferido uma república. Mas, ele poderia viver tanto com repúblicas como com os principados. O seu ponto era que você começa onde você está e que você julga qualquer forma de governo por seus resultados, ao invés de simplesmente pela sua forma. (Hanna Grey). Assim começa o trabalho mais famoso de aplicação na História. Ele se junta a paixão de Nicolau para uma Itália unida. O livro exorta o Medici reinante a ter um novo papel como fundador de uma nova nação. Nicolau oferece um modelo para um novo tipo de líder. Então, quem é esse príncipe ideal? Quais são as suas qualidades? Aproximadamente uma combinação de força e caráter, inteligência, coragem, habilidade e sorte, o que chamamos de algo mais. Além de um toque de crueldade. - Maquiavel sublinhou dois conjuntos de atributos para o príncipe. Um era muito fascinante. Ele usou a imagem da raposa e do leão. O príncipe deve ter a habilidade da raposa para encontrar a armadilha, e a coragem do leão para afastar os lobos. (Gary Hart). Maquiavel também nos dá o ator político. O príncipe pode ou não, manter a sua palavra, ou pode não ser humano, devoto, um homem de verdade, um homem de família, dependendo das cirscuntâncias, mas ele deve parecer ser todas essas coisas. Os homens em geral julgam pelos seus olhos mais do que pelas suas mãos, porque todos estão em posição de espectador. Poucos são os que podem chegar a ter um contato próximo com você. Todo mundo vê o que parece ser. Poucos conhecem quem você realmente é. - Maquiavel vê o príncipe como alguém que toma um assunto como se fosse uma pedra de mármore e, impõem uma forma, como se essa pessoa fosse um escultor. (Hanna Grey). Ele molda uma pedra. Ele põe ordem no caos. Ele civiliza os selvagens. Michelangelo e o principe de Maquiavel têm muito em comum. O problema é que a matéria-prima para um príncipe é sangue e carne humana. Para isso, o príncipe deve aprender como e quando

3 - Verbete da Semana " Os fins justificam os meios " - 2a. parte

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deve ser cruel, e deve ter estudado a guerra. - Um príncipe deve prestar atenção, para não ficar com medo da própria sombra. Seu comportamento deve ser sempre moderado com bondade e prudência, de modo que a desconfiança excessiva não se torne insuportável. (Maquiavel). Por mais de um século os americanos eram exceção entre as nações. Imunes do vírus da maquiavélica Europa, ou seja a política da sobrevivência. E essa imunidade desapareceu agora? - Não podemos conceder ao americano puro, uma abordagem excepcional por tempo indeterminado. Não significa que todo fim justifica todos os meios. Isso significa que temos tendência em afirmar, assim como nossos intelectuais e alguns de nossos líderes, que esta análise será difícil de defender. (Henry Kissinger). Embora a experiência real de Maquiavel pareça ser a política externa, alguns dos seus conselhos sobre assuntos domésticos também tem repercussão, pelo menos para os conservadores mais modernos. - Um homem não deve ter medo de melhorar suas posses para que não seja tirado algo dele. Também não deve ser intimado pelos impostos elevados para começar um novo negócio. Mas, acima de tudo, um príncipe deve evitar tomar a propriedade dos outros, porque os homens esquecem, mais cedo ou mais tarde a morte de seu pai do que a perda de sua herança. (Maquiavel). O conselho de Maquiavel parece tantas vezes ter diferentes sentidos. Não é de admirar que haja diversos pontos de divergência na interpretação de O Principe. Tomemos, por exemplo, a parte sobre o medo e o amor. É muito melhor ser temido do que amado. Se você não pode ser ambos, você deve evitar ser odiado. O medo é útil. O ódio não é produtivo. A maioria dos executivos corporativos concordaria com isso: O cumprimento rigoroso de virtudes cristãs está exatamente fora que questão. - A demonização de Maquiavel começou muito rapidamente após a morte dele, e veio em um momento quando a crise da constatação das religiões estava realmente no seu auge enre 1530 3e 1540, e ambos os lados viram um demônio em Maquiavel. (Hanna Grey). Pobre Nicolau. Não só ele é agora um demônio, mas também os Medicis o atormentaram até no inferno. Suas ideias, disseram os Medicis, teriam inspirado o massacre dos huguenotes franceses em 1572, quando Catarina de Medici foi rainha da França. E a Inglaterra anglicana fez de Maquiavel seu primeiro vilão. - O século XX viu-o, por um lado, como um precursor de teorias totalitárias de governo, e de outro, como um bom republicano e um excelente cientista social que nos ajuda a entender como as coisas funcionam. (Hanna Grey). Washington, Napoleão, Churchill, Lênin, filhos inteligentes de um mesmo pai. Quão maquiavélicos. Agora, a história não nos pode dizer onde a alma de Nicolau se encontra. Seus restos mortais foram colocados na Catedral de Santa Croce, entre os florentinos honrados: Galileu, Dante Alighieri, Leornado da Vinci. Sabemos também que a sua influência está longe de ter morrido. - Ele invadiu a história, produziu os exemplos como ele compreendia para considerar importante o que queria, em vez de procurar primeiro descobrir o que realmente aconteceu. Ele era um produtor da história e não um consumidor. (Donald Kagan). Maquiavel viveu quando as ideias e tecnologias estavam mudando para sempre as realidades do poder e as noções de governo. Assim como nós. E seu conselho para analisar cuidadosamente as exigências para o sucesso, sem perder a coragem de agir, parece hoje, dolorosamente relevante. - Há livros que são suficientemente complicados, eles têm uma mensagem para pessoas diferentes em momentos diferentes, porque de algum modo eles tocam um aspecto fundamental da experiência humana. “A República”, de Platão é um exemplo disso, “O Contrato Social” de Rousseau ou Locke. “O Príncipe” de Maquiavel é um livro destes. Ele lida com um aspecto da vida humana de uma maneira muito profunda. O aspecto central é a essência da função dos líderes, e porque os líderes são necessários em qualquer comunidade humana complexa. (Roger Masters). Alguns leitores de O Príncipe sentem cheiro de enxofre em suas páginas. Outros acham que é mais parecido com amônia, repugnante, mas profundamente esclarecedor. Na verdade, grande parte do que Maquiavel escreveu, simplesmente descreve como as coisas realmente eram feitas em seu tempo. - O segundo aspecto em que acho que Maquiavel desagrada, é a conclusão

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fundamental que ele chegou sobre a possibilidade de separação das questões políticas de considerações éticas. Na verdade, eu não acho que isso pode ser feito. Independente se deveria ser feito. (Hanna Grey). Conclusão: Portanto, Sra. Presidente, tendo descrito como as coisas realmente funcionam neste mundo perigoso, permita encerrar com algumas palavras adicionais de cautela: escolha os assessores e juízes mais brilhantes. Diga-lhes para lhe falar francamente e, em seguida, seja cautelosa com as suas opiniões. Quando chegar a hora da decisão, mantenha sua própria opinião. E nunca se esqueça que a senhora está no show business. Que a liderança é 90% do tempo representar um papel. Pelo amor de Deus, não carregue suas próprias malas. Bem vinda ao topo do monte e muita sorte. Seu humilde servo e admirador. Nicolau Maquiavel. PS: Não olhe para o céu para sua recompensa. (Texto baseado na documentário do Discovery Networks, produzido e escrito por Dale Minor, 1996). Política - Os Fins justificam os Meios? Segundo o dicionário, política é a arte do bem governar

os povos e de cuidar dos negócios públicos com sabedoria e responsabilidade. Sendo assim, não há nada de errado com a política. Pelo contrário, a plenitude de um povo soberano está centrada na política. Por isso, nada de condená-la, e nem tampouco se afastar dela. Pois, há um fato definitivo e absoluto: o ser humano nasceu para a política, viverá da política e morrerá pela política. Ainda segundo o dicionário, a politicagem é o exercício da política mesquinha e interesseira. E aqueles que a praticam são denominados de politiqueiros. Então, neste contexto, está tudo errado. Cria-se um turbilhão de enganos e equívocos oriundos de uma politicagem, e não da política. Desta forma, o bom cidadão equilibrado e politizado deve se abster da mesquinharia e do interesse pessoal para poder usufruir da arte do bem governar. Todavia, lembremo-nos que o sistema é muito mais abrangente e complexo do que meros conceitos filosóficos. E por essa razão, ideais são subjugados, o caráter é denegrido, e a ambição se sobrepõe acima de tudo e de todos. No entanto, essa mesma ambição glorifica heróis, endeusa homens e dignifica sociedades. E tudo isso é política. A história antiga e contemporânea nos mostra que a política está acima da honra e da ética, e que a máxima regente é que os fins justificam os meios. O império romano, articulando proficuamente políticas em seu senado, e com todo o seu poderio bélico, afrontou e subjugou povos na Península Ibérica, Germânia, Egito e Oriente Médio, com o objetivo de ampliar os seus domínios e consolidar o império. E fazendo isso Roma corrompeu as culturas conquistadas, as absorveu e também criou novas culturas. E hoje, todo o mundo contempla a Itália, com todos os seus heróis e monumentos históricos. Neste caso, os fins justificaram os meios?...!...? Napoleão Bonaparte, imperador francês e gênio militar, deixou seus domínios e partiu para conquistar o mundo, agindo como um louco e tirano sedento por poder. E apesar de não ter sido totalmente sucedido nessa empreitada, tornou-se um ícone da história mundial, e a França, referência de beleza, etiqueta, cultura, e o primeiro país a debater os direitos humanos em uma assembleia constituída. Neste caso, os fins justificaram os meios?...!...? Os Estados Unidos da América, em sua política de colonização e expansão territorial no oeste, dizimou quase que completamente os índios que ali viviam, deixando para os poucos sobreviventes, apenas o habitat das pequenas reservas e as migalhas de rações que lhe eram dadas. Assim, esse país pôde crescer e se desenvolver nas pradarias e montanhas daquela região, E hoje, além de ser a maior economia do mundo, é o país que recebe, todos os anos, o maior número de turistas entre todos os demais. E todo o mundo se curva de joelhos ante o seu apogeu econômico, como forma de contemplação e submissão. Neste caso, os fins justificaram os meios?...!...? Luís Inácio da Silva, o Lula, ex-presidente do Brasil, considerado pela maioria da opinião pública como o melhor presidente que esse país já teve, só se tornou grande e respeitável porque abriu mão de alguns princípios partidários e ideológicos, e fez alianças, muitas vezes contrárias aos seus discursos, além de flexibilizar a postura radical dos tempos de sindicalista. Neste caso, os fins justificaram os meios?...!...? Não importa o que façamos ou pensemos, a política sempre irá nos absorver de

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forma intensa, voraz e absoluta. Por isso, o meu modesto conselho é que vivamos intensamente a política, pois, só assim, conseguiremos extinguir a politicagem. (César Seriado) Visão Cristã: Será que os fins justificam os meios? A resposta a esta questão depende do que esses fins ou metas são e os meios que estão sendo utilizados para alcançá-los. Se os objetivos são bons e nobres e os meios que usamos para atingi-los também são bons e nobres, então sim, os fins justificam os meios. Entretanto, não é isso o que a maioria das pessoas quer dizer quando usa a expressão. A maioria usa isso como uma desculpa para alcançar seus objetivos através de quaisquer meios necessários, não importa quão imoral, ilegal ou desagradável esse meio seja. O que a expressão geralmente significa é algo assim: Não importa como você alcance o que quer, contanto que você o alcance. A expressão o fim justifica os meios normalmente envolve fazer algo errado para atingir um fim positivo e justificar esse erro ao apontar para um bom resultado. Um exemplo seria mentir no currículo para conseguir um bom emprego e justificar a mentira ao dizer que o maior salário permitirá que o mentiroso providencie de forma mais adequada para a sua família. Outra pessoa pode tentar justificar o aborto de um bebê para salvar a vida da mãe. Mentir e dar fim a uma vida inocente são moralmente errados, mas o sustento da família e salvar a vida de uma mulher são moralmente corretos. Onde, então, estabelecer um limite? O dilema sobre os fins/meios é um cenário popular na discussão ética. Normalmente, a pergunta é algo assim: Se você pudesse salvar o mundo matando alguém, você faria isso? Se a resposta for sim, então um resultado moralmente certo justifica o uso de meios imorais para ser alcançado. No entanto, há três coisas diferentes a considerar em tal situação: a moralidade da ação, a moralidade do resultado e a moralidade da pessoa que executa a ação. Nesta situação, a ação (assassinato) é claramente imoral e o assassino também o é, mas salvar o mundo é um resultado bom e moral. É mesmo? Que tipo de mundo está sendo salvo se os assassinos são autorizados a decidir quando e se o assassinato é justificado e ainda permanecem livres? Ou será que o assassino terá que encarar punição pelo seu crime no mundo que salvou? O mundo que foi salvo será justificado em tirar a vida de alguém que tinha acabado de salvá-lo? Do ponto de vista bíblico, é claro, o que está faltando nessa discussão é o caráter de Deus, a lei de Deus e a providência de Deus. Porque sabemos que Deus é bom, santo, justo, misericordioso e reto, quem tem o Seu nome deve refletir o Seu caráter. Assassinar, mentir, roubar e todos os tipos de comportamentos pecaminosos são a expressão da natureza pecaminosa do homem, não a natureza de Deus. Para o cristão cuja natureza tem sido transformada por Cristo, não deve haver a justificação do comportamento imoral, não importa a sua motivação ou resultado. Deste Deus santo e perfeito, temos uma lei que reflete os Seus atributos. Os Dez Mandamentos deixam claro que o assassinato, adultério, roubo, mentira e ganância são inaceitáveis aos olhos de Deus e Ele não tem uma cláusula de escapamento para a motivação ou racionalização. Observe que Ele não diz: Não matarás a não ser que seja para salvar uma vida. Isso é chamado de ética situacional e não há espaço para isso na lei de Deus. Então, claramente, do ponto de vista de Deus, não há fins que justificam os meios de quebrar a Sua lei. Aqueles que não conhecem a Deus podem ser forçados a justificar os seus meios para um fim, mas aqueles que se dizem filhos de Deus não têm qualquer razão para quebrar um dos mandamentos de Deus, negar o Seu propósito soberano ou envergonhar o Seu nome. Mas que jorre a equidade como uma fonte e a justiça como uma torrente que não seca. (Amós 5:24). (Fonte: site gotquestions.org).

Maquiavel e o Mundo Empresarial: Entrevista concedida a revista Melhor por Luís Roberto Antonik, autor do livro, O Príncipe Revisitado: Maquiavel e o Mundo Empresarial, Actual Editora. P. - Ao tratarmos da obra de Maquiavel, vem à mente a ideia de que os fins justificam os meios - algo que ganhou uma conotação bem negativa, diga-se. Não seria um pensamento deslocado numa época em que as empresas falam mais e mais em ética e práticas transparentes? - Um aspecto interessante na leitura de Maquiavel é que ele escreveu isso dentro

de um contexto, em 1512. Há um trecho que diz o seguinte: Se você der ou empenhar a sua palavra e, de alguma forma, isso depois vier a prejudicá-lo no futuro, quebre. Aparentemente, se for

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interpretado só esse pedaço, soa antiético, mas se houver uma compreensão da totalidade do capítulo, a pessoa perceberá que ele quer dizer: Vá até aquele ao qual você empenhou a sua palavra e diga que você não poderá mais cumpri-la. Assim, essa interpretação, que estigmatizou Maquiavel, deixa de ter esse caráter. Esse contexto de que os fins justificam os meios, na verdade, significa que o sujeito deve ter o máximo empenho para atingir seus objetivos, não importa como se faça; mas em instante nenhum ele diz que você tem de ser desonesto, passar a perna, ou suprimir alguma coisa de alguém. O que diz é sobre o máximo esforço, realizar tudo o que for necessário para atingir o fim pretendido. E, se for um fim justo, ele justifica os meios. São 26 capítulos nos quais a mesma frase é repetida: não tire aquilo que é dos outros, não seja injusto, não construa a sua riqueza baseado no infortúnio dos demais. Maquiavel passou para a história como um sujeito malévolo, porém, uma leitura mais apurada, mostra que ele não é nada disso. Por que uma grande empresa deve ser obsessiva e saber tudo, como fica claro no livro? Maquiavel cita personagens como Lourenço II, potentado da família dos Médicis, e nós também utilizamos personagens, como Abílio Diniz e Antônio Ermírio de Moraes. Se pensarmos no segundo, vemos que ele é um chefe que sabe de tudo, é o primeiro a chegar e o último a sair na empresa, conversa e se mistura com os colaboradores sem ser licencioso, anda pelo chão de fábrica. É um empresário de sucesso porque conhece o negócio como ninguém, ouve a todos, mas executa os procedimentos exatamente como ele quer. Não adianta você conquistar um novo reino e ficar encastelado em torno do luxo e esquecer que a população existe. É preciso conhecer os detalhes de cada aspecto. Maquiavel também aconselharia que bancos públicos de fomento social utilizassem suas verbas em causas mais nobres do que empréstimos que financiassem fusões entre empresas privadas, ainda mais se elas estivessem concentrando e monopolizando alguma fatia do mercado. Quanto mais poder, maior é a exploração, e, aí, a empresa obsessiva pode se tornar opressora. E, levando-se em conta as pessoas, toda fusão que tem por objetivo ganhos de escala evidentemente vai efetuar cortes porque, por exemplo, se antes eu vendia 50 e vou passar a vender 100, só vou precisar de uma área de marketing, e assim por diante. Como um livro escrito no século XVI pode servir de exemplo na gestão contemporânea? O

mundo empresarial é um ambiente difícil para sobreviver. Maquiavel tem um capítulo que aborda a incorporação de novos Estados. Transpondo isso para a aquisição de uma nova empresa, ou se você assumir uma nova companhia, Maquiavel sugere matar todos os herdeiros, inclusive os bebês. Na realidade atual, quando uma companhia incorpora outra, é preciso acabar com a cultura da incorporada. Não se podem manter duas estruturas. Isso não significa, obviamente, que os talentos não sejam mantidos. Esse é um conselho que ele deu há 500 anos e que é perfeitamente válido em uma gestão atual eficiente. Como foi estruturar e ligar os capítulos da obra original com a realidade atual? A estrutura do texto original permite que, com uma simples troca do nome

dos capítulos e com a mudança dos personagens de governantes para gestores, aconteça um encaixe natural. Isso porque ele mantém uma lógica: como o sujeito consegue conquistar um principado por herança; ou aquele que foi incorporado pela guerra etc. Usamos a mesma lógica para as empresas, as que foram herdadas, as que foram captadas por fusões ou aquisições, e essa lógica serviu para a estrutura. Na verdade, foi uma feliz coincidência, pois aquele texto produzido há tantos séculos acabou se aplicando de uma forma muito fácil para a realidade de hoje. A obra tem um capítulo que ressalta quais seriam as razões pelas quais um príncipe obtém sucesso dentro do seu principado, o que não foi complicado de adaptar para o nosso mundo corporativo. Ou seja, algumas razões para ser um empresário de sucesso. Maquiavel diz o que você tem de fazer quando invadir outro principado, e isso nada mais é do que as práticas que precisam ser adotadas quando se controla outra empresa. Foram alteradas as palavras, mas mantidos os conceitos. Um dos pontos do livro de Maquiavel questiona se vale mais o príncipe ser amado ou temido para manter seu poder. O que é melhor e como esse conceito se aplica à gestão de pessoas? Digo que é melhor ser temido, não resta a menor dúvida. Sempre brinco com meus alunos que temos, aqui, um universo enorme de pessoas boazinhas procurando empregos, e os maus e eficientes estão todos empregados. O amor é tênue, uma coisa muito natural do homem, o respeito por ele é delicado, mas o respeito pela força é muito forte - então, é

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melhor ser temido do que amado. Nesse caso, a aventura de Maquiavel merece uma atenção grande. Não adianta ser aquele temor imposto pela arrogância de um sujeito que ocupa uma posição e grita. O temor a que me refiro está ligado ao respeito e se impõe pela competência, pela postura. O bom líder não transige, não ri fácil, é sempre justo, é muito exigente e causa certa insegurança nos subordinados, o que é muito bom. Não estou falando no temor causado por gestores que têm arroubos de prepotência. O cargo de gerente, de príncipe, é uma posição perigosa, porque o sujeito começa a se achar Deus e perde a referência com a realidade. Esse temor ao qual o senhor se refere é o respeito adquirido por uma postura de líder. Sim. Ele é temido pela sua eficiência, porque é justo e presente. Ele conhece os mecanismos e meandros da empresa e dos colaboradores. Tem um conhecimento profundo do serviço que presta. O tipo de temor imposto pelo grito e pelo medo é a derrocada, ninguém consegue respeito pela força. Esse tipo pode até fazer fortuna, mas a glória jamais. De acordo com O Príncipe, a forma de administração de um Estado deve adaptar-se à população. Como transportar essa ideia à gestão de pessoas? É preciso ter muito cuidado com tudo o que se faz em relação aos trabalhadores, porque é necessário ser social e eticamente correto. Apesar de hoje se ensinar que a organização tem de ter processos, digo, ao contrário, que a empresa tem de ser um homem. Se não fosse o Rolim Amaro não existiria a TAM. Você tem o Abílio Diniz, o Antônio Ermírio de Moraes e o Sílvio Santos, exemplos de como os grandes homens, os príncipes, são relevantes para o sucesso de uma organização. O contrário é o Banco Real, que mesmo se utilizando de processos desapareceu e foi comprado por outra instituição. Porém, acredito que, no futuro, os processos vão preponderar. Mas, para isso, a empresa tem de ter uma filosofia e um processo de trabalho e de comportamento, e os colaboradores devem se adequar. Se a empresa não tiver essa massa, com as pessoas trabalhando e pensando a mesma coisa, é muito difícil vencer. O que quero dizer é que as organizações precisam criar uma força de colaboradores que representem um conjunto, e não a ideia individual de cada um. Por que escolher essa obra para escrever aos empresários? Pelas

referências que tem e pelos conceitos empresariais que carrega. O mundo, hoje, é muito mais duro do que no tempo de Maquiavel. Naquela época havia muito mais respeito pelas pessoas. Atualmente, no ambiente de trabalho, o sujeito se mata de trabalhar e larga a família e o lazer; isso é muito desumano. Nosso livro é todo calcado em ética, justiça, organização e eficiência. Não existem citações no livro de que se deve tirar algo do outro, vender um produto diferente do que você prometeu ou prestar um serviço abaixo do prescrito. Trata-se de um livro que fala como uma empresa prospera sendo justa e, sobretudo, eficiente. Conheça o serviço, o fornecedor, o cliente e os colaboradores, e não tire nada de ninguém, essa é a receita para vencer. Máximas: Os fenômenos humanos são biológicos em suas raízes, sociais em seus fins e mentais em seus meios. (J. Piaget). - O erro está nos meios, bem mais do que nos princípios. (Bonaparte). - Pelos mesmos caminhos não se chega sempre aos mesmos fins. (Rousseau). - A fama dos grandes homens devia ser sempre julgada pelos meios que usaram para obtê-la. (La Rochefoucauld). - Vencer por meios que não acredito me trazem resultados que não preciso. (Gandhi). - Todos os homens, sem exceção, procuram ser felizes. Embora por meios diferentes, tendem todos para este fim. (Pascal). - Para o ambicioso, o bom êxito desculpa a ilegitimidade dos meios. (J. Massillon). - O grande segredo consiste justamente em que os meios são mais importantes que os fins. (Berdiaev). - Quando os fins são bons, ás vezes temos de fechar os olhos à natureza dos meios. (E. Veríssimo). Maçonaria: Citações: (...) A Maçonaria não é um clube onde os fins justificam os meios. A Maçonaria é uma escola de líderes, onde princípios como tolerância, respeito ao próximo e fraternidade devem sobrepor qualquer interesse pessoal. (...) Os fins só justificam os meios, quando ambos forem virtuosos. (Walker Blaz). (...) É preciso que no mundo os fins sejam alcançados em estrita obediência aos princípios, sem os quais não haverá espaço para o processo construtor. Por isso, mais do que nunca, é preciso vincular política e ética, ação social e participação. Só assim será possível escapar do círculo vicioso dos eventuais atos inconseqüentes e descompromissados para o círculo virtuoso dos atos comprometidos e conscientes. Só assim

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será possível o saneamento da vida pública, quando necessário, com a retomada do verdadeiro sentido de cidadania, com absoluto respeito à coisa pública, às leis, e aos mais altos interesses do Brasil, como determina a Constituição Federal. Os atos livres e soberanos dos homens e mulheres é que são a fonte dos valores, e o maior de todos os valores é o ser humano integralmente realizado. Essa é, acima de tudo, uma questão ética. E a ética deve ser um imperativo da política e da própria vida em sociedade. E para chegar a essa conclusão não é necessário buscar inspiração nas altas e rarefeitas esperas do pensamento humano. Basta caminhar entre o povo para colher idêntica lição de sabedoria. Essa reflexão encontra uma perfeita tradução na experiência dos simple mortais a dizer: a voz do povo é a voz de Deus. Por isso é preciso ouvi-la como a mesma atenção dedicada aos grandes pensadores. (Ministro Waldemar Zveiter, Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro). (...) Fins da Maçonaria: ...combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros; glorificar o Direito a Justiça e a Verdade. Para promover o bem da Pátria e da Humanidade, levantando Templos à Virtude e cavando masmorras ao vício. O que não é pouco. Meios: O desbaste da Pedra Bruta, sem hiprocisia. Nota: A 1ª Parte foi publicada no JB News Nº 1003, de 2 de Junho/2013.

Associação dos Funcionário

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ALEGORIA DAS COLUNAS ZODIACAIS RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

(1ª Parte)

Ir. Pedro Juk.

Loja Estrela de Morretes, 3159 Morretes - PR

I – INTRODUÇÃO Escrever e comentar símbolos e alegorias na Maçonaria e particularmente de um

rito tem sido o ofício de escritores e pesquisadores da Sublime Instituição, entretanto dos escritos diversos muitos deles abordam o símbolo na Maçonaria como um todo. Outros providos de licenciosidade e outros ainda exaram opiniões pessoais.

Nesse sentido, a interpretação deve ser compromissada com a raiz do fato e do arcabouço doutrinário à que pertence o Rito Maçônico ou Trabalho do Craft1. Essa assertiva implica na visão acadêmica de se desvendar a mensagem proposta, o que deve levar ao pesquisador no rumo da sugestão doutrinária à que se refere à simbologia e, por extensão, o conjunto alegórico quando for o caso, no contexto do Rito. Cabe aqui também a consideração de que independente do Rito ou Trabalho praticado, o objetivo da Ordem Maçônica é um só – reconstruir o Homem.

1 TRABALHO DO CRAFT – Na Inglaterra a Grande Loja Unida não reconhece o termo “rito”, porém “trabalhos”. Não

existe edição de um ritual específico, senão uma linha de conduta ritualística de acordo com os costumes regionais ingleses. Exemplo – Trabalho de Emulação, Trabalho de Bristol (working).

4 alegoaira das colunas sodiacais - 1ª Parte

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Dadas essas considerações iniciais é então imperativa a distinção das duas vertentes principais da Moderna Maçonaria constituídas principalmente a partir do Século XVIII.

Uma é a vertente de origem anglo-saxônica (inglesa), enquanto que a outra de vertente latina (francesa). Embora possa até não parecer, existem substanciais diferenças no modo e prática entre essas duas balizas maçônicas.

Como o mote desse escrito não é o de dissecar essa questão, pelo menos fica aqui a indicação de que elas existem e na sequência será apenas abordada a matéria de visão simbólica na vertente maçônica no que tange ao aperfeiçoamento do Homem no canteiro simbólico (Loja).

O Craft (inglês) de contorno teísta, remonta suas instruções de aperfeiçoamento e por consequência, a sua disposição simbólica e alegórica, na construção operativa dos canteiros medievais – Lições Prestonianas. No método iniciático dessa vertente da Moderna Maçonaria o Aprendiz iniciado representa a primeira etapa da evolução da construção da Obra dentro do canteiro. Posteriormente ele passa para a perpendicular

ao nível cumprindo a segunda etapa (ação e trabalho) e por fim denota contemplação e o exemplo deixado pela Obra elevada e acabada – no Craft (inglês) as três etapas se constituem na Iniciação (o obreiro aprende como construir), Passagem (para a perpendicular ao nível – prumo - o erguimento da Obra) e a Elevação (a conclusão e o

adorno da Obra) – Iniciação, Passagem e Elevação. Em síntese esse é o método inglês na constituição do Franco-Maçônico básico e universal por excelência

Na vertente francesa da Moderna Maçonaria (deísta) o Homem como elemento primário da construção tem o seu aperfeiçoamento (Iniciação, Elevação e Exaltação) associado ao método comparativo com as Leis da Natureza adequado aos processos construtivos também dos Canteiros Medievais. Em síntese, o aperfeiçoamento do Obreiro é comparado à alegoria da Natureza nos seus ciclos, cujos Cultos Solares da Antiguidade serviram de base para a grande maioria das religiões.

Esse conceito de alegoria natural associada ao canteiro (Loja) simbólico distribuiu-se através do Século XVIII até a conclusão doutrinária específica dessa vertente maçônica, abordando o aperfeiçoamento humano individual, bem como parte da estratificação social – o protagonista representando em primeira instância a infância individual e em segunda, a infância da humanidade.

Como o mote dessa despretensiosa peça de arquitetura será o de abordar a alegoria das Colunas Zodiacais, por conseguinte o Rito Escocês Antigo e Aceito que sabidamente é latino (vertente francesa), alguns tópicos sobremaneira importantes dessa vertente alusivas ao rito em questão serão na sequência colocados deixando na medida do possível as particularidades do Craft para ocasião oportuna noutra peça de arquitetura que aborde esse distinto e importante sistema de doutrina maçônica.

II – EMBASAMENTO DOUTRINÁRIO DA VERTENTE MAÇÔNICA FRANCESA PARA O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO.

A mensagem doutrinária do Rito Escocês Antigo e Aceito, por ser de origem

francesa (essa origem será abordada no tópico III desse arrazoado), adota por extensão muitos aspectos da feição “Deísta” e, nesse particular, um embasamento na investigação das Leis da Natureza, cuja matéria prima simbólica e especulativa tem o Homem como elemento integrante dessas Leis hauridas da observação dos ciclos naturais - estações do ano - demarcadas pelos solstícios e equinócios. Nesse conceito a

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Pedra Bruta como elemento primitivo da Obra recebe a conotação de transformação e aprimoramento humano (pedra cúbica).

Sob esse prisma (evolução anual da Natureza) é que existem as relações topográficas, alegóricas e simbólicas da sala da Loja (Templo). Dentre as principais poderíamos citar o número de luzes acesas conforme o Grau sobre o Altar ocupado pelo Venerável e mesas dos Vigilantes, a localização no átrio junto à porta de entrada das Colunas Vestibulares B e J (solsticiais), a Marcha dos respectivos graus simbólicos, o título de Colunas do Norte e do Sul e os seus concernentes topos, a divisão do espaço longitudinal pela linha imaginária do equador (eixo do Templo), a Câmara de Reflexão, a alegoria das viagens, ou provas relacionadas aos elementos, a circulação horária e as Colunas Zodiacais.

Cabe aqui salientar que esses costumes iniciático e de aperfeiçoamento não fazem parte do Craft inglês como norma doutrinária. Embora alguns títulos também lá estejam presentes o trato ritualístico é outro. Por exemplo: No Craft não existe evolução de luzes acesas conforme o Grau; as Colunas Vestibulares B e J são tradadas como Gêmeas e conforme o costume assumem posições topográficas diversas; não existe propriamente uma Marcha com o feitio latino; não é comum a denominação de Colunas do Norte e do Sul, senão Norte e Sul, por extensão não se faz uso do termo “topo”; o eixo do Templo como equador não está previsto; a Câmara de Reflexão não faz parte desse ideário doutrinário. É também inexistente no Craft a representação das Colunas Zodiacais e, por consequência, a circulação horária.

Dados esses pormenores, o sistema latino do Rito Escocês Antigo e Aceito procura ensinar o Homem Maçom que o seu aperfeiçoamento ou construção do Templo interior poder ser comparado, ou mesmo tomado como exemplo à evolução da Natureza com a sua morte e ressurreição. Nesse comparativo exalta-se a perfeição da criação inserindo o elemento humano com integrante de todo esse processo natural. Os ciclos das estações terrenas demandam nesse contexto nada mais, nada menos do que o aperfeiçoamento – morrer para renascer. É nesse sentido que o palco teatral é preparado na decoração de um templo escocês no seu simbolismo, sem que se possam esquecer também os textos ritualísticos inerentes aos três graus simbólicos.

Em síntese, nesse teatro simbólico, a Loja como palco do canteiro de aperfeiçoamento dispõe de elementos visíveis e abstratos como ferramentas de aplicação para o contexto proposto. Assim a Loja Simbólica escocesa representa um segmento do globo terrestre orientada de Leste para o Oeste no seu comprimento e de Norte para Sul na sua largura. Tem o espaço como toponímias visíveis de orientação as Colunas B e J que marcam a passagem dos trópicos de Câncer e Capricórnio e, em sua porção mediana, a linha imaginária do equador que divide o ambiente em dois hemisférios conhecidos na vertente francesa da Maçonaria como Colunas do Norte e do Sul. Como o objetivo é a representação alegórica dos ciclos naturais (estações do ano) essa demarcação limítrofe se contextualiza com as facetas iniciáticas dos trabalhos maçônicos – o Norte para os Aprendizes, o Sul para os Companheiros e o Oriente para os Mestres. Essa divisão busca através desse método comparar a evolução proposta associando-a as etapas da vida humana - infância, juventude, maturidade e morte (primavera, verão, outono e inverno).

A representação de passagem desses ciclos fica então por conta dos limites solsticiais (trópicos de Câncer e Capricórnio), do limite equinocial (eixo ou equador) e não menos importante quanto à divisão dos ciclos, as Colunas Zodiacais que em síntese, de três em três partindo do Norte, orientam a jornada do Maçom, desde o seu renascimento (da Câmara para receber a Luz), até à Meia-Noite da sua vida (Exaltação – Hiran e a volta do Sol).

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Essa, em resumo, é a proposta iniciática do Rito Escocês Antigo e Aceito donde estão decalcados os seus verdadeiros e puros rituais.

III – UM BREVE RELATO SOBRE O SOBRE O PRIMEIRO RITUAL SIMBÓLICO DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO.

Dada à edição ao longo dos tempos de uma verdadeira enxurrada de rituais

concernentes ao simbolismo do Rito Escocês Antigo e Aceito, em particular no Brasil, o Rito acabou se transformando em uma verdadeira “colcha de retalhos”. Muitos “fazedores” de rituais estavam, e ainda estão longe de compreender a verdadeira prática do Rito. No faz de conta, enxertos pelo achar bonito e falta de compreensão acabaram por povoar com conceitos ritualísticos que não encontram nenhuma sustentação história e de prática cerimonial no escocesismo simbólico.

Infelizmente, é comum ainda se vislumbrar no Rito em questão, práticas alienígenas que estão muito de longe de atuar na sua essência e proposta.

Seguem exemplos de práticas e outros afins inexistentes no escocesismo simbólico: a formação de pálio; Altar de Juramentos no centro do Ocidente; prova da Taça Sagrada; orações e preces na Cadeia de União; Painéis da Loja ingleses quando deveria ser os franceses; uso indevido de dois Painéis, chamando um deles como justificativa equivocada de alegórico; incensar a Loja; chama votiva; câmara ardente; Salmo 133; Colunas Zodiacais no Oriente; etc., etc. Assim, despido de ilações pessoais, todo esse produto de enxertia não se coaduna com a doutrina do Rito Escocês Antigo e Aceito, conforme o abordado no item II dessa lauda.

Dado ao exposto segue um pequeno e despretensioso relato histórico do primeiro ritual simbólico para o Rito Escocês Antigo e Aceito.

Quando aqui se trata do primeiro ritual, está se fazendo menção ao simbolismo do Rito e não a origem do sistema de altos graus na França e o termo “escocês” oriundo da revolução puritana de Cromwell na Inglaterra em 1.649 e o posterior exílio dos coadjuvantes católicos em solo francês.

Após a fundação do Primeiro Supremo Conselho nos Estados Unidos da América do Norte em 31 de maio de 1.801, o Rito tomaria o título de Escocês Antigo e Aceito. Ocorre que esse sistema baseado no Rito de Héredon e os seus vinte e cinco graus, forjados em cima de uma mentira histórica alterando a Patente de Morin para trinta e três graus sob a alegação de uma falsa constituição elaborada por Frederico, o Grande – Rei da Prússia, o então Rito Escocês não possuía graus simbólicos específicos. Na verdade ele viria assumir um sistema composto a partir do quarto grau até o trigésimo terceiro – sem os três primeiros graus. Estes então eram preenchidos em solo norte-americano pelas Lojas Azuis que praticavam e, ainda praticam, a ritualística embasada nos Antigos de York do Craft inglês – autodenominados por Dermott de “Antigos” de 1.751 em contraposição aos “Modernos de 1.717”. Os Modernos seriam os fundadores da Primeira Grande Loja em Londres e que viria inaugurar o primeiro sistema obediencial do mundo maçônico.

Retomando o raciocínio, após a fundação do Primeiro Supremo Conselho em solo norte-americano já em 1.802 era fundado o Segundo Supremo Conselho em solo francês. Desse Segundo Supremo Conselho não tardaria que o Grande Oriente da França encampasse para si os graus escoceses até o décimo oitavo o que se daria com o surgimento das então Lojas Capitulares, ficando o Segundo Supremo Conselho na oportunidade com a direção dos outros graus (do décimo nono em diante).

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Dentro desse contexto surgiria então à necessidade da criação de um ritual específico para os graus simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito, o que por circunstâncias ocasionais viria sofrer uma formatação adquirida dos maçons franceses egressos da América do Norte.

Ocorrendo que no solo americano o Rito praticava os três primeiros graus das Lojas Azuis baseadas nos Antigos de York do Craft, o Rito em terreno francês mereceria de uma adaptação, já que os franceses desconheciam o sistema “antigo”, ao tempo que as suas práticas simbólicas se baseavam nos Modernos ingleses de 1.717 (daí na França o termo Moderno ingressar como título - Rito Moderno, ou Francês).

A partir do ano de 1.804 surgiria na França o primeiro ritual simbólico do Rito Escocês Antigo e Aceito, baseado nos Antigos de York praticado pelas Lojas Azuis norte-americanas. Provavelmente o termo “antigo” inserido no título distintivo do Rito está atrelado ao sistema antigo inglês.

Destaque-se que o termo “simbolismo” para os três primeiros Graus era desconhecido nessa época, posto que o rótulo de “Lojas Azuis” já fazia essa referência. Para se diferenciar desse costume americano, em solo francês apareceria à expressão “simbolismo” relativo aos graus simbólicos.

Dada à criação das Lojas Capitulares pelo Grande Oriente da França, o Rito mereceu através do seu primeiro ritual simbólico adaptações para suprir os procedimentos de uma Loja Capitular.

Dentre outras particularidades, o primeiro ritual (1.804) praticava basicamente o sistema americano e, por extensão, o do Craft inglês. Esse sistema, por exemplo, não possui Oriente elevado e nem balaustrada que divida o quadrante. O Segundo Vigilante toma assento no meio do Ocidente no quadrante Sul (verifica a passagem do Sol no meridiano).

Com a inserção do simbolismo na Loja Capitular, era premente a adaptação para esse sistema. Assim, o ritual simbólico, à moda do Capítulo, elevou o Oriente e demarcou-o através de uma balaustrada. No mesmo sentido, o Segundo Vigilante passaria a tomar assento simetricamente ao lado do Primeiro Vigilante, este no noroeste e o outro no sudoeste. Ainda não menos importante, o Rito no seu simbolismo assumiria a cor encarnada (vermelha) própria do Capítulo tendo como dirigente principal não o Venerável, porém o Athersata (governador). Surgia então a primeira mudança, de tantas que apareceriam “a posteriori”, no ritual simbólico do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Ocorre, entretanto, que as ações ritualísticas não estavam estratificadas, pois não tardaria, ainda no primeiro quartel do Século XIX, que o Segundo Supremo Conselho da França retomasse para si a administração a partir do Grau 4. Com isso extinguiam-se então as Lojas Capitulares, restando ao Grande Oriente da França os três graus simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito. Poder-se-ia dizer que as coisas retomavam o seu verdadeiro lugar.

Dado ao ocorrido, infelizmente o ritual simbólico, talvez já para alimentar as vaidades latinas, não sofreria a extinção da divisão e elevação do Oriente praticado à época das extintas Lojas Capitulares.

Talvez a alteração mais importante tenha sido o retorno - no intuito de manter o caráter antigo, inclusive da dialética - do Segundo Vigilante ao meridiano do Meio-Dia que ali toma assento para melhor observar a passagem do Sol no meridiano.

Cabe aqui também um apontamento: o Rito Escocês (filho espiritual da França), à moda do Craft Inglês nunca inverteu a posição das Colunas B e J, já que nos outros ritos

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de origem francesa é comum inverterem a sua posição, assim como a dos Vigilantes e ambos colocados próximos à parede ocidental (ver, por exemplo, essas disposições no Rito Moderno, ou Francês e no Rito Adonhiramita).

Dessa pequena resenha, resta ainda salientar que o Rito Escocês Antigo e Aceito assume particularidades próprias como um Rito praticado na Maçonaria regular. Não por possuir um sistema de altos graus, todavia pelo seu desabroche simbólico anglo-saxônico que se funde com o sistema latino na sua essência doutrinária. Poder-se-ia então mencionar que ele é um Rito particular, não obstante a percepção das suas duas vertentes – latina e inglesa – no seu arcabouço doutrinário. Isso faz com que outra particularidade se apresente: um Rito deísta por tradição iniciática, contudo com algumas molduras teístas. Nesse particular provavelmente pela influência Hebraica e Templária herdada em alguns casos do seu próprio sistema de altos graus.

Assim, ao longo do Século XIX no intuito de aprimorar a doutrina do Rito ao princípio doutrinário latino de aperfeiçoamento abordado no item II desse escrito, surgiria também a Marcha dividida por Graus, já que no ritual de 1804 eram indistintamente dados oito passos normais para frente.

Nesse pormenor também está à maneira peculiar de posicionar os pés unidos pelos calcanhares sobre o Pavimento Mosaico obedecendo ao seu formato oblíquo, embora esse Pavimento já assim aparecesse sobre todo o piso da Loja desde o primeiro ritual simbólico datado de 1.804.

Dado o mote dessa peça de arquitetura, merece ênfase o aparecimento das constelações do Zodíaco junto à abóbada decorada no limite da sua base arqueada. Posteriormente estas seriam representadas nas paredes Norte e Sul através de meias-colunas decoradas nos seus respectivos ápices com o símbolo da constelação correspondente sob o título de Colunas Zodiacais (paredes norte e sul compreendidas entre a balaustrada e a parede ocidental).

Dando por concluído esse tópico, cabe salientar que o que foi aqui comentado é apenas um apontamento superficial dos acontecimentos, tanto histórico como aqueles que sofreram adaptações visando dar coerência à aplicação litúrgica do sistema desse conjunto de princípios.

IV – ALEGORIA DAS COLUNAS ZODIACAIS. Antes das considerações propriamente ditas cabe aqui uma observação

importante: “Todos os apontamentos inerentes ao tema se reportam geograficamente ao Hemisfério Norte, berço da Sublime Instituição”.

Assim de modo racional a Maçonaria Simbólica sugere através dos seus ritos concepções doutrinária geralmente alusiva à meia esfera boreal. Exceção ao fato somente aqueles que porventura tenham nascido no Hemisfério Sul - como é o caso do Rito Brasileiro.

Obriga-se essa observação pelo fato de que alguns escritores maçônicos elevam suas crenças pessoais e não entendem que a Maçonaria é simbólica. Um rito oriundo de um hemisfério terrestre não pode sofrer inversões só porque é praticado no outro hemisfério.

É certo, porém, que muitas vezes sobre o ponto de vista geográfico e astronômico o episódio pode ser até relevado, todavia o que trata a Maçonaria Simbólica é um sistema moral velado por símbolos e alegorias, mas ela é na acepção da palavra,

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simbólica. Assim tanto faz a prática maçônica se localizar sob o Cruzeiro do Sul, ou sob a Estrela Polar.

Igualmente, a essência doutrinária de um rito regular deve ser observada e respeitada, tanto do ponto de vista da sua tradição como pelo seu aspecto cultural.

Qualquer alegação que venha apregoar inversões de símbolos e outras ementas do gênero com base em qual latitude terrena esteja sendo perpetrada a prática maçônica, não merece qualquer consideração e credibilidade.

ZODÍACO – (do grego zodiakós), compreende uma faixa na esfera celeste de 16º

de largura e 8º de cada lado da eclíptica (plano de órbita), e dividida em doze seções de 30º de extensão habitualmente designadas por signos (constelações), embora alguns dos quais nem sempre correspondam com as constelações mencionadas pelas convenções acadêmicas da astronomia.

Há aproximadamente mais de cinco mil anos na Mesopotâmia surgiria à configuração ideária de agrupamento de estrelas fixas no firmamento em constelações que conforme o seu formato davam ideias de animais e elementos mitológicos. Dado que as órbitas planetárias conhecidas de até então passavam em grande parte por essas constelações sob o ponto de vista da Terra (alinhamento), os gregos rotularam essa faixa do espaço a comparando com um círculo de animais (zodiakó kyklos).

No roteiro dos tempos o conceito zodiacal receberia influências babilônicas e egípcias. Propagando-se por outras culturas o sistema seria enriquecido e aperfeiçoado por novos elementos recebidos do Islã e do Cristianismo na Idade Média.

Assim, o Zodíaco como um elemento influente na arte, na literatura e na ciência se constituiria também no arquétipo de todos os ciclos da Natureza (estações do ano), alegorizando, por conseguinte também e de modo figurado, as etapas da vida humana.

Não menos importante é salientar que todo esse teatro alegórico está intimamente ligado ao movimento aparente do Sol, cuja evolução serviria de base para que as antigas civilizações calculassem o espaço de tempo relacionado às estações terrenas. É dessa associação que o Sol viria tomar o rótulo de divindade - a origem dos Cultos Solares da Antiguidade, base da imensa maioria das religiões.

COLUNAS ZODIACAIS NA MAÇONARIA - Particulares da simbologia e alegoria do Rito Escocês Antigo e Aceito, rito de origem francesa, representam os ciclos e a evolução da Natureza. Essa está implícita na estrutura doutrinária do Rito que, como já mencionado, compara a evolução do Homem com a perfeição das Leis Naturais. Essas fases sugerem uma relação entre a Primavera, o Verão, o Outono e o Inverno com as etapas da vida humana – infância, adolescência, juventude e maturidade.

As doze Colunas, seis ao topo do Norte e seis ao topo do Sul dividido em grupos de três em três se reportam às estações do ano na conjuntura do alinhamento zodiacal e movimento aparente do Sol (ponto de observação do Hemisfério Norte).

Esse movimento ilusório do Astro Rei sob o ponto de vista da Terra ocorre devido à inclinação do eixo imaginário (aproximadamente 23 graus) do nosso Planeta em relação ao seu plano de órbita (eclíptica). Durante o movimento de translação em torno do Sol, essa inclinação faz com que pela maior ou menor distância dos hemisférios do Sol venha neles existir maior ou menor durabilidade de luz – conforme essa durabilidade e balizados pelos solstícios e equinócios, dividem-se os ciclos naturais, ou as estações do ano.

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Como um ideário simbólico maçônico particular do Rito Escocês, esse conjunto é representado por símbolos relativos às constelações que compõe o Zodíaco destacados nos capitéis de doze colunas denominadas Colunas Zodiacais.

Sob a óptica de que um templo simbólico do Rito Escocês Antigo e Aceito é uma espécie de arquétipo de um segmento do globo terrestre, cujo teto é o firmamento, o pavimento o solo terrestre e as paredes que o cercam o horizonte, o conjunto composto pelas Colunas assume a representação simbólica do Zodíaco nas porções Norte e Sul, enquanto que o Oriente é o quadrante da Luz (alvorecer) e o Ocidente o crepúsculo.

A disposição das Colunas Zodiacais no Templo conjectura uma marcação de tempo no espaço de um ano, porém tendo como ponto de partida a Primavera e o encerramento do ciclo o Inverno (atinente ao Hemisfério Norte). Assim, a disposição das Colunas obedece a uma sequência lógica, não cabendo a elas uma distribuição aleatória e nem mesmo invertida.

A Loja, ou Canteiro nessa concepção doutrinária absorve elementos geográficos e os associa à liturgia maçônica onde o equador divide o espaço da sala da Loja em lado Norte e banda Sul e indica a orientação Oriente-Ocidente. Não menos importante nesse conjunto está as Colunas B e J que, de acordo com as suas respectivas posições, marcam a passagem paralela ao equador dos trópicos de Câncer ao Norte e Capricórnio ao Sul. O conjugado ternário (trópicos e equador) é o elemento demarcatório dos solstícios de inverno e de verão e dos equinócios de primavera e de outono.

Nessa visão simbólica maçônica, tomando-se como referência a porta de entrada da Loja (Ocidente) olhando para o Oriente a partir da sua porção mediana longitudinal (equador), o espaço e o que nele contém situado à esquerda e delimitado pela grade do oriente, pela parede ocidental e norte e pela linha imaginária do equador convencionou-se nessa vertente doutrinária o rótulo de Coluna do Norte. Da mesma maneira, porém

pelo lado direito, o espaço compreendido entre a grade do oriente, parede ocidental e sul e o equador imaginário acordou-se o título de Coluna do Sul.

De certa maneira acorda-se que as Colunas do Norte e do Sul tomando como base o piso da Loja nos limites já mencionados têm a sua largura contada a partir da parede ocidental até a balaustrada e meia-entrada para o Oriente ou vice-versa, enquanto a sua altura a partir do eixo do Templo (equador) até a base da parede Norte ou Sul conforme o caso.

Como as Colunas Zodiacais divididas em número de seis para cada lado representando o Zodíaco ocupam o “topo” das Colunas do Norte e do Sul, cabe à orientação de aonde se localizam os respectivos “topos”.

Topo como substantivo masculino que designa a parte mais elevada, cimo, tope, em relação às Colunas do Norte do Sul, dado que as suas alturas conforme convencionado partem do equador para o Norte ou para o Sul, as suas bases se localizam no plano do equador (eixo). Assim o topo é toda a parede entre o limite do Oriente e a parede ocidental. O “topo da Coluna do Norte” é vislumbrado a partir de um observador que esteja posicionado sobre o equador do Templo, de costas para o Sul, olhando para o Norte. Já o “topo da Coluna do Sul” se divisa pelo mesmo procedimento, porém de costas para o Norte, por conseguinte de frente para o Sul.

É importante ratificar que o substantivo “topo” aqui tratado esta apenas e tão somente relacionado às Colunas do Norte e do Sul e nunca às Colunas Zodiacais.

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Definidas essas questões importantes, cabe ainda mais uma explicação não menos importante – a ordem de posição das Colunas Zodiacais.

Ocupando o topo das Colunas do Norte e do Sul (seis na parede Norte e seis na parede Sul) a ordem de distribuição obedecendo ao Zodíaco se inicia com a constelação de Áries e se conclui com a constelação de Peixes na ordem que segue: no topo da Coluna do Norte a partir do canto da parede ocidental até a grade do Oriente em distâncias iguais Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem. No topo do Sul partido da grade do Oriente até o canto com a parede ocidental Libra, ou Balança, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.

Câncer estará sempre no Norte e Capricórnio no Sul. Daí a relação com as Colunas B e J como pilares “solsticiais” que marcam a passagem dos respectivos trópicos, cuja finalidade é a de assinalar o ponto mais boreal e austral que o Sol atinge por ocasião dos solstícios de verão e de inverno.

A título de ilustração o Craft inglês sugere essa alegoria através do conjunto simbólico visível na Tábua de Delinear composto por um círculo entre duas paralelas tangenciais – João, o Batista e João, o Evangelista (solstício de verão e de inverno no hemisfério norte).

A 2ª parte será publicada amanhã, segunda-feira, 0/06/13.

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Ingleses e cangurus

José Maurício Guimarães

Fiquei sabendo do caso num artigo intitulado "Amerindian perspectivism and

indeterminacy of translation", também citado por Ian Hacking no Jornal Britânico de

Filosofia e Ciência em "Wittgenstein's operator N" (Analysis, Oxford University Press,

http://analysis.oxfordjournals.org).

Trata-se do "perspectivismo ameríndio e indeterminação da tradução": Durante a viagem do explorador Capitão James Cook (1728-1779) à Austrália, alguns de seus marinheiros capturaram um filhote de canguru e trouxeram a estranha criatura à bordo do navio. Ninguém sabia o que era aquele bicho. Então o Capitão Cook enviou outro grupo de homens à praia para perguntarem aos nativos o que era aquilo e qual o nome daquele animal. Quando os marinheiros retornaram, relataram ao Capitão James Cook: - É um canguru.

Muitos anos mais tarde descobriu-se que os aborígenes não estavam dizendo o nome do animal e sim exclamando a seus interlocutores: - O que foi que você disse?

Na verdade (e a explicação é do francês Professor Pangloss) os marinheiros perguntaram em inglês britânico: - What is the name of this animal? e os nativos responderam: - Apa is jene'nguru higudie kewanuru iki'nguru?, que traduzido significa: "Fora daqui, seus ingleses invasores, ou matamos vocês!"

James Cook era marinheiro e cartógrafo, mas não um biólogo. Porém, como os ingleses sempre se acham conhecedores de tudo e donos do mundo, Cook anotou no diário de bordo: "kangaroo" e, de volta ao seu país, apresentou o bicho e o nome aos doutos cientistas e membros da Royal Society (the world’s most distinguished community drawn from all areas of science, engineering, medicina, ciências exatas, inexatas, nomotéticas, ideográficas, religiões, jogo-do-bicho, música, boxe, bruxaria, capoeira, trapezismo, alpinismo, etc.) E o mundo mais uma vez curvou a cabeça pois, afinal de contas, o que podemos fazer sem a Inglaterra?

Portanto, quando vocês levarem seus filhos ou netos ao zoológico, mostrem-lhes o mamífero marsupial e expliquem: - Este é o fora daqui, seus ingleses invasores, ou matamos vocês.

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5 - Ingleses e os cangurus

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Os italianos, mais alegres e menos dados à depressão, por conta do sol e da boa comida, ensinam: "traduttore, traditore" (tradutor, traidor). E Umberto Eco, italiano, ocupou-se da indeterminação das traduções quando escreveu "Quase a Mesma Coisa" (Editora Record, 2007) - o resultado da passagem de um idioma para outro resulta em obra diferente, que parece o original, mas não é. O resultado disso são as famosas frases que os autores não disseram, caso mais flagrante aquele atribuído ao personagem Hamlet de Shakespeare dizendo a Horácio: "Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha nossa vã filosofia..." O texto original diz: "There are more things in heaven and earth, Horatio, than are dreamt of in your philosophy" (Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia). Algum tradutor inventou de colocar "entre o céu e a terra" e a indevida "vã filosofia", coisas que Shakespeare

jamais teria imaginado.

Vocês acham que um inglês seria capaz de pensar sobre coisas "entre o céu e a terra"? O texto original é claro: "no céu e na terra"; entre os dois, nem Shakespeare nem o

personagem Hamlet concebiam quaisquer outras coisas. Um inglês ou um dinamarquês também não chamariam nossa filosofia de "vã"; isso é coisa de brasileiro

que ouviu a galinha cantar, mas não sabe onde está o ovo. Hamlet estava deprimido, mas não era estulto o bastante para proferir uma bobagem desse calibre.

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Convido você para ver meu blog no link http://www.zmauricio.blogspot.com.br/

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Lojas União Adonhiramita e Prof. Otavio Rosa Instalação e posse

Realizou-se no sábado (8) no Templo localizado na Fazenda Paraíso da Serra, em

São Pedro de Alcântara, a Sessão de instalação e posse das novas diretorias das

Lojas Professor Otávio Rosa e União Adonhiramita em Sessão concorrida

presidida pelo Irmão João José Amorim e prestigiada por irmãos de vários

Orientes, inclusive de Lages.

Acompanhe alguns links fotográficos da cerimônia realizada no Templo situado na

própria Fazenda Paraíso da Serra:

https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/LojasProfOtavioRosaEUniaoAdonhiramitaInstalacaoEPosse080613?authkey=Gv1sRgCOaWuozYsbbSbw

https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/LojasProfOtavioRosaUniaoEProsperidadeLojaUniaoAdoniramitaInstalacaoEPosse0806?authkey=Gv1sRgCISo5b7ou5PHygE https://picasaweb.google.com/jjamorim13/2013_08_uniao_adonhiramita_otavio_rosa_instalacao

6 - destaques jb

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Lojas Aniversarantes da GLSC:

21/6 - Harmonia Brusquense - 24/6 - Luz - 24/6 - Amizade ao Cruzeiro do Sul II -

24/6 - Elos da Fraternidade - 24/6 - Acácia Itajaiense - 24/6 - Cinzel

Rádio Sintonia 33 & JB News Música e Cultura o ano inteiro. Em breve com novo site para melhor informar Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33.com.br

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A imagem mostra o "trono" do R.: Sal.:

na Loja "Union Y Fraternidad Riverense"

na cidade de Rivera/Uruguay, fundada em 1906 ,

centenária, onde a visitamos em 2003. (foto JB News)

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1 - Curta o domingo http://www.youtube.com/watch?v=NqaO72AtKig

2 - O Silêncio (AndrE Rieu - Melissa Venema ) http://www.youtube.com/watch?v=H4l3Rgq-L1M

3 - Melissa Venema (14 years) plays Don't cry for me Argentina http://www.youtube.com/watch?v=W_w3mpUk4LM

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O Ir Sinval Santos da Silveira, Grande Orador da GLSC

escreve aos domingos neste espaço

POEMA: MEU HERÓI ESTÁ VIVO

Lamento, profundamente, a tua dor, compatriota ! No fundo da bateia, os gritos de liberdade te levaram às portas da maldade, não te poupando a traição. Não conheceste a sinceridade, de quem a ti se juntou. Lealdade, somente do teu cavalo, tropeiro e errante, da voz do teu berrante, que do campo, ainda se pode ouvir o triste lamento. Teus sentimentos, transformaram-se em sofrimento. De dentista a Alferes, Dragão de Polícia, teu coração

fechando a cortina

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ansioso se inflou. Teu sonho era gigante, do tamanho da minha Pátria, não caberia num coração, ocupado pela ambição,

ainda que fosse de um rei. Impossível dividir esta riqueza, com a nobreza, pois é sonho de amor ! Sei de alguém que morreu, assim, não enforcado e esquartejado, como tu, mas pregado numa cruz... Também doeu, Joaquim, e por amor a ti, a mim..., a todos. Ninguém, nem mesmo um rei, poderia sufocar a voz do coração. Não chegaste ouvir o grito de liberdade, após o teu gemido de dor. Teus sonhos continuam vivos, transformaram-se em anseios de decência, de crimes em ausência, de honestidade em presença ! O Brasil não precisa mais da tua bateia, do teu cavalo tropeiro, do dentista, com dor, ou do Dragão da Polícia. Minha Pátria, nobre Patriota Tiradentes, precisa, apenas, te manter vivo, ainda que somente no coração dos poetas.

Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/

* Sinval Santos da Silveira - Obreiro da ARLS.·.

Alferes Tiradentes nr. 20 e Grande Orador da GLSC